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Boas Práticas no Manuseio de Animais de Laboratório:
Cuidado com os Animais Experimentais
Marcella M. Terra
Biomédica 2013
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Pesquisa Pré-Cliníca - Importância
Melhorar a Qualidade de Vida
Buscar a cura e tratamento de doenças
Aumentar a Expectativa de Vida
Dependem do uso de animais de
experimentação
Faltam sistemas alternativos que
permitam a substituição (in vitro)
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Espécies mais utilizadas
3
ESTUDOS EXPERIMENTAIS Princípios de Russel e Burch – 3 R’s
"REPLACEMENT” - SUBSTITUIÇÃO (REPOSIÇÃO) "REDUCTION” - REDUÇÃO "REFINEMENT” - REFINAMENTO
Ética
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Lei 11.794
Regulamentação do Uso de Animais para fins didáticos e científicos
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Legislação
CEUA´s 6
SEGURANÇA NA PESQUISA
COMPROMISSO DO PESQUISADOR : CIENTÍFICO ÉTICO
NA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA:
O FIM NUNCA JUSTIFICA OS MEIOS: Há necessidade do uso correto dos animais
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SEGURANÇA NA PESQUISA - Conhecimento
Instrumentos de trabalho
Padrão de qualidade animal
Padrão microbiológico e parasitológico
Padrão genético
Destreza técnica 8
Biossegurança em Biotério de Experimentação
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Ítens a serem observados
Instalações Planejamento na construção (espécie animal a ser utilizada,
manutenção de patógenos...)
Sistema de ventilação adequado (renovação de 100% do ar, 15 a 20 trocas de ar/hora)
Fluxos operacionais – áreas limpas/sujas Monitoramento de temperatura, umidade, gases e
poluentes (CO2 e amônia)
Barreira para controle de contaminações
Bem estar animal
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Animais de laboratório:
• Risco para quem os maneja • Doentes ou não • Podem carrear agentes patogênicos (Zoonóticos) • Todas as pessoas que estão envolvidas no manejo
devem ter consciência deste risco.
RISCOS
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A higiene pessoal constitui uma importante barreira contra infecções. Lavar as mãos antes e após manipular qualquer animal reduz o risco de
disseminar doenças, bem como o de auto-infecção. É obrigatório o uso de luvas para qualquer procedimento com animais Uniforme (Jaleco, calça , máscara) – retirados antes de sair
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BEM-ESTAR
Refere-se a uma satisfatória qualidade de vida que envolve determinados aspectos referentes a saúde
física e mental (Dor e Estresse) 13
ESTRESSE E DOR
DIFICILMENTE RECONHECIDOS POR OBSERVADORES NÃO TREINADOS ESTÍMULO DOLOROSO / ESTRESSE
ESTRESSE / MODIFICAÇÕES FISIOLÓGICAS
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ESTRESSE
LIBERAÇÃO DE CORTISOL RESPOSTAS ORGÂNICAS
METABÓLICAS
IMUNES
NEUROVEGETATIVAS
LIBERAÇÃO DE ADRENALINA
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RESPOSTAS ORGANICAS ELEVAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL HIPERGLICEMIA ↑ DA CONTRATILIDADE DO MÚSCULO
ESQUELÉTICO CATABOLISMO DE CREATININA ↑ ÁCIDO LACTICO
HIPERVENTILAÇÃO
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CAUSAS DE ESTRESSE
ERROS DE MANEJO
– Ambientes mal ventilados – Má organização de tarefas – Presença de estranhos – Ruídos fortes ou estranhos – Aplicação de novos procedimentos
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Porfirina- sinal de estresse
18 Manual de Cuidados e Procedimentos com Animais de Laboratório do Biotério de Produção e Experimentação da FCF-IQ/USP
COMO EVITAR O ESTRESSE
INSTALAÇÕES ADEQUADAS NÚMERO ADEQUADO DE ANIMAIS PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES (POPs) Possíveis de serem: APLICADAS CONTROLADAS!!
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DOR RECONHECER A DOR
DIFERENCIAR DOR E NOCICEPÇÃO
CONHECER A ESPÉCIE EM QUESTÃO NIVEL DE ORGANIZAÇÃO SOCIAL CUIDADO COM OS PADRÕES DE COMPARAÇÃO
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DOR
ACEITAR QUE OS ANIMAIS SOFREM DOR Analgésicos vs Antinociceptivos
ACEITAR O USO DE ANALGÉSICOS NOS
ESTUDOS EXPERIMENTAIS Muitos pesquisadores se negam !!! 21
Vias de Administração e Coleta de amostras biológicas
www.lachesisbrasil.blogspot.com 22
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Escolha da via de administração: - Agente a ser administrado, - Espécie animal, - Proporção entre o volume administrado e o local.
23 andreaarpinto.blogspot.com
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
• Cada técnica: vantagens e desvantagens. • Administração de substâncias/coleta. (ESTRESSE) • Procedimento Pessoa qualificada.
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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Via Oral:
Mistura da substância na dieta ou dissolução na água.
ferrazmaquinas.com.br
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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Administração por gavage (intra-gástrica)
Uma cânula de aço com esfera na extremidade é cuidadosamente introduzida na boca do animal passando pelo esôfago e
chegando ao estômago onde o material é dispensado.
www.fcfar.unesp.br
26
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
VIA ORAL (VO) - GAVAGE
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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Gavage:
• Vantagem: dosagem exata , com intervalos de tempo bem controlados.
• Desvantagem: administração incorreta - perda
do animal.
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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via subcutânea: • Áreas de escolha: áreas dorsolaterais do pescoço, ombro. • Raramente induz dor e realizada com animais conscientes.
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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via intraperitoneal: • Realizada no quadrante inferior do abdômen do animal. • A absorção é variável. • Cuidado: não puncionar o trato intestinal. • Materiais irritantes podem causar peritonite.
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VIAS DE
ADMINISTRAÇÃO Via intramuscular:
• Músculo esquelético. • Evitar áreas próximas a estruturas ósseas, nervos e vasos
sanguíneos. • Administração dolorosa. • Múltiplas doses - locais diferentes.
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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via intravenosa:
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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Espécie
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Subcutânea (ml/ sítio)
Intramuscular (ml/ sítio)
Intraperitoneal (ml)
Intravenosa (ml)
Intranasal (ml)
Oral (ml/ kg)
Camundongo 0,5 0,05 2,0-3,0 Veia caudal- 0,2 0,05 20
Rato 1,0-2,0 0,1 5,0-10,0 Veia caudal e peniana- 0,5
0,05-0,1 10
Hamster 3,0 0,1 3,0-4,0 Veia femural ou jugular- 0,3
Não aplica 20
Cobaia 5,0 0,5-1,0 10,0-15,0 Veia do pavilhão auricular e safena- 0,5
Não aplica 20
Coelho 30,0 1,0 50,0-100,0 Veia marginal- 1,0-5,0
Não aplica 5
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COLETA DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS
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Coleta de amostras biológicas
- Coleta não- invasiva de urina e fezes necessita
de gaiola metabólica.
http://www.instrulab.com.br/detalhes.php?id=32 35
Coleta de amostras biológicas
Coleta de sangue: - Roedores: sinus retro orbital; veia jugular; veia maxilar; veia safena e coração. - Hamster: veia cefálica - Coelhos: veia marginal da orelha.
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LOCAL DE COLETA DE SANGUE
Espécie
Veia safena
Veia da orelha
Coração (A)
Veia jugular
Plexo orbital (A)*
Veia/ artéria
da cauda
Secção da cauda
(A) Camundongo X X X X X
Rato X X X X X X
Cobaia X X X X X
Coelho X X X X
Hamster X X X X X
(A): Sob anestesia geral. * Opcional
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Coleta de amostras biológicas
Escolha da técnica: • Depende: Espécie animal. Volume – tipo de análise. Frequência de coleta.
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Coleta de amostras biológicas
Volume de sangue: • Volume sanguíneo total do camundongo é de 6 a 8%
do seu peso corporal, ou 6 a 8 mL de sangue por 100g de peso.
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Vias de coleta de sangue
SEM anestesia: - Veia dorsal da pata - Veia Submandibular - Veia Safena
VEIA DORSAL DA PATA.
Fonte: HOFF,Janet. Methods of Blood Collection in the Mouse. Technique – Lab Animal 29:47-53, 2000. 40
Vias de coleta de sangue SEM anestesia: Veia safena: - Superfície externa da coxa do animal.
- Pode ser repetida algumas vezes para coleta de pequenos volumes.
VEIA SAFENA
41 Manual de Cuidados e Procedimentos com Animais de Laboratório do Biotério de Produção e Experimentação da FCF-IQ/USP
VEIA FACIAL
•
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SEM ANESTESIA
Manual de Cuidados e Procedimentos com Animais de Laboratório do Biotério de Produção e Experimentação da FCF-IQ/USP
Vias de coleta de sangue COM anestesia: Veia da cauda: • Ratos, mergulhe a cauda do animal por 10 seg. em água com temperatura < 40ºC (vasodilatação). • Não esfregar a cauda da base ao ápice - leucocitose.
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Vias de coleta de sangue
COM anestesia: Sinus orbital: • Deitar de lado o camundongo anestesiado na mesa.
• Risco de cegueira ou ulceração ocular- procedimento incorreto.
www.lookfordiagnosis.com 44
Vias de coleta de sangue
COM anestesia: Punção Cardíaca: • Grande volume de sangue.
45 Manual de Cuidados e Procedimentos com Animais de Laboratório do Biotério de Produção e Experimentação da FCF-IQ/USP
BEM ESTAR ANIMAL
AMADORISMO PROFISSIONALISMO
BOAS PRÁTICAS
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Referências: LAPCHIK, V. B. V.; MATTARAIA, V. G. de M.; KO, G. M. Cuidados e Manejo de Animais de Laboratório. Rio de Janeiro, Atheneu 1ºed.,2009. http://www.procedureswithcare.org.uk/ http://www.jove.com
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