22
BIOTERISMO BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL EXPERIMENTAL Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior Júnior

BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL BIOTERISMO 1 Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL BIOTERISMO 1 Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior

BIOTERISMO BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA USO DE ANIMAIS EM PESQUISA

EXPERIMENTALEXPERIMENTAL

1

Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa JúniorJúnior

Page 2: BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL BIOTERISMO 1 Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior

1.1.INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

Reagentes Biológicos → Resultados Fidedignos

Evolução do conhecimento → Criação e Experimentação Animal

Animais de Laboratório → Avanço na Ciência e Tecnologia

Anteriormente → Simples instrumentos de trabalho

(mal necessário)

Animais Definidos:Animais Definidos: Criados e produzidos sob

condições ideais. Mantidos em ambientes

controlados. Acompanhamento

microbiológico e genético.

____________________________________________________________________________________________________________________________

2

Page 3: BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL BIOTERISMO 1 Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior

____________________________________________________________________________________________________________________________2. HISTÓRICO2. HISTÓRICO

Início da utilização de animais → Aristóteles, Galeno e Hipócrates

Séc. XVIII: Animais de laboratório

Verdadeiras ferramentas de trabalho ↓

No Brasil (até a déc. 70): Situação Precária, principalmente por:

Falta de pessoal treinado; Falta de controle de doenças; Desorganização no fornecimento de animais; Falta de informação dos pesquisadores; Falta de dietas bem formuladas e Falta de proteção legal dos animais. 3

Page 4: BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL BIOTERISMO 1 Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior

3. IMPORTÂNCIA3. IMPORTÂNCIA____________________________________________________________________________________________________________________________

• Prevenção, Tratamento e Cura de doenças. • Controle de produtos farmacêuticos.• Produção e desenvolvimento de vacinas.

Bem-estar do homem

4

Page 5: BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL BIOTERISMO 1 Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior

Animais SilvestresAnimais Domésticos

Animais de Laboratório

O emprego de várias espécies para fins exploratórios e experimentais,

permitiu o estabelecimento de diferenças entre os animais ,

classificando-os em três grandes grupos, de acordo com vantagens e

desvantagens de sua utilização↓

4. TIPOS DE POPULAÇÕES DE ANIMAIS4. TIPOS DE POPULAÇÕES DE ANIMAIS____________________________________________________________________________________________________________________________

5

Page 6: BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL BIOTERISMO 1 Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior

ANIMAIS SILVESTRESANIMAIS SILVESTRESVantagens:Vantagens:- Avaliação da frequência

de uma doença na natureza.

- Animais expostos ao ciclo natural da doença.

- Avaliação da patogenicidade de um agente no seu ambiente natural.

Desvantagens:Desvantagens:- - Informações escassas

sobre várias espécies.- Dificuldade de

manutenção em laboratório.

- Portadores potenciais de agentes patogênicos.

- Comportamento agressivo.

- Risco de extinção da espécie.

6

Page 7: BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL BIOTERISMO 1 Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior

ANIMAIS DOMÉSTICOSANIMAIS DOMÉSTICOS

Vantagens:Vantagens:- Vivem em ambiente

semelhante ao do homem.- Muitas informações sobre as

espécies.- Controle sobre o animal.- Animais dóceis.

Desvantagens:Desvantagens: - Difícil manutenção em virtude

do alto custo.- A utilização para outras

finalidades inviabiliza o emprego em experimentação. 7

Page 8: BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL BIOTERISMO 1 Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior

ANIMAIS DE LABORATÓRIOSANIMAIS DE LABORATÓRIOS

ESPÉCIES UTILIZADASESPÉCIES UTILIZADAS CÃES GATOS PRIMATAS AVES RATOS CAMUNDONGOS COBAIAS INSETOS

ESPÉCIES ESPÉCIES CONVENCIONAISCONVENCIONAIS

RATOS CAMUNDONGOS HAMSTER COBAIAS COELHOS 8

Page 9: BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL BIOTERISMO 1 Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior

ESPÉCIES CONVENCIONAISESPÉCIES CONVENCIONAIS(Modelos Ideais)(Modelos Ideais)

Vantagens:Vantagens:- Fácil manutenção,

manejo e observação.- Padronização do

ambiente. - Pequeno porte.- Docilidade.- Grande amostragem.- Ciclo reprodutivo curto.- Fisiologia conhecida.- Padronização genética.

Desvantagens:Desvantagens:- Vivem em ambiente

totalmente artificial.- Dieta padronizada.- As doenças são

artificialmente induzidas na grande maioria dos experimentos.

9

Page 10: BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL BIOTERISMO 1 Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior

5. BIOTÉRIO5. BIOTÉRIO____________________________________________________________________________________________________________________________

Conceito:Conceito: Instalação dotada de características próprias, que

atendam às exigências dos animais, proporcionando bem estar e saúde, para que possam responder satisfatoriamente aos testes neles realizados.

Necessidades Básicas de um Biotério:Necessidades Básicas de um Biotério:1. Instalações

2. Equipamentos, Materiais e Insumos 2.1 - Equipamentos: - Autoclave - Isoladores - Forno de esterilização - Máquina de lavar roupas - Balança Eletrônica de precisão

10

Page 11: BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL BIOTERISMO 1 Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior

2.2 - Materiais: - Gaiolas de plásticos (polipropileno/policarbonato)

- Tampa de aço inox, na forma de grade - Frasco de plástico (policarbonato) →

bebedouro - Rolhas de borracha → tampas dos

bebedouros - Bicos de aço inox → tampas das rolhas - Estantes para a acomodação das gaiolas - Mesa para manuseio dos animais 2.3 – Insumos: - Ração - Água - Maravalha

11

Page 12: BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL BIOTERISMO 1 Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior

3. Modelo Animal

4. Rotinas e Procedimentos

5. Pessoal → Requisitos de um bioterista: - Saúde- Disciplina- Temperamento calmo- Responsabilidade- Respeito com o animal- Cuidado com o material- Gostar do que faz

12

Page 13: BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL BIOTERISMO 1 Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior

Componentes Ambientais do Biotério:Componentes Ambientais do Biotério:

“ “ Tudo que circunda ou exerce efeito sobre o Tudo que circunda ou exerce efeito sobre o animal compõe seu ambiente.”animal compõe seu ambiente.”

MICRO AMBIENTEMICRO AMBIENTE• Cama• Água• Ração• Odores

MACRO AMBIENTEMACRO AMBIENTE• Instalações

• Equipamentos• Temperatura

• Umidade relativa do ar

• Luminosidade• Ventilação

• Ar• Ruídos

13

Page 14: BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL BIOTERISMO 1 Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior

CAMACAMA

Finalidade:Finalidade:- Absorver água e

urina- Isolante térmico- Construção dos

ninhos

Características de uma Características de uma boa cama:boa cama:

- Não ser oriunda de madeiras resinosas

- Alto poder de absorção- Isolante térmico- Confortável- Desprovido de cheiro- Facilmente descartável,

transportado, manuseado e estocado

Tipos:Tipos: - Maravalha - Casca de arroz - Bagaço de cana-de-

açúcar desidratado - Sabugo de milho

triturado

Tratamento:Tratamento:- Autoclavação

(121°C/30min.)14

Page 15: BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL BIOTERISMO 1 Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior

ÁGUAÁGUAQualidade:Qualidade:- Água potável para

humanos

ODORESODORES

Tratamento:Tratamento: - Esterilização e acidificação→ Impedir a veiculação de substâncias nocivas que

podem comprometer a qualidade sanitária dos animais

Oferta:Oferta: - ad libitum (livre

acesso)

Deve-se evitar odores indesejáveis: amônia e uréia

↓Higienização adequada das gaiolas e ambiente

15

Page 16: BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL BIOTERISMO 1 Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior

RAÇÃORAÇÃONutrição Nutrição

adequada:adequada:

Ração ideal: Industrializada

Verificar se é produzida com ingredientes de boa qualidade

Empresa possui condições de fabricação que atendam as exigências nutricionais e microbiológicas

Condições de atingir seu potencial genético, de crescimento, reprodução, longevidade e resposta ao estímulo.

Ao escolher uma ração deve-se:

16

Page 17: BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL BIOTERISMO 1 Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior

TEMPERATURATEMPERATURAFaixa ideal: 21°C – 24°CControle: TermostatoMudanças bruscas: stress com queda da resistência

↑TEMP: queda na reprodução

↓TEMP: problemas respiratórios

UMIDADE RELATIVA DO ARUMIDADE RELATIVA DO ARFaixa ideal: 45% – 55%Umidade alta: problemas respiratórios

Ambiente seco: problemas respiratórios

ressecamento de pele e mucosas 17

Page 18: BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL BIOTERISMO 1 Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior

VENTILAÇÃO E ARVENTILAÇÃO E ARSistema de ventilação adequado

Controlar a temperatura e a umidadeDiluir os possíveis poluentes químicos (resíduos de

desinfetantes)Evitar a concentração de gases residuais e deficiência de

oxigênio

↓Trocas regulares do ar

LUMINOSIDADELUMINOSIDADEFotoperíodo: (ciclo luz/escuro) → 12 horasAfeta o comportamento e reprodução dos animais

18

Page 19: BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL BIOTERISMO 1 Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior

RUÍDOSRUÍDOS

Produzem stress nos animais → Convulsões e até morte

Medidas preventivas para controle:• Separação física dos animais• Pisos forrados• Gaiolas plásticas• Carrinhos com rodas de borracha• Sapatos com solados de borracha

Aceitável: até 85 decibéis

19

Page 20: BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL BIOTERISMO 1 Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior

____________________________________________________________________________________________________________________________6. PADRÃO SANITÁRIO DOS ANIMAIS6. PADRÃO SANITÁRIO DOS ANIMAIS

Em função das barreiras sanitárias disponíveis Em função das barreiras sanitárias disponíveis podem ser classificados em quatro grupos.podem ser classificados em quatro grupos.

1. Animais Convencionais:1. Animais Convencionais:Microbiota indefinida por serem mantidos em ambiente desprovido de barreiras sanitárias rigorosas.

2. Animais Gnotobióticos:2. Animais Gnotobióticos:Microbiota definida e conhecida.

3. Animais 3. Animais Germfree Germfree (G.F.):(G.F.):Animais totalmente livres de microbiota.

4. Animais Flora Definida4. Animais Flora Definida (F.D.):(F.D.):São animais G.F. que foram intencionalmente infectados com microorganismos específicos. 20

Page 21: BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL BIOTERISMO 1 Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior

7. CRIAÇÃO E MANEJO DE RATOS7. CRIAÇÃO E MANEJO DE RATOS____________________________________________________________________________________________________________________________

Taxonomia

• Classe: Mamalia• Ordem: Rodentia• Família: Muridae• Gênero: Rattus• Espécies: Rattus norvegicus (Rato Wistar) Rattus rattus (Rato Preto)

Utilizado na maioria dos biotérios Primeira espécie de mamífero domesticada para fins

científicos21

Page 22: BIOTERISMO USO DE ANIMAIS EM PESQUISA EXPERIMENTAL BIOTERISMO 1 Prof. MSc. Fernando Antonio Cabral de Sousa Júnior

Dados Fisiológicos

Ciclo estral: 4-5 dias

Período de gestação: 19-22 dias

N° de filhotes/parto: ~ 8

Aleitamento: ~ 21 dias

Puberdade: ~ 30 dias

Maturidade sexual: Macho → 70 dias (250-300g) Fêmea → 80 dias (150-200g)

Vida reprodutiva: até 9 meses de idade

Tempo de vida: 2 anos 22