Upload
internet
View
107
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Prof. Duda
BIOQUÍMICAÉ a ciência que trata do estudo das substâncias (biocompostos ou biomoléculas) que fazem parte da estrutura e do metabolismo dos seres vivos.
- Inorgânicos: água e sais minerais.- Orgânicos: lipídios, carboidratos, proteínas, ácidos nucléicos, vitaminas.Prof. Duda
LIPÍDIOS
Os lipídios são compostos de origem biológica(animal ou vegetal), que podem ser extraídos porsolventes apolares, como o clorofórmio, o éterou o benzeno.
A denominação lipídio vem da palavragrega lipos = gordura.
Prof. Duda
Diferentemente das demais classes de biomoléculas, os
lipídeos são definidos pela operação física que os isola
e não pela análise química de suas estruturas. Por isso,
não é de se surpreender que os lipídeos abranjam tão
diversos tipos estruturais.
Óleo ou gordura (Triacilglicerol)
Mentol (Terpeno)
Prof. Duda
O ǀǀH3C – [CH2]24 – C – O – CH2 – [CH2]28 – CH3
Vitamina A (Terpenóide)
Lecitina (Fosfatídeo)
Cera de abelha (Cerídeo)
Colesterol (Esteróide)Prof. Duda
Esfingomielina (Esfingolipídeo)
Prostaglandina
Prof. Duda
A descrição completa dos lipídeos deve ser feitaanalisando-se os aspectos químicos,
físicos ebiológicos.
ASPECTOS QUÍMICOS
Ésteres de ácidos carboxílicos Ésteres do ácido fosfórico Álcoois Aminoálcoois Carboidratos associadosProf. Duda
ASPECTOS FÍSICOS
Insolúveis em água Solúveis em solventes de natureza apolar Tato untuoso Mancha translúcida no papel
ASPECTOS BIOLÓGICOS
Membranas celulares Isolante térmico e elétrico Reserva energética Proteção contra choques mecânicos Entre outrosProf. Duda
CLASSIFICAÇÃO
LIPÍDEOS SAPONIFICÁVEIS (LIPÍDEOS COMPLEXOS)
Apresentam estruturas derivadas de ácidos graxos.
Acilgliceróis (óleos e gorduras) Fosfolipídeos Esfingolipídeos Cerídeos
Prof. Duda
LIPÍDEOS NÃO SAPONIFICÁVEIS (LIPÍDEOS SIMPLES)
Apresentam estrutura não derivada de ácidos graxos.
Terpenos Terpenóides Esteróides Prostaglandinas
Prof. Duda
TRIACILGLICERÓIS (GLICERÍDEOS)
São triésteres resultantes da reação entre ácidos graxos
e glicerol (glicerina ou propanotriol).
Prof. Duda
ÁCIDOS GRAXOS
São ácidos carboxílicos derivados da hidrólise de lipídeos.
Ácidos graxos inferiores: cadeias curtas (até C10)
Ex.: C3H7 – COOH Ácido butírico (Ácido butanóico)
Ácidos graxos superiores: cadeias longas (acima
de C10)
Ex.: C17H35 – COOH Ácido esteárico (Ácido
octadecanoico)Prof. Duda
CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS GERAIS
Ácidos monocarboxílicos Cadeia longa (mais de 10 átomos de carbono) Número par de átomos de carbono (C12, C14, C16,
C18...) Cadeia normal Saturados ou insaturados
Prof. Duda
PRINCIPAIS ÁCIDOS GRAXOS
Saturados
Nome usual Fórmula Nome IUPAC
Ác. butírico CH3(CH2)2COOH ác. butanóico
Ác. valérico CH3(CH2)3COOH ác. pentanóico
Ác. capróico CH3(CH2)4COOH ác. hexanóico
Ác. caprílico CH3(CH2)6COOH ác. octanóico
Ác. cáprico CH3(CH2)8COOH ác. decanóico
Ác. láurico CH3(CH2)10COOH ác. dodecanóico
Ác. mirístico CH3(CH2)12COOH ác. tetradecanóico
Ác. palmítico CH3(CH2)14COOH ác. hexadecanóico
Ác. esteárico CH3(CH2)16COOH ác. octadecanóico
Ác. araquídico CH3(CH2)18COOH ác. eicosanóico
Ác. linocérico CH3(CH2)22COOH ác. tetracosanóicoProf. Duda
Insaturados
Nome usual Fórmula
Ác. palmitoleico (C16:1) CH3(CH2)5CH=CH(CH2)7COOH
Ác. oleico (C18:1) CH3(CH2)7CH=CH(CH2)7COOH
Ác. linoleico (C18:2) CH3(CH2)4CH=CHCH2CH=CH(CH2)7COOH
Ác. linolênico: (C18:3) CH3CH2CH=CHCH2CH=CHCH2CH=CH(CH2)7COOH
Prof. Duda
Os ácidos graxos insaturados apresentam isomerismo
geométrico, sendo a conformação “cis” encontrada em
maior proporção.
Prof. Duda
ÓLEOS E GORDURAS
Óleos são triacilgliceróis derivados de ácidos
graxos insaturados. São encontrados na forma
líquida nas condições ambientais.
Gorduras são triacilgliceróis derivados de ácidos
graxos saturados. São encontrados na forma
sólida nas condições ambientais.Prof. Duda
Os óleos e as gorduras podem ter origem
animal ou vegetal.
Óleos Comestíveis: Animais (Ex.: óleo de fígado de
bacalhau) Vegetais (Ex.: óleo de soja) Secativos
Gorduras Animais (Ex.: manteiga de leite) Vegetais (Ex.: manteiga de cacau)
Prof. Duda
PRINCIPAIS REAÇÕES QUÍMICAS
REAÇÃO DE HIDROGENAÇÃO
A reação de hidrogenação deve ser realizada sob aquecimento e
pressão, além da presença de catalisador metálico (Ni, Pt, Pd).
Prof. Duda
O objetivo do processo de hidrogenação é diminuir onúmero de insaturações presentes na estrutura dolipídeo, aumentando sua resistência aos processosoxidativos. Dessa forma, estende-se o prazo útil deconsumo.
Convém lembrar que o aquecimento exagerado durante oprocesso de hidrogenação pode proporcionar atransformação de moléculas em conformação “cis” para“trans”. Algo indesejável, uma vez que as moléculas“trans” são responsáveis por elevarem os índices decolesterol ruim (LDL).
Prof. Duda
REAÇÃO DE RANCIFICAÇÃO
A rancificação é um processo caracterizado por complexas reações de
oxidação e hidrólise. A mistura de produtos obtidos apresenta cheiro
e gosto desagradáveis, chamados de rançosos.
Prof. Duda
ÍNDICE DE IODO
É a quantidade, em gramas, de iodo (I2) necessária para reagir
completamente com 100 g de óleo ou gordura.
O índice de iodo serve para determinar o número de insaturações
presentes na estrutura do óleo ou gordura. Quanto maior for o
índice de iodo, maior será o número de ligações duplas presentes.
Prof. Duda
REAÇÃO DE TRANSESTERIFICAÇÃO (ALCOÓLISE)
O processo de transesterificação consiste na troca da
parte alcoólica de um éster. A transesterificação de óleos e gorduras é
utilizada nasíntese do biodiesel.
Prof. Duda
REAÇÃO DE SAPONIFICAÇÃO
O processo de saponificação pode ser definido como
uma reação de hidrólise alcalina de ésteres de origem
lipídica (óleos ou gorduras).
Prof. Duda
O processo de saponificação pode ser equacionado em
duas etapas:
1ª etapa: hidrólise do óleo ou gordura2ª etapa: neutralização
Bases mais utilizadas nas reações de saponificação:
NaOH: sabão duroKOH: sabão moleNH4OH: sabão líquido.
Prof. Duda
ÍNDICE DE SAPONIFICAÇÃO
É a massa, em gramas, de KOH necessária para saponificar
completamente 1 g de óleo ou gordura.
Através do índice de saponificação podemos ter uma
ideia do valor da massa molar do óleo ou gordura, de
modo que, quanto maior for o índice de saponificação,
menor será a massa molar do lipídeo.Prof. Duda
AÇÃO DE LIMPEZA DOS SABÕES
- A utilização de sabões no processo de limpeza só se
faz necessária na remoção de sujeiras de natureza
apolar.- A estrutura do sabão é anfipática ou
anfifílica, poispossui uma parte polar (hidrofílica) e uma
parte apolar(hidrofóbica).
Prof. Duda
O sabão possui...
- ação tensoativa: capacidade de diminuir a tensão
superficial da água, permitindo que haja maioreficiência em “molhar mais” o local que será submetidoà limpeza.
- ação emulsificante: capacidade de dispersar a sujeira
na forma de micelas, facilitando o processo de remoção
da sujeira.
Prof. Duda
Existem duas situações em que a utilização dos sabões
não traz resultados satisfatórios:
- Quando a água utilizada no processo de limpeza
apresentar caráter ácido
R – COO-Na+ + H+ - R – COOH + Na+
- Quando a água utilizada no processo de limpeza for água dura
2 R – COO-Na+ + Ca2+ - (R – COO-)2Ca2+(ppt) + 2 Na+
Prof. Duda
DETERGENTES
Os detergentes agem de forma semelhante aos sabões, já
que também apresentam estrutura anfipática ou anfilílica.
Os detergentes são divididos em aniônicos ou catiônicos,
conforme a carga presente no íon orgânico.
Cloreto de cetilpiridínio
Cloreto de trimetildodecilamônioProf. Duda
SABÕES x DETERGENTESSabões Baixo custo de produção Não são tóxicos São produzidos a partir de matéria prima renovável São biodegradáveis
Detergentes Maior ação tensoativa Maior eficiência no processo de limpeza Menor consumo Menor vulnerabilidade às águas ácidas e às águas
duras
Prof. Duda
CERÍDEOS
São ésteres resultantes da reação entre ácidos graxos
superiores e monoálcoois graxos superiores.
CH3 – [CH2]14 – COO – [CH2]25 – CH3 Palmitato de cerila (cera das palmas)
CH3 – [CH2]24 – COO – [CH2]15 – CH3 Cerotato de cetila (cera de lã)
CH3 – [CH2]24 – COO – [CH2]29 – CH3 Cerotato de miricila (cera de carnaúba)
CH3 – [CH2]14 – COO – [CH2]29 – CH3 Palmitato de miricila (cera de abelha)
CH3 – [CH2]14 – COO – [CH2]15 – CH3 Palmitato de cetila (cera de espermacete)
Prof. Duda
As ceras podem ser produzidas por animais
(proteção e regulação) e vegetais (proteção contraperda de água por transpiração).
As ceras podem ser utilizadas na fabricação de:- vernizes- graxas pra sapatos- velas- medicamentos- cera para assoalhos- cosméticos- sabões
Prof. Duda
O b r i g a d o ! ! !