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Fevereiro de 2016 | Ano XXVII N o 227 www.diocesedeosasco.com.br PÁG. 03 Obra Social Cáritas Nsa. Sra. da Escada abriga cerca de 90 pesso- as em situação de rua A valorização da criação como resposta à cultura do descarte PÁG. 04 TESTEMUNHO DA FÉ PÁG. 11 Padre Doutor José Eduardo ex- plica como ganhar as indulgên- cias no Ano Santo ANO DA MISERICÓRDIA IGREJA EM MISSÃO Diocese de Osasco realiza “24 horas para o Senhor”: atendimento ininterrupto de confissões nas regiões pastorais PROGRAME-SE PÁG. 12 10 práticas para se viver bem o Jubileu da Misericórdia PALAVRA DO BISPO PÁG. 06 e 07

BIO 227 - Fevereiro 2016

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227 - Boletim Informativo da Diocese de Osasco - BIO – Ano XXVII - Nº 227 - Bio Fevereiro de 2016

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Fevereiro de 2016 | Ano XXVII No 227www.diocesedeosasco.com.br

PÁG. 03

Obra Social Cáritas Nsa. Sra. da Escada abriga cerca de 90 pesso-as em situação de rua

A valorização da criação como resposta à cultura do descarte

PÁG. 04

TESTEMUNHO DA FÉ

PÁG. 11

Padre Doutor José Eduardo ex-plica como ganhar as indulgên-cias no Ano Santo

ANO DA MISERICÓRDIA

IGREJA EM MISSÃO

Diocese de Osasco realiza “24 horas para o Senhor”:atendimento ininterrupto de confissões nas regiões pastorais

PROGRAME-SE

PÁG. 12

10 práticas para se viver bem o Jubileu da Misericórdia

PALAVRA DO BISPO

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TESTEMUNHO DA FÉEDITORIAL

O “tempo da quaresma”, naturalmente na sua expressão, traz um convite ao recolhimento e para penitência que silencia o coração que

bate a procura de Deus. Apresenta ao homem recolhido a dimensão da sua fragilidade, sua pequenez, sua consci-ência de que não é autosuficiente. Questiona o orgulho e revela o semblante do pecador que clama por misericór-dia no silêncio da sua alma. Este silenciar e recolher não significa uma fuga da realidade. O recolhimento é como um semeador que aguarda vigilante com seu trabalho e atenção o tempo da colheita.

O recolhimento é um silêncio que grita uma vida es-condida a ser desabrochada, um fruto desejado a ser ex-perimentado que muitas vezes é ocultado pelos percalços da fragilidade. A vida da graça recolhida espera do pe-cador esta libertação, quer ser revelada como um fruto esperado. A quaresma será este momento de amadure-

Tempo de recolher, silenciar

Ajude-nos a melhorar o BIO (Boletim Informativo de Osasco)

O nosso jornal é um instrumento de formação e trabalho para as comunidades, em especial, na sua ação evangelizadora. Por isso, queremos pedir sua colaboração para que possamos crescer e trocar experiências para a melhoria desse veículo tão valioso para todos nós, espaço de expressão da fé e do dinamismo da nossa Igreja diocesana. Acesse o nosso site e responda a pesquisa. É rápido e simples:

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Sua opinião é muito importante para nós. Deus abençoe!Equipe BIO

Cáritas Nossa Senhora da Escada acolhe pessoas em situação de ruaHá dois anos a Associação Cáritas Nossa Senhora

da Escada assumiu a gestão do Serviço de Aco-lhimento de Pessoas em Situação de Rua man-

tido pela Prefeitura de Barueri. Neste período foram desen-volvidos três projetos:

“Vida Por Anseio à Vida”, que tem como objetivo o abrigo de pessoas em situação de rua, para elaboração de projeto de vida e reinserção social, oferecendo acesso ao básico para que cada pessoa possa ser reinserida - com acesso a mora-dia, alimentação, cultura, saúde e educação na casa de aco-lhimento São Francisco;

“Ir ao Encontro”, este projeto tem como objetivo ir até as pessoas que estão morando na rua para ver quais são suas necessidades imediatas (encaminhamento, retiradas de se-gunda via de documentos entre outras necessidades, inclu-sive o oferecimento de abrigo para o novo projeto de vida);

“Acolher”, o principal objetivo deste projeto é acolher as pessoas que ficam nas ruas durante o dia e precisam de um local para higienização, se alimentar e dormir. Passam a noi-te na Casa de Acolhimento e durante o dia retornam para as ruas ou para alguma atividade pessoal.

O presidente da Cáritas, Sr. Jairo, comentou com a nossa equipe que a paróquia decidiu assumir este serviço funda-mentando-se no Evangelho de Mt 25, e que, apesar de todos os desafios, os envolvidos celebram o acolhimento de pes-soas que chegaram à Casa São Francisco muito doentes e que hoje estão recuperadas, outros tantos que conseguiram livrar-se da dependência de álcool e drogas própria da rua, outros abrigados com transtornos mentais que, com certeza, não conseguiriam sobreviver nas ruas. A Sra. Nivea, coorde-nadora geral do equipamento, disse-nos que a maior alegria são as mais de 200 reinserções sociais realizadas, pessoas que estavam nas ruas e foram acolhidas e conseguiram voltar às famílias, ou empregar-se e reconstruir sua vida.

Pe. Mauro Ferreira, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Escada, lembrou que o trabalho é extremamente comple-xo e que, por isso, tem acompanhado de perto os projetos como assistente espiritual, ouvindo e aconselhando, parti-cipando das decisões e reuniões, mas de maneira especial, envolvendo os paroquianos no voluntariado, seja para assis-

tência religiosa (terços, missas, grupo de oração, catequese, aconselhamento), seja para apoio material ( doações de ali-mentos, de roupas, de material de limpeza, ajuda financeira, cadastramento de doação de cupons fiscais).

Hoje a Casa São Francisco, conta com cerca de 90 abriga-dos, mais de 30 colaboradores e vários voluntários, e o tra-balho se alarga na medida em que, ao lado das pessoas em situação de rua, a Cáritas luta com eles para que seus direitos e seus sonhos, como os de todo cidadão, sejam respeitados.

A Paróquia Nossa Senhora da Escada, que já há 18 anos tem tomado várias e importantes iniciativas no campo social, sente-se cumprindo sua missão. Pe. Mauro lembrou-nos o

que o Papa Francisco, no Nº 201 da Evangelli Gaudium nos diz: “Qualquer comu-nidade da Igreja, na medi-da em que pretende subsis-tir tranquila sem se ocupar criativamente, nem coo-perar de forma eficaz para que os pobres vivam com dignidade e haja a inclusão de todos, correrá também o risco da sua dissolução, mes-mo que fale de temas sociais ou critique os governos. Fa-cilmente acabará submersa pelo mundanismo espiritu-al, dissimulado em práticas religiosas, reuniões infecun-das ou discursos vazios”.

Para conhecer melhor, ou ajudar a Casa São Francisco acesse: www.facebook.com/CaritasCasaSaoFrancisco, ou ligue para 4199-0703, ou visite-a na Rua Titicaca, 572, Jd. Reginalice – Barueri – SP.

Associação Cáritas Nossa Senhora da EscadaAbordagem nas ruas Orientação sobre projeto de vida

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Celebrações na Casa São Francisco

Boletim Informativo de OsascoDiretor Geral: D. Frei João Bosco Barbosa de Sousa, OFMAssessor Eclesiástico: Pe. Henrique Souza da Silva Moderadora: Ir. Letícia Perez, MJSSecretária Executiva: Meire Elaine de SouzaRevisão: Natália Paula PereiraSupervisão: Sem. Ricardo RodriguesColaboração: Pe. Mauro Ferreira, Pe. Douglas Dias de Melo, Pe. Marcelo Fernandes de Lima, Pe. Dr. Carlos Eduardo de Souza Roque, Pe. Rodrigo Silva Pereira, Pe. Dr. José Eduardo de Oliveira e Silva, Sem. Thiago Jordão da Silva, Sem. Eduardo de Souza Sobrinho.

E-mail: [email protected]ção: Iago Andrade VieiraTiragem: 13.000 exemplaresImpressão: Jornal Última Hora do ABC | (11) 4226-7272DISTRIBUIÇÃO GRATUITACúria Diocesana de OsascoRua da Saudade, 60, Vila Osasco CEP: 06080-000 - Osasco/ SPTel: (11) 3683-4522 / (11) 3683-5005Site: http://www.diocesedeosasco.com.br

Atos da Cúria

Nomeação de Formador do Seminário Diocesano Em 22 de dezembro de 2015, foi nomeado Vice-Reitor

do Propedêutico Santo Antônio, o Revmo. Pe. Marcelos Fer-nandes de Lima.

Em 22 de dezembro de 2015, foi nomeado Reitor do Pro-pedêutico Santo Antônio, o Revmo. Pe. Diego Martins dos Santos.

Em 22 de dezembro de 2015, foi nomeado Vice-Reitor do Seminário de Filosofia São José, o Revmo. Pe. Romildo Isidro Lopes Filho.

Em 22 de dezembro de 2015, foi nomeado Reitor do Se-minário de Filosofia São José, o Revmo. Pe. Henrique Souza da Silva.

Em 22 de dezembro de 2015, foi nomeado Diretor do Ins-tituto Superior de Filosofia “Sede da Sabedoria”, o Revmo. Pe. Dr. Gilvan Leite de Araújo.

cimento, como Cristo que fala aos três anos e cala-se trinta, para no tempo favorável, no anúncio de suas palavras iluminar o desespero do pecador.

O recolhimento no cotidiano do cristão é essencial quando o burburinho do mundo esconde a voz de Deus. É uma manobra do Espírito Santo para ouvirmos a voz de Deus. Semelhante a Jesus Cristo que antes de iniciar sua vida pública se retirou, somos conduzi-dos para o deserto (Mc 1, 13) e vencendo as tentações saberemos nos recolher da agitação do mundo. Vejamos: Cristo estava sozinho no poço quando a samaritana o encontra. An-tes de chamar os doze apóstolos passou a noite no monte em oração (Lc 6,12-13). Depois da multiplicação dos pães subiu ao monte para orar sozinho (Mt 14,23). Antes da paixão, em agonia no horto se distancia dos apóstolos recolhido em sua súplica (Lc 22,41).

Esta pedagogia de Cristo de um recolhimento que fala e transforma é o aspecto mais peculiar que a quaresma ensina. Como diz Charles Journet no sermão das Setes Palavras: “Aqui na terra, o silêncio é a condição das palavras verdadeiras. Que valor têm as palavras que não encerram o silêncio? São folhas mortas que o vento leva.” Que esta quaresma seja para nós uma oportunidade de recolher para bradar no silêncio de nosso testemunho os frutos da graça do nosso bom Deus.

Abençoada quaresma para todos!

Padre Henrique Souza da SilvaReitor do Seminário Diocesano de Filosofia

Nomeação de Vigário Paroquial

Em 22 de dezembro de 2015, foi nomeado Vigário Paro-quial da Paróquia São José, Região Bonfim, o Revmo. Pe. Dr. Gilvan Leite de Araújo.

Em 22 de dezembro de 2015, foi nomeado Vigário Paro-quial da Paróquia São José - Mairinque, Região São Roque, o Revmo. Pe. Antônio Alves Afonso.

Em 22 de dezembro de 2015, foi nomeado Vigário Paro-quial da Paróquia Nossa Senhora do Monte Serrate, Região Cotia, o Revmo. Pe. Francisco Potiguar Pereira da Silva.

Em 22 de dezembro de 2015, foi nomeado Vigário Paro-quial da Paróquia São Domingos “o Pregador”, Região Santo Antônio, o Revmo. Pe. Reinaldo Aparecido Bento.

Em 22 de dezembro de 2015, foi nomeado Vigário Pa-roquial da Paróquia Senhor do Bonfim, Região Bonfim, o Revmo. Pe. Márcio Antônio Sousa, CJS.

Em 22 de dezembro de 2015, foi nomeado Vigário Pa-roquial da Paróquia São João Batista, Região São Roque, o Revmo. Pe. Emilson Aparecido Ferreira.

Em 22 de dezembro de 2015, foi nomeado Vigário Pa-

roquial da Paróquia São José Operário, Região Santo Antônio, o Revmo. Pe. José Aparecido Pereira.

Em 22 de dezembro de 2015, foi nomeado Vigário Paroquial da Catedral San-to Antônio, Região Santo Antônio, o Revmo. Pe. Luiz Rogério Gemi.

Nomeação de Adminis-trador Paroquial

Em 22 de dezembro de 2015, foi nomeado Admi-nistrador Paroquial da Pa-róquia de Bom Jesus e San-ta Cruz, Região São Roque, o Revmo. Pe. Flávio Soares Lopes.

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FORMAÇÃO PERMANENTE

A quaresma é um tempo no qual mediante a uma

escuta mais frequente da Pa-lavra de Deus, a Igreja nos convida a vivermos alguns compromissos propostos neste caminho de renovação interior: a oração, o jejum e a esmola.

O Papa Francisco nos aponta que neste tempo de graça “somos convidados a realizar uma conversão sin-cera do coração, desafian-do a rotina, nos esforçando para abrir nossos olhos e ou-vidos, mas principalmente o coração, para não ficarmos nas aparências”.

A oração é a força do cris-tão e de todo aquele que crê. No cotidiano da vida me-diante a nossa fragilidade humana sempre podemos voltar ao Senhor – recome-çar – entrando em comu-

A oração, o jejum e a esmolanhão com Ele e com a confiança de filhos amados. Deste modo, este é um tempo favorável para intensificar nossa in-timidade com Deus por diversas práticas devocionais, dos quais destaco a via-sacra que pode ser realizada nas nossas comunidades, nos nossos bairros (nobres e periferias). Por meio da oração, o Papa Francisco nos diz que somos cha-mados a desfrutar da ternura amorosa de Deus sem limites, pois a quaresma é tempo de oração mais intensa, mais assí-dua, mais capaz de cuidar das necessidades dos irmãos, além de interceder junto a Deus por tantas situações de pobreza e sofrimento.

Pelo ato do jejum somos convocados a realizá-lo não de uma maneira formal, mas fazê-lo consciente. Assim nos diz Papa Francisco: “o jejum ajuda-nos a treinar o coração na essencialidade da partilha, além de ser um sinal de consci-ência e responsabilidade diante das injustiças, dos abusos, especialmente para com os pobres e os pequeninos, e é um sinal da confiança que depositamos em Deus e na Sua pro-vidência”.

O compromisso de ofertar a esmola deve nos fazer olhar para o próximo e para as suas necessidades, assim nos exor-tou o Papa Bento XVI na sua mensagem para o tempo da Quaresma de 2008: “A esmola ajuda-nos a vencer esta in-cessante tentação, educando-nos para ir ao encontro das ne-cessidades do próximo e partilhar com os outros aquilo que, por bondade divina possuímos. Tal é a finalidade das cole-tas especiais para os pobres, que são promovidas em muitas

partes do mundo durante a Quaresma”. Em todo o Brasil sob a orientação da CNBB toda a nossa diocese – com suas pa-róquias e comunidades – realizará no dia 20 de Março (Do-mingo de Ramos) a Coleta da Solidariedade como um gesto concreto de esmola, sendo um sinal real de fraternidade e partilha. Portanto, a esmola é um ato gratuito e de entrega como também um testemunho de caridade fraterna; uma prática de justiça que agrada a Deus.

Que possamos neste tempo quaresmal realizar uma ver-dadeira experiência de retorno ao Senhor através da oração, do jejum e da esmola. Assim, próximos do Pai, seremos tes-temunhas de seu amor misericordioso.

Sem. Eduardo de Souza Sobrinho4º ano de Teologia do Seminário São José

O Movimento Eucarístico Jovem (M.E.J) é a ala jo-vem do Apostolado da Oração. Antiga Cruzada Eucarística, o Papa São João VII mudou o nome

para Movimento Eucarístico Jovem, e assim o movimento continuou a acolher as crianças, adolescentes e jovens para serem no mundo o testemunho do amor do Sagrado Cora-ção de Jesus.

O M.E.J este ano completou 100 anos de presença na Igreja, e com um forte ardor, renova-se com mais vigor e intensidade o chamado, a serem no meio da sociedade este sinal de amor e caridade. O M.E.J tem por fundamento de vida espiritual, a Oração e a Eucaristia, força que impulsiona as crianças e jovens a seguirem o ideal de viver a espirituali-dade da devoção e missão.

De modo geral, o início deste trabalho de espiritualidade e ação é liderado por um jovem ou adulto que possa dirigir os encontros quinzenais ou mensais. A idade dos membros vai de sete anos até a juventude. Podem ingressar nesse mo-vimento as crianças que ainda não receberam a Eucaristia, e aquelas que já possuem o sacramento são as que favorecem ainda mais o amor e vivência da vida Eucarística.

Os que vivem este chamado especial na vida da igreja re-cebem formação espiritual, humana, doutrinal, bíblica e li-túrgica. Assim, se mantêm sempre unidos ao chamado de

Movimento Eucarístico JovemCristo que convida a todos a viverem com alegria sua iden-tidade cristã.

O M.E.J caminha unido ao Apostolado da Oração, po-rém tem seus encontros próprios e suas atividades se rea-

IGREJA EM MISSÃO

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Toda vocação cristã nasce do diálogo entre Deus e o ser humano. Do chamado de Deus àqueles a qual Ele quis (Mc 3,13) e da resposta livre e res-

ponsável do homem. De certa forma, ambos têm de dese-jar o mesmo objetivo. Essa é a dinâmica do chamado do Senhor: a sua iniciativa de chamar e a resposta do homem que se dá em sua liberdade.

Se a iniciativa de chamar é de Deus, significa que nenhuma vocação pode ser “forçada por qualquer preten-são humana, não pode ser substituída por qualquer decisão humana, pois é um dom da graça divina e não um direi-to do homem” (Pastores Dabo Vobis, 36). Nesse sentido, o discernimento é aspecto importante na dimensão humana para a real compreensão do chamado de Deus, mesmo para a elaboração de um projeto de vida.

Aprender a discernir a vontade de Deus exige um continuado diálogo com Ele no silêncio da oração. É o ca-minho para tomar certas decisões e não se confundir com pensamentos ilusórios e subjetivos a respeito da vocação. Aprender a discernir significa viver as virtudes teologais, ou seja, em espírito de fé, depositando em Deus a nossa confiança e o nosso fim último; de esperança, acreditando nas promessas que o Senhor faz; e de caridade, na entrega à sua vontade e no serviço aos irmãos.

Discernir é importante em todas as situações da vida. É colocar-se diante da própria consciência numa atitude de

Chamado e discernimento

aceitação e compromisso, na busca da verdade de si mes-mo, sem máscaras, compensações ou subterfúgios, corri-gindo o que se deve corrigir e aperfeiçoando os dons rece-bidos de Deus para a tomada de uma posição pessoal.

É uma faculdade que deve ser exercitada, compreenden-do realidades maiores a serem vividas, que nos capacita a perceber Deus e sua vontade. E isso não é o fim. Perce-ber a vontade de Deus é o começo de um trabalho e ca-minho junto com Ele, pois tal percepção – talvez imedia-tista – pode não ser totalmente clara por conta da própria limitação humana. É um caminho de aprendizagem na vivência permanente da expectativa do novo, captando o

sentido dos acontecimentos que ocorrem na vida e não simplesmente julgando a partir dos próprios hábitos e juízos particulares, para que a vontade de Deus não se confunda com projeções pessoais do indivíduo.

É importante prestar atenção no decurso da per-cepção até a decisão, pois se os pensamentos, em seu começo, meio e fim são, em suma, bons, é um ótimo si-nal, mas se o começo é bom e termina em algo não tão bom assim, talvez seja algo duvidoso. Por isso, jamais se fechar, mas permanecer aberto aos fatos que podem gerar novas provocações.

Padre Marcelo Fernandes de Lima

Assessor Diocesano do SAV

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Campanha da Fraternidade: a grandeza de Deus se manifesta na criação

A Campanha da Fraternidade (CF) começou a ser trabalhada em âmbito nacional no ano de 1964, e desde então tem o objetivo de despertar o espírito

comunitário e evangélico no povo de Deus, comprometen-do, em particular, os cristãos na busca do bem comum, edu-cando para uma vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor, renovando a consciência da responsabilidade de todos

numa ação evangelizadora da Igreja.A CF é sempre trabalhada durante o período quaresmal,

tempo de conversão, de mudança de vida, tempo propício de maior identificação com Cristo. E a Campanha deste ano trata sobre nossa responsabilidade com a Casa Comum, ou seja, o planeta em que vivemos. Papa Francisco nos alerta: “estamos desorientados, já não estamos atentos ao mundo em que vivemos, não cuidamos nem guardamos aquilo que Deus criou para todos, e já não somos capazes sequer de nos guardar uns com os outros, (...) hoje ninguém no mundo se sente responsável”. (Homilia em Lampedusa – Itália – 8/7/2013)

O tema abordado pela campanha também é tratado pelo Santo Padre na Encíclica Laudato Si’ (Louvado sejas) sobre o cuidado da casa comum, nos mostrando que esta preocu-pação não é apenas da Igreja no Brasil, mas de toda a Igreja, devendo ser também uma preocupação de todas as pessoas de boa vontade. Com o tempo “esquecemo-nos de que nós mesmos somos terra” (Gn 2,7) e que “o nosso corpo é cons-tituído pelos elementos do planeta; o seu ar permite-nos res-pirar, e a sua água vivifica-nos e restaura-nos” (LS 2).

É necessário se ter um cuidado com a criação, pois o pró-prio Deus se manifesta na criação: “na grandeza e na beleza das criaturas, contempla-se, por analogia, o seu Criador” (Sb 13,5). A Igreja nos faz um urgente apelo nos lembrando que “a humanidade possui ainda a capacidade de colaborar na construção da nossa casa comum” (LS 13). Tudo o que afe-ta negativamente a criação, segundo o Papa Francisco, está ligado a “cultura do descarte”. O descarte compreende tudo aquilo que se desperdiça sem ser reaproveitado, desde obje-

tos e alimentos, até os seres humanos que não são leva-dos em conta, ou seja, a cul-tura do descarte se alimenta da cultura da indiferença, visando “a todo custo o mito do progresso” (LS 60).

Cabe a nós cristãos olhar-mos para a realidade em que estamos inseridos e enxergar que “há uma grande deterio-ração da nossa casa comum”, por isso precisamos agir e fazer algo pelo nosso plane-ta, pois “sempre há uma saí-da, sempre podemos mudar de rumo, sempre podemos fazer alguma coisa para re-solver os problemas” (LS 61). Peçamos a Maria, “Mãe e Rainha de toda a criação” para que ela vele pela nos-sa casa comum e nos ajude a cuidar do nosso planeta, pois assim como ela cuidou de Jesus Cristo, “agora cuida com carinho e preocupação materna este mundo ferido” (LS 241).“Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas”(Cântico das criaturas)

Sem. Thiago J. da Silva3º ano de Teologia do

Seminário São José

lizam dentro de um ritmo que é parte integral da vida do movimento com sinais específicos. Em nossa Dio-cese temos alguns grupos com uma bonita presença nas nossas paróquias, mas ainda é pouco conhecido em algumas regiões.

Oxalá que possamos rea-lizar uma grande divulgação em todo o nosso povo, e as-sim despertar no coração de tantas crianças e jovens este carisma tão rico e especial em nossa Igreja e assim aco-lhermos a todos os que de-sejam responder sim a esse convite nesta etapa tão sin-gular em suas vidas.

Pe. Douglas Dias de MeloDiretor Espiritual

Diocesano do MEJ - AO

MEJ

Tema: “Casa Comum, nossa responsabilidade”. Lema: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. (Am. 5, 25)

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PALAVRA DO BISPO

Quaresma e Ano Santo: retomar o caminho do ÊxodoA Quaresma deste Ano Santo Jubilar nos convida a uma nova e bela experiência da

misericórdia de Deus. É próprio da vida cristã a atitude de contínua conversão, de sair, de colocar-se a caminho, de buscar uma perfeição sempre maior. A cada ano

a Igreja nos oferece essa preciosa chance de reviver, na quaresma, a mesma experiência que está na origem do povo de Deus, conforme lemos no livro do Êxodo: a vida do povo hebreu antes farta e abundante, no Egito, havia-se tornado uma pesada escravidão. Deus ouve com misericórdia o lamento do povo e chama Moisés para conduzir seu povo ao deserto, e daí à liberdade. É bem esse o trajeto que fazemos a cada ano na Quaresma: hoje ainda somos pegos pela escravidão da vida material, nos acomodamos ao vício, à mentira, ao pecado. Olhamos ao redor e percebemos os estragos causados pelo abandono da lei de Deus, pelas falsas soluções do enriquecimento fácil e desonesto, pelo vazio em que nos jogam as crendi-

ces e os enganos do mundo. No caminho do Êxodo, o povo reencontra, no Monte Sinai, a Lei de Deus. Faz aliança com Deus. É Ele quem vai conduzir o mesmo povo, após quaren-ta anos de caminhada, à terra prometida da liberdade e da vida.

Para nós hoje, o caminho do deserto não é conduzido por Moisés, mas por Cristo. Ele nos convida a sair com ele e, no lugar de uma simples libertação passageira, nos convida a passar pela sua Cruz e chegar à Ressurreição, a verdadeira Páscoa. Ele é o novo Monte Sinai, a nova e definitiva Aliança, ele é o rosto da misericórdia de Deus que nos quer libertar.

A Quaresma, a cada ano, nos oferece um tema rico de reflexão e prático no sentido de conversão: neste ano, o tema “Casa Comum, nossa Responsabilidade” poderá ser estudado junto com a belíssima Carta Encíclica do Papa Francisco, a “Laudato Si”. Vale lembrar que os roteiros para os grupos de Família, iniciados como novena de Natal, continuam no 2º volume, com o tema da CF, a Via Sacra, a Celebração Pascal. O 3º volume, para os grupos que perseverarem por todo o ano, será inteiramente sobre o Ano da Misericórdia e as obras que somos chamados a realizar.

O Ano Jubilar, por seu apelo à conversão e reconciliação, pelo riquíssimo tema da Mi-sericórdia, pelo impulso profético do Papa Francisco, tem tudo para estender o êxodo qua-resmal para o ano inteiro. Ele nos deve colocar em estado de peregrinação, não só neste período que antecede à Pascoa, mas até o fim do ano. Ao atravessar a Porta Santa, reno-

vamos o compromisso com a Fé. Ao buscar o sacramento da Confissão e da Eucaristia com mais frequência, em co-munhão com o Papa e com a Igreja, recebemos a indulgên-cia plenária. Vamos iluminar nossa vida com uma escuta mais atenta da Palavra divina, com a prática da Adoração ao Santíssimo, o rosário em comunidade. É tempo de praticar generosamente o perdão, em família, entre vizinhos, com todos, sem importar o tamanho da ofensa, e praticar obras de misericórdia corporais e espirituais. Sermos misericor-diosos como o Pai, é o propósito do Ano Santo.

Atitudes típicas

As peregrinações fazem parte de todo ano jubilar. A Porta Santa, aberta em nossa Catedral de Santo Antônio, em 11 de dezembro deverá ser o sinal visível de uma conversão consciente e profunda dos peregrinos que por ela passarem. Podem ser agendadas as peregrinações junto à catedral, pelas paróquias, comunidades, movimentos, acompanhados por seus assistentes. Importante é que sejam preparadas com antecedência e realizadas com calma, tornando-se um dia agradável de encontro da comunidade com Deus, dia de convivência, de aprendizado, de conversão.

Em ocasiões adequadas, seja instruído o povo de Deus a respeito do verdadeiro sentido da indulgência plenária e a maneira de obtê-la. Cuidem que sua compreensão não se reduza ao mágico, ao mercantil ou ingênuo. Sejam divulgadas as condições necessárias para receber as indulgências.

Aos grupos programados para peregrinar até a Porta Santa, pode ser oferecida a oportunidade de con�ssão e a participação na eucaristia, nos horários previstos pela Catedral. Mas é recomendável que o Sacramento da Reconciliação seja oferecido previamente, na própria comunidade dos peregrinos. Cuidem os padres de cada Região pastoral organizar-se e, juntos, atenderem a esses grupos, em datas previa-mente conhecidas pelo povo.

O nosso 8º Plano Diocesano da Ação Evangelizadora contempla o pedido de que cada comunidade organize, de forma expressiva, além do que já temos, ao menos uma obra de caridade material ou espiritual, conforme a realidade onde se encontra. Algo que toda a comunidade tenha a graça de participar. Podem ser ações pontuais ou duradouras. Melhores são as que permane-cerão depois desde Ano Santo como fruto permanente na comunidade.

A Campanha da Fraternidade nos coloca diante do uso responsável da nossa Casa Comum, especialmente quanto ao uso da água, em tempos de grande escas-sez. Podemos estender esse propósito a todos os outros aspectos de desperdício que ofendem a Deus Criador e aos irmãos que compartilham os bens da natureza. Como irá chegar ao nosso dia a dia o convite do Papa Francisco de uma ecologia da vida quotidia-na, feita de sobriedade e equilíbrio, de uma vida mais simples, onde o prazer da convivência não seja entorpecido pelo desejo sôfrego de consumo, de vantagem sobre os outros, uma vida de honesta partilha e solidariedade?

Ainda vivemos os re�exos do Sínodo da Família. Saber de que necessitam as famílias, oferecer apoio, minorar os con�itos, mostrar o caminho aos indecisos, pôr-se ao lado dos enlutados, acolher e aconselhar são ações que combinam com a prática da misericórdia. Uma Pastoral da Escuta, organizada numa comunidade ou grupo de comunidades, pode salvar vidas e aproximar famílias de Cristo misericordioso.

A Campanha da Fraternidade, assim como as atividades do Ano Santo, apela para uma presença e testemunho cristão também fora do ambiente da Igreja. A Campanha, como neste ano é ecumênica, nos convida a envolver as outras igrejas cristãs que estiverem dispostas a caminhar em diálogo e colaboração. Juntos devemos continuar a trilha aberta pela Campanha do ano passado, que teve ampla acolhida em ambientes públicos, as audiências nas Câmaras Municipais, as manifestações, a parceria com as autoridades públicas, sem coloração partidária, porém, visando o bem da comunidade.

Recomendo a releitura e o estudo da “Misericordiae Vultus”, a Bula do Papa Francisco que instituiu o Ano Santo. São poucas páginas, mas são alimento sólido para nossa vivência pessoal e comunitária desta extraordinária graça que nos é dada a viver. Nenhuma ação será efetiva, nem no Ano Santo, nem na Campa-nha da Fraternidade, se não reencontrarmos uma verdadeira paixão por Cristo, que é o rosto da misericórdia do Pai. Sem esse ponto de partida, nossas ações serão fragmentadas e, mais cedo o mais tarde, irão sucum-bir e passar, como passam os modismos de cada época. Ele é também o ponto de chegada do nosso êxodo, a nossa Páscoa, a nossa paz plena e duradoura.

As vigílias de Adoração bem como a Leitura espiritual da Sagrada Escritura, o exercício da Via Sacra, a recitação do Rosário são práticas que acompanham as peregrinações do Ano Santo.

Não apenas aos grupos, o Ano da Misericórdia convida aos ministros do perdão que ofereçam o sacramento da Reconciliação até mesmo àqueles que não o procura-riam. Juntos, os sacerdotes de uma Região podem programar celebrações do perdão em locais fora da Igreja, onde se encontrem as pessoas, tais como escolas, condomínios, praças e outros locais públicos.

para o Ano Jubilar

Dom João Bosco, ofmBispo de Osasco, SP

www.dbosco.org

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1o Congresso Diocesano das FamíliasIGREJA EM AÇÃO

Realizamos com alegria e esperan-ça nosso 1o Con-

gresso Diocesano das Famí-lias no dia 06 de dezembro no Ginásio José Liberatti, em Osasco. Este dia foi de muitas graças de Deus. Reu-nimos, pela primeira vez, os movimentos, associações e pastorais que evangelizam as famílias em nossa Dioce-se de Osasco (Pastoral Fa-miliar, Encontro de Casais com Cristo (ECC), Confe-deração Nacional de Plane-jamento Natural da Família (Cenplafam), Equipes de Nossa Senhora, Ministério das Famílias da Renovação Carismática Católica (RCC), Focolares e outros).

Vivenciamos mo-mentos de oração, forma-ção por meio de palestras, fomos edificados pelos tes-temunhos de famílias e ter-minamos com a Santa Missa celebrada pelo nosso bispo diocesano Dom João Bos-co. Trata-se de um primeiro

passo dado já vislumbrando o 8o Plano de Ação Evangeliza-dora. Nas urgências missão e vida, ficam bem claros nossa caminhada como diocese em relação às famílias: Trabalho unificado da Pastoral Familiar, abrangendo iniciativas de defesa da vida, com trabalhos específicos voltados para os vários segmentos da família.

Os temas refletidos no Congresso indicam caminhos para evangelizarmos as famílias com um novo ardor missionário, e proclamar o evangelho da família numa sociedade cada vez mais desagregada nos seus valores essenciais de amor, das relações interpessoais e da vida humana.

1. “O amor é a nossa missão” - Antes de mais nada, a fa-mília está nos sonhos de Deus. Segundo S. Joao Paulo II “o futuro da humanidade passa pela família”. Deus, fonte de amor e de vida, pensou na família como reflexo de seu amor. Portanto, como igreja doméstica, a família precisa ser evan-gelizada, e do encontro pessoal com Jesus, tornar-se evange-lizadora. O amor entre esposo e esposa, pais e filhos deve ser reflexo para outras famílias deste amor divino que se encar-na nas relações interpessoais na família.

2. Família, espaço de misericórdia – estamos vivencian-do na Igreja o jubileu da misericórdia. Tempo de graça e de sermos misericordiosos como o Pai - um tempo de acordar nossa consciência adormecida diante da pobreza material e espiritual. A família é o lugar de aprendermos a sermos mi-

“O amor é a nossa missão”

sericordiosos uns com os outros. Neste berço da vida, deve-mos ajudar as famílias a educar para o respeito, a justiça e as obras de misericórdia.

3. Igreja Diocesana, atenta a família – dentre as quatro urgências do plano de pastoral com vigência entre 2011 a 2015 nossa diocese assumiu ser uma “Igreja Diocesana aten-ta a família”. A Pastoral Familiar buscou neste ano de 2015 trabalhar em formações diocesanas nos 3 setores: pré- ma-trimonial, pós-matrimonial e casos especiais.

A Pastoral Familiar diocesana, no próximo ano de 2016, buscará assumir as urgências do Plano da Ação Evangeliza-dora com seus objetivos e estratégias.

Algo concreto que a Pastoral irá realizar serão as forma-ções regionais. Buscaremos formar os agentes da Pastoral Familiar, e ajudar as paróquias que desejam sua implantação. Outro desafio será formar uma nova Comissão Diocesana da Pastoral Familiar, e fortalecer as representações regionais, colocando-as onde ainda não existe.

A abordagem do Plano da Ação Evangelizadora contextu-aliza a Pastoral Familiar como uma articuladora entre todas as pastorais, movimentos e associações que, de forma direta ou indireta, trabalham com as famílias da comunidade, bem como organiza ela própria iniciativas de formação, serviço e crescimento espiritual.

Diante destes projetos e desafios na evangelização das fa-mílias, confiamos a Santo Antônio todo este trabalho evan-gelizador e consagramos as famílias de nossa diocese a Sa-grada Família de Nazaré.

Pe. Dr. Carlos Eduardo de Souza RoqueAssessor Diocesano da Pastoral Familiar

Acolhei-vos uns aos outrosCaro povo de Deus, creio que para o início desta

nossa breve conversa acerca da Pastoral da Aco-lhida para a vida da Igreja, cabem umas palavras

da Beata Madre Teresa de Calcutá: “Mantenha seus olhos puros para que Jesus possa olhar através deles. Mantenha sua língua pura para que Jesus possa falar por sua boca. Man-tenha suas mãos puras para que Jesus possa trabalhar com suas mãos. Mantenha sua mente pura para que Jesus possa pensar seus pensamentos em sua mente. Mantenha seu co-ração puro para que Jesus possa amar com seu coração. Peça a Jesus para viver sua própria vida em você porque: Ele é a Verdade da humildade. Ele é a Luz da caridade. Ele é a Vida da santidade”.

Diante de tão inspiradoras palavras, penso que os mem-bros da Pastoral da Acolhida deveriam buscar pôr em práti-ca o que a Palavra de Deus nos sugere: “Acolhei- vos uns aos outros, como Cristo nos acolheu para a glória do Pai” (Ro-manos 15,7), pois como nos ensinou o Papa Emérito Ben-to XVI: “Cada um, mesmo quem se encontra afastado, traz consigo a marca de Deus e, portanto, evidentemente, tem sempre uma sede de infinito, do belo e do bom”.

Eis um desafio amplo, pois, muitas vezes, o trabalho da Pastoral da Acolhida, tem se resumido a um grupo de pes-soas que fica à porta da Igreja entregando folhetos e dizendo “Bom dia”, “Boa Tarde”, “Boa Noite” , “Jesus te ama e nós também” e levando água para as pessoas no decorrer das Ce-lebrações Litúrgicas.

Claro que o trabalho pode começar com esses pequenos gestos, mas depois a acolhida deve deitar suas raízes em to-das as pastorais e setores da comunidade onde é requerida a sua presença, pois de acordo com o ensinamento do Papa Francisco aos bispos do Brasil, percebo que temos um resu-mo do que seja a Pastoral da Acolhida para a vida da Igreja: “Quero lembrar que pastoral nada mais é que o exercício da maternidade da Igreja.

Ela gera, amamenta, faz crescer, corrige, alimenta, con-duz pela mão… Por isso, faz falta uma Igreja capaz de redes-

cobrir as entranhas maternas da misericórdia.” O Papa Francisco também nos ensinou: “Quem se apro-

xima da Igreja deve encontrar portas abertas e não fiscais da fé”, ou seja, é urgente a exigência de que as comunida-des católicas sejam comunidades acolhedoras, a tal ponto de seguir o exemplo do próprio Jesus, pois como acrescenta o Santo Padre: “Assim deve ser reconhecida a Igreja por toda a terra: como a guardiã de um Deus que bate à porta, como a recepcionista de um Deus que não fecha a porta com a des-culpa de que não somos de casa”.

Sendo assim, percebemos que acolher é aprender a não viver para si, é abrir-se na direção de alguém; não é apenas uma somatória de gestos exteriores, talvez artificialmente ar-ticulados e ensaiados. É a disposição sincera que nos torna receptivos, cordiais e afáveis, vendo nas pessoas a imagem de Deus, talvez obscurecida, mas nunca perdida, que precisa ser acolhida e cultivada.

Quando acolhemos bem a uma pessoa, fazemo-la sen-tir-se valorizada, ajudamo-la a compreender que possui um valor inestimável: o valor do Sangue de Cristo, derramado por ela. Ninguém em absoluto pode ser rejeitado ou tratado com indiferença por nós. Pelo contrário, somos chamados a ser ministros de Deus, que revelam ao mundo que Ele está sempre de braços abertos, esperando-nos até o momento em que viermos.

Deixo aqui um conselho aos membros da Pastoral da Acolhida: aprendamos a ser abertos, sempre disponíveis a Deus e aos outros, amando a cada pessoa por enxergarmos nela as marcas do Eterno, e saberemos que quem acolhe é que é acolhido, não apenas na reciprocidade de quem nos sabe reconhecer em nosso esforço, mas por Aquele que nun-ca nos deixa ao léu, pois continuamente nos olha, e nos di-rige aquele inconfundível: “Vinde a mim” (Mateus 11,28).

Caminhemos, pois existe um desafio que nos movimen-

ta a alma e quem nos disse isso, foi o nosso Bispo Dom João Bosco, no 1° Congres-so Diocesano das Famílias: “Precisamos estar centrados na misericórdia para resistir a um mundo marcado pela destruição, com muitas fa-mílias feridas em diversos aspectos. É um trabalho de-safiador, mas belo. É preciso sair a trabalho com muita esperança para que seja re-alizado na família diocesana aquilo que Deus espera de nós”.

Encerro esta conversa, com umas belas palavras do Beato Papa Paulo VI: “Para a Igreja Católica ninguém é estranho, ninguém está excluído, ninguém está lon-ge. Nós somos efetivamente uma só família humana que, na multiplicidade das suas diferenças, caminha para a unidade, valorizando a soli-dariedade e o diálogo entre os povos”.

Pe. Rodrigo Silva PereiraAssessor Diocesano da

Pastoral da Acolhida

Dom João Bosco e Padre Rodrigo durante o 4º Acolhei-vos

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“Família Diocesana, espaço deMisericórdia”

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PAPA ANO DA MISERICÓRDIA

Indulgências do Ano Santo

No Ano Santo Ex-traordinário da Misericórdia, o

Santo Padre, o Papa Fran-cisco, abre à Igreja o tesouro das indulgências, para favo-recer todos os fiéis com as abundantes riquezas da Di-vina Misericórdia. Contudo, para entendermos melhor a maravilhosa oportunidade que o Papa nos oferece, pre-cisamos compreender qual o significado das indulgências na vida cristã. Neste sentido, apresentamos, abaixo, uma entrevista com Pe. Dr. José Eduardo de Oliveira e Silva, da Paróquia São Domingos, em Osasco.

O que são as indulgên-cias?

De acordo com o Cate-cismo da Igreja Católica, são a “remissão, perante Deus, da pena temporal devida aos pecados cuja culpa já foi apagada; remissão que o fiel devidamente disposto obtém em certas e determi-nadas condições pela ação da Igreja que, enquanto dispensadora da redenção, distribui e aplica, por sua autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos” (n. 1471).

Como assim? Além de sermos perdoados depois da “confissão”, resta ainda

Amados irmãos e irmãs! A XXIV Jornada Mundial do Enfermo dá-me ocasião para me sentir par-ticularmente próximo de vós, queridas pessoas

doentes, e de quantos cuidam de vós.

Dado que a referida Jornada vai ser celebrada de maneira solene na Terra Santa, proponho que, neste ano, se medite a narração evangélica das bodas de Caná (Jo 2, 1-11), onde Je-sus realizou o primeiro milagre a pedido de sua Mãe. O tema escolhido – Confiar em Jesus misericordioso, como Maria: “Fazei o que Ele vos disser” (Jo 2, 5) – insere-se muito bem no âmbito do Jubileu Extraordinário da Misericórdia.

A doença, sobretudo se grave, põe sempre em crise a exis-tência humana e suscita interrogativos que nos atingem em profundidade. Por vezes, o primeiro momento pode ser de rebelião: Porque havia de acontecer precisamente a mim? Podemos sentir-nos desesperados, pensar que tudo está per-dido, que já nada tem sentido...

Nestas situações, a fé em Deus se, por um lado, é posta à prova, por outro, revela toda a sua força positiva; e não porque faça desaparecer a doença, a tribulação ou os inter-rogativos que daí derivam, mas porque nos dá uma chave para podermos descobrir o sentido mais profundo daquilo que estamos a viver; uma chave que nos ajuda a ver como a doença pode ser o caminho para chegar a uma proximidade mais estreita com Jesus, que caminha ao nosso lado, carre-gando a Cruz. E esta chave é nos entregue pela Mãe, Maria, perita deste caminho.

Nesta Jornada Mundial do Doente, podemos pedir a Je-sus misericordioso, pela intercessão de Maria, Mãe d’Ele e nossa, que nos conceda a todos a mesma disponibilidade ao serviço dos necessitados e, concretamente, dos nossos ir-mãos e irmãs doentes. Por vezes, este serviço pode ser can-sativo, pesado, mas tenhamos a certeza de que o Senhor não deixará de transformar o nosso esforço humano em algo de divino. Também nós podemos ser mãos, braços, corações que ajudam a Deus a realizar os seus prodígios, muitas vezes escondidos. Também nós, sãos ou doentes, podemos ofere-cer as nossas canseiras e sofrimentos como aquela água que encheu as vasilhas nas bodas de Caná e foi transformada no vinho melhor. Tanto com a ajuda discreta de quem sofre,

Mensagem para o Dia Mundial do Enfermo 2016O Dia Mundial do Enfermo é celebrado no dia 11 de fevereiro e foi instituído pelo Papa João Paulo II em 1992.

como suportando a doença, carrega-se aos ombros a cruz de cada dia e segue-se o Mestre (cf. Lc 9, 23); e, embora o encontro com o sofrimento seja sempre um mistério, Jesus ajuda-nos a desvendar o seu sentido.

Se soubermos seguir a voz d’Aquela que recomenda, a nós também, «fazei o que Ele vos disser», Jesus transformará sempre a água da nossa vida em vinho apreciado. Assim, esta Jor-nada Mundial do Doente, celebrada solenemente na Terra Santa, ajudará a tornar realidade os votos que formulei na Bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia: «Possa este Ano Jubilar, vivido na misericórdia, favorecer o encontro com [o judaísmo e o islamismo] e com as outras nobres tradições religiosas; que ele nos torne mais abertos ao diálogo, para melhor nos conhecermos e compreendermos; elimine todas as formas de fe-chamento e desprezo e expulse todas as formas de violência e discriminação» (Misericordiae Vultus, 23). Cada hospital ou casa de cura pode ser sinal visível e lugar para promover a cul-tura do encontro e da paz, onde a experiência da doença e da tribulação, bem como a ajuda profissional e fraterna contribuam para superar qualquer barreira e divisão.

A todos aqueles que estão ao serviço dos doentes e atribulados, desejo que vivam anima-dos pelo espírito de Maria, Mãe da Misericórdia. «A doçura do seu olhar nos acompanhe neste Ano Santo, para podermos todos nós redescobrir a alegria da ternura de Deus» (ibid., 24) e levá-la impressa nos nossos corações e nos nossos gestos. Confiamos à intercessão da Virgem as ânsias e tribulações, juntamente com as alegrias e consolações, dirigindo-Lhe a nossa oração para que Ela pouse sobre nós o seu olhar misericordioso, especialmente nos momentos de sofrimento, e nos torne dignos de contemplar, hoje e para sempre, o Rosto da misericórdia que é seu Filho Jesus.

Acompanho esta súplica por todos vós com a minha Bênção Apostólica.Vaticano, 15 de Setembro – Memória de Nossa Senhora das Dores – do ano 2015.

Papa Francisco

“Confiar em Jesus misericordio-so como Maria: ‘Fazei o que Ele vos disser’ (Jo 2, 5)”

alguma pena?Exatamente. Todo pecado tem duas dimensões: 1) a cul-

pa, 2) e a pena. Por exemplo, se roubássemos qualquer ob-jeto de um amigo, ele poderia nos perdoar da culpa, mas ainda deveríamos reparar o erro cometido mediante uma pena: devolver o objeto roubado, restituindo, ademais, algu-ma perda eventual que tive ocorrido pela ausência deste ob-jeto. Do mesmo modo, quando nos confessamos de algum pecado grave, o sacerdote absolve a culpa e a pena eterna devida por ela, mas restam ainda algumas penas temporais, que precisam ser remidas. Para isso servem as indulgências.

Caso não fossem remidas ainda nessa vida, como se-riam reparadas essas penas?

Segundo a doutrina da Igreja, no purgatório. Mas, gra-ças a Deus, podemos reparar essas penas pelas indulgências, ainda nessa vida.

Então é por isso que podemos oferecer as indulgências pelas almas do purgatório?

Sim. Mas isso não acontece de modo automático. Se ga-nharmos a indulgência, nós a podemos oferecer pelas almas em modo de sufrágio, ou seja, pedindo a Deus que aplique a esta ou aquela alma, e apenas Ele o aplica, se for de Sua vontade.

Quer dizer que, com uma só indulgência, podemos apagar todas as penas que nos levariam para o purgatório?

Depende. Existem dois tipos de indulgência: 1) a indul-gência plenária, que apaga todas as penas; 2) e a indulgência parcial, que apaga apenas uma parte. É a Igreja quem define quais atos de piedade concedem indulgência parcial ou in-dulgência plenária.

E como fazemos para ganhar uma indulgência?A Igreja requer três condições: 1) Confissão Sacramental, que pode acontecer antes ou

depois de fazermos a ação à qual está anexa a indulgência. Mas isso não basta. É preciso que não tenhamos nenhum afeto ou apego ao pecado, um arrependimento muito gran-de. Como não se trata de uma mágica, precisamos ter o co-ração muito ligado a Deus, bem arrependido. Santa Catarina

de Gênova dizia que é muito difícil ganhar uma indulgência, tão difícil quanto ir ao céu. Em outras palavras, nós nunca temos certeza se ganhamos ou não uma indulgência. Ape-nas nos arrependemos profundamente, pedindo a Deus que consigamos ganhar esta graça;

2) Comunhão Sacramental. Para cada indulgência é ne-cessário receber uma vez a Santa Comunhão.

3) Oração pela Pessoa e Intenções do Papa, que é quem abre o tesouro espiritual da Igreja e nos oferece, pelo poder das chaves de São Pedro, esta maravilhosa possibilidade. Pode ser qualquer oração; por exemplo, um Pai-nosso e uma Ave-Maria.

Para o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, o Papa Francisco concedeu alguma indulgência especial?

Sim, e esta é a importância extraordinária deste Ano. São basicamente estas as indulgências:

1) PORTA SANTA. Todos que passarem pela Porta Santa podem lucrar uma indulgência plenária, nas condições que disse acima. Em nossa Diocese, a Porta Santa está na Ca-tedral Santo Antônio. Por isso, todas as Paróquias realiza-rão peregrinações para a Catedral, e cada fiel é estimulado a peregrinar pessoalmente. Para os doentes e encarcerados, o Papa concede a possibilidade de fazerem uma “peregrinação espiritual”; elevando seu coração a Deus pela oração, podem alcançar a mesma indulgência.

2) OBRAS DE MISERICÒRDIA. Qualquer uma das 14 obras de misericórdia, durante este Ano Santo também po-dem nos conceder uma indulgência plenária.

Quais são estas 14 obras de misericórdia?De acordo com a doutrina tradicional, existem sete obras

de misericórdia corporais e sete obras de misericórdia espi-rituais, que se dividem do modo abaixo.

As obras de misericórdia corporais são:1ª Dar de comer a quem tem fome;2ª Dar de beber a quem tem sede;3ª Vestir os nus;4ª Dar pousada aos peregrinos;5ª Assistir aos enfermos;6ª Visitar os presos;7ª Enterrar os mortos.

As obras de misericórdia espirituais são:1ª Dar bom conselho;2ª Ensinar os ignorantes;3ª Corrigir os que erram;4ª Consolar os aflitos;5ª Perdoar as injúrias;6ª Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo;7ª Rogar a Deus por vivos e defuntos. Qual o melhor modo de vivermos o Ano Santo da Mi-

sericórdia?Como aprendemos do Santo Padre, o Papa Francisco,

precisamos meditar profundamente na Misericórdia Divina. Num mundo de tanta injustiça e de tanto justicismo, somen-te a Misericórdia nos pode devolver o encanto pela ternura de Deus. Francisco é o Papa da ternura!

ORAÇÃO A SÃO CAMILOGlorioso São Camilo, volvei um olhar de misericórdia sobre os que sofrem e sobre

os que os assistem. Concedei aos doentes aceitação cristã, confiança na bondade e no poder de Deus. Dai aos que cuidam dos doentes dedicação generosa e cheia de amor. Ajudai-me a entender o mistério do sofrimento, como meio de redenção e caminho

para Deus. Vossa proteção conforte os doentes e seus familiares, e os encoraje na vivência do amor. Abençoai os que se dedicam aos enfermos, e que o bom Deus

conceda paz e esperança a todos. Amém.

Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai. São Camilo, rogai por nós!

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PROGRAME-SE

Agenda Diocesana

01/02Jubileu dos Religiosos (Missa Diocesana na

Catedral Santo Antônio às 19h)

Ano da Misericórdia

04/0226º aniversário de

ordenação Episcopal de Dom Ercílio Turco

07/02Missa de Abertura – AO/

MEJ – Catedral Santo Antônio às 15h

09/02RCC – Retiro de

Carnaval – Espaço Elena Guerra

12/02Missa de abertura CF 2016 - Catedral Santo

Antônio às 20h

13/02SAV - Celebração

Vocacional/ Penitencial - Região Carapicuíba

14/02Congresso Diocesano de Catequese – Envio dos

Catequistas - Ginásio de Esportes de Cotia, das 8h

às 17h

21/02SAV – Celebração

Vocacional/ Penitencial - Região Barueri

21/02V Incendiando Cotia – Ginásio de Esportes

Cotia

23 a 25/02Formação Permanente

do Clero

27/02Missa de Abertura dos Trabalhos da Pastoral Acolhida – 9h Local a

definir

04 a 05/0324 horas para o Senhor:

Atendimento de Confissões nas Regiões

06/03SAV – Celebração

Vocacional/ Penitencial - Região Bonfim

Coleta da Solidariedade - Gesto Concreto da CF 2016

A Coleta Nacional da Solidariedade, criada em 1998 na 36ª Assembleia Geral da CNBB, é o ges-to concreto da Campanha da Fraternidade (CF)

realizado em todas as dioceses, paróquias e comunidades durante o Domingo de Ramos, dia em que os cristãos fa-zem memória da entrada de Jesus em Jerusalém.

Os recursos arrecadados constituem os Fundos Nacio-nal e Diocesano de Solidariedade, sendo que 60% da coleta permanecem na diocese de origem, constituindo o Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS) e 40% são destinados para o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS). O FNS e os FDS nasceram a partir da reflexão e da constatação das di-ficuldades enfrentadas pelos grupos comunitários para ob-tenção de financiamentos para seus projetos sociais locais, baseados em suas necessidades, práticas e culturas.

A CF 2016 é coordenada pelo Conselho Nacional das

Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) e segundo Romi Márcia Bencke, secretária geral do CONIC, todas as igrejas que in-tegram este conselho no período da quaresma irão assumir o tema e lema da campanha e realizarão a coleta da solida-riedade para apoiar projetos e ações voltadas para melhoria de vida das pessoas e fortalecimento de ações comunitá-rias, que têm o objetivo de promover ações de participa-ção popular e cidadania. A administração do FNS compete à Cáritas Brasileira, organismo vinculado à CNBB, que já apoiou mais de 2.700 mil projetos em todo país, benefi-ciando cerca de 100 mil pessoas.

Já em nossa diocese, o FDS é administrado por uma comissão formada pela Cáritas Diocesana, Setor de Pasto-rais Sociais e Assessoria Diocesana da Campanha da Fra-ternidade. Neste ano a Coleta Nacional da Solidariedade acontecerá no dia 20 de março em todas as comunidades de nossa diocese.

Redação BIO

ORAÇÃO OFICIAL DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA 2016Deus da vida, da justiça e do amor, Tu fizeste com ternura o nosso planeta, morada de todas as espécies e povos.

Dá-nos assumir, na força da fé e em irmandade ecumênica, a corresponsabilidade na construção de um mundo sus-tentável e justo, para todos. No seguimento de Jesus, com a Alegria do Evangelho e com a opção pelos pobres.

Amém!Fonte: CNBB

Divulgue e colabore!

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