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EDUARDO ANDRÉ GALLASSINI DE OLIVEIRA
Be-Cool REFRIGERADOR DE BEBIDAS PARA ÁREAS COMERCIAIS.
Relatório apresentado à disciplina de TGI do 8º Período do Curso de Design Industrial da Universidade do Vale do Itajaí, CES Balneário Camboriú, sob a orientação da professora: Bianka Cappucci Frisoni.
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO BALN. CAMBORIÚ
Balneário Camboriú 2006
2Agradecimentos
Agradeço a Deus e a todos que direta ou indiretamente, influenciaram neste
projeto.
Aos professores do curso de Design da UNIVALI, responsáveis pelo
conhecimento que adquiri com as disciplinas do curso.
Ao meu primo Fausto Zimmer Junior, designer formado pela UNIVALI.
Todos os colegas da turma, Francine, Mariana, Foca, Fabrício, Rodrigo, Zé,
Camila, Guilherme, Juarez, Jairo, Karla, Luciana, Jaqueline, etc. (Todos).
Também para o pessoal da Lanchonete Parada 550, Tiziu e Cristóvão, pela
colaboração.
Agradeço especialmente minha família, Alcides, Lisete e Aline, que me
incentivaram e lutaram para que eu pudesse estar aqui hoje.
Obrigado.
Eduardo
3Resumo
O design é um diferencial para conquista dos consumidores que estão cada vez
mais exigentes, em busca de qualidade e soluções práticas.
Assim, o design procura proporcionar mais eficiência na resolução dos
problemas do dia-a-dia, gerando produtos mais práticos.
O presente projeto diz respeito ao Trabalho de Conclusão de Curso (T.C.C.) do
curso de Design Industrial da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), e busca o
desenvolvimento de um produto voltado para o lazer (Ênfase do Curso).
Este produto é um refrigerador de bebidas para áreas comerciais, servirá para
refrigerar especialmente cervejas, que por sua vez deve ser consumida numa
temperatura ideal, de acordo com o costume da nossa sociedade, isso faz com que
os refrigeradores próprios para cervejas tenham que sempre manter as cervejas
geladas.
Atualmente, isso não acontece devido a alguns problemas com o uso dos
refrigeradores existentes, o grande número de vezes que esses refrigeradores são
abertos, por exemplo, compromete a refrigeração das cervejas.
O produto aqui projetado tem a finalidade de satisfazer os usuários,
proprietários de bares e afins, consumindo menos energia, refrigerando bem as
bebidas e também facilitando seu uso.
Para isso, foram usadas técnicas e ferramentas de criatividade e projeto, para
chegar a uma solução aceitável.
4Abstract
The design is a differential one for the consumers' that they are more and more
demanding, conquest in search of quality and practical solutions.
Like this, the design tries to provide more efficiency in the resolution of the
problems of the day by day, generating more practical products.
The present project concerns the Work of Conclusion of Course (T.C.C.) of the
course of Industrial Design of the University of the valley of Itajaí (UNIVALI), and
search the development of a product gone back to the leisure (Emphasis of the
Course).
This product is a refrigerator of drinks for commercial areas, it will be to
refrigerate beers, that it should be consumed in an ideal temperature by his time,
especially in agreement with the habit of our society, that does with that the own
refrigerators for beers to have that always to maintain the cold beers.
Now that doesn't happen due to some problems with the use of the existent
refrigerators, the great number of times that those refrigerators are open, for
instance, it commits the cooling of the beers.
The product here projected has the purpose of satisfying the users, proprietors
of bars and similar, consuming less energy, refrigerating the drinks well and also
facilitating his use.
For that, techniques and creativity tools and project were used, to arrive to an
acceptable solution.
5Sumário
1. Introdução ......................................................................................................... 11
2. Metodologia....................................................................................................... 12
2.1 Metodologia de Projeto ................................................................................ 12
2.2 Cronograma................................................................................................. 14
3. Problema........................................................................................................... 16
3.1 Requisitos de Projeto................................................................................... 16
4. Definição e Componentes do Problema............................................................ 18
Análise do Problema:......................................................................................... 18
Metas e Fronteiras:............................................................................................ 19
Definição do Problema de Projeto: .................................................................... 19
Espaço do problema:......................................................................................... 20
5. Coleta de Dados................................................................................................ 21
5.1 Pesquisa Bibliográfica.................................................................................. 21
Conceitos e Definições de Lazer:................................................................... 21
História do Lazer: ........................................................................................... 21
Tempos de Lazer e outros tempos:................................................................ 23
Equipamentos de Lazer: ................................................................................ 23
Tipos de Lazer: .............................................................................................. 25
Áreas para prática do Lazer ........................................................................... 26
Bares Botecos e Casas Noturnas .................................................................. 27
Refrigeradores ............................................................................................... 28
História dos Refrigeradores ........................................................................ 28
Funcionamento de um Refrigerador ........................................................... 30
Geladeira a gás .......................................................................................... 31
Geladeira comum ....................................................................................... 33
Recipientes e recintos para a conservação do frio ..................................... 34
Bebidas .......................................................................................................... 35
História da Cerveja......................................................................................... 35
Dimensões da Garrafa ................................................................................... 36
5.2 Pesquisa de Campo..................................................................................... 37
Entrevistas e Analises .................................................................................... 37
5.3 Pesquisa de Mercado .................................................................................. 40
6Refrigeradores e Similares............................................................................. 40
Estado do design ........................................................................................... 43
5.4 Análises das Pesquisas ............................................................................... 53
5.5 Painel Semântico......................................................................................... 54
6. Criatividade ....................................................................................................... 56
6.1 Geração de alternativas............................................................................... 56
Brainstorming ................................................................................................. 56
Geração de alternativas ................................................................................. 57
Nova Geração de Alternativas ....................................................................... 63
6.2 Analise e escolha da alternativa .................................................................. 69
7. Materiais e Tecnologias .................................................................................... 70
7.1 Materiais ...................................................................................................... 70
Alumínio ......................................................................................................... 70
Aço................................................................................................................. 71
Poliuretano ..................................................................................................... 71
Polietileno de Alta Densidade - PEAD ........................................................... 71
Poliestireno Expandido - EPS ........................................................................ 72
Vidro - SGG Climasom................................................................................... 72
7.2 Processos e Fabricação .............................................................................. 72
7.2.1 Metais.................................................................................................... 72
Laminação .................................................................................................. 72
Laminação a frio ......................................................................................... 73
Soldagem ................................................................................................... 73
7.2.2 Polímeros .............................................................................................. 75
Injeção ........................................................................................................ 75
Termoformagem ......................................................................................... 75
8. Experimentação ................................................................................................ 76
8.1 Definição dos Aspectos Ergonômicos ......................................................... 76
8.1.1 Usabilidade ........................................................................................... 76
8.1.2 Cognição ............................................................................................... 77
8.1.3 Biomecânica.......................................................................................... 77
8.1.4 Visibilidade e legibilidade ...................................................................... 79
8.1.5 Antropometria........................................................................................ 79
8.1.6 Manutenção .......................................................................................... 80
79. Desenho Técnico .............................................................................................. 81
10. Aspectos Estéticos .......................................................................................... 82
10.1 Tendências ................................................................................................ 82
10.2 Cores ......................................................................................................... 85
11. Aspectos Funcionais ....................................................................................... 86
11.1 Função de Uso .......................................................................................... 86
11.2 Advertências .............................................................................................. 87
12. Estratégias de Marketing e Promoção ............................................................ 88
12.1 A Marca ..................................................................................................... 88
12.2 O Nome ..................................................................................................... 88
13. Ilustrações ....................................................................................................... 89
13.1 Produto ...................................................................................................... 89
13.2 Ambientação do Produto ........................................................................... 89
14. Modelo............................................................................................................. 90
14.1 Construção do Modelo............................................................................... 90
14. 2 Modelo ...................................................................................................... 91
15. Conclusão ....................................................................................................... 92
16 Referências Bibliográficas ................................................................................ 93
17 Apêndice .......................................................................................................... 94
8Índice de Figuras
Figura 01 – Cronograma 2005 II 14
Figura 02 – Cronograma 2006 I 15
Figura 03 – Mapa de Problema 20
Figura 04 – Funcionamento Refrigerador 30
Figura 05 – Geladeira a gás 32
Figura 06 – Sistema Frost Free 33
Figura 07 – Dimensões da garrafa 36
Figura 08 – Refrigerador Cerveja 37
Figura 09 – Termostato 37
Figura 10 – Refrigerador anos 50 40
Figura 11 – Refrigerador anos 60 40
Figura 12 – Refrigerador anos 70 41
Figura 13 – Refrigerador horizontal anos 80 41
Figura 14 – Refrigerador 2000 42
Figura 15 – Eletrolux DFW48 43
Figura 16 – Eletrolux DFW48 44
Figura 17 – Brastemp Pla 44
Figura 18 – Cônsul 260 44
Figura 19 – Cônsul Biplex Frost Free 440 45
Figura 20 – Cônsul 45
Figura 21 – Fridge 4L 46
Figura 22 – Fridge 8L 46
Figura 23 – Fridge 8L Prata 46
Figura 24 – Mini Fridge 16L 47
Figura 25 – Mini Fridge Prata 12L 47
Figura 26 – Brastemp You 47
Figura 27 – Brastemp All Refrigerator 48
Figura 28 – Brastemp 48
Figura 29 – Glass Line KSV47 Bosch 49
Figura 30 – Style Ecológico KSV44 Bosch 49
Figura 31 – Freezer GSD32 Bosch 50
Figura 32 – All Refrigerator Bosch 50
9Figura 33 – Refrigerador para Cerveja 51
Figura 34 – Cooper Cooler 52
Figura 35 – Painel Semântico Estilo de Vida 54
Figura 36 – Painel Semântico Tema Visual 54
Figura 37 – Painel Semântico Expressão do Produto 55
Figura 38 – Alternativas 57
Figura 39 – Alternativa 01 58
Figura 40 – Alternativa 02 59
Figura 41 – Alternativa 03 60
Figura 42 – Alternativa 04 61
Figura 43 – Alternativa 05 62
Figura 44 – Alternativa 06 63
Figura 45 – Alternativa 07 64
Figura 46 – Alternativa 08 65
Figura 47 – Alternativa 09 66
Figura 48 – Alternativa 10 67
Figura 49 – Alternativa 11 68
Figura 50 – Alternativa Escolhida 69
Figura 51 – Produtos de Alumínio 70
Figura 52 – Construção do Modelo Volumétrico 76
Figura 53 – Modelo Volumétrico 76
Figura 54 – Alternativa Escolhida 76
Figura 55 – Refrigerador Aberto 77
Figura 56 – Grade e Espaço Interno 77
Figura 57 – Alcance Mulher 5 78
Figura 58 – Alcance Homem 95 78
Figura 59 – Movimentos 78
Figura 60 – Visibilidade 79
Figura 61 – Alcances 79
Figura 62 – Manutenção 80
Figura 63 – Detalhe da Grade Traseira 80
Figura 64 – Adesivos Promocionais 84
Figura 65 – Refrigeradores Personalizados 84
Figura 66 – Cores Aplicadas 85
10Figura 67 – Compartimento do Refrigerador 86
Figura 68 – Detalhe dos Vidros 87
Figura 69 – Fixação dos Vidros 87
Figura 70 – Marca 88
Figura 71 – Nome do Produto 88
Figura 72 – Refrigerador Be-Cool 89
Figura 73 – Refrigerador Be-Cool Aberto 89
Figura 74 – Ambientação do Produto 89
Figura 75 – Construção do Modelo 90
Figura 76 – Construção do Modelo 90
Figura 77 – Modelo em Escala 91
Figura 78 – Modelo em Escala 91
Índice de Tabelas
Tabela 01 – Análise do Problema 18
Tabela 02 – Metas e Fronteiras 19
111. Introdução
Atualmente cada vez mais se escuta falar em qualidade de vida, produtos são
projetados para que os usuários tenham sempre mais prazer em viver, assim, criam-
se produtos que melhorem em algum aspecto seu passa-tempo.
Este relatório tem por objetivo apresentar o desenvolvimento de um produto
para lazer ou turismo.
A proposta é de um refrigerador específico para cervejas, direcionado para os
estabelecimentos comerciais, pois os refrigeradores existentes não satisfazem
completamente as necessidades dos usuários devido ao alto consumo de energia e
qualidade da refrigeração.
Assim, procurou-se projetar um refrigerador que atenda melhor as
necessidades desses usuários.
Para isso, foram feitas pesquisas bibliográficas, de campo e mercado para
coleta de dados, também foram utilizadas técnicas e ferramentas de criação e
projeto. Estudos ergonômicos foram aplicados para verificar a usabilidade e
adaptação com seus usuários.
Para finalização do projeto foi feito um desenho técnico do produto,
mostrando suas dimensões reais, um modelo de apresentação é construído, para
mostrar o produto como ele será.
122. Metodologia
2.1 Metodologia de Projeto Este projeto seguirá etapas pré-estabelecidas do método de Munari (1991),
onde as etapas são requisitos umas das outras e assim faz com que pessoas com
pouco conhecimento na área de projetos e desenvolvimento de produtos tenham
boa compreensão.
MUNARI (1991) propõe o processo de projeto da seguinte forma:
Fluxograma das etapas do processo projetual.
Usou-se este método pela clareza e fácil compreensão das etapas do projeto.
Com o auxilio desta metodologia para divisão e organização das etapas do
projeto, ficará mais fácil e ágil o desenvolvimento do mesmo. Procurando garantir um
resultado satisfatório.
13Etapas do método:
Problema: Má refrigeração de bebidas em estabelecimentos comerciais.
Definição do problema: O problema é definido como sendo a má refrigeração
de bebidas, devido à abertura constante dos refrigeradores nas áreas comerciais.
Componentes do problema: Áreas comerciais, refrigeradores, bebidas
geladas (cerveja), mecanismos de refrigeração.
Coleta e Análise de dados: Foram pesquisadas as áreas de lazer onde são
comercializadas bebidas geladas, a história dos refrigeradores assim como os que
existem atualmente, as tecnologias envolvidas, a história da cerveja e entrevistas
com proprietários desses estabelecimentos comerciais. Criatividade: A partir da coleta de dados é iniciada uma geração de
alternativas para o problema. Nesta etapa são usadas técnicas e ferramentas que
auxiliam a criatividade.
Materiais e Tecnologias: Nesta etapa a alternativa escolhida, é detalhada e
são estudados os processos usados na confecção do produto e os materiais que o
produto deverá ter.
Experimentação: Fase em que são feitos testes de funcionalidade, uso e
ergonomia do produto com um modelo volumétrico construído em escala 1:1.
Modelo: Trata-se de um modelo, que pode ser confeccionado em escala
menor, e outros materiais, para mostrar como será o produto acabado.
Verificação: Fase onde o projeto será verificado para correção de possíveis
problemas, validação de medidas e definição do modelo ou apenas para controle de
projeto.
Desenho construtivo: Desenho técnico para observar as dimensões e vistas
do produto.
Solução: Como solução chegou-se a um refrigerador repartido com portas
individuais para melhor preservar a refrigeração em seu interior, e ainda com
sistema de engradados/gavetas para facilitar a reposição.
142.2 Cronograma
Cronograma das etapas de projeto do 2° semestre letivo de 2005, este deverá
ser concluído no 1° semestre de 2006.
Figura 01 – Cronograma 2005 II
15Cronograma das etapas de projeto do 1º semestre letivo de 2006, parte final,
conclusão em julho de 2006.
Figura 2 – Cronograma 2006 I
163. Problema
3.1 Requisitos de Projeto
O briefing é a apresentação dos pré-requisitos de projeto. Ele estabelece
restrições que servem para assegurar o desenvolvimento do novo produto de forma
viável.
1. PRODUTO
Nome:
Be-Cool;
Categoria:
Eletrodoméstico;
Local de Uso:
Qualquer local que comercialize bebidas geladas;
Composição Industrial:
Polímeros e Metais;
Qual a imagem do produto no mercado?
Ser um produto prático, funcional que agiliza o trabalho, consumindo menos
energia;
Quais os principais pontos positivos deste produto?
Manter a cervejas na temperatura ideal, menor consumo de energia e fácil
reposição das cervejas;
Quais os principais pontos negativos deste produto?
Custo e viabilidade da tecnologia;
17 2. MERCADO
Quais os principais mercados?
Bares em geral, todo comércio que venda bebidas geladas.
Qual a evolução deste mercado?
Este mercado evolui com a criação de novos produtos que facilitam e agilizam
o trabalho, como chapas quentes, microondas, refrigeradores e eletrodomésticos em
geral.
3. CONSUMIDOR
Quem consome/usa o produto, por sexo, classe, faixa etária, escolaridade,
estado civil, e ocupação profissional?
Empresários donos de bares e/ou casas noturnas, supermercados e também
todo estabelecimento comercial que venda bebidas geladas.
4. RAZÕES DE COMPRA DO PRODUTO
Porque o consumidor compra este produto?
Para diminuir custos, agilizar o serviço de reposição e manter as cervejas na
temperatura certa.
Quais os benefícios que o consumidor espera deste produto?
Baixo consumo de energia e satisfação dos clientes com a cerveja sempre
gelada e facilidade na reposição.
184. Definição e Componentes do Problema Segundo BAXTER(2001,p.74) “A análise do problema serve para conhecer as
causas básicas do problema e assim fixar as suas metas e fronteiras” . Sendo assim,
iniciamos a análise apresentando o problema, e perguntando os por quês deste problema.
Análise do Problema:
Esta ferramenta procura reduzir o problema a conceitos cada vez mais
abstratos. Consiste em partir da formulação inicial do problema, e perguntar o por
que você quer resolver o problema. Segundo BAXTER(2001,p.61) “ Essa é uma boa
ferramenta para se chegar à raiz do problema”.
Problema inicial: Manter as cervejas na temperatura ideal para
o consumo, nos horários de maior movimento em bares, com menor consumo de energia.
Por que?
Refrigerador fechado com abertura para saída das cervejas
Alternativa Para que as cervejas fiquem na temperatura ideal melhorando a venda e reposição, com menor consumo de energia.
Por que? Manter a cerveja na temperatura ideal
Alternativa Satisfação do cliente e do comerciário. Por que? Facilitar a reposição das cervejas
Alternativa Para evitar aborrecimentos e desperdícios.
Por quê? Refrigerador horizontal
Alternativa Porque não terão que ouvir reclamações, perdendo clientes e também agilizando a reposição de cervejas para gelar.
Tabela 01: Análise do problema
19Metas e Fronteiras:
Em cada nível de análise do problema é possível estabelecer novas metas e
novas fronteiras para o problema, o que servirá de base para compor o espaço do
problema mais adiante.
Nível da análise:
Metas
Fronteiras
Como manter as cervejas na temperatura ideal para o consumo nos horários de maior movimento nos bares
Manter a cerveja na temperatura ideal de consumo
Com o grande movimento o refrigerador é aberto muitas vezes
Para que a cerveja chegue gelada até o usuário final
Fazer com que as cervejas cheguem a eles geladas
Refrigeradores que perdem o nível de refrigeração quando abertos
Para que ele consuma menos energia
Diminuir o consumo de energia do refrigerador
Refrigeradores geralmente gastam muita energia
Para facilitar a reposição das cervejas
Fazer com que a reposição de cervejas seja agil
Posição das garrafas e disposição no interior do refrigerador
Tabela 02: Metas e Fronteiras
Definição do Problema de Projeto:
A partir das análises feitas até o momento, ficou claro que o problema
levantado de início não é o verdadeiro problema de projeto. Ficou estabelecido o
novo problema como sendo: Manter as cervejas na temperatura ideal para o
consumo, nos horários de maior movimento em bares, com menor consumo de
energia e fácil reposição.
Este novo problema de projeto está analisado abaixo:
Qual é exatamente o problema que você está querendo resolver?
Manter as cervejas na temperatura ideal para o consumo, nos horários de
maior movimento em bares, com menor consumo de energia e fácil reposição.
Por que esse problema existe?
Porque os refrigeradores atuais não satisfazem as necessidades do
consumidor, não conseguindo manter as cervejas geladas devido ao grande número
de aberturas para retirada das mesmas, e consumindo muita energia.
Ele é parte específica de um problema maior?
Sim pois o hábito dos brasileiros é tomar a cerveja gelada.
20Em vez disso seria melhor atacar primeiro a parte específica?
Sim, pois seria difícil mudar os hábitos e costumes de um país.
Qual é a solução ideal para o problema?
Manter as cervejas na temperatura ideal para o consumo, com fácil controle de
temperatura, fácil acesso para retirada e reposição e reduzir o consumo de energia.
O que caracteriza essa solução ideal?
Um refrigerador com regulagem clara de temperatura, com sistema de retirada
das cervejas sem abrir a porta e com fácil reposição e também retirada.
Quais as restrições que dificultam o alcance dessa solução ideal?
Viabilidade da tecnologia, preço e consumo de energia.
Espaço do problema:
As respostas às questões analisadas anteriormente ajudam a elaborar o
mapa do problema, ou seja, o objetivo do problema, as fronteiras do problema, e o
espaço do problema. Segundo BAXTER(2001,p.60), “essas considerações em torno
da natureza do problema visam produzir uma definição simples, concisa e
operacional do problema.”.
O espaço do problema é o campo onde será desenvolvido o trabalho na
procura de soluções. Nele estão estabelecidas as metas e as fronteiras desse
problema: O mapa do problema está exemplificado abaixo:
Figura 3: Mapa de problema. Fonte: Acervo Pessoal
O mapa do problema possui os componentes que estão especificados a seguir:
Soluções existentes: Há alguns tipos de refrigeradores próprios para cerveja
com sistema de refrigeração automática com porta cega ou de vidro.
Fronteiras: Alto custo e viabilidade da tecnologia.
Metas: Diminuir o consumo de energia mantendo as cervejas sempre na
temperatura ideal para o consumo com fácil retirada e reposição das cervejas.
Manter as cervejas na temperatura ideal para o consumo, nos horários de maior movimento em bares, com menor consumo de energia e fácil reposição.
FronteirasMetas do Problema
Soluções Existentes
215. Coleta de Dados 5.1 Pesquisa Bibliográfica
Conceitos e Definições de Lazer:
Conforme o dicionário:
Lazer – Tempo disponível; descanso folga; Aurélio, 2001.
O lazer é definido por Dumazedier (1976, p.34) da seguinte maneira: “O lazer é
um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade,
seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se, ou ainda, para
desenvolver sua informação ou formação desinteressada sua participação social
voluntária ou sua livre capacidade criadora”.
Em consonância com Dumazedier, está o conceito de lazer de Camargo (1989)
que o define como qualquer atividade que não seja profissional ou doméstica: “um
conjunto de atividades gratuitas, prazerosas, voluntárias e liberatórias, centradas em
interesses culturais, físicos, manuais, intelectuais, artísticos e associativos, realizado
num tempo livre roubado ou conquistado historicamente sobre a jornada de trabalho
profissional e doméstico e que interferem no desenvolvimento pessoal e social dos
indivíduos”.
História do Lazer:
As civilizações antigas não tinham um nome para lazer no sentido que o
entendemos hoje. Na verdade, o jogo e o brinquedo são fatos tão ou mais antigos do
que o homem. O jogo é fato mais antigo que a cultura, afinal, os animais brincam
antes mesmo de os homens os ensinarem a tanto.
O lazer é um fenômeno moderno, surgido em decorrência do desenvolvimento
do modelo de produção fabril, uma das conseqüências da Revolução Industrial. Isto
é, se sempre na história da humanidade podemos observar atividades realizadas
22tendo em vista a busca de diversão, é somente quando a jornada de trabalho se
torna artificializada, bem definida diariamente (com hora de entrada, almoço e de
saída), é que podemos identificar o surgimento de um tempo disponível que se
estabelece a partir do que sobra não só da rotina de trabalho, como também de
outras tarefas domésticas cotidianas (cuidar dos filhos, resolver problemas da casa
etc.).
Desde que se organizaram enquanto fenômeno social, os momentos de lazer
se apresentam enquanto espaço de tensão social. Primeiramente por que foram
conquistados, e não concedidos pelos donos dos meios de produção. A
regulamentação e a restrição da excessiva jornada de trabalho somente foi possível
graças a ação organizada dos trabalhadores. Depois, porque nesse importante
âmbito e locus de vivência social, defrontam-se parâmetros diferenciados de
compreensão cultural, de acordo com os diversos interesses existentes.
O assunto começou a ser estudado e discutido já na virada do século XIX/XX,
mas, no Brasil, somente nas últimas três décadas tem se tornado motivo de maiores
preocupações e de propostas de intervenção mais elaboradas, embora possamos
identificar os primórdios destas preocupações já nas décadas de 20 e 30 do século
passado.
Durante muito tempo o assunto foi menos valorizado, até mesmo porque a
sociedade moderna e contemporânea é estruturada a partir da centralidade e
supervalorização do trabalho. Quantas vezes já não ouvimos que o trabalho
enobrece o homem? Por que o lazer também não enobreceria? Lamentavelmente
somos educados no decorrer de nossa vida para valorizar o mundo do trabalho (que
seria “sério”) e não para o mundo do não trabalho, do lazer (já que esse seria
“brincadeira” ou “não-sério”).
É lógico que o trabalho é uma dimensão fundamental e importante na vida
humana, mas também o é o lazer. Pesquisas recentes demonstram que cada vez
mais crescem as reivindicações para melhores condições de lazer e se lembrarmos
as propostas mais efetivas de intervenção social, à busca de construir uma
sociedade mais justa e menos desigual, nota-se que o lazer e a cultura são sempre
palavras-chaves, sempre concebidas como estratégias eficazes de atuação. 1
1 Fonte: www.lazer.eefd.ufrj.br/
23
Tempos de Lazer e outros tempos:
Para Camargo (1989), os tempos de lazer são classificados como:
O diário, o semanal, o de férias ou fim-de-ano e o de aposentadoria.
Além do tempo destinado ao lazer podemos citar mais outros dois tempos: o
tempo morto trata-se do tempo dedicado a suprir as necessidades básicas do ser
humano, como alimentar-se, dormir e ainda as necessidades fisiológicas do homem,
em seguida temos o tempo comprometido que seria o tempo dedicado ao trabalho
e/ou estudo.
Para Dumazedier (1976, p. 31), são atividades opostas ao lazer:
• Trabalho Profissional;
• O trabalho suplementar ou trabalho de complementação;
• O trabalho doméstico;
• Atividades de manutenção (as refeições, os cuidados higiênicos com o
corpo, o sono);
• Atividades rituais ou ligadas ao cerimonial, resultantes de uma obrigação
familiar, social ou espiritual;
• As atividades ligadas aos estudos interessados (círculos, cursos
preparatórios de um exame escolar ou profissional).
As atividades de trabalho profissional, suplementar ou de complementação,
assim como o trabalho doméstico e atividades rituais e ligadas ao estudo são
tempos comprometidos, já atividades de manutenção são chamadas de tempo
morto.
Equipamentos de Lazer:
Camargo (1989) define que a questão dos equipamentos de lazer é bastante
complexa e um dos problemas mais significativos no que se refere à restrição da
possibilidade de acesso às vivências de lazer. Não por acaso, é comum que as
24comunidades constantemente reivindiquem a construção de novos espaços
públicos, para que possam aproveitar melhor seu momento do não-trabalho.
Os equipamentos específicos são aqueles construídos, na origem, para a
prática de atividades de lazer e equipamentos não-específicos, são aqueles que não
foram construídos visando à prática de lazer, mas que de alguma forma permitem o
desenvolvimento de atividades com esta finalidade.
Sob o termo genérico de equipamento de Lazer pode-se abranger desde o
escorregador a um complexo esportivo com múltiplas instalações para ginástica,
futebol, natação etc. No sentido de possibilitar a distinção entre um e outro, foram
criados os conceitos de micro equipamentos, médio equipamentos,
macroequipamentos e equipamentos em espaços extra-urbanos. Estando os dois
primeiros vinculados ao lazer diário, o terceiro ao lazer de fim de semana e o quarto
ao lazer de férias.
Os microequipamentos caracterizam-se pela oferta de atividades específicas,
dirigidas aos usuários de interesses bem definidos, parecendo indicar que o Autor
Camargo (1989), os vincula a somente uma categoria dos interesses do lazer,
devendo ser instalados próximos ao local de moradia ou trabalho dos usuários.
Como exemplo os centros infantis, os cineclubes, os clubes de fotografia, os ateliês
de artesanato, as instituições de ioga e outros.
Os equipamentos de dimensão média (médioequipamentos) caracterizam-se
por atender aos diferentes interesses no lazer (físicos, manuais, artísticos,
intelectuais e sociais). Permitem ao indivíduo despertar para outros interesses que
não os específicos. Temos como exemplo os equipamentos que possuam cinema,
teatro, piscina, quadras de esportes, salas para cursos, áreas de criatividade, etc.
Os macroequipamentos caracterizam-se por serem amplos, neles
convergindo vários interesses, com destaque a uma continuada valorização das
atividades ao ar livre. Evidentemente, sua característica principal é o verde e a
natureza. São compostos por parques, jardins e clubes de campo. Sendo em menor
número, devem ser localizados estrategicamente. São criados para o lazer de fim de
semana.
25Os equipamentos em espaços extra-urbanos são os estabelecidos no campo
ou no litoral, destinados também ao lazer de fim-de-semana, mas juntamente com o
lazer de temporada ou de férias. Objetivam o desfrute pelo usuário de atividades de
lazer e de tarefas diferentes das rotinas vividas no cotidiano.
Tipos de Lazer:
Conforme Camargo (1989) os tipos de lazer são:
• Os de interesses físicos
As atividades físicas estão entre as mais procuradas pelas comunidades.
Normalmente, o praticante busca o prazer ocasionado pela movimentação corpórea,
muitas vezes a relacionando com preocupações ligadas à estética corporal e à
saúde. Podemos introduzir tais atividades a partir de uma dupla postura de nosso
público-alvo, sempre buscando o equilíbrio entre ambas: o indivíduo pode
jogar/praticar ou pode assistir a realização da atividade. Isto é, por exemplo, pode
jogar futebol ou assistir a uma partida do esporte. Importante é garantir a
possibilidade e o estímulo a ambas posturas.
Exemplos de atividades: Esportes em geral, que podem ser praticados na
natureza (treking, montanhismo etc.), em quadras e campos (handebol, voleibol,
basquetebol, futebol etc.), lutas (capoeira, judo, etc.), aqueles conhecidos como
radicais (skate, ciclismo, patinação), entre outros; Caminhadas, em ambientes
naturais ou urbanos; Danças diversas (de salão, ligadas a escolas, folclóricas, etc.)
Diversas modalidades de ginástica.
• Os de interesses artísticos
As atividades artísticas estão entre aquelas cujo acesso é mais dificultado e
menos oferecido para a população. Vale ressaltar que não se deve ter preconceitos
quanto às formas de arte possíveis de serem utilizadas. Com certeza a arte está nos
museus, cinemas, teatros, bibliotecas, mas também está nas tradições folclóricas e
da cultura popular, no samba, na literatura de cordel, no forró.
A experiência estética é o elemento estimulador que impulsiona e conduz à
busca das manifestações artísticas como forma de lazer.
26Exemplos de atividades: Artes plásticas (pintura, escultura, etc.); Cinema;
Teatro; Música; Danças em geral.
• Os de interesses manuais
As atividades manuais são procuradas fundamentalmente pelo prazer
ocasionado pela manipulação de objetos e produtos. Muitas vezes tais atividades
passam de hobbies a opções de trabalho.
Exemplos de atividades: Culinária; Marcenaria; Tricô e crochê; Corte e costura;
• Os de interesses intelectuais
É claro que em todas as atividades movimentamos nossa parte intelectual, seja
qual for ela. Mas nesse grupo de atividades encontramos aquelas em que o prazer
fundamental está relacionado à reflexão e ao raciocínio.
Exemplos de atividades: Jogos intelectuais (xadrez, dama, gamão); Cursos
livres de informação geral; Palestras; Leitura;
• Os de interesses sociais
Todas as atividades de lazer tendem a desenvolver a sociabilidade e estimular
a formação de grupos, mas nesse grupo a ênfase de interesse recai exatamente
sobre tal possibilidade. São atividades buscadas fundamentalmente por promover o
encontro de indivíduos, organizados a partir de algum argumento.
Exemplos de atividades: Festas; Espetáculos; Atividades turísticas;
Áreas para prática do Lazer
O lazer poderá acontecer em áreas naturais, como praias, montanhas, campos
ou em áreas urbanas como, Ginásios de esportes, quadras de esporte, academias,
cinemas, parques, shopping centers, bares, casas noturnas, dentre outros.
No entanto não podemos dizer que o tempo de lazer é contínuo, pois nossas
necessidades físicas, voltadas para alimentação, higiene e sono, poderão aparecer
durante um período de lazer. É comum estarmos praticando alguma atividade de
lazer e ficarmos com sede, fome ou ainda termos que ir ao banheiro. É ai que
poderíamos dizer que ao fazer as refeições em casa, teríamos um tempo morto, mas
se sairmos para uma refeição numa pizzaria, num restaurante ou lanchonete, estaria
27transformando esse “tempo morto” em lazer, pois estaremos praticando uma
atividade diferente do habitual.
Agora focaremos a pesquisa na área comercial, especificamente de venda de
bebidas, pelo fato de ser o ambiente da oportunidade de projeto.
Bares Botecos e Casas Noturnas
Conforme o Minidicionário Ediouro da Língua Portuguesa (2000), bar é um
balcão ou estabelecimento onde se servem bebidas, ou ainda, um móvel onde se
guardam bebidas alcoólicas. Boteco ou botequim é o estabelecimento onde se
servem bebidas, pequenos lanches e refeições populares. Casa noturna é o
estabelecimento comercial que funciona no período noturno. Ainda conforme o
dicionário, boate é o estabelecimento noturno com restaurante, palco para
apresentações, pista de dança, bar e música, em geral gravada.
Esses locais são muito conhecidos e freqüentados, bares e botecos em geral,
como aquele que está na esquina de sua casa, na frente de sua casa ou escola,
pode ser aquele freqüentado pelo grupo de amigos, qualquer tipo de bar, desde que
haja um momento de lazer ao freqüentá-lo, é assim como as casas noturnas,
danceterias ou boates, um local para se desfrutar o lazer.
É muito comum as pessoas pararem num desses locais para conversar e se
divertir, ouvindo uma piada ou dançando, fazendo um lanche com amigos ou
bebendo aquela cervejinha gelada, assistir a um jogo de futebol ou paquerando,
essas coisas que costumamos fazer quando vamos à uma danceteria ou um bar.
Para isso, esses locais têm que ter um mínimo de equipamentos para a
satisfação dos seus clientes, tais como: televisão, rádio, ventiladores, fogão, chapa,
estufa, churrasqueira, cafeteira, forno, geladeira e freezer. Cada equipamento tem o
seu objetivo, os dois últimos serão os que entraremos mais a fundo, para
verificarmos problemas ou oportunidades de projeto, para maior satisfação e dos
usuários suprindo suas necessidades.
28Refrigeradores
História dos Refrigeradores
Desde a Idade da Pedra, a humanidade vem procurando solucionar um
problema crucial para sua sobrevivência: a conservação de alimentos. Algumas
culturas antigas descobriram que os alimentos conservam-se melhor em lugares
frios que em lugares quentes. Por isso, desde épocas muito remotas, o gelo foi
usado para preservar alimentos. Escavações arqueológicas realizadas no vale do rio
Indo mostraram que antigas culturas já conheciam um processo de fabricação de
gelo. Estas escavações revelaram diversas "fábricas de gelo": milhares de formas
com tampas, feitas de material poroso.
Nessas "fábricas", o gelo era obtido do seguinte modo: inicialmente, enchiam-
se formas com água que eram, posteriormente, tampadas. A seguir, as formas eram
molhadas com água e então abanadas por uma legião de escravos, provocando
assim a evaporação da água derramada por cima das formas. Essa evaporação
causava o resfriamento da água do interior das formas até o seu congelamento.
Na Roma antiga, empregava-se gelo para resfriar alimentos e bebidas. Ele era
coletado durante o inverno em lagos dos Alpes, embalado em palha e transportado
para a capital do Império Romano.
O gelo natural foi utilizado para conservar alimentos até 1930: blocos de gelo
eram cortados dos lagos e do mar e cobertos com serragem, a fim de serem
conservados para utilização durante o verão.
De fato, o gelo constituiu um artigo de muita demanda e importante valor
comercial a partir da segunda metade do século XIX até o início do século XX, e
alguns cientistas almejavam construir uma máquina que fosse capaz de produzi-lo,
mas as bases da tecnologia frigorífica moderna só puderam ser estabelecidas em
1870, após a formulação dos princípios fundamentais da Termodinâmica.
Por esta época, na Alemanha, a indústria cervejeira enfrentava grandes
problemas para evitar que a cerveja se estragasse durante o verão. Em 1879, Karl
Von Linde, um jovem professor da Escola Politécnica, começou a realizar
29experimentos com um processo de resfriamento baseado nas trocas de calor entre
um gás e o meio ambiente. Após três anos, desenvolveu o projeto de uma unidade
frigorífica de grandes dimensões, instalada com sucesso numa fábrica de cerveja.
Esta unidade frigorífica tinha seu funcionamento baseado em compressões e
expansões sucessivas da amônia.
Conforme o site, www.educativa.org.br, amônia é uma solução aquosa do
amoníaco. O amoníaco é um gás incolor sintetizado a partir do nitrogênio e do
hidrogênio (fórmula química NH3).
Os primeiros refrigeradores, usados apenas com finalidades industriais, eram
grandes e inconvenientes, e, como a amônia é uma substância corrosiva e tóxica,
surgiam grandes problemas em casos de vazamentos. Somente em 1913, após
vários aperfeiçoamentos, foi construído, na cidade de Chicago, o primeiro
refrigerador doméstico. A fabricação desses refrigeradores, em grande escala,
somente teve início na década de 1920, nos EUA e em alguns países da Europa.
No Brasil, a popularização da utilização do refrigerador doméstico começou
aproximadamente a partir da década de 1950. Em 1991, de acordo com o IBGE, o
Brasil já dispunha de 4.249.405 freezers e 23.910.200 geladeiras.
Além da amônia, o dióxido sulfúrico também foi usado como fluido frigorífico.
Mas ele também era tóxico e tinha odor desagradável. Quando ocorriam vazamentos
desses fluidos, as conseqüências eram potencialmente perigosas. O ideal era
substituí-los por um líquido inodoro, facilmente evaporável, não venenoso e estável.
Em 1930, um químico americano, Thomas Midgley Jr., preparou o FREON,
(composto químico de carbono, cloro e flúor), da família dos clorofluorcarbonos.
Especialmente projetado para as funções de refrigeração em instalações de
qualquer porte, o FREON parecia ser a solução ideal. As suas vantagens são, a
grande estabilidade química, a inércia em relação a explosões e corrosão de
matérias plásticas, gordurosas e fibrosas (comumente encontradas nas guarnições
das juntas dos refrigeradores), e a aparente inocuidade (não é tóxico nem irrita o
sistema respiratório humano).
30Na década de 1970, cientistas começaram a perceber que os gases
clorofluorcarbonos, os CFCs, dentre eles o FREON, estavam destruindo a camada
de ozônio, uma região da atmosfera que protege a Terra das radiações ultravioletas
nocivas. Sem essa camada de ozônio, de cerca de 40 km de espessura, muitas
formas de vida desapareceriam de nosso planeta. 2
Segundo Tambini (1999, pg. 68), no início do século, os que tinham a sorte de
possuir um refrigerador, dispunham simplesmente de armários de madeira com
caixas de gelos. Os primeiros refrigeradores domésticos surgiram em 1913. Eram
desajeitados e com pouco espaço útil. O mecanismo de refrigeração de alguns deles
ficava na parte externa, acima do compartimento para alimentos, recebendo por
conta disso o apelido de “colméia”. Por muito tempo os europeus viam nos
refrigeradores um luxo desnecessário. Nos Estados Unidos, sua receptividade foi
muito maior (estava presente em 60% dos lares em 1941) e, consequentemente,
muitas das características de design se originaram lá. Desde a década de 50, os
refrigeradores e os freezers são encontrados numa variedade muito maior de estilos,
cores e configurações.
Funcionamento de um Refrigerador
Onde ocorrem as principais trocas de calor
em uma geladeira?
No congelador, onde o fluido frigorífico que circula pela serpentina
está a uma temperatura menor que a do ar e dos alimentos que estão
próximos e absorve calor dos mesmos.
No interior da geladeira, entre o ar e os alimentos colocados nas
diversas prateleiras.
No radiador, onde o fluido frigorífico está a uma temperatura mais
alta que o ambiente e libera calor.
2 Fonte: http://www.educativa.org.br/servicos/mad-a1.htm
Fonte: http://www.educativa.org.br Figura 4 – Funcionamento Refrigerador
31Para compreendermos melhor o funcionamento de um refrigerador veremos os
processos de transmissão de calor que ocorrem na geladeira.
As trocas ou transferências de calor entre dois sistemas ou corpos que
apresentam diferentes temperaturas podem ser realizadas mediante três processos
distintos: condução, convecção, radiação.
Geladeira a gás
Geladeiras que funcionam pela queima de gás de cozinha ou querosene são
muito úteis quando não se pode contar com a energia elétrica, como em certas
zonas rurais, camping, etc. Mas como o calor pode produzir frio? O ciclo comum de
refrigeração usa um compressor mecânico que comprime um gás que, por sua vez,
é resfriado num condensador e em seguida evaporado (o que produz o resfriamento)
e finalmente retorna ao compressor, formando o ciclo.
O aquecimento pode aumentar a pressão de um gás, mas por si não tem como
fazê-lo fluir continuamente em um circuito fechado. A solução foi dada pelo ciclo de
refrigeração por absorção, que usa a lei de Dalton para manter o fluxo.
Segundo a lei de Dalton, a pressão de uma mistura de gases e/ou vapores que
não reagem quimicamente entre si é igual à soma das pressões parciais de cada, ou
seja, das pressões que cada um teria se ocupasse isoladamente o mesmo volume,
na mesma temperatura.
O ciclo por absorção usa amônia como gás refrigerante e hidrogênio e água
como substâncias auxiliares. A pressão total é teoricamente a mesma em todos os
pontos do circuito. O que muda são as pressões parciais. Em um trecho, a pressão
parcial da amônia é menor que a do hidrogênio e o contrário em outro trecho. Assim,
ambos os gases circulam pelo sistema. Tal diferença de pressões parciais é
produzida pela água, que tem grande afinidade pela amônia e quase nenhuma pelo
hidrogênio.
32Na figura, o vaporizador recebe solução
concentrada de amônia em água. O
aquecimento vaporiza a solução e a amônia,
por ser mais volátil, é separada da água no
separador. Assim, a água que sai do mesmo é
uma solução diluída de amônia em água.
O vapor de amônia é liquefeito no
condensador e, ao sair, se mistura com
hidrogênio. Portanto, a pressão da amônia
diminui devido à presença de outro gás na
mistura.
A mistura de amônia e hidrogênio passa pelo evaporador, produzindo o
resfriamento. Em seguida, se encontra com a água quase pura do separador e
ambas passam pela serpentina do absorvedor.
Conforme já dito, a água tem elevada afinidade com a amônia e quase não tem
com o hidrogênio.
Assim, na saída do absorvedor, a amônia está dissolvida na água e o
hidrogênio está livre, retornando ao evaporador. A solução concentrada de amônia
em água retorna ao vaporizador, reiniciando o ciclo.
Notar a existência de sifões nas saídas do condensador e do separador. Eles
servem para impedir a passagem do hidrogênio. Portanto, no lado do
condensador/separador, a pressão total é praticamente a pressão parcial da amônia.
A diferença de pressões parciais entre as partes mantém o fluxo do ciclo enquanto
houver aquecimento.
Figura 5 - Geladeira a gás.
Fonte: http://www.educativa.org.br
33Geladeira comum
Na figura deste tópico, as formas e proporções estão propositalmente
diferentes do real por questão de clareza.
Uma geladeira comum faz uso do ciclo normal de
refrigeração. O circuito 12345 (compressor,
condensador, evaporador) é fechado e contém um gás
apropriado ou gás refrigerante. Na saída do compressor
(1) o gás está sob alta pressão e aquecido. Ao passar
pelo condensador (2 - aquela serpentina de tubos
pretos, em geral na parte de trás do equipamento) ele
troca calor com o ambiente e, na saída, está no estado
líquido. O líquido entra no evaporador através de uma
válvula de expansão (3). Na realidade é um
estrangulamento que provoca uma perda de pressão e
conseqüente evaporação na serpentina do evaporador,
onde absorve calor do interior. Na saída do evaporador (4) está no estado gasoso,
retornando ao compressor e reiniciando o ciclo.
Portanto, a parte azul do circuito (345) é de baixa pressão e a vermelha, de alta
pressão.
O compressor não trabalha ininterruptamente. Há um termostato (não indicado
na figura) que liga e desliga de acordo com o ajuste de temperatura desejado.
Durante muito tempo, as geladeiras foram construídas com apenas este
sistema básico, que é acompanhado do inconveniente da formação de gelo no
evaporador, exigindo o degelo manual periódico.
As geladeiras que dispensam o degelo (frost-free) fazem uso de uma
resistência elétrica de aquecimento (R) junto do evaporador. Um temporizador
automático desliga periodicamente o compressor e liga a resistência, fundindo o
gelo.
Figura 6 - Sistema Frost Free. Fonte: http://www.educativa.org.br
34A água é recolhida na bandeja B1 e dirigida à bandeja inferior B2. Depois do
período de degelo, o compressor é ligado e a resistência desligada. Conforme já
dito, na saída do compressor o gás está aquecido. Uma parte da tubulação passa
pela bandeja e evapora a água do degelo.
Nestas geladeiras, a circulação do ar através do evaporador é forçada com
uma ventoinha (v) e condutos que distribuem na proporção adequada para o
congelador e a parte inferior. A circulação forçada também contribui para melhor
remoção da umidade interna, depositando-a em forma de gelo na serpentina do
evaporador. A ventoinha é desligada junto com o compressor, no período de degelo
conforme parágrafo anterior ou pelo termostato, no controle da temperatura.
Algumas geladeiras mais recentes a desligam também quando uma porta é aberta,
para reduzir a perda de ar frio e, por conseqüência, economizar energia.
Recipientes e recintos para a conservação do frio
Segundo Costa (1982), os ambientes destinados à conservação do frio, podem
ser classificados de uma maneira geral em:
ISOTÉRMICOS;
REFRIGERADOS;
FRIGORÍFICOS;
Os ISOTÉRMICOS são aqueles ambientes, simplesmente isolados, como as
chamadas caixas isotérmicas (isopores, carrinhos para sorvete).
Os REFRIGERADOS são aqueles ambientes isolados, que dispõem de um
sistema descontínuo para a produção de frio. Este tipo de ambiente é mais usado no
transporte do frio, como nos caminhões refrigerados, em barcos pesqueiros, em
vagões para o transporte de carnes, em aviões para o transporte de congelados, etc.
Os FRIGORÍFICOS são aqueles ambientes isolados, que dispõem de um
sistema contínuo de produção de frio. Usadas para refrigeração e conservação de
grandes quantidades de produtos alimentícios, sobretudo durante as entressafras.
35Bebidas
Em bares e casas noturnas, os refrigeradores e freezers são usados para
conservação de alimentos, mas principalmente para refrigerar bebidas tais como,
refrigerantes, água, algumas bebidas destiladas e cerveja. Estes produtos na maioria
das vezes devem ser vendidos gelados, então é muito importante o uso de um
refrigerador para o resfriamento dos mesmos.
Algumas bebidas em especial, como a cerveja devem ser vendidos a uma
temperatura ideal, por isso atualmente são desenvolvidos refrigeradores próprios
para o resfriamento de cervejas, que chegam a cinco graus negativos e mantém as
cervejas geladas na temperatura dita como ideal.
A seguir veremos como surgiu a cerveja.
História da Cerveja
Lange e Forty (1999), afirmam que arqueólogos descobriram que a cerveja já
era fabricada pelos egípcios e sumérios há cinco mil anos atrás. No entanto é
provável que as primeiras cervejas tenham sido feitas no Neolítico quando o homem
começou a colher e estocar cereais e descobriu o processo de fermentação.
A cerveja não é apenas a mais antiga bebida alcoólica que se conhece: usada
no tratamento de doenças e em cerimônias e rituais religiosos em honra dos deuses
e dos mortos, serviu como forma de pagamento e escambo, além de ser uma
importante fonte de nutrição. É significativo que tanto o pão quanto a cerveja usem
praticamente os mesmos ingredientes, e sua evolução está interligada. A antiga
palavra suméria para designar cerveja queria dizer “pão líquido”.
Antes da refrigeração moderna e da baixa fermentação, a cerveja só podia ser
fabricada no local de consumo e destinada apenas a uma parte do ano, pois não
havia como conservá-la ou transportá-la em condições adequadas. Os mosteiros da
Idade Média, dispondo de manuscritos romanos e gregos com as técnicas egípcias,
tornaram-se famosos por suas bebidas e acabaram contribuindo para que a cerveja
se transformasse naquilo que bebemos hoje com duas inovações importantes: a
substituição de outros aromatizantes pelo lúpulo e a técnica da baixa fermentação.
Ainda de acordo com os autores Lange e Forty (1999), com o crescimento das
cidades surgiram a especialização e cervejarias comerciais. A cerveja tornou-se uma
36importante fonte de renda, com leis para conservar sua qualidade e pureza. Embora
no começo do século a cerveja ainda fosse feita com a fermentação alta e tivesse
vida curta, em poucas décadas a indústria mudou radicalmente, com os adventos da
baixa fermentação, da refrigeração, do transporte com locomotivas a vapor e da
pasteurização. Essas mudanças levaram a um aumento maciço da produção, pois a
cerveja agora poderia ser fabricada o ano todo e conservada por mais tempo, além
de poder ser transportada rapidamente para áreas de maior demanda e consumo.
Um equívoco comum é achar que a cerveja é uma bebida específica – ao lado
da stout, da ale, da porter, da bitter e da lager. Na verdade, cerveja é um termo
genérico que abrange todos esses tipos – desde que fermentados com cereais (
embora geralmente se use a cevada), lúpulo e levedo. A principal diferença entre as
várias cervejas costuma ser o tipo de fermentação usado – ainda que haja outras
variações, como a escolha da cevada, do lúpulo e da água, e das técnicas de
fermentação de cada cervejeiro. As variações nos tipos de cevada, lúpulo, água e
suas proporções e combinações durante o processo de preparação em si fazem a
diferença entre as cervejas claras e escuras. Lange e Forty (1999) ainda afirmam
que é evidente que, a região de origem também é importante, assim como o tipo de
cerveja fabricado; no entanto, todas as cervejas são basicamente a mesma coisa. O
elemento que cria a diferença vital de sabor – o uso de fermentação alta ou baixa –
atua em todas as fases importantes da preparação e determina a característica de
cada cerveja.
Dimensões da Garrafa
Uma garrafa de cerveja tem aproximadamente 1140 g,
cheia de cerveja.
O casco vazio pesa aproximadamente 500 g, veja na
figura ao lado, as dimensões principais de uma garrafa de
cerveja de 600 ml.
Essas medidas irão influenciar na construção do produto.
Figura 7 – Dimensões da garrafa Fonte: Acervo Pessoal
37
Fonte: Acervo Pessoal Figura 9 - Termostato
Fonte: Acervo Pessoal Figura 8 – Refrigerador Cerveja
5.2 Pesquisa de Campo
Entrevistas e Analises
Do período de 15 a 22 de setembro, foram feitas entrevistas com proprietários
de cinco estabelecimentos. As entrevistas visam esclarecer dúvidas sobre os
problemas que ocasionalmente poderiam surgir referentes à refrigeração de
cervejas. Com a entrevista conseguimos fazer uma maior extração de dados e
informações referentes ao tema.
Os resultados foram os seguintes:
No Roque’s Beer, situado na 5ª Avenida, 1070, em frente
a UNIVALI campus de Balneário Camboriú - SC, freqüentado
pelo público universitário, tendo em média um giro de100
pessoas por dia, o tipo de cerveja mais vendida é a garrafa de
600 ml, vendendo uma média de 4 engradados (96 garrafas) por
dia tendo dias que essa média é superada e chagando a vender
5/6 engradados, no caso de dias como quintas e sextas-feiras.
O estabelecimento conta com um refrigerador vertical
(próprio para cerveja) e um horizontal. O proprietário deste estabelecimento afirma
ocorrerem problemas quanto ao resfriamento das bebidas (cervejas) durante o
horário de pico da lanchonete, pois o refrigerador é aberto muitas vezes,
comprometendo o resfriamento das cervejas. Quanto ao espaço físico ocupado por
um ou outro refrigerador (vertical e horizontal), não há problemas, pelo fato de o
estabelecimento ter espaço suficiente.
Na lanchonete Parada 550, localizado na Avenida Cônsul
Carlos Renaux, 550 em Brusque – SC, em frente à Associação
Educacional do Vale do Itajaí - Mirim (ASSEVIM), também
freqüentado por universitários em sua maioria, tendo um público
diário de 100 e até 150 pessoas, dependendo do dia, vende uma
média de 4 engradados de cerveja diariamente, garrafas de 600 ml, nos dias mais
quentes ou próximos do fim de semana a venda chega a ser de 6 engradados de
cerveja (144 garrafas). O estabelecimento conta com um refrigerador (freezer)
38horizontal de 420 litros (suporta até 10 engradados de cerveja), este freezer não
consegue refrigerar as cervejas nos horários de pico da lanchonete (intervalo da
universidade), pois o mesmo fica muito tempo aberto. O proprietário afirma ainda
que o freezer horizontal é melhor que o vertical pois suporta 3 engradados de
cerveja a mais que o vertical que suporta apenas 7 engradados.
Na Rodovia Antônio Heil em Brusque – SC localiza-se o Soul Bar, bar
freqüentado por jovens surfistas e também pessoas que tem espírito esportivo, este
bar vende em média 25 engradados de cerveja (garrafas 600 ml) por noite, em dias
de festa. Freqüentado nestas noites por mais ou menos 400 pessoas, o bar teve
problemas com seu freezer horizontal que comprometia o resfriamento das cervejas,
pois é aberto muitas vezes e ele não tem uma regulagem clara da temperatura,
assim quando estava com a regulagem alta congelava as cervejas e com a
regulagem baixa não mantinha a cerveja na temperatura ideal, além deste freezer o
bar contava com um freezer vertical duplo (próprio para cervejas), que não
comprometia o resfriamento das bebidas, mas consumia muita energia elétrica. Este
freezer duplo suporta um engradado a mais por não ter a divisória dentro, então
enquanto um vertical simples suporta sete engradados de cerveja, o duplo deveria
suportar 14 engradados, mas sem a divisória suporta 15 engradados.
No Beira Rio Bar, localizado na rua Prefeito Germano Schaefer, 21 na cidade
de Brusque – SC, freqüentado por pessoas de 16 a 40 anos de idade, vende-se na
maioria cervejas em garrafa de 600 ml. Nas sextas-feiras, dias que acontecem
festas, este bar chega a vender 30 engradados de cerveja (720 garrafas) para um
público de 700 a 800 pessoas. O estabelecimento conta com três freezers verticais
(próprios para cerveja) e dois horizontais. O proprietário afirma que os refrigeradores
verticais são melhores, pois mantém a cerveja gelada e controla o resfriamento
automaticamente a noite toda. O freezer refrigera bem as cervejas porque elas ficam
dispostas de maneira que o ar refrigerado circula por todo o interior do freezer. O
proprietário comentou ainda que com o abre e fecha do freezer, as cervejas não
esquentam, pois, quanto mais aberto é o freezer mais cervejas estão sendo
vendidas, não dando tempo de esquentarem e este freezer vertical não consome
tanta energia quanto o horizontal, pois o vertical fica desligado por um período.
Outra informação importante é que o valor desses refrigeradores verticais para
39cervejas de 320 litros é de R$ 2.900,00. Segundo ele, seria interessante existir um
freezer onde se pudessem retirar as cervejas sem abrir a porta, gastando menos
energia, como os refrigeradores de latas que funcionam com fichas.
Na Petiscaria Alivia Cuca, situada na Rua Azambuja, 26 em Brusque – SC, a
venda de cervejas em garrafas de 600 ml é grande chegando a ser de até 35
engradados por noite, garrafas do tipo long-neck de 355 ml não são muito vendidas,
talvés pelo custo/benefício. Freqüentado por pessoas de 20 a 50 anos de idade, o
estabelecimento suporta até 550 pessoas por noite. O Bar conta com dois freezers
verticais, sendo um duplo e ainda um freezer horizontal. O proprietário afirma que o
freezer vertical é melhor que o horizontal e com o abre e fecha não compromete o
resfriamento das cervejas, diz ainda que o tamanho dos freezer são ideais, não
poderiam ser nem maiores nem menores, ressalta que o freezer horizontal, tem
difícil acesso as cervejas que ficam no fundo, para pessoas de pouca estatura, além
disso o freezer vertical faz o desgelo automático de 12 em 12 horas. O problema são
as quedas de energia que fazem com que o freezer desregule o horário de desgelo,
assim o desgelo pode acontecer na hora em que o bar está aberto, comprometendo
o resfriamento das cervejas neste período.
Com estas entrevistas chega-se a conclusão que cerveja é mais vendida em
garrafas de 600 ml. Os freezers existentes satisfazem as expectativas dos usuários,
mas eles podem ser melhorados em relação ao relógio de temperatura para que não
aconteçam problemas de desregularem com as quedas de energia, e também
quanto ao consumo de energia, poder-se-ia, projetar um freezer que a porta não
precisasse ser aberta para a retirada das cervejas ou que permaneça o maior tempo
possível fechada, fazendo com que o refrigerador consumisse menos energia.
O preço pago por um desses refrigeradores para cerveja é consideravelmente
alto, então sabe-se que poucos empresários do ramo comprariam um para seus
estabelecimentos, sendo produzindo então para fabricantes de cervejas que poderá
usa-lo para promover suas bebidas.
405.3 Pesquisa de Mercado
Refrigeradores e Similares
Na atualidade existem muitos tipos e marcas de refrigeradores, todos com
suas características e conceitos, veremos a seguir uma retrospectiva resumida do
que já existiu em termos de refrigeradores conforme o site da consul:
(Linha do Tempo)
Fonte: www.consul.com.br Figura 10 – Refrigerador anos 50
Anos 50
Refrigerador Cônsul dos anos 50, com 198 litros de capacidade.
Fonte: www.consul.com.br
Figura 11 – Refrigerador anos 60
41Anos 60
Refrigerador Consul da linha Capacidade Total com sistema de parede
comprimida a Consul fez um refrigerador com capacidade interna de 334 litros, que
ocupa o mesmo espaço de um de 270 litros.
Fonte: www.consul.com.br
Figura 12 – Refrigerador anos 70
Anos 70
A Consul introduz alto estilo com objetivos práticos. Porta-laticínios na parte
superior do painel da porta, amplo congelador horizontal, porta-ovos removíveis,
grades inteiriças e livres de parede a parede. Cada detalhe interno ou externo é
prático e elegante no Consul Maxi Super Luxo.
Suas linhas sóbrias combinam com qualquer ambiente. O acabamento
externo, de grande durabilidade, com pintura eletrostática antiferruginosa, é fácil de
limpar com pano seco.
É oferecido em quatro cores tropicais: Vermelho Solar, Azul Oceano, Verde
Amazonas e Branco.
Fonte: www.consul.com.br
Figura 13 – Refrigerador horizontal anos 80
42Anos 80
A Consul disponibiliza um dos maiores freezers do mercado brasileiro, 430
litros. O Freezer Horizontal Consul atende às necessidades do segmento comercial,
Fonte: www.consul.com.br
Figura 14 – Refrigerador 2000
Anos 2000
O mais novo lançamento da Consul: O Biplex 480, com dispenser de água na
porta.
Oferecendo um amplo espaço interno, praticidade e o conforto.
Com linhas arredondadas, o novo refrigerador Consul ganha mais
sofisticação. Alinhado com a nova tendência de design internacional, traz puxadores
embutidos.
Possuem gavetão de legumes com controle de umidade, cesto porta-ovos
portátil, porta condimentos e dispenser de água na porta com reservatório interno
com capacidade de até 3 litros.
Água gelada sem abrir a porta.
43Estado do design
A Electrolux lançou sua nova linha de refrigeradores ”CELEBRATE”.
Os novos modelos em 410 e 380 litros apresentam linhas mais modernas e
um melhor aproveitamento interno dos compartimentos, o manejo e a distribuição
dos alimentos.
Os refrigeradores estão disponíveis em 3 modelos: DFW48, DF48 e DF43.
Os novos modelos apresentam ; o prático Drink express, bebida gelada mais
rapidamente; Divisória vertical interna, cria compartimentos com melhor visualização
e armazenamento; Compartimentos removíveis: você retira do refrigerador e leva
direto a mesa(Ice twister, Porta ovos, Porta condimentos, Bandeja para café da
manhã, Drink Express, e Porta latas)Bandeja de café; com capacidade de organizar
e armazenar, pode ser retirada e levada a mesa; Prateleira retrátil em vidro
temperado, Ice Twister, Porta condimentos, Turbo congelamento, Bandeja de ovos,
Trava-garrafas aproveitável, e o maior dispenser da categoria - 5 litros (disponível no
mod.DFW48).
Figura 15 - Eletrolux DFW48
Fonte: http://www.exs.com.br
44
Figura 16 - Eletrolux DFW48
Fonte: http://www.exs.com.br
No site da Brastemp, www.brastemp.com.br, podemos encontrar muitas
novidades tratando-se de refrigeradores.
Autenticidade, ousadia e irreverência fazem do mini refrigerador Brastemp Pla
80L um novo conceito em produto – é ele quem se adapta a você. Com painéis que
você mesmo troca, ele se adapta ao seu estilo, seu ambiente, seu estado de espírito
e se transforma do jeito que você quiser. Você compra um produto e muda quando
quiser. Com rodas para você levar para qualquer local. A edição de lançamento vem
com três painéis exclusivos, assinados por: Cavalera, Isabela Capeto e Jum Nakao.
Fonte: www.brastemp.com.br
Figura 17 – Brastemp Pla
No site da cônsul, www.consul.lcom.br,
encontramos outros modelos.
O freezer Consul 260 possui design
mais moderno e novo grafismo que combina
perfeitamente com o refrigerador Consul
Master 380. Fonte: www.consul.com.br Figura 18 – Cônsul 260
45Além disso, possui compartimento de congelamento rápido com acionamento
no painel frontal, que proporciona melhor preservação das propriedades naturais dos
alimentos.
E também, controle de temperatura no painel frontal e 4 cestos removíveis
com trava de segurança.
Mais moderno: Com linhas arredondadas e novo grafismo.
Ainda no site da cônsul, temos o Refrigerador Biplex Frost Free Consul 440
oferece amplo espaço interno, design diferenciado com linhas arredondadas.
Muito mais praticidade com o sistema Frost Free, pois não é necessário
descongelar nunca seu refrigerador.
Além disso, você pode contar com o compartimento de congelamento rápido
do freezer para armazenar alimentos mais sensíveis e que precisam ser congelados
mais rapidamente.
O Gelo fácil proporciona maior
facilidade na hora de extrair as pedras de
gelo e armazená-las. Possui ainda
prateleiras de vidro temperado com
bordas anti-derramamento, cesta de ovos
removível e porta-latas retrátil.
Com o sistema Degelo Seco, basta
um toque no botão que o refrigerador faz
o trabalho sozinho, sem molhar a
cozinha. Maior espaço e melhor
organização para os congelados.
E para o melhor aproveitamento do
espaço, possui: gavetão de legumes
transparente e gaveta de frios e carnes.
E também duas prateleiras com
separador de garrafas, que comportam
garrafas de até 2,5L.
Fonte: www.consul.com.br Figura 20 - Consul
Fonte: www.consul.com.br Figura 19 – Cônsul Biplex Frost Free 440
46Alguns Frigobares: FRIDGE 4L - BRANCO BIVOLT Aquece e refrigera o que quiser
FRIDGE 8L - VERMELHO Aquece e refrigera o que quiser
FRIDGE 8L PRATA C/ VISOR – BIVOLT
Figura 21 - Fridge 4L
Fonte: http://www.polishop.com.br
Figura 22 - Fridge 8L
Fonte: http://www.polishop.com.br
Figura 23 - Fridge 8L Prata
Fonte: http://www.polishop.com.br
47MINI FRIDGE 16L 220V
MINI FRIDGE PRATA 12L 220V
Um dos mais novos lançamentos da Brastemp é o refrigerador Brastemp You,
onde o consumidor/cliente monta seu próprio
refrigerador, escolhendo as características que mais lhe
atraem, deixando assim, o refrigerador a sua cara. Além
de outros modelos vistos a seguir.
Exclusivo Freezer Frost Free Eletrônico 280 Inox, o
único freezer inteligente do mercado, faz par perfeito
com o All Refrigetor 360 Inox. Com sistema easy-to-open
que facilita a abertura e reabertura da porta, sem alterar
a vedação e o desempenho do freezer. Controle
eletrônico externo: tecnologia exclusiva que monitora o
funcionamento ideal do freezer, proporcionando a melhor
conservação dos alimentos, e avisa se houver alguma alteração no funcionamento
que possa comprometer a qualidade dos produtos ou se a porta estiver aberta. E
ainda dois tipos de gavetas removíveis com trava de segurança.
Fonte: www.brastemp.com.br Figura 26 – Brastemp You
Figura 24 - Mini Fridge 16L
Fonte: http://www.polishop.com.br
Figura 25 - Mini Fridge Prata 12L
Fonte: http://www.polishop.com.br
48Criado especialmente para fazer par com um
freezer Brastemp, o All Refrigerator é inteiro
refrigerador. Cada compartimento, cada detalhe foi
pensado para que o All Refrigerator consiga guardar
tudo no lugar mais adequado e com sofisticação.
Possui: compartimento para laticínios com tampa, porta
ovos, prateleira porta latas, separadores de garrafas
que evitam tombamento, prateleiras removíveis na
porta e gavetão independente para legumes, com
bandeja para vinhos.
Design inovador: exclusivo puxador desenvolvido em
metal nobre de alta resistência.
Possui exclusivo Design em “V”, sistema Frost
Free, que não precisa descongelar nunca e
Dispenser de Água, externo, com trava de segurança.
O Abastecedor interno do Dispenser tem apenas seis
centímetros de altura e nele é possível armazenar até
três litros de água.
Rápido e prático, o Gelo fácil com abastecedor evita
a molhadeira na cozinha ao repor água nas formas de
gelo.
O Ar frio adicional garante uma melhor circulação de ar na região das garrafas. Além
de ser a linha mais econômica do mercado, possui o maior freezer e o maior
refrigerador em sua categoria.
Fonte: www.brastemp.com.br Figura 28 - Brastemp
Fonte: www.brastemp.com.br Figura 27 – Brastemp All Refrigerator
49Glass Line KSV47 (457 L)
• Dynamic cooling • Prateleiras de vidro Safety Glass • Porta-ovos modular • Dispenser cromado para 7 latas • Maior freezer da categoria :147 litros • Ice box
• Gaveta de frios com deslocamento lateral
• Gavetão para legumes • Degelo automático no refrigerador • Porta reversível • Pés niveladores e rodízios • Classificação A
Style Ecológico KSV44 (403 L)
• Dynamic Colling • Gás Ecológico: é o 1° refrigerador
brasileiro 100% livre de gases • Prateleira em PS cristal • Gaveta de frios com deslocamento
lateral • Gavetão de legumes com divisória
• Rodízios • Pés niveladores • Porta reversível • Degelo automático no refrigerador • Classificação selo Procel A
Figura 29 - Glass Line KSV47 Bosch Fonte: www.bosch.com.br
Figura 30 - Style Ecológico KSV44 Bosch Fonte: www.bosch.com.br
50 Freezer GSD32 (300 L)
• Sistema de ultraconservação • Painel eletrônico - fast freezing e
alarme sonoro • Sistema easy to open • Porta reversível
• Pés niveladores e rodízios • Classificação A • Maior capacidade categoria:300 litros
All refrigerator 39 (371 L)
• Sistema de ultraconservação - 2 sensores
• Função extra cool • Dynamic cooling • Prateleiras de vidro Safety Glass • Dispenser cromado para 6 latas
• Prateleira cromada porta-garrafas • Gavetão para legumes • Pés niveladores e rodízios • Classificação A • Porta reversível
Figura 31 - Freezer GSD32 Bosch Fonte: www.bosch.com.br
Figura 32 – All Refrigerator 39 Bosch Fonte: www.bosch.com.br
51Além de refrigeradores domésticos, usados em casa já
podemos encontrar no mercado alguns modelos que são
fabricados para refrigerar especialmente cervejas.
No site da Springer, www.springer.com.br, encontramos a
nova linha de Refrigeradores e Freezers Springer, que trazem a
mais nova tecnologia de refrigeração, com eficiência, economia e
muita beleza.
A Cervejeira Carrier possui um sofisticado sistema de
refrigeração que garante a satisfação de seus consumidores:
cerveja extremamente gelada.
Refrigerador Vertical - Cerveja - Porta Cega ou de Vidro
Características:
Porta Reversível;
Menor consumo de energia da categoria;
Gabinete interno em plástico de alta resistência;
Sistema único de encaixe de prateleiras no próprio gabinete;
Condensador helicoidal de três torres, eliminando acúmulo de sujeira;
Gaxeta substituível sem necessidade de troca da porta;
Porta de vidro cambiável com porta cega;
Possibilidade de customização na programação do display digital;
Dupla função de refrigeração: garrafas ou latas.
Especificações Técnicas
Modelo C400
Litragem Líquida(l): 378
Capacidade Armazenamento: 140 garrafas / 384 latas
Sistema de Degelo: Frost Free
Tensão (V): 115 ou 220
Figura 33 – Refrigerador para cerveja Fonte: http://www.springer.com.br
52Gás Refrigerante: R134a
Dim. Externas LxAxP (mm): 700x2006x656
Dim. Embalagem LxAxP (mm): 730x2050x686
Dim. Adesivo Lateral LxA (mm): 510x1965
Dim. Adesivo Porta LxA (mm): 776x1462
Dim. Adesivo Display LxA (mm): 789x185
Peso Bruto (Kg): 96
Peso Líquido (Kg): 92
Prateleira (Qtd): 4
Inovação Tecnológica para resfriamento de bebidas:
COOPER COOLER
Figura 34 - Cooper Cooler Fonte: www.coopercooler.com.br Conforme o site, Fonte: http://www.coopercooler.com.br/oquee, o Cooper
Cooler é a maneira mais rápida para gelar bebidas mornas (25 graus Celsius) e fazer com que fiquem prontas para o consumo (6 graus Celsius).
O Processo Patenteado do Cooper Cooler é 40 vezes mais rápido para gelar do
que um freezer e gelam bebidas em lata em 01 minuto, garrafas em 3,5 minutos e garrafas de vinho em 06 minutos.
53 5.4 Análises das Pesquisas
Com os dados levantados durante a pesquisa, percebeu-se que há uma
oportunidade de projeto na área de refrigeradores comerciais, pois os refrigeradores
existentes não satisfazem totalmente o cliente, estes consomem muita energia e não
conseguem manter a cerveja na temperatura ideal para o consumo durante uma
jornada de trabalho de um bar, assim com as várias aberturas para retirada de
cervejas, o refrigerador não consegue refrigerar o suficiente, ou senão, ocorre um
choque térmico, onde as garrafas de cerveja que estão no seu interior congelam.
Outra informação importante foi sobre o termostato dos refrigeradores que não
tem uma leitura clara de funcionamento e temperatura para o usuário, o medidor
(termostato) é dividido por níveis 1, 2, 3 e assim por diante, não deixando clara a
temperatura interior do refrigerador.
A reposição de garrafas após o expediente também é um fator importante a ser
analisado, freezers horizontais exigem um tanto de esforço e trabalho para ser
reabastecido, pois as garrafas que continuarem em seu interior têm que ser retiradas
para colocar as que irão começar a gelar, e depois as que foram retiradas são re-
posicionadas sobre as outras.
54 5.5 Painel Semântico
O painel semântico é composto com imagens visuais que servirão de
inspiração para o novo produto.
Este painel procura traçar uma imagem do estilo de vida dos futuros
consumidores, da expressão do novo produto e do tema visual do mesmo.
Figura 35 - Painel Semântico Estilo de Vida. Fonte: Acervo Pessoal
55Figura 36 - Painel Semântico Tema Visual. Fonte: Acervo Pessoal
Figura 37 - Painel Semântico Expressão do Produto. Fonte: Acervo Pessoal
A etapa de conceituação do projeto deve mostrar como o novo produto será
feito para atingir as expectativas do consumidor.
Os conceitos do produto podem ser procurados através da análise do
problema e da definição do espaço do problema. Pois uma vez bem definido este, as
informações necessárias para orientar a conceituação do projeto já estarão
disponíveis.
Quatro conceitos principais foram empregados:
Praticidade – Chegar a um produto prático de fácil uso, ágil.
Controle – Termostato com fácil leitura e entendimento.
Simplicidade – Linhas simples, um produto sem muitos detalhes.
Economia – Baixo consumo de energia.
56
6. Criatividade
Após a pesquisa, a definição do problema, e a conceituação do produto, o
projeto entra na etapa de concepção, onde serão geradas as alternativas, avaliadas,
e então será definido o novo produto.
6.1 Geração de alternativas
A geração de alternativas inicia uma etapa de criação. Nesta, são aplicadas
técnicas e ferramentas de criatividade.
Brainstorming
A primeira técnica utilizada foi uma sessão de brainstorming, que se baseia
no princípio de quanto mais idéias melhor. Esta técnica permite que as idéias de
uma pessoa inspirem as outras pessoas, e assim, as idéias vão fluindo, a
velocidades cada vez maiores.
Segundo BAXTER (2001 pg.37), as etapas do brainstorming são: orientação,
preparação, análise, ideação, incubação, síntese e avaliação. As três primeiras
etapas já estão bem definidas, iniciamos então da fase de ideação, que seria a fase
de geração de idéias, propriamente dita.
Partiu-se então do problema de projeto:
Manter as cervejas na temperatura ideal para o consumo, nos horários de
maior movimento em bares, com menor consumo de energia e fácil reposição.
- Refrigerador vertical com sistema de saída de garrafas uma a uma;
- Refrigerador horizontal com sistema de saída de garrafas uma a uma;
- Refrigeradores modulares
A etapa de incubação, que se trata de uma pausa, um afastamento do
problema, não foi utilizada. A ideação foi feita em uma única sessão.
57 A síntese e a avaliação por sua vez, não foram aplicadas por completo.
Foram utilizadas de modo que não seria definida uma idéia de início, pois a intenção
seria de utilizar a ferramenta para obter idéias sem julgá-las agora.
O objetivo do brainstorming é que estas idéias sirvam de base para uma
geração de alternativas que será feita individualmente mais adiante.
Optou-se então por não criar restrições, ou seja, não julgar as idéias propostas.
Pois uma idéia que parece a princípio sem lógica poderá servir de base para a
possível solução do problema.
Geração de alternativas
A partir do brainstorming, ferramenta utilizada anteriormente, foi feita uma
geração de alternativas.
F igu ra 38 - A l te rna t i vas . Fon te : Acervo Pessoa l
58Alternativa 01:
Esta alternativa mostra um sistema de funcionamento interno onde as cervejas
ficam em uma esteira, rodando pelo refrigerador, saindo uma a uma.
Com uma alavanca ou botão a máquina seria acionada e assim uma cerveja
sairia e então a próxima garrafa fica posicionada para sair.
O refrigerador tem a porta na frente onde só será aberta para reposição das
garrafas.
Aspectos positivos:
Sistema inovador, mantém a temperatura ideal, tamanho padrão, fácil
reposição.
Aspectos negativos:
Viabilidade da tecnologia e custo.
Figura 39: Alternativa 01 Fonte: Acervo Pessoal
59Alternativa 02:
Esta alternativa como a primeira também tem um sistema de esteira em espiral,
que sobe e desce. Uma vez abastecida com garrafas ela sobe a esteira, que se
enrola em espiral na parte superior do refrigerador, ao terminar ela deve ser
novamente abastecida com cervejas e a esteira desce novamente para a parte
inferior do refrigerador.
A porta dianteira só é aberta para reposição.
Aspectos positivos:
Inovação no sistema e formato, mantém a temperatura ideal, agilidade no
serviço de retirada das garrafas, fácil reposição.
Aspectos negativos:
Viabilidade da tecnologia, custo e transporte.
Figura 40 - Alternativa 02 Fonte: Acervo Pessoal
60Alternativa 03:
Refrigerador horizontal com abertura para saída automática das cervejas
através de acionamento de botão ou alavanca.
A porta superior só é aberta para reposição.
Tamanho padrão de freezers horizontais.
Aspectos positivos:
O formato e posição horizontal concentram o ar frio no seu interior, forma e
tecnologia inovadora.
Aspectos negativos:
Transporte, custo, viabilidade da tecnologia e re-abastecimento.
Figura 41 - Alternativa 03 Fonte: Acervo Pessoal
61Alternativa 04:
Refrigerador redondo com saída automática das cervejas.
Pode ser comprada em módulos.
Reabastecimento pela parte superior.
Deve ser colocado em cima de uma mesa ou balcão.
Aspectos positivos:
Forma e sistema inovador, mantém a temperatura ideal, facilita o serviço.
Aspectos negativos:
Espaço ocupado, capacidade suportada é pequena, re-abastecimento,
viabilidade da tecnologia e custo.
Figura 42 - Alternativa 04 Fonte: Acervo Pessoal
62Alternativa 05:
Refrigerador em formato de baú, com sistema de saída automática de cervejas.
A porta somente será aberta para abastecimento.
A saída das cervejas será por acionamento de botão ou alavanca.
Aspectos positivos:
O formato horizontal mantém o ar frio no seu interior, forma inovadora, tamanho
pequeno, pode ser em módulos, sistema automático.
Aspectos negativos:
Viabilidade da tecnologia, re-abastecimento, custo e transporte.
Figura 43 - Alternativa 05 Fonte: Acervo Pessoal
63Nova Geração de Alternativas
Com o decorrer do projeto, foi necessária uma nova geração de alternativas,
explorando melhor o conceito do projeto.
Alternativa 06:
Refrigerador vertical com quatro compartimentos distintos para refrigeração de
cervejas, com capacidade para 168 garrafas. Sistema Frost Free. Visor translúcido
para verificar seu interior e prateleiras removíveis para facilitar a reposição.
Aspectos positivos:
Mantém as cervejas na temperatura, pois ao abri uma porta não compromete
os outros compartimentos;
Mostrador de temperatura;
Fácil reposição com as prateleiras/engradados removíveis.
Aspectos negativos:
Tem um porte grande;
Alcance das garrafas, dependendo da estatura;
Custo.
Figura 44 - Alternativa 06 Fonte: Acervo Pessoal
64Alternativa 07
Refrigerador com compartimentos individuais e adega para vinhos.
O compartimento superior serve para refrigerar vinhos, nos demais
compartimentos cervejas. (144 garrafas).
Grade de refrigeração para o motor estilo espiral.
Aspectos positivos:
Mantém as cervejas na temperatura, pois ao abri uma porta não compromete
os outros compartimentos;
Duas funções, gelar vinhos e cervejas;
Estilo diferenciado.
Aspectos negativos:
Alcance das garrafas, dependendo da estatura;
Tem um porte grande;
Figura 45 - Alternativa 07 Fonte: Acervo Pessoal
65Alternativa 08
Refrigerador de cervejas vertical dividido em três compartimentos distintos.
Estilo retro, espaço para 144 garrafas de cerveja.
Aspectos positivos:
Estilo retro, chama a atenção;
Capacidade suportada;
Manterá o ar frio no seu interior.
Aspectos negativos:
Tamanho (largura);
Figura 46 - Alternativa 08 Fonte: Acervo Pessoal
66Alternativa 09
Refrigerador de cerveja com adega embutida.
Gavetas/engradados encaixados.
Aspectos positivos:
Facilidade na reposição das garrafas;
Duas funções, gelar cervejas e vinho;
Aspectos negativos:
Suporta uma pequena quantidade;
Viabilidade da tecnologia;
Custo.
Figura 47 - Alternativa 09 Fonte: Acervo Pessoal
67Alternativa 10
Refrigerador vertical para cervejas com porta adega.
Na porta adega existe espaço para vinhos e dentro espaço para as cervejas.
Aspectos positivos:
Duas funções;
Suporta uma boa quantidade;
Inovação.
Aspectos negativos:
Grande porte;
Peso;
Viabilidade da tecnologia;
Custo.
Figura 48 - Alternativa 10 Fonte: Acervo Pessoal
68Alternativa 11
Refrigerador vertical com adegas com temperaturas diferentes para gelo rápido
e adega climatizada, para bebidas que ficam armazenadas abaixo de 0° Celsius e
vinhos.
Aspectos positivos:
Três funções;
Inovação;
Aspectos negativos:
Grande porte;
Suporta pouca quantidade;
Viabilidade da tecnologia;
Custo.
Figura 49 - Alternativa 11 Fonte: Acervo Pessoal
696.2 Analise e escolha da alternativa
A nova geração de alternativas contribuiu para focar o projeto no conceito.
Um produto simples, prático, econômico e de fácil controle. O refrigerador
deverá ter linhas simples, facilitando o entendimento e também otimizando seu uso.
Figura 50 - Alternativa Escolhida
Fonte: Acervo Pessoal
Esta alternativa foi escolhida por satisfazer e apresentar os conceitos
trabalhados.
O refrigerador terá quatro compartimentos individuais, onde o usuário poderá
colocar até 168 garrafas de cerveja, terá controle automático de temperatura e
grades de cerveja removíveis. O sistema será Frost Free que não necessita de
descongelamento evitando grande mão-de-obra para limpeza.
707. Materiais e Tecnologias
7.1 Materiais
Alumínio
Conforme a ABAL, Associação
Brasileira de Alumínio, o alumínio é
amplamente utilizado pela indústria de
diversas maneiras. Tal versatilidade se
deve às suas propriedades e excelente
desempenho na maioria das aplicações.
Suas técnicas de fabricação permitem a
manufatura do produto acabado a preços
competitivos. Cada segmento utiliza o
metal na forma mais adequada às suas
finalidades, de acordo com os diferenciais
e propriedades de cada produto.
As grades internas e também de ventilação na parte traseira do refrigerador
serão de Duralumínio, liga de alumínio com cobre.
É importante observar que o alumínio é normalmente usado sem acabamentos
especiais de qualquer espécie. Isto se aplica a todas as diferentes formas de
alumínio, considerando-se chapas para telhas, perfis extrudados para construção de
estufas, móveis tubulares para jardim, pistões fundidos para veículos automotores
ou folha para embalagem de alimento. Em outras palavras, para muitas aplicações,
o acabamento natural do alumínio é totalmente satisfatório, tanto em aparência
como em durabilidade. O alumínio é adequado a numerosos acabamentos
superficiais de proteção e decoração, alguns próprios do alumínio e outros que
também se aplicam a outros metais.
Figura 51 - Produtos de Alumínio Fonte: http://www.abal.org.br
71Aço
Conforme o site da CSN – Companhia Siderúrgica Nacional, aços para
esmaltagem vítrea, caracterizam-se por receber revestimento inorgânico posterior à
conformação das peças. Isto confere ao produto resistência a temperaturas
elevadas, choque térmico, ataque químico e abrasão, além de efeito estético e
decorativo, consagrando seu uso na confecção de fogões, fornos, geladeiras,
máquinas de lavar, aquecedores, placas de sinalização e equipamentos para a
indústria química, entre outros. A carcaça do refrigerador será em aço carbono e
receberá a esmaltagem vítrea.
Poliuretano
Conforme o site da empresa Day Brasil, o Poliuretano possui elevada
resistência à tração com grande alongamento até a ruptura. Comparando com as
borrachas, o Poliuretano possui elevado módulo de elasticidade. Além disso, possui
um intervalo de dureza que vai de 20 a 95 shore A.
O poliuretano é altamente resistente ao corte e rasgamento, possui ótima
flexibilidade e grande resistência à compressão, voltando sempre à forma original.
Por isso, é aplicado em amortecimento em geral.
Será aplicado nas borrachas de vedação das portas do refrigerador.
Polietileno de Alta Densidade - PEAD
O PEAD é um polietileno cujas principais características físicas e químicas o
qualificam como o melhor material para o contato direto com alimentos “in natura” e
industrializados. Principais Características:
Baixo coeficiente de atrito
Excelente resistência química
Soldável, moldável e estampável
Baixo peso específico (0,95g/cm3)
Atóxico - comprovadamente
Facilmente usinável
Anti-aderente
Auto-lubrificante
Boa resistência dielétrica
Boa resistência ao impacto
Alta resistência ao corte
O PEAD será usado nos compartimentos do refrigerador em toda parte interna.
72Poliestireno Expandido - EPS
Isolamento térmico para indústria e construção civil.
Isopor é um polímero de Estireno minúsculo resultante de pérolas, que
submetidas à expansão de vapor d'água aumentam em até 50 vezes seu tamanho
original, fundindo-se e moldando-se em um material de excelente poder de
isolamento, tanto de calor como principalmente de frio, devido à grande quantidade
de células fechadas e cheia de ar em seu interior.
Será usado na forma de espuma como isolante térmico do refrigerador.
Vidro - SGG Climasom
Conforme o site da empresa Santa Marina Vitrage, SGG CLIMASOM é o
conjunto de pelo menos dois vidros separados por uma camada de ar ou gás. O
conjunto é garantido pela dupla selagem: a primeira, para não haver troca gasosa, a
segunda, para garantir a estabilidade do conjunto.
Internamente ao perfil de alumínio, há um hidrosecante, o qual garante a completa
ausência de vapor d’água. Este sistema faz com que o SGG CLIMASOM seja ótimo
isolante térmico e acústico.
O SGG Climasom pode ser aplicado em coberturas, divisórias, janelas,
fachadas e refrigeradores.
7.2 Processos e Fabricação
7.2.1 Metais
Laminação
É um processo de transformação mecânica que consiste na redução da seção
transversal por compressão do metal, por meio da passagem entre dois cilindros de
aço ou ferro fundido com eixos paralelos que giram em torno de si mesmos. Esta
seção transversal é retangular e refere-se a produtos laminados planos de alumínio
73e suas ligas, compreendendo desde chapas grossas com espessuras de 150 mm,
usadas em usinas atômicas, até folhas com espessura de 0,005 mm, usadas em
condensadores. Existem dois processos tradicionais de laminação de alumínio:
laminação a quente e laminação a frio. Atualmente, a indústria também se utiliza a
laminação contínua.
Os principais tipos de produtos laminados são: chapas planas ou bobinadas,
folhas e discos. Esses semimanufaturados têm diversas aplicações em setores
como transportes (carrocerias para ônibus, equipamentos rodoviários, elementos
estruturais, etc.), construção civil (telhas, fachadas, calhas, rufos, etc.), embalagens
(latas, descartáveis e flexíveis) e bens de consumo (panelas, utensílios domésticos,
etc.).
Laminação a frio
A laminação a frio, inclui dois processos de última geração: recozimento
contínuo de chapas e recozimento em caixa de alta convecção. Os principais
benefícios obtidos com a utilização desses equipamentos são as elevadas
produtividade e segurança operacional, controle adequado dos ciclos térmicos e do
processo em geral, uniformidade de propriedades mecânicas ao longo da bobina e
limpeza de superfície.
As chapas e bobinas finas a frio têm larga aplicação na construção civil e nas
indústrias automobilística, de utilidades domésticas e de eletroeletrônicos.
Soldagem
A escolha do processo de soldagem é determinada pela espessura do material,
tipo de cordão de solda, requisitos de qualidade, aparência e custo. A soldagem
envolve a fusão conjunta das bordas a serem unidas, freqüentemente pela adição de
metal líquido para preencher um canal com a forma de V. O cordão de solda é
composto, parcial ou totalmente, por um metal-base de ressolidificação com uma
74estrutura bruta de fusão. Tradicionalmente, a solda de oxiacetileno utiliza um fluxo
de sal líquido para dissolver o óxido de alumínio e cobrir o metal líquido. A maioria
dos métodos modernos protege o alumínio líquido com um gás inerte (argônio ou
hélio), sendo que os dois processos mais conhecidos e utilizados são o MIG e o TIG.
O processo TIG é o mais aplicado na soldagem das ligas de alumínio e foi o
primeiro a ser desenvolvido com proteção de gás inerte adequado para soldar o
alumínio. Na soldagem TIG, o arco elétrico é estabelecido entre um eletrodo de
tungstênio não consumível e a peça, numa atmosfera de gás inerte. Neste processo,
o arco elétrico pode ser obtido por meio de corrente alternada (CA), corrente
contínua (CC) e eletrodo positivo ou corrente contínua e eletrodo negativo.
A soldagem MIG é um processo em que o arco elétrico, obtido por meio de uma
corrente contínua, é estabelecido entre a peça e um arame de alumínio ou liga de
alumínio, que combina as funções de eletrodo e metal de adição, numa atmosfera
de gás inerte. No processo MIG o eletrodo é sempre o pólo positivo do arco elétrico.
Utilizando-se as versões automática e semi-automática é possível soldar o alumínio
desde espessuras finas, cerca de 1,0 mm, até espessuras sem limite.
Tal como no processo TIG, o gás inerte protege a região do arco contra a
contaminação atmosférica durante a soldagem. Na soldagem MIG do alumínio,
normalmente, são utilizados os gases argônio, hélio ou uma mistura de
argônio/hélio.
757.2.2 Polímeros
Injeção
Consiste em introduzir a composição polimérica em uma matriz através de um
fuso ou êmbolo, após o resfriamento esta matriz é aberta e a peça pode ser retirada.
É o mais comum e também o mais rápido entre os processos de moldagem, sendo
geralmente aplicável a materiais termoplásticos.
Termoformagem
O processo de transformação plástica através de termoformagem consiste em
aquecer chapas de plástico de diversos tipos de materiais como PVC, Polietileno,
Polipropileno ou Poliestireno com espessuras variadas. Através de calor e sucção a
peça desejada é formada em alto e baixo relevo, em torno de um molde. Conforme a
peça pode-se ainda sobrepor pressão. Utilizado na fabricação de peças descartáveis
ou de grandes dimensões, pois permite o emprego de moldes de baixo custo.
768. Experimentação 8.1 Definição dos Aspectos Ergonômicos
Para definir os aspectos ergonômicos, foi confeccionado um modelo
volumétrico, que servirá para verificação de problemas e estudos ergonômicos. O
modelo volumétrico foi confeccionado com madeira em escala 1:1.
Figura 52 - Construção do Modelo Volumétrico. Fonte: Acervo Pessoal.
O modelo foi confeccionado a partir de padrões ergonômicos, para que os
usuários tenham melhor adaptação com o produto. Para isso, algumas alterações
em relação ao espaço interno e as divisórias dos compartimentos foram feitas.
8.1.1 Usabilidade
Para segurança do usuário, o projeto segue alguns padrões
ergonômicos, melhorando e facilitando o uso.
Pegas em material de borracha dão mais confiança ao usuário
abrir as portas do refrigerador.
Área translúcida para verificar o conteúdo do refrigerador.
Prateleiras/grades removíveis.
Marcador digital da temperatura.
Visor do termostato de fácil legibilidade. Figura 54 - Alternativa Escolhida
Fonte: Acervo Pessoal
Figura 53 - Modelo Volumétrico Fonte: Acervo Pessoal
778.1.2 Cognição
Fácil entendimento para o manuseio, com mostradores nos puxadores
embutidos e também no mostrador da temperatura e termostato.
Contraste nas áreas de manuseio com partes emborrachadas e de fácil
entendimento.
Acompanha manual do usuário para prevenir erros e esclarecer dúvidas.
8.1.3 Biomecânica
O peso suportado por uma mulher percentil 5°, é de 11 Kg para um esforço
repetitivo a 30 centímetros do corpo e 150 centímetros de altura. Para o homem
percentil 95°, são 29 Kg para esforço repetitivo nas mesmas dimensões, conforme
Itiro Iida (2002).
Numa altura de 30 centímetros a mulher percentil 5° pode levantar 23 Kg a 30
centímetros do corpo repetitivamente, o homem percentil 95° levanta 45 Kg.
O exercício de retirada das garrafas do refrigerador, não chega a ser uma
atividade repetitiva, mas para colocá-las no refrigerador sim, por isso foram
colocados engradados removíveis, para facilitar o uso e diminuir a repetição, esses
engradados devem ter aproximadamente 8 Kg.
Ao perceber o refrigerador os usuários terão uma visibilidade imediata do
produto, tendo uma perfeita legibilidade ao manusear o produto. Isso se emprega
também na leitura do termostato, que utilizará graus Celsius e será digital.
Figura 55 - Refrigerador Aberto. Fonte: Acervo Pessoal. Figura 56 - Grade e Espaço Interno. Fonte: Acervo Pessoal.
78
Mulher 5° - alcance na parte superior e homem 95° - alcance na parte inferior.
Em seguida veremos os valores médios dos movimentos voluntários, ou seja,
aqueles que podem ser feitos pelo próprio indivíduo.
Figura 59 - Movimentos. Fonte: Livro Ergonomia – Projeto e Produção 8ª reimpressão 2002.
Figura 57 - Alcance Mulher 5°. Figura 58 - Alcance Homem 95°. Fonte: Acervo Pessoal.
798.1.4 Visibilidade e legibilidade
O produto terá boa visibilidade e também legibilidade no aspecto de
visualização da temperatura como também no controle da mesma.
Figura 60 - Visibilidade. Fonte: Acervo Pessoal.
Arcos de movimento – Alcances mín. e máx.
Figura 61 - Alcances. Fonte: Acervo Pessoal
8.1.5 Antropometria
A antropometria trata de medidas físicas do corpo humano. Essas medidas
servirão de base para estruturar e construir o produto dentro dos alcances do
usuário.
Com o corpo em pé, o homens percentis 95°, tem uma estatura média de 181,0
centímetros, o peso de 85,9 Kg, a altura dos olhos de pé fica a 170,0 centímetros de
altura, o cotovelo a 112,0 centímetros, o comprimento do braço estendido até a
ponta dos dedos tem 92,0 centímetros.
80O alcance dos movimentos, na fisiologia usa alguns termos próprios para
designar os movimentos musculares. Movimentos dos membros que tendem a se
afastar do corpo ou de suas posições normais de descanso chamam-se abdução e o
movimento oposto, adução. O movimento do braço acima da horizontal é elevação.
O movimento do braço para frente e flexão e o movimento inverso, trazendo o braço
de volta para perto do tronco é extensão. No movimento de rotação da mão chama-
se pronação quando o polegar gira para dentro do corpo, e supinação quando gira
para fora.
Após todos os estudos ergonômicos, chegamos então à medida que o produto
terá. Este será um refrigerador vertical com 200 centímetros de altura, 72,5
centímetros de largura e 72,5 de profundidade considerando as portas.
8.1.6 Manutenção
Para manutenção do equipamento e acesso aos seus
componentes o produto terá partes removíveis na área do
motor e também do termostato. Essas partes são fixadas
com parafusos.
Na parte posterior do refrigerador existe uma grade
removível para dar acesso ao motor, em caso de
manutenção.
Figura 62 - Manutenção Fonte: Acervo Pessoal
Figura 63 - Detalhe da grade traseira Fonte: Acervo Pessoal
819. Desenho Técnico
Com a validação das medidas finais do modelo, analisadas com testes feitos
com o modelo volumétrico, o produto tem suas dimensões definidas.
A seguir veremos as dimensões do produto e suas partes.
8210. Aspectos Estéticos 10.1 Tendências
Assim como as tendências da área de moda são definidas nos desfiles
internacionais, a decoração tem seu momento nas feiras internacionais,
principalmente as que são realizadas na França, no início do ano.
No site http://www.marciapeltier.com.br, vimos que feiras internacionais
importantes como a Maison & Object (que inclui mostras como Now Design a Vivre e
Scenes D´Interieur) e a Planete Meuble, que aconteceram de 27 a 31 de janeiro, no
complexo de Villepoint nas imediações de Paris, trazem as novidades da indústria,
materiais, mobiliário, objetos, tudo aquilo que irá ser definido como tendência nas
composições de ambientes pelo mundo afora em 2006. São texturas e cores de
tecidos para revestimento, o que há de mais contemporâneo em matéria de design
de mobiliário e objetos, as modernas criações para decoração.
E, ao contrário de outras feiras européias, os stands não são meras vitrines de
produtos, mas verdadeiros showrooms assinados por nomes de destaque na área
de decoração e design. Além disso, há os eventos paralelos, incumbidos de apontar
no meio de tanta informação o que é realmente uma tendência.
Entre os que foram a Paris este ano para ver as feiras, Patricia Quentel, da
3Plus, organizadora da Casa Cor Rio, e o arquiteto Mario Santos, destacaram o
Percurso de Tendências da Maison & Object, chamado de Paradise. O percurso é
formado por três stands localizados estrategicamente na entrada dos pavilhões,
desenvolvendo temas que refletem o consenso de um grupo de especialistas de
áreas diversas relacionadas com estilo (design, arquitetura, decoração, moda,
publicidade) e antenados com o mundo das artes e decoração, sensíveis em
identificar o que marca o momento e atentos ao menor movimento do
comportamento de consumo que pode estar revelando uma tendência.
A partir da indagação “onde estão nossos paraísos perdidos?”, e da premissa lá
divulgada de que a Maison & Object está comprometida com um mundo melhor -
onde, através de uma consciência ecológica, será possível reinventar materiais
83alternativos com responsabilidade, mas com alma completamente contemporânea -
foram desenvolvidos stands com os temas Atlantide (Atlântida), Sur La Route (na
estrada) e Cités Radieuses (cidades radiosas), que, na opinião de Quentel e Mario,
funcionaram como guias inspiradores para a visita à feira.
O Atlantide explorou a água, recurso escasso, que invade a imaginação e
inspira formas, materiais e tonalidades. “As formas eram orgânicas nos móveis e
objetos, ali o olhar vinha da natureza,” conta a empresária; e um dos realces do
stand foi um espelho d’água.” Sur la Route focou a mobilidade do mundo moderno,
quando não é mais possível ficar “amarrado” a um só espaço e todo mundo se torna
um pouco nômade - conseqüência da globalização, da dinâmica das
telecomunicações e da distância cada vez menor entre as fronteiras, levando a
humanidade a estar sempre pronta a se deslocar.
Este stand apresentou instrumentos indispensáveis nesses deslocamentos,
como tendas, containeres, abrigos – produtos que possibilitam liberdade de
movimento, facilitando vivenciar essa tendência do mundo moderno.
No stand Cites Radieuses foi montado um apartamento completo, com objetos
e móveis revisitados “a tendência newstalgia (brincadeira com as palavras novidade
e nostalgia), releituras modernas de detalhes do passado, que podem ser desde
uma nova aplicação do capitonê no mobiliário, até tecidos de primeira geração com
estampas e texturas que lembram uma época, ou eletrodomésticos com design que
usa formas do passado numa leitura contemporânea” explica Quentel, que
identificou a newstalgia como um dos destaques da Maison & Object.
Contudo, baseado nessas tendências, optou-se que o produto tenha uma forma
orgânica, com cantos arredondados e traços limpos. Uma mistura retrô com detalhes
mais modernos dão um diferencial ao produto, um toque de inovação.
Poderá ser encontrado em cores diferentes, ou ainda, personalizado para
empresas que produzem cervejas, as utilizando para a promoção de suas bebidas.
84Essa personalização poderá ser feita através de adesivos e com a pintura do
refrigerador conforme pode ser observado nas figuras 54 e 55.
Figura 64 - Adesivos Promocionais. Fonte: Acervo Pessoal.
Figura 65 - Refrigeradores personalizados. Fonte: Acervo pessoal.
8510.2 Cores
O refrigerador poderá ser produzido em diversas cores, o branco geralmente é
usado devido ao ar de limpeza e claridade que dará ao estabelecimento, também
pelos fatores higiênicos.
Figura 66 - Cores Aplicadas. Fonte: Acervo Pessoal
No caso de o refrigerador receber adesivos promocionais, este deverá ser
pintado de acordo com o adesivo, para isto, o aviso deve ser feito previamente na
fabricação do produto.
8611. Aspectos Funcionais
11.1 Função de Uso
A primeira função do refrigerador é refrigerar cervejas, mas poderá refrigerar
qualquer outro produto ou bebida, mesmo não sendo sua função.
O refrigerador poderá ser carregado com até 168 garrafas de cerveja, o
equivalente a sete engradados.
As portas terão sistema de fechamento por molas e terão travas para ficarem
abertas em caso de reabastecimento.
O refrigerador terá sete grades removíveis em seus compartimentos, para
facilitar o reabastecimento do refrigerador, cada grade suportará seis garrafas de
cerveja. O usuário poderá colocar as grades em local de mais fácil manuseio
evitando posições desconfortáveis ao reabastecer. Em seguida, colocará as grades
dentro do refrigerador, diminuindo a repetição.
Figura 67 - Compartimento do refrigerador. Fonte: Acervo Pessoal.
Se for interessante para o consumidor ele poderá comprar grades extras para
troca rápida em seu estabelecimento, mantendo as grades extras cheias e trocando
pelas grades já vazias.
87Nas portas a parte de vidro recebe no
interior um reforço, conforme a imagem ao lado.
Isso fará com que fique mais resistente.
11.2 Advertências
O refrigerador terá em seu interior, adesivos informativos e de advertência,
auxiliando os usuários. Mensagens como:
Mantenha o refrigerador aberto somente o necessário.
Em caso de limpeza, desligue-o da energia e limpe com pano seco.
As saídas de ar na parte interna (Sistema Frost Free) e externa (grades de
ventilação), não devem ser bloqueadas por objetos.
Utilize sempre assistência técnica especializada.
Figura 68 - Detalhe dos vidros. Fonte: Acervo Pessoal.
Figura 69 - Fixação dos vidros Fonte: Acervo Pessoal
8812. Estratégias de Marketing e Promoção
Este produto foi desenvolvido para atingir o mercado nacional e também da
América Latina e países com clima tropical.
O refrigerador Be-Cool será promovido através de revistas especializadas e
também via internet.
Poderá ser adquirido em lojas especializadas ou por meio de encomenda de
fábrica.
12.1 A Marca
Figura 70 - Marca. Fonte: Acervo Pessoal.
Todo produto deve ter uma marca como identificação, neste caso usou-se “Mob
Art Design”, que remete o pseudônimo do autor deste projeto, “Mobílha”, lembrando
também mobiliário. A palavra Arte foi reduzida “Art” e usou-se também a palavra
Design representando a criação de projetos e soluções de problemas.
12.2 O Nome
Figura 71 - Nome do Produto. Fonte: Acervo Pessoal.
O nome do produto ficou definido como Be-Cool. Inicialmente optou-se pela
palavra da língua inglesa beer, que significa cerveja, depois esta foi reduzida à be,
que significa seja. Assim, juntando-se com a palavra da língua inglesa cool, que
significa frio ou refrigerado, chegamos ao nome do produto. Be-Cool.
8913. Ilustrações
13.1 Produto
Figura 72 - Refrigerador Be-Cool. Fonte: Acervo Pessoal. Figura 73 - Refrigerador Be-Cool Aberto. Fonte: Acervo Pessoal.
13.2 Ambientação do Produto
Figura 74 - Ambientação do Produto. Fonte: Acervo Pessoal.
9014. Modelo Tendo todas as etapas do projeto concluídas, parte-se para a construção de um
modelo, para que se possa visualizar o produto como ele será em 3D (três
dimensões). Esse modelo foi construído em escala 1:5, ou seja, foi reduzido em
cinco vezes seu tamanho real.
14.1 Construção do Modelo
Figura 75 – Construção do modelo. Fonte: Acervo Pessoal.
Para a confecção do modelo foi usada uma chapa de MDF, esta foi serrada nos
tamanhos pré-definidos, a montagem foi feita toda com colagem, usaram-se apenas
cola para fixação das peças. As portas foram fixadas com parafuso e também foram
usadas dobradiças.
Após a montagem, o modelo foi lixado, pintado e então as portas foram fixadas.
Outros detalhes foram feitos com vinil (papel contato colorido).
Figura 76 – Construção do modelo. Fonte: Acervo Pessoal.
9114. 2 Modelo Com este modelo, pode-se visualizar como será o produto, após sua
construção.
Figura 77 – Modelo em escala. Fonte: Acervo Pessoal. Figura 78 – Modelo em escala. Fonte: Acervo Pessoal.
9215. Conclusão
Com este relatório de projeto concluí-se que para criação de um produto o
projeto deve ser muito bem dividido, tendo etapas organizadas e direcionadas para a
melhoria de produção com diminuição de erros e contratempos.
Quanto mais informação adquirida sobre o projeto, principalmente na etapa de
pesquisa, melhor será a geração de alternativas, pois o designer terá um leque de
informações que o ajudará a determinar alguns aspectos do seu futuro produto.
A interdisciplinaridade do projeto é essencial para que tudo se acerte, evitando
contratempos de viabilidade tecnológica, materiais, processos e custos.
Na etapa de Criatividade, onde são geradas alternativas de solução para o
problema, dificuldades apareceram, pois as idéias estavam muito presas e
parecidas, uma grande inovação era esperada, mas com alguns testes idéias
ficavam para trás e o produto iria se transformando em algo mais real.
Assim, o refrigerador projetado atende aos objetivos principais deste projeto,
manter as bebidas na temperatura ideal nos horários de maior movimento nos
estabelecimentos comerciais, diminuir o consumo de energia, mantendo-o mais
tempo fechado por causa dos compartimentos individuais e facilitar o seu
reabastecimento através das grades móveis.
9316. Referências Bibliográficas
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1997.
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http://www.csn.com.br
http://www.daybrasil.com.br
http://www.ufrgs.br/ndsm
http://www.isar.com.br
http://www.santamarinavitrage.com.br
9417. Apêndice