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BIOLUMINÁRIA DIONEA : BIÔNICA APLICADA AO DESIGN DE LUMINÁRIA Felipe André Schwab

BIOLUMINÁRIA DIONEA BIÔNICA APLICADA AO DESIGN DE …coral.ufsm.br/design/monografiafelipe.pdf · Figura 35 - Painel semântico. Fonte: Adaptado de Designinteligente, Tolweb, Arquivodoinsolito,

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BIOLUMINÁRIA DIONEA:

BIÔNICA APLICADA AO DESIGN DE LUMINÁRIA

Felipe André Schwab

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE ARTES E LETRAS

CURSO DE DESENHO INDUSTRIAL – PROJETO DE PRODUTO

BIOLUMINÁRIA DIONEA: BIÔNICA APLICADA AO DESIGN DE LUMINÁRIA

MONOGRAFIA

Felipe André Schwab

Santa Maria, RS, Brasil 2010

BIOLUMINÁRIA DIONEA:

BIÔNICA APLICADA AO DESIGN DE LUMINÁRIA

por

Felipe André Schwab

Monografia apresentada ao Curso de Desenho Industrial,

Habilitação em Projeto de Produto,

da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS),

referente à Disciplina Trabalho de Conclusão de Curso II.

Orientador: Prof. Dr. Carlos Gustavo Hoelzel

Santa Maria, RS, Brasil

2010

FICHA CATALOGRÁFICA

Schwab, Felipe André, 1986-

Bioluminária Dionea: biônica aplicada ao design de luminária, RS: UFSM, 2010.

86p.: Il. – (Monografia de Conclusão de Curso – Desenho Industrial Projeto de

Produto, Universidade Federal de Santa Maria).

1. Biônica 2. Controle de Insetos 3. Design 4. Luminária

© 2009 Todos os direitos autorais reservados a Felipe André Schwab. A reprodução de partes ou do todo deste trabalho só poderá ser com autorização por escrito do autor. Endereço: Rua Santana, n. 911, Bairro Arroio Grande, Santa Cruz do Sul, RS, 96830-280 Fone (0xx)51 37152810/ (55) 99976869; E-mail: [email protected]

Universidade Federal de Santa Maria Centro de Artes e Letras

Curso de Desenho Industrial – Projeto de Produto

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova a Monografia

Bioluminária Dionea: biônica aplicada ao design de luminária

elaborada por

Felipe André Schwab

como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Desenho Industrial

COMISSÃO EXAMINADORA:

Carlos Gustavo Hoelzel, Dr. (Presidente/Orientador)

Ana Lúcia Oderich, Profa. (UFSM)

Ronaldo Martins Glufk, Msc. (UFSM)

Sergio Antonio Brondani, Dr. (UFSM)

Santa Maria, 08 de janeiro de 2010.

Aos meus pais que sempre me apoiaram, dando-me condições de chegar até aqui.

AGRADECIMENTOS

Aos meus pais e meus irmãos, pelo carinho

incondicional ao longo destes anos;

Ao meu orientador, nosso trabalho conjunto contribuiu

para torna meu pensamento claro;

Ao contrário do ser humano que tem curta existência

para criar, a natureza possui milhões de anos de

experiência, na criação e adequação de formas

Jaime Ramos

RESUMO

Monografia Curso de Desenho Industrial – Projeto de Produto

Universidade Federal de Santa Maria

BIOLUMINÁRIA DIONEA:

BIÔNICA APLICADA AO DESIGN DE LUMINÁRIA

AUTOR: FELIPE ANDRÉ SCHWAB ORIENTADOR: PROF. DR. CARLOS GUSTAVO HOELZEL

Data e Local da Defesa: Santa Maria, 08 de janeiro de 2010.

Este trabalho de conclusão de curso consiste em mostrar as etapas do

projeto de uma luminária que possui como função a captura de insetos que

adentram as residências. Essas etapas são norteadas por uma adaptação

metodológica entre Bombardelli e Bonsiepe, onde se insere a biônica em etapas

projetuais. O trabalho aborda a fundamentação teórica pertinente para a

compreensão do universo da pesquisa, como a biônica em abordagens analíticas,

produtos para contenção de insetos, ergonomia relacionada a iluminação, processos

de criação e materialização. Esta estratégia resultou em um produto seguro e eficaz

na contenção de insetos, através de uma solução simples e diferenciada.

Palavras-chaves: biônica, controle de insetos, design, luminária.

ABSTRACT

Monograph Course of Industrial Design – Product Design

Federal University of Santa Maria

BIOLUMINÁRIA DIONEA

BIONIC APPLIED TO THE DESIGN OF LUMINAIRE

AUTHOR: FELIPE ANDRÉ SCHWAB SUPERVISOR: PROF. DR. CARLOS GUSTAVO HOELZEL

Date and Place of the Defense: Santa Maria, January 08, 2010.

The goal of this work is to present the steps of the Project of a luminary for

trapping bugs which may enter into people residences. These steps are guided upon

a methodological adaptation, where bionics is inserted in the project analytical steps.

The work address the theoretical findings necessary for the understanding of the

research universe as well as bionics in analytical approaches, products for

containment of house bugs, ergonomics related to lighting and process of the product

development. This strategy resulted in a safe and efficient product for containment of

house bugs, through different and simple solution.

Key-words: bionics, insect control, design, luminary

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Procedimento 2, a partir de um problema de projeto são buscadas

soluções na natureza. Fonte: Adaptado de Bombardelli (1985 apud Ramos,

1993, p. 39). .......................................................................................................... 4

Figura 2 - Bionic car Mercedes-Benz. Fonte: Jalopick, 2009. ..................................... 7

Figura 3 - Planta carnívora do gênero Dionea. Fonte: Designinteligente, 2009. ...... 12

Figura 4 - Planta carnívora do gênero Drosera. Fonte: Designinteligente, 2009. ...... 13

Figura 5 - Peixe abissal do gênero Melanocetus. Fonte: Tolweb, 2009. ................... 13

Figura 6 - Tartaruga do gênero Macroclemys. Fonte: Arquivodoinsolito, 2009. ...... 13

Figura 7 - Planta carnívora, família Nepenthaceae. Fonte: Flickr, 2009. ................... 14

Figura 8 - Vaga-lume da família Fengodidae. Fonte: Macroscopies, 2009. ........... 14

Figura 9 - Planta carnívora do gênero Dionea. Fonte: Adaptado de Karnivoras,

2009. ................................................................................................................... 15

Figura 10 - Planta carnívora do gênero Drosera. Fonte: Adaptado de

Designinteligente, 2009. ..................................................................................... 15

Figura 11 - Peixe abissal do gênero Melanocetus. Fonte: Adaptado de Tolweb. 2009

............................................................................................................................ 15

Figura 12 - Tartaruga do gênero Macroclemys. Fonte: Adaptado de

Arquivodoinsolito, 2009....................................................................................... 16

Figura 13 - Planta carnívora, família Nepenthaceae. Fonte: Adaptado de Karnivoras,

2009. ................................................................................................................... 16

Figura 14 - - Vaga-lume da família Fengodidae. Fonte: Adaptado de Macroscopies,

2009. ................................................................................................................... 16

Figura 15 - Interação predador/presa. Imagens adaptadas de Karnivoras e Vicente-

Candido, 2009. ................................................................................................... 17

Figura 16 - Interação predador/presa. Imagens adaptadas de Travel-mosquito-net e

Designinteligente, 2009. ..................................................................................... 18

Figura 17 - Interação predador/presa. Imagens adaptadas de Brasilacademico e

Tolweb, 2009. ..................................................................................................... 18

Figura 18 - - Interação predador/presa. Imagens adaptadas de Arquivosdoinsolito e

Colunaumbilical, 2009......................................................................................... 19

Figura 19 - Interação predador/presa. Imagens adaptadas de Karnivoras e Vicente-

candido, 2009. .................................................................................................... 19

Figura 20 - Interação predador/presa. Imagens adaptadas de Jornallivre e

Macroscopies, 2009. ........................................................................................... 20

Figura 21 - Sistema homem/iluminação/inseto. Fonte: Arquivo pessoal ................... 20

Figura 22 - Espectro eletromagnético. Fonte: Ime.usp, 2009. ................................... 21

Figura 23 – Eliminadora elétrica de insetos. Fonte: Quebarato, 2009. ...................... 23

Figura 24 – Sugador de mosquitos. Fonte: Hsw.Uol, 2009 ....................................... 24

Figura 25 - Armadilha de mosquitos. Fonte: Ufmg, 2009. ......................................... 24

Figura 26 – Luminária mata moscas. Fonte: Quebarato, 2009 ................................. 24

Figura 27 - Raquete elética. Fonte: Todaofera.Uol, 2009.......................................... 25

Figura 28 – Repelente de mosquitos. Fonte: Quebarato, 2009. ................................ 25

Figura 29 - Loção antimosquito. Fonte: Farmadelivery, 2009. .................................. 25

Figura 30 - Aerossol multinseticida. Fonte: Mercantilfonseca, 2009. ........................ 26

Figura 31 - Tela para mosquitos. Fonte: Classificados, 2009. ................................... 26

Figura 32 - Variações do rendimento e da fadiga em função do nível de

iluminamento. Fonte: Hopkinsone Collins (1970 apud Iida, 1990, p. 254). ......... 30

Figura 33 - Exemplificação de diferentes níveis de contrastes. Fonte: Grandjean,

1998, p.227. ........................................................................................................ 33

Figura 34 - Efeitos do ofuscamento. Fonte: Lukiesh e Moss (1970 apud Iida, 1990, p.

257)..................................................................................................................... 34

Figura 35 - Painel semântico. Fonte: Adaptado de Designinteligente, Tolweb,

Arquivodoinsolito, Karnivoras e Macroscopies, 2009.......................................... 38

Figura 36 - Geração de alternativas, folha 1. Fonte: Arquivo pessoal. ...................... 39

Figura 37 - Geração de alternativas, folha 2. Fonte: Arquivo pessoal. ...................... 39

Figura 38 - Geração de alternativas, folha 3. Fonte: Arquivo pessoal. ...................... 40

Figura 39 - Geração de alternativas, folha 4. Fonte: Arquivo pessoal. ...................... 40

Figura 40 - Geração de alternativas, folha 5. Fonte: Arquivo pessoal. ...................... 41

Figura 41 - Geração de alternativas, folha 6. Fonte: Arquivo pessoal. ...................... 41

Figura 42 - Geração de alternativas, folha 7. Fonte: Arquivo pessoal. ...................... 42

Figura 43 - Análise morfológica da alternativa selecionada, folha 1. Fonte: Arquivo

pessoal. .............................................................................................................. 43

Figura 44 - Análise morfológica da alternativa selecionada, folha 2. Fonte: Arquivo

pessoal. .............................................................................................................. 43

Figura 45 - Análise forma/função da alternativa selecionada. Fonte: Arquivo pessoal.

............................................................................................................................ 44

Figura 46 - Modelo virtual da luminária. Fonte: Arquivo pessoal. .............................. 45

Figura 47 - Modelo volumétrico 1. Fonte: Arquivo pessoal........................................ 45

Figura 48 - Modelo volumétrico 2. Fonte: Arquivo pessoal........................................ 46

Figura 49 - Modelo volumétrico 3.Fonte: Arquivo pessoal......................................... 46

Figura 50 - Modelo em teste funcional 1. Fonte: Arquivo pessoal. ............................ 46

Figura 51 - Modelo em teste funcional 2. Fonte: Arquivo pessoal. ............................ 47

Figura 52 - Planta carnívora do gênero Dionea. Fonte: Karnivoras, 2009................. 51

Figura 53 - Planta carnívora do gênero Drosera. Fonte: Designinteligente, 2009. .... 51

Figura 54 - Peixe abissal do gênero Melanocetus. Fonte: Tolweb, 2009. ................. 52

Figura 55 - Tartaruga do gênero Macroclemys. Fonte: Arquivodoinsolito, 2009. ...... 52

Figura 56 - Planta carnívora, família Nepenthaceae. Fonte: Karnivoras, 2009. ........ 52

Figura 57 - Vaga-lume da família Fengodidae Fonte: Macroscopies, 2009. ............. 53

Figura 58 - Rendering manual, estudo dos aspectos cromáticos. Fonte: Arquivo

pessoal. .............................................................................................................. 54

Figura 59 - Função de transformação do diferencial semântico ................................ 56

Figura 60 – Bioluminária Dionea e vistas .................................................................. 60

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Tempo estipulado para a realização das etapas ....................................... 5

Quadro 2 - Biônica com enfoque morfológico ........................................................... 12

Quadro 3 - Biônica com enfoque estrutural ............................................................... 15

Quadro 4 - Produtos que buscam o controle de insetos............................................ 23

Quadro 5 - Níveis recomendados de iluminamento .................................................. 30

Quadro 6 - Valor deve ser ......................................................................................... 37

Quadro 7 - Modelo volumétrico ................................................................................. 45

Quadro 8 – Padrão cromático ................................................................................... 51

Quadro 9 - Valor ser .................................................................................................. 55

LISTA DE REDUÇÕES

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ABS Acrylonitrile Butadiene Styrene (Copolímero de Acrilonitrila, Butadieno e Estireno)

DM Desvio Médio

LED Light Emissor Diod (Diodo Emissor de Luz)

MDF Medium Density Fibreboard (Placa de Fibra de Madeira de Média Densidade)

MDS Média do Valor Deve Ser

MS Média do Valor Ser

N Número de Conceitos Opostos

NBR Norma Brasileira

PP Polipropileno

UFSM Universidade Federal de Santa Maria

SUMÁRIO

Resumo ..................................................................................................................... vii

Abstract .....................................................................................................................viii

Lista de Figuras .......................................................................................................... ix

Lista de Quadros ....................................................................................................... xii

Lista de Reduções .....................................................................................................xiii

Sumário .................................................................................................................... xiv

Capítulo 1 .................................................................................................................... 1

Introdução ................................................................................................................... 1

1.1. Objetivo Geral.................................................................................................... 1

1.2. Objetivos Específicos ........................................................................................ 1

1.3. Justificativa ........................................................................................................ 2

1.4. Problematização ................................................................................................ 2

1.5. Público Alvo ....................................................................................................... 3

1.6. Metodologia ....................................................................................................... 3

Capítulo 2 .................................................................................................................... 6

Biônica Aplicada ao Design ......................................................................................... 6

2.1. Biônica Inserida no Processo Criativo do Designer ........................................... 6

2.2. Biônica Aplicada a Análise Funcional, Morfológica e Estrutural ........................ 8

2.2.1 Biônica com Enfoque Funcional .................................................................. 9

2.2.2 Biônica com Enfoque Morfológico ............................................................. 11

2.2.3 Biônica com Enfoque Estrutural ................................................................ 14

2.3. Inter-relação das Análises na Interação Predador/Presa ................................ 17

2.4. Análise do Sistema Homem/Iluminação/Inseto ............................................... 20

Capítulo 3 .................................................................................................................. 23

Análise Mercadológica .............................................................................................. 23

3.1. Análise Sincrônica, Produtos que Buscam o Controle de Insetos ................... 23

3.2. Fontes de Luz Artificial de Uso Difundido no Mercado .................................... 26

3.2.1 Fonte de Luz Artificial Selecionada ........................................................... 28

Capítulo 4 .................................................................................................................. 29

Efeitos Fisiológicos da Iluminação ............................................................................ 29

4.1. Quantidade de Luz .......................................................................................... 29

4.2. Tempo de Exposição ....................................................................................... 31

4.3. Contraste entre Figura e Fundo ....................................................................... 32

4.4. A Luz como Fonte de Ofuscamento e fadiga Visual ........................................ 33

Capítulo 5 .................................................................................................................. 36

Criação e Materialização ........................................................................................... 36

5.1. Diferencial Semântico, Primeira Etapa ............................................................ 36

5.2. Painel Semântico ............................................................................................. 38

5.3. Geração de Alternativas .................................................................................. 39

5.3.1 Seleção Entre as Alternativas ................................................................... 42

5.4. Análise Forma/Função da Alternativa Selecionada ......................................... 44

5.4.1 Análise da Forma/Função em Modelo Volumétrico................................... 45

5.5. Análise dos Possíveis Materiais para o Desenvolvimento do Projeto ............. 47

5.5.1 Materiais Selecionados para o Desenvolvimento do Projeto .................... 50

5.6. Estudo Cromático da Alternativa Selecionada................................................. 51

5.7. Diferencial Semântico, Segunda Etapa ........................................................... 54

5.8. Desenho Técnico ............................................................................................. 56

5.9. Bioluminária dionea ......................................................................................... 60

Capítulo 6 .................................................................................................................. 61

Considerações Finais ................................................................................................ 61

Referências Bibliográficas ......................................................................................... 62

Bibliografia ................................................................................................................. 65

Capítulo 1

INTRODUÇÃO

Este trabalho de conclusão de curso mostra as etapas do projeto de uma

luminária que possui como função a captura de insetos que adentram as residências

atraídos pela luz. Passando por diversas abordagens analíticas, esse está

fundamentado principalmente com inserção da biônica que proporciona uma gama

de possibilidades ao processo projetual na busca do produto almejado. Pois o

estudo dos organismos naturais com o intuito criativo para aplicações a produtos é

de grande relevância, devido a esses serem o resultado de milhões de anos

evolutivos. Seguindo essa linha de pesquisa espera se desenvolver um produto

seguro e eficaz na contenção de insetos, através de uma solução simples e

diferenciada.

1.1. OBJETIVO GERAL

Pesquisar e aplicar biônica no contexto do design voltado para

projeto de luminária e suas possíveis funções, buscando o

desenvolvimento de um produto seguro e que ofereça uma solução

eficiente para o controle de insetos que adentram às residências ao

anoitecer.

1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Pesquisar e aplicar conhecimentos referentes à biônica ao design

de luminária;

2

Pesquisar a relação homem/iluminação/inseto;

Estudar brevemente os efeitos fisiológicos da iluminação;

Analisar produtos encontrados atualmente no mercado que buscam

o controle de insetos;

Apresentar o processo, bem como resultados do design de

luminária em forma de monografia;

1.3. JUSTIFICATIVA

Este projeto permite ampliar o uso da biônica no design de produto de

forma estética e funcional. Tal aplicação permite a ainda na graduação, uma melhor

compreensão desta abordagem mais complexa. A relação homem/iluminação/inseto,

inseto e meio ambiente e compartilhamento do mesmo ecossistema é uma

abordagem que provavelmente não esteja inserida na maioria dos desenhos de

luminárias disponíveis no mercado.

Neste sentido, tais relações foram a base para o estudo e projeto que

visou uma eficiência funcional e simbólica com vistas a originalidade e segurança

para o usuário. Assim este projeto pode tanto esclarecer o uso de uma metodologia

de auxílio ao design, como a biônica, quanto permitir uma experiência de projeto

mais inovadora ainda no nível de graduação.

1.4. PROBLEMATIZAÇÃO

“Insetos obrigam população de Caicó a viver no escuro. Uma praga de

pequenos voadores entra nas casas todas às noites atraídos pela luz.” (DNONLINE,

2009).

Chega à noite e os moradores do Bairro Santa Cruz, região oeste de

Cascavel, fecham janelas e portas. A precaução não se dá por ladrões, não.

Eles temem a invasão de outra espécie: os insetos. Mesmo com as frestas

fechadas, as casas são tomadas por insetos atraídos pelas lâmpadas

(JHOJE, 2008).

3

Em maior ou menor escala essa é uma situação que engloba grande

parte das residências, nas mais diversas localidades, obrigando a convivência

indesejada das pessoas com os mais diversos insetos que adentram as residências

ao anoitecer. A ocorrência de insetos é agravada pelo uso difundido de lâmpadas

fluorescentes, que por grande parte de sua emissão ultravioleta atraem esses

animais. Buscando atenuar esse problema encontramos alguns produtos no

mercado, que variam quanto a sua abordagem, desde telas de proteção, armadilhas

a poderosos inseticidas. Apesar disso uma solução definitiva na relação

homem/residência sem insetos, apresentada pelos produtos disponíveis no mercado

ainda deixa a desejar. Por isso se fazem necessárias pesquisas na busca por novos

métodos, soluções e ou aplicações de produtos que sejam eficazes e que ao mesmo

tempo não agridam a saúde humana.

1.5. PÚBLICO ALVO

Pessoas que, principalmente em épocas de calor, tem suas residências

invadidas por diferentes espécies de insetos que são atraídos pela luz.

1.6. METODOLOGIA

Adaptada no que Bombardelli (1985 apud Ramos, 1993, p. 39) define

como Procedimento 2 para o uso da Biônica em projetos (Figura 1), no qual o

problema define a pesquisa. Essa terá a biônica inserida em diversas etapas

analíticas do projeto, análogo à metodologias contidas em Bonsiepe (1984, p. 35).

Tendo as abordagens desses autores como referência para nortear o processo

metodológico de desenvolvimento do projeto, esse será dividido em quatro etapas.

4

Figura 1 - Procedimento 2, a partir de um problema de projeto são buscadas soluções na natureza.

Fonte: Adaptado de Bombardelli (1985 apud Ramos, 1993, p. 39).

ETAPA 1. CONTEXTUALIZAÇÃO:

Objetivo geral;

Objetivos específicos;

Justificativa;

Problematização;

Público alvo

Processo metodológico para o desenvolvimento do projeto

ETAPA 2. LISTA DE VERIFICAÇÃO:

Biônica:

Biônica;

Biônica inserida no processo criativo do designer;

Biônica aplicada à análise funcional, morfológica e estrutural;

Inter-relação das análises, funcional, morfológica e estrutural na

interação predador/presa;

Análise do sistema homem/iluminação/inseto;

Mercadológico:

Análise sincrônica, produtos que buscam o controle de insetos;

Fontes de luz artificial de uso difundido no mercado;

Seleção da fonte de luz artificial;

Efeitos fisiológicos da iluminação;

Fisiologia:

Quantidade de luz;

Tempo de exposição;

Contraste entre figura e fundo;

5

A luz como fonte de ofuscamento;

ETAPA 3. CONCEITUALIZAÇÃO E MATERIALIZAÇÃO

Diferencial semântico;

Painel semântico;

Geração de alternativas;

Seleção entre as alternativas;

Análise forma/função da alternativa selecionada;

Análise forma/função em modelo volumétrico;

Análise dos possíveis materiais para o desenvolvimento do projeto;

Materiais selecionados para o desenvolvimento do projeto;

Estudo cromático da alternativa selecionada;

Desenho técnico;

Projeto concluído;

ETAPA 4. DOCUMENTAÇÃO:

Documentação e apresentação de resultados;

Fechamento do documento da monografia;

Quadro 1 - Tempo estipulado para a realização das etapas

Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Etapa 1

Etapa 2

Etapa 3

Etapa 4

Fonte: Arquivo pessoal

Capítulo 2

BIÔNICA APLICADA AO DESIGN

Todo e qualquer organismo adaptado à vida terrestre é resultado de um

processo de evolução e seleção natural às condições impostas pelo meio. A

natureza há mais de três bilhões de anos coloca a prova os organismos e os meios

que esses desenvolvem para tentar sobreviver. Enquanto aqueles que possuem

características de funcionalidade e eficiência mais adaptadas sobrevivem, os que

não possuem padecem. Esse é um processo constante que exige dos seres vivos

uma adaptação contínua.

Direta ou indiretamente o ser humano ao longo da história busca na

natureza soluções para seus problemas, tendo nessa uma fonte de inspiração.

Porém o termo Biônica, que na etimologia é dada pela junção das palavras biologia

e eletrônica, é mais recente, foi conceituado pelo major Jack E. Steele, na década

de 60, como, segundo Gerardin (1968 apud Ramos, 1993, p. 13) “A ciência dos

sistemas cujo funcionamento foi copiado de sistemas naturais ou que apresentam

características específicas de sistemas naturais ou ainda que lhes sejam análogos.”

2.1. BIÔNICA INSERIDA NO PROCESSO CRIATIVO DO DESIGNER

A profissão do designer exige, entre outras qualidades, acima de tudo a

criatividade para solucionar problemas. Para isso o profissional ou a equipe de

profissionais, conta com algumas técnicas e ferramentas, como o brainstorming

(tempestade cerebral), método 635 entre outras, que incentivam o comportamento

criativo. Entre essas técnicas podemos encontrar a inspiração na biônica, uma fonte

7

muito interessante de informações na qual podem ser encontradas novas

alternativas, e interpretações aos princípios naturais para a solução de problemas.

Na área do Design conceituações mais atuais definem biônica, segundo

Broeck (1989 apud Ramos, 1993, p. 13) como o estudo dos sistemas e organizações

naturais que visam analisar e recuperar soluções funcionais, estruturais e formais

para aplicá-las à resolução de problemas humanos através da geração de

tecnologias e concepção de objetos e sistemas de objetos.

Cabe ressaltar que o estudo dos organismos naturais no que abrange

formas, estruturas e mecanismos, com o intuito criativo para aplicações a produtos é

de grande relevância, devido a esses serem o resultado de milhões de anos

evolutivos.

“Ao contrário do ser humano que tem uma curta existência para criar, a

natureza possui milhões de anos de experiência, na criação e adequação de

formas.” (RAMOS, 1993, p. 1).

Como as características naturais sempre estiveram presentes ao longo da

humanidade, no ambiente em que o ser humano está inserido, produtos inspirados

em formas naturais dificilmente entram em choque com a cultura visual do homem,

pois são facilmente assimiláveis. Um exemplo de biônica aplicada ao produto é o

Bionic Car, carro biônico, (Figura 2). Esse carro conceito da marca automotiva alemã

Mercedes-Benz teve como inspiração para o seu desenvolvimento, em 2005, o

peixe-cofre, espécie que possui uma estrutura óssea levíssima e uma hidrodinâmica

impressionante.

Figura 2 - Bionic car Mercedes-Benz. Fonte: Jalopick, 2009.

8

Para Ramos (1993, p. 16), a biônica estimula o desenvolvimento de

habilidades necessárias ao desenvolvimento da criatividade, tais como:

O poder de observação e a curiosidade, através da busca de novas

interpretações para os princípios naturais;

O pensamento paralelo estabelecendo relações entre o conhecimento

de diferentes áreas, tendo efeitos benéficos para a compreensão

das mesmas;

A percepção de oportunidades através da prática de ver a natureza

como fonte de inspiração para o desenvolvimento de produtos;

A flexibilidade mental através da liberação da mente para pensar de

forma não convencional, relacionando a natureza com o meio

artificial;

Apesar da grande contribuição que a biônica pode oferecer para o

desenvolvimento de projetos na área do Design, não são amplamente difundidas

pesquisas e aplicações de analogias naturais. Mesmo sendo o designer, o

profissional que lida com conceitos de forma e função, tal estudo é visto de forma

muito superficial, muitas vezes não faz parte de sua formação.

2.2. BIÔNICA APLICADA A ANÁLISE FUNCIONAL, MORFOLÓGICA E ESTRUTURAL

A atuação da biônica quanto à análise funcional, morfológica e estrutural

decorre da inter-relação entre esses três pontos de estudo, são complementares, por

isso é importante enfatizar que se faz impossível à análise isolada de um desses,

sem que se considere o conjunto. Assim ao serem analisadas questões que partem

de um desses aspectos ele não excluirá os demais, apenas possuirá um enfoque.

9

2.2.1 Biônica com Enfoque Funcional

Nesta etapa terá como enfoque os sistemas naturais de funcionamento

que sejam pertinentes para o desenvolvimento do projeto. Assim através da

compreensão desses, poderão ser analisados para que as funções mais eficientes e

adequadas possam vir a ser implantadas ao projeto.

Como funções principais, pré-estabelecidas, estão a iluminação bem

como a atração de insetos para uma armadilha. A partir desses dois focos, será

utilizada a biônica na busca por possíveis alternativas para o projeto.

FUNÇÃO ILUMINAR

Na natureza são encontrados diversos organismos capazes de produzir e

emitir luz própria através de uma reação química onde a energia química é

convertida em energia luminosa, o que é conhecido como bioluminescência. Essa

característica é usada para as mais diversas finalidades, embora ainda existam

muitos seres que a ciência ainda não compreende o porquê da sua utilização.

Dentre algumas das principais finalidades conhecidas para a bioluminescência,

estão, segundo Hsw.Uol (2009):

Atração da presa: alguns peixes do gênero Melanocetus que habitam

as fossas oceânicas, utilizam uma isca luminescente para atrair

possíveis presas;

Auto-defesa: quando ameaçados, alguns animais liberam um jato de

líquido bioluminescente, semelhante à forma como a lula se

defende com uma névoa de tinta. Outros utilizam uma luz brilhante

para cegarem os predadores;

Camuflagem: nas partes mais escuras do oceano, é difícil conseguir

ver qualquer coisa abaixo de você, mas é fácil enxergar o contorno

do que está acima. Por esse motivo, algumas espécies produzem

pontos luminosos em suas partes inferiores, que deixa seu contorno

turvo e permite que elas se misturem com a luz que vem da

superfície;

Comunicação: os vaga-lumes piscam um para o outro seguindo um

padrão específico das espécies, geralmente, para encontrar um

parceiro;

10

Disfarce: o tubarão charuto possui uma parte de baixo apagada, que

se assemelha a um peixe menor quando vista de baixo. Quando um

grande predador se aproxima, o tubarão pode tirar um grande

pedaço e, então, fugir. Isso permite que o tubarão charuto mate

animais maiores e mais fortes do que ele;

Localização de alimento: nas profundezas crepusculares do oceano,

algumas espécies de peixes usam sua luz como uma espécie de

lanterna para localizarem a presa;

Tendo levantas tais funções em que a bioluminescência é empregada na

natureza, foi constatado que em muitos casos ela funciona como uma espécie de

atrativo, uma armadilha para possíveis presas. Assim fica quase que evidente que

uma luminária que possua a função de abater insetos, faça uso da própria luz para

atraí-los. Porém muitos organismos utilizam outros meios para atrair suas presas,

sendo esse um forte argumento para que haja uma analise das diversas

possibilidades atrativas.

FUNÇÃO ATRAIR

Na natureza diversos organismos adaptaram as mais variadas formas

para a atraírem outros organismos possuindo diversas finalidades, dentre as

principais estão à reprodução e a alimentação.

Dividida em quatro grupos distintos estão alguns dos principais métodos

de atração utilizados.

Luz: A atração pela luz é conhecida como fototaxia positiva, assim chamado o

movimento automático de um organismo em direção a luz. Segundo Hsw.Uol

(2009), o motivo dessa atração que alguns insetos sofrem, a exemplo de

mariposas, ainda não possui uma explicação definitiva, somente suposições.

Supõe-se que as mariposas tendem a voar para luz tendo essa como uma

rota de escape, o inseto relaciona a luz artificial com a lua, assim no caso de

perigo seria mais vantajoso voar para cima em direção a luz, do que para

baixo na direção da escuridão.

11

Néctar, seivas tipo xarope: Segundo Hsw.Uol (2009), a secreção desses

líquidos com odores e cores intensas atrai diversas espécies de insetos que

utilizam o néctar como fonte de água e carboidratos. Algumas plantas utilizam

a secreção para atrair o inseto para uma armadilha, outros para que o inseto

ao inalar o líquido carregue o pólen para outras flores, efetuando a

polinização. Também há casos, em que o néctar é produzido para atrair

formigas que atacam qualquer outro animal que se aproxime da planta,

protegendo-a contra possíveis predadores.

Iscas: Cores intensas, formas ludibriantes, utilização da luz e do movimento,

esses geralmente são os aspectos que compõem muitas das iscas utilizadas

por animais para atrair outros. Diferentemente do primeiro tópico, onde a luz

por si só era o atrativo aqui ela faz parte de um dos fatores que buscam

ludibriar a vítima. A exemplo dessa técnica encontram-se alguns peixes do

gênero Melanocetus, segundo Ambientebrasil (2009), bem como algumas

tartarugas do gênero Macroclemys.

Feromônios: Substâncias químicas secretadas por espécies de animais, que

atuam na comunicação intra-específica. Segundo Qmc (2009) podem ser

divididos em feromônios sexuais (atração de macho e fêmea), os feromônios

de alarme (produzem estado de alerta pela aproximação de algum predador

natural) e os feromônios de trilha e oviposição (demarcam, respectivamente, o

caminho até uma fonte de alimentos e o local onde os ovos foram

depositados).

2.2.2 Biônica com Enfoque Morfológico

Quanto à morfologia, foca-se o estudo em algumas formas desenvolvidas

por organismos que possuem como função à atração com finalidade de captura.

Seguindo o princípio empregado na natureza onde a forma segue a função, através

12

da compreensão forma/função poderão ser analisadas as morfologias mais

eficientes e adequadas que possam vir a ser implantadas ao projeto.

Quadro 2 - Biônica com enfoque morfológico

Figura 3 - Planta carnívora do gênero Dionea.

Fonte: Designinteligente, 2009.

Planta carnívora do gênero Dionea, possui sistema

de captura em com formato semelhante a uma

mandíbula, que funciona como uma ratoeira para as

presas que são atraídas através da cor vermelha bem

como o néctar produzido pela planta.

13

Figura 4 - Planta carnívora do gênero Drosera.

Fonte: Designinteligente, 2009.

Planta carnívora do gênero Drosera, possui várias

folhas em forma de tentáculos, sendo esse seu

sistema de captura, para qual as pressas são

atraídas através de gotículas que a planta secreta,

sendo ali grudadas e digeridas.

Figura 5 - Peixe abissal do gênero Melanocetus.

Fonte: Tolweb, 2009.

Peixe abissal do gênero Melanocetus, possui um

sistema em forma de haste que emite luz com a

função de atrair suas presas para perto de sua

mandíbula para capturá-las. Também conta com um

corpo que morfologicamente se assemelha a um

bolha, proporcionando a ele uma boa hidrodinâmica

para a captura.

Figura 6 - Tartaruga do gênero Macroclemys.

Fonte: Arquivodoinsolito, 2009.

Tartaruga do gênero Macroclemys, possui como

sistema de captura sua língua que imita a forma de

um verme que através de seu movimento atrai as

presas para as sua mandíbula.

14

Figura 7 - Planta carnívora, família Nepenthaceae.

Fonte: Flickr, 2009.

Planta carnívora da família Nepenthaceae, dispõe de

um sistema de captura em formato semelhante a um

jarro, para qual as presas são atraídas através do

néctar produzido na região próxima a borda, onde

acabam caindo no sulco digestivo produzido pela

planta.

Figura 8 - Vaga-lume da família Fengodidae.

Fonte: Macroscopies, 2009.

Vaga-lume da família Fengodidae, possui o aspecto

formal de uma larva, emite sinais luminosos

específicos nos segmentos finais de seu corpo

também para atrair suas presas, que são capturadas

por sua mandíbula.

Fonte: Arquivo pessoal

2.2.3 Biônica com Enfoque Estrutural

Definido alguns organismos relevantes para o estudo formal, através do

estudo de funções relevantes ao projeto, analisa-se as estruturas que compõem os

sistemas desenvolvidos por eles para atrair e capturar presas.

15

Quadro 3 - Biônica com enfoque estrutural

Figura 9 - Planta carnívora do gênero Dionea.

Fonte: Adaptado de Karnivoras, 2009.

1. Estruturas pontiagudas, evitam que presas

maiores escapem quando o dispositivo é

acionado;

2. Pêsos sensitivos, acionam o dispositivo de

captura da planta;

3. Superfície avermelhada, cor intensa mais

bordas que secretam néctar atraem as presas;

4. Folha bipartida, se une quando a armadilha é

acionada;

Figura 10 - Planta carnívora do gênero Drosera.

Fonte: Adaptado de Designinteligente, 2009.

1. Pêlos, secretam substância pegajosa na qual a

presa fica grudada;

2. Substância pegajosa, manifestada na forma de

gotículas viscosas que atraem as presas;

3. Folha em forma de tentáculo, molda-se

conforme os pêlos grudam na presa;

Figura 11 - Peixe abissal do gênero Melanocetus.

Fonte: Adaptado de Tolweb. 2009

1. Haste, emite luz que junto com o movimento

atrai presas;

2. Órgãos sensoriais, utilizados para localizar

presas;

3. Boca, capaz de engolir presas com o dobro de

seu tamanho;

4. Corpo, camuflado pela escuridão;

16

Figura 12 - Tartaruga do gênero Macroclemys.

Fonte: Adaptado de Arquivodoinsolito, 2009.

1. Língua, possui forma semelhante a um verme

que combinado de movimento atrai presas;

2. Visão apurada, principal estrutura utilizada

para localizar presas;

3. Bico cortante, mandíbula poderosa;

4. Pele, textura e deposição de algas fornecem

camuflagem;

Figura 13 - Planta carnívora, família Nepenthaceae.

Fonte: Adaptado de Karnivoras, 2009.

1. Haste, sustenta a estrutura em forma de jarro;

2. Tampa, protege contra a entrada excessiva de

água na estrutura;

3. Borda, cor intensa e néctar secretado por

glândulas atrai presas, sendo extremamente

lisa para que as presas escorreguem estrutura

adentro;

4. Estrutura contém suco digestivo em seu

interior, além de pêlos direcionados para baixo

presos a parede evitando que as presas

escapem;

Figura 14 - - Vaga-lume da família Fengodidae.

Fonte: Adaptado de Macroscopies, 2009.

1. Receptores sensoriais, utilizados para localizar

presas;

2. Órgãos bioluminescentes, emitem luz também

para atrair presas;

3. Corpo, possui aspecto larval, característico

dos vaga-lumes da família Fegondidae;

Fonte: Arquivo pessoal

17

2.3. INTER-RELAÇÃO DAS ANÁLISES NA INTERAÇÃO PREDADOR/PRESA

Com o levantamento das análises funcionais, morfológicas e estruturais,

dos organismos relevantes para a pesquisa, pode-se perceber a forma de interação

entre presa e predador conforme modelos desenvolvidos pelo autor abaixo:

Figura 15 - Interação predador/presa. Imagens adaptadas de Karnivoras e Vicente-Candido, 2009.

18

Figura 16 - Interação predador/presa. Imagens adaptadas de Travel-mosquito-net e Designinteligente, 2009.

Figura 17 - Interação predador/presa. Imagens adaptadas de Brasilacademico e Tolweb, 2009.

19

Figura 18 - - Interação predador/presa. Imagens adaptadas de Arquivosdoinsolito e Colunaumbilical,

2009.

Figura 19 - Interação predador/presa. Imagens adaptadas de Karnivoras e Vicente-candido, 2009.

20

Figura 20 - Interação predador/presa. Imagens adaptadas de Jornallivre e Macroscopies, 2009.

2.4. ANÁLISE DO SISTEMA HOMEM/ILUMINAÇÃO/INSETO

A análise de aspectos fundamentais que tangenciam a relação

homem/iluminação/inseto é de fundamental importância, uma vez que o projeto a ser

desenvolvido transita na relação entre esses três pontos. A iluminação será tomada

como ponto de intermédio, assim homem e inseto serão analisados através da

percepção que eles possuem e pela influência da luz sobre eles (Figura 21).

Figura 21 - Sistema homem/iluminação/inseto. Fonte: Arquivo pessoal

21

O que definimos como luz visível, trata-se de uma pequena porção do

espectro eletromagnético (Figura 22), que possui o comprimento de onda entre 400

e 700 nanômetros. Sendo assim definida, por nessa faixa estar compreendida a

capacidade perceptiva referente ao ser humano. As variações quanto ao

comprimento de onda e freqüência da radiação eletromagnética permite a percepção

de cores, que varia entre as diversas espécies de seres vivos. Porém essa

percepção da luz em diferentes cores trata-se de uma manifestação eletroquímica

do sistema sensorial, não sendo uma propriedade da luz.

Figura 22 - Espectro eletromagnético. Fonte: Ime.usp, 2009.

Enquanto que o ser humano é sensível a faixa de luz denominada luz

visível, o que lhe permite a percepção das cores que compõem o arco-íris, os

insetos em geral possuem a capacidade perceptiva mais aguçada na faixa

correspondente a luz ultravioleta. Na faixa correspondente a luz visível, a

capacidade de percepção dos insetos, em grande parte, diminui com o aumento no

comprimento de onda. Ou seja, em direção a faixa correspondente ao espectro de

luz infravermelho a capacidade perceptiva de cores, na maioria, dos insetos tende a

diminuir. Essas diferentes percepções da luz em forma de cor entre os dois grupos

fazem com que a luz influencie ambos de maneiras distintas.

22

No ser humano as diversas sensações da luz são determinadas por

fatores culturais, psicológicos que divergem através da experiência individual. Logo é

incorreto estipular significados as sensações que a luz proporciona através das

diferentes cores a nível geral. Pois se faz necessário à interpretação desses dentro

do conjunto de fatores em que o ser humano está inserido, seja ele de forma mais

ampla, culturalmente, ou de maneira mais específica dentro da psicologia e da

experiência individual.

Dentre as principais ordens de insetos no qual estão inseridos grande

parte dos que invadem as residências atraídos pela luz estão a Coleoptera

composta por besouros, a Diptera por moscas, mosquitos, pernilongos, borrachudos

e a Lepidoptera por borboletas e mariposas. Entre essas diversas ordens de insetos

as sensações também não ocorrem dentro de um padrão específico a todos. Porém

nota-se que grande parte da influência da luz no comportamento desses animais

ocorre através de assimilações estabelecidas com o meio natural. A exemplo citado

anteriormente no qual diversos insetos fazem uso da luz da lua como um meio para

orientarem-se. Assim à noite assimilariam diversas radiações luminosas, a exemplo

de luminárias, com a sua rota de orientação, voando em direção a essa. Outro

exemplo ocorre na ralação que os insetos possuem com diversas plantas que fazem

uso da luz ultravioleta em estruturas específicas para atraí-los. Nelas os insetos

encontram o néctar utilizado em sua alimentação, assim atração ocorre dessa vez

através da a assimilação da luz com o alimento.

O que pode ser constatado é que em ambos, tanto no ser humano como

nos insetos a iluminação exerce influência. Essa varia conforme a capacidade

perceptiva de cada, sendo também influenciada por diversos fatores que divergem

quanto as duas espécies.

Capítulo 3

ANÁLISE MERCADOLÓGICA

3.1. ANÁLISE SINCRÔNICA, PRODUTOS QUE BUSCAM O CONTROLE DE INSETOS

Quadro 4 - Produtos que buscam o controle de insetos

Figura 23 – Eliminadora elétrica de insetos. Fonte:

Quebarato, 2009.

Luminária elétrica de insetos, possui a função de

abater insetos voadores, atraíndo-os com sua luz

ultravioleta e eliminado-os através de descargas

elétricas quando esses encostam na malha elérica.

Fator negativo: o uso de eletricidade para matar

insetos, segundo Urban e Bruce (200? apud Hsw.

Uol, 2009), contamina o ar com bactérias e partículas

de vírus provenientes dos insetos eletrocutados.

24

Figura 24 – Sugador de mosquitos. Fonte: Hsw.Uol,

2009

Sugador de mosquitos, utiliza vacúo, sugando

mosquitos para um saco, onde eles desidratam e

morrem. Os insetos são atraídos através de um

sistema que emite atrativos químicos específicos a

determinadas espécies de mosquitos.

Fator negativo: os atrativos químicos são específicos,

portanto só elimina uma espécie determinada de

mosquito, e seu preço é alto, variando de $319,99 a

$798,85, dependendo do modelo.

Figura 25 - Armadilha de mosquitos. Fonte: Ufmg,

2009.

Armadilha de mosquitos, vaso preto com água ao

fundo imita o criadouro do mosquito. Nele, é

depositado uma substância, fabricado em forma de

pastilhas, que liberam um odor que atrai o mosquito

da dengue. Ao entrar na armadilha, o inseto fica

preso a um cartão adesivo, colocado na parede do

vaso.

Fator negativo: os atrativos químicos são específicos,

portanto só elimina uma espécie determinada de

mosquito.

Figura 26 – Luminária mata moscas. Fonte:

Quebarato, 2009

Luminária mata moscas, emite uma luz ultravioleta

que atrai insetos voadores. No interior do aparelho

eles são capturados por uma placa com adesivo

viscoso.

Fator negativo: permite a visualização dos insetos

grudados na placa adesiva quando em uso, além da

necessidade da compra de refis da placa.

25

Figura 27 - Raquete elética. Fonte: Todaofera.Uol,

2009.

Raquete elétrica, mata insetos através de descarga

elétrica ao golpeá-los.

Fator negativo: o uso de eletricidade para matar

insetos, segundo Urban e Bruce (200? apud Hsw.

Uol, 2009), contamina o ar com bactérias e partículas

de vírus provenientes dos insetos eletrocutados.

Também necessita que o usuário despenda tempo

para usá-la.

Figura 28 – Repelente de mosquitos. Fonte:

Quebarato, 2009.

Repelente de mosquitos, quando o aparelho aquece,

o inseticida da pastilha é liberado repelindo os

mosquitos.

Fator negativo, o uso dos piretróides: segundo Areas

(2007), como inseticida pode exercer efeitos neuro e

cardiotóxicos.

Figura 29 - Loção antimosquito. Fonte:

Farmadelivery, 2009.

Loção antimosquito, bloqueia os receptores olfativos

do mosquito, através de substâncias químicas,

dificultando a percepção dos insetos em relação às

pessoas.

Fator negativo: segundo Babycenter (2009), as

substâncias podem ser absorvidas e provocar

reações tóxicas. També possue como inconveniente

a necessidade de aplicação.

26

Figura 30 - Aerossol multinseticida. Fonte:

Mercantilfonseca, 2009.

Aerossol multinseticida, dispõe de compostos

sintéticos os piretróides, de alta atividade pesticida.

Fator negativo: o uso dos piretróides, segundo Areas

(2007), como inseticida pode exercer efeitos neuro e

cardiotóxicos.

Figura 31 - Tela para mosquitos. Fonte:

Classificados, 2009.

Tela para Mosquitos, dispostas em portas e janelas,

bloqueiam a entrada de diversas espécies de insetos.

Fator negativo: é complicado formar uma barreira

para entrada de insetos utilizando apenas telas

protetoras, esses adentraram em momentos

propícios como o entra e sai das pessoas pelas

portas ou em locais sem telas como frestas.

Fonte: Arquivo pessoal

3.2. FONTES DE LUZ ARTIFICIAL DE USO DIFUNDIDO NO MERCADO

LÂMPADA INCANDESCENTE

As lâmpadas incandescentes possuem bulbo de vidro, em cujo interior

existe um filamento de tungstênio espiralado que é levado à incandescência pela

passagem de corrente elétrica. Sua oxidação é evitada pela presença de gás inerte

(Níquel e Argônio) ou vácuo dentro do tubo. O alto fluxo luminoso das novas

lâmpadas incandescente é obtido com filamentos de dupla espiralagem feitos de

27

tungstênio puríssimo, pois as exigências da nova norma NBR IEC 64, ao definir que

as novas lâmpadas incandescentes apresentem fluxo luminoso mais alto, obriga os

produtores a usarem essa tecnologia, que hoje constitui o ponto alto da fabricação

de incandescentes. O rendimento da lâmpada incandescente é apenas o

equivalente a 5% da energia elétrica consumida é transformado em luz, os outros

95% são transformados em calor. Sua durabilidade chega a no máximo mil horas,

pois o filamento vai se tornando mais fino devido ao aquecimento, causando a

depreciação do fluxo luminoso até o momento em que o filamento se rompe e a

lâmpada queima.

LÂMPADA FLUORESCENTE

São lâmpadas que utilizam a descarga elétrica através de um gás para

produzir energia luminosa. As lâmpadas fluorescentes tubulares consistem de um

bulbo cilíndrico de vidro onde em suas extremidades possui eletrodos metálicos de

tungstênio recobertos de óxidos que aumentam seu poder emissor, por onde circula

a corrente elétrica. Em seu interior existe vapor de mercúrio ou argônio a baixa

pressão e as paredes internas do tubo são pintadas com materiais fluorescentes

conhecidos por cristais de fósforo, este, quando excitado com radiação ultravioleta

gerada pela ionização dos gases produz luz visível. Além de serem de duas a quatro

vezes mais eficientes em relação às lâmpadas incandescentes, as fluorescentes

chegam a ter vida útil acima de dez mil horas de uso, chegando normalmente à

marca de vinte mil horas de uso, contra a durabilidade normal de mil horas das

incandescentes.

LÂMPADA LED

LED trata-se de um Diodo semicondutor (junção P-N) que quando

energizado emite luz visível. Diferentes das lâmpadas incandescentes comuns eles

não têm filamentos que se queimam e não ficam muito quentes. Além disso, eles

são iluminados somente pelo movimento de elétrons em um material semicondutor,

eficientes duram tanto quanto um transistor padrão, não possui filamentos nem

28

descarga elétrica, trabalha em baixa tensão, normalmente 10 ou 24 volts, e consome

em média 1 watt, o que proporciona extrema economia de energia. Sua vida útil é de

cerca de 100 mil horas, o que dispensa manutenção, e ainda tem a vantagem de

praticamente não emitir radiações infravermelha e ultravioleta. Com a evolução, ele

deixou de ser um marcador para se transformar em emissor de luz visível, e a cada

ano os módulos de LED estão dobrando seu fluxo luminoso.

3.2.1 Fonte de Luz Artificial Selecionada

A lâmpada florescente foi selecionada como a fonte de luz artificial a ser

aplicada ao projeto. Apesar de sua vida útil ser inferior a lâmpada LED e de possuir

um consumo maior de energia. Tal escolha deve-se ao fato dessa emitir radiações

ultravioleta, fundamentais para o projeto. Sendo que a lâmpada fluorescente ainda é

bastante econômica e possui uma vida útil elevada, quando comparada com as

lâmpadas incandescentes.

Capítulo 4

EFEITOS FISIOLÓGICOS DA

ILUMINAÇÃO

Existem diversos fatores referentes à iluminação que interferem na visão

e também na musculatura que comanda o movimento dos olhos. Porém podemos

considerar três fatores, a quantidade de luz, o tempo de exposição e o contraste

entre figura e fundo, como principais fatores controláveis a nível de projeto e por isso

de grande relevância o seu discernimento. Posteriormente a esses três pontos

analisa-se a luz como fonte de ofuscamento e fadiga visual.

4.1. QUANTIDADE DE LUZ

A quantidade de luz exerce influência direta sobre os órgãos visuais. Os

níveis de iluminamento devem ser dosados para que não sejam insuficientes ou

exagerados, em ambos os casos ocorre o fadigamento visual.

Segundo Iida (1990, p. 253), o rendimento visual tende a crescer, a partir

de 10 lux, com o logaritmo do iluminamento até cerca de 1000 lux, enquanto a fadiga

visual se reduz nessa faixa (Figura 32). A partir desse ponto, os aumentos do

iluminamento não provocam melhorias sensíveis no rendimento, e a fadiga visual

começa a aumentar. Dessa forma, recomenda-se usar 2000 lux praticamente como

o máximo. Em alguns casos excepcionais, como mesa cirúrgica, operações de

emergência, trabalhos odontológicos entre outros o nível pode exceder os 2000 lux.

30

Figura 32 - Variações do rendimento e da fadiga em função do nível de iluminamento. Fonte:

Hopkinsone Collins (1970 apud Iida, 1990, p. 254).

O quadro 5 apresenta os níveis de iluminamento recomendados para as

diversas aplicações classificadas em três tipos.

Quadro 5 - Níveis recomendados de iluminamento

Tipo Iluminamento

recomendado (lux) Exemplos de aplicação

Iluminação geral para locais de

pouco uso

20 - 50

Iluminação mínima de

corredores, almoxerifados,

zonas de estacionamento.

100 - 150

Escadas, corredores, banheiros,

zonas de circulação, depósitos,

almoxerifados.

31

Iluminação geral em locais de

trabalho

200 - 300

Iluminação mínima de serviço,

fábricas com maquinaria

pesada. Iluminação geral de

escritórios, restaurantes.

400 - 600

Trabalhos manuais médios,

oficinas em geral, montagem de

automóveis, indústria de

confecções, leitura ocasional.

1000 - 1500

Trabalhos manuais precisos,

montagem de pequenas peças,

instrumentos de precisão,

desenhos detalhados.

Iluminação localizada

1500 - 2000

Trabalhos minuciosos e muito

detalhados, manipulação de

peças pequenas e complicadas,

trabalhos de relojoaria.

Acima de 2000

Trabalhos extremamente

minuciosos, mesa de cirurgia,

operações de emergência,

trabalho odontológico

Fonte: Adaptado de Iida (1995, p. 255).

4.2. TEMPO DE EXPOSIÇÃO

O tempo de exposição para que ocorra a discriminação de um objeto

depende do tamanho, do contraste e do nível de iluminação do mesmo. Segundo

Iida o tempo de um segundo é suficiente para que haja uma boa discriminação.

Caso os objetos forem pequenos e o contraste for baixo, o tempo necessário poderá

crescer.

32

Em um experimento de laboratório, a mesma tarefa foi realizada com

diferentes níveis de iluminamento, na faixa de 10 a 2000 lux. O tempo necessário

para realizar essa tarefa, que era de noventa segundos para 10 lux, reduziu-se para

trinta e cinco quando o iluminamento passou para 200 lux. A partir desse ponto, não

foram observadas melhorias consideráveis, mesmo que o iluminamento tenha

chegado a 2000 lux. Portanto, pode-se considerar que o aumento do nível de

iluminamento, acima de certo nível crítico, é desnecessário, representando

desperdício de energia, sem um aumento correspondente na produtividade. Além

disso, como já foram observados, níveis acima de 1000 lux favorecem o

aparecimento da fadiga visual.

4.3. CONTRASTE ENTRE FIGURA E FUNDO

O contraste pode ser definido como a diferença de brilho entre a figura e

fundo. Quando esse está ausente a figura fica camuflada e não será visível. A figura

33 exemplifica alguns níveis de contraste. Quanto a esse com os conhecimentos

atuais e experiências segundo Grandjean (1998, p. 226), podem-se formular as

seguintes regras:

As luminâncias (brilhos) de todas as superfícies e objetos maiores

no campo visual devem ser preferencialmente da mesma grandeza;

Na parte média do campo visual, os contrastes das superfícies não

devem ultrapassar a relação de 3:1;

Entre a metade e a parte periférica do campo visual (ou dentro das

partes periféricas) os contrastes não devem ultrapassar a relação

de 10:1;

No local de trabalho as partes mais claras devem ficar no centro do

campo visual e externamente as superfícies mais escuras;

33

Os contrastes prejudicam mais nas partes laterais e na parte de

baixo do campo visual do que na parte de cima do mesmo;

Entre a fonte de luz e o fundo os contrastes não devem ultrapassar

uma relação de 20:1;

A maior diferença permitida entre as luminâncias em uma sala é de

40:1;

Figura 33 - Exemplificação de diferentes níveis de contrastes. Fonte: Grandjean, 1998, p.227.

4.4. A LUZ COMO FONTE DE OFUSCAMENTO E FADIGA VISUAL

Segundo Grandjean (1998, p. 229), o ofuscamento é uma perturbação

grosseira do estado de adaptação da retina que diminuem o poder da visão e,

simultaneamente, o conforto visual. Os efeitos do ofuscamento sobre a eficiência

visual foram testados no experimento clássico de Luckiesh e Moss. O experimento,

(Figura 34), consistia em identificar barras paralelas de contrastes e tamanhos

diferenciados iluminados com 100 lux. A fonte luminosa que causava o ofuscamento

foi se deslocando para cima em ângulos de 5, 10, 20 e 40º respectivamente, em

relação ao eixo óptico. Onde a capacidade de visão foi evidentemente prejudicada

com a aproximação da fonte ao eixo óptico.

34

Figura 34 - Efeitos do ofuscamento. Fonte: Lukiesh e Moss (1970 apud Iida, 1990, p. 257).

Para acabar com o ofuscamento a medida mais eficaz é eliminar a fonte

de brilho do campo visual. Ainda segundo Iida (1990, p. 257), existem outras

medidas para reduzir o ofuscamento, como reduzir a fonte de brilho, substituindo-se,

por exemplo, uma lâmpada por um conjunto de lâmpadas de intensidades menores

ou colocando-as longe dos olhos. Também atuar sobre o ambiente, aumentando a

luminosidade geral do ambiente ou colocando anteparos entre a fonte de brilho e os

olhos. Bem como reduzir o brilho refletido, usando-se lâmpadas de luz difusa ou

eliminando-se superfícies refletoras no campo visual.

Já a fadiga visual ocorre em grande parte pelo esgotamento dos músculos

ligados ao globo ocular responsáveis pela movimentação, fixação e focalização dos

olhos. Em alguns casos remete-se a dificuldade perceptiva. Segundo Lida (1990, p.

258), a fadiga visual decorre das seguintes causas:

Fixaçaõ de detalhes: objetos muito pequenso exigem grande

esforço dos músculos dos olhos para acomodação e convergência;

Iluminação inadequada: a intensidade luminosa insuficiente ou

errada, provoca brilhos e ofuscamentos;

Pouco contraste: quando há pouca diferença entre figura e o fundo,

porque ambos apresentam cores ou formas semelhantes;

35

Pouca definição: objetos e figuras com traços ou contornos

confusos, como cópias mal feitas ou manuscritos pouco legíveis.

Objetos em movimento: os objetos em movimento exigem maior

ação muscular para serem focalizados, principalmente se forem

pequenos, de baixo contraste e mal iluminados;

Má postura: a má postura pode dificultar a leitura, por exemplo,

quando há paralaxe em instrumentos de medida;

Para evitar a fadiga visual, deve haver um cuidadoso planejamento da

iluminação, assegurando a focalização do objeto a partir de uma postura confortável.

A luz deve ser planejada também para não criar sombras, ofuscamento ou reflexos

indesejáveis. Além da iluminação adequada do objeto, a iluminação do fundo deve

permitir um descanso visual durante as pausas e aliviar o mecanismo de

acomodação. Se alguns dos problemas acima mencionados não puderem ser

evitados, deve-se, pelo menos, diminuir o impacto deles, evitando que uns não

ocorram simultaneamente a outros.

Capítulo 5

CRIAÇÃO E MATERIALIZAÇÃO

5.1. DIFERENCIAL SEMÂNTICO, PRIMEIRA ETAPA

Entre diversas ferramentas existentes para nortear o processo de criação,

o diferencial semântico foi utilizado por ser um método eficaz para identificar na

forma de adjetivos o que o público alvo espera do produto a ser desenvolvido. O

diferencial semântico é colocado no design, de acordo com Bomfim (1995, p. 49),

como uma técnica que “procura estabelecer através de experimentos empíricos, o

valor de objetos reais em relação a um objeto ideal.”

Com a média das características desejadas pelo público obtém-se o valor

que é chamado de deve-ser, aquilo que o público espera que o produto seja. Para

isso questiona-se o público sobre como eles gostariam que a luminária fosse, dentro

das características do quadro 6. Esse valor então é utilizado para orientar o

desenvolvimento do produto, sendo decodificado e analisado para identificar como

um objeto pode visualmente corresponder aos anseios do público alvo. Após a

aplicação da primeira etapa da pesquisa há um total de 50 pessoas, enquadradas no

público alvo, obteve-se como valor deve ser as seguintes características a seguir.

37

Quadro 6 - Valor deve ser

Característica 3 2 1 0 1 2 3 Característica

Orgânico X Geométrico

Simétrico X Assimétrico

Colorido X Preto e Branco

Lúdico X Austero

Futurista X Contemporâneo

Sintético X Pouco Sintético

Concreto X Abstrato

Pequeno X Grande

Leve X Pesado

Liso X Texturado

Fonte: Arquivo pessoal

Analisando as características desejadas, percebe-se uma leve preferência

por formas orgânicas. Assim a utilização de curvas suaves, porém com certa rigidez

ou utilizando-se de formas levemente definidas fará com que o objeto possua uma

aparência orgânica, mas sem que essa seja demasiada. Tendo a biônica como

ferramenta analítica presente no desenvolvimento do produto, concederá a ele

naturalmente uma forma mais orgânica, ao mesmo tempo também passará a

imagem de um produto concreto, pois como possui organismos naturais como fonte

de inspiração suas formas serão facilmente assimiláveis. Já simetria gera a idéia de

estabilidade do produto e também acaba remetendo a um aspecto formal de fácil

assimilação.

O equilíbrio que o produto busca entra a imagem de alegre e austero

pode ser facilmente incorporado através do equilíbrio quanto a cores, entre o preto e

branco e o colorido. Já a aparência leve, que deve ser mais acentuada pode ser

38

conseguida através da relação entre o tamanho que tende ao pequeno, também

através das formas orgânicas, suaves e por fim com a utilização de materiais

adequados. Enquanto que escolha dos materiais adequados, bem como a questão

formal, na qual o objeto deve ser levemente orgânico, o submete a uma imagem

equilibrada entre o futurista e contemporâneo. O equilíbrio entre o sintético e o

pouco sintético pode ser adquirido também através do equilíbrio entre as

características liso e texturado, onde também estarão ligadas a essas características

o uso equilibrado das cores ao objeto.

5.2. PAINEL SEMÂNTICO

Durante a geração de alternativas fez-se uso dos organismos em estudo,

porém dessa vez tendo o foco na semântica visual de cada organismo, isso é, nas

informações visuais que eles passam. Esses organismos agora compõem o que é

chamado de painel semântico, (Figura 35). Cada organismo possui uma linha

direfenciada de expressão, utilizar essa linha para o desenvolvimento de produto

possibilita uma liberdade criativa ao mesmo tempo em que o objeto mantém a sua

identidade.

Figura 35 - Painel semântico. Fonte: Adaptado de Designinteligente, Tolweb, Arquivodoinsolito,

Karnivoras e Macroscopies, 2009.

39

5.3. GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS

Figura 36 - Geração de alternativas, folha 1. Fonte: Arquivo pessoal.

Figura 37 - Geração de alternativas, folha 2. Fonte: Arquivo pessoal.

40

Figura 38 - Geração de alternativas, folha 3. Fonte: Arquivo pessoal.

Figura 39 - Geração de alternativas, folha 4. Fonte: Arquivo pessoal.

41

Figura 40 - Geração de alternativas, folha 5. Fonte: Arquivo pessoal.

Figura 41 - Geração de alternativas, folha 6. Fonte: Arquivo pessoal.

42

Figura 42 - Geração de alternativas, folha 7. Fonte: Arquivo pessoal.

5.3.1 Seleção Entre as Alternativas

Dentre as diversas alternativas geradas duas mostraram-se mais

promissoras, sendo pré-selecionadas para uma análise morfológica mais detalhada.

Ambas apresentam características que remetem aos organismos em estudo,

possuindo formas orgânicas e originais que valorizaram o produto com uma forte

identidade visual.

43

Figura 43 - Análise morfológica da alternativa selecionada, folha 1. Fonte: Arquivo pessoal.

Figura 44 - Análise morfológica da alternativa selecionada, folha 2. Fonte: Arquivo pessoal.

44

5.4. ANÁLISE FORMA/FUNÇÃO DA ALTERNATIVA SELECIONADA

Após uma análise das alternativas selecionadas tendo agora o foco na

relação forma/função, constatou-se que a alternativa correspondente a figura 44

possui uma maior interação entre esses dois parametros. Pois sua forma apresenta

uma solução simples e altamente funcional para a captura de insetos, (Figura 45).

Figura 45 - Análise forma/função da alternativa selecionada. Fonte: Arquivo pessoal.

O corpo da luminária é constituido básicamente por três partes, concha

superior, concha inferior e aba. Entre a concha superior e a inferior há uma fresta

que é parcialmente coberta por uma aba. Pela fresta a luz, fixada na concha

superior, é refletida, atraindo os insetos para o interior da lúminaria. Essa fresta

possui um formato afunilado, facilitando a entrada dos insetos e dificultando a sua

saída. Já em seu interior, além do formato afunilado da fresta, a luz intensa

desnorteia os insetos, dificultando mais ainda a sua saída. Por fim os insetos

exaustos acabam morrendo e caem na parte inferior da concha. Essa parte destaca-

se do resto da luminária para a sua higienização.

45

5.4.1 Análise da Forma/Função em Modelo Volumétrico

Tendo a idéia do produto já solucionada no papel, o próximo passo foi

desenvolvê-la em um modelo volumétrico para que fossem feitas as análises dos

aspectos formais e funcionais.

Quadro 7 - Modelo volumétrico

Figura 46 - Modelo virtual da luminária. Fonte: Arquivo pessoal.

O modelo virtual da luminária foi

desenvolvido utilizando-se do programa

Rhinoceros, software de modelagem

tridimensional. Para a analise funcional

utilizou-se de um modelo simplificado. Esse

não possue alguns frisos bem como uma

haste para fixação.

Figura 47 - Modelo volumétrico 1. Fonte: Arquivo pessoal.

Para o modelo volumétrico da luminária

optou-se pelo MDF. Foram uilizados

gabaritos da vista lateral, superior e anterior,

extraídos da modelo virtual para orientar o

desenvolvimento do volumétrico.

46

Figura 48 - Modelo volumétrico 2. Fonte: Arquivo pessoal.

Durante a modelagem em MDF podem ser

avaliados aspectos formais.

Figura 49 - Modelo volumétrico 3.Fonte: Arquivo pessoal.

Após finalizado o modelo em MDF serviu

como molde para o desenvolvimento de um

modelo em poliestireno. Esse modelo foi

desenvolvido utilizando-se de uma máquina

a vácuo. Importante resaltar que esse

material possui algumas características que

não são desejáveis a projeto, como a

translucidez, o que faz com que os feixes de

luz se dispersem por todas as direções e

não só pela borda.

Figura 50 - Modelo em teste funcional 1. Fonte: Arquivo pessoal.

Com o modelo em poliestireno pode ser

testado a funcionalidade da lúminária. O

teste de captura teve de ser realizado no

inverno, porém nessa época grande parte

dos insetos, alvos para a captura, não estão

presentes. Assim foram capturadas oito

moscas durante o dia e essas foram soltas,

a noite, a aproximadamente 20 centímetros

abaixo da lúminaria.

47

Figura 51 - Modelo em teste funcional 2. Fonte: Arquivo pessoal.

No dia seguinte constatou-se que das oito

moscas sete foram capturadas. Nesse teste

prematuro, constatou-se uma eficiência de

aproxiamdamente 87%. Sendo que ainda

haviam um total de 5 insetos distintos que

foram capturados, mas esse foram

descartados, levando-se em conta para o

estudo da eficácia somente as moscas.

Fonte: Arquivo pessoal

Recomenda-se o uso da luminária em locais de acesso a residência, no

lado de fora fixada perto de portas e janelas. Assim essa funciona como uma

barreira na contenção dos insetos, podendo ser alocada também em jardins.

5.5. ANÁLISE DOS POSSÍVEIS MATERIAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

Ao analisar os aspectos formais e funcionais da luminária, percebe-se a

possibilidade da utilização de dois materiais. Podendo ser feito uso de algum

polímero ou compósito para o corpo da lúminária e algum metal para dar

sustentação a estrutura. Assim foram analisados alguns materiais que poderiam ser

utilizados na fabricação da luminária.

ABS - ALTO IMPACTO, ABS - MÉDIO IMPACTO E POLIPROPILENO

São polímeros termoplásticos, amolecem e fundem quando aquecidos e

endurecem quando resfriados. Isso acontece porque as cadeias macromoleculares

dos termoplásticos se encontram ligadas por forças do tipo Van der Waals que se

quebram por ação do calor, fundindo-se o material. Ao ser novamente resfriado,

48

voltam a ser restabelecidas as suas ligações intermoleculares Devido a esse

comportamento essas resinas podem ser moldadas por injeção, por extrusão ou por

outras técnicas, facilitando que o resíduo da produção seja reutilizado.

Os polímeros ABS apresentam um bom equilíbrio entre resistência à

tração, ao impacto e à abrasão, dureza superficial, rigidez, resistência ao calor,

propriedades em baixa temperatura, resistência química e características elétricas.

As características de impacto das resinas ABS são excepcionais à temperatura

ambiente e em determinados tipos de resinas, mesmo à temperatura de -40°C. São

encontrados comercialmentes na formas de barras, chapas, bastões e tubos.

Já o polipropileno ou PP possui alta resistência à fratura por flexão ou

fadiga, é de fácil moldagem, tendo boa resistência ao impacto e estabilidade térmica.

Possui maior sensibilidade à luz ultravioleta e agentes de oxidação, sofrendo

degradação com maior facilidade. Encontrado comercialmente na forma de barra,

bastões, chapa, filme, grão e lâmina.

ALKIDES

Polímero termofixo, possui ligações cruzadas entre as moléculas

poliméricas vizinhas, o que tende a restringir o movimento das cadeias. Essa rede

de cadeias tende a degradar-se ao invés de amolecer, quando exposto ao calor.

Como não se funde, é processado diferentemente dos Termoplásticos, geralmente

por processos de cura como calor, reação química, etc. Embora requeira maior

tempo de ciclo e um maior número de operações secundárias, ele possui menor

concentração do molde além de resistência química e térmica superiores. Entre

algumas aplicações para o alkides encontram-se recipientes para microondas,

relógios e cápsulas para componentes eletrônicos. Encontrado comercialmente na

forma de barra, bastão, chapa, lâmina, tira e tubo.

FIBRA DE VIDRO

Material composto da aglomeração de finíssimos filamentos de vidro

altamente flexíveis, quando adicionado à resina poliéster (ou outro tipo de resina),

49

transforma-se em um composto conhecido como fibra de vidro. Possui alta

resistência à tração, flexão e impacto, sendo muito empregados em aplicações

estruturais. É leve e não conduz corrente elétrica, sendo utilizado também como

isolante estrutural. Permite ampla flexibilidade de projeto, possibilitando a moldagem

de peças complexas, grandes ou pequenas, sem emendas. Tem excepcional

resistência a ambientes altamente agressivos aos materiais convencionais. A

resistência química da fibra de vidro é determinada pela resina e construção do

laminado. Pode ser produzido em moldes simples e baratos, viabilizando a

comercialização de peças grandes e complexas, com baixos volumes de produção.

Mudanças de projeto são facilmente realizadas nos moldes de produção,

dispensando a construção de moldes novos. Os custos de manutenção são baixos

devido à alta inércia química e resistência às intempéries, inerente ao material.

AÇO BAIXO TEOR DE CARBONO

Classificado como metal ferroso, pois trata-se de uma liga no qual o ferro

é o constituinte principal. Uso difundido devido a três fatores, compostos contendo

ferro existem em quantidades abundantes na crosta terrestre. Aços podem ser

produzidos usando técnicas relativamente econômicas de extração, de refino, de

adição de elementos de liga e de fabricação. Ligas ferrosas são extremamente

versáteis, no sentido de que elas podem ser elaboradas sob medida para ter uma

larga faixa de propriedades mecânicas e físicas, onde sua principal desvantagem é a

susceptibilidade à corrosão. Possui excelentes propriedades mecânicas, resiste bem

à tração, à compressão, à flexão, e como é um material homogêneo, pode ser

laminado, forjado, estampado, estriado e suas propriedades podem ainda ser

modificadas por tratamentos térmicos ou químicos. Encontrado comercialmente na

forma de barra, bastão, chapa, lâmina, tarugo, tira e tubo.

ALUMÍNIO

Considerando a quantidade e o valor do metal empregado, o uso do

alumínio excede o de qualquer outro metal, exceto o aço. É um material importante

50

em múltiplas atividades econômicas. Sua leveza, condutividade elétrica, resistência

à corrosão e baixo ponto de fusão lhe conferem uma multiplicidade de aplicações.

Em contato com o ar reveste-se de uma fina camada de óxido, que preserva o resto

do metal da oxidação, mesmo que esteja exposto à umidade. Sua resistência

aumenta quando figura em ligas com pequenas porcentagens de cobre e manganês,

sendo nesta forma aplicado na aeronáutica e no automobilismo. O alumínio também

costuma ser utilizado em aplicações que exigem economia de peso, como por

exemplo, na estrutura do avião Concorde. Entretanto, mesmo com o baixo custo

para a sua reciclagem, o que aumenta sua vida útil e a estabilidade do seu valor, a

elevada quantidade de energia necessária para a sua obtenção reduzem

sobremaneira o seu campo de aplicações. Encontrado comercialmente na forma de

barra, bastão, chapa, lâmina, tarugo e tira.

5.5.1 Materiais Selecionados para o Desenvolvimento do Projeto

Após serem analisados os possíveis materiais, constatou-se que o uso do

Polímero ABS Médio Impacto, para o corpo da luminária, vem ao encontro das

diversas propriedades necessárias ao projeto. Sendo que ele também possibilita o

desenvolvimento das peças, no aspecto formal da luminária, através do processo de

injeção, viabilizando sua produção em larga escala. Recomenda-se o uso de um

estabilizador de luz ao ABS. Trata-se de um dióxido de titânio ultrafino, aplicado na

proteção contra a degradação do polímero ABS pela ação da luz ultravioleta.

Já para sustentar a estrutura optou-se pelo uso do alumínio, esse também

ajuda na dispersão dos feixes luminosos. A escolha deve-se ao fato de que além de

possibilitar o desenvolvimento das peças através do processo de injeção, o alumínio

possui propriedades que o protegem da corrosão. Essas propriedades são

fundamentais, pois o produto ficará em uma área suscetível a intempéries.

51

5.6. ESTUDO CROMÁTICO DA ALTERNATIVA SELECIONADA

Novamente faz-se uso dos organismos em estudo, sendo dessa vez

analisados quanto a seus aspectos cromáticos. Cada organismo possui um padrão

cromático distinto. Esses padrões podem cumprir funções específicas, como a

camuflagem, atração, etc. A compreensão e utilização de algum padrão cromático

encontrado nos organismos, para as devidas finalidades, agrega ao produto além da

estética, fatores funcionais ligados a cor.

Quadro 8 – Padrão cromático

Figura 52 - Planta carnívora do gênero Dionea. Fonte: Karnivoras,

2009.

Figura 53 - Planta carnívora do gênero Drosera. Fonte:

Designinteligente, 2009.

52

Figura 54 - Peixe abissal do gênero Melanocetus. Fonte: Tolweb,

2009.

Figura 55 - Tartaruga do gênero Macroclemys. Fonte:

Arquivodoinsolito, 2009.

Figura 56 - Planta carnívora, família Nepenthaceae. Fonte:

Karnivoras, 2009.

53

Figura 57 - Vaga-lume da família Fengodidae Fonte:

Macroscopies, 2009.

Fonte: Arquivo pessoal

O padrão cromático encontrado no vaga-lume da família Fegondidae

serviu de base para o padrão cromático da luminária, (Figura 58), através de três

cores selecionadas. Essas foram utilizadas da seguinte maneira, o polímero ABS

possui a cor que na escala Pantone, sistema de cores utilizado também em

indústrias de tintas, é definida como 7485 C. O alumínio polido varia entre

tonalidades que remetem ao cinza, essas foram representadas por uma tonalidade

encontrada no padrão cromático, que na escala Pantone corresponde a cor 404 C.

Já a lâmpada fluorescente é revestida por uma película translúcida de acetato que

possui a cor nomeada pela escala Pantone como 7488 C. Fazendo com que o feixe

luminoso varie em intensidade nessa tonalidade de verde.

A escolha para composição das três cores presentes na luminária,

baseado no padrão cromático, teve como fundamento também os seguintes critérios.

A utilização dos feixes de luz em uma tonalidade de verde deve-se por essa faixa de

luz visível estar próxima da faixa correspondente a luz ultravioleta, isso faz com que

essa seja perceptiva a uma grande variedade de insetos.

Já a tonalidade mais neutra utilizada no ABS, estabelece um contraste o

que torna a luminária mais atrativa. Com isso destaca-se a borda, pelo qual os feixes

de luz se dispersam, que é para onde os insetos devem ser atraídos. Análogo ao

vaga-lume da família Fegondidae que possui o corpo em tonalidades mais neutras

para a camuflagem e órgãos bioluminescentes, para onde suas presas são atraídas,

54

em tonalidades intensas. A escolha desse padrão cromático também teve como

critério o valor deve ser, no qual o produto busca a neutralidade entre o colorido e o

preto e branco, assim como entre o austero e o lúdico. Por fim a utilização do

alumínio favorece a dispersão de luz pela fresta, local para o qual os insetos são

atraídos e também valoriza a linha de expressão do produto.

Figura 58 - Rendering manual, estudo dos aspectos cromáticos. Fonte: Arquivo pessoal.

5.7. DIFERENCIAL SEMÂNTICO, SEGUNDA ETAPA

Na segunda etapa do diferencial semântico, foram abordadas as mesmas

pessoas que participaram da primeira etapa. Porém dessa vez elas preencheram o

quadro de adjetivos respondendo a seguinte questão, como classificam a luminária

aqui projetada dentro desses adjetivos. Com a média das respostas obteve-se dessa

vez o valor ser, (Quadro 9), como o público alvo percebe a luminária.

55

Quadro 9 - Valor ser

Característica 3 2 1 0 1 2 3 Característica

Orgânico X Geométrico

Simétrico X Assimétrico

Colorido X Preto e Branco

Lúdico X Austero

Futurista X Contemporâneo

Sintético X Pouco Sintético

Concreto X Abstrato

Pequeno X Grande

Leve X Pesado

Liso X Texturado

Tendo formulado os dois valores, ser e o deve-ser, verificou-se o desvio

médio entre os dois perfis através da seguinte fórmula:

DM = Somatório (MS – MDS)

N

Onde:

DM= desvio médio

N= número de conceitos opostos

MS= média do valor “ser”

MDS= média do valor “deve ser”

56

Como desvio médio obteve-se o valor 0,6. Esse valor foi aplicado na

função de transformação do diferencial semântico, (Figura 59). Através da sua

projeção na função, o produto foi classificado entre bom e ótimo.

Figura 59 - Função de transformação do diferencial semântico

5.8. DESENHO TÉCNICO

No desenho técnico se fez uso da vista superior, vista anterior, vista

lateral direita em corte, vista lateral esquerda, vista anterior em corte e vista

explodida. Nele além das dimensões são específicados as partes que compõem a

luminária, expessuras dos materiais e sistemas de encaixe. Bem como seu sistema

de acendimento que ocorre através de uma fotocélula quando anoitece. O cabo

paralelo prolonga-se onde é ligado a uma fonte externa de força através de um

plugue de três pinos no padrão internacional, já o reator que a lâmpada precisa é

acoplado externamente próximo a fonte de força. Ou melhor especificado por projeto

detalhado que permita boa adaptação do subsistema de alimentação à proposta da

luminária.

60

5.9. BIOLUMINÁRIA DIONEA

Figura 60 – Bioluminária Dionea e vistas

Capítulo 6

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O produto desenvolvido atingiu o resultado almejado integrando todos os

parâmetros analisados para o seu desenvolvimento. A aplicação da biônica a

pesquisa proporcionou uma gama de possibilidades para o processo projetual,

contribuindo para o desenvolvimento de um produto eficiente, diferenciado e seguro.

O trabalho é uma contribuição de fato para o uso da biônica no contexto

de um curso de graduação, pois apresentou um processo metodológico com

resultados que evidencia essa abordagem como eficiente para atingir-se bons

resultados quando o problema de design contem predominantemente uma gama de

varáveis e interações relacionadas a natureza.

Ainda, pode-se perceber que a partir do produto resultante e sua

eficiência existe uma intrínseca relação entre eficácia funcional e simbólica. Ou seja,

existe um campo de estudo a ser explorado no design que pode sistematizar as

relações da gestalt humana em relação aos fatores perceptuais de outros seres

vivos e que possam vir a serem informações importantes em projeto de produtos.

Assim concluí-se que os objetivos desse projeto foram alcançados. Pois a

Biolúminaria Dionea mostrou-se eficaz na contenção dos insetos alvos, através de

uma solução simples, diferenciada e não agressiva a saúde humana, onde, assim

como na natureza, nela a forma segue a função.

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