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número 90 | maio de 2012 MATÉRIAS A saúde pública brasileira precisa de mais recursos do governo federal. pág 03 Pesquisa aponta que diabetes é maior em mulheres. pág 02 No próximo dia 18 de maio, haverá a solenidade de posse do novo pleno 2012- 2015 do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN). No evento que ocorrerá em Brasília, estarão representando o Conselho Regional de Nutricionistas da 6ª Região (CRN-6) a presidente Nancy Aguiar e a secretária Ivany Amaral. Neste mesmo dia, também vão participar da reunião do Fórum dos Regionais, onde são discutidas as ações de cada regional pelo Sistema CFN/CRN. No último dia 7 de maio, a vice-presidente do CRN-6 Patricia Santos, proferiu palestra durante a I Jornada de Nutrição da Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO - no Recife para cerca de 60 alunos do curso de Nutrição. No evento, falou sobre a importância e os campos de atuação do profissional de nutrição no mercado de trabalho. O CRN-6 está na sub-comissão de promoção e vigilância da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador CIST e na Comissão de Ética do Conselho Municipal de Saúde da Prefeitura do Recife – representado pela nutricionista Neuma Lima Ribeiro. Novo Pleno CFN Representação Boletim eletrônico quinzenal do Conselho Regional de Nutricionistas - 6ª região Diretoria do CRN-6 Presidente Nancy Aguiar Vice-Presidente Patrícia Santos Tesoureiro Rodrigo Silveira Secretária Ivany Amaral Redação e Projeto Gráfico Multi Comunicação Corporativa Atuação Profissional

Boletim 90

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Boletim 90

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número 90 | maio de 2012

Matérias

A saúde pública brasileira precisa de mais recursos do governo federal. pág 03

Pesquisa aponta que diabetes é maior em mulheres. pág 02

No próximo dia 18 de maio, haverá a solenidade de posse do novo pleno 2012-2015 do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN). No evento que ocorrerá em Brasília, estarão representando o Conselho Regional de Nutricionistas da 6ª Região (CRN-6) a presidente Nancy Aguiar e a secretária Ivany Amaral. Neste mesmo dia, também vão participar da reunião do Fórum dos Regionais, onde são discutidas as ações de cada regional pelo Sistema CFN/CRN.

No último dia 7 de maio, a vice-presidente do CRN-6 Patricia Santos, proferiu palestra durante a I Jornada de Nutrição da Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO - no Recife para cerca de 60 alunos do curso de Nutrição. No evento, falou sobre a importância e os campos de atuação do profissional de nutrição no mercado de trabalho.

O CRN-6 está na sub-comissão de promoção e vigilância da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador CIST e na Comissão de Ética do Conselho Municipal de Saúde da Prefeitura do Recife – representado pela nutricionista Neuma Lima Ribeiro.

Novo Pleno CFN

Representação

Boletim eletrônicoquinzenal do Conselho Regional

de Nutricionistas - 6ª região

Diretoria do CRN-6Presidente

Nancy AguiarVice-PresidentePatrícia Santos

TesoureiroRodrigo Silveira

SecretáriaIvany Amaral

Redação e Projeto GráficoMulti Comunicação Corporativa

Atuação Profissional

número 90 | maio de 2012

Pesquisa aponta que diabetes é maior em mulheresDados inéditos da pesquisa Vigitel 2011

(Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) mostram que a tendência de diabetes está crescendo no Brasil. Em homens, o percentual subiu de 4,4%, em 2006, para 5,2%, em 2011. Apesar do aumento, a prevalência de homens que informam ter a doença continua sendo inferior a das mulheres (6%). Os números foram divulgados, nesta quarta-feira (9), pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante o Fórum Pan-Americano de Ação contra as Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), que ocorre em Brasília.

O levantamento, que coletou dados nas 26 capitais e no Distrito Federal, revela que 5,6% da população declaram ter a doença. O estudo mostra ainda que o diagnóstico de diabetes é mais comum em pessoas que estudam menos: 3,7% dos brasileiros com mais de 12 anos de estudo declaram ser diabéticos, enquanto 7,5% dos que tem até oito anos de escolaridade dizem ter a doença. Uma diferença de mais de 50%. Para o ministro Alexandre Padilha, os dados comprovam a importância de trabalhar cada vez mais na prevenção e ampliar o acesso à informação. “É de extrema importância o fortalecimento de ações de prevenção e melhoria na qualidade da educação, além da expansão do diagnóstico e do oferecimento de medicamentos gratuitos”, analisou o ministro.

O autorrelato de diabetes também aumenta com a idade da população. O diabetes atinge 21,6% dos idosos (maiores de 65 anos), índice bem maior do que entre a faixa etária de 18 a 24 anos (0,6%).

A capital com maior percentual de diabéticos foi Fortaleza (7,3%), seguido de Vitória (7,1%) e Porto Alegre (6,3%). Os menores índices estão em Palmas (2,7%), Goiânia (4,1%) e Manaus (4,2%).

Os percentuais crescentes de diabetes no país podem estar relacionados ao aumento da obesidade e do excesso de peso, principais fatores de risco para a doença. Contribui, ainda, o aumento da população idosa e o aumento do diagnóstico da atenção básica de saúde. Segundo o Vigitel 2011, no período de 2006 a 2011, houve um crescimento de 28% na prevalência de obesidade no Brasil. Nos homens, o percentual de excesso de peso passou de 47,2% para 52,6% nos últimos seis anos.

A pesquisa também aponta que 22,7% da população adulta brasileira são hipertensos. O diagnóstico em mulheres (25,4%) é mais comum do que em homens (19,5%) e também é preocupante entre os mais velhos, chegando a 59,7% em pessoas com mais de 65 anos.

INTERNAÇÕES E ÓBITOS: Segundo levantamento do Ministério da Saúde, o número de internações por diabetes no Sistema Único de Saúde (SUS) aumentou em 10% entre 2008 e 2011, passando de 131.734 hospitalizações para 145.869. Entretanto, houve queda na comparação com 2010, quando foram registradas 148.452 internações.

Em 2009, o Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, notificou 52.104 mortes por diabetes no país. Em 2010, este número subiu para 54.542. Apesar do aumento, observa-se uma desaceleração nos últimos três anos. Entre 2005 e 2007, o percentual de aumento foi de 16% e, entre 2008 e 2010, o número caiu para 7,5%.

Para acessar a matéria na íntegra acessar o link http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/4957/162/pesquisa-aponta-que-diabetes-%3Cbr%3Ee-maior-em-mulheres.html Fonte: Site Ministério da Saúde

número 90 | maio de 2012

Os artigos publicados neste boletim são de responsabilidade dos autores, não representando necessariamente a opinião do Conselho Regional de Nutricionistas da 6ª região.

A saúde pública brasileira precisa de mais recursos do governo federal

Logo surgiu a idéia de fazer um projeto de iniciativa popular pretendendo exercer maior pressão no legislativo de tal modo que não fosse rejeitado. Este projeto está em fase de coleta dos 1,6 milhões de assinaturas de apoio. E, tendo o apoio da população e da sociedade organizada em inúmeras instituições.

No início da legislatura dois projetos, no mesmo sentido de defesa de no mínimo 10% da Receita Corrente Bruta da União para a Saúde, foram apresentados.

O primeiro deles do Deputado Darcício Perondi, médico pediatra do PMDB gaucho: PLP 123/2012 do qual já se indicou o realtor Deputado Saraiva Felipe, médico do PMDB mineiro. Em seguida o projeto do Deputado Eleuses de Paiva, médico do DEM paulista: PLP 124/2012. Estes projetos, se aprovados, poderão trazer recursos a mais para a saúde pública de origem federal. Pelas estimativas são R$33,5 bi a mais.

Para finalizar. Temos a certeza de que não será apenas mais dinheiro capaz de resolver os problemas de saúde do Brasil. Não resolve sozinho e também não se resolve sem dinheiro. Além de mais dinheiro tem-se que usá-lo no modelo constitucional de fazer saúde, o SUS. Tem-se que evitar todas as perdas tanto com a ineficiência, quanto com a corrupção. Finalmente o povo não terá saúde de não tivermos um Brasil mais justo com acesso de todos aos mínimos necessários à sua sobrevivência e à qualidade de suas vidas.

Artigo reduzido. Para lê-lo na íntegra, acesse:http://www.saudemaisdez.org.br/index.php/11-opiniao/33-saude-publica

*Para conhecer o trabalho, acesse www.saudemaisdez.org.br

As duas posições extremadas continuam sendo assumidas no Brasil. Uns dizendo que falta dinheiro e outros, radicalizando no extremo oposto, falando, alto e bom som, que o problema único ou maior, é a falta de gestão (entenda-se incompetência gerencial das pessoas e processos públicos de trabalho obsoletos). Neste texto quero apenas demonstrar a falta de recursos, mas reafirmando que existe realmente má gestão que deve ser corrigida concomitantemente. Sou adepto e defendo a multicausalidade: falta de dinheiro, falta de condições de vida do brasileiro, falta do novo modelo SUS, falta de gestão, falta de honestidade.

Sistema Único de Saúde

Em primeiro lugar antes de defender a busca de mais dinheiro para a saúde precisamos conhecer quais são objetivos do SUS, o sistema público de saúde brasileiro. Onde pretendemos chegar. Defendo que o papel, de toda a sociedade e dos serviços de saúde é ajudar as pessoas a viverem mais e melhor. O direito de todos nós só morrermos bem velhinhos, de preferência sem nunca ter ficado doentes (quase impossível) e se ficarmos que saremos logo, de preferência sem sequelas. Saber que a saúde depende de vários fatores como a carga genética, biológica, estilo de vida, o ambiente físico e sócio econômico que nos cerca e a suficiência e boa qualidade dos serviços de saúde. Portanto, é um engano pensar que nossa saúde só depende dos serviços de saúde. Temos que pensar na multicausalidade da saúde que passa pelos seus condicionantes e determinantes: salário, trabalho, casa, comida, vestuário, educação, cultura, transporte, meio ambiente etc.

Entre os vários princípios e diretrizes assistenciais e organizacionais do SUS estão: universalidade, integralidade, igualdade, intersetorialidade, direito à informação, autonomia das pessoas, resolutividade, uso da epidemiologia para planejar e alocar recursos, descentralização, regionalização, hierarquização, gestor único por esfera, complementariedade e suplementariedade do privado, financiamento da União, Estados e Municípios e participação da comunidade.

O cidadão tem direito e obrigação de participar pois o dever do estado não exclui a responsabilidade das pessoas, famílias, empresas e sociedade (Lei 8080,2,2). Isto se junta ao preceito de participação da comunidade e gera o dever de participar. O grande desafio é conseguir das pessoas adesão e compromisso de cuidar de sua própria saúde e de seus concidadãos. O poder dos Conselhos de Saúde é muito maior do que imaginam. Nada pode acontecer na saúde pública sem estar no orçamento e nada pode ir ao orçamento sem estar no plano e nada pode ir ao plano, sem a aprovação do conselho.

Este SUS, propriedade do cidadão brasileiro, minha e sua, produz a cada dia, mês e ano, o inimaginável. No ano de 2010 foram realizados 3,6 bi de procedimentos. Só na atenção básica 1,6 bi e na média e alta complexidade 2 bi. As ações de vigilância à saúde foram 535 mi. Vacinas, 138 mi. Consultas e atendimentos 1,5 bi. Internações 11,7 mi. Exames bioquímicos 435 mi. Exames de imagens 92 mi. Ações de saúde bucal 220 mi.

Não se perde nunca a esperança de conseguir mais recursos para a saúde. A única esfera de governo que precisa, por justiça, colocar mais recursos é a União. Uma dívida histórica de quem já colocou mais dinheiro em saúde. Em 1995 foi 11,7% de sua Receita Corrente Bruta e agora 7%. Logo depois de termos perdido uma batalha com a votação equivocada da LC 141 em 7 de dezembro, já se estava pensando em ressurgir das cinzas e apresentar novas propostas de conseguir mais dinheiro para a saúde.

Por Gilson Carvalho