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Boletim Edição nº5 23 de /Abr/2014 Dia Mundial dos Direitos do Consumidores Fique a par das actividades desenvolvidas pela ADECO, pág. 4 e 5 A Produção deste Boletim conta com o co-financiamento da União Europeia

Boletim ADECO nº5

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Boletim Informativo sobre as actividades da ADECO - Associação para Defesa dos Consumidores. Edição nº 5, de 24 de Abril de 2014 Periodicidade: Mensal

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BoletimEdição nº5 23 de /Abr/2014

Dia Mundial dos Direitos do Consumidores

Fique a par das actividades desenvolvidas pela ADECO, pág. 4 e 5

A Produção deste Boletim conta com o co-financiamento da União Europeia

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A NOSSA MISSÃO

OS NOSSOS VALORES

A ADECO tem como missão a defesa dos direitos e dos legítimos interesses dos consumidores, em geral e dos seus associados, em particular, dando especial atenção às camadas mais desfavorecidas.

A ADECO promove a cidadania activa, procurando envolver todos os actores sociais, especialmente os cidadãos, na problemática co consumo, o desenvolvimento sustentável, de modo a garantir a satisfação dos direitos dos consumidores actuais, sem comprometer as gerações seguintes e a preservação do ambiente, elemento fundamental para a garantia do desenvolvimento sustentável, bem como a promoção de uma consciência de consumo ecológico.

EDUCAÇÃO PARA O CONSUMODia Mundial da Terra, sob o Tema: “Cidades Verdes”

Pág. 7

ACESSO AO MUNDOInclusão digital, nas

palavras do Dr. Manuel Júlio Rosa, presidente da

FECAD e da ADEVICPág. 8

DIREITOS ECONÓMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS

Pág. 6

Nota Editorial | 3

Actualidade ADECO | 4

ADECO em Acção | 5

Cabo-genialidades | 9Cabo-verduras

Opinião | 10

A Sua Voz | 12

Dica do Mês | 13

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NOTA doEDITOR

FICHA TÉCNICA

Março foi o Mês do Consumidor.Um pouco por todo o país, entidades e instituições de natureza diversa celebraram o Dia Mundial dos Direitos dos Consumidores com as mais diversas actividades.A ADECO, como Associação Nacional que zela pelos direitos dos consumidores , também teve participação activa nestas celebrações, procurando envolver todos os intervenientes da sociedade: entidades estatais, empresas particulares, associações e a população - actores principais no acto das relações de consumo.Todavia, a defesa dos direitos dos consumidores e a busca de mais e

melhor qualidade nos bens e serviços, bem como num maior respeito pelo consumidor, não se deve centrar apenas num único mês ou num único dia. É uma luta incessante, que se deve travar ao longo de todo o ano, em acções de pressão e reivindicação. Mas não só. Uma vez alcançados os objectivos, é importante que se invista na preservação, ou seja, fazer cumprir as leis e as medidas coercivas que sirvam os legítimos interesses dos consumidores.Existe, igualmente, um outro aspecto muito importante: a atitude dos próprios consumidores. É necessário que se perceba que uma associação, sozinha, apenas muito lentamente

conseguirá que as mudanças sejam de facto efectuadas. É necessário um envolvimento de todos para que mudanças ocorram a um ritmo satisfatório. Não podemos incorrer no erro de tratar o consumidor como um ser indefeso - ele é dotado de um poder que desconhece e é esse poder o catalizador das grandes mudanças. Mudanças que devem ocorrer todos os dias.Continuemos a celebrar o Dia Mundial dos Direitos dos Consumidores, mas, acima de tudo, façamo-lo para assinalar as vitórias que formos conseguindo um pouco a cada dia.

Perly RamosEditora-Chefe

Proprietário: ADECO - Associação para Defesa dos ConsumidoresPresidente Direcção: António Pedro SilvaEndereço Entidade Proprietária: C.P.: 330, Bairro de Holanda, Monte Sossego - São Vicente, Cabo Verde

Editora: Perly RamosColaboradores Texto: Anderson Andrade, Luciana Gomes, Perly RamosDirectora de Arte: Perly RamosFotografia: Anderson Andrade, Emerson PimentelCorrespondentes: Ewa Tomaszewska, João Valentim Santos, Júlio Ascensão Silva, Manuel Júlio Rosa

Celebrar o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor

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Comemorou-se no passado dia 15 Março o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, este ano sob o lema, “Os Direitos do Consumidor na Era Digital”.A Associação de Defesa do Consumidor ADECO, realizou no dia 14 Março na cidade da Praia a cerimónia central para comemorar esse dia, na qual várias Instituições e personalidades marcaram presença, com conferências e comunicações, das quais os Presidentes das Plataformas das ONGs e da FECAD (Federação das Associações de pessoas com Deficiências), a ANAC, a Delegação da União Europeia em Cabo Verde, e o Professor João Valentim Santos.O Dr. Dionísio Simões Pereira, Presidente da Plataforma das ONGs e Director Nacional das Aldeias Infantis SOS Cabo Verde, fez uma comunicação sobre “O papel das ONGs na promoção dos direitos do consumidor, enquanto o Dr. Manuel Júlio Rosa, Presidente da FECAD e da ADEVIC, falou sobre “Os direitos das pessoas com deficiência nas redes sociais”.“O sindicalismo e os direitos do consumidor” foi preferido pelo, Sr. Júlio Ascensão Silva, Secretário-geral da UNTC-CS e a Dra. Carine Monteiro, Departamento de Fiscalização, ANAC falou sobre “Os direitos do consumidor da era digital”.Ainda, o Professor Universitário João Valentim proferiu uma conferência cujo tema foi: “Vida, Morte, Impostos e Consumo na Era Digital”.Nas páginas que se seguem poderá conferir os discursos dos intervenientes dessa cerimónia de Comemoração do Dia Mundial dos Direitos do Consumidor.

Na Ilha do Sal esse dia não passou despercebido: a Associação Castelos do Sal realizou actividades no dia 12 Março para comemorar o dia Mundial dos Direitos do Consumidor, e no dia 20 de Março a ADECO e a ASA assinaram um protocolo de parceria, no âmbito da comemoração do dia 15 Março e XXXº aniversário da ASA.

das crianças sobre este assunto, como passar-lhes melhor a informação. Apresentação dos direitos e deveres dos consumidores: fez-se uma pequena apresentação dos direitos e deveres dos consumidores, as crianças relataram experiências e exemplos reais vivenciados nos serviços públicos e principalmente em locais de comércio.Expressão Dramática, fez-se um improviso de uma cena, que passava numa loja, para mostrar algumas falhas cometidas pelos responsáveis do estabelecimento, com o objetivo de posteriormente apresentar ao público a dramatização da matéria trabalhada.Apresentação de uma pequena peça, dramatizada pelas crianças, focalizada nas más práticas comerciais; mostrar as posições ativas dos consumidores, das autoridades às que nos devemos dirigir para solicitar apoiar na resolução deste tipo de questões; a postura dos responsáveis dos estabelecimentos comerciais; o estado dos produtos (nomeadamente o prazo de validade), o estado físico dos produtos, as condições higiénicas do local do comércio, entre outros exemplos”.Essas actividades realizadas pela ADECO, foram uma forma de chamar a atenção dos consumidores sobre os seus direitos e mostrar o quanto é importante conhecer para que possam fazer valer esses direitos, principalmente este ano sendo o tema voltado a Era digital, e sendo essa uma realidade cada vez mais presente é preciso informar os consumidores. |LG

15 Março o Dia Mundial dos Direitos do ConsumidorADECO realiza várias actividades, em comemoração do Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, 15 Março.

A Associação Castelos do Sal realizou actividades juntamente com crianças, com o objetivo de “não só comemorar e informar-lhes da existência desse dia no calendário, mas também colocar em prática um dos direitos de consumidor, o “direito à formação para o consumo”.De realçar que é importante incutir nas crianças boas práticas de consumo pois podem consciencializar os pais e familiares sobre os seus direitos e deveres como consumidores.Por isso que as actividades foram desenvolvidas voltadas para as crianças e jovens como forma de promover os seus direitos.As principais actividades desenvolvidas ao longo da semana foram:“Brainstorming: breve abordagem sobre o tema (consumo) no sentido geral, através desta dinâmica analisou-se o nível de conhecimento

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Discurso da Sra. Ewa Tomaszewska, proferida na Cerimónia

(...)Antes de mais agradeço o convite para participar nesta Cerimónia Central das comemorações do Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, organizada pela ADECO com a participação dos principais atores sensíveis a este assunto.É de realçar que o projeto no qual se enquadra esse evento foi financiado pela União europeia no montante de 290.000 euros, no âmbito do convite à apresentação de proposta de 2012 cujo objectivo era: “Promover de forma efectiva a defesa do consumidor, os seus direitos, a sua participação no diálogo económico impulsionado um acesso mais equitativo ao sistema de informação no quadro da economia Cabo Verdiana.” Uma atenção particular foi dada às acções que visem atingir as camadas mais desfavorecidas da sociedade Cabo Verdiana, e às questões transversais tal como promoção dos direitos das pessoas com deficiência, direitos das crianças e dos direitos das mulheres.(...)A temática escolhida para o debate desta tarde, ou seja, “Os

Direitos dos Consumidor na Era Digital”,é de uma grande importância tanto para União europeia como para Cabo Verde em particular, sendo os consumidores são essenciais para o crescimento económico e a criação de emprego e as novas tecnologias são ferramentas essenciais para garantir uma melhor divulgação dos produtos e serviços disponíveis. Conhecer e responder às expectativas dos consumidores se traduz numa oportunidade real para o progresso.Proteger os direitos, a prosperidade e o bem-estar do consumidor é um dos valores fundamentais da União Europeia. A legislação comunitária é concebida de modo a garantir um mercado interno aberto e transparente, em que os consumidores possam dispor de um verdadeiro leque de escolhas e beneficiar de um tratamento equitativo. Neste sentido existem vários direitos fundamentais que pode reivindicar, enquanto consumidor, independentemente de local onde se encontre na UE.Em Cabo Verde, a defensa dos direitos dos consumidores é uma tarefa ainda mais importante sendo uma parte considerável dos cabo-verdianos, especialmente das pessoas com deficiência, não conhece os seus direitos e deveres ou não sabem como fazer valer esses direitos. Daí a pertinência da acção desenvolvida pela ADECO.A DUE felicita esta iniciativa que vem valorizar a importância dos

Direitos Humanos numa espectativa económica e social, valorizando o poder de consumo para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e equitativa.

Ewa TomaszewskaEncarregada de Negócios a.i.

Representante do Embaixador da União Europeia na Cerimónia

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Vida, Morte, Impostos e Consumo na Era Digital

Ou… “Porque é que podemos fugir, mas não nos podemos esconder”

Vida! Não pedimos para nascer, mas depois de virmos ao mundo temos de viver. É inevitável!Morte! Quando ela chega, por mais que queiramos, não podemos “negá-la”. É inevitável!Impostos! Ninguém gosta, mas na hora “todos” pagam. É inevitável!O que dizer sobre o Consumo? Particularmente ao Consumo na Era Digital? Direi que … é inevitável!Qualquer que seja a situação em causa, poderemos fugir, mas não nos podemos esconder!Não irei dissertar sobre a Vida, muito menos sobre Morte e falar sobre Impostos, poderá ser fastidioso.Resta-me, então, falar sobre Consumo na Era Digital.Numa perspectiva global, direi que este tempo em particular, em que estamos a viver, tem características diferentes de qualquer altura até agora. Pela primeira vez começamos a ver os efeitos de uma sociedade

multigeracional. Diversas pessoas já conheceram sete gerações da sua família. Não há muitos anos atrás, era raro. Existe um acumular e um juntar de conhecimento que não tem precedentes. Sabedoria e experiência são traduzidas em informação e partilhados. Existem mudanças graduais que não nos damos conta e afectam profundamente a maneira como nos organizamos em sociedade. Particularmente à Comunicação, as “saudosas” cartas como meio de comunicação, há uns anos atrás eram um meio privilegiado, hoje são um meio de comunicação primário, o mesmo acontece com o telegrama. Mas era usado só em caso de emergência. O telefone era usado só em caso de muita urgência. Com o tempo foi ficando mais barato e mais utilizado. Depois deu-se a consolidação pois a tecnologia evoluiu, e … até já havia pessoas com telemóveis.E depois…?Depois veio a Internet! Mudou TUDO!Com a Internet, toda a gente ficou mais ligada, mas ainda eram poucos os que usavam. Não havia Facebook, YouTube nem Google.As telecomunicações entraram em “revolução”, ou será evolução?Entretanto, as chamadas já não eram tão caras como antes.O telefonema anual de Natal foi substituído pelos cinco ou seis durante o ano, ou foi substituído por um email, em alternativa. Pode-se usar um dos múltiplos serviços que cresceram na Internet – Facebook, Messenger.

O Móvel ajudou nisso tudo. A junção do Móvel com a Internet originou uma “2ª revolução”. Este crescimento ainda foi maior do que veio antes!O mercado dos smartfones e tablets cresceu exponencialmente de zero em 2007 a 1.300 milhões em 2013, enquanto os computadores pessoais (PCs) estabilizaram perto dos 400 milhões.O acesso à Internet é cada vez mais… Móvel!O Móvel veio para ficar. Não é passageiro. Perante isto, quais são as tendências?As tendências são:- tudo online;- móvel;- transparência;- cultura e conteúdos digitais;- startups em países emergentes;- capacitação + certificação.Assim, todos os serviços terão um equivalente online. Para implementar, primeiro implemente online. Isto inclui alguns serviços que já conhecemos, mas também aparecem novos.Muitas empresas vão ter que mover parte do negócio para a internet, pois facilita a criação de Plataformas de Fidelização na rede. As empresas devem agir proactivamente, pois haverá benefícios para o consumidor, os processos serão mais claros e haverá transparência, criando oportunidade para as empresas cooperarem na Defesa do Consumidor.Quanto à segunda tendência…

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Vida, Morte, Impostos e Consumo na Era Digital (cont.)

ou seja o Móvel. Existem cerca de sete biliões de pessoas no Mundo e existem cerca 6.8 biliões de telemóveis. Quem ignorar o Móvel vai arrepender-se, particularmente as Empresas.Mas… qual a realidade de Cabo Verde nisto do Digital?Analisemos algumas métricas (Fig. 1 e 2):

Que inferências?Uma clara maioria usa telemóvel.Embora com menor incidência o crescimento da Internet vai no mesmo caminho. Comparemos então a Internet e o Móvel (fig.3):

na defesa dos Direitos do Consumidor.As empresas que agem cooperativamente ganham uma vantagem, porque as relações são trabalhadas ao longo do tempo.É uma missão da ADECO ajudar as empresas a tomar a abordagem

o incentivo ao emprego e criação de empresas.A ADECO tem como prioridade as tecnologias de informação e as telecomunicações.É nessa senda que a ADECO desenvolve várias actividades no âmbito O Dia Mundial dos Direitos do Consumidor tendo como lema “Asseguremos os Nossos Direitos Telefónicos”

Prof. João ValentimRepresentante dos Consumidores na Comissão de Implementação TDT, Transição da Televisão Analógica para

Televisão Digital Terrestre

Fig. 3

(Fig. 1) (Fig. 2)

Perante isto, quais as expectativas?Móvel + internet = “revolução”Os consumidores com 20 anos já viram 8 anos de YouTube! Mas já são consumidores há muito tempo, consomem bens e serviços em grande quantidade, já influenciam a vida activa.As expectativas de consumo são muito diferentes e esperam poder

proactiva, estreitando relações entre as empresas e consumidores.Os consumos digitais passam a ser mais importantes. Já não podem ser ignorados, devem ser preferencialmente de produção nacional.Mas nada disto se pode fazer sem as pessoas. Para produzir conteúdos digitais,

tratar de muita coisa online.Nessa óptica a ADECO pretende ajudar a gerir essas expectativas, apresentando oportunidades para implementar Plataformas de Fidelização, que são muito importantes e que permitem gerir os hábitos dos consumidores desde muito cedo, levando as Empresas a agir proactivamente

são precisas pessoas com essa capacidade. Deveremos capacitar e certificar! Desenvolver capacidades cirurgicamente para suprir necessidades de mercado. Desenvolver formação intensiva em áreas-chave.Também deverá ser incentivado a criação de Startups, Incubadoras e Nichos de empresas, promovendo

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Saudação ao Dia Mundial dos Direitos do ConsumidorMas não é só.Os trabalhadores cabo-verdianos, de uma forma geral, e os trabalhadores que se encontram filiados na UNTC-CS, em particular, são também Consumidores.E enquanto Consumidores, os seus direitos, nomeadamente de protecção à saúde, de formação e educação para o consumo, de informação para o consumo e, sobretudo, de protecção dos seus interesses económicos, não poderão ser alheios à ADECO e, muito menos, aos seus respectivos Sindicatos.Há o regime de preços, que tanto interessa à ADECO como aos Sindicatos.Com efeito, sabe-se que o regime de preços baseia-se sobre os instrumentos de mercado, ou seja, na livre formação dos preços, num mercado não tutelado pela administração, e na grande liberdade dos operadores económicos na sua determinação.Entretanto, e paradoxalmente, no que concerne à política de rendimentos, isto é, à política salarial, o Governo de Cabo Verde mantém congelados, desde o ano de 2011, os salários na Administração Pública.Estando os salários congelados na Administração Pública, a tendência do sector privado, é a de acompanhar e seguir a mesma prática, dificultando ao máximo a negociação salarial no sector empresarial público e privado.A consequência, é a de que nos últimos 4 anos, o poder de compra dos trabalhadores cabo-verdianos diminuiu em mais de

10% (dez pontos percentuais).Em sentido inverso, registou-se, durante o mesmo período, uma subida constante e, em alguns casos, substancial, de preços de bens e serviços essenciais, tais como electricidade, àgua, combustíveis, comunicações e transporte, sem contar com o aumento de alguns impostos e taxas, designadamente o IVA e o IUP.Hoje, precisamente, já foi anunciado de que a taxa rodoviária (taxa de manutenção das estradas) vai ser aumentada, passando de 7 para 8 escudos, por cada litro de combustível.Não sabemos se a ADECO foi ouvida sobre esta medida. Mas o que sabemos, porque o escutamos quase que diriamente, é que existem várias queixas de consumidores/utilizadores de estradas, que reclamam do mau estado em que estas se encontram, estabelecendo a relação custo/benefício.Ou seja, dizem que pagam para puderem circular em boas estradas, mas que aquilo que constatam no seu dia-a-dia, é o contrário.Quando, em sede de Concertação Social, negociamos e estabelecemos acordos com o Governo e com o Patronato, com vista a aumentar o poder de compra dos trabalhadores, mais não estamos a fazer senão defender os interesses dos trabalhadores/consumidores.Aconteceu assim quando, em 2013, negociamos com o Governo o PCCS para os trabalhadores/consumidores da Administração Pública, e conseguimos um

Gostaríamos, em primeiro lugar, de agradecer à ADECO pelo convite que nos fez para estarmos aqui hoje nesta Cerimónia Central, em saudação ao Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, que se celebra amanhã, dia 15 de Março, sob o lema “Os Direitos do Consumidor na Era Digital: Asseguremos os nossos direitos telefónicos”.No convite que nos dirigiu, o Sr. Presidente da ADECO fez referência à complementaridade de missão e objectivos e à sinergia de acção que deve existir entre as associações de consumidores e os Sindicatos.Não só consideramos correcta essa perspectiva, como a apoiamos e estimulamos.Aliás, esperamos que dentro em breve, a ADECO e a UNTC-CS, possam vir a assinar um Protocolo de cooperação.Poder-se-á interrogar: afinal, onde está a afinidade entre o sindicalismo e os Direitos do Consumidor? Que afinidade existe entre a ADECO e a UNTC-CS?Ora bem, desde logo, ambas fazem parte do Conselho Nacional do Consumo.

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Saudação ao Dia Mundial dos Direitos do Consumidor (cont.)

um aumento salarial de 3%, em média, com efeitos a partir de Janeiro de 2012 (aumento que por enquanto apenas abrange os funcionários públicos do Quadro Comum, mas que vai ser alargado aos do Quadro Privativo).Também aconteceu quando, em 2013, e ainda no âmbito da negociação do PCCS com o Governo, conseguimos fixar um salário mínimo de 15 mil escudos para a Função Pública.A recente entrada em vigor,

ocorrido no passado mês de Janeiro, do Salário Mínimo Nacional, no valor de 11 mil escudos mensais, que foi fruto de uma longa e árdua negociação entre os Sindicatos, o Governo e o Patronato, é mais um outro exemplo elucidativo da simbiose existente entre o sindicalismo e os Direitos do Consumidor.Poderíamos citar aqui vários outros exemplos, mas cremos que estes são suficientes.Antes de terminar, e ainda que de

forma breve, uma palavra à ADECO.A ADECO é hoje, indiscutivelmente, uma referência no nosso país, sendo merecedora dos maiores elogios.Por ocasião do Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, entendemos, pois, ser de justiça felicitar a ADECO e, em particular, o seu Presidente, pelo excelente trabalho que vem desenvolvendo, em prol dos Consumidores em Cabo Verde.

Júlio Ascensão SilvaSecretário-Geral UNTC-CS

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“Feira dos Direitos dos Consumidores”, uma iniciativa Inovadora da ADECO

CV Telecom, Unitel, T+, Electra, Casa do cidadão, Associação A PONTE, Casa do Direito. Foram estas as empresas e instituições que estiveram expostas nessa feira direitos dos consumidores.Ambos os expositores consideraram uma iniciativa exemplar por parte da ADECO em promover esta feira pois através dela foi possível prestar esclarecimentos aos consumidores.A coordenadora da Unitel T+, Janine Brito, afirma que a feira “ é uma iniciativa louvável e para que os consumidores estejam mais perto das instituições se tiverem alguma reclamação (..)”

Janine Brito acrescentou que, “correspondeu às nossas expectativas que tínhamos no início, muitas pessoas visitaram o nosso stand a pedir informações, e também houve momentos de diversão ente consumidores”.Mas é importante realçar que não só os consumidores mas também as empresas acabaram por interagir entre si.Ana Monteiro, Directora Comercial da Electra considera uma, “Iniciativa exemplar que serve para estreitar laços com os clientes, ADECO e outras empresas”.“Faço um balanço positivo, foi bastante interessante, uma oportunidade para as empresas presentes chegarem mais perto dos clientes e esclarecer duvidas” afirma Ana Monteiro que, ainda parabenizou a iniciativa da ADECO.A Associação de promoção da saúde mental A Ponte fez-se representar pela Delegada Denise Lima, que disse que a feira foi “excelente. Eu acho que as vezes as pessoa desconhecem os seus direitos e se forem feitas mais

feiras, as pessoas já podem ficar mais atentas a serviços e o que podem exigir das empresas”.Isa Neves, coordenadora regional da CVTelecom, afirma que “foi uma oportunidade de interacção com clientes e consumidores”, e que os consumidores estavam à procura de informações sobre a empresa.Todas as empresas e instituições acabaram por fazer um balanço positivo da feira e esperam que a ADECO realize actividades do género para promover os direitos dos consumidores.De realçar que a ADECO, como entidade promotora da feira, aproveitou para sensibilizar a população para a problemática do consumo através da divulgação de informações diversas, nomeadamente o Boletim informativo, exposição sobre os “Direitos dos Consumidores na Era Digital”, distribuição de flyers e desdobráveis. |LG

FOTO: stand da ADECO na Feira dos Direitos dos Consumidores

Várias empresas e instituições estiveram em diálogo com os consumidores, na feira “direitos dos consumidores”, promovido pela ADECO, (Associação de defesa do Consumidor) no Dia Mundial dos Direitos do Consumidor.O objectivo dessa feira foi promover a interacção, troca de informações entre consumidores, empresas e instituições, mas também uma forma diferente de estabelecer diálogo entre fornece-dores de bens e serviços e os consumidores.

ADECO em Acção

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O Salário MínimoAinda é incerto determinar se o aumento salarial irá beneficiar as pessoas na melhoria das suas condições de vida ou gerar um aumento do desemprego. Recorde-se que o estabelecimento do salário mínimo é uma das medidas de concertação social ajustada entre o Governo e os Sindicatos.

As incertezas ainda prevalecem no seio da sociedade sobre o impacto do salário mínimo terá para as famílias cabo-verdianas. Segundo a economista Joana Melo “ainda é muito relativo afirmar se o salário mínimo poderá promover o poder de compra ou criar mais desemprego nas classes sociais mais desfavorecidas”.O baixo nível salarial é um dos factores que estão na origem do fraco poder de compra dos consumidores. Os sucessivos aumentos dos preços dos bens diminuem o poder de compra dos consumidores, passando esses a dispor de uma pequena parte do seu rendimento para a aquisição desses bens e serviços. O salário de um indivíduo é entendido como sendo o meio que ele utiliza para adquirir aquilo que lhe é primordial para a sobrevivência. Os trabalhadores ao receberem o salário mínimo terão, em princípio, o seu poder de compra restabelecido. O seu poder de compra depende do seu ganho, que depende directamente das circunstâncias económicas. Recorde-se que o salário mínimo foi estabelecido em 11mil escudos cujo cuja implementação tem por objectivo melhorar as condições de vida dos trabalhadores.Um dos problemas que preocupa a economista Joana Melo, é o aumento do desemprego no país derivado desse aumento salarial.Essa mesma economista dá exemplos do que se sucedeu com alguns estabelecimentos comerciais

mínimo por parte das empresas implica coimas às mesmas, em que o papel das pessoas será determinante. Para que os órgãos competentes possam cumprir a sua função de fiscalizar se o salário mínimo está sendo cumprido, a jurista realça o engajamento que os cidadãos poderão ter no cumprimento da lei, visto que esses órgãos não poderão fazer essa fiscalização sozinhas sem o apoio dos trabalhistas, que é a parte mais interessada.“Essas entidades não conseguem fazer isso sozinho, há que haver denúncias nesses órgãos que têm o poder sancionatório sobre as empresas”, adianta Eneida Lopes.Questionada sobre o facto de algum funcionário que recebe um salário superior ao salário mínimo e que, com o estabelecimento desse aumento salarial, possa vir a ser prejudicado com a redução do seu salário, a Jurista Eneida Lopes adverte que “o salário mínimo não pode ser reduzido” e que só em “situações extremas” é que isto poderá eventualmente acontecer. Destacando que o mais importante a realçar é que o salário mínimo foi estabelecido para melhorar a condição de vida do trabalhador e não para prejudica-lo. | AA

chinesas que, por não poderem pagar o salário mínimo, resolveram optar pelo despedimento de alguns dos seus funcionários.De acordo com o artigo 7a) do Pacto Internacional dos Direitos Económicos, Sociais e Cultural – PIDESC, o salário mínimo é estabelecido com sendo uma das providências no garante de uma remuneração que proporcione a todos os trabalhadores e suas famílias, uma existência decente.“O salário mínimo é uma das providências que o Estado já devia ter tomado mais cedo” como adianta a Jurista Eneida Lopes, realçando ser este “uma conduta adoptado pelo Estado e imposta pela Constituição e pelo PIDESC”.O salário mínimo para além de criar condições favoráveis para os trabalhadores é entendida pela jurista como sendo uma forma de pôr cobro “à exploração da mão-de-obra”. Um argumento também defendido pela economista Joana Melo.O não cumprimento do salário

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Educação para o ConsumoCidades Verdes no Dia Mundial da TerraActualmente, mais de metade da população mundial habita nos centros urbanos.Com o aumento da população e as mudanças climáticas, é necessário criar novos models de urbanização e numa “evolução” das cidades.Esta é a proposta do Earth Day Network- EDW (Rede do Dia da Terra), que, para a celebração do Dia Mundial da Terra este ano (22 de Abril), lançou a campanha e o desafio do aceleramento da

Segundo a EDW, os três pilares para que esta tranformação se torne efectiva são:- energia;- edifícios “verdes” ou ecológicos;- meios de transporte.É necessário procurarmos novas soluções de energia, apostar nas energias renováveis, substituindo os geradores de electricidade menos eficientes e mais poluentes utilizados actualmente.Os edifícios (sejam eles habitacionais ou comerciais) são

um dos principais produtores de gases de efeito de estufa (cerca de 1/3 da emissão mundial). É importante que tenhamos em mente novas propostas de edifícios mais sustentáveis e amigos do ambiente, adequados às realidades locais, novos modelos de urbanização, bem como sistemas de financiamento para se alcançar estes modelos, o que contribuirá para uma diminuição drástica das emissões

tranformação das cidades actuais em cidades verdes, nos próximos dois anos.Investimentos em energias renováveis, a reconstrução das cidades e zonas urbanas e soluções para a crise ambiental são alguns dos focos desta campanha, que pretende um envolvimento das pessoas a nível global para o ínicio daquela a que chamaram a “Era das cidades verdes”.

meios de transporte alternativos (como por exemplo, bicicletas) de forma segura e eficiente.Mais do que uma celebração, o DIa da Terra é um dia para reflecção e acção, de forma a que um futuro sustentável e ecológico seja possível para as gerações presentes e futuras. |PR

de gases de efeito estufa.O terceiro pilar, os meios de transporte, são apontados como as principais fontes de emissão de gases, a nível mundial, com um nível acelerado de cresimento. Para reduzir estas emissões, a EDW propõe que se aposte na qualidade dos transportes públicos, que se aumente os standards de qualidade e que as cidades sejam repensadas de forma a que os seus habitantes possam deslocar a pé ou em

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O que é Inclusão

INTRODUÇÃOA Inclusão Digital enquanto processo social tem ganhado destaque no mundo nas últimas duas décadas. A Inclusão Digital ou infoinclusão é a democratização do acesso às tecnologias da Informação, de forma a permitir a inserção de todos na sociedade da informação e é também simplificar a sua rotina diária, maximizar o tempo e as suas potencialidades. Um incluído digitalmente não é aquele que apenas utiliza essa nova linguagem, que é o mundo digital, para trocar e-mails, mas aquele que usufrui desse suporte para melhorar as suas condições de vida. Em termos concretos, incluir digitalmente não é apenas “alfabetizar” a pessoa em informática, mas também melhorar os quadros sociais a partir do manuseio dos computadores. Como fazer isso? Não apenas ensinando o bê-á-bá do informatiquês, mas mostrando como ela pode ganhar dinheiro e melhorar de vida com ajuda

daquele monstrengo de bits e bytes que de vez em quando trava. A Inclusão Digital, para acontecer, precisa de três instrumentos básicos que são: computador, acesso à rede e o domínio dessas ferramentas pois não basta apenas o cidadão possuir um simples computador conectado à Internet que iremos considerá-lo, um incluído digitalmente. Ele precisa saber o que fazer com essas ferramentas.Entre as estratégias inclusivas estão projectos e acções que facilitam o acesso de pessoas de baixa renda às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). A inclusão digital volta-se também para o desenvolvimento de tecnologias que ampliem a acessibilidade para usuários com deficiência. Dessa forma, toda a sociedade pode ter acesso a informações disponíveis na Internet, e assim produzir e disseminar conhecimento. A inclusão digital insere-se no movimento maior de inclusão

social, um dos grandes objectivos compartilhados por diversos governos ao redor do mundo nas últimas décadas questões.O tema “inclusão digital” designa uma revolução que provoca mudanças em todos os sectores de nossas vidas. Hoje em dia, usamos o computador para as mais diversas actividades, desde as relacionadas ao mercado de trabalho, à compra e venda de serviços e produtos via Internet, ao lazer e entretenimento (games e afins), mas para que isso aconteça é preciso que os operadores económicos sejam sensíveis e mudem de atitudes e comportamento tanto para o beneficio próprio, como também para que as pessoas com deficiência não saiam prejudicados, passem a saber mais sobre os direitos de consumidores para pessoas COM deficiência, nomeadamente a nível das empresas de água e de energia, no que tange aos transportes aéreo, marítimo, no acesso às farmácias nomeadamente na compra dos medicamentos entre outros, onde os custos fossem acessíveis e se possível isentos. Mesmo também funciona como meio de estabelecer relacionamentos - quem é que já não ouviu falar de alguém que encontrou um namorado ou marido pela Internet? Enfim, podemos dizer que o mundo digital movimenta mercados, informações, pesquisas; tudo

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passa, cada vez mais, por este meio poderoso. Falar em inclusão digital significa falar do Direito à Informação e Comunicação, que actualmente é considerado um direito humano básico. A informação é um elemento chave para se viver no mundo actual e a comunicação uma das ferramentas que possibilitam arrematar estas informações e fazê-las circular.

CONCLUSÃOConclui-se que a Inclusão digital que vem sendo praticada tem abordado, na sua maioria, apenas a necessidade de fazer com que o cidadão aprenda a usar as tecnologias Com o objectivo de inseri-lo no mercado de trabalho. Porém acesso não significa conexão física e acesso ao hardware, ou melhor não é o acesso à tecnologia que promoverá a inclusão digital, mas sim a forma como esta tecnologia

vai atender às necessidades sociais das comunidades locais com uma propensão crítica, pois o papel mais importante do processo de Inclusão Digital deve ser a sua utilidade social. O que se defendo neste pequeno texto é uma mudança na maneira de ver a tecnologia, não apenas como um instrumento solucionador de problema, mas sim um conjunto de acções integradas e abrangentes que através de uma apropriação crítica provoca mudanças comportamentais perante a própria tecnologia. Com utilidade social passa pela questão informação para cidadania visa a criação de conteúdos de utilidade pública como seguridade, saúde, educação, cuja disponibilidade facilitará a interacção entre o cidadão, o Estado com efeitos impactantes na qualidade de serviços prestados, e consequente melhoria na que privados melhorando a qualidade de vida,

os conteúdos devem privilegiar os serviços que ampliam o exercício da cidadania enfatizando valores sócio culturais locais.

Dr. Manuel Júlio RosaPresidente da FECAD e da

ADEVIC

FOTO: Intervenção de um membro da plateia, na Cerimónia Centra, (à esq.) e Dr.

Manuel Rosa (à dir.)

O que é Inclusão (cont.)

Março 2014 - Boletim ADECO 5 15 |

Cabo - genialidades

Cabo - verduras

Quer participar desta secção? Envie-nos fotos e relatos de casos que mereçam reconhecimento ou reprovação para [email protected] ou para [email protected].!

Apesar de iniciativas louváveis como a campanha “Homem que é Homem Não Bate em Mulher”, e da Lei sobre Violência Baseada no Género (VBG), aprovada desde 2010, ainda há muito por fazer em Cabo verde, pois estudos levados a cabo pelo INE (Inquérito Demográfico e de Saúde

Numa iniciativa da AMES (Associação de Mulheres Empresárias de Santiago), da Artemedia Produções e da TCV, doze personalidades masculinas nacionais uniram-se para dar a cara à campanha “Homem que é Homem Não Bate em Mulher”.

Reprodutiva 2006), revelam que a incidência de casos de VBG ainda são bastante elevados, sendo as principais vítimas as mulheres (1 em cada 5 mulher já foi ou ainda é vítima de violência do tipo emocional, psicológico, físico ou sexual).O estudo a ponta a Praia Urbana como o local com maior incidência deste tipo de violência (30% das mulheres entrevistadas, residentes nesta cidade afirmam ter sido vítimas de VBG).No entanto, apesar do número preocupante de casos de VBG, mais preocupante ainda é o facto

Trata-se de uma campanha que pretende alertar e chamar a atenção para a Violência Baseada no Género e criada para as comemorações do Mês da Mulher. Para tal, foi criado um blog, em parceria com a Sapo.cv, bem como spots de rádio e TV,

de o índice de denúncias ser bastante baixo.Na base destas situações está a dependência económica da vítima e o fraco conhecimento dos seus direitos.Torna-se necessária a aposta na sensibilização e na prevenção, quer de homens, quer de mlheres, bem como um maior rigor no cumprimento das leis que protejam as vítimas e um acompanhamento pós-denúncia (tanto da vítima, como do agressor, de forma a prevenir reincidências). |PR

cartazes e outdoors.Pretende-se que o blog esteja activo ao longo de todo o ano de 2014 e que se torne uma plataforma interactiva onde possam ser lidos os testemunhos das víctimas, bem como o envolvimento da população e o seu engajamento com esta campanha.Uma iniciativa que merece ser divulgada e abraçada por todos, homens e mulheres, de modo a alcançarmos, assim, uma sociedade mais justa e equalitária.

PR

FOTO: cartaz da campanha “Homem que é Homem não bate em Mulher”

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As comemorações do Dia Mundial dos Direitos do Consumidor (DMDC) são uma oportunidade para se ilustrar a importância dos direitos do consumidor, para se apelar e congregar esforços para que os direitos do consumidor sejam efectivamente respeitados e para se promover a adoção de novos direitos dos consumidores. Essa data é também uma oportunidade para relembrar que o consumidor não só tem direitos, como também tem deveres.As comemorações do Dia Mundial dos Direitos do Consumidor 2014, em Cabo Verde, foram um sucesso, tanto pela quantidade, como, principalmente, pela qualidade dos eventos realizados e dos parceiros envolvidos. Com base nos relatos das actividades comemorativas a nível mundial, acreditamos que as actividades realizadas em Cabo Verde foram das melhores conseguidas e das mais ricas, originais e inovadoras. O mérito deste sucesso deve-se principalmente aos colaboradores e parceiros da ADECO.A ADECO, em parceria com a Assembleia Municipal de São Vicente, a Associação Castelos do Sal, a ASA, a ANAC, o BCV entre outras organizações marcaram as comemorações do DMDC 2014 com ricas, inovadoras e diversificadas atividades de entre as quais se

destacam as indicadas em baixo. Antes convém lembrar que a ADECO também realizou diversos programas de rádio e televisão sobre o evento, colocou informações diversas no Facebook e vídeos no Youtube, concedeu diversas entrevistas a rádios e jornais e participou nalguns programas especiais de rádio, etc.Uma nota de destaque releva da participação na cerimónia central da Embaixada da União Europeia, que tem sido o maior contribuinte para a causa da proteção e defesa do consumidor em Cabo Verde, não só pelos financiamentos disponibilizados, mas principalmente pela atitude exemplar e lúcida, indutora de mudanças culturais e estratégicas na actuação e comportamento das autoridades e, principalmente, da sociedade cabo-verdiana, em particular das organizações da sociedade civil.Uma outra nota de grande destaque é a relevância maior atribuída à participação das organizações da sociedade civil no evento, o que consubstancia uma mudança de paradigma institucional. As mais importantes e representativas organizações da sociedade civil organizada, como a Plataforma das ONGs, a Central Sindical UNTC-CS, a Federação das Associações de Pessoas com Deficiências, FECAD, manifestam a tomada de consciência da importância maior e transversal da defesa dos direitos do consumidor, reconhecem o papel da ADECO e se disponibilizam a sua parceria para essa causa.De realçar a colaboração e grande disponibilidade do Resort Pont d’Agua, da UNI-CV, do Sr. Emerson Pimentel (Coordenador do Corpo do Voluntariado em CV), do Prof. João Valentim Santos (representante dos

consumidores na comissão TDT). Merece destaque a participação do grupo CVTelecom, da Unitel T+, da ELECTRA SA., da A Ponte, da Casa do Direito, da Casa do Cidadão, da Kativa, entre outros.Agradecemos o fato de a Presidência da República de Cabo Verde ter reagido prontamente ao convite e ter indicado quadros seniores para participar na cerimónia central.Finalmente, mas não menos importante, os agradecimentos a todos que se dignaram participar nos eventos comemorativos bem como os órgãos de comunicação social que fizeram a cobertura dos mesmos.

Principais atividades em comemoração do DMDC 2014 (por ordem cronológica da sua realização):

1.Palestra e Peça de teatro interpretada por crianças na cidade de Santa Maria, ilha do Sal;2.Palestra da ADECO na Assembleia Municipal de São Vicente sobre a problemática do consumo e as responsabilidades das autoridades;3.Sessão de comemoração do Dia Mundial do Consumidor, realizada pela ANAC e BCV e com a participação da ADECO;4.Cerimónia Central das comemorações do DMDC 2014;5.ADECO faz entrega formal ao Estado de Cabo Verde, através da ANAC, da carta “Agenda do consumidor para um serviço móvel justo”; 6.A “Feira dos Direitos do Consumidor” ;7.Exposição sobre os direitos do consumidor na era digital;8.Cerimónia de assinatura de Protocolo entre ASA e a ADECO e palestras sobre serviços aeroportuários e defesa do consumidor.

António Pedro SilvaPresidente da Direcção da ADECO

Balanço das Actividades do Dia Mundial dos Direitos do Consumidor

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Mais perto de si

SemanalmenteQuinta-feira

TCV

Informativo e direccionado para o consumidor, o nosso programa tem como principal objectivo aproximar a ADECO dos consumidores.Para isso, contamos com uma equipa jovem e dinâmica, que trabalha incansavelmente para levar até si os mais variados temas de interesse para que possa conhecer e melhor defender os seus legítimos direitos, enquanto consumidor.

Semanalmente, às Quintas-feiras, antes do Jornal da Noite da TCV, estamos sempre a contar consigo!

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A ADECO NO

Chris Quintino Arthur Ferreira

Thiago Fortes

Uma actividade interessante deve ser repetida mais vezes, de modo a haver mais divulgação dos direitos dos consumidores.

(23/04/2014)

Conhecimento é poder, boa iniciativa para mostrar aos consumidores os seus direitos...

(23/04/2014)

Uma boa forma de informar os consumidores sobre os seus direitos.

(23/04/2014)

A Feira dos Direitos dos Consumidores teve impacto não só nos visitantes, mas também nos internautas que acompanham a página da ADECO no Facebook. Veja o que disseram sobre a iniciativa:

“Acho maravilhoso. É muito importante principalmente em Cabo Verde, onde há pouca informação. Nós cabo-verdianos, às vezes, gastamos o nosso tempo noutras coisas em vez de procurar ganhar informação e conhecimento noutras áreas. Essa feira é extremamente importante, pelo menos para mim porque consegui obter algumas informações que simplesmente não sabia e esclarecimentos em termos de factura da Electra, de como fazer o pagamento da factura sem sair de casa. Coisas interessantes que eu acho facilitam os consumidores.”

Sylman

CV Móvel, a Electra, a Unitel T+. Sabemos que há muitas reclamações em relação às telecomunicações e à electricidade e é importante que as empresas estejam aqui e estarem mais próximos dos utentes, de forma a melhor informar os consumidores.”

Anildo Fortes

“É um direito que nós temos, Acho muito importante ter debatido e de andar para frente com o direito do consumidor porque Cabo Verde precisa sempre disso. E se nós não discutirmos os nossos direitos e não encontrarmos apoio, não ficamos certo dos nossos direitos.”

Alertino “Cabol”

É uma grande iniciativa e que todos nós devíamos colaborar porque as coisas não são como as pessoas pensam aqui em São Vicente. Nós vamos fazer,… olhar e ouvir o lema de cada empresa e o que fazem em relação ao consumidor.

Jairson Mota

“Iniciativa interessante, tanto para celebrar o dia mundial do consumidor, para dar ao consumidor oportunidade de contactar várias empresas que prestam serviços, de esclarecer algumas dúvidas que pessoas podem ter e de até mesmo de promover a ADECO. É uma iniciativa que deve repetir, talvez como sugestão, uma maior divulgação para poder ter uma maior participação.”

Conceição Pinto

“Interessante, porque nós acabamos por tomar algumas informações, de pelo menos da Electra e da nossa rede móvel, coisas que damos muito valor e que são indispensáveis.

É importante ter essa feira, para que nós, o público em geral, possamos ter acesso às informações que não dominamos e saber como defender os nossos direitos.”

Josias Fonseca

“Acho muito bem. É importante passar a mensagem para que os consumidores possam estar melhor informados sobre os seus direitos e também dos seus deveres. Temos aqui empresas importantes como a

Feira do Consumidor - Vox PopDurante a feira realizada pela ADECO, recolhemos algumas reacções do público sobre a iniciativa.

AA

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Read Speaker -Dispositivo de leitura texto-voz através do computador

Cada vez mais algumas instituições e empresas estão criando mais condições, para as pessoas portadoras de necessidades especiais.E a ADECO, como Associação de Defesa do Consumidor, vem lutando para que os direitos dos consumidores sejam respeitados, principalmente das pessoas com deficiência, e juntamente com outros parceiros promover os direitos dos consumidores.Por isso, procuramos divulgar os instrumentos que promovem os direitos dos consumidores e que são considerados uma mais-valia para a promoção, e consciencialização dos seus direitos.Por isso, procuramos divulgar os instrumentos que promovem os direitos dos consumidores e que são considerados uma mais-valia para a promoção, e consciencialização dos seus direitos.Neste mês, damos a conhecer aos

consumidores o Read Speaker, instrumento disponibilizado no site da ANAC, que veio facilitar a vida as pessoas portadores de deficiência, sobretudo as com deficiência visual. Através deste instrumento, pode-se fazer leituras de no computador, aplicativo móvel e MP3. É gratuito e de fácil acesso, podendo ouvir o que quiser onde estiver, no trabalho, em casa, ou seja basta ter acesso ao site da ANAC e ligar a este dispositivo.Este aplicativo foi disponibilizado pela Agência Nacional de Comunicações aos consumidores, enquadrada nas comemorações do Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, não só para as pessoas portadores de deficiência mas também para quem quiser ouvir em formato áudio, ao invés de ler os assuntos disponibilizados no portal da ANAC.De realçar que este dispositivo vai permitir as pessoas portadoras de necessidades especiais a inclusão

na era digital, uma vez que o mundo se encontra na Era digital e isso facilita a integração dessas pessoas deficientes e uma maior integração na sociedade.Por isso deixamos aqui a sugestão em visitar o site da ANAC: www.anac.cv/consumidor onde pode ter acesso de uma forma rápida e eficaz aos conteúdos em formato áudio. |LG

ADECO Associação para Defesa dos Consumidores

C.P.: 330, Bairro de HolandaMonte Sossego, São Vicente

Cabo Verde

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