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1 BASES PARA MAQUIAGEM: UMA PROPOSTA DE UM SELO DE PADRONIZAÇÃO DE TONALIDADES DE CORES PARA FABRICANTES DE MAQUIAGEM Karla Maraschim¹ - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Leziane Rakelli Teixeira² - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Fabiana Marin Thives³ - Orientadora - Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Contatos ¹[email protected] ²[email protected] ³[email protected] RESUMO Desde a pré historia até os dias de hoje estamos em uma constante evolução tecnológica, produtos cosméticos muito mais desenvolvidos e sofisticados, procurando alcançar as necessidades do consumidor, gerando assim lançamentos de produtos inovadores no mundo da beleza. Dentre todos os cosméticos foi feito a escolha do produto base, para análise, como estudo de caso, por ser um produto fundamental na maquiagem, por ter uma variedade imensa de tons e cores, os consumidores sentem uma insegurança na hora da escolha do produto. Devido à variedade de cores e tonalidades dos cosméticos bases existentes no mercado, acaba dificultando para o consumidor encontrar muitas vezes a tonalidade certa para seu tipo de pele. Através das cores os produtos constroem a sua linguagem e identidade, a escolha da tonalidade errada pode não desmerecer a funcionalidade do produto, mas sim comprometer significativamente o seu valor. Os fabricantes de cosméticos que produzem maquiagem utilizam pigmentos sintéticos, orgânicos e inorgânicos que tem por objetivo dar cor e estabilidade nos produtos. Todavia por não existir um acordo pelos fabricantes de maquiagem para utilizar os mesmos pigmentos, não existe no mercado uma tabela padronizada de cores. Com isso este artigo sugere uma proposta de um selo de padronização de tonalidades de cores entre todos os fabricantes do cosmético base, especificando cada tom de pele e região do Brasil. Uma sugestão que trará uma praticidade para o consumidor na hora da escolha e uma maior segurança em utilizar o produto base de acordo com a sua necessidade. Palavras chaves: base, pigmentos, padronização, consumidor.

Bases Para Maquiagem Uma proposta de um selo de ... - UNIVALIsiaibib01.univali.br/pdf/Karla Maraschim e Leziane Rakelli Teiceira... · A aparência translúcida foi imitada em misturas

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BASES PARA MAQUIAGEM: UMA PROPOSTA DE UM SELO DE PA DRONIZAÇÃO

DE TONALIDADES DE CORES PARA FABRICANTES DE MAQUIAG EM

Karla Maraschim¹ - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Leziane Rakelli Teixeira² - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Fabiana Marin Thives³ - Orientadora - Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Contatos ¹[email protected] ²[email protected] ³[email protected]

RESUMO

Desde a pré historia até os dias de hoje estamos em uma constante evolução tecnológica, produtos cosméticos muito mais desenvolvidos e sofisticados, procurando alcançar as necessidades do consumidor, gerando assim lançamentos de produtos inovadores no mundo da beleza. Dentre todos os cosméticos foi feito a escolha do produto base, para análise, como estudo de caso, por ser um produto fundamental na maquiagem, por ter uma variedade imensa de tons e cores, os consumidores sentem uma insegurança na hora da escolha do produto. Devido à variedade de cores e tonalidades dos cosméticos bases existentes no mercado, acaba dificultando para o consumidor encontrar muitas vezes a tonalidade certa para seu tipo de pele. Através das cores os produtos constroem a sua linguagem e identidade, a escolha da tonalidade errada pode não desmerecer a funcionalidade do produto, mas sim comprometer significativamente o seu valor. Os fabricantes de cosméticos que produzem maquiagem utilizam pigmentos sintéticos, orgânicos e inorgânicos que tem por objetivo dar cor e estabilidade nos produtos. Todavia por não existir um acordo pelos fabricantes de maquiagem para utilizar os mesmos pigmentos, não existe no mercado uma tabela padronizada de cores. Com isso este artigo sugere uma proposta de um selo de padronização de tonalidades de cores entre todos os fabricantes do cosmético base, especificando cada tom de pele e região do Brasil. Uma sugestão que trará uma praticidade para o consumidor na hora da escolha e uma maior segurança em utilizar o produto base de acordo com a sua necessidade. Palavras chaves: base, pigmentos, padronização, consumidor.

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INTRODUÇÃO

Conta à lenda que na Grécia Antiga, Psyché foi buscar no inferno o segredo da pele branca

da deusa Vênus, trazendo a cerusa, ou alvaiade, para compor suas fórmulas mágicas. Até a

Renascença italiana esse mesmo alvaiade era usado durante o dia pelas lindas mulheres nobres,

que à noite cobriam suas faces com emplastros de vitelo cru molhado no leite a fim de minimizar

os efeitos nocivos causados pelo alvaiade (VITA, 2008).

Já na história de Roma todas as mulheres abastadas eram dadas às máscaras noturnas, onde

ingredientes como farinha de favas e miolo de pão se combinavam ao leite de jumenta diluído para

formar papas de beleza. A aparência translúcida foi imitada em misturas de giz, pasta de vinagre e

claras de ovos durante muitas décadas. Com a queda do Império Romano, o hábito de se maquiar

sofreu um tipo de rejeição por ter sido associado ao comportamento devasso dos romanos (VITA,

2008).

Na Idade Média os líderes religiosos expressavam sua indignação contra o uso de artifícios

coloridos. No relato de São Jerônimo fica evidente a reprovação do ato de maquilar-se, visto

como força do mal e da impureza. “... O que faz essa coisa púrpura e branca no rosto de uma

mulher cristã, atiçadores da juventude, fomentadores da luxúria, e símbolos de uma alma impura

Ao invés de caras pintadas surge um novo padrão de beleza” (VIGARELLO, 2006).

O Kama Sutra, escrito entre os séculos I e IV, define a mulher ideal como Padmini, aquela

que tem "... a pele fina, macia e clara como o lótus amarelo..." No Japão, do século IX ao XII,

período de Heian, a valorização da pele branca era regra geral. Para obter a aparência

extremamente clara as mulheres aplicavam um pó espesso e argiloso feito de farinha de arroz,

chamado oshiroi. Depois passaram também a usar o beni, pasta feita do extrato de açafrão, para

colorir as maçãs do rosto (VITA,2008).

Aproximadamente em 150 a.C o físico Galeno criou o primeiro creme facial do mundo,

adicionando água à cera de abelha e óleo de oliva, não imaginou que estaria contribuindo

definitivamente com a vida de todas as mulheres. Mais tarde, o óleo de amêndoas substitui o

azeite e a incorporação de bórax contribui pra a formação da emulsão, minimizando o tempo de

processo. A primeira base para sustentar os pigmentos de dióxido de titânio e facilitar a aplicação

na face. Nascia então a primeira base facial cremosa, um produto como nome já diz básico para

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qualquer maquiagem, passou a ser adotado e adorado por cada vez mais mulheres (GAMBOA,

2007).

A base passou por várias etapas, mesmo em alguns momentos sendo prejudicial à saúde,

como na Grécia antiga e na história de Roma. Não deixou de ser um produto procurado e tão

usado pelas mulheres.

No ano de 1914, Max Factor criou a primeira maquiagem especificamente para

personagens de filmes, uma espécie de graxa cosmética em forma de creme com 12 tipos de

graduações de cores, servindo de base para receber a maquiagem. Pouco depois, em 1937, após

seis meses de pesquisas, introduziu o famoso Pancake, utilizado em filmes coloridos que

revolucionou o mercado de maquiagens no mundo inteiro. O novo produto, quando aplicado com

uma esponja úmida, oferecia um acabamento fosco transparente enquanto ocultava pequenas

imperfeições da pele (KADUDIAS, 2009).

Somente no século XX, que os cosméticos se tornam produtos de uso geral. A maquiagem

oscilou de acordo com as preferências políticas até o começo do século XX. A rainha Vitória, por

exemplo, tinha rígido controle sobre as mulheres e a maquilagem não era vista com bons olhos.

Mas no começo do século XX a maquiagem se consolidou. A Primeira Guerra Mundial gerou

grandes transformações. Uma delas modificou drasticamente o dia-a-dia das mulheres que

passaram a trabalhar e ganhar seu próprio dinheiro assumindo gastos com a beleza (VITA, 2008).

Com o avanço da indústria química nos últimos anos, os fabricantes têm se preocupado

cada vez mais em oferecer opções de cosméticos, que se tornaram produtos de uso geral para as

consumidoras. Hoje com a facilidade de cuidar da pele há um aumento no consumo de

maquiagem, gerando conseqüentemente lançamentos de produtos, inovando o mundo da beleza.

Segundo Molinos (2002), “a maquiagem não serve apenas para embelezar. É um poderoso

acessório que reforça seu estilo, a personalidade ou a atitude que você quer ter num determinado

dia, num certo lugar”. No séc. XXI as mulheres podem se beneficiar do produto que colore e

trata a pele, limpa, perfuma e protege, como nunca antes na história da humanidade.

Atualmente, com a grande variedade de produtos de maquiagem, as bases estão cada vez

mais se destacando. No entanto dentre tantas opções é preciso saber escolher a base certa para seu

tipo e tom de pele. Com inúmeras tonalidades de base no mercado sem uma devida padronização,

muitas vezes o consumidor na hora da compra fica em dúvida com relação à cor. Para que o

consumidor compre determinado produto é preciso que a empresa fabricante esteja de acordo

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com outras empresas em relação à disponibilidade de pigmentos e cores mais padronizada.

É importante uma reflexão dos fabricantes para seleção na fabricação de pigmentos mais

próximos do tom da pele. É mais válido do que disponibilizar uma grande variedade de cores,

oferecer uma tabela de cores padronizada que responde as necessidades do consumidor.

Torna-se oportuno uma sugestão para os fabricantes de um selo de padronização em suas

tonalidades, conforme a pele, regiões do Brasil. De acordo com a pesquisa da UNICAMP, para

facilitar o consumidor na hora da escolha do tom certo para a sua pele, indiferente da textura,

espalhabilidade, ou marca. Desta forma, este artigo estuda o cosmético base e suas tonalidades,

para á análise e desenvolvimento de uma sugestão de um selo de padronização de cores de bases

fabricadas no Brasil, com seus respectivos pigmentos predominantes. Com objetivo de

disponibilizar para as empresas fabricantes de maquiagem um selo de padronização de

tonalidades de cores de bases. Visando assim uma facilidade e mais segurança para o consumidor

e profissional na hora de sua escolha.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As brasileiras estão usando cada vez mais o que chamamos de produtos de cobertura de

pele. E dois motivos colaboraram com esse fato: em primeiro lugar, a introdução de produtos

mais modernos, com textura delicada, que resultam em uma aparência natural, distante do look

artificial, tão temido pelas consumidoras. Outro ponto é a conscientização da necessidade da

proteção solar da pele e contra os agentes externos (ALVES, 2009).

O mercado de cosméticos oferece hoje uma enorme quantidade de produtos, dando ênfase

ao produto base, com fórmulas especiais que congregam, num só produto, várias funções. No

entanto, dentre tantas opções, é preciso saber escolher a base, pois são inúmeros ativos e diversos

veículos de apresentação – bases líquidas, compactas, em bastão, em pó. Molinos (2002) acredita

que quando bem aplicada, é resultado simplesmente de uma pele lisa, uniforme e sem manchas.

Por isso, as bases faciais passaram a ser a peça – chave na hora da maquiagem. Já Cezimbra

(2005) destaca que a base protege a pele contra as agressões externas. Disfarça imperfeições, dá

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aparência de pele perfeita e uniforme.

É longa a trajetória da maquiagem. Desde os tempos quando as rainhas egípcias aplicavam

sombras nas pálpebras e base no rosto até a atualidade, essa história passou por várias etapas: da

repressão ao auge da beleza na Idade Média, até chegar aos dias de hoje, que por meios de

comunicação é divulgada e comercializada, tornando-se assim um objeto de fácil uso.

No mercado atual os cosméticos de maquiagem cada vez mais se destacam, pode-se citar o

produto cosmético base que estão sendo desenvolvido para dar cor, realçar “pontos fortes”,

disfarçar defeitos e homogeneizar a cor da face e pescoço. A oferta de maquiagem para o

mercado está bem renovada, texturas diferenciadas, multifuncionalidades e tratamentos para

coberturas naturais e uniformes da pele, resultando assim em novos conceitos para bases que se

adaptam a vários tons de pele, deixando-a uniforme, naturalmente iluminada e proporcionando a

cobertura de imperfeições (ALVES, 2007).

Para obter-se um novo efeito nas bases, novos pigmentos micronizados com partículas

muito finas, promovem uma cobertura bastante uniforme da pele. As novas tendências de

pigmentos para maquiagem buscou inspiração de brilho em diamantes. As cores e os efeitos

assemelham-se aos de um arco íris, os dourados refletem a riqueza do ouro. As bases devem

apresentar além de sua função principal que é embelezar, um tratamento de proteção solar

UVA/UVB (JULIAN, 2007).

Os anos atuais trazem uma variedade de produtos de maquiagem que além de garantir um

belo visual não descuida do item proteção. Uma base hoje está a anos-luz de suas antecessoras.

No passado, elas mais pareciam cimento, formando uma camada no rosto. Nos últimos anos, o

desenvolvimento tecnológico da maquiagem privilegiou as bases, com descobertas em diversas

frentes (CICHELERO, 2009).

Mais suavidade com adição dos silicones permitiu melhor aderência à pele, deslizamento

suave, tato agradável e durabilidade maior. Há vários tipos de silicone, mas em geral parte da

molécula se volatiliza (evapora) e a outra é composta por resinas altamente compatíveis com a

pele, formando um filme, que funciona como uma barreira invisível a fatores externos, como a

poluição. Surgiu também à base Clone da pele que são as bases que se adaptam a qualquer tom de

pele, o chamado efeito mimetizador, devido à tecnologia, em apenas três e seis alternativas

diferentes de cor (dependendo da marca) combinarem com todas as peles. Isso se deve aos novos

pigmentos utilizados (CICHELERO, 2009).

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Outra opção de base é o efeito camuflagem, obtido graças a partículas que acrescentadas à

base têm a capacidade de direcionar a reflexão da luz, natural ou artificial, de forma difusa, é um

efeito óptico. Ao incidir na pele, os raios de luz se refletem em todas as direções, dificultando a

percepção exata da superfície, o que permite disfarçar as imperfeições (CICHELERO, 2009).

A maquiagem atribui-se propriedades cosméticas como melhora na hidratação, um

tratamento que as bases hoje oferecem se deu pela melhoria que a indústria cosmética alcançou

no resultado final da composição da base como maquiagens foram introduzidas na sua

formulação ingredientes capazes de tratar a pele.

A hidratação é alcançada por meio do método de barreira, formando um filme e impedindo

a saída de água. O Pantenol (pró-vitamina B5), por exemplo, é um dos umectantes fundamentais

para manter a água na camada córnea (a parte superficial da epiderme). Defesa contra os radicais

livres - as vitaminas A, C e E, presentes em várias fórmulas, combatem o envelhecimento

precoce da pele. A vitamina C também ajuda a minimizar as discromias (diferenças de tonalidade

no rosto) (CICHERELO, 2009).

A proteção solar encontradas nos produtos cosméticos base, possui novas combinações

entre filtros químicos e bloqueadores físicos possibilitaram obter um bom nível de proteção, sem

prejudicar o acabamento natural do produto na pele. São encontradas em uma grande variedade

de cores e tipos, é o elemento principal de qualquer maquiagem. Tem-se hoje a venda no

mercado, bases líquidas hidratantes, bases líquidas oil free, bases com filtro solar tonalizantes,

bases fluídas de água, bases cremosas, pan cake, duo cake, paint stick, bases em spray e air

brusch

Segundo Molinos (2002), bases líquidas são mais transparentes, dando um efeito mais

natural. Base cremosa adere melhor à pele, cobrindo com eficácia. Base + Pó (duocake) o

mercado oferece para dispensar o uso de pó, tem efeito mais pesado que as bases líquidas e

cremosas, porém mais leve que o pancake. Pancake, dissolvido em água, dá uma cobertura total,

mais pesado e opaco.

As bases devem se adequar a cada tipo de pele, dentre elas temos: Pele oleosa ou lipídica: é

fundamental uma base leve, não comedogênica e que seja livre de óleo (oil-free). Pele seca ou

alípica: para esse tipo de pele recomendam-se bases cremosas, que dão cobertura média e um

acabamento aveludado. Pele normal ou eudérmica: opte por bases líquidas hidratantes, duo cake,

paint stick. Peles oleosa e jovem deve usar produtos mais secos, como pós, eles contêm mais

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pigmentos, maior poder de cobertura e camuflam as imperfeições. Peles mais secas, ou mais

maduras, necessitam de maquiagens cremosas e líquidas de preferência oil free, pois contem

menos pigmentos e permanecem na face sem ressecar a pele, evitando ressaltar rugas e linhas de

expressão.

Para representar o mundo em que vive, o homem procurou na natureza elementos que

tivessem cor, para com eles colorir seus utensílios, suas roupas, seus desenhos e suas pinturas.

Esses elementos corantes chamam-se pigmentos, são extraídos de minerais e vegetais e estão

presentes em todas as tintas. Atualmente, a maioria dos pigmentos é sintético, obtidos por

processos químicos industriais (THOMÉ, 2009).

Os pigmentos utilizados em cosméticos são de origem orgânica e inorgânica. Os pigmentos

orgânicos se diferenciam dos inorgânicos principalmente pela vasta gama de tons muito

brilhantes e pelo elevado poder de coloração. Por outro lado, os pigmentos inorgânicos

apresentam sobre tudo uma excelente estabilidade química e térmica e também, em geral, uma

menor toxidade para o homem e para o ambiente. Estão presentes na forma de pó antes de serem

incorporados às formulações de maquiagem (ALVES, 2009).

A maioria dos produtos de cosméticos para maquiagem é composta de matéria prima,

sólidos, semi-sólidos ou líquidos. Sua função, aparência e suas propriedades ópticas é uma

função da proporção de suas partículas de pigmentos em suspensão da dispersão. Uma dispersão

de pigmento imprópria pode causar instabilidade no produto, fraca adesão à pele, fraco poder de

cobertura e mudança de cor (GOLDNER, 1986).

Para Hollenberg (1997) a questão de avaliar os pigmentos e defini-los justamente se faz

necessário pela diversidade de tonalidades disponíveis pela influência determinante que ele tem na

cor da base. Assim como outros materiais úteis na fabricação de cosméticos, os pigmentos

microfinos foram inicialmente desenvolvidos para a indústria de tintas. Durante os últimos 25 anos,

óxidos de ferro microfinos e transparentes vêm sendo utilizados como material de acabamento na

indústria cosmética, proporcionando profundidade à cor e uma proteção contra a degradação

provocada pelos raios UV.

O autor acrescenta ainda que os óxidos metálicos microfinos são utilizados em formulações de

produtos para maquiagem, principalmente em pó compacto e em bases emulsionadas, tendo a

capacidade de emulsionar cor e FPS ( fator de proteção solar), sem deixar uma aparência

acinzentada nos produtos de maquiagem para peles morenas. A utilização prática de tintas e

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pigmentos ao longo do tempo fez o homem entender que as cores poderiam ser sintetizadas em seus

componentes básicos, chamadas cores primárias, a partir das quais todas as outras poderiam ser

formadas.

Os pigmentos são pós ou partículas bem reduzidas, dispersas nas tintas. São comumente

usadas em tintas a base de água, óleo ou solvente. Os pigmentos básicos são aqueles que

proporcionam a brancura e as cores, são também responsáveis pelo alto poder de cobertura

(MARTINS, 2009).

As cores percebidas por nossos receptores visuais não correspondem às cores

encontradas na natureza, ou seja, a cor é uma sensação provocada pela luz sobre o órgão da visão,

pode ser observada através dos raios luminosos. Só podemos perceber as cores na presença da

luz. Cor é luz. A cor é o resultado do reflexo da luz que não é absorvida por um pigmento

(OLIVEIRA, 2006).

Pigmento é a substância material que, conforme a sua natureza absorve e reflete os raios

luminosos componentes da luz que se difunde sobre ela. É a qualidade da luz refletida que

determina a sua denominação. Essa mistura de cor-pigmento é chamada de síntese subtrativa, por

ser oposta a mistura aditiva que acontece com a cor-luz. Ou seja, se na cor-luz, o branco é a

reunião de todas as cores, na cor-pigmento, o preto é a mistura de todas as cores.

Cada teoria se encaixa e está correta em um contexto: a cor-luz se refere ás luzes, enquanto

a cor-pigmento é referente ás tintas, pigmentos. Na natureza amarelo, azul e vermelho são as

cores de onde todas as outras se originam a partir de suas combinações, amarelo e azul dá origem

ao verde, do vermelho e amarelo surge o laranja, o azul e o vermelho têm-se o roxo. A

combinação de cores primárias forma cores secundária, que combinadas com as cores

secundárias formam cores terciárias e assim por diante (THOMÉ, 2009).

As cores primárias são fundamentais para esta análise justamente por serem as cores que

determinam as variedades de cores da pele humana. De acordo com Jackson (1981) o tom de pele

provém de três pigmentos: melanina (marrom/azulada), carotina (amarelo) e hemoglobina

(vermelho), é a combinação particular deste três pigmentos que lhe confere seu tom individual da

pele. Justamente por os pigmentos básicos serem os mesmos encontrados na pele, é de suma

importância a utilização desse conhecimento para criação de uma proposta de cores em base.

Para uma analise correta da cor da pele é preciso saber a teoria da cor e da luz, pois a pele

sofre influencias sobre a luz.

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As cores são classificadas de acordo com sua luminosidade numa escala de 0 á 10 na estrela

de Itten, o preto puro por não conter luz é 0, não é visto, o branco é luz, é 10. O amarelo é a cor

primária mais luminosa, é o pigmento predominante em pessoas de peles quentes, o azul é a cor

mais escura, é o pigmento predominante em pessoas de peles frias (HALLAWELL, 2009).

Porém, as cores se classificam conforme a influencia da luz, exatamente como a

classificação das temperaturas da pele em fria e quente.

A luz é medida de acordo com sua temperatura e fidelidade de reprodução de cor. A

temperatura da luz é medida em graus KELVIN (K°).

5.000 e 6.000 °K Neutra

Abaixo de 5.000°K Amarelada, quente e suave

Acima de 6.000°K Azulada, fria e vibrante

No inicio do dia e no final da tarde, 3.400°K Natural e amarelada

Se as luzes forem artificiais, as lâmpadas devem ser de um tipo que não altere as cores. A

analise da cor da pele deve ser feita em um ambiente de luz neutra, pisos e paredes claros

(HALLAWELL, 2009).

Uma pesquisa realizada pelos alunos da UNICAMP em 2005 identificou 125 tons

diferentes de pele no Brasil, e a cada dois anos surgem mais quatro tons. Dentre eles destacam-se

11 tipos étnicos que representam as variações de peles encontradas no país, como:

• Pele muito clara: descendentes de alemães, holandeses e italianos. Tem dificuldade

de se bronzear e sua pele é muito sensível.

• Pele clara bege: cor predominante é a bege, as sardas alteram a pigmentação, é

preciso evitar o sol em excesso.

• Pele clara amarelada/oriental clara: encontrada em todo o país, se bronzeia com

facilidade, tem como característica uma pigmentação mais amarelada.

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• Pele clara rosada: pele clara e cabelos castanhos e possui uma pigmentação mais

rosada. Pele morena rosada/oriental rosada: pigmentação amarela predominante

apresenta tons de bronzeados e rosados.

• Pele morena amarelada/ oriental amarelada: morena dourada de olhos castanhos,

pigmentação predominante amarelada.

• Pele morena escura bronzeada: se bronzeia com facilidade e também possui uma

pigmentação predominante amarelada.

• Pele mulata amarelada: mistura do branco com o negro, em geral tem uma

pigmentação mais amarelada.

• Pele mulata escura: se bronzeia com facilidade, portanto, sua pigmentação torna-se

mais escura e acinzentada com o tempo.

• Pele negra amarelada: descendentes de negros e índios, possuindo uma

pigmentação mais amarelada.

• Pele negra escura: tom mais acinzentado e escuro, descendente de negros puros,

pedindo um produto que realce o tom da pele com cobertura suave que preserve o

brilho natural.

Montamos uma tabela, conforme pesquisa da UNICAMP, contendo os tons de pele e a região do

país, acrescentando o pigmento predominante para cada tipo de pele e a base adequada a seu tipo

pele conforme predominância do pigmento.

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O mercado cosmético é altamente promissor, um dos que mais crescem, trata-se de um

mercado de quase 40 bilhões de dólares em todo mundo, segundo dados do Euromonitor, o Brasil

responde por quase 2 milhões desse total. Nos produtos de beleza as cores são fundamentais para

atrair a atenção dos consumidores nos pontos de venda, além de inovações nas embalagens,

cores, fixação e durabilidade. Giuliani (2003) ressalta que as empresas precisam organizar uma

série de pistas coordenadas que, coletivamente, atendam ou superem as necessidades e as

expectativas dos consumidores.

Confiança é construída também a partir de uma relação recente bem sucedida com o

prestador de serviços. A eficácia do produto apenas se traduz a partir de um atendimento

Tons de Pele

Região

Pigmento Predominante

Cores de Bases

Pele muito clara Sul do Brasil Azul Bege claríssimo

Pele clara bege Sul do Brasil Amarelo Bege Clara

Pele clara amarelada Sul e Sudeste Amarelo Bege Clara Dourada

Pele clara rosada Sul Vermelho Bege Clara Rosada

Pele morena rosada Sudeste e Sul Vermelho Bege Morena Rosada

Pele morena amarelada Nordeste Amarelo Bege morena Dourada

Pele morena escuro-bronzeada Centro-Oeste Amarelo Bege Moreno Escuro Bronzeado

Pele mulata amarelada Nordeste Amarela Bege Mulata Dourada

Pele mulata escura Norte e Nordeste Azul Bege Mulata escura

Pele negra amarelada Norte Amarela Bege Negra Dourada

Pele negra escura Sudeste Azul Bege Negra Escura

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eficiente, decorrente da confirmação das expectativas da consumidora com resultado final de

tratamento (RIBAS, 2007).

Neste milênio do culto à saúde e à longevidade, a maquiagem se transformou em mais um

dos cuidados com a pele, com a beleza e com o bem estar (CEZIMBRA, 2005). De acordo com a

ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria da Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos),

dermatologistas, esteticistas e psicólogos concordam que o uso de cosméticos pode ajudar a

aumentar a auto-estima do consumidor. O mercado da beleza e estética teve um crescimento

significativo em relação à economia do Brasil, assim como em outros países.

Cada linha de produtos de maquiagem possui um catálogo de cores próprio. Os produtos de

maquiagem vendem muito e, por isso, vêm ganhando cada vez mais espaço nas empresas de

cosméticos. Tais investimentos tendem a ser o propulsor de muitos avanços tecnológicos, à

medida que, acrescentam mais propriedades sensoriais e funcionais tais como as de

antienvelhecimento, firmantes, nutrientes e proteção, cada vez mais importantes no cuidado da

pele e indispensáveis para as mulheres.

Toda via existe uma carência em relação à falta de padronização de cores ofertada no

mercado com relação ao produto base, gerando um questionamento aos fabricantes de

cosméticos. Com a tecnologia e evolução que os produtos cosméticos estão sendo atribuídos

ainda não há um consenso de cores.

Segundo Bhide (2002), uma estratégia é fundamental para uma empresa, empreendimentos

com base em uma boa estratégia podem sobreviver à confusão e a uma liderança ruim, mas

alguns sistemas de controles e estruturas organizacionais não podem compensar uma estratégia

fraca.

As indústrias devem elaborar estratégias de vendas capazes de suprirem com as

necessidades do consumidor. Certas estratégias quando bem explicadas podem exercer uma

grande influencia na compra do consumidor.

De forma simples pode vir a ser criado um selo onde os fabricantes disponibilizam a

garantia de padronização de cores em seus produtos sugerindo o principio de utilizar pigmentos

respectivos ao tipo de cor de pele existente em cada região do Brasil.

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METODOLOGIA

Para este estudo foi realizada uma pesquisa qualitativa do tipo exploratória baseado em

referências bibliográficas de livros, revistas, artigos, pesquisas e sites específicos. Pesquisa

qualitativa é um campo de investigação onde atravessa disciplina, campos e temas, envolve o

estudo do uso e a coleta de uma variedade de materiais. A pesquisa qualitativa é uma atividade

situada que localiza observador n mundo. O que significa que seus pesquisadores estudam as

coisas em seus cenários naturais, tentando entender em ermos dos significados que as pessoas a

eles conferem (DENZIN; LINCOLN, 2006).

O modelo de pesquisa escolhido norteia possibilidades de analise de uma perspectiva de

como um produto pode torna-se dificultoso para o consumidor na hora da compra. Através de

pesquisas qualitativas do tipo exploratório avalia-se a possibilidade de desenvolver uma boa

pesquisa sobre determinado assunto. Proporciona maiores informações sobre o assunto, facilita a

delimitação de um tema de trabalho, define os objetivos (ANDRADE, 1999).

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Hoje a maquiagem é usada como um cosmético de uso geral. Com a grande variedade de

produtos de maquiagem as bases estão cada vez mais se destacando. Com tanta evolução se

tornou um produto de uso indispensável no dia a dia, possuindo um cuidado maior a pele, com a

beleza e o bem estar.

Os produtos de maquiagem vêm ganhando cada vez mais espaço entre as empresas de

cosméticos. Certas inovações tecnológicas tendem a suprir as expectativas dos consumidores,

possuindo mais propriedades sensoriais e funcionais importantes no cuidado da pele e

indispensáveis para as mulheres..

Cada linha de produto de maquiagem possui um catálogo de cor própria, e uma facilidade

para a consumidora encontrar no mercado. Porém nota-se uma carência em relação á

padronização de cores ofertadas no mercado, os consumidores por não estarem devidamente

preparados, podem comprar um produto que não corresponde ao seu tom de pele. Com isso o

cosmético base que poderia ser considerado uma vantagem se torna um desconforto e uma

insegurança da hora da compra.

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Com tanto avanço tecnológico que o cosmético base tem passado até os dias de hoje, não há

um consenso de cores entre os fabricantes. Deixando assim o consumidor confuso na hora da

escolha do produto. Se houvesse um selo de padronização destas tonalidades, aumentaria a

satisfação do cliente após a escolha do produto.

Com isso percebemos a importância de um selo de padronização de tonalidades de cores de

bases, onde cada base conterá o pigmento certo para seu tipo de pele. O selo de padronização

trará uma certeza que independente da marca a cor dera a mesmo. Trazendo assim maior

facilidade e confiança para o consumidor na hora da escolha.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É importante que as empresas fabricantes de maquiagem se conscientizem que a criação de

um selo de padronização de tonalidades de cores facilitará consumidor a adquirir o produto com

mais facilidade. Com tanto avanço na tecnologia cosmética fica um apelo muito grande para

consumidor escolher a cor certa para sua pele, dentre tantas opções colocadas em frente ao

mercado, não respondendo assim as necessidades básicas dos consumidores. Ter uma oferta

disponível de cores é fundamental.

Todavia por não ter uma tabela padrão pelos fabricantes de cosméticos o que teoricamente

poderia ser considerado uma vantagem se torna na verdade uma insegurança na hora de efetuar a

compra do produto. O selo de padronização trará uma certeza de que uma base cor bege na marca

“X” será exatamente igual na marca “Y”. E se a justificativa dos fabricantes é o receio de não

terem diferencial nos produtos, caso utilizem dessa padronização, é só questão de trabalhar os

conceitos dos benefícios que os produtos apresentam como, por exemplo, hidratação, proteção

solar, princípios ativos, ou seja, criar estratégias e inovações de marketing para a comercialização

dos produtos.

Segundo Drucker (2002), certas inovações é aquele através do qual a empresa opera sua

determinação. As inovações podem resultar da necessidade do mercado e do cliente, a

necessidade é a mãe da inovação. São certos objetivos de inovações que se referem à obtenção,

utilização e produtividade desses recursos.

Este trabalho teve a finalidade de reflexão onde os fabricantes repensem se essa nova

proposta de selo de garantia de padronização de cores poderia ser a grande resposta para os seus

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consumidores que se sentem seguro ao adquirir um produto base independente da marca sabendo

que será o mesmo tom. Deixamos a sugestão de novos estudos, pesquisas para fabricantes quanto

à pigmentação, a disponibilização de cores e os tipos de pele encontrados por região do Brasil.

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APENDICE A

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