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Pedro Rodrigues Enfermeiro Professor Substituto - UnB

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Pedro RodriguesEnfermeiro

Professor Substituto - UnB

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PCR - Interrupção súbita e brusca da circulação sistêmica e da respiração, que se não revertida em tempo hábil pode resultar na morte.

MORTE ENCEFÁLICA - Necrose do tronco e do córtex cerebral pela falta de oxigenação por mais de 5 minutos

MORTE BIOLÓGICA IRREVERSÍVEL - Deterioração irreversível dos órgãos e sistemas, que se segue à PCR, quando não se instituem as manobras de circulação e oxigenação.

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O prognóstico de pacientes com parada cardiorrespiratória (PCR) ainda é muito ruim.

Estima-se 30 PCR/semana/1milhão habitantes;

• No Brasil (175 milhões)• - 279.000 por ano

• - 748 por dia

• - 01 a cada 02 minutos

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Os pacientes ficam sem compressão torácica por quase 1/4 do tempo da RCP;

• Em mais de 1/3 dos pacientes, as compressões não foram adequadas;

• Os socorristas costumam hiperventilar o paciente (freqüência respiratória média de 21/minuto);

• Pior ainda, quase 60% das PCR’s são ventiladas com freqüência maior que 20/minuto

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A única chance de sobrevivência de uma vítima de PCR é um socorro rápido e ordenado;

Já foi mencionado que nas melhores séries de estudo, os resultados excelentes de atendimento a PCR tiveram um máximo de 30% de sucesso;

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A partir do momento que ocorre a PCR o paciente só tem 50% de chance de ser recuperado;

A cada minuto sem atendimento 10% das chances se vão;

Após 5 minutos sem socorro, não haverá mais o que fazer (0% de chance de recuperar o paciente).

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Cardiopatias (a doença aterosclerótica coronária é a mais importante);

• Hipertensão arterial; • Diabetes; • Antecedentes familiares de morte súbita; • Anóxia; • Afogamento; • Pneumotórax hipertensivo; • Hemopericárdio; • Choque; • Obstrução das vias aéreas; • Broncoespasmo e • Reação anafilática;

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Dor torácica (difusa)SudoreseTonturaEscurecimento visualPerda de consciênciaAlterações neurológicasSinais de baixo débito cardíacoPalpitações precordiais

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Sinais Clássicos Perda da consciência; Ausência de movimentos respiratórios; Ausência de pulsos em grandes artérias

(carotídeo e femural).

Sinais Tardios Mídriase (>1 min); Cianose; Lividez (2 a 4h);

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PROCEDIMENTOS INICIAIS APÓS O RECONHECIMENTO DE UMA PCR

Solicitar ajuda/desfibrilador/monitor;

Colocar a vítima em decúbito dorsal sobre uma superfície plana e dura;

Manter a cabeça e o tórax no mesmo plano;

Iniciar suporte básico de vida (ABCD primário).

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Destaques das Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE

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SUPORTE BÁSICO DE VIDA

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SUPORTE BÁSICO DE VIDA

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Acionamento do serviço de emergência/urgência

Identificação de “gasp agônico” pelo atendente/operador.

O atendente/operador deve fornecer instruções para RCP

Ênfase nas compressões torácicas

Alteração na sequência da RCP: C-A-B, em vez de A-B-C*

Eliminação do procedimento “Ver, ouvir e sentir se há

respiração”*

O esterno adulto deve ser comprimido, no mínimo, 2 polegadas

(5 cm).

Frequência de compressão torácica: mínimo de 100 por minuto.

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AÇÃO: Chegando próximo do paciente falando em voz alta e tocando o paciente perguntamos:

“Senhor! Você está bem?”

O paciente não responde: Está Inconsciente ou apresenta “gasp agônico”!!

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AÇÃO: Ordenar a chegada do desfibrilador no local de atendimento.

"Traga o carrinho de parada com o desfibrilador!"

Agora sim, com ajuda a caminho, se inicia o algoritmo de suporte de vida.

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CHIN LIFT + HEAD TILT – SEM TRAUMA

JAW TRUST – COM TRAUMA

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Garanta Boa Respiração

AÇÃO: Aplique duas respirações de resgate.

(executando a manobra de Sellick )

O paciente não respira!

2 ventilações de 1 segundo cada, sem inspiração forçada

prévia

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Garanta Boa Respiração

AÇÃO: Aplique duas respirações de resgate.

(executando a manobra de Sellick )

O paciente não respira! Duas (02) ventilações de um (01) segundo cada, sem inspiração forçada prévia

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Não há evidências que comprovem sua eficácia. Há dados que sugerem aumento da mortalidade com piora neurológica importante.

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Ewy (2005) Circulation

Modeloem porcos

Ao

AD

Pressão de perfusão coronária

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•Técnica da massagem cardíacaTécnica da massagem cardíaca

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Compressão• Aumento da pressão torácica• Esvaziamento (coração e pulmão)

Descompressão (retorno)• Diminuição da pressão torácica• Reenchimento (coração e pulmão)

Retorno completo do tórax é fundamental

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RCP: 05 ciclos de 30:02 (enquanto não estiver intubado).

RODIZIAR quem comprime a cada 5 ciclos ou 2 minutos.

RCP de QUALIDADE: minimizar interrupções.

PROFUNDIDADE: > 5 cm adulto.

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Instalar o desfibrilador

Identificar o ritmo(FV/TV)

Aplicar desfibrilação:

01 CHOQUE de 360J monofásico ou

01 CHOQUE de 200J bifásico.

Iniciar a massagem cardíaca imediatamente após chocar - 05 ciclos de 30/2 (2 MIN)

Checar pulso.

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- Se tempo resposta for < 4/5 min (fase elétrica) – Desfibrilação seguida de RCP.

- Se tempo resposta > 4/5 min (fase metabólica) – 1 ciclo RCP antes da desfibrilação.

- Apenas 1 CHOQUE a cada 5 ciclos ou 2 minutos de RCP.

- Sempre retomar a RCP imediatamente após choque.

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Cuidados na aplicação do cardioversor/desfibrilador

Passo nº 1 - Ligar o aparelho

Passo nº 2 - Colocar as pás do desfibrilador no paciente

Passo nº 3 - Verificar o ritmo

Passo nº 4 – Desfibrilar Avisar o choque

Aplicar o choque

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CRIANÇAS: Uso de DEA/DAE em crianças agora inclui bebês; se possível usar atenuador de carga pediátrica. (4 a 9 J/kg)

2. ÁGUA: Retirar a vítima do contato com a água; secar rapidamente o peito da vítima, antes de aplicar os eletrodos;

3. MARCAPASSO: Aplicar os eletrodos a pelo menos a 03 cm de distância da borda de qualquer dispositivo implantado;

4. TRANSDÉRMICOS: Remover o adesivo, limpar e secar a área, antes de conectar o DEA

5. PELOS: Raspá-los com lâmina antes de conectar o DEA.

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O suporte avançado de vida (SAV) consiste no ABCD secundário, que ocorre na seqüência do suporte básico de vida (SBV).

Nele utilizam-se equipamentos adequados para maior oxigenação e ventilação associados ao uso de medicamentos e à busca do diagnóstico.

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A) Estabelecer VIA AÉREA DEFINITIVA

B) VENTILAÇÃO

C) CIRCULAÇÃO (acesso venoso e monitorização)

D) MEDICAMENTOS e Diagnóstico Diferencial.

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O sistema bolsa-válvula-máscara, ligada a uma fonte de O2 com 10 l/min, pode oferecer uma concentração próxima de 100% de O2 (quando bem adaptada ao rosto do

paciente, para evitar vazamentos).

Seu maior inconveniente é a distensão gástrica, o que dificulta a expansibilidade do diafragma, diminuindo o volume corrente e facilitando a aspiração do conteúdo gástrico.

Deve-se, então, proceder à intubação oro ou nasotraqueal.

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INTUBAÇÃO TRAQUEAL

a) Isola a via respiratória;

b) Permite a ventilação com pressões menores e sem necessidade de sincronismo, evitando o risco de barotraumas e de distensão gástrica;

c) Funciona como via de “acesso alternativa” para a administração de medicamentos

A intubação traqueal deve ser realizada rapidamente. Cada tentativa não pode exceder 30 segundos..

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Logo após a intubação deve-se testar a posição do tubo dentro da traquéia. Inicia-se a ausculta pelo epigástrio, segue-se a do pulmão esquerdo e depois do direito. Estando em posição correta, insuflar o cuff e fixar o tubo com muito cuidado.

A capnografia quantitativa com forma de onda é recomendada para a confirmação e a monitorização do posicionamento do tubo endotraqueal e a qualidade da RCP.

Estabelecer uma FR entre 8 e 12 rpm.

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Se o paciente não dispuser de um acesso venoso previamente à PCR, deve-se obter rapidamente esse acesso, preferencialmente periférico e nos membros superiores (veia antecubital).

A monitoração deve ser feita, inicialmente, com as duas pás do desfibrilador, o que permite a desfibrilação imediata. Após este momento, à monitoração cardíaca permite identificar a modalidade elétrica da PCR.

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a) Fibrilação Ventricular (FV)

b) Taquicardia Ventricular sem Pulso (TV)

c) Assistolia (pior prognostico)

d) Atividade Elétrica sem Pulso - AESP

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A constatação de fibrilação ventricular prioriza a desfibrilação antes de qualquer outra conduta.

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Ritmo taquicárdico com complexos QRS alargados e aberrantes, mas com morfologia e freqüência regulares

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Ausência total de atividade elétrica do coração. Atentar para desconexão de eletrodos ou ondas fibrilatórias finas perpendiculares. Há indicação formal para marca-passo transcutâneo (MPTC)

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Embora não se detectem pulsos, encontra-se no monitor uma atividade elétrica organizada, geralmente com complexos largos e bizarros;

O problema esta na bomba cardíaca!

Apesar do mau prognóstico, algumas causas (6H e 5T), quando corrigidas, podem tornar o quadro reversível;

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6H

- Hipóxia- H acidose- Hipovolemia- Hipotermia- Hiper ou

hipocalemia- Hipoglicemia

6T

- Tamponamento- PneumoTórax- T.E.P- InToxicação- Trombose

coronariana- Trauma

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O diagnóstico da mais provável causa da PCR é fundamental para uma RCP mais eficaz.

Após a administração de um medicamento, deve-se sempre proceder à infusão de 20 ml de solução salina seguida da elevação do braço por cerca de 3 segundos, visando facilitar a chegada do medicamento ao coração, evitando que sua ação se perca ainda nos vasos periféricos.

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1) Adrenalina Utilizada em todos os casos de PCR. Seu efeito vasoconstritor periférico

intenso aumenta a pressão na aorta, melhorando o fluxo coronariano e cerebral. A dose recomendada é de 1 mg IV repetida a cada 3 ou 5 min.

2) Vasopressina Tão eficaz quanto a adrenalina e com menos efeitos negativos para o coração.

Tem uma duração mais longa (10 a 20 min). Além da via IV , pode ser administrada por via intraóssea na dose de 40 UI.

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3) Atropina- Pelo seu efeito de bloqueio vagal, é utilizada nas bradicardias acentuadas e nos bloqueios atrioventriculares (BAV).

4) Amiodarona- A amiodarona é o antiarrítmico de escolha na FV refratária. Na PCR a dose é de 300 mg IV bolus seguida, se necessário, de outra dose de 150 mg após 3 a 5 min.

5) Bicarbonato de Sódio* - Não há indicação formal para o seu uso em PCR. Usualmente utilizado para

corrigir acidose de origem metabólica. seu uso está indicado na dose de 1mEq/kg a cada 10 min, sempre guiado pela gasometria arterial.

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- Pode-se usar ainda: - Lidocaína, Procainamida, Sais de Cálcio e

Magnésio.

OBSERVAÇÕES

1. Drogas vasoativas são utilizadas após a reanimação com a finalidade de se manterem estáveis as condições hemodinâmicas do paciente.

2. A reposição volêmica rápida está indicada em situações em que a PCR for desencadeada por trauma, com perdas volêmicas evidentes.

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Exame clínico completo Monitoração cardíaca contínua e ECG completo Manutenção de Acesso venoso Radiografia do tórax Exames laboratoriais (gasometria, bioquímica...) Medicamentos para manutenção das condições

hemodinâmicas; Posicionamento (Fowler); Sondagem gástrica e vesical; Controle térmico e glicêmico.

Com o sucesso RCP, ainda no local da PCR, todo cuidado deve ser tomado no sentido de vigiar o paciente, prevenindo-se, por exemplo, a recorrência imediata de FV secundária a hipóxia, hipotensão ou ação de medicamentos que estão sendo utilizados no momento.

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Diagnóstico precoce; Início rápido das manobras; Equipe treinada; Desfibrilador e cardioversor disponível; Equipamentos testados e sempre

disponíveis; Medicamentos disponíveis; Obediência aos protocolos de

atendimento – ABCD primário e secundário.

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CARDIOVERSAO

Utilizado em pacientes portadores de arritmias graves com repercussao hemodinamica.

Necessita sincronismo!

DESFIBRILACAO

Utilizado somente em FV/TV, ou seja em PCR.

Nao tem como ter sincronia, uma vez que não ha ritmo.

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Pedro RodriguesEnfermeiro – CTI HUB

[email protected](61) 3448-5556 (61) 82126900