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Nem parece que terminamos mais um semestre. Foram tantos avanços e melhorias, que fica difícil descrever os sentimentos... Vale citar algumas conquistas: a consultoria dos diretores e rabinos de Israel e Estados Unidos, a implementação do Midrag Tguvot, o site e o informativo, a Comissão de Mães, as novas instalações. Tudo isso num am- biente alegre e chassídico, sustentado pelos alunos e pelo esmerado Corpo Docente. A nossa família é formada por pais confiantes e parceiros, por alunos e alunas que dão tudo de si para crescer material e espiritualmente e uma di- retoria engajada em seu shlichut de educar uma geração que o Rebe possa se orgulhar. E a certeza de que isso tudo só foi possível em tão pouco tem- po, graças às brachot de nosso Rebe. Que venha o segundo semestre... Palavra do Rabino Musical revela talentos e desperta sentimentos Bastidores de uma vida chassídica-escolar n o 4 Be Simcha Criatividade no cenário que demonstra uma Nova Iorque antiga R. Moti Begun B”H Capa “Emocionante”. “Incrível”. “Impecável”. “Pro- fissional”. O zum zum zum da plateia quando se fecharam as cortinas do teatro Folha no Pátio Hi- gienópolis, era só elogios. Muito mais do que o re- conhecimento pelo trabalho das morot e alunas do Gani, o público estava realmente tocado pela mega produção que acabara de assistir: trata-se da peça “Uma bagagem eterna”, encenada em comemora- ção à formatura do 4º Colegial, com a participação de toda a escola Gani. O 4º Colegial foi criado como um preparatório para as meninas que vão para os Seminários no exterior. Elas têm aulas de fotogra- fia, computação, primeiros-socorros, além de au- las de Torá, mantendo-se atualizadas até viajarem. A peça, baseada em fatos reais, conta o con- flito vivido por Rosa, uma menina que deixa a casa dos pais na Rússia em busca de melhores condições de vida nos Estados Unidos, no iní- cio do século passado. Ela seria capaz de aban- donar suas tradições judaicas para viver como americana na terra da prosperidade? A história se desenrola num musical permeado de danças e vídeos, até o desfecho inesperado – protagoniza- da pela aluna formanda Etty Begun, Rosa guar- da o Shabat e se salva de um terrível incêndio. junho/tamuz 2012 / 5772

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Bastidores de uma vida chassídica-escolar

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Nem parece que terminamos mais um semestre. Foram tantos avanços e melhorias, que fica difícil descrever os sentimentos... Vale citar algumas conquistas: a consultoria dos diretores e rabinos de Israel e Estados Unidos, a implementação do Midrag Tguvot, o site e o informativo, a Comissão de Mães, as novas instalações. Tudo isso num am-biente alegre e chassídico, sustentado pelos alunos e pelo esmerado Corpo Docente.

A nossa família é formada por pais confiantes e parceiros, por alunos e alunas que dão tudo de si para crescer material e espiritualmente e uma di-retoria engajada em seu shlichut de educar uma geração que o Rebe possa se orgulhar. E a certeza de que isso tudo só foi possível em tão pouco tem-po, graças às brachot de nosso Rebe. Que venha o segundo semestre...

Palavra do Rabino

Musical revela talentos e desperta sentimentos

Bastidores de uma vida chassídica-escolar

no4

Be Simcha

Criatividade no cenário que demonstra uma Nova Iorque antiga

R. Moti Begun

B”HCa

pa

“Emocionante”. “Incrível”. “Impecável”. “Pro-fissional”. O zum zum zum da plateia quando se fecharam as cortinas do teatro Folha no Pátio Hi-gienópolis, era só elogios. Muito mais do que o re-conhecimento pelo trabalho das morot e alunas do Gani, o público estava realmente tocado pela mega produção que acabara de assistir: trata-se da peça “Uma bagagem eterna”, encenada em comemora-ção à formatura do 4º Colegial, com a participação de toda a escola Gani. O 4º Colegial foi criado como um preparatório para as meninas que vão para os Seminários no exterior. Elas têm aulas de fotogra-fia, computação, primeiros-socorros, além de au-las de Torá, mantendo-se atualizadas até viajarem. A peça, baseada em fatos reais, conta o con-flito vivido por Rosa, uma menina que deixa a casa dos pais na Rússia em busca de melhores condições de vida nos Estados Unidos, no iní-cio do século passado. Ela seria capaz de aban-donar suas tradições judaicas para viver como americana na terra da prosperidade? A história se desenrola num musical permeado de danças e vídeos, até o desfecho inesperado – protagoniza-da pela aluna formanda Etty Begun, Rosa guar-da o Shabat e se salva de um terrível incêndio.

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cluiu o rabino Begun, dando início ao espetáculo.

Segundo ato Mãe de aluna formanda, Adriana Halpern não con-teve a emoção que veio em duas frentes: primeiro por ver a filha Deby se revelar ótima atriz no palco e segundo por saber que terminou um ciclo na vida da filha. “É uma mistura de sentimentos bons e tristes, mas sei que agora ela vai seguir seu caminho”, afir-ma Adriana. A Deby, por outro lado, não escondia a empolgação. “Acabou minha trajetória na escola, que é minha casa, mas estou feliz por ter aproveita-do cada momento com muita alegria”, revela Deby que viaja em agosto para o Seminário em Israel. Ex-aluna da escola e mãe de alunos do Lubavitch e do Gani, Patty Libersohn trouxe a filha para assistir à peça como um preparatório para quando for partici-par. “Não consigo conter minha emoção. Eu já parti-cipei de várias productions e no ano que vem, minha filha vai estar lá”, diz Patty, feliz por trilhar o cami-nho da filha nos passos que ela mesma seguiu. Ao final, todas as alunas subiram no palco e canta-ram num coral o grand finale. Uma música que res-salta palavras do Rebe, ensinando que em nenhum lugar é diferente: a Torá sempre é o guia. A poe-sia da música entoa no coração da plateia, que observa a festa no palco: as meninas, de todas as idades, se abraçam numa união que reflete a en-ergia positiva da escola. “É muito triste se despe-dir, mas saber que a escola se preocupa com cada uma, ajuda, orienta, se interessa por saber para onde vamos, é muito confortante. Aqui é nossa vida”, comemora Chaya Ende, feliz por carregar a bagagem eterna de pertencer a uma escola-casa.

O elenco formado pelas alunas do Gani na cena que marcou o gran finale: união, alegria, sentimento de missão cumprida permearam o palco

Ensaio geral Faltam apenas 4 horas para o espetáculo e a diretora da peça, Rivky Muller, grita no microfone do teatro: “Silêncio! Ainda não está bom.” As meninas estão eufóricas e cada detalhe não passa despercebido aos olhos da diretora. Rivky teve oportunidade de trabalhar em peças da escola Beis Rivka, em Crown Heights e trouxe suas experiências e aprendizados para os palcos daqui. Ao lado das morot Doby Kon-cepolski e Bianca Kauffman, o trio fez milagre: os ensaios das danças e músicas começaram depois de Lag Baomer, além de toda a produção de figuri-nos, feitos pelas alunas e costureiras profissionais, e o cenário, idealizado pela aluna Dafne Rosem-berg com participação das colegas de classe. De acordo com a morá Bianca, diretora de coreografia, “a production revela talentos que não se mostram nas salas de aula. Respeitamos a vontade de cada uma, sem obrigações e cobranças. Tudo é feito para melhorar a autoestima das meninas”.

Primeiro ato “As meninas se expressam e aprendem a en-frentar novos desafios”, discursou o rabino e diretor das escolas Henrique Begun. “Tenho certeza de que se lembrarão com saudade des-sas experiências”, completa. Por ser voltada ao público feminino, ele não pôde assistir, mas pela atmosfera que pairava naquele teatro, o rabino sen-tiu que se tratava de algo especial. A casa estava lotada, mais de 300 pessoas disputavam o melhor lugar. Os ingressos esgotaram dias antes e muita gente de fora da família Gani-Lubavitch veio pres-tigiar. “Podem aplaudir porque vale a pena!”, con-

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Dormir bem, exercícios físicos, alimentação saudável, cuida-dos com a higiene e atividades de lazer são cinco atitudes que podem fazer diferença na quali-dade de vida das pessoas. O projeto “Cuidados com meu corpo” trouxe esses temas de maneira divertida e prática para a kitá do Pré das meninas. “É importante aprender sobre os cuidados desde pequenos, para valorizar a importância de uma vida saudável”, ressalta morá Betina, responsável pelo projeto.

Torcida ativa Mãe de alunos participantes em diferentes categorias, Chani Goldberg torcia a cada pergunta e ficava apreensiva antes de ou-vir a resposta. “Essa pergunta foi difícil, porque o assunto não faz parte da realidade de uma criança”, protestava Chani, com conhecimento de causa. Ela es-tava por dentro de toda a ma-téria, pois, junto com o marido, se dedicou aos estudos em casa com os filhos e apesar do ner-vosismo pela competição, valo-riza mesmo é o aprendizado. “A matéria bem estudada fica para a vida toda. Ganhar é ótimo, mas o que vale é saber o conteúdo”, afirma Chani.

Prêmio divertido Os alunos que obtiveram maio-res notas durante a preparação, foram presenteados pela escola com um Shabaton em Socorro e Atibaia, antes do Chidon. Acom-panhados por alguns rebes, a viagem foi de futebol, pizza e esportes radicais, além dos mo-mentos de estudo. Os meninos adoraram e perceberam que o esforço trouxe o prêmio: a união e o aprendizado.

“Certa resposta!”, avisou o rabi-no pelo microfone. Aplausos. Os meninos ficam tensos ou alivia-dos. Outra pergunta. Tempo. A banca de juízes formada por importantes rabinos da cidade está atenta às respostas. O cenário descreve o 4º Chidon Sêfer Hamitsvot do Rambam, concurso realizado pelo Cheder Lubativch para alunos de 8 a 11 anos. O conteúdo para estudo foi divulgado em Pessach e por ser atividade extracurricular, os me-ninos se dedicaram sozinhos. De acordo com o rabino Moti Begun, diretor das Escolas, “o Chidon é muito positivo não só pelo conteúdo, mas pelo gosto que os meninos pegam pelo es-tudo. Ficam empolgados e até incentivam os alunos menores”. O intuito aqui não é gerar com-petição e premiar os melhores, mas criar responsabilidade. Um exemplo foi a conduta de Lilian Kremer em relação à dedica-ção do filho Yeoshua, de 11 anos. “Compramos um presente como reconhecimento ao seu em-penho, por ter estudado sozinho e ter chegado até aqui. Acredito que cabe aos pais estimular sem exigir”, afirma Lilian.

Entre as atividades, destaca-se a visita de um dentista que ex-plicou como é a escovação cor-reta e também de uma enfer-meira, que mostrou, com auxílio de um microscópio, as sujeiras que parecem invisíveis, os mi-cróbios. As meninas monta-ram um kit de higiene persona-lizado. No tema “alimentação saudável” a morá ensinou so-bre vitaminas e função dos ali-mentos - estudos colocados em prática pelas crianças fazendo receitas e brincando de feira.

Saúde em muitos sentidos

Sêfer Hamitsvot na ponta da línguaDr. Sergio Tcherniakovsky deu aula prática

Lazer e estudo no Shabat antes do Chidon

Nota

Espe

cial

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Para incentivar a conexão dos alunos do Lubavitch-Gani com o Rebe, especialmente em comemoração à data de Guimel Tamuz, o Cheder lançou o pro-jeto “Álbum de Fotos do Rebe”, um álbum de figurinhas que traz toda a trajetória do Rebe em pá-ginas surpreendentes, reple-tas de conteúdo e capricho. De acordo com Yanky Bell, shliach no Cheder este ano e compila-dor dos textos do álbum, “o ob-jetivo é dar às crianças a chance de vivenciar o Rebe, explorando não apenas sua biografia ou da-

Projeto “Alfabetização” com as letras móveis no Gan dos meninos

EXPEDIENTE

tas importantes, mas estudando sobre suas atitudes, condutas e principalmente, o carinho dedi-cado a cada judeu”. Yanky Bell ainda destaca a im-portância das figurinhas adesi-vas – de fotos do Rebe - para as crianças. “As fotografias per-mitem visualizar o texto, o que pode ser mais efetivo no apren-dizado do aluno, além da vontade de completar o álbum”. Foram distribuídos exemplares para os alunos daqui e alguns álbuns foram enviados ao Lubavitch do Rio de Janeiro.

Figurinhas adesivas inspiram os alunos

Hall de Fotos

Be Simchá :: Publicação mensal das EscolasLubavitch – Meninos :: Rua Prates 770 :: 3227-7700Gani – Meninas :: R. Talmud Thora 296 :: 3333-7700

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Jornalista responsável :: Brenda DorfComissão Editorial :: P. Kaufman, P. Petresco e R. Moscovitch [email protected]

Nota

Capa do álbum que ressalta o papel do Rebe

Jardim I fez rádios de sucata para o projeto “Vamos nos Comunicar!”

Esportes radicais no Shabaton promovido aos participantes do ChidonDiversão e cansaço no ensaio geral da Production do Gani

VISITE NOSSO NOVO SITE: www.lubavitchgani.org.br

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