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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
KEREN CRISTINA DA SILVA VASCONCELOS
BENEFÍCIOS DA PROTETIZAÇÃO EM INDIVÍDUOS COM PERDA AUDITIVA
PROFUNDA BILATERAL
CURITIBA
2014
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KEREN CRISTINA DA SILVA VASCONCELOS
BENEFÍCIOS DA PROTETIZAÇÃO EM INDIVÍDUOS COM PERDA AUDITIVA
PROFUNDA BILATERAL
Monografia apresentada a Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial à obtenção do título de Pós- Graduada em Audiologia Orientação: Profª. Drª Angela Ribas.
CURITIBA
2014
A Deus que me escolheu pela sua graça Irresistível e me guiou nesta jornada, à Ele que cuida de mim com amor incondicional; que me ensina a cada dia a ser alguém melhor.
“Se não há limite entre a grandeza e a pequenez e nenhum ser humano é exatamente igual a outro, podemos concluir que ser surdo não é melhor nem pior que ser ouvinte, mas diferente.” SALLES; FAULSTICH; CARVALHO; RAMOS,2004
RESUMO
Qualquer alteração dos limiares auditivos trará desvantagem para o indivíduo no que diz respeito a sua inserção social, familiar, ocupacional, dentre outros. Nesses casos há de se utilizar de dispositivos que auxiliam o indivíduo quanto a melhoria de sua percepção auditiva. Como forma de observar o real benefício desses dispositivos, para a vida diária desse sujeito estão os questionários de satisfação. Diante disso, o presente estudo tem como objetivos aplicar o questionário Satisfaction with Amplification in Daily Life (SADL) no grupo protetizado e verificar os benefícios da adaptação de prótese auditiva. A pesquisa foi realizada em dois locais de assistência a saúde auditiva prestadores de serviço do Sistema Único de Saúde (SUS), situados no município de Curitiba e Maringá, no período de outubro de 2013 a maio de 2014. Ao aplicar o questionário, observou-se que os sujeitos apresentam satisfação quanto a prótese auditiva utilizada; pois mesmo diante das dificuldades decorrentes de sua perda reconhecem que o uso da prótese auditiva pode beneficiá-los em seu dia-a-dia.
Palavras chave: Surdez, SADL, Prótese Auditiva.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Quadro 1 – Referente a Escolarização dos indivíduos pesquisados.........................10
Quadro 2 – Referente a Etiologia da Surdez..............................................................10
Quadro 3 – Referente a Língua Materna....................................................................11
Tabela 1 - Descrição da pontuação global e das quatro subescalas do SADL para os
sujeitos pesquisados..................................................................................................13
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 03
1.1 Objetivos da pesquisa................................................................................... 03
1.2 Revisão Bibliográfica.................................................................................... 03
2 MATERIAIS E MÉTODO.................................................................................... 09
2.1 Resultados e Discussão...............................................................................10
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................... 15
REFERÊNCIAS..................................................................................................... 16
APÊNDICE- QUESTIONÁRIO SEMI- ESTRUTURADO....................................... 19
ANEXOS................................................................................................................ 20
ANEXO A- VERSÃO EM PORTUGUÊS BRASILEIRO DO SADL....................... 20
ANEXO B- AUTORIZAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA........................................... 21
3
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS DA PESQUISA
Aplicar questionário Satisfaction with Amplification in Daily Life (SADL) no
grupo protetizado.
Verificar benefícios da adaptação de prótese auditiva, na opinião de
indivíduos com perda auditiva profunda.
1.2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A. Perda auditiva profunda
A capacidade auditiva encontra-se dentre as habilidades essenciais para a
sobrevivência humana, uma vez que tal habilidade constitui-se como a base para a
percepção ambiental, abstração de conhecimentos, interação social, familiar, entre
outros.
Mondelli et. al (2011), ressaltam que “A audição é um dos sentidos
fundamentais à vida, desempenhando um papel importante na sociedade, pois é
base do desenvolvimento da comunicação humana”(p.564).
Ao falar sobre surdez, Avanci (2009) aponta que “[...] a surdez é a falta da
audição, a redução parcial ou total da capacidade de percepção normal de sons e
como consequência da surdez há uma dificuldade na aquisição da língua oral” (p.4).
Como afirmam Gatto e Tochetto (2007) a “audição constitui-se em um pré-
requisito para a aquisição e o desenvolvimento da linguagem” (p.1). Sendo assim, o
indivíduo que é privado da função auditiva sofrerá interferência em seu processo de
aquisição da linguagem; de acordo com as mesmas autoras “audição e linguagem
são funções correlacionadas e interdependentes” (p.1).
Entende-se como perda auditiva qualquer alteração dos limiares auditivos,
que prejudique a recepção do estímulo sonoro. Como explica Brito (1989), esta
alteração não se relaciona com alterações neurológicas, nem de linguagem. Porém
em alguns casos, tais alterações podem estar associadas; como é o caso de
síndromes ou lesões cerebrais.
As perdas auditivas são diagnosticadas por diversos exames, dentre eles a
audiometria tonal, que indica os limiares de audibilidade do indivíduo. Ao identificar
4
algum comprometimento, quantifica-se também o grau de perda auditiva
apresentado; que pode ser classificado de diversas formas.
Dentre as classificações mais aceitas está a de Bureau International
d'Audiophonologie (BIAP), que observa os seguintes parâmetros:
“Ele mostra uma perda em dB, em comparação com o nível de audição normal (dB), com referência às normas ISO. Uma perda média tom é calculado, tendo como ponto de partida a perda em dB em várias freqüências: 500 Hz, 1.000 Hz, 2.000 Hz e 4.000 Hz. [...]O valor total é calculado, dividido por 4, arredondado para a unidade mais próxima.[...]” BIAP (1996)
Dentro desta classificação temos a perda auditiva profunda, que conforme
BIAP (1996), pode apresentar três graus: “1 º grau: perda média tom entre 91 e 100
dB; 2 º grau: perda média tom entre 101 e 110 dB; 3 º grau: perda média tom entre
111 e 119 dB.”
B. Consequências da Perda auditiva profunda
Ao falar sobre perda auditiva profunda, Bento et. al. (2004) referem que
dentre outros aspectos, esta “incapacita os indivíduos de escutarem sons ambientes
como sirenes e alarmes que constituem alerta em situações da vida diária e não
permite a modulação vocal, tornando a voz esteticamente ruim” (p.632).
Como exposto por Lessa et. al (2010), em seu estudo, quando se trata de “[..]
perdas auditivas de grau severo e profundo, tem-se como fator agravante a
necessidade de grande amplificação sonora”. Os autores ainda consideram que:
“A acentuada perda auditiva dos avaliados colabora para que a prótese auditiva seja parte integrantes do seu dia-a-dia e essencial no auxílio à comunicação. Assim, eles acreditam ser esta a melhor opção para reduzir suas dificuldades e estão satisfeitos com a escolha, que os faz sentirem-se mais capazes” (p.344)
5
Pode-se afirmar que quanto maior o grau de perda auditiva, maior
comprometimento acarretará para a vida do sujeito acometido por esta deficiência.
Sendo que como declaram Teixeira e Garcez (2013):
“A presença de perda auditiva traz inúmeras consequências negativas para a qualidade de vida, uma vez que os indivíduos, pelas dificuldades de comunicação enfrentadas, muitas vezes isolam-se do convívio familiar e social[...]” (p.349)
Os comprometimentos que decorrem da perda da audição acarretam grandes
conseqüências para cada indivíduo, tendo em vista que a comunicação é primordial
para o convívio em sociedade.
Margall, Honora e Carlovich (2006) esclarecem que:
“[...] a falha na audição impede que o bebê perceba os sons do mundo que o cercam, impossibilitando o estabelecimento das relações entre as experiências vividas os sons e a fala acarretando defasagens no desenvolvimento da função auditiva e na aquisição de linguagem” (p.2)
Ainda sobre as consequências da deficiência auditiva, Lessa et. al (2010)
referem que a perda da audição traz para o sujeito “afastamento do convívio social e
das atividades ocupacionais”(p.339) o que interfere grandemente em sua qualidade
de vida.
Para Russo et. al (2009): “Uma das mais importantes implicações da
deficiência auditiva está relacionada à dificuldade na percepção dos sons de fala,
comprometendo a sua inteligibilidade e o processo de comunicação de seu portador”
(p.287).
Como refletem Silman et. al (2004),
“O impacto de uma privação sensorial auditiva na vida de um indivíduo é enorme, pois não afeta somente sua capacidade de compreender adequadamente as informações sonoras, mas principalmente o modo de se relacionar com seu meio e sua cultura. Além disso, essa privação sensorial provoca consequências biológicas, psicológicas e sociais” (p.154)
De acordo com Couto et al (1999) “As alterações auditivas acarretam
prejuízos no desenvolvimento linguístico, emocional, social e educacional [...]” (p.5).
6
E como orienta Santos (2012), a família do surdo e o próprio surdo procuram
elaborar estratégias que possam melhorar a comunicação, principalmente no
“ambiente doméstico”, uma vez que não dispõe de uma língua comum e efetiva.
C. Recursos Disponíveis: Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI) e
Implante Coclear (IC)
Após o diagnóstico da deficiência auditiva, faz-se necessário a análise dos
dados encontrados no exame, que irão permear a conduta clínica de acordo com
cada paciente. Atualmente dispomos de diversas tecnologias que auxiliam a
habilitação e reabilitação auditiva do paciente; a fim de auxiliar desta forma em sua
qualidade comunicativa e saúde global.
Como descreve Almeida e Lewis (2011) a criação de programas de Triagem
Auditiva Neonatal e demais serviços para diagnóstico audiológico permitem a
identificação da perda auditiva e possibilita uma intervenção precoce. As autoras
apontam algumas destas intervenções, a saber: intervenção terapêutica; aparelhos
auditivos de amplificação sonora e implante coclear; segundo elas, estas
ferramentas são primordiais para que o indivíduo surdo desenvolva a linguagem oral
e também as habilidades auditivas.
Dentre os recursos disponíveis para estes indivíduos está o IC, indicado em
casos de pouco ou nenhum benefício com o uso AASI. Como esclarecem D’Avila et.
al (1997), em seu trabalho sobre os riscos associados ao IC, usa-se uma
avaliação criteriosa considerando aspectos “audiológicos, os eletrofisiológicos, os
cirúrgicos, os psicológicos e os linguísticos”.
O IC, é um recurso utilizado em caso de perdas auditivas de graus severo e
profundo, recentemente utilizado também para perdas moderadas. É um recurso
entendido como uma revolução no âmbito da deficiência auditiva, primordialmente
no tratamento de crianças com perda auditiva desde a fase pré-lngual
(BEVILACQUA et. al, 2013). Ainda quanto ao IC Caldas (2014) afirma que “é um
tratamento eficaz e seguro e que pode estabelecer o desenvolvimento das
habilidades da audição e da linguagem” (p.16).
Sobre o IC, Pereira e Melo (2014), dizem que o processo é garantido pela
Saúde Pública, desde o processo de exames avaliativos até os procedimentos
cirúrgicos e pós cirúrgicos.
7
Uma outra opção de intervenção é o AASI que será selecionado pelo
fonoaudiólogo de acordo com o tipo e grau de perda auditiva apresentada pelo
indivíduo.
Para Teixeira e Garcez (2013) ao selecionar um AASI, o profissional deverá
“[...] levar em consideração as características individuais dos futuros usuários, uma
vez que modificações no tamanho do MAE, por exemplo, podem determinar
mudanças substanciais no que se refere às características eletroacústicas” (p.357).
A adaptação do AASI bilateral possibilita ao sujeito que perceba os detalhes
de cada fonema, que não podem ser observados somente pela leitura orofacial.
Sobre isso Santana (2007) observa que “Para sermos capazes de discriminar
consoantes da fala, devemos fazer discriminações muito finas e analisar com
precisão os sinais acústicos que mudam rapidamente” (p.142). Estes detalhes são
proporcionados pelo AASI, que amplifica os sons, auxiliando o sujeito para que
discrimine não só os sons da fala, como também os sons do ambiente a que este
está exposto.
Sobre a adaptação de próteses auditivas em sujeitos com perdas bilaterais
severas e profundas, Couto e Menegotto (1997) ressaltam que esta “[...] é uma parte
importante do processo de habilitação ou reabilitação dos mesmos” (p.101).
Para Almeida (2013), a adaptação adequada de aparelhos auditivos deve
combinar vários aspectos, tais como: boa “audibilidade dos sons, inteligibilidade
máxima de fala”; sendo priorizado a qualidade sonora, para melhora de desempenho
em todos os ambientes comunicativos (p.377).
Ainda quanto a adaptação de AASI, Magni et. al. (2005), observam a
relevância em reconhecer os benefícios que a amplificação sonora fornece; porém,
referem que o sucesso desta adaptação dependerá não apenas da qualidade do
AASI, como também das características do sistema auditivo de cada indivíduo.
Sendo assim, as autoras esclarecem que é possível observar as características de
cada candidato, tendo como embasamento a avaliação audiológica.
A partir desta perspectiva, pretende-se avaliar a opinião de usuários de AASI
e IC, que tenham perda auditiva profunda. Tendo em vista que as dificuldades
acarretadas por este grau de perda não impedem o uso dessas tecnologias e a
percepção de benefício por parte de seus usuários. Rosa et. al. (2006), referem
sobre a importância dos questionários de avaliação, uma vez que auxiliam o
8
fonoaudiólogo fornecendo informações sobre o indivíduo e “suas dificuldades e
facilidades” frente ao uso de seu AASI.
9
2 MATERIAIS E MÉTODO
O presente artigo retrata um estudo transversal de caráter qualitativo. Foi
aprovado pelo comitê de ética institucional sob número 0046/2009.
Para a coleta de dados foram entrevistados 19 indivíduos, de ambos os
gêneros, com diagnóstico de perda auditiva profunda, bilateral; tendo faixa etária
entre 13 e 40 anos.
A pesquisa foi realizada em dois locais de assistência a saúde auditiva
prestadores de serviço do Sistema Único de Saúde (SUS), situados no município de
Curitiba e Maringá, no período de outubro de 2013 a maio de 2014.
Todos os pesquisados responderam a um questionário semi estruturado,
aplicado por fonoaudiólogas, contendo questões que serviram para caracterizar a
amostra em relação a: etiologia, tempo de instalação da perda, uso de prótese, entre
outros aspectos.
Aos que estavam em uso de prótese auditiva foi aplicado o inventário SADL.
Trata-se de um questionário de uso internacional, para verificar o benefício da
adaptação de próteses, sob a perspectiva dos usuários.
Durante a coleta de dados, observou-se que alguns sujeitos tiveram
autonomia para responder os questionários; sendo que não houve interferência das
pesquisadoras para obtenção das respostas. Porém, para outros indivíduos houve
maior dificuldade, sendo que alguns eram analfabetos, não entendiam as perguntas,
não tinham as informações solicitadas na questão, ou não tinham fluência na língua
portuguesa. Para este grupo, na maioria das vezes as questões foram respondidas
pelo acompanhante; ou em alguns casos o acompanhante se tornava o intérprete da
pesquisadora, pois apresentavam fluência em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS),
somente.
10
2.1 Resultados e discussão
Compuseram a amostra desta pesquisa 19 sujeitos, sendo 10 do gênero
feminino e 09 do masculino, em faixa etária que compreendeu dos 13 aos 35 anos.
Todos os participantes possuíam, na data da entrevista, perda auditiva
profunda.
Com relação à caracterização da amostra, segundo dados coletados com 19
respondentes, observamos:
a) Escolarização dos indivíduos pesquisados.
ESCOLARIDADE Nº DE INDIVÍDUOS PERCENTUAL
Ensino Fundamental Completo 3 15,7% Cursando Ensino Fundamental 3 15,7% Ensino Médio Completo 4 21,05% Cursando Ensino Médio 3 15,7% Esc. Especial Para Surdos 1 5,2% Cursando Ensino Superior 1 5,2% Ensino Superior Completo 2 10,5% Não Estuda 1 5,2% Não Informado 1 5,2% TOTAL 19 100%
b) Etiologia da surdez:
ETIOLOGIA Nº de indivíduos PERCENTUAL FEBRE ALTA 1 5,2% SARAMPO 1 5,2% IDIOPÁTICA 4 21,05% RUBÉOLA 4 21,05% ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO 1 5,2% OTITE CRÔNICA 1 5,2% MENINGITE 2 10,5% NÃO INFORMADA 5 26,4% TOTAL 19 100%
11
c) Língua materna
_________________________________________________________ LÍNGUA Nº DE INDIVÍDUOS PORCENTAGEM
LIBRAS 14 73,6% PORTUGUÊS 05 26,3% TOTAL 19 100%
______________________________________________________________________________________
A grande maioria relatou ter a LIBRAS como língua materna; entende-se por
língua materna a primeira língua adquirida pelo indivíduo para a comunicação e
inserção social.
Ressaltamos que não foi o objetivo deste estudo verificar a habilidade e
fluência para a língua portuguesa, nem para LIBRAS. Esse fato pode ter interferido
nas respostas dos participantes ao SADL, pois alguns tiveram dificuldades para
responder ao inventário que é aplicado em português.
O questionário SADL é utilizado internacionalmente para quantificar a
satisfação do usuário em relação a sua prótese auditiva. É composto por 15
questões agrupadas em quatro categorias (DANIELI et al, 2011), sendo elas:
“-Efeitos positivos (questões 1, 3, 5, 6, 9 e 10): seis itens referentes ao benefício acústico e psicológico;
- Serviço e custo (questões 12, 14 e 15): três itens referentes à competência profissional, preço do produto e número de consertos;
- Fatores negativos (questões 2, 7 e 11): três itens referentes à amplificação de ruído ambiental, presença de microfonia e uso do telefone;
- Imagem pessoal (questões 4, 8 e 13): três itens referentes à estética e ao estigma do uso do AASI.”
Como referem Lopes et.al. (2011), a utilização de questionários de auto-
avaliação contribuem para o “controle de desempenho dos usuários durante o
processo de seleção e adaptação das próteses auditivas” (p.708). Revelando o
benefício da prótese na perspectiva do próprio usuário. Magalhães e Mondelli
(2011), explicam também que tais questionários permitem observar a eficácia nas
diferentes situações do dia-a-dia e consideram o SADL como “avaliação ouro”. E
Mondelli et. al. (2011), evidenciam que outro fator considerado relevante para o uso
de questionários no tocante a avaliação da satisfação de usuários em relação a suas
12
próteses auditivas está no fato de que esta forma de avaliação permite a
reprodutibilidade do estudo.
Quanto a eficácia deste tipo de avaliação Lacerda et. al. (2012), consideram
que estudos acerca dos fatores que se relacionam a adesão ao AASI são de grande
importância no que diz respeito ao investimento financeiro da saúde pública.
Com relação às respostas ao SADL, dadas por 14 sujeitos, observamos:
Durante a aplicação do questionário, verificou-se dificuldade quanto a
interpretação das perguntas que algumas vezes tiveram de ser explicadas, tendo
interferência da pesquisadora quanto ao significado de palavras; devido ao
vocabulário reduzido dos participantes. Tal ocorrido se assemelha ao estudo de
Danieli et. al. (2011), em que ressaltam a necessidade de mudança na abordagem
para aplicação do questionário SADL diante da dificuldade dos sujeitos em
respondê-lo. Dentre as estratégias utilizadas pelos referidos pesquisadores, está o
auxilio visual com figuras que representavam o nível de satisfação e ainda a leitura
em voz alta de cada questão; como forma de entrevista.
Foram utilizadas apenas 12 das 15 questões que compõe o questionário
SADL, sendo excluídas as questões 5, 11 e 14; que abordam a redução na
quantidade de vezes em que o locutor deve repetir as informações; o uso do
telefone e o custo da prótese auditiva, respectivamente. Quanto a exclusão das
questões 5 e 11, se justifica diante da realidade clínica dos pesquisados; uma vez
que mesmo com a utilização da prótese auditiva o indivíduo apresenta dificuldade
para a comunicação oral. Como orientam Mondelli et. al. (2013), não há registro de
estudos de satisfação de usuários com perdas auditivas de grau severo e profundo;
e segundo os autores, essa ocorrência pode se justificar devido a “apresentação de
limiar auditivo que propicie aplicação das perguntas” (p.54).
Conforme descrevem Barros e Queiroga (2006), quanto a perda auditiva de
grau severo, a discriminação fica prejudicada, interferindo nas habilidades de
reconhecimento de fala. Devido a “lesão mais acentuada nos componentes
cocleares e os limiares auditivos da área da fala já não estão preservados” (p.383).
Fator agravado em caso de indivíduos com perda auditiva de grau profundo.
Como referido anteriormente, os sujeitos participantes da presente pesquisa
são atendidos pelo SUS, portanto recebem a prótese auditiva de forma gratuita; por
isso, o descarte da questão 14 (que aborda o custo da prótese auditiva).
13
A tabela 1 representa os resultados obtidos conforme a pontuação para a
escala Global e as quatro subescalas.
Tabela 1. Descrição da pontuação global e das quatro subescalas do SADL para os sujeitos pesquisados (n=14)
___________________________________________________________________
SADL MÉDIA MÍNIMO MEDIANA MÁXIMO DP
Global 4,7 1 5,2 7 2,3 Efeitos positivos 4,9 1 5,3 7 2,2 Serviço e Custo 5,2 1 6,5 7 2,2 Fatores negativos 2,4 1 5,2 7 2,4 Imagem pessoal 4,0 1 4,1 7 2,6 ___________________________________________________________________
Observa-se uma distribuição simétrica das pontuações do SADL,
apresentando similaridade entre os valores médios e medianos; exceto na subescala
Serviço e Custo, em que apresentou variabilidade da resposta, revelando maior valor
de satisfação. Tal fato pode estar relacionado a realidade do grupo pesquisado; uma
vez que todos os participantes possuem próteses adquiridas por concessão do SUS,
sem nenhum custo. E ainda, como referido acima, pode relacionar-se com a
exclusão de uma das questões que compunha esta subescala. Vale ressaltar que
para tais indivíduos, não há custo na aquisição da prótese, porém o sujeito arca com
custos relacionados a reposição de peças e reparos.
Destaca-se ainda, que mesmo em se tratando de indivíduos com perda
auditiva profunda, podemos observar valores de satisfação medianos, em relação ao
uso de suas próteses auditivas.
Durante a aplicação do questionário, verificou-se ainda queixas
especialmente quando se tratava da aparência da prótese. Fato que não pôde ser
evidenciado pelos resultados de satisfação do questionário, o que pode ser
justificado em função do número de sujeitos dessa amostra.
Sabe-se que devido a potência exigida para as próteses auditivas, nos casos
de Perda auditiva profunda, a caixa se apresenta maior, se comparada com próteses
para perdas auditivas leves e moderadas, por exemplo. E mesmo após a evolução
tecnológica quanto a aparência e funcionamentos das próteses atuais, alguns
fatores se tornam difíceis de serem minimizados pela limitação quanto a tecnologia
disponibilizada para atendimento a pacientes do SUS.
14
Como explicam Lopes et al (2011), o programa de saúde auditiva
proporciona maior número de próteses de tecnologia A “que possui menos recursos
que possibilitem ajuste mais personalizado” (p.707). No entanto, estes mesmos
autores observaram em seu estudo, que embora houvesse diversas queixas quanto
as dificuldades apresentadas; a maioria considerou que “o uso das próteses vale
muito ou bastante a pena”(p.708). Além da implantação de nova tecnologia a
satisfação e adaptação do usuário também se relaciona com o processo de
reabilitação que se baseia na avaliação clínica apropriada e na perspectiva de
benefício do usuário. (MAGNI et.al; 2005).
15
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Verificou-se que mesmo com as dificuldades que enfrentam, os sujeitos com
perda auditiva profunda apresentam algum grau de satisfação quanto ao uso de sua
prótese auditiva. O que é um dado relevante para o fonoaudiólogo que atua com
esse público, sendo que o profissional pode partir desse nível de satisfação para
trabalhar com outros aspectos que implicam a adaptação da prótese auditiva.
Nesse sentido, observa-se a necessidade de que se desenvolvam outros
estudos procurando contemplar um número maior de indivíduos, com ênfase para
uma análise quantitativa dos dados. Sendo que dessa forma, amplia-se o número de
achados, corroborando ainda mais com a atuação fonoaudiológica no que diz
respeito a efetividade no uso da prótese auditiva. Um outro fator relevante, é
entender qual a expectativa criada pelo usuário, o que reflete diretamente em sua
satisfação ou insatisfação quanto a sua prótese auditiva.
Há de se pensar ainda em aspectos que interferem diretamente nas respostas
de satisfação de cada indivíduo; como tempo de adaptação, reabilitação auditiva e
tempo diário de uso efetivo do AASI, por exemplo. Pensando no contexto do
indivíduo que está respondendo cada questionário, pois como observado, a maioria
dos pesquisados referiu utilizar a Libras como principal meio de comunicação; não
se sabe até que ponto houve compreensão para cada questionamento do SADL,
que foi oferecido em português.
16
REFERÊNCIAS
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APÊNDICE - QUESTIONÁRIO SEMI- ESTRUTURADO
QUESTIONÁRIO:
- Identificação:
1. Sexo
2. Idade
3. Perda auditiva: bilateral/ unilateral
- Terapia fonoaudiológica:
4. Fez por quanto tempo?
5. Ainda faz? Quantas vezes por semana?
- Língua materna:
6. Utiliza Libras? Desde quando?
7. É fluente em Libras?
8. Com quem usa Libras?
- casa - escola - amigos -Outros
9. Fala português?
- AASI
10. Usa AASI?
11. Se não. Por que?
- não gosta?
- acha que não funciona?
- está quebrado?
Se sim. Por que?
-para ouvir o que falam?
- para ser mais aceito?
- por que é obrigada? Por quem?
12. Desde quando?
13. Bilateral? Unilateral?
14. Em que lugares usa?
- trabalho - escola - terapia com fono
- igreja - rua - em todos os lugares
- casa
15. Na sua opinião, em que o AASI pode te auxiliar? Se não pode, porque?
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ANEXO A- VERSÃO EM PORTUGUÊS BRASILEIRO DO SADL
Satisfação com o aparelho auditivo em sua vida diária Nome ______________________________________________________________ Data de nascimento __/___/____ data __/___/______ Instruções Estão listadas abaixo, perguntas sobre o seu aparelho auditivo. Favor circular a letra correspondente a melhor resposta para você, para cada pergunta. A lista de palavras à direita lhe oferece o significado de cada letra. A Nada D Mediamente F Muito B Um pouco E Consideravelmente G Muitíssimo C De alguma forma Lembre-se que suas respostas devem mostrar suas opiniões gerais em relação ao aparelho auditivo que você está usando agora ou aquele que utilizou mais recentemente.
1. Seus aparelhos auditivos lhe ajudam a entender o que as
pessoas que conversam mais frequentemente com você falam, quando comparado sem o uso dos aparelhos?
A B C D E F G
2. Você fica frustrado quando o seu aparelho capta sons que não permitem que você ouça os sons que gostaria de ouvir?
A B C D E F G
3. Você está convencido de que adquirir os seu aparelhos foi sua melhor opção?
A B C D E F G
4. Você acha que as pessoas percebem mais a sua perda aditiva quando você está usando o seu aparelho auditivo?
A B C D E F G
5. Os seus aparelhos reduzem o número de vezes que você tem que pedir para as pessoas repetirem o que disseram?
A B C D E F G
6. Você acha que o seu aparelho compensa seu problema? A B C D E F G
7. Você está chateado por não conseguir ter o volume que deseja sem que o aparelho apite?
A B C D E F G
8. O quanto você está satisfeito com a aparência de seus aparelhos?
A B C D E F G
9. Usar o aparelho melhora a sua autoconfiança? A B C D E F G
10. Quão natural é o som que recebe de seu aparelho? A B C D E F G
11. O quanto seus aparelhos ajudam ao falar em telefones que não tenham amplificadores de volume? (Se você escuta bem ao telefone sem os aparelhos selecione aqui )
A B C D E F G
12. Quão competente era a pessoa que lhe forneceu os aparelhos?
A B C D E F G
13. Você acha que usar o aparelho faz você se sentir menos capaz?
A B C D E F G
14. O custo do seu aparelho lhe parece razoável? A B C D E F G
15. Você está satisfeito com a qualidade do seu aparelho (com relação ao número de vezes que ele precisou de reparo)?
A B C D E F G
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ANEXO B. AUTORIZAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA