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ENGENHARIA AGRONÔMICA MARÇO DE 2012 BOAS PRÁTICAS PARA USO EFICIENTE DE FERTILIZANTES NA CULTURA DA SOJA Prof. Dr. Volnei Pauletti Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

BOAS PRÁTICAS PARA USO EFICIENTE DE FERTILIZANTES NA … · 2020-03-01 · camadas 0-10 e 10-20 cm, aliada ao efeito da calagem e da adubação em subsuperfície (10-20 cm), determina

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ENGENHARIA AGRONÔMICA MARÇO DE 2012

BOAS PRÁTICAS PARA USO EFICIENTE DE

FERTILIZANTES NA CULTURA DA SOJA

Prof. Dr. Volnei Pauletti

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Núcleo Estadual do Paraná

Presidente: Gonçalo Signorelli de Farias - Iapar

Diretor: Oromar João Bertol - Emater

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Núcleo Estadual do Paraná

Publicações:

- Boletins técnicos

- Manual de adubação e calagem para o PR

Promove a Reunião Paranaense de Ciência do Solo

Próxima (III): Londrina, Maio de 2013

ENGENHARIA AGRONÔMICA MARÇO DE 2012

BOAS PRÁTICAS PARA USO EFICIENTE DE

FERTILIZANTES NA CULTURA DA SOJA

Prof. Dr. Volnei Pauletti

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Brasil: -Segundo produtor de soja no mundo

- 75 milhões de toneladas - 24,2 milhões de ha

- 3106 kg ha-1

BPUFs - soja

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

EUA - Primeiro produtor de soja no mundo

- 91 milhões de toneladas - 31 milhões de ha

- 2922 kg ha-1

Soja é uma cultura exigente em nutrientes e

responsiva a aplicação de

adubos

BPUFs - soja

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Pauletti, 2004

EXTRAÇÃO DE NUTRIENTES – SOJA E MILHO Por tonelada de grãos

Soja Milho

N 79,4 24,9P2O5 16,7 9,9

K2O 38,5 21,8

Ca 13,1 3,9Mg 7,1 4,4S 8,3 2,6

Fe 460 236Cu 26 10Zn 61 48B 77 18Mn 130 43Mo 6,5 1

Macronutriente kg

Micronutriente g

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

9,59%

18,68%

24,20%22,71%

12,41%

6,97%

5,43%

Sementes

Fertilizantes

Defensivos

Máquinas

Transp+Coop

Outros

Financeiro

Custos de produção

Fundacão ABC, 2008

- Critérios para diagnóstico da fertilidade do solo - Dose adequada de nutrientes para a soja - Estratégia de aplicação de fertilizantes na soja - Qualidade dos fertilizantes

BPUFs - soja

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Dose Fonte Época Local

CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO

DA FERTILIDADE DO SOLO

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

ClasseArgiloso* Arenoso**

M. Baixo < 5,1Baixo < 3,1 5,1 - 10,0Médio 3,1 - 6,0 10,1 - 14,0Alto 6,1 - 9,0 > 14,0M. Alto > 9,0

Solo

_______ mg dm-3 _______

TEOR DE NUTRIENTES NO SOLO – PR

Tabelas de interpretação

* Para solo com teor de argila superior a 350 g kg-1. ** Para solo com teor de argila inferior a 350 g kg-1. Adaptado de OLEYNIK et al., 1998.

Fósforo (mg dm-3) – Mehlich 1

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

ClasseArgiloso* Arenoso**

Baixo < 0,10 < 0,06Médio 0,10 – 0,20 0,06 – 0,13Alto 0,20 – 0,30 > 0,13M. Alto > 0,30 -

Solo

______ cmolc dm-3 ______

TEOR DE NUTRIENTES NO SOLO – PR

Tabelas de interpretação

* Para solo com teor de argila superior a 400 g kg-1. ** Para Arenito Caiuá. Embrapa Soja, 2010

Potássio – Mehlich 1

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Classe P resina Kmg dm-3

mmolc dm-3

Muito Baixo ≤ 6 ≤ 0,7Baixo 7 - 15 0,8 - 1,5Médio 16 - 40 1,6 - 3,0Alto 41 - 80 3,1 - 6,0Muito Alto > 80 > 6,0

TEOR DE NUTRIENTES NO SOLO - SP

Tabelas de interpretação

IAC – Boletim 100, 1996

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Origem das tabelas de interpretação Dpto de Solos e Engenharia Agrícola

Nutrição Mineral de Plantas

Recomendação de corretivos Recomendação de adubo

1 ha = 2.000.000 kg de solo

Amostra = 200-300 g – 0,0000001%

Laboratório = pH: 10 g

P,Ca,Mg e K: 2,5 g

M.O.: 1g

Boa coleta

ANÁLISE DE SOLO

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Amostragem de solo no PD

Variabilidade vertical

Variabilidade horizontal

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

+- 8 cm

Variabilidade vertical

+- 10 cm

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

ADUBO E CALCÁRIO NA SUPERFÍCIE

ADUBO NO SULCO

Profundidade

amostragem

0-20 cm 0-10 cm

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

0-5 cm

Prof. (cm) pH CaCl2 H+Al Ca Mg K P* 0,01 M ------------------- mmolc/dm3 ------------------- mg/kg

0 – 2,5 5,76 23,8 58,3 33 5,7 17,57 2,5 - 5 5,72 25,2 53,6 32,9 2,7 11,57 5,0 – 10 5,40 31,3 43,3 27 1,7 8,43 10 – 20 4,92 40,9 26,9 17,3 1,2 3,00 20 – 40 4,44 44,3 8,3 10,7 0,7 1,14

Média de determinações químicas de 07 solos sob plantio direto.

*Mehlich

Variabilidade vertical

Pauletti et al., 1995

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

10 30 50 70 90

00-10

10-20

20-30

Pro

f. -

cm

P - mg kg-1

PDPC

Efeito de métodos de preparo sobre o teor de P disponível (resina) após 9 anos – mesma adubação e no sulco

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Maior eficiência da adubação

Métodos de preparo e formas de aplicação de adubo - teor de P disponível após 14 anos – aplicação de 80 kg ha-1 de P2O5 –

Planaltina/DF

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Nunes et al., 2011

Eficiência da adubação fosfatada

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Plantio convencional:

- solos argilosos: +- 20%

- solos arenosos: +- 50%

Plantio direto: 60% ou mais ?

1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 2,2

00-10

10-20

20-30

Pro

f. -

cm

K - mmolc dm-3

PD PC

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Efeito de métodos de preparo sobre o teor de K trocável

após 9 anos – mesma adubação e no sulco

Maior eficiência da adubação

Variabilidade horizontal

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Variabilidade horizontal

Maior para P e K

Menor para pH e MO

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

-10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 10

Distância do sulco - cm

P N

aHC

O3 -

mg

kg-1

0

10

20

40

Distribuição do P em função de doses e distância do sulco

Adaptado de Kitchen; Havlin; Westfall, 1990

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Distribuição do K em função de doses e distância das plantas

0

100

200

300

400

500

600

700

800

-40 -20 0 20 40

Distância da planta - cm

K -

mg

kg-1 PC lanço

PC sulco

PD lanço

PD sulco

Adaptado de Klepker & Anghinoni, 1995

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Posição da

amostragem

Linhas

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Entrelinhas

Linha

Forma de amostragem

Nicolodi; Anghinoni; Salet, 2002

1 amostra na linha +

Soja e feijão: 3 amostras cada lado

Trigo: uma amostra cada lado

Milho: 6 amostras cada lado

Amostragem para adubação em sulco

Sulco

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

54 a53 a

41 b

66 a

01020304050607080

0-10 0-20 Linha Entre-linha

P - m

g kg

-1Profundidade e forma de

amostragem de solo no PD

Profundidade coleta Pauletti, 2006

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Amostragem

2,2 b

2,6 a

2,1 b

2,8 a

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

0-10 0-20 Linha Entre-linha

K -

mm

olc d

m-3

Profundidade coleta

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Pauletti, 2006

Amostragem

64 a65 a62 b68 a

0

10

20

30

40

50

60

70

0-10 0-20 Linha Entre-linha

V -

%

Profundidade coleta

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Pauletti, 2006

Conclusão ÁREAS ANTIGAS EM PLANTIO

DIRETO E DE ALTA FERTILIDADE As metodologias e as profundidades

de coleta de amostras de solo não diferem quanto à interpretação dos resultados para fins de recomendação de adubação e calagem.

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Pauletti, 2006

• “A relação semelhante de rendimento das culturas com os atributos do solo nas camadas 0-10 e 10-20 cm, aliada ao efeito da calagem e da adubação em subsuperfície (10-20 cm), determina que a amostragem de 0-20 cm seja mais adequada na avaliação da fertilidade de solos em plantio direto na região Centro-Sul do Paraná.” Fontoura et al., 2011

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Laboratórios de análises

CONTROLE DE QUALIDADE

ANÁLISE DE SOLO – 280 laboratórios no Brasil: - 1968 – ROLAS - 1986 – IAC - 1987 – PROFERT – MG - 1992 – PAQLF – Embrapa (Brasil) - 1995 – CELA ANÁLISE TECIDO – 119 laboratórios no Brasil: - 1982 – SBCS (Esalq – Piracicaba)

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

DOSE ADEQUADA DE

NUTRIENTES PARA A SOJA

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Ca e Mg = CALAGEM

Sousa e Lobato, 2004 Camada arável

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Fe, Cu, Mn e Zn

Mo e Cl

P

N, S e B

K, Ca e Mg Al

5,0 6,0 6,5 7,0 8,0 pH

Cálcio Nutrição Mineral de Plantas

A

DISPONIBILIDADE

DE NUTRIENTES

DEPENDE DA

CORREÇÃO DO pH

DO SOLO

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

TOXIDEZ DE Mn – SOLO ÁCIDO

DISTRIBUIÇÃO DO CALCÁRIO

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Perfil de distribuição transversal - Modelo DCA 7500Velocidade: 7,2 km/h

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53 57

Coletores

Mass

a (

em

g)

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Teste - Fundação ABC

CONSEQUÊNCIA

* Matéria orgânica

Prof. pH MO* K Ca Mg V0-10 cm CaCl2 g/dm3 %Normal 5.1 54 2.3 26 17 47Mancha 5.9 51 3.4 53 29 73

----- mmolc/dm3 -----

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

29492493

456

168154

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

Normal Mancha

kg/h

a

0

30

60

90

120

150

180

g

PRODUTIVIDADE Diferença MMG

14

Produtividade e MMG de soja X distribuição de calcário - PD

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Pauletti, V., Costa,L.C.,2007 Fundação ABC

- Fonte de Ca – 24 a 28%

- Fonte de S – 14 a 17%

- Desloca Ca em profundidade

- Contém P2O5 – 0,8 a 1,2 % CNA

Decada 70

BRASIL

GESSO

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Fonte de Enxofre S no solo – 1 ano após aplicação

-120

-100

-80

-60

-40

-20

0

0 50 100 150 200 250

S-SO4 - mg dm -3

Prof

- cm

C 0+G 0

C0 + G12000

C3420 + G0

C3420 + G12000

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Pauletti, V., Costa,L.C.,2006 Fundação ABC

Fonte de Cálcio Ca no solo – 1 ano após aplicação

-120

-100-80

-60

-40-20

0

0 10 20 30 40 50 60

Ca - mmolc dm -3

Prof

- cm

C 0+G 0C0 + G12000C3420 + G0C3420 + G12000

Pauletti, V., Costa,L.C.,2006

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Fundação ABC

Importância do Ca em profundidade no solo

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

• Função do Ca = formação da parede celular/divisão celular – crescimento das raízes

• Ca é imóvel no solo = calagem superficial concentra Ca na superfície

• Ca é imóvel na planta = Ca absorvido pela raiz superficial não é translocado para a raiz mais profunda no solo

A pectina é parte estrutural da parede celular

→ Íons de Ca e Mg conectam os componentes da pectina.

Na ausência detes elementos, a pectina é solúvel.

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Importância do Ca em profundidade no solo

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

• Ca em profundidade: maior crescimento radicular em profundidade, maior absorção de nutrientes (mais solo explorado) e maior tolerância a veranicos.

• Ca é absorvido na ponta da raiz = portanto precisa estar na região de crescimento. Sem Ca em profundidade a raiz não cresce.

Absorção • A absorção do Ca

parece estar restrita à região apical da raiz (Coifa).

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Trigo/Soja/Soja

Produtividade

Prod (trigo 03)= 2861 + 0,06gesso

R2 = 0,99**Prod (soja - 03/04)= nsProd (soja 04/05)= 2443 + 0,04gesso

R2 = 0,85**0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

0 1500 3000 6000 12000

Gesso - kg ha-1

Prod

- kg

ha

-1

200405

200304

2003

Pauletti, V., Costa,L.C. 2004/05

GESSO Dpto de Solos e Engenharia Agrícola

Nutrição Mineral de Plantas

Fundação ABC

Balanço hídrico: verão 03/04

Deficiência, Excedente, Retirada e Reposição Hídrica da safra de verão 2003/04 em Jaguariaíva ao longo do ano

-60

-40

-20

0

20

40

60

80

100

M1

M2

M3

J1

J2

J3

J1

J2

J3

A1

A2

A3

S1

S2

S3

O1

O2

O3

N1

N2

N3

D1

D2

D3

J1

J2

J3

F1

F2

F3

M1

M2

M3

A1

A2

A3

mm

Deficiência Excedente Retirada Reposição

23/10/03

Semeadura

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Balanço Hídrico sequencial, safra verão 2004/05, utlizando evapotranspiração potencial por Penman-Monteith, em Jaguariaíva-PR

-75

-50

-25

0

25

50

75

100

125

150

175

200

M1

M3

J2

J1

J3

A2

S1

S3

O2

N1

N3

D2

J1

J3

F2

M1

M3

A2

mm

Deficiência Excedente Retirada Reposição

Balanço hídrico: verão 04/05

09/11/2004

Semeadura

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

FÓSFORO

EFEITO DA APLICAÇÃO DE FÓSFORO SOJA

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

0 100 200 300 400 500

P2O5 - kg ha-1

Grã

os -

kg

ha-1

Fonte: Adaptado de Embrapa – CNPT (1988) citado por Vitti (2002)

Solo com baixo P. Aplicação de Superfosfato triplo

P Baixo

FÓSFORO

Respostas a P

Goedert et al., 1986; Sousa et al. In Sousa e Lobato, 2004

Solo argiloso - Cerrado

P baixo no solo

Adubação a lanço incorporada

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

0

10

20

30

40

50

60

70

80

100 200 400 800

Aplicação (kg/ha de P2O5)

Recu

pera

ção

%

AnuaisAnuais e capim

Importância da palha na recuperação do P aplicado

Souza e Lobato, Informações Agronômicas 102, 2003.

Recuperação de P em um período de 17 anos pela soja e Brachiaria no Cerrado.

4008

3967

3884

171,9 171,2 171,1

0

900

1800

2700

3600

4500

0 40 80

kg/h

a

0

30

60

90

120

150

180

g

Produtividade MMG

Efeito de doses de P sobre a produtividade e MMG da soja (efeito imediato) – Safra 1998/1999.

0-20 cm: P= 39 mg kg-1 e K= 3,3 mmolc dm-3

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Fundação ABC

P Alto

Teor no solo Argiloso* Arenoso**mg dm-3

< 3,0 100 803,0 - 6,0 80 70

> 6,0 60 20 kg por tonelada

Solo

P2O5 - kg ha-1

RECOMENDAÇÃO DE FÓSFORO PARA A SOJA – PARANÁ

Tabelas de interpretação Dpto de Solos e Engenharia Agrícola

Nutrição Mineral de Plantas

Manutenção

Embrapa Soja, 2005.

Borkert et al., 2005

K baixo no solo

Adubação a lanço na semeadura

Média de 7 safras

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

K Baixo

EFEITO DA APLICAÇÃO DE POTÁSSIO NA SOJA

POTÁSSIO

Tabelas de interpretação Dpto de Solos e Engenharia Agrícola

Nutrição Mineral de Plantas

RECOMENDAÇÃO DE POTÁSSIO PARA A SOJA – PARANÁ

SOLO ARGILOSO

ClasseTeor de K Adubação

cmolc dm-3 K2O - kg ha-1

Baixo < 0,10 90Médio 0,10 – 0,20 70Alto 0,20 – 0,30 50M. Alto > 0,30 40

Solo Argiloso

Embrapa Soja, 2005.

Tabelas de interpretação Dpto de Solos e Engenharia Agrícola

Nutrição Mineral de Plantas

RECOMENDAÇÃO DE FÓSFORO PARA A SOJA – PARANÁ

ARENITO CAIUÁ

Embrapa Soja, 2005.

ClasseTeor de K Adubação

cmolc dm-3 K2O - kg ha-1

Baixo < 0,06 100Médio 0,06 – 0,13 50Alto > 0,13 20 kg por tonelada

1/3 semeadura

Arenito Caiuá

MOVIMENTO ESTOMÁTICO x VERANICOS Concentração de íons (K, Cl e P) nas células guardas com estômatos fechados e abertos (Humble & Raschke, 1971)

Potássio Nutrição Mineral de Plantas

Doença x Deficiência de K

Antracnose

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Deficiência

DOSES DE MANUTENÇÃO/REPOSIÇÃO DE

FÓSFORO E POTÁSSIO

Fósforo Nutrição Mineral de Plantas

BALANÇO DE NUTRIENTES

Alta extração e exportação de K

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Silagem (kg K por tonelada de grãos):

- milho: 18,2

- azevém: 12,6 (matéria seca)

Sem K y = 37,156x + 1925,2 R2=0,99

Com K y = 0,271x2 - 17,012x + 4908,9 R2=0,95

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

0 20 40 60 80 100

Esterco - m3 ha-1 ano-1

Pro

d -

kg h

a-1

0 com

50 com

100 com

0 sem

50 sem

100 sem

Adubo: somente cobertura: 270 kg ha-1 de KCl

Soja – 2005/06

Adubo+KCl

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Fundação ABC

7º. Ano após colheita de silagem

> dose

Classe P resina K+

Muito Baixo < 5 £ 0,7Baixo 5,1 - 9 0,8 - 1,5

Médio 9,1 - 18 1,6 - 3,0Alto > 18 3,1 - 6,0

DOSE de correção x manutenção TEOR DE NUTRIENTES NO SOLO

Balanço

Fósforo Nutrição Mineral de Plantas

IAC – Boletim 100, 1996

Planta Grãos %*

N 79,4 59,2 74P2O5 16,7 12,6 75

K2O 38,5 22,6 59

Ca 13,1 2,9 22Mg 7,1 2,3 32S 8,3 3 36

Fe 460 134,3 29Cu 26 13 50Zn 61 37,7 62B 77 22 29Mn 130 33,7 26Mo 6,5 5 77

Macronutriente kg

Micronutriente g

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

*Do exportado (grãos) em relação ao extraído (planta toda)

Pauletti, 2004

EXTRAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES - SOJA Por tonelada de grãos

Exemplo 1

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Soja Milho safrinha Soja Soja SALDOKg ha-1

2800 5000 2800 2800

P2O5

Exportação 35 44 35 35Adubação 60 60 60 60Saldo 24,7 16,5 24,7 24,7 90,6

K2OExportação 63 29 63 63Adubação 60 60 60 60Saldo -3,17 31,2 -3,17 -3,17 21,69

BALANÇO DE NUTRIENTES

X 0,6= 57,6

Soja Milho safrinha Soja Soja SALDOKg ha-1 4000 7000 4000 4000P2O5

Exportação 50 60 50 50Adubação 60 60 60 60Saldo 10 0 10 10 30

K2OExportação 90 40 90 90Adubação 60 60 60 60Saldo -30 20 -30 -30 -70

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Exemplo 2 – alta produtividade BALANÇO DE NUTRIENTES

X 0,6= 18,0

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ADUBA MAIS QUEM PRODUZ MAIS

BALANÇO DE NUTRIENTES

BALANÇO DE NUTRIENTES

EVOLUÇÃO DA FERTILIDADE

X

BANCO DE DADOS

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Evolução da fertilidade

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NITROGÊNIO NA SOJA

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Inoculação

ENXOFRE NA SOJA

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Fonte de S:

Matéria Orgânica: >95% do S do solo

Soja exige (kg por tonelada de grãos)

Planta= 8,3 Grão: 3,0

Material S (%) S elementar 98 – 99

Sulfato de alumínio 14,0

Sulfato de amônio 24

Sulfato de cobre 12,8

Sulfato de ferro 19,0

Gesso 14 – 17

Sulfato de magnésio 13,0

Sulfato de manganês 14,5

Sulfato de potássio 18,0

Sulfato de potássio e magnésio 22,0

Superfosfato simples 11,9

Superfosfato triplo 1,4

Algumas fontes de enxofre

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Fatores que contribuem para o

aparecimento de deficiências de S...

Cultura a ser explorada:

culturas forrageiras de alta

produtividade (híbridos de capim

bermuda e alfafa) removem mais S.

Textura do solo:

lixiviação de sulfato nos solos arenosos

maior que nos argilosos.

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Fatores que contribuem para o

aparecimento de deficiências de S...

Matéria orgânica:

solos com menos 2% MO comumente

apresentam deficiência de S

Qualidade da água de irrigação:

lagos e rios contêm altos níveis de S em

comparação com água de poços

profundos

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ESTRATÉGIA DE APLICAÇÃO DE

FERTILIZANTES NA SOJA

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Análise do solo inicial:

Prof. pH P MO K Ca Mg V Al cm CaCl2 mg/dm3 g/dm3 ----- mmolc/dm3 ----- ---- % ----

0-5 5.9 122 66 4 66 39 78 0.0 5-10 5.4 43 59 2.6 56 32 64 0.0 10-30 5.1 11 48 1.4 34 16 47 1.9

Prof. Argila Areia Silte

cm ---------- %------------ 0-5 30 35 35 5-10 39 33 28 10-30 46 32 22

Pauletti, V., 2006

Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

3178 33

94

3304

3382

3384

3272

3323 34

36

3255

3223

05,3

2,5 4,9 51,5 3,1

6,61

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

NPKi

Pi NKs

Pi NKl

Pif NKs

DISCO

FACÃO

FAIXA

LANÇONPs k

lTEST

0

10

20

30

40

50

60

70

80

kg/ha%

Variação da produtividade de soja (média de 3 anos) em função das formas de aplicação de adubo

Média=3,1%

Pauletti, V., 2006

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Produtividade de soja (média de 7 anos sucessivos) em função das formas de aplicação de adubo em plantio direto

Broch e Chueiri, 2005

62,4

a

62,7

a

63,2

a

44,7

b

0

10

20

30

40

50

60

70S

aca

s h

a-1

Lanço emsetembro

Incorporadaem setembro

Sulcosemeadura

Sem adubo

Tratamento incorporado em setembro – linhas distanciadas de 0,45 m.

Adubo Fosmag: dose anual de 85 kg ha-1 de P2O5 e K2O.

Teor de P no solo = bom

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P NO SOLO ALTO

Efeito da fonte e forma de aplicação de P sobre a produtividade acumulada de oito cultivos de soja, no Cerrado.

Souza e Lobato, Informações Agronômicas 102, 2003.

0

5

10

15

20

25

SFT SFT Gafsa Gafsa SFT SFT Gafsa Gafsa

Lanço Sulco Lanço Sulco Lanço Sulco Lanço Sulco

Convencional Sem Preparo

Prod

ução

acu

mul

ada

(Mg/

ha)

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Dpto de Solos e Engenharia Agrícola Nutrição Mineral de Plantas

Nunes et al., 2011, Informações Agronômicas 2011

3369 3498 36573442

4196 40543848 4042

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

SFT SFT Gafsa Gafsa SFT SFT Gafsa Gafsa

Lanço Sulco Lanço Sulco Lanço Sulco Lanço Sulco

Convencional Plantio Direto

Grã

os d

e so

ja -

kg

ha-1

Efeito da fonte e forma de aplicação de P sobre a produtividade de soja 14 anos após o início do experimento, Planaltina/DF

Aplicação de 80 kg ha-1 ano-1 de P2O5

Produtividade de soja (média de 3 anos sucessivos) em função das formas de aplicação de adubo em plantio direto

Broch e Chueiri, 2005

60

,5 a

59

,2 a

57

,8 a

54

,8 a

b

50

,5 b

38

,4 c

0

10

20

30

40

50

60

70S

aca

s h

a-1

Lanço 0%Sulco 100%

Lanço 25%Sulco 75%

Lanço 50%Sulco 50%

Lanço 75%Sulco 25%

Lanço 100%Sulco 0%

Sem adubo

%

Adubo 04:23:23 – 400 kg ha-1

Teor de P no solo = baixo

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P NO SOLO BAIXO

Efeito da adubação fosfatada na produção de massa seca em Braquiaria

Produção acumulada de matéria seca total em Brachiaria brizantha cv. Marandu, avaliação de sete cortes, de abril de 1996 a maio de 1998. Campo Grande, MS.

Fonte: Macedo (2004)

Fósforo Nutrição Mineral de Plantas

Deficiência de K soja

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Baixo K solo

KCl a lanço

Perfil da Distribuição - 18m - Distribuidor 3 (adaptação)

0

200

400

600

800

-18 -16 -14 -12 -10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18Dist. Eixo (m)

Kg

/ha

Gimenes, dados não publicados, F.ABC

DISTRIBUIÇÃO DE ADUBO A LANÇO

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QUEM SABE UM DIA:

ADUBO FLUÍDO

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APLICAÇÃO - RESUMO

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TEOR DE P OU K NO SOLO

BAIXO MÉDIO ALTO

100% no Sulco

Pode ser todo em superfície

Entre 30 -50% no sulco

Perdas de SOLO e ÁGUA por erosão

PREOCUPAÇÃO

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Perdas de solo por hectare por ano

Fonte: Adaptado de Castro et al., 1986.

2,2 t/ha 29,2 t/ha

Convencional Direto

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PERDAS NO SEDIMENTO+SUSPENSÃO

Tipo de

preparo

P2O5 K2O CaO+MgO Uréia

.............. kg ha-1 cultivo-1............

A+2G 27 145 399 19

E+1G 23 125 234 12

SDI 22 161 207 6

(Bertol, 2001)

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Erosão na linha Dpto de Solos e Engenharia Agrícola

Nutrição Mineral de Plantas

Erosão em sulco - Rolandia Dpto de Solos e Engenharia Agrícola

Nutrição Mineral de Plantas

Lavoura - Castro Dpto de Solos e Engenharia Agrícola

Nutrição Mineral de Plantas

Lavoura - Mambore Dpto de Solos e Engenharia Agrícola

Nutrição Mineral de Plantas

Perda de Nutrientes

Retirada de nutrientes da

área

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QUALIDADE DOS FERTILIZANTES

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QUALIDADE DE FERTILIZANTES - PR

Paraná

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

Am

ost

ras

Dentro padrão Desconformes

Desconformes 4 67 63 108 39 38 47 69 131 146 138 99 87 49 112 174 147 174 175

Dentro padrão 29 357 353 487 246 406 278 527 526 666 646 687 583 341 253 434 553 576 330

1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

São consideradas amostras de fertilizantes desconformes aquelas que após terem

sido submetidas a ensaios em laboratório oficial, obtém-se resultados, cuja diferença entre

o teor analisado e o teor informado pelo fabricante é maior do que as tolerâncias

estabelecidas em atos legais.

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QUALIDADE DE FERTILIZANTES - PR

Paraná

0

5

10

15

20

25

30

35

4019

91

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Am

ost

ras

de

sco

nfo

rme

s -

%

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Legislação mais rígida

CLORETO DE POTÁSSIO - KCl

OBRIGADO

[email protected]