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bloco de notas - 8ºA
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Página 1 Bloco de Notas | Edição II
Esta é apenas a 2ªedição do Boletim
Escolar, Bloco de Notas, da turma do
8ºA. Esperemos que no próximo ano
lectivo este projecto possa ter conti-
nuidade e que toda a comunidade
escolar participe de forma mais activa.
Nesta edição focámos algumas das
actividades e visitas de estudo que
foram desenvolvidas ao longo do 2º e
3º período.
Relativamente à Festa da Primavera,
foram dinamizadas variadíssimas acti-
vidades, entre as quais, exposições, e
concertos.
Na biblioteca escolar estiveram paten-
tes as exposições Comunidades Reco-
lectoras e Agro-Pastoris e no final do
1º período a exposição
Escola de Pais , Escola
de Avós que contou
com a colaboração de
vários elementos da
comunidade escolar.
O Dia Europeu da Segurança na Internet
comemorou-se no dia 9 de Fevereiro e
como tal esse foi outro tema da nossa
eleição.
Na semana do Dia da Terra foram dina-
mizadas exposições, a habitual Feira dos
Minerais e ainda uma Prova e Venda de
Chás e Plantas.
Foi inaugurada uma exposição no dia 18
de Maio, no âmbito do Projecto
“Paisagem, Património e Gentes do Gin-
jal” no Museu da Cidade. Esta exposição
reflecte o trabalho desenvolvido pelos
alunos do 6ºD e com o apoio dos Profes-
sores Carlos Abreu e Clarinda Matos . Na
página do agrupamento estão algumas
fotos do projecto e ainda um pequeno
vídeo da sua participação do Festival
Inter-Escolas no Auditório do Fórum
Romeu Correia.
Esperemos que gostem!
N E S T A E D I Ç Ã O
Nós por cá 2
Visitas de Estudo 8
Fitas e Letras 9
Crónicas 10
À conversa
com...
13
Entretenimento 14
Artigo 16
E S C O L A B Á S I C A
2 , 3 D A
A L E M B R A N Ç A
8 º A
E Q U I P A
T É C N I C A :
Turma do 8ºA
Professores:
Andrea Graça
Fernanda Gaspar
Clarinda Matos
Helena Timóteo
Mais uma Edição…..
BBOLETIMOLETIM EESCOLARSCOLAR
A N O L E C T I V O 0 9 / 1 0 E D I Ç Ã O I I
Página 2 Bloco de Notas | Edição II
Árvore artesanal realizar
pelos alunos do Clube de
Escultura.
Semana da Primavera
Nós Por Cá
Fotos da Exposição
Foi comemorado o Dia da Pri-
mavera no dia 22 de Março
pelas 18h na nossa escola, no
Polivalente. Dias antes já se
preparavam todos os recan-
tos do Polivalente para rece-
ber esta estação do ano.
Cá fora foi “plantada” uma
Pereira, com alguns frutos,
claro
O Polivalente esteve cheio de
plantas, uma árvore artesanal, painéis
de azulejos com ramos em flor, panos
como que suspensos com temas flo-
rais, tudo para receber esta estação
do ano em que já nos oferece um cer-
to conforto.
Diana e Mariana, 8ºA
Pereira elaborada
pelos Professores.
Página 3 Bloco de Notas | Edição II
No âmbito do Clube de Floricultura, a professora Helga Manuel organi-
zou em conjunto com as turmas 5ºB, 5ºE, 5ºM e 5ºD uma exposição
na Sala Timor Lorosae. A exposição decorreu entre o dia 2 e o dia 5 de
Março e consistiu na
divulgação de trabalhos
realizados pelas várias
turmas de Ciências da
Natureza do 5ºano.
Exposição de Herbários - Ciências da Natureza
Nós Por Cá
Concertos da Primavera
Na tarde de dia 22 de Março, o professor Luís
Campos com a colaboração do professor estagiá-
rio João, organizaram um mini concerto. Algumas
turmas, nomeadamente o 6ºA, B, C e D, abriram o
espectáculo com a música “Primavera de Vivaldi”.
Depois quando acabou a música, algumas turmas
do 5º e 6ºano actuaram e a acompanhar a música
“Origem do Universo”, dava um filme sobre este.
Por fim, a professora Cláudia, deu um espectáculo
com os alunos das necessidades educativas espe-
ciais. Tocaram várias melodias relacionadas com a
Primavera. A música que mais chamou a atenção
de alguns alunos, professores e pais, foi uma das
músicas do filme Música no Coração. Todos canta-
ram e houve direito a repetição
Foi uma tarde espectacular e com um óptimo
ambiente.
Diana e Mariana, 8ºA
João 5ºA, Diogo 5ºJ, João 7ºC
Página 4 Bloco de Notas | Edição II
Corta Mato Escolar
O corta-mato da escola é o culminar do
trabalho feito nas turmas, no âmbito da
disciplina de educação física.
Todos os alunos na modalidade de atletis-
mo trabalham ao longo do ano a corrida
de resistência.
Esta prova na escola é assim a aplicação na
prática do trabalho feito nas respectivas
turmas. Esta actividade tem várias fases,
numa primeira fase é realizado o trabalho
na turma e feito o corta-mato. Em cada
turma são seleccionados os melhores alu-
nos que vão representar a escola.
O último Corta-mato da escola realizou-se
no dia 17 de Dezembro de 2009.
O percurso é feito à volta de toda a escola:
passando por trás do polivalente, pelo
lado dos blocos A e B e por trás do campo
de jogos – uma volta completa tem a dis-
tância de 550 metros.
Neste corta mato de turma foram seleccio-
nados os alunos que foram representar a
escola no corta mato do concelho de
Almada que se realizou no Parque da Paz.
No corta-mato concelhio foram ainda apu-
Nós Por Cá
rados alunos desta escola que foram parti-
cipar na distrital em Albufeira (Setúbal).
Deste corta-mato distrital onde estiveram
alunos de todas as escolas do distrito de
Setúbal a nossa escola seleccionou dois
alunos para o corta mato nacional que se
realizou no dia 13 de Março em Aveiro, os
alunos que foram representar a escola nas
nacionais foram a Aysline Silva e o Mário
Correia do 8ºB
António e Mário, 8ºA.
No âmbito da disciplina de História, decorreu entre o
dia 2 e o dia 5 de Março, no Polivalente, uma exposi-
ção de trabalhos sobre navegadores portugueses. Os
navegadores abordados foram Tristão Vaz Teixeira,
João Gonçalves Zarco, Diogo Gomes, Bartolomeu
Dias, Vasco da Gama, Gil Eanes, Diogo de Silves, Dio-
go Cão e Pedro Álvares Cabral. O objectivo era dispo-
nibilizar informações os alunos sobre estes descobri-
dores. Estes trabalhos foram realizados pela turma do
8ºA.
Mariana, 8ºA
Exposição Navegadores Portugueses - História
Página 5 Bloco de Notas | Edição II
Exposição de trabalhos realizados no âmbito da disciplina de História e
Geografia de Portugal pela turma do 5ºI e pela professora Sara Roque. A
exposição esteve patente na biblioteca entre os dias 18 e 27 de Janeiro.
Exposição—Comunidades Recolectoras e Agro-Pastoris
Nós Por Cá
O Departamento de Ciências Sociais e Humanas, em colabo-
ração com a Biblioteca da Escola Sede, organizou a Exposi-
ção intitulada “Escola de Pais, Escola de Avós”. Esta Exposi-
ção, que decorreu entre os dias 7 e 18 de Dezembro, contou
com a colaboração, não só de professores e funcionários do
Agrupamento, como também de elementos exteriores ao
mesmo, os quais gen-
tilmente cederam os
materiais que pude-
ram ser apreciados por toda a comunidade escolar.
O Departamento agradece a todos quantos contribuíram, nomea-
damente à professora responsável e à funcionária da Biblioteca,
não só pelo apoio na organização, como também na implementa-
ção das actividades inerentes à exposição.
Profª. Isabel Afonso
Exposição - Escola de Pais, Escola de Avós
Página 6 Bloco de Notas | Edição II
Prova e Venda de Chás e Plantas
No âmbito da comemoração do “Dia da Ter-
ra”a 22 de Abril e a partir de trabalhos realiza-
dos pelos alunos do 5ºI em Área de Projecto,
as professoras Cristina Amado, Sara Roque e
Virgínia Familiar, juntamente com a Helena
Timóteo criaram um projecto com o objectivo
de divulgar alguns chás e plantas aromáticas
assim como os seus efeitos terapêuticos.
Assim, depois de reunirem e prepararem algu-
mas plantas, organizaram uma “Feirinha”
onde foi possível encontrar chás, doces,
ervas aromáticas e plantas.
Profª. Virgínia Familiar
Nós Por Cá
Decorreu na nossa escola, entre os dias 19 e 23 de Abril, a habitual Feira dos Minerais organizada
pelas professoras de Ciências Naturais Clara Sarti e
Marina Marques. A venda decorreu no edifício Poli-
valente, na Ludoteca, e esteve aberta entre as 10 e
as 17 horas.
Os materiais expostos ( fósseis, minerais e bijoute-
ria variada) foram, como em anos anteriores, forne-
cidos pela empresa Mineralia. As pedras dos sig-
nos, amostras de minerais, dentes de tubarão,
anéis, fios, amuletos e brincos
fizeram, mais uma vez, sucesso na nossa escola!
Hélio, e Patrícia, 8ºA
Feira dos Minerais
Profª Cristina nos preparativos
Mais um cliente
Fotos de alguns produtos
Página 7 Bloco de Notas | Edição II
Este projecto
integrou uma
participação no
Festival inter-
escolas com a
dramatização/
movimento das
profissões do
cais do Ginjal, que se realizou no dia 14 de Maio,
uma exposição no Museu da Cidade, inaugurada no
dia 18 de Maio e a edição de um livrinho sobre a his-
tória, as profissões, a fauna e o futuro do Ginjal.
"O projecto “Paisagem, Património e Gentes do Gin-
jal” proporcionou aos alunos do 6º D, da escola
Projecto - Paisagem, Património e Gentes do Ginjal”
Nós Por Cá
EB2,3 da Alembrança, uma expe-
riência com a paisagem, a arqui-
tectura e a população de um
espaço da cidade de Almada tipi-
camente industrial: o cais do
Ginjal. Os pequenos artistas pes-
quisaram, entrevistaram, leram,
incluindo Romeu Correia, escre-
veram, desenharam, pintaram e sonharam com o
futuro do Ginjal. O projecto desenvolveu-se em 2
anos e contou com o apoio da Câmara Municipal de
Almada, Centro de Arqueologia e Associação Mundo
do Espectáculo".
Prof. Carlos Abreu, e Profª. Clarinda Matos
A turma do 6ºD
Espectáculo no Auditório do Fórum Romeu
Fotos da Exposição
Dramatização das profissões do cais do
Ginjal
Mais fotos do projecto disponíveis da página Web do Agrupamento
Página 8 Bloco de Notas | Edição II
Biblioteca José Saramago
Visita ao Teatro - “Falar Verdade a Mentir”
No dia 12 de Março, as turmas do 8ºA e 8ºB foram ao teatro “O
Sonho” para ver a peça “Falar verdade a mentir”.Uma peça cómi-
ca onde uma personagem chamada Duarte é um mentiroso e
quer casar com Amália filha de Brás Ferreira uma pessoa de alta
sociedade e ele aceita o casamento mas com uma condição Duar-
te não ser apanhado em nenhuma mentira e Joaquina e José Félix
o criado pessoal do General Lemos vão ajudar Duarte sem ele saber.
Eu acho que é uma peça muito boa.
Mário, 8ºA
Visitas de Estudo
Viagem à Serra Nevada
Realizou-se uma visita de estudo à serra Nevada, durante uma semana, entre
o dia 1 e o dia 5 de Janeiro. Esta visita foi organizada pelo professor Alexan-
dre de Educação Física e toso os alunos da escola podiam participar. Nesta
visita à Serra Nevada foram 27 pessoas: 20 alunos e 7 professores, e todos os
professores de Educação Física estiveram encarregados desta actividade. As
tarefas foram dedicadas ao esqui e ao snowboard.
Helena e Inês, 8ºA
Visita à Biblioteca Municipal José Saramago
No passado dia 27 de Abril, as profes-
soras Maria João Nunes e Virgínia
Familiar acompanharam os seus alunos
de Língua Portuguesa Não Materna a
visitar a Biblioteca Municipal José Sara-
mago.
Esta iniciativa teve como objectivo pro-
porcionar aos alunos uma forma dife-
rente de aprendizagem e fazê-los
conhecer melhor a Biblioteca e todas as suas actividades.
Profª. Virgínia Familiar
Página 9 Bloco de Notas | Edição II
A nossa Biblioteca
Fitas e Letras
Sexta – Feira ou a Vida
Selvagem
Autor: Michel Tounier
Editora: Presença
Ano: 2009
O Menino no Espelho
Autor: Fernando Sabino
Editora: Record
Ano: 2010
O Diário de Anne
Frank
Autor: Anne Frank
Editora: Livros do
Brasil
Ano: 1942
Platero e Eu
Autor: Juan Ramón Jiménez
Editora: Livros do Brasil
Ano: 2006
Blog da Biblioteca:
http://bibliotecalembranca.blogspot.com/
Sónia e Ana , 8ºA
Nós Por Cá
Olimpíadas do Ambiente
As Olimpíadas do Ambiente , na modalidade Ambiente à Prova, consiste
num teste de conhecimentos sobre temáticas ambientais. Esta prova
abrange alunos do 3º ciclo e secundário de todo o território português.
Os alunos apurados na 1ª eliminatória passam à 2ª eliminatória ( distri-
tal) e podem chegar à final (nacional).
No dia 14 de Janeiro realizou-se a 1º eliminatória das Olimpíadas do
Ambiente . .
Na categoria Júnior ( 7, 8, 9º anos) participaram 59 alunos do 3ºciclo
desta escola.
Os alunos apurados para a 2ºeliminatória foram Luís Miguel de Castro
Vieira, 7ºB; António Manuel Rodrigues, 8ºA; Pedro Costa, 9ºA.
Por falta de comparência dos outros participantes apenas realizaram a
2º eliminatória no dia 4 de Março os alunos: Luís Vieira e Luísa Maria
Brito do 7ºB.
Miguel Casaca, 8ºA
Página 10 Bloco de Notas | Edição II
Crónicas
A minha Primeira Crónica Não sei o que escrever, nem sei bem o que é
uma crónica. Falar sobre alguma coisa do quoti-
diano deixa-me com “a pulga atrás da orelha”.
Não sou tão coscuvilheira para observar os
outros no seu dia-a-dia. Sou apenas uma adoles-
cente, com jeito para a escrita, tenho a dizer,
mas para coisas assim fico meio atordoada.
O meu caminho para casa é sempre feito na
risota e hoje não foi excepção. Quem me conhe-
ce sabe que não consigo estar quieta um minu-
to, e se estou é porque está alguma coisa para
acontecer, como sempre ia para casa e tudo
estava extremamente silencioso, o que não é
habitual, pelo menos naquela rua. Ao atravessar
a estrada, deparei-me com uma mulher que
estava carregadíssima de sacos de compras. Não
liguei, pois não tenho nada a ver com a vida dos
outros. Era uma senhora de cor negra, com um
lenço atado à cabeça e com um bebé nas costas.
O menino chorava bastante, pensei que deveria
ser pouco confortável, visto que estava ali, meio
espalmado, contra as costas da mãe. A senhora
parou num banco de jardim, que está colocado
ali, talvez para os namorados, pois o sítio é apra-
zível para se namorar. Quer dizer, todos os sítios
dão para namorar… Mas voltando àquele assun-
to de que estava a falar, a mulher poisou todos
os sacos de compras no chão, tirou o menino
das costas e olhou para todos os lados. Quando
me viu ficou um pouco envergonhada, mas logo
lhe passou a vergonha, o menino continuava a
chorar. Ela, com o lençol que atava o menino às
suas costas, tapou-o a ele e cobriu o seu peito. O
menino estava a chorar de fome, a senhora ia-lhe
agora dar de mamar. O menino assim que viu o
seio da sua progenitora logo se calou e afogou
todas as suas mágoas no leite. A senhora sorria.
Talvez por ter conseguido dar ao seu filho um
momento de calma. Assim que ele se saciou, vol-
tou a pôr o bebé nas costas, pegou nas compras e
foi embora. O menino desta vez ia calminho.
Quase a adormecer. A sua pequenina mão procu-
rava carinho. Começou a chuchar no seu polegar.
Poucos passos depois caiu no sono. Talvez seja
isto uma crónica. Das pequenas coisas, coisas
sem importância, fazemos história…
Mónica, 8ºA
O Pincel Numa aula de Formação Cívica, a minha professo-
ra leu o seguinte poema:
“Levo o meu pincel quando vou para qualquer
lugar
Para o caso de precisar de me esconder e o meu
verdadeiro eu não mostrar.
Tenho medo de me mostrar a ti; medo do que
possas fazer,
Tenho medo que rias ou digas coisas más, medo
de te perder.
Gostava de tirar todas as camadas, de te mostrar
o meu eu real e verdadeiro,
Mas queria que tentasses compreender, que fizes-
ses o julgamento certeiro.
Por isso tem paciência e fecha os olhos, que eu tiro
a tinta devagar,
Compreende o quanto magoa o meu eu mostrar.
Página 11 Bloco de Notas | Edição II
Agora que retirei as camadas, sinto-me nua, despro-
tegida e com frio,
E se ainda assim gostares de mim, és meu amigo e
posso estar contigo.
Mas preciso de ter o meu pincel à mão,
No caso de alguém não me oferecer compreensão.
Por isso protege-me, querido amigo, e obrigado por
gostares de mim.
Deixa-me ficar com o meu pincel, até eu própria gos-
tar de mim assim…”
E no fim colocou-nos uma questão:
“Qual é o vosso pincel – como se «escondem» quan-
do precisam? Quero que pensem nisto e vamos deba-
ter o assunto na próxima aula, agora podem sair.”
Eu acho que cada artista mergulha o seu pincel na
própria alma, e pinta a sua natureza no seu quadro,
tal como faz na vida. Mas agora saber qual é o meu
pincel… Vai demorar um bom bocado!
Despedi-me das minhas amigas e fui para casa a pen-
sar no assunto da aula de Formação Cívica. Reparei
que uma nova jornada de milhares de quilómetros
está a começar debaixo dos meus pés.
Quando cheguei a casa pedi ajuda à minha mãe. Ela
fez-se de filósofa e só me disse:
“Conhecer os outros demonstra inteligência; conhe-
cermo-nos a nós próprios é verdadeira sabedoria.”
Odeio quando ela começa com estas frases… É quase
tão mau como quando não me deixa ir ao Centro
Comercial com as minhas amigas! Lembrei-me de
que tinha um trabalho de Língua Portuguesa penden-
te, e como era um poema senti-me inspirada na altu-
ra. Por vezes sinto uma enorme veia poética e se não
a utilizo logo, ela foge…
Comecei a pensar e veio-me à memória a saudade,
por isso sentei-me na minha secretária e pus-me a
trabalhar.
“Saudade…
Saudade é doce e amargo
Sabor de uma mesma emoção
É gelo em certos momentos
Em outros é brasa no coração
Saudade é barco que parte
Levando um pedaço da gente.
Chega, não pede licença
E parte tão de repente.
Saudade é ferida aberta
Que não quer cicatrizar
É hóspede indesejada
Que chega e teima em ficar.
Saudade é um desejo incontido
De trazer de volta no tempo
O ser amado distante, que era tudo para a gente…
Saudade é espaço que fica
E não se pode ocupar
Espaço que alguém deixou
Sem um outro no seu lugar…”
Sim acho que ficou bom. Mas para ter a certeza fui
à cozinha perguntar à minha mãe.
-Sim querida, ficou lindo!
Eu sei que ficou, mas mesmo assim é bom ouvir
estas palavras.
Há muitas coisas que são difíceis quando se é ado-
lescente. Uma delas é dizerem-nos para «sermos
nós próprios», quando o resto da mensagem, ape-
sar de não ser verbalizada, é «desde que sejas lin-
do, alegre e magro». Todas as pessoas querem ser
perfeitas em todos os aspectos. E se por vezes, dou
por mim a conhecer uma parte de mim pela pri-
meira vez, como é que posso ser eu própria se ain-
da não me conheço toda?!
Fui deitar-me na minha cama. Tentei pensar numa
forma de “me esconder” das pessoas. Lembrei-me
que há uns anos atrás, ainda estava eu no 6º ano,
comecei a “disfarçar-me”. Ainda não tinha a minha
identidade definida. Por isso seguia as modas das
minhas amigas. Corte de cabelo novo, roupas
novas, maneira de falar diferente… Tudo só porque
elas o faziam. Agora quando me lembro disso pen-
so: “Que falta de imaginação!”. Não sei se isto ser-
ve, mas mesmo assim acho que chega, quando
tiver com mais imaginação penso em como será o
meu “pincel” .
Uma semana depois, no mesmo dia.
Quando acordei esta manhã lembrei-me de que
não tinha pensado em nada para debater hoje na
aula.
Crónicas
Página 12 Bloco de Notas | Edição II
Crónica
“Não há nada que possa ocupar o lugar de uma
estante cheia de livros que nós próprios lá coloca-
mos.”
A mãe costumava dizer-me esta frase, seguida
com um:
-Um dia irás perceber…
Acho que hoje percebi. Talvez a prateleira seja o
nosso coração e se nós o enchemos, nada vai
poder ocupar esse espaço que está preenchido.
Não sei o que tem a ver com este assunto. Talvez
seja o facto de quando o nosso coração está
preenchido, não tenhamos a tentação de mudar,
de nos esconder das pessoas só porque temos
medo daquilo que vão dizer, pensar ou achar da
nossa pessoa.
Não sei o que deva dizer… Estou muito confusa. A
professora vai fazer aquela cara de insatisfação,
ainda por cima comigo! Que sou a única aluna
que gosta de Formação Cívica. Bem, não gosto,
mas visto que é a única disciplina em que não nos
temos de esforçar muito nem precisamos de
estudar é boa.
Antes de entrar para a sala de aula, imaginei-me
como se fosse um pintor. Imaginei que tinha a
minha paleta cheia de cores, o azul, o verde, o
amarelo, o vermelho e todas as outras cores. Em
frente tinha a minha tela, em branco. Como qual-
quer pintor se sente transtornado quando lhe é
pedida uma tela, com uma belíssima obra de
arte, eu fiquei transtornada por esta estar em
branco e eu não saber o que desenhar!
Já na aula fiquei à toa, pois não sabia o que ia
dizer. Quando chegou a minha vez disse:
-Crescemos a pensar que as nossas respostas
estão no futuro. A adolescência pode ser uma
altura confusa. Tão depressa estamos na maior
como te sentes pessimamente. As coisas são
espectaculares num dia e no seguinte passam a
ser uma seca. E na verdade nem compreendemos
porquê! Por isso os anos mais difíceis da vida são
aqueles entre os dez e os setenta.
Não percebi o que disse. Saiu-me da boca para
fora. Mas acho que a professora concordou, já
que tinha ficado a olhar para mim com um enor-
me sorriso quando eu lhe acabara de dizer isto.
No final da aula chamou-me e disse que queria
falar comigo. Como era o último tempo, fiquei, e
também não custa muito ficar um bocadinho ali.
-Gostei do que disseste Joana. Foste uma das
melhores, como é habitual, mas pensei que desta
vez te ia dificultar o trabalho, afinal não. Estás de
parabéns.
Quando me disse aquilo fiquei embasbacada! Será
que está a falar a sério? Não deve estar a brincar…
Agradeci e fui-me embora.
Decidi que de agora em diante, vou começar a
pintar. Vou fazer montes de desenhos, em tela,
com aguarelas, guaches, a óleo… Com muitas
cores, os meus quadros vão ser alegres, abstractos
(pois, porque eu não sei desenhar) e vou coloca-
los por toda a casa. Vou tirar aquela coisa horrível
que a minha mãe tem por cima da televisão e pôr
lá uma obra de arte minha.
Mónica, 8ºA
Página 13 Bloco de Notas | Edição II
À Conversa com o…..Prof. Óscar
Alunas: Há quantos anos é professor?
Prof. Óscar: Há 31 anos.
A: Como se considera na sua profissão?
P.O: A gente é muito difícil falar de nós, mas acho
que tenho uma boa relação com os alunos e enfim,
acho que quem trabalha no que gosta é feliz.
A: Estabelece uma boa relação com os seus alunos?
P.O: Está relacionada com a resposta anterior uma
vez que tenho uma relação de muita proximidade,
enfim posso dizer que brinco muito com os alunos
mas não deixo de fazer o trabalhinho.
A: Pensa que os seus alunos o consideram um bom
professor?
P.O: Pois, aí está uma pergunta muito difí-
cil, é muito difícil analisarmo-nos a nós pró-
prios, era bom perguntarem isso aos meus
alunos. Sem ser muito vaidoso, eu quero
pensar que sim.
A: É um sonho que já nasceu consigo?
P.O: Vamos ver, eu não posso dizer que nasceu
comigo, mas nasceu com a minha vivência desporti-
va, fui muito habituado à prática do desporto. Lem-
bro-me que nos maristas (escola que frequentou),
não havia aulas às quartas
e essas tardes eram dedica-
das ao desporto, e isso des-
pertou interesse para ser o
que sou.
A: E na sua juventude, praticava desporto ou passa-
va horas no computador?
P.O: Pois, pois! Essa questão do computador veio
tirar a prática do desporto. Reconheço que é muito
difícil praticar desporto. Hoje em dia é preciso lutar
muito contra isso, é muito complicado! Há que sen-
sibilizar as pessoas para a prática desportiva.
A: Como sabe, os jovens de hoje em dia passam o
tempo todo em frente ao computador, em vez de
aproveitarem o bom tempo e fazerem desporto. O
que pensa em relação a isso?
P.O: O que eu disse atrás está ligado com esta per-
gunta. Fazer corridinhas com fones… Há muita coi-
sa que se pode fazer. Aliás, hoje em dia, há quem
tenha três computadores em casa e, estando no
mesmo espaço, muitas vezes comunicam por com-
putador. Já não há comunicação interpessoal…
A: Se pudesse o que faria para mudar esta situa-
ção?
P.O: Bom, não se pode proibir os computadores.
No meu dia-a-dia alerto os meus alunos para não
descuidarem a prática do desporto. Sensibilizo os
jovens para respirarem o ambiente saudável.
A: Que alternativas existem na escola face ao
sedentarismo dos jovens?
P.O: Bom, para além das acti-
vidades curriculares, talvez
não existam muitas! Penso
que deviam haver mais acti-
vidades extra-curriculares.
A: Existe muita procura por parte dos alunos? Se
sim sente-se feliz por isso?
P.O: Existe! Existem muita procura por parte dos
alunos, principalmente futebol, sinto-me feliz,
quando os alunos me pedem para jogar isto, ou
aquilo…
A: Acha que os jovens de hoje fazem
mais ou menos desporto do que os
jovens da sua altura?
P.O: Fazem menos! A oferta é muita
para ficar em casa, a jogar playstation. Lembro-me
que não minha juventude até com meias fazias-
mos bolas e jogávamos.
A: Que conselhos dá aos jovens de hoje?
P.O: Foi aquilo que já vos disse! Tento fazê-los ver
que é bom, respirar ar puro, que pratiquem des-
porto, porque daqui a uns anos vão sentir! Eu cos-
tumo dizer que o desporto não dá vida eterna,
m a s d á q u a l i d a d e d e v i d a !
Carina e Rita, 8ºA
“Há que sensibilizar as pessoas
para a prática desportiva.”
À Conversa com… Prof. Óscar
“ O desporto não dá vida
eterna, mas dá qualidade
de vida!”
Página 14 Bloco de Notas | Edição II
É viciado na Internet?
Entretenimento
A cada uma das questões seguintes responda uma das opções:
1 – Raramente
2 – Ocasionalmente
3 – Frequentemente
4 – Quase Sempre
5 – Sempre
6- Não se aplica
1. Com que frequência tem consciência de que está há muito tempo na internet?
2.Com que frequência deixa de arrumar o quarto para estar no computador?
3. Com que frequência prefere estar na Internet em vez de estar com o namorado (a)?
4. Com que frequência fazes novas amizades com outros utilizadores on-line sem os conheceres?
5. Com que frequência as pessoas que fazem parte da sua vida se queixam sobre a quantidade de
tempo que passa on-line?
6. Com que frequência as suas notas ou trabalhos escolares sofrem alterações devido à quantida-
de de tempo que passa on-line?
7. Com que frequência verifica o correio electrónico antes de fazer outra coisa que prrecise ?
8. Com que frequência o seu desempenho ou produtividade no trabalho/escola sofrem alterações
devido à Internet?
9. Com que frequência tem uma atitude agressiva quando alguém lhe pergunta o que está a fazer
on-line?
10. Com que frequência recorre á internet para esquecer os seus problemas?
11. Com que frequência se encontra ansioso(a) por voltar a estar on-line novamente?
12. Com que frequência tem receio de que a vida sem Internet seja aborrecida, vazia e sem ale-
gria?
13. Com que frequência refila, grita ou fica irritado(a) se alguém o(a) incomoda enquanto está on-
line?
14. Com que frequência perde o sono devido a estar na Internet até muito tarde?
Página 15 Bloco de Notas | Edição II
Entretenimento
15. Com que frequência fica preocupado com a Internet quando não está on-line?
16. Com que frequência dá por si a dizer "só mais uns minutos" quando está on-line?
17. Com que frequência tenta reduzir a quantidade de tempo que passa on-line e não consegue?
18. Com que frequência tenta esconder a quantidade de tempo que passou on-line?
19. Com que frequência escolhe passar mais tempo on-line em vez de sair com outras pessoas?
20. Com que frequência se sente deprimido(a), instável ou nervoso(a) quando não está on-line e isso desapa-
rece quando volta a estar on-line?
Resultados: Depois de ter respondido a todas as questões, some os números ( de 1 a 5) que seleccionou para
cada resposta para obter uma pontuação final. Quanto mais alta a pontuação for, maior é o nível de dependên-
cia e os problemas que o uso da Internet provoca. Siga a seguinte escala para medir a sua dependência da Net:
20-49 Pontos: Você é um utilizador on-line médio. Por vezes poderá até navegar na Web um pouco demais, no
entanto, tem controlo sobre a sua utilização.
50-79 Pontos: Você está a ter problemas ocasionais ou frequentes devido ao uso da Internet. Deve considerar
o verdadeiro impacto de estar on-line na sua vida.
80-100 Pontos: A utilização da Internet está a causar problemas significativos na sua vida. Deve avaliar o
impacto da Internet e lidar com os problemas causados directamente pela sua utilização da mesma.
Palavras Cruzadas
Pedro Jorge 8ºA
Página 16 Bloco de Notas | Edição II
Dia Europeu da Internet Segura 2010
Decorreu, no passado dia 9 de Fevereiro o Dia Europeu da Internet Segura. Para comemorar este
dia a nossa turma realizou alguns vídeos relacionados com a Segurança na Internet.
Cuidados ao navegar na Internet
Nunca reveles o teu nome, número de telefone, endereço, palavras-chave, ou quaisquer outras
informações pessoais, mesmo que estas te sejam pedidas nos sítios Web que consultas.
Se algo que estás a ler ou a ver no computador te fizer sentir pouco à vontade, desliga-o de
imediato.
Nunca aceites encontrares-te pessoalmente com alguém que conheceste online.
Quando usares o chat, escolhe um nome de utilizador que não revele quem tu és.
Abandona a sala de chat se alguém te começar a insultar ou humilhar.
Não envies fotos para pessoas que não conheces.
Se tens hi5 ou Facebook deves ter os seguintes cuidados: Coloca o teu perfil como privado.
Pensa bem antes de aceitares um pedido de amizade.
Verifica com frequência os comentários que tens na tua pagina.
Não envies nem partilhes fotos para pessoas que não conheces.
Links Úteis: http://www.seguranet.pt
http://www.miudossegurosna.net
http://www.seguranet.pt
http://dadus.cnpd.pt
http://www.jovensonline.net
http://www.internetsegura.pt
http://www.saferinternet.org
Beatriz, 8ºA
Agrupamento Vertical de Escolas da Alembrança
www.eps-feijo.rcts.pt
Artigo