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BioGeo10 Informativa8-digestão intracelular

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Page 1: BioGeo10 Informativa8-digestão intracelular

Ficha informativa nº 8 Página 1

Escola EB 2,3/S de Mora Ano Lectivo 2009/2010 Biologia e Geologia – 10º ano

Formação e actividade dos lisossomas

Digestão intracelular: Autofagia e Heterofagia

Os lisossomas são organitos citoplasmáticos limitados por uma membrana e que contêm no

seu interior enzimas digestivas. A sua função principal é a digestão intracelular, embora por vezes

possam participar também na digestão extracelular.

A digestão intracelular pode ser de partículas oriundas do meio extracelular – heterofagia, ou

de estruturas celulares – autofagia. Neste último caso, a célula destrói organitos que deixaram de ser

funcionais, reciclando deste modo materiais necessários à formação de novos organitos. No entanto,

por vezes o processo pode ser muito mais generalizado, podendo mesmo chegar a provocar a lise total

da célula, como acontece nas células de tecidos que são substituídos durante a metamorfose de

anfíbios (ex: regressão da cauda dos girinos).

As proteínas enzimáticas que existem no interior dos lisossomas são formadas no RER.

Posteriormente, são levadas em vesículas de transição até ao complexo de Golgi. Aí, vão passado por

todas as cisternas do dictiossoma e vão sofrendo maturação. Quando as vesículas chegam ao fim do

dictiossoma o lisossoma está formado e as enzimas estão na sua forma definitiva e pronta a actuar se

necessário.

Os lisossomas assim formados vão intervir então nos processos de heterofagia e autofagia da

célula. Vejamos então como ocorre cada um destes processos:

Heterofagia:

Existe fusão do lisossoma primário com uma vesícula endocítica, na qual estão incorporados os

metabolitos a digerir. Forma-se assim um vacúolo digestivo, onde ocorre a digestão.

Terminada a digestão, os produtos que interessam à célula passam para o citoplasma. Após

saída desses produtos, o que resta do lisossoma constitui o corpo residual, que é eliminado da célula

por exocitose.

Autofagia:

O processo de autofagia inicia-se com a formação de vacúolos autofágicos, mediante um

estímulo celular. Estes vacúolos formam-se quando uma vesícula proveniente do RER perde os

ribossomas e envolve uma porção do citoplasma que contém o organito ou parte da célula a eliminar,

formando um vacúolo autofágico com dupla membrana.

A fusão do vacúolo autofágico com um lisossoma primário dá origem a um vacúolo digestivo,

onde ocorre a digestão do organito a eliminar. Após digestão, o lisossoma constitui um corpo residual,

que é eliminado da célula por exocitose.

O esquema seguinte ilustra os processos descritos.

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Ficha informativa nº 8 Página 2

Bibliografia: Alcaravela, M. J.; Rodrigues, A.; (1996); Ciências da Terra e da Vida – 10.º ano; Plátano Editora; Lisboa; p. 235. Azevedo, C.; et al.; (1999); Biologia Celular e Molecular; 3.ª edição; LIDEL – Edições Técnicas Lda.; pp. 261-264.

Vacúolo Digestivo