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ISSN 2238-3042 EDIÇÃO 54 ANO 09 AGOSTO 2018 Boletim Científico do Centro de Simulação e Pesquisa São Camilo

Boletim Científico do Centro de Simulação e Pesquisa ... · 2. 1 • Serão aceitos trabalhos originais (pesquisa qualitativa ou . quantitativa), revisão de literatura, relato

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ISSN 2238-3042 EDIÇÃO 54 ANO 09 AGOSTO 2018

Boletim Científico do Centro de Simulação e Pesquisa São Camilo

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1 • Serão aceitos trabalhos originais (pesquisa qualitativa ou quantitativa), revisão de literatura, relato de experiência, rela-to de caso, e estudo reflexivo.2 • Para cada estudo, a metodologia segue nos seguintes pa-drões:Pesquisa qualitativa: Título, resumo, palavras-chave, introdu-ção, objetivo, metodologia, trajetória metodológica, constru-ção dos resultados, considerações finais e referências. Pesquisa quantitativa: Título, resumo, palavras-chave, intro-dução, objetivo, metodologia, material e método, resultado e discussão, conclusão e referências. • Revisão de literatura: Título, resumo, palavras-chave, intro-dução, objetivo, metodologia, revisão de literatura, conside-rações finais e referências. • Relato de Experiência: Título, resumo, palavras-chave, intro-dução, objetivo, metodologia, descrição do relato de experi-ência, considerações finais e referências. • Relato de caso: Título, resumo, palavras-chave, introdução, objetivo, metodologia, descrição de caso, considerações fi-nais e referências. • Estudo reflexivo: Título, resumo, palavras-chave, introdução, objetivo, metodologia, descrição de reflexão, considerações finais e referências. 3 • Para apresentação dos trabalhos o texto deve vir em Word• Fonte Times New Roman, tamanho 12, justificado• No máximo 12 páginas, com espaçamentos entre linhas de 1,5 cm,• Margem superior de 3 cm, margem inferior de 2 cm, mar-gens laterais de 2 cm. • O texto não deve ultrapassar 15.000 palavras, excluindo re-ferências e tabelas. • O nº total de tabelas e ilustrações não deve ser superior a 6 e o da referências, a 20 citações. • O trabalho deve seguir o seguinte roteiro: Tema, resumo, palavra-chave introdução, método, resultado, considerações finais, referências.4 • Siglas, abreviaturas, unidades de medidas, nomes de ge-

nes e símbolos devem ser usados utilizando o modelo pa-drão internacional e de conhecimento geral. Na primeira ci-tação de siglas, elas devem vir acompanhadas do significado por extenso. 5 • Citações e referências devem seguir as normas de Van-couver. 6 • Caberá ao diretor científico julgar o excesso de ilustrações, suprimindo redundâncias. A ele caberá também a adaptação dos títulos e subtítulos dos trabalhos, bem como a prepa-ração do texto, com a finalidade de uniformizar a produção editorial. 7 • O conteúdo pode estar relacionado com apresentação de caso ilustrativo, atualização terapêutica, análise de métodos diagnósticos, apresentação de casuística etc.8 • Deverão ser enviadas as seguintes informações sobre o(s) autor (es): Nome completo, formação acadêmica, instituição a qual está vinculado, e-mail para contato, foto de rosto e uma titulação conforme prefere ser apresentado.9 • Ao enviar o texto, o autor estará automaticamente con-cordando com sua veiculação via correio e via Internet, não ficando responsável a Secretaria Técnica por sua reprodução ou utilização depois de publicado.10 • Cabe ao Departamento de Divulgação do IEP a data de publicação do artigo.11 • Ilustrações: constam de figuras e gráficos, referidos em números arábicos (exemplo: Fig.3, Gráfico 7), sob a forma de desenhos à nanquim, fotografias ou traçados (ECG etc).Se forem “escaneadas”, deverão ser enviadas em formato TIF ou JPG e ter , no mínimo, 270 DPI de resolução. CONSTAR FONTE. Quando possível deverão ser enviadas em forma ori-ginal. Somente serão aceitas as ilustrações que permitirem boa reprodução.12 • Os trabalhos devem ser encaminhados ao Núcleo de Pu-blicações do Centro de Simulação e Pesquisa São Camilo atra-vés do e-mail: [email protected]

Telefones para contato: (11) 3677-4507 / 3677-4405

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO NO BOLETIM CIENTÍFICO DO CENTRO DE SIMULAÇÃO E PESQUISA SÃO CAMILO

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EXPEDIENTE

A responsabilidade pelos dados e conteúdo dos artigos é exclusiva de seus autores. Permitida reprodução total ou parcial dos artigos, desde que mencionada a fonte.

Sociedade Beneficente São CamiloPresidente: João Batista Gomes de LimaVice-Presidente: Anísio Baldessin 1º tesoureiro: Deolindo Francisco Guzi 2º tesoureiro: Adailton Mendes da Silva 1º secretário: Mateus Locatelli2º secretário: Mauricio Gris Superintendente: Antonio Mendes Freitas

Hospitais São Camilo de São PauloSuperintendente: Mário Luis Kozik

Redação e AdministraçãoOs manuscritos deverão ser encaminhados para: IEP - Hospital São Camilo Rua Tavares Bastos, 651 - PompeiaCEP 05012-020 - São Paulo - SP ou enviados para os e-mails: [email protected]

Diretora Editorial: Dra. Lucia Milito EidDiretora Científica: Profa. Dra. Ariadne da Silva FonsecaCoordenação Editorial: Elisabete RochaProdução Editorial: Elisabete RochaJornalista Responsável: Hugo Politi PacíficoEditor de Arte: Fabiana Sant´AnaProdução Gráfica: NywgrafTiragem: 1000 exemplaresDiagramação: Ei Viu! Design e Comunicação

Conselho Editorial• Adriano Francisco Cardoso Pinto• Alexander Aredes Sobrinho• Ana Lygia Pires Melaragno• Ana Lucia das Graças Gomes• Ariadne da Silva Fonseca• Carla de Oliveira Assis• Carlos Augusto Dias • Carlos Gorios• José Antonio Pinto• Eli Szwarc• Lucia Milito Eid• Marco Aurélio Silvério Neves• Rita de Cássia Calegari• Tania Regina Guedes• Vânia Ronghetti• Viviane Cristina da Silva Marcellani

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SUMÁRIO

Editorial

A Atuação do Enfermeiro na Cirurgia Segura: revisão de literatura

The Nurse Work in a Safe Surgery: a literature review

La Actuación del Enfermero en la Cirugía Segura: revisión de literatura

Cristiane Quirino Dantas

Henna Carolina Moura Cruz

Prof.ª Vanessa de Oliveira C. Acioli

Técnicas de Reprodução Assistida para Pessoas Portadoras do HIV/AIDS: revisão de literatura

Assisted Reproduction Techniques for Persons Bearing HIV/AIDS: a literature review

Técnicas de Reproducción Asistida para Personas Portadoras de VIH/SIDA: revisión de literatura

Audrey Helen Menegatti Matos

Edélcio da Conceição Costa

Patrícia de Castro Gonçalves

Profª Bianca Mara Maruco Lins Leal

Profª Natália Castro do Nascimento

Atuação do Enfermeiro na Assistência a Gestante Portadora do Zika Vírus: revisão de literatura

The Nurse work in the Assistance to Pregnant Women Bearing the Zika Virus: a literature review

Actuación del Enfermero en la Asistencia a la Gestante portadora de Zika Virus: revisión de

literatura

Eduardo Monteiro da Silva

Eleoneide Ferreira Oliveira

Raquel dos Santos Sousa Vieira

Sabrina Carneiro da Silva

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A saúde constitui um importante setor no mercado de trabalho do país. Como as

demais áreas, encontra-se vinculada a um conjunto de determinantes políticos e eco-

nômicos que permeiam o mercado de trabalho. Pode-se dizer que o dinamismo e as

características dos seus empregos foram influenciados pelo crescimento do sistema

produtor de serviços e pela reforma do setor, os quais provocam mudanças significati-

vas na estrutura ocupacional e no perfil quantitativo da força de trabalho.

Essas transformações são frutos de uma era capitalista que consegue modificar va-

lores, culturas e estilos de vida. Muitas vezes fazendo com que os profissionais fiquem

voltados a atender as imposições das instituições e esquecendo-se do que realmente

deveriam realizar ou propor.

Vive-se hoje com um novo paradigma econômico, caracterizado pela velocidade e

inovação. A importância está acentuada nos ativos intangíveis como identificação da

marca, conhecimento, inovação e recursos humanos. Neste cenário, configura-se como

desafio às instituições de saúde, desenvolver e implementar ferramentas e modelos de

assistência e de gestão que lhes garantam a possibilidade de competição atual e futura.

As organizações necessitam contar, de um lado, com profissionais altamente capaci-

tados, aptos a fazer frente às ameaças e oportunidades do mercado de trabalho e, de

outro, com um sistema de gestão sério e eficaz.

Vivemos uma situação que precisamos repensar. Quais são as habilidades e compe-

tências necessárias para os profissionais de saúde que atuará em um mundo globaliza-

do e em constante mudança?

A competência apoiada essencialmente no saber tecnicista e científico, não tem sido

suficiente para assegurar uma assistência de saúde de qualidade. Os profissionais pre-

cisam demonstrar competências e habilidades políticas para o enfrentamento das for-

ças que representam o poder.

Precisamos olhar e enxergar o que realmente é necessário, refletir e atuar para me-

lhorar a atuação dos profissionais de saúde. É importante que cada um nós, tome para

si a responsabilidade do cuidado e da recuperação paciente.

Boa leitura e reflexão a todos!

EDITORIAL

Formação e Atuação dos Profissionais de Saúde: um desafio a ser conquistado

Ariadne da Silva FonsecaGerente do Centro de Simulação

e Pesquisa São Camilo

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Health is an important sector in the work market of the country. As the other areas, it is connected to a set of politi-cal and economic determinants permeating the work market. It may be said that dynamism and the characteristics of its jobs have been influenced by the services producing sys-tem growth and by the sector reform, which cause significant changes in the work force occupational structure and quan-titative profile.

Those transformations are fruit of a capitalistic age which manages to modify values, cultures and lifestyles. Oftentimes causing professionals to be compelled to comply with impo-sitions form institutions and forget what they should really ac-complish or propose.

Nowadays we live with a new economic paradigm, char-acterized by velocity and innovation. The importance is high-lighted on intangible assets such as brand identification, knowledge, innovation and human resources. In this scenario, health institutions are challenged to develop and implement assistance and management tools and models assuring them the possibility of current and future competition.

Organizations need to rely, of the one side, on highly skilled professionals, capable of facing the work market threats and opportunities, and of the other side on a serious and effective management system.

We are going through a situation which we need to rethink. What are the necessary skills and competences for the health professionals who will work in a globalized and constantly-changing world?

The competence essentially based on technicist and sci-entific knowledge has not been sufficient to ensure a quality health assistance. The professionals need to display political competences and skills to challenge the forces representing power.

We need to look and see what is really necessary, reflect and act to improve the health professionals’ actuation. It is important that each of us take responsibility for the patient’s care and recovery.

Have a good reading and reflection!

La salud constituye un importante sector en el mercado de trabajo del país. Como las demás áreas, se encuentra vincu-lada a un conjunto de determinantes políticos y económicos presentes en el mercado de trabajo. Se puede decir que, el dinamismo y las características de sus empleos fueron influen-ciados por el crecimiento del sistema productor de servicios y por la reforma del sector, los cuales provocan cambios signi-ficativos en la estructura ocupacional y en el perfil cuantitativo de la fuerza de trabajo.

Esas transformaciones son resultado de una era capitalista que consigue modificar valores, culturas y estilos de vida. Mu-chas veces haciendo con que los profesionales se pongan a atender las imposiciones de las instituciones, olvidándose lo que realmente deberían realizar o proponer.

Hoy se vive con un nuevo paradigma económico, carac-terizado por la velocidad e innovación. La importancia está acentuada en los activos intangibles como identificación de la marca, conocimiento, innovación y recursos humanos. En este escenario, se configura como desafío a las instituciones de salud, desarrollar e implementar herramientas y modelos de asistencia y de gestión que les aseguren la posibilidad de competición actual y futura.

Las organizaciones necesitan contar, de un lado, con profe-sionales altamente capacitados, aptos a hacerle frente a las amenazas y oportunidades del mercado de trabajo y, por otro, con un sistema de gestión serio y eficaz.

Vivimos una situación que necesitamos repensar. ¿Cuáles son las habilidades y competencias necesarias para los profe-sionales de salud que actuarán en un mundo globalizado y en constante cambio?

La competencia apoyada esencialmente en el saber técnico y científico, no ha sido suficiente para asegurar una asistencia de salud de calidad. Los profesionales necesitan demostrar competencias y habilidades políticas para enfrentar las fuerzas que representan el poder.

Necesitamos mirar y ver lo que realmente es necesario, pen-sar y actuar para mejorar la actuación de los profesionales de salud. Es importante que cada uno de nosotros tome para sí la responsabilidad del cuidado y de la recuperación paciente.

¡Buena lectura y reflexión a todos!

Health Professionals Formation and Work: a challenge to be overcome

Formación y Actuación de los Profesionales de Salud: un desafío por conquistar

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ResumoEste estudo teve como objetivo levantar na literatura artigos rela-

cionados à importância da atuação do enfermeiro na cirurgia se-

gura para realização desse trabalho foram utilizados artigos com

base SCIELO, LILACS e BIREME, além de sites oficiais da ANVISA,

Ministério da Saúde, OMS, COFEN/COREN e Proqualis. O enfer-

meiro é peça fundamental na implantação dessa ferramenta, pois

ele irá treinar a equipe de enfermagem, além de demonstrar aos

outros profissionais médicos (cirurgiões e anestesiologistas), instru-

mentadores cirúrgicos, a importância da cirurgia segura ao cliente

submetido ao procedimento cirúrgico. Todo o cenário que envolve

a cirurgia segura envolve a atuação do enfermeiro, porque ele pre-

cisa ter visão ampla sobre o assunto, uma vez que ele pode aper-

feiçoar essa ferramenta de acordo com a necessidade da institui-

ção. O checklist da cirurgia segura foi uma forma rápida e objetiva

de trazer mais segurança ao paciente cirúrgico. É uma ferramenta

universal, de fácil manuseio e objetividade, porém precisa da união

de toda a equipe de centro cirúrgico, para a mesma ter efetividade.

Palavras-chave: Cirurgia Segura. Segurança do Paciente. Lista de

Verificação.

AbstractThis study it had as objective to raise in the literature articles re-

lated to the importance of the actuation of the nurse in the safe

surgery for accomplishment of this work articles with base SCIELO

had been used, LILACS and BIREME, beyond official sites of the

ANVISA, Health department, OMS, COFEN/COREN and Proqualis.

The nurse is basic part in the implantation of this tool, therefore it

will go to train the nursing team, beyond demonstrating to the other

medical professionals (surgeons and anesthetist), to assist surgeon,

the importance of the safe surgery to the customer submitted to

the surgical procedure. All the scene that involves the safe surgery

involves the performance of the nurse, because it needs to have

ample vision on the subject, a time that it can perfect this tool in ac-

cordance with the necessity of the institution. Checklist of the safe

surgery was a fast and objective form to bring more security to the

Cristiane Quirino DantasGraduada pelo Centro Universitário Anhanguera Santo André, Pós

graduação em Urgência e Emergência pela UniCosta e UTI pela UniCosta.

Henna Carolina Moura CruzGraduada pelo Centro Universitário Anhanguera Santo André, Pós

Graduação de Enfermagem em Centro Cirúrgico e CME pela Faculdade

XV Agosto, Atenção ao Paciente Crítico: Urgência, Emergência e UTI pelo

Centro Universitário UNINTER, MBA de Auditoria em Saúde pelo Centro

Universitário UNINTER e HC SBC como Enfermeira Assistencial em UTI e

Centro Cirúrgico.

Prof.ª Vanessa de Oliveira C. Acioli

The Nurse Work in a Safe Surgery: a literature review

La Actuación del Enfermero en la Cirugía Segura: revisión de literatura

A Atuação do Enfermeiro na Cirurgia Segura: revisão de literatura

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surgical patient. It is a universal tool, of easy manuscript and clarity,

however it needs the union of all the team of surgical center, same it

to have effectiveness.

Key words: Safe surgery. Security of the Patient. Check-list.

ResúmenEste estudio tuvo como objetivo levantar en la literatura artículos

relacionados a la importancia de la actuación del enfermero en la

cirugía segura para la realización de este trabajo se utilizaron artícu-

los con base SCIELO, LILACS y BIREME, además de sitios oficiales

de ANVISA (Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria), Ministerio de

Salud, OMS, COFEN/COREN y Proqualis. El enfermero es la pieza

fundamental en la implantación de esa herramienta, pues él entrena-

rá al equipo de enfermería, además de demostrar a los demás pro-

fesionales médicos (cirujanos y anestesiólogos), instrumentadores

quirúrgicos, la importancia de la cirugía segura al cliente sometido al

procedimiento quirúrgico. Todo el escenario que involucra la cirugía

segura involucra la actuación del enfermero, pues él necesita tener

una amplia visión sobre el tema, ya que él puede perfeccionar esa

herramienta según la necesidad de la institución. El check list de la

cirugía segura fue una forma rápida y objetiva de proporcionar más

seguridad al paciente quirúrgico. Es una herramienta universal, de

fácil manipulación y objetividad, pero necesita de la unión de todo el

equipo de centro quirúrgico para que la misma sea efectiva.

Palabras-clave: Cirugía Segura. Seguridad del Paciente. Lista de Ve-

rificación.

IntroduçãoAtualmente quando entramos em qualquer estabeleci-

mento comercial, seja loja, escola, comércio, hospital, já ana-lisamos indiretamente a qualidade no atendimento prestado. A preocupação com a qualidade, mesmo nas organizações de saúde tem se manifestado através de melhorias no aten-

dimento, pois surge a competitividade entre serviços hospi-talares focados na qualidade da assistência do cliente cada vez mais crítico e exigente que busca seus direitos.

Dentro de uma instituição hospitalar, o centro cirúrgico (CC) é um setor que possui suas particularidades e características próprias, é conhecido como setor fechado, sendo uma das unidades mais complexas do ambiente hospitalar, pois pos-suem equipamentos e tecnologias avançadas, além de toda uma logística para o funcionamento e principalmente pelo risco de morte estar sempre presente. O CC é um ambiente que oferece ao cliente efetuar sua cirurgia de forma segura, tanto para si, como para a equipe que irá atendê-lo, desde que todos os profissionais estejam habilitados, treinados e sejam competentes para tal função, além das instalações fí-sicas e tecnológicas.1

Nos últimos anos, com a evolução tecnológica, com de-senvolvimento técnico-científico, indústria farmacêutica, o CC obteve essa evolução, sofisticação e inovação, gerando assim maior complexidade no que diz respeito aos procedi-mentos cirúrgicos e assistência de Enfermagem.2

O enfermeiro é o profissional habilitado para gerenciar to-das as necessidades que envolvem o funcionamento do CC. Ele desenvolve atividades administrativas, técnicas, gestão de pessoas e assistenciais. Além de todas essas atribuições ele precisa ter o olhar clínico sobre sua equipe, na questão qualidade, produtividade individual e em equipe. O SAEP é um instrumento pelo qual o enfermeiro possui de conhecer seu cliente antes da chegada dele no CC, que consiste em uma visita pré-operatória, onde ele traça plano de cuidados e fornece todas as informações, a ele – cliente - e sua família, gerando assim confiança.

O CC por ser de alta complexidade, também possui peri-gos presentes, e cabe ao enfermeiro e toda a equipe visão preventiva quanto a isso, principalmente com relação a se-gurança do paciente em todas as etapas do procedimento cirúrgico. Falha na comunicação, erros estratégicos nunca

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são insignificantes dentro da sala cirúrgica. Exemplos desses perigos são medicações trocadas, membros operados erra-dos (demarcação incorreta da lateralidade), dimensionamen-to inadequado de materiais.

Em 2004, a OMS, lançou globalmente a Aliança Mundial Para Segurança do Paciente e a cada dois anos estabelecem novos Desafios Globais pela Segurança do Paciente, dentre eles “Cirurgia Segura Salva Vidas”. Assim com essa iniciati-va em 2008, nascia o Protocolo de Cirurgia Segura, no qual consiste em um checklist, como ferramenta útil para evitar eventos adversos.1

O Protocolo Cirurgia Segura contribui para minimizar os riscos, contribuindo para assistência segura, além disso, es-timula a união da equipe. Ele e constituído de três etapas: a primeira Sign In (antes da anestesia), Time Out (antes da inci-são cirúrgica) e Sign Out (antes da saída do paciente da sala cirúrgica). Todas as etapas devem ser cumpridas e podem ser aprimoradas de acordo com cada instituição.

O enfermeiro tem papel importante nessa adesão. Ele irá encontrar dificuldades para implementar essa nova ferra-menta, por resistência dos colaboradores, seja enfermagem ou equipe médica, porém com muito conhecimento e ótima comunicação irá com toda certeza conseguir implantar de forma efetiva, obtendo ótimos resultados para os clientes, instituição e colaboradores.

ObjetivosLevantar na literatura artigos relacionados à importância da

atuação do enfermeiro na implantação e gerenciamento da ferramenta cirurgia segura.

MetodologiaTrata-se de pesquisa realizada por meio de revisão biblio-

gráfica.A pesquisa foi realizada na Biblioteca Virtual de Saúde (BI-

REME- Biblioteca Regional de Medicina, nas bases Scientific Eletronic Libray Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e o Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), além de sites ofi-ciais da ANVISA, Ministério da Saúde, OMS, COFEN/COREN e Proqualis.

Foram analisados materiais datados entre os anos de 2009 a 2015. Com disponibilidade em língua portuguesa. Para este estudo foi utilizado oito (8) referências.

Revisão de LiteraturaEm outubro de 2004, a Organização Mundial de Saúde

(OMS) lançou a Aliança Mundial para Segurança do Pacien-te. A Aliança desperta a consciência e o comprometimento político para melhorar a segurança na assistência e apóia os

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Estados-Membros no desenvolvimento de políticas públicas e práticas para a segurança do paciente. A cada ano, a Alian-ça organiza programas que abrangem aspectos sistêmicos e técnicos para melhorara da segurança do paciente pelo mundo. O primeiro desafio teve como foco as infecções rela-cionadas à assistência à saúde. A cirurgia segura foi escolhida como tópico para o segundo Desafio Global para a Seguran-ça do Paciente.1

A partir de 2007, foi observada expressiva preocupação da OMS com a segurança na cirurgia, certamente um procedi-mento de alto risco para o paciente em serviços de saúde. Associados ao risco existem também os problemas da ocor-rência de eventos adversos e do erro humano no manuseio do paciente cirúrgico.2

O segundo desafio global estabeleceu o foco na melhoria da segurança no ambiente cirúrgico (Cirurgia Segura), com o objetivo de aumentar os padrões de qualidade e segurança do cuidado cirúrgico, por meio de quatro ações importantes: prevenção de infecções do sítio cirúrgico, anestesia segura, equipes cirúrgicas seguras e indicadores da assistência ci-rúrgica.3

A assistência tem sido um componente essencial em saú-de pelo mundo por quase um século. À medida que as inci-dências de injúrias traumáticas, cânceres e doenças cardio-vasculares continuem a aumentar, o impacto da intervenção

cirúrgica nos sistemas de saúde pública crescerá.1

A OMS criou o manual “Cirurgias Seguras Salvam Vidas” que reforça a prática de segurança em todas as etapas do perioperatório e que potencializa a probabilidade de me-lhoria nos resultados. Este manual foi guiado por princípios simples e de fácil compreensão, de ampla aplicabilidade, po-dendo ser usado em qualquer lugar do mundo. Tem como meta melhorar a assistência cirúrgica, uma vez que checa a segurança do cliente em todo o período perioperatório.4

A cirurgia é frequentemente o único tratamento que pode aliviar as incapacidades e reduzir os riscos de mortes cau-sadas por enfermidades comuns. Embora os procedimentos cirúrgicos tenham a intenção de salvar vidas, a falha de se-gurança nos processos de assistência cirúrgica pode causar danos consideráveis. Devido à onipresença da cirurgia, riscos não controlados têm implicações significativas para a saúde pública.1

A partir da iniciativa da OMS, nascia em 2008 o Protocolo de Cirurgia Segura, com seu famoso checklist, que viria a se tornar instrumento essencial na prevenção de eventos nega-tivos no CC e dar um novo significado à atuação da equipe de Enfermagem no controle dessas operações.5

No mínimo sete milhões de pacientes cirúrgicos são pre-judicados por complicações cirúrgicas a cada ano, incluindo pelo menos um milhão de pacientes que morrem durante ou

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imediatamente após um procedimento. O problema da segu-rança cirúrgica é reconhecido por todo o mundo. Em países desenvolvidos, os estudos confirmam a magnitude e genera-lização do problema. No mundo em desenvolvimento, con-tribuem para as dificuldades do estado deficiente da infra-estrutura e dos equipamentos, os suprimentos e a qualidade de medicamentos que não inspiram confiança, as falhas na administração das organizações e no controle das infecções, as capacitações e treinamento de pessoal inadequado e o subfinancimento severo. Portanto, um movimento global cuja abordagem abranja todos os sistemas visando à assistência cirúrgica mais segura poderia salvar vidas de milhões de pes-soas pelo mundo.1

Cirurgia SeguraA preocupação com a qualidade nas organizações de

saúde tem se manifestado através da busca por melhores práticas para atender o mercado competitivo e clientes mais conscientes de seus direitos. Medir o desempenho passou a ser de vital importância para melhoria dos processos de tra-balho, reduzindo custos operacionais e promovendo a satis-fação da clientela.6

A assistência cirúrgica tem sido indispensável na atenção em saúde pelo mundo por quase um século. A incidência das injúrias traumáticas, cânceres e doenças cardiovasculares aumentaram e o impacto de intervenções cirúrgicas no aten-dimento à saúde cresceu. Paralelamente este cenário, ocor-re sobre maneira na população de baixa renda, assistência médica precária, incluindo falta ou dificuldade de acesso e de recursos destinados a esses problemas. Neste contexto, faz-se urgente a necessidade de medidas que melhorem a confiabilidade e a segurança de intervenções cirúrgicas, ten-do em vista que as complicações respondem por uma gran-de proporção das mortes e injúrias evitáveis nos serviços de saúde.2

Erros estratégicos e falhas de comunicação nunca são in-significantes dentro de uma sala de cirurgia. Decisões base-adas em informações inconscientes ou sem a devida checa-gem podem trazer conseqüências trágicas e inapeláveis aos pacientes e profissionais incumbidos da operação. Demar-cação incorreta da lateralidade, medicação trocada, mau di-mensionamento dos materiais cirúrgicos e intervenções em membros sadios, por exemplo, são problemas que se repe-tem mundo afora, sem distinção entre países ricos e pobres, nem hospitais particulares e públicos.5

O aumento no número de cirurgias foi possível por meio do extraordinário avanço tecnológico, que trouxe benefícios consideráveis para os pacientes. Os resultados melhoraram de forma significativa e procedimentos cirúrgicos altamente complexos se tornaram rotineiros. Por outro lado, o avanço

tecnológico tornou o ambiente cirúrgico mais inseguro.3 Nos últimos anos, o avanço tecnológico no CC ampliou

tanto em sofisticação quanto em inovação e isso acarretou aumento na complexidade da assistência de enfermagem perioperatória, envolvendo revisão do processo de trabalho e dos resultados alcançados, levantando questões éticas e legais nunca antes confrontadas.6

Complicações relacionadas aos procedimentos cirúrgicos são freqüentes e representam um problema de saúde na atualidade.7

O CC, por suas particularidades e características, constitui uma das unidades mais complexas do ambiente hospitalar, conseqüências dos equipamentos e da tecnologia disponí-vel, da variação intrínseca nos seus principais processos, de uma complicação logística para o suporte de seu funciona-mento e, principalmente pelo risco de morte sempre pre-sente. É constituído de um conjunto de áreas e instalações que permite efetuar a cirurgia nas melhores condições de segurança para o paciente e de conforto para a equipe que assiste. A medição do bom desempenho de um CC está dire-tamente relacionada com a qualidade de seus próprios pro-cessos e com os processos dos serviços que apoiam, como consequência de uma combinação entre instalações físicas, tecnologia e equipamentos adequados operados por mão de obra habilitada, treinada e competente.6

O programa Cirurgia Segura é considerado solução inova-dora, pois contribui para minimizar os riscos, melhorar a se-gurança dos pacientes, além de agregar valor clínico e socio-econômico. Possui o escopo de garantir que nenhumas das etapas sejam esquecidas, minimizando os riscos evitáveis mais comuns que podem colocar em risco a vida e o bem es-tar dos pacientes. Este programa não funciona por si próprio como segurança, é preciso superar todas as barreiras corpo-rativas e humanas encontradas para a implantação, possuir profissionais capacitados e estrutura física adequada para gama de pacientes atendidos, são essenciais para prestação de cuidados seguros.8

É sabido que, em uma situação de emergência/urgência, a equipe cirúrgica deve agir de forma coordenada e rápida, ga-rantindo um atendimento eficiente. Neste caso, a marcação não é obrigatória e o médico responsável deverá fazer a ano-tação no prontuário posteriormente. Vivenciar um momento de urgência e emergência exige do profissional uma postura de autocontrole, agilidade e competência para enfrentar situ-ações de pacientes que estão no limiar entre a vida e a morte. Por isso, são compreensíveis as respostas de alguns profis-sionais, mas não é justificável a não aplicação do protocolo.4

Metas da Cirurgia SeguraO programa “Cirurgias Seguras Salvam Vidas” visa a melho-

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ria da segurança e à redução do número de mortes e compli-cações cirúrgicas de quatro maneiras:2

• Prevenção de infecções do sítio cirúrgico;• Anestesiologia segura;• Equipes cirúrgicas eficientes;• Mensuração de complicações ocorridas após a assistên-

cia cirúrgica.As infecções de sítios cirúrgicos continuam sendo uma das

causas mais comuns de complicações cirúrgicas sérias. As evidências mostram que medidas comprovadas, como a pro-filaxia uma hora antes da incisão e a esterilização efetiva dos instrumentos, são seguidos de maneira inconsistente. Isso ocorre freqüentemente não em decorrência de custos ou de falta de recursos, mais por deficiência na sistematização.1

As complicações anestésicas continuam sendo uma causa substancial de mortes cirúrgicas em todo o mundo, apesar dos padrões de segurança e monitorização que reduzem de maneira significativa as mortes.2

A equipe de trabalho é o centro de todos os sistemas que funcionam de maneira eficaz e que envolvem muitas pesso-as. Na sala de operações, onde as tensões podem ser altas e vidas estão em jogo, as equipes de trabalho é o componente essencial da prática segura. A qualidade da equipe depende dos seus padrões de comunicação, bem como habilidades médicas e da consciência dos membros da equipe sobre os riscos envolvidos. A melhora das características da equipe deve ajudar a comunicação e reduzir os danos aos pacientes.1

Um problema na segurança cirúrgica tem sido a escassez de dados básicos. A vigilância de rotina para avaliar e mensu-rar os serviços cirúrgicos deve ser estabelecida se os siste-mas de saúde pública pretendem assegurar o progresso da segurança da assistência cirúrgica.2

Tomando como base as 19 verificações delineadas no Pro-grama Cirurgia Segura Salva Vida (ANEXO I – Protocolo Cirur-gia Segura), seguem-se algumas das prioridades: protocolo universal evitando erros de paciente, local e procedimento, consentimento informado, checagem dos espécimes cirúr-gicos, monitorização adequada do anestesiologista, alergias, vias aéreas difíceis e riscos, hipovolemia, promoção da comu-nicação entre os membros da equipe, esterilização, antibióti-co profilático ministrado no momento correto, vigilância dos resultados, exames disponíveis, contagem dos instrumentos, agulhas e compressas, identificação de biópsias.8

A - Objetivos da Cirurgia SeguraQuando se tem sistema de monitoramento se identifica as

oportunidades de melhoria e se adota ações antagônicas que contribuam para a melhoria da qualidade dos cuidados. Bem como direcionamento para a capacitação dos profissio-nais envolvidos.8

B - Checklist/lista de Vertificação da Cirurgia SeguraO checklist é uma lista de verificação que deve ser obser-

vada em três etapas: antes da indução (time out) e após o procedimento cirúrgico. A etapa mais crítica é o timeout, mo-mento em que todo o corpo clínico está reunido em torno do paciente, prestes a iniciar a operação. Essa fase, porém, não leva mais que dois minutos e é especial para dar respaldo à cirurgia.5

Objetivos Recomendações

Objetivo 1

Objetivo 2

Objetivo 3

Objetivo 4

Objetivo 5

Objetivo 6

Objetivo 7

Objetivo 8

Objetivo 9

Objetivo 10

A equipe operará o paciente certo e o sítio cirúrgico certo.

A equipe usará métodos conhecidos para impedir danos

na administração de anestésicos, enquanto protege o

paciente da dor.

A equipe reconhecerá e estará efetivamente preparada

para perda de via aérea ou de função respiratória que

ameace a vida.

A equipe reconhecerá e estará efetivamente preparada

para o risco de grandes perdas sanguíneas.

A equipe evitará indução de reação adversa a drogas ou

reação alérgica sabidamente de risco para o paciente.

A equipe usará de maneira sistemática, métodos

conhecidos para minimizar o risco de infecção do sítio

cirúrgico.

A equipe impedirá a retenção inadvertida de compressas

ou instrumentos nas feridas cirúrgicas.

A equipe obterá com segurança todos os fragmentos e

peças cirúrgicas coletadas e precisamente identificadas.

A equipe se comunicará efetivamente e trocará

informações críticas para a condução segura da

operação.

Os hospitais e os sistemas de saúde pública

estabelecerão vigilância de rotina sobre a capacidade,

volume e resultados cirúrgicos obtidos.

Fonte: ANVISA2

Tabela 01 – Dez objetivos essenciais para a segurança cirúr-gica.

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O checklist de Cirurgia Segura da OMS é uma ferramenta útil para diminuir eventos adversos em hospitais, porém sua implantação efetiva ainda é um desafio.7

Ao contemplar as questões necessárias as três fase da Ci-rurgia Segura, o checklist padronizado pela OMS geralmente é apenas o ponto de partida na criação de um sistema mais completo e de acordo com as particularidades de cada ins-tituição.5

Uma lista de verificação de segurança cirúrgica (checklist) foi proposta para ser empregada em qualquer hospital, inde-pendentemente do seu grau de complexidade, cujo objetivo é auxiliar as equipes cirúrgicas a seguirem de forma sistemá-ticas passos críticos de segurança. O uso dessa ferramenta visa melhorar a assistência cirúrgica do mundo, por meio de padrões de segurança que possam ser aplicados em todas as fases. O checklist é composto por 19 itens divididos em três momentos: antes da indução anestésica, antes da incisão cirúrgica e antes do paciente sair da sala cirúrgica.7

A lista de verificação não é um instrumento regulatório ou um componente da política pública oficial, tem a intenção de ser uma ferramenta prática e fácil de usar por médicos inte-ressados na melhoria da segurança de suas operações e na redução de mortes e complicações cirúrgicas desnecessá-rias.1

Estudos científicos já comprovam que as instituições que aderiam ao checklist nos procedimentos cirúrgicos, reduzi-ram as taxas de mortalidade e de complicações, aumenta a adesão à antibioticoprofilaxia e reduz o número de erros por falta de comunicação de equipe.7

O desenvolvimento da lista de verificação foi guiado por três princípios. O primeiro foi simplicidade. O segundo ampla aplicabilidade. O terceiro foi a possibilidade de mensuração. Se os três princípios forem seguidos, o objetivo de imple-mentação bem-sucedida será possível.1

Sendo o checklist ferramenta simples, eficiente, objetiva e de fácil uso que auxilia na redução de eventos adversos evitáveis, baseado na experiência e no conhecimento acu-mulado, minimizam os lapsos mentais. Sendo necessário ter disciplina e alto empenho para que as atividades apresentem melhores resultados. Funciona apenas como lembrete de etapas essenciais a serem seguidas.8

No Sign in, é verificada a identidade do paciente, a marca-ção do sítio cirúrgico, a assinatura do termo de consentimen-to e a conformidade dos materiais solicitados. Também são antecipadas as dificuldades de intubação e riscos de hemor-ragias.3

Antes de iniciar a cirurgia, Time out, os membros da equi-pe devem se apresentar por nome e função (promoção da comunicação). Se já atuam rotineiramente apenas verificam a presença de todos, confirmando em voz alta o nome do pa-ciente, procedimento a ser realizado em qual parte do corpo. Se apropriado, o posicionamento do paciente, confere se to-dos os antibióticos profiláticos forma ministrados nos últimos sessenta minutos tomando as ações cabíveis, assegurando se os exames indispensáveis estão nos mostradores e a equi-pe expõem os pontos relevantes do caso.8

No Sign out, o procedimento é novamente checado, os ma-teriais usados são conferidos e contados, as amostras, enca-minhadas e os planos pós-operatórios, discutidos. Em cada uma das fases o coordenador da lista de verificação deve confirmar se a equipe cirúrgica completou todas as tarefas para aquela etapa, antes de prosseguir a próxima fase.8

C- PAPEL DO ENFERMEIRO NA CIRURGIA SEGURA

Em conformidade com o Conselho Federal de Enferma-gem (COFEN), o profissional de Enfermagem, como parte in-tegrante da equipe de saúde, participa das ações que visam à satisfação das necessidades de saúde da população, res-peitando a vida, a dignidade e aos direitos humanos, em to-das as dimensões, exercendo as atividades em competência para a promoção do ser humano na integralidade, conforme os princípios da ética e bioética.5

Uma das fases do programa tende a estimular a união da equipe que se apresentam e discutem sobre cada caso antes do início da cirurgia. Os psicólogos afirmam que a equipe que sabe os nomes e função dos integrantes, promove melhor comunicação. Desenvolve-se a desinibição para participar mais e expor preocupações, problemas e soluções, sendo denominada essa correlação de “fenômeno de ativação”.8

Etapas Descrição

Sign in

Time out

Sign out

Antes da indução anestésica

Antes da incisão da pele

Antes do paciente sair da sala cirúrgica

Fonte: Cabanas8

Tabela 02 – Etapas do Checklist

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O enfermeiro é o profissional habilitado para gerenciar as necessidades que envolvem o ato anestésico-cirúrgico em todas as suas etapas. Esse profissional tem atividades relati-vas ao funcionamento da unidade, atividades técnicas, admi-nistrativas, assistenciais e atividades de gestão de pessoas.6

O checklist deve ser preenchido preferencialmente pelo enfermeiro para maior segurança cirúrgica, não engloban-do todos os eventos sentinelas que podem vir a ocorrer no decorrer da cirurgia, pois não age isoladamente, sendo ne-cessário adotar novas ferramentas de segurança do paciente para abranger os cuidados.8

Torna-se importante participação do enfermeiro gestor no processo de avaliação da qualidade e produtividade no CC, detectando e redesenhando atividades que não estão em conformidades, realizando seu monitoramento contínuo e comparando seus achados com encontrados nos hospi-tais de melhores práticas. Inúmeros indicadores podem ser usados no CC, tanto relacionado à estrutura quanto no pro-cesso e resultados.6

O treinamento e a estrutura da equipe cirúrgica são im-prescindíveis, visto que a prestação de cuidados deve pos-suir elevado nível efetivo. Desta forma os pacientes podem sentir mais segurança e confiança.8

No processo de capacitação, os profissionais da saúde muitas vezes não são preparados para avaliar e prevenir erros, se tornando esse lacuna uma das maiores barreiras. Desse modo, a educação e a supervisão permanente dos profissionais são fundamentais, com a finalidade de propor-cionar o crescimento profissional dos mesmos. A prevenção de eventos adversos é um pré-requisito para a segurança do paciente.4

Antes de colocar essa ferramenta em prática, é interes-sante se simular com os membros como funciona na práti-ca, aplicando em apenas uma equipe operatória para ana-lisarem os resultados, sendo testada, depois do acordo e modificações, testada novamente até que a equipe se sinta apta com essas verificações. Assim se abrange progressi-vamente a todas as equipes operatórias.8

Com paciência e embasamento técnico, aos poucos o corpo clínico vai entendendo a responsabilidade de cada profissional para assegurar o sucesso da operação. O en-volvimento da administração dos hospitais é igualmente imprescindível nessa caminhada, ao organizar as ações, campanhas e dar respaldo aos profissionais responsáveis por implantar e aperfeiçoar o checklist periodicamente.5

O profissional de Enfermagem poderá oferecer assistên-cia de qualidade com planejamento prévio, a fim de elimi-nar as dúvidas e atender as necessidades específicas de cada cliente, respondendo às expectativas.8

O planejamento da assistência de enfermagem perio-

peratória (SAEP), é responsabilidade do enfermeiro, que não pode negligenciar suas atribuições, devendo locar sua atenção no cuidado ao cliente numa visão holística. A SAEP tem como uma das suas ferramentas mais importantes para operacionalizar as premissas no período pré-operató-rio a visita pré-operatória ao paciente cirúrgico, que tem, entre outros objetivos, promover maior interação entre o enfermeiro do CC e o paciente.6

Para o sucesso é fundamental que a condução seja re-alizada por uma única pessoa, evitando esquecimentos e omissões. Tendo como base boa comunicação, relaciona-mento interpessoal e abordagem para não gerar sentimen-to de repulsa pelos outros membros da equipe.8

Por meio da visita pré-operatória, o enfermeiro do CC tem a oportunidade de conhecer o seu cliente com antecedên-cia, traçar um plano de cuidados e fornecer todas as infor-mações necessárias, diminuindo, com isso, o estresse e a ansiedade sobre o procedimento a ser realizado.8

Os líderes devem formar equipe compromissada com a segurança do paciente, valorizando a realização, com pro-fissionais de disciplinas clínicas diversificadas, identificando o grupo com maior aceitação, para que o progresso de im-plementação tenha avanços no consentimento informado, envolvendo também os gestores e administradores, para que compreendam os benefícios obtidos, ajudando a dimi-nuir a resistência, promovendo e propagando.8

Por mais que as devidas checagens sejam cumpridas e o Protocolo de Cirurgia Segura receba aprimoramentos à exaustão, alguns eventos negativos insistem em ocorrer. Neste caso, o ideal é que sejam encaminhados ao setor responsável e elaborados uma linha de ação para o pro-blema não se repetir. Porém, a cultura punitiva persistente em algumas instituições acaba inibindo as notificações das inconsistências.5

Diante dos diversos perigos presentes no CC, cabe ao enfermeiro e a toda equipe cirúrgica vigilância constante, atuando de forma preventiva, traçando ações que garan-tam a segurança do paciente em todas as etapas do proce-dimento cirúrgico.6

São tantos os fatores interferindo diretamente no proce-dimento cirúrgico, que o checklist preconizado pela OMS passou a ser vital em boa parte dos hospitais e é um dos instrumentos obrigatórios para a certificação da Joint Com-mission International (JCI). Responsável maior pela aplica-ção do protocolo, a equipe de Enfermagem tem assumido papel de protagonismo nas salas de cirurgia, ao fazer valer as exigências em favor da segurança do paciente.5

O enfermeiro deve adotar liderança de acordo com a ma-turidade do membro da equipe, ou seja, individualizado de acordo com o perfil de cada equipe, os tornando satisfeito

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quanto à interação existente. Percebe-se a necessidade do compartilhamento permanente de informações para que o trabalho flua adequadamente, provocando aumento no rendimento da equipe multidisciplinar.8

D - Benefícios da Cirurgia SeguraOrganizações internacionais recomendam a adoção do

checklist, que contém informações sobre o local cirúrgico correto, o procedimento coreto e o paciente correto, visan-do cumprir critérios básicos para a qualidade da assistência, de modo a reduzir as complicações e a mortalidade. Certa-mente essa medida traz segurança não só para pacientes, mas também para a equipe cirúrgica aumentando a confia-bilidade e proporcionando subsídios para que se possam instituir estratégias que resultem em melhoria continua em todas as etapas do procedimento cirúrgico.4

O programa Cirurgia Segura, possui eficiência compro-vada em nível mundial. Ao aderir essa ferramenta, os indi-cadores apontam queda dos eventos adversos e conse-quentemente causam aumento da qualidade, segurança e credibilidade da assistência cirúrgica. As instituições preo-cupadas em oferecer maior qualidade devem ser persis-tentes ao implementar novas práticas para se obter novos e melhores resultados.8

Para que o checklist seja bem sucedido, os chefes de cirurgia, anestesiologia e enfermagem são estimuladas a abraçar publicamente o conceito de que a segurança é uma prioridade e que o uso do checklist pode tornar a as-sistência cirúrgica mais segura.1

O programa Cirurgia Segura é inovador, pois contribui para minimizar os riscos, melhorando a segurança dos pa-cientes, agregando valor clínico e socioeconômico. Possui o escopo de garantir que nenhumas das etapas sejam des-lembradas, minimizando os riscos evitáveis mais comuns que podem colocar em risco a vida e o bem estar dos pa-cientes.8

A implementação do checklisti – time out – não previne somente a realização de cirurgias com local errado, proce-dimento errado ou pessoa errada, mas procura identificar e corrigir riscos antes do início do procedimento, por meio da identificação de quase erro, aumentando a barreira de segurança e a qualidade da assistência. Os gestores e toda a equipe devem assumir atitudes que valorizem a busca de falhas, de maneira preventiva, e não somente a obtenção de falha no resultado final.4

E - Dificuldades para Implantar Cirurgia SeguraMesmo diante de números tão expressivos, há ainda uma

certa resistência por parte de alguns cirurgiões e até mes-mo dentro da equipe de Enfermagem dos hospitais para

a implantação do protocolo, considerado muitas vezes um procedimento meramente burocrático.5

Outro problema que dificulta a segurança em cirurgia é o nível de complexidade. Mesmo os procedimentos mais simples envolvem dezenas de etapas críticas, cada uma com oportunidades para falhas e com potencial para cau-sar injúrias aos pacientes. Associado a isto, tem-se equipes cirúrgicas pouco orientadas ou estruturadas para promover um trabalho de equipe efetivo e assim, minimizar os riscos para a promoção de uma cirurgia segura.2

Os erros mais freqüentes podem ocorrer devido aos bai-xos salários, condições inadequadas de trabalho, falta de manutenção dos equipamentos, falta de gestão qualifica-da, divergência de comunicação, taxa de infecção, roupas privativas usadas exclusivamente no setor, falta de capa-citação da equipe, falta de protocolos de segurança, defi-ciente quantidade e qualidade das medicações, falta de in-vestimento financeiro, excesso de carga de trabalho, o que contribuem para o aumento dos indicadores negativos.8

O obstáculo mais crítico para o bom desempenho de uma equipe cirúrgica é a própria equipe: os cirurgiões, os anes-tesiologistas, os enfermeiros e outros membros devem ter um bom relacionamento e uma comunicação efetiva. Uma equipe que trabalha unida para usar seus conhecimentos e suas habilidades em benefício do paciente pode prevenir uma proporção considerável das complicações que ame-açam a vida. Para tanto, é necessário combinar a precisão técnica com a segurança do paciente, assim o protocolo de Cirurgia Segura iria atingir sua meta.3

Com bases em pesquisas, nota-se que ainda há resis-tência por parte de algumas instituições e profissionais em aderir o programa. A resistência está, muitas vezes, rela-cionada com falta de interesse, a rotina, o marasmo, o não comprometimento, a escassez de tempo e o paradigma social.8

Os três fatores que mais dificultam a aplicação do time out são: a falta de colaboração da equipe médica, time out longo e repetitivo e os atrasos.4

ConclusãoHoje o enfermeiro que atua dentro do CC tem uma gran-

de responsabilidade, pois é um setor complexo, que possui uma estrutura física, tecnológica e humana, onde grande parte dos lucros financeiros passam por ali. O enfermeiro é responsável por todo o gerenciamento e andamento, po-rém, em alguns momentos encontra dificuldades para re-alizar mudanças que na sua grande maioria são melhorias para o setor num todo.

O Protocolo de Cirurgia Segura é uma ferramenta que

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Referências1 • OMS. Segundo desafio global para a segurança do paciente: Cirurgias seguras salvam vidas. 2009. Rio de Janeiro. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/>. Acesso em 22 de agosto de 2015.

2 • ANVISA. Assistência segura: uma reflexão teórica apli-cada à prática. 2013. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/>. Acesso em 31 de agosto de 2015.

3 • Filho GRM et al. Protocolo de cirurgia segura da OMS: O grau de conhecimento dos ortopedistas brasileiros. 2013. Revista Brasileira de Ortopedia. Elsevier Editora, 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/>. Acesso em 29 de agosto de 2015.

4 • Martins GS et al. Realização do time out pela equipe cirúrgica: facilidades e dificuldades. 2013. São Paulo. Re-vista SOBECC, 2014. Disponível em: <http://www.sobecc.org.br/>. Acesso em 31 de agosto de 2015.

5 • COREN. Cirurgia Segura. 2014. São Paulo. Revista En-fermagem. Disponível em: <http://www.coren-sp.gov.br/>. Acesso em 22 de agosto de 2015.

6 • Santos MC et al. Indicadores de qualidade da assis-tência de enfermagem em centro cirúrgico: revisão in-tegrativa da literatura. 2013. Minas Gerais. Disponível em: <http://www.cqh.org.br/>. Acesso em 29 de agosto de 2015.

7 • Freitas MR et al. Avaliação da adesão ao checklist de cirurgia segura da OMS em cirurgias urológicas e gi-necológicas, em dois hospitais de ensino de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. 2014. Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.scielo.br/>. Acesso em 22 de agosto de 2015.

8 • Cabanas A et al. Auditoria em enfermagem: da im-plantação ao monitoramento do programa cirurgia segu-ra. 2013. Disponível em: <http://www.fatea.br/>. Acesso em 22 agosto de 2015.

traz benefício enorme ao CC, tanto ao cliente, aos colabo-radores e instituição, porque de forma rápida e objetiva ele diminui os riscos de erros, sendo assim minimiza os riscos de imperícia, imprudência e negligência aos colaboradores (enfermagem e corpo clínico) e danos físicos aos clientes.

Muitas vezes o enfermeiro esbarra em barreiras para im-plantação do protocolo, que sua própria equipe de enfer-magem impõe, como por exemplo, quando a maioria dos colaboradores são antigos de instituição, profissão e por super segurança que nunca irão errar, encaram o protocolo como mais um papel a preencher, mais uma burocracia. Já basta toda a comunicação que o enfermeiro irá ter com o corpo clínico para mostrar os benefícios do protocolo de cirurgia segura, ele também irá ter que possuir pulso firme e fazer valer todo o seu conhecimento para implantação, adequação e prosseguimento de forma efetiva dessa fer-ramenta Protocolo Cirurgia Segura.

Treinamento eficaz, planejamento, sistematização, comu-nicação, responsabilidade, conhecer a equipe com a qual atua, são pontos mais do que importantes para o enfermei-ro agir de forma positiva para o funcionamento do protoco-lo de cirurgia segura.

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ResumoEste estudo tem como objetivo identificar as técnicas de reprodu-

ção humana assistida para pessoas portadoras do HIV/AIDS. Me-

todologia: O presente estudo constitui-se de uma revisão biblio-

gráfica a partir de textos publicados na Biblioteca Virtual de Saúde.

Para obtenção dos textos foram realizadas pesquisas na base de

dados LILACS e SCIELO com uso de palavras chave: reprodução

humana para paciente sorodiscordantes, HIV/AIDS para pacientes

soros discordantes, desejo de ter filhos e planejamento familiares

entre casais sorodiscordantes. Inseminação Artificial (IA) é a depo-

sição de espermatozoide processados em laboratório intra útero,

(FIV) é a fertilização artificial do gameta feminino e masculino, re-

sultando na concepção humana e (ICSI) consiste em uma injeção

de um único espermatozoide no citoplasma do óvulo, por meio de

um microscópio especial. Considerações Finais Direito ao exercício

do planejamento familiar, evitando, risco de transmissão do vírus

para o parceiro e para a criança.

Palavras-chave: Planejamento familiar para casais com HIV/AIDS,

técnicas de reprodução humana assistida, vivendo com HIV/AIDS.

INGLES AbstractThe objective of this study is to identify human assisted reproduc-

tion techniques for persons bearing HIV/AIDS. Methodology: The

present study is a literature review based on texts published in the

Health Virtual Library. Texts were obtained by means of surveys

carried out in the LILACS and SCIELO databases using keywor-

ds: human reproduction for serodiscordant patients, HIV/AIDS for

serodiscordant patients, desire to have children and family plan-

ning among serodiscordant couples. Artificial Insemination (AI) is

the intrauterus deposition of laboratory-processed spermatozoi-

ds, (FIV) is the artificial fertilization of the feminine and masculine

gamete resulting in human conception, and (ICSI) is the injection

of a single spermatozoid into the ovule cytoplasm by means of

a special microscope. Final Considerations Entitlement to family

planning, avoiding the risk of virus transmission to the partner and

to the child.

Técnicas de Reprodução Assistida para Pessoas Portadoras do HIV/AIDS: revisão de literatura

Audrey Helen Menegatti MatosGraduação em Enfermagem pela Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU).

Edélcio da Conceição CostaGraduação em Enfermagem pela Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU).

Patrícia de Castro Gonçalves Pós Graduanda em Enfermagem Obstétrica Latu Senso pela UNASP (Universidade Adventista de São Paulo).

Profª Bianca Mara Maruco Lins Leal Profª Natália Castro do Nascimento

Assisted Reproduction Techniques for Persons Bearing HIV/AIDS:

a literature review

Técnicas de Reproducción Asistida para Personas Portadoras de VIH/SIDA:

revisión de literatura

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Key words: Family planning for couples with HIV/AIDS, assisted hu-

man reproduction techniques, living with HIV/AIDS.

ResúmenEste estudio tiene como objetivo identificar las técnicas de repro-

ducción humana asistida para personas portadoras de VIH/SIDA.

Metodología: El presente estudio está constituido de una revisión

bibliográfica a partir de textos publicados en la Biblioteca Virtual de

Salud. Para la obtención de los textos se realizaron consultas en la

base de datos LILACS y SCIELO usando palabras clave: reproducción

humana para paciente serodiscordantes, VIH/SIDA para pacientes

serodiscordantes, deseo de tener hijos y planificación familiar entre

parejas serodiscordantes. Inseminación Artificial (IA) es la deposición

de espermatozoide procesados en laboratorio intra útero, (FIV) es la

fertilización artificial del gameto femenino y masculino, resultando

en la concepción humana e (ICSI) consiste en una inyección de un

único espermatozoide en el citoplasma del óvulo, por medio de un

microscopio especial. Consideraciones Finales: Derecho a ejercer la

planificación familiar, evitando el riesgo de transmisión del virus a la

pareja y al niño.

Palabras clave: Planificación familiar para parejas con VIH/SIDA, téc-

nicas de reproducción humana asistida, viviendo con VIH/SIDA.

IntroduçãoOs primeiros casos da Síndrome da Imunodeficiência Ad-

quirida (AIDS) no mundo são identificados em 1981, entre homossexuais masculinos americanos, em Los Angeles. As pessoas ficavam doentes, davam entrada no hospital com um tipo de câncer, denominado de Kaposi, e iam á óbito muito rapidamente. Como não se sabia qual era a causa da doença e o fato dela aparecer primeiramente entre homos-sexuais foi denominada de “Câncer Gay” ou Gay-related im-mune deficiency (GRID). Esse cenário inicial contribuiu para

que a epidemia de AIDS no mundo fosse construída a partir de duas vertentes, uma epidemiológica e biológica, pesqui-sando o agente, as formas de transmissão e tratamento da doença e a outra uma construção social preconceituosa, que a relacionava a “grupos de risco”.1

O primeiro caso de AIDS no Brasil foi descrito em 1982, em São Paulo, quando é definida a nova síndrome. O Ministério da Saúde - após vinte anos de ditadura militar e o país en-trarem em um processo de redemocratização - constitui, em 1986, o Programa Nacional de Controle da AIDS, colocado sob a supervisão da Comissão Nacional de Controle da AIDS, grupo composto por cientistas e membros de organizações da sociedade civil.2

O doente-padrão estava simbolicamente definido, antes mesmo de haver concretamente um doente:

(...) coincidentemente, o primeiro óbito publicamente iden-

tificado correspondia ao modelo ‘midiático’: homossexual,

glamoroso, afortunado, badalado e viajado - estamos nos re-

ferindo ao costureiro Markito (...) considerado o primeiro caso

de Aids no país.1

A epidemia da HIV/AIDS no mundo tornou-se um ícone de grandes questões que afligem a todos, como direitos huma-nos, qualidade de vida, políticas de medicamentos e proprie-dade industrial. Por seu caráter pandêmico e sua gravidade, a HIV/AIDS representa um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade.3

O número de pessoas vivendo com HIV continua a crescer mundialmente, em 2013, chegando a estimados 35,3 milhões, um incremento de 2,3 milhões de novas infecções em rela-ção ao ano anterior, mas uma redução de 33% no número de novas infecções/ano em relação a 2001 (ano em que o incremento de pessoas infectadas foi de 3,4 milhões/ano).4

Uma mudança de perspectiva relacionada à prevenção pode ser observada, considerando que, no início da epide-

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mia, as políticas trabalhavam com a noção de grupos de risco (homossexuais, usuários de drogas injetáveis, etc.) en-quanto que no momento atual seu foco não está somente para evitar a doença, mas também nos direitos dos porta-dores do HIV/AIDS, percebe-se, portanto, dois momentos distintos: o início dos anos 1980, em que a principal questão consistia em atenuar a letalidade da doença a diminuição do número de óbitos e o controle da epidemia; e o momen-to em curso, em que a maior longevidade e melhor qua-lidade de vida das pessoas soropositivas acarretam a ne-cessidade da garantia de outros importantes direitos, entre os quais a garantia dos direitos reprodutivos e acesso aos recursos com vista à reprodução.5

No Brasil, segundo estimativas realizadas pelo Departa-mento de DST, HIV/AIDS e Hepatites Virais aproximadamen-te 718 mil pessoas vivem com HIV/AIDS. Considerando os dados acumulados de 1980 a junho de 2013, foi notificado no SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), um total de 686.478 casos de HIV/AIDS, dos quais 64,9% são do sexo masculino e 35,1% do sexo feminino, com uma ra-zão de sexos de 1,7 casos em homens para cada caso em mulheres. Desde o início da epidemia, a razão de sexos tem apresentado variações graduais ao longo do tempo, em 2005 atingiu seu menor valor (1,4), e desde então tem apresentado aumento.

A adoção do acesso universal ao tratamento e a maior pre-valência do HIV na faixa etária reprodutiva no país, converge para que o desejo de maternidade e paternidade se estabe-leça como uma demanda justa, dentro da condição de “viver com HIV”. Assim, nos últimos anos, vêm sendo desenvolvi-das diretrizes e recomendações que consideram os direitos reprodutivos das pessoas que vivem com o vírus, estabele-cendo que o desejo de paternidade e maternidade deva ser abordado nas consultas iniciais das pessoas com a infecção, visando proporciona- lá informações sobre as formas mais seguras de concepção e sobre os cuidados necessários na gestação, no parto e no puerpério, e que o planejamento fa-miliar é um direito sexual e reprodutivo, assegurando a livre decisão da pessoa sobre ter ou não filhos.4

Esta informação pode ser corroborada pelo estudo de FRIEDMAN, (2006), sobre as escolhas reprodutivas das mu-lheres com HIV/AIDS que confirma que as 813 preocupações dos serviços estão relacionadas à saúde das mulheres e à transmissão materno-infantil do HIV. Outras questões re-produtivas não são reconhecidas como necessidades des-sas mulheres, e, portanto, não incorporadas na assistência à saúde sexual e reprodutiva, ou mais restritamente no âmbito do planejamento familiar. A gravidez de uma mulher viven-do com HIV/AIDS são recebidas pelos serviços de saúde como um evento inesperado e problemático, assim, apesar

de reconhecer-se a autonomia das pessoas com HIV/AIDS em relação às suas escolhas reprodutivas, é essencial a for-mulação de estratégias de cuidados à saúde e à prevenção do risco de transmissão.

A infecção pelo vírus não afasta o desejo de homens e mu-lheres de terem filhos. A utilização das técnicas de Reprodu-ção Humana Assistida (RHA) é uma solução ao tratamento da sorodiscordâcia. Os tratamentos indicados são a Fertilização in vitro (FIV), injeção Intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) para homens soropositivos e para as mulheres soropo-sitivas, não há técnica totalmente segura devida o contato direto com o bebê através da placenta, sendo para elas mais indicado o tratamento com zidovudina (AZT ou ZDV), que di-minuindo o risco da criança se tornar soropositivo.6

No Brasil, como em outros países, houvesse um aumento de relação entre pessoas sorodiscortantes, a partir do acesso mais fácil aos tratamentos antirretrovirais, com o aumento na qualidade de vida de quem vive com HIV/AIDS. Esses rela-cionamentos existem desde o início da epidemia, no começo da década de 1980.7

Uma maneira de contornar o problema da infertilidade e a transmissão vertical da doença em casais sorodiscordan-tes é oferecer tratamento a todos, por isso, o governo federal lança a Política Nacional de Atenção Integral em Reprodução Humana Assistida, em março de 2005 que prevê o apoio do SUS (Sistema Único de Saúde) no tratamento da infertilida-de e na doença, oferecendo assim a solução eficaz e segura ao portador da soropositividade de terem assistência para o planejamento familiar com a obtenção de filhos saudáveis.6

A gravidez no contexto do HIV/AIDS suscita conflitos, dese-jo e temor, tanto para o casal que deseja engravidar, quanto para os profissionais da saúde envolvidos. O cotidiano do ca-sal sorodiscordantes é permeado por sentimentos de medo do contágio e da necessidade permanente do cuidado, e no planejamento a gravidez e a saúde publica que ainda não dis-ponibiliza de fato, um acesso eficaz e seguro para a reprodu-ção nesse contexto.8

De acordo com MOÀS,5 afirma que ocorre uma compre-ensão restrita do conceito autonomia no trato das questões reprodutivas, na qual prevalece o argumento do melhor inte-resse da criança, e por outro, uma visão memorizam-te so-bre o desejo de filhos por indivíduos que vivem com a HIV/AIDS. O problema do acesso de casais sorodiscortantes as novas tecnologias reprodutivas é atravessado pelo estigma e pelo julgamento moral. Entende-se com acesso não apenas a possibilidade de uso técnico, mas também sua disponibili-zação nos serviços públicos, para garantir o efetivo exercício da autonomia pelos indivíduos.

A reprodução assistida, visto que, com a diminuição dos ca-sos de transmissão vertical devido ao acompanhamento mé-

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dico durante a gestação de muitas mulheres soropositivas, vem levando alguns casais em situação de soro diferença a planejarem filhos.8

Ainda Sant’anna et al,9 relatam que quando se compara mulheres soropositivas com soronegativas, quanto às esco-lhas maternas, observa que mulheres contaminadas por HIV apontam uma diminuição na fertilidade e elevada esteriliza-ção comparada às soronegativas. Essa diferença é justifica-da pela preocupação de possível infecção do parceiro e do bebê.

As técnicas utilizadas em casais sorodiscordante como a lavagem do sêmen para eliminação da carga viral, estimula-ção ovariana e utilização de RHA como a Fertilização in vitro (FIV), Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides (ICSI) mostra mais eficiência para gestação. Esta técnica, para ca-sais sorodiscordantes foi publicada há mais de 15 anos per-mitindo que estes casais possam ter filhos com uma grande redução do risco de transmissão vertical. Mais de 3000 ciclos têm sido relatados e nenhumas das mulheres tiveram soro-conversão.10

O presente trabalho tem por objetivo avaliar as técnicas de RHA para pacientes sorodiscordantes, infectados pelo vírus da imunodeficiência humana adquirida (HIV), para eliminação de partículas virais dos gametas, garantindo assim, a perpe-tuação da espécie com descendentes saudáveis.

ObjetivoLevantar na literatura as técnicas de reprodução humana

assistida para pessoas portadoras do HIV/AIDS.

MetodologiaO presente estudo constituiu-se de uma revisão de biblio-

gráfica, partir de textos publicados na Biblioteca Virtual de Saúde.

Para a obtenção dos textos, foi realizada pesquisa na base de dados LILACS (Literatura latinoamericana en ciencias de la salud) e SCIELO (Scientific Eletronic Library Online), com uso de palavras-chave relacionadas ao tema de estudo.

Na primeira pesquisa as palavras utilizadas foram: Repro-dução humana assistida para pacientes sorodiscordantes. Como resultados foram obtidos 02 artigos, com textos com-pletos no idioma português.

Na segunda pesquisa as palavras utilizadas foram: HIV/AIDS, para pacientes sorodiscordantes. Como resultados fo-ram obtidos 11 artigos, com textos completos no idioma por-tuguês.

Na terceira pesquisa as palavras utilizadas foram: Desejo de ter filhos e planejamento familiar entre casais sorodiscor-dantes. Como resultados foram obtidos 01 artigos, com tex-tos completos no idioma português.

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Sendo o homem o único portador do vírus, o procedimento adequado é a Dupla Lavagem de Semên para utilização na fertilização in vitro (FIV) com injeção citoplasmática do es-permatozoide (ICSI). Nesta técnica, os espermatozoides são colocados em uma centrífuga para que principalmente no sêmen e não no espermatozoide. Depois é feita uma análi-se minuciosa para selecionar o espermatozoide que vai ser injetado dentro do óvulo previamente extraído da mulher, e então, após a fertilização o embrião é implantado no útero da mulher.16

Já nos casos em que somente a mulher é portadora do ví-rus ou quando o casal é soropositivo, o procedimento mais in-dicado é a inseminação artificial, sendo a avaliação multidis-ciplinar e o acompanhamento pré-natal, indispensáveis para evitar a transmissão do vírus ao nascituro. É recomendável, ainda, o parto cesáreo, a aplicação do AZT (antiviral) no bebê durante os três primeiros meses e que a mãe soropositiva não amamente.16

Inseminação Artificial (IA)A inseminação artificial também chamada de inseminação

intrauterina (IIU) é definido como a deposição intrauterina de espermatozoides processados em laboratório, a condição essencial para que a IIU seja realizada, é que haja pelo menos uma tuba uterina pérvia e funcionante, além disso, a concen-tração de espermatozoides menor que cinco milhões torna o procedimento pouco eficaz.17

Na IIU, a estimulação ovariana é feita de modo suave, para que se evite o desenvolvimento excessivo de folículos, sendo monitorizado por ultrassom, quando se detecta um número superior a quatro folículos, o ciclo deve ser cancelado ou a pa-ciente é encaminhada para técnicas de alta complexidade.17

No que tange a transmissão vertical, a prevenção deve ser realizada com o uso do antirretroviral AZT e realizar parto ce-sariana prévia a ruptura de membranas e início de trabalho de parto, o que reduz o risco de transmissão perinatal do HIV para 2%.10

Fertilização in vitro (FIV)A fertilização in vitro (FIV), é aonde reproduz a fecundação,

artificialmente, através do uso de hormônios para induzir a mulher a produzir óvulos em multiplicidade. Logo depois, os óvulos são retirados mediante o procedimento de laparos-copia ecográfica ou punção transvaginal, para ser manipu-lado via laboratório e realizar uma classificação, sendo que posteriormente tais óvulos são fecundados ocorrendo fusão do gameta feminino e masculino resultando na concepção humana.12

O ciclo FIV se inicia com a hiperestimulação hormonal da mulher, pelo uso de drogas injetáveis que visa propiciar o

Na quarta pesquisa as palavras utilizadas foram: Técnicas de reprodução humana assistida para pacientes sorodiscor-dantes. Como resultados foram obtidos 02 artigos, com tex-tos completos no idioma português.

Revisão de Literatura

Reprodução AssistidaA reprodução assistida é aquela em que o casal rece-

be orientação para programar a maneira de suas relações, sendo que a orientação pode ocorrer por duas formas, quais sejam: aconselhamento e acompanhamento da atividade se-xual do casal ou pelo emprego de técnicas médicas avança-das de reprodução humana, de modo a interferir diretamente no ato reprodutivo, objetivando viabilizar a fecundação.11 As técnicas mais utilizadas são a Inseminação Artificial (IA); a Fer-tilização In Vitro (FIV); a Injeção Intracitoplasmática de Esper-matozoide (ICSI).12

Neste contexto, as técnicas de reprodução humana assis-tida surgem como as alternativas mais seguras para que as mulheres e homens portadores de HIV/AIDS. Assim tendo o seu direito ao exercício do planejamento familiar, evitando, dessa forma, os riscos de transmissão do vírus para o parcei-ro e para a criança.13

Desde 2008, as Recomendações para terapia antirretrovi-

ral em adultos infectados pelo HIV estabelecem que o de-

sejo de paternidade e maternidade deva ser abordado nas

consultas iniciais das pessoas com infecção por HIV. Já as

Recomendações para profilaxia da transmissão vertical do

HIV e terapia antirretroviral em gestantes – 2010 propõem

que “o desejo de ter filhos deve ser discutido nos atendimen-

tos, visando proporcionar as pessoas informações sobre as

formas mais seguras de concepção e sobre os cuidados ne-

cessários durante a gestação, o parto e o puerpério” e que

“o planejamento familiar e um direito sexual e reprodutivo”,

assegurando a livre decisão da pessoa sobre ter ou não ter

filhos.14

O sêmen é principal vetor para disseminação do vírus da AIDS em todo o mundo. O vírus contém três principais fontes de doenças infecciosas que são: vírions livres, os esperma-tozóides associados vírions, e leucócitos infectados. Segun-do Mancebo et al15 objetivando o sucesso do tratamento, o preparo do sêmen deve ser através de técnica de gradiente de densidade seguido de swim-up como a lavagem e a filtra-ção até ficarem livres do HIV e elementos celulares imóveis. A escolha da técnica de RHA a ser utilizada, dependerá da qualidade do sêmen.

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do o acesso a RHA. Verificou-se que o planejamento familiar nestes casais é algo crescente, e o desejo de ter filhos algo que tem sido planejado, porém com muitas barreiras.

As técnicas de RHA, traz luz a um tema cheio de estigmas, as técnicas aqui citadas se mostraram eficazes para os casais que vivem neste contexto, o Sistema Único de Saúde (SUS), ainda não possui um programa efetivo e pontual em razão dos altos custo financeiros relacionados à RHA, o que limita o exercício livre do planejamento familiar dos portadores do HIV/AIDS.

A pesquisa nos mostrou que pacientes que planejam a gestação e submeteram as técnicas de RHA, conceberam o bebê sem o vírus, e não houve a transmissão viral ao parcei-ro, visto que esta é uma das maiores preocupações do casal vivendo com HIV/AIDS. Dentre as técnicas citadas, a que se mostrou com maiores resultados positivos dentro do contex-to HIV / AIDS foi a ICSI.

Concluímos que o planejamento da gestação e a utilização das técnicas de RHA possibilitam uma gestação segura e um bebê saudável.

amadurecimento de um número de ovócitos. Segue-se uma fase de monitoramento, que consiste em ultrassonografias repetidas até serem coletados os ovócitos considerados ma-duros. O objetivo da hiperestimulação hormonal é tornar dis-ponível elevado número de células reprodutivas femininas. A ideia é disponibilizar muitos ovócitos para aumentar a chance de se obter número elevado de embriões passíveis de serem viáveis para serem fertilizados in vitro e depois transferidos. A FIV é, então, um processo que produz células reprodutivas femininas e embriões excedentes, em número muito maior do que aquilo que demandariam as pessoas, com o objetivo de reproduzir um bebê.8

Considerações FinaisA temática da reprodução humana assistida (RHA), em pa-

cientes portadores do HIV/AIDS, ainda é pouco discutida e apoiada, os pacientes que vivem nesse contexto, encontram dificuldades no planejamento familiar, pela falta de profissio-nais preparados e falta de politicas públicas efetivas facilitan-

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4 • BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico – Aids e DST. Brasília, 2012.

5 • Moás LC, Vargas EP. Princípios jurídicos e aspectos normativos em saúde implicados no acesso à reprodu-ção assistida no âmbito conjugal: revisitando parâmetros. In: Taquette SR, Caldas CP. (Org.) Ética e pesquisa com populações vulneráveis. Rio de Janeiro: Eduerj, 2012.

6 • Valasco CA. Aplicabilidade das parcerias público-pri-vadas nas técnicas de reprodução assistida direcionadas a portadores do vírus HIV – AIDS no âmbito brasileiro. 2010.

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11 • Scalquette ACS. Estatuto da Reprodução Humana Assistida. São Paulo: Saraiva, 2010.

12 • Salles LG. Destino dos Embriões Excedentários. Dis-sertação apresentada como requisito para obtenção do título de mestre no Programa de Pós- graduação em Di-reito. Aracaju: UNIT, 2014.

13 • Ventura MV. Direitos Reprodutivos no Brasil. 3.ed. Brasília – Distrito Federal,2009. Disponível em:< www.un-fpa.org.br/Arquivos/direitos_reprodutivos3.pdf>.

14 • BRASIL. Política prevê atenção integral. 2005. Dis-ponível em: <www.aids.gov.br>. Acesso em: julho 2008a.

15 • Mancebo ACA, Souza MCB, Almeida Filho GL, Souza MM, Rocha CA, Henriques CA et al. Gestação após inje-ção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) em casal sorodiscordante para HIV: Tempo de refletir sobre AIDS e reprodução. J bras. Doenças Sex. Transm. 2005; 17 (1):153-156.

16 • Rodrigues FE. Reprodução Assistida ajuda casais so-ropositivos (e sorodiscordantes) a terem filhos, 2010.

17 • Dizik et al. Reprodução Assistida / Indicações e Tra-tamentos. Sd

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ResumoEste estudo tem como objetivo descrever a atuação do enfermeiro

na assistência a gestante portadora do Zika, a partir da literatura.

Trata-se de uma revisão bibliográfico com pesquisa realizada no

banco de dados da Scielo, Medline e Birene com artigos datados

no período de 2006 a 2016. As ações estão relacionadas com o

planejamento reprodutivo, captação precoce, acompanhamento

pré-natal, busca ativa e participação da equipe multidisciplinar. É

de grande importância atuação do enfermeiro pois ira proporcionar

apoio a esta gestante.

Palavras chaves: Zika Vírus 1; Microcefalia 2; Epidemias 3.

AbstractThis study aims to describe the work of nurses in the care of preg-

nant carrier of Zika, from the literature. This is a review of the bib-

liography review research accomplished in the Scielo database,

Medline and Bireme with articles dating from 2006 to 2016. The ac-

tions are related to reproductive planning, early diagnosis, prenatal

care, active search and participation of a multidisciplinary team. It

is of great importance Nurses’ performance will provide support for

pregnant women.

Key words: Zika virus 1; Microcephaly 2; epidemics 3.

ResúmenEste estudio tiene como objetivo describir la actuación del enfer-

mero en la asistencia a la gestante portadora de Zika vírus, a partir

de la lechada. Se trata de revisión bibliográfica realizando consulta

a la base de datos de Scielo, Medline y Birene con artículos data-

dos en el período de 2006 a 2016. Las acciones están relacionadas

con la planificación reproductiva, captación precoz, acompaña-

miento pre-natal, búsqueda activa y participación del equipo mul-

tidisciplinario. Es de gran importancia la actuación del enfermero,

pues proporcionará apoyo a esta gestante.

Palabras claves: Zika Virus 1; Microcefalia 2; Epidemias 3.

Atuação do Enfermeiro na Assistência a Gestante Portadora do Zika Vírus: revisão de literatura

Eduardo Monteiro da SilvaEnfermeiro graduado pela Universidade Anhanguera

do Belenzinho.

Eleoneide Ferreira OliveiraEnfermeira graduada pela Universidade Anhanguera

do Belenzinho.

Raquel dos Santos Sousa VieiraEnfermeira graduada pela Universidade Anhanguera

do Belenzinho.

Sabrina Carneiro da SilvaEnfermeira graduada pela Universidade Anhanguera

do Belenzinho.

The Nurse work in the Assistance to Pregnant Women Bearing the Zika Virus:

a literature review

Actuación del Enfermero en la Asistencia a la Gestante portadora de Zika Virus:

revisión de literatura

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IntroduçãoO Zika Vírus foi identificado pela primeira vez em 18 de

abril de 1947 pelos pesquisadores da Fundação Rockfeller em um macaco chamado Rhesus na floresta da Uganda. O Zika Vírus e uma infecção transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, porém e um arbovírus do gênero Flavírus da fa-mília Flaviridae. O Aedes aegypti e mesmo transmissor da dengue e Chikungunya que vieram da África e Ásia. E atual-mente esta sendo associado com a microcefalia. O Vírus foi identificado em uma amostra de sangue e tecido em uma pesquisa no Instituto Evandro Chagas (IEC) em um recém--nascido no Ceará que apresentava malformações e micro-cefalia. Para diagnostico do Zika Vírus e necessário identifi-car o RNA viral no sangue do cliente.1

Ainda não há vacinas no Brasil somente a terapia sinto-mática inclusive para as grávidas a qual deve seguir a re-comendação do médico. A principal medida muito falada e utilizar o analgésico não esteroidais devendo se evitar o sali-cilatos. A mídia começa a divulgar as noticias em julho sobre o aumento na região do nordeste de casos de síndrome de Guillain-Barré relacionado ao vírus da Zika.2

A gravidez é algo muito estressante para a mulher e para a família. O enfermeiro tem um papel muito importante no atendimento, no cuidar e nas orientações a essa mãe. Quan-do esta mãe é portadora do Zika este profissional deve fa-zer a busca ativa e verificar sua rotina na Unidade Básica de Saúde (UBS). A atuação preventiva deste profissional essen-cial na vida desta gestante portadora do Zika Vírus, pois o mesmo vai proporcionar apoio para eventuais episódios de depressão.3

O profissional deve orientar a gestante a planejar a sua vida reprodutiva levando as considerações do desejo e ne-cessidade desta mãe em gerar um filho e deve esclarecer sobre o risco que esta mãe corre em relação ao Zika além de estimular o pré-natal.3

Este estudo tem como objetivo descrever a atuação do

enfermeiro na assistência a gestante portadora do Zika Ví-rus, a partir da literatura.

MetodologiaA pesquisa aborda uma revisão da literatura. a revisão da

literatura é definida como a criação de uma análise apro-fundada do tema abordado, discussões sobre os métodos e resultados encontrados que também serão avaliados, e com futuras reflexões de estudos da literatura poderão ser realizados de acordo com a relevância apresentada. autores como ujavari (2011), reis (2015), vasconcelos (2015), caveião, (2015) e muitos outros , têm apresentado trabalhos bastante significativos nessa área da orientação referente ao zika vírus.

O levantamento dos estudos foi realizado no período de fevereiro a abril de 2016, nas bases de dados: scielo (scientiic electronic library online), medline (medical literature analysis and retrieval system online), e bireme (biblioteca regional de medicina), com artigos datados no período de 2006 a 2016. foram encontrados trinta artigos, porém utilizados para o es-tudo vinte e nove publicações nacionais e também utilizados três bibliografias relacionadas às palavras chaves: microcefa-lia, zika vírus, síndrome de guillan-barré e pandemias.

Para a busca e seleção dos artigos foram seguidos os se-guintes passos: primeiramente foi realizada a leitura do titu-lo do resumo, para verificar-se os artigos reuniam critérios de inclusão predeterminados. Em seguida, verificou-se, no conteúdo dos resumos a presença de informações disponí-veis sobre Atuação do enfermeiro na assistência a gestante portadora do Zika Vírus. Os casos em que o titulo ou resumo deixaram margens de dúvida ou não apresentavam as infor-mações pertinentes, não foram inclusos no estudo.

Como critérios de inclusão, artigos completos nacionais, na íntegra, da área médica, enfermagem que respondessem ao objetivo. Critérios de exclusão, artigos incompletos, da área médica, enfermagem que não respondessem ao objetivo do

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estudo. Apresentação dos resultados e discussão dos dados obtidos será feitos de forma descritiva, possibilitando ao lei-tor a avaliação da aplicabilidade da revisão elaborada.

Revisão de LiteraturaO Zika Vírus foi identificado pela primeira vez em 18 de abril

de 1947 pelos pesquisadores da Fundação Rockfeller em um macaco chamado Rhesus na floresta da Uganda. E foi através do macaco Rhesus que se deu o nome Zika Vírus.4 O Zika Vírus é uma infecção transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, po-rém é um arbovírus do gênero Flavírus da família Flaviridae. O Aedes aegypti é mesmo transmissor da dengue e Chikungunya que vieram da África e Ásia. E atualmente esta sendo associado com a microcefalia.5

O vírus para sobreviver precisa de outra célula e é conside-rado intracelular e é classificado conforme o seu tamanho, tipo de ácido nucleico com condições de multiplicação.6

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o vírus se espalharia para outras 36 nações do continente e 7 países de outras partes do mundo. Atualmente já foram registrado cerca de 57 países com a presença do Zika. Em outros países foram notificados casos de microcefalias e outras malformações fe-tais como: Brasil, Colômbia, Martinica, Panamá, Polinésia Fran-cesa (França), Cabo Verde, Eslovênia e Estados Unidos.5

Cerca de 3 a 4 milhões de pessoas irão contrair o vírus da Zika no continente americano. E no Brasil temos uma estimativa de 1,5 milhões de novos casos. Já foram confirmados 22 paí-ses e territórios a circulação autóctone do Zika desde os mea-dos de 2015. Porém o Zika Vírus está localizado nos seguintes continentes: Barbados, Brasil, Colômbia, El Salvador, Equador, Guiana, Guatemala, Guiana Francesa (França), Honduras, Haiti, Martinica (França), México, Panamá, Porto Rico (E.U.A), Paraguai, Ilha de São Martinho (França /Holanda), Suriname, Venezuela, Samoa, Ilhas Virgens (E.U.A) e Cabo Verde.7

O Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), identificou novos casos nos seguin-tes países: República Dominicana, Bolívia, Curaçao, Nicarágua, Guadalupe (França), Tailândia, Ilhas Maldivas, Fiji, Nova Cale-dônia (França) e Ilhas Salomão. Foram registrados 10 países da Europa com casos importados de Zika como, por exemplo: Finlândia, Dinamarca, Itália, Alemanha, Portugal, Holanda, Espa-nha, Reino Unido e Suécia. O primeiro caso do vírus foi iden-tificado no Texas pelo o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos da América (CDC, na sigla em inglês) o qual o indivíduo tinha visitado a América Latina.7

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o vírus está se espalhando rapidamente pelas as Américas exceto: Canadá e o Chile continental o qual ainda não está presente. Os dados ainda não são tão precisos devidos só ser registrado após a in-

fecção pelo vírus apenas uma de cada quatro pessoas infecta-das são sintomáticas o que demonstras que somente uma pe-quena parcela desenvolve os sintomas dificultando a procura dos serviços de saúde e a notificação de novos casos.7

Na Colômbia foi notificado 13.524 casos de infectados o go-verno recomendou a população que os casais venha evitar a gravidez, pois estima que 600 mil casos de Zika o que leve ao menos 500 casos de microcefalia. Foram notificados em El Salvador 5.397 casos e foi recomendado que até 2018 que as mulheres não fiquem grávidas. Em países menos afetados também foi recomendado não engravidar como, por exemplo, a República Dominicana.8

Podemos notificar vários casos registrados até o momento nos países e territórios como: Brasil: 497.593 e 1.482.701, Colôm-bia: 13.524, El Salvador: 5.397, Cabo Verde: 4.744, Honduras: 600 Guatemala: 68 Martinica: 47 Panamá: 38, Porto Rico: 19, Guiana Francesa: 15, México: 15, República Dominicana: 10, Equador: 6 Paraguai: 6, Haiti: 5, Suriname: 5, Venezuela: 4, Barbados: 3, Gua-dalupe: 1 Guiana: 1, Ilhas Virgens: 1, São Martinho: 1 e Samoa: 8.

Estimou-se o número de casos de infecções pelo vírus Zika a partir dos casos descartados para dengue e projeção com base na literatura internacional (Tabela 1). É importante destacar que a maior parte desses casos o individuo não procura os serviços médicos. Projeções mais precisas estão sendo realizadas por institutos de pesquisa brasileiros.9

Devido às mudanças climáticas e a globalização e o gran-de numero crescente de voos internacionais e movimento de pessoas infectadas na nação brasileira acabou trazendo um endemismo de dois arbovírus nas Américas que são: o Vírus Chikungunya e o Vírus Zika introduzido no período da copa do mundo em 2014, o vírus foi reconhecido em alguns estados da região nordeste.10

O mosquito Aedes aegypti tornou-se um problema de saúde publica no Brasil por sua adaptação ao clima.11

Segundo o Ministério da Saúde a ocorrência de surtos, epi-demias e pandemias esta relacionado à convivência humana com outros seres vivos em um ambiente de transformação. Em abril de 2015, foi confirmada a transmissão autóctone de febre pelo Vírus Zika. Foi notificada em Sergipe 196.976 casos de febre pelo Zika a taxa de incidência foi de 96,3 casos em 100 mil habitantes distribuídos em 2.277 municípios os quais 101.851 foram confirmados. O Centro-Oeste apresentou a maior taxa de incidência chegando à 188,1 casos por 100 mil habitantes. Te-mos Mato Grosso: (652,9 casos/100 mil hab.), Bahia (328,2 ca-sos/100 mil hab.) e Rio de Janeiro (363,6 casos/100 mil hab.). Foi notificado 2 óbitos no Rio de Janeiro e 1 no Espírito Santo. Já em relação a gestante foram notificados 16.264 casos prováveis, sendo 8.904 confirmados por critério clínico-epidemiológico ou laboratorial. Em São Luís (Maranhão) foi identificado 1 caso, Benevides (Pará) 1 e outro em Serrinha (Rio Grande do Norte).12

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Alagoas

Amazonas

Bahia

Ceará

Espírito Santos

Maranhão

Mato Grosso

Pará

Paraíba

Paraná

Pernambuco

Piauí

Rio de Janeiro

Rio Grande do Norte

Rondônia

Rorâima

São Paulo

Tocantins

Brasil

4.023

3.119

19.216

38.485

6.481

1.481

8.202

6.357

6.013

42.008

34.579

3.237

15.918

4.761

2.911

1.450

236.494

8.767

443.502

29.066

34.264

132.274

77.469

34.190

60.067

28.410

71.400

34.558

97.118

81.303

27.875

143.985

29.947

15.383

4.399

386.249

13.182

1.301.140

O Zika pode apresentar as seguintes manifestações clinicas como: febre baixa (37,8°C e 38,5°C), artralgia, mialgia, cefaleia com dor atrás dos olhos, erupções cutâneas com coceiras. Além de ocasionar dor abdominal, diarreia, constipação, fotofo-bia, conjuntivite e pequenas ulceras na mucosa oral.13

O Vírus foi identificado em uma amostra de sangue e teci-do em uma pesquisa no Instituto Evandro Chagas (IEC) em um recém-nascido no Ceará que apresentava malformações e mi-crocefalia.14

A microcefalia esta sendo relacionadas a vários fatores como a desnutrição da mãe, drogas, infecções durante a gestação, rubéola, toxoplasmose e uma variedades de anormalidades e síndromes além de outras doenças.

A infecção do zika vírus é inespecífica e por esta razão pode ser confundida com outras doenças febris principalmente a dengue e a chikungunya.15

A transmissão do Zika Vírus se da por meio da picada do mosquito Aedes aegypti, o qual e o mesmo transmissor da dengue e Chikungunya. Foi feito uma identificação do vírus Zika no leite materno, urina, sêmen e saliva e foi observado que só terá efeito pratico no diagnostico da doença. Na Polinésia Fran-cesa foi realizado estudo com amostra do leite e não mostrou replicação do vírus Zika o qual esta fragmentação não teria a capacidade de produzir a doença.16

O mosquito e um ponto chave para a transmissão da doença por ser um vetor. Podemos ver que muitos esforços para con-trolar a dengue e chikungunya falharam o qual esta se espa-lhando nas mesmas comunidades que esta sendo dissemina-do o vírus Zika. Margoto descreve dois casos de transmissão perinatal que ocorreram bem próximo ao nascimento causan-do uma doença leve nos recém-nascidos.17

Para diagnostico do Zika Vírus e necessário identificar o RNA viral no sangue do cliente. A reação da cadeia de Poilimerase da Transcriptase Reversa (RT-PCR) e feita tanto na fase da in-cubação quanto na fase da latência do vírus e necessário agi-lidade para fazer tal exame o qual deve ser feito até o quarto dia dos sinais apresentados. O teste ELISA (do inglês Enzyme--Linked Immunosorbent Assay) fica mais difícil para a identifi-cação devido a baixa concentração de anticorpos IgM e IgG.18

Recomenda-se que para o exame de sangue devem ser co-letadas duas amostras, a 1ª deve ser feita até o 5º dia ao inicio dos primeiros sintomas (fase aguda); e a 2ª de 3 a 4 semanas após a 1ª para nova sorologia, a urina deve ser feito até ao 8º dia ao iniciar os primeiros sintomas. Em ambos deverão ser coleta-dos 10 ml de conteúdo para amostra.16

No momento ainda não há sorologia comercial disponível para se detectar anticorpos específicos para o Zika Vírus. Du-rante o curso da doença poderá ser solicitado os exames es-pecíficos como: hemograma, dosagem sérica de AST/TGO e ALT/TGP, dosagem sérica de bilirrubinas diretas Indireta, do-

Unidade Federada

Limite Inferior

Estimativas de infecções pelo vírus Zika

Limite Superior

Obs: Os parâmetros utilizados para essa estimativa foram os casos descartados de dengue para o limite inferior e as proporções de casos ocorridos na Poliné-sia Francesa com base na população de cada estado. Esses valores servem apenas para a reflexão sobre o potencial de dispersão desses vírus que possui mais de 80% dos casos assintomáticos ou oligosintomáticos. Fonte: Brasil.9

Tabela 01 – Projeções de infecções pelo vírus Zika em esta-dos com confirmação laboratorial em 2015.

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sagem de ureia e creatina, dosagem sérica de lactato desidro-genase e outros marcadores de atividade inflamatória, ecocar-diograma, avaliação oftalmológico do fundo do olho, exame de emissão otoacustica, ultrassonografia de abdome e tomografia de crânio computadorizada sem contraste.16

Já o diagnostico laboratorial vai basear-se na detecção do RNA viral do vírus Zika com este exame e detectado em um período de 4 a 7 dias após o inicio dos sinais e sintomas.

Se a gestante já tiver exame precedente, a ultrassonografia deve ser feita de duas a três semanas após o episódio suges-tivo de infecção pelo Zika Vírus. Se caso essa grávida ainda não tenha feito o exame, o mesmo deve ser feito o mais rápido possível. Sugere-se o acompanhamento com a realização de dois a quatro exames, entre 12 e 36 semanas de idade gesta-cional, de preferência nas seguintes semanas: 12, 16, 24 e 36. A gestante deve continuar o seu acompanhamento usual no serviço de Pré-Natal da Unidade Básica de Saúde até receber os resultados dos exames. E sendo evidenciada que a mesma está infectada pelo vírus, a gestante deve ser encaminhada ao ambulatório de pré-natal de alto risco conforme a distribuição por região de saúde já determinada sendo necessário encami-nhar para um controle de alto risco para uma melhor avaliação e assistência a essa gestante o teste rápido detecta o Zika em 20 minutos e é um produto instantâneo e detecta anticorpos IgG e IgM em amostra de sangue.19

Assitência de Enfermagem as Gestantes Portadoras de ZikaPara melhor detecção dos casos de microcefalia será neces-

sário verificar a gestante com infecção e as que têm suspeitas. Será de interesse observar o feto e suas alterações do Sistema Nervoso Central (SNC) e se está relacionado com o vírus Zika. Durante a gestação verificar se esta mãe não esta em risco de aborto espontâneo e se caso tiver um natimorto analisar se a causa não foi pela a infecção do vírus. Detectar o recém-nas-cido vivo com microcefalia e a relação com a infecção do Zika na gestante.19

Ainda não há vacinas do Zika somente a terapia sintomática inclusive para as grávidas a qual deve seguir a recomendação do medico. A principal medida muito falada e utilizar o analgé-sico não esteroidais devendo se evitar o salicilatos.20

A gestante com sinais e sintomas de Zika Vírus com até 8 dias de evolução deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) o qual será atendida e iniciará o exame físico e quando suspeito será feito a notificação do caso.19

Segundo o Ministério da Saúde (2016), e de beneficio que o profissional da saúde venha solicitar a Caderneta da Gestante quando a mesma vier no posto de atendimento.

Gestantes podem usar repelentes de uso tópico para o com-bate ao mosquito da Zika desde que haja o registrado na Agên-cia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), seguindo o rotulo.

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O uso tópico de repelentes da base n,n-Dietil-meta-toluamida (DEET) por gestantes é seguro.19

A mídia começa a divulgar as noticias em julho sobre o au-mento na região do nordeste de casos de síndrome de Guillain--Barré relacionado ao vírus da Zika.1

A febre ZIKV em pacientes imunosuprimidos leva uma asso-ciação de complicações viscerais graves que pode ser prolon-gado ou fatal. Além de levar complicações neurológicas como a Sindrome de Guillan Barré (SGB) que é definida como poli-neuropatia aguda de rápida progressão o qual e caracterizada por desmielinização dos nervos.21

A Organização Mundial da Saúde (OMS) solicitou uma con-vocação de um Comitê Internacional de Regulação de Emer-gências em Saúde devido às estimativas que em 2016 pode ocorrer de 3 a 4 milhões de novos casos de Zika Vírus rela-cionado a complicações com a microcefalia e a síndromes neurológicas.22

O Ministério da Saúde em 2007 começa a trabalhar com uma nova categoria de Aedes aegypti e suas complicações e a par-ticipação da definição de novos casos da Organização Mundial da Saúde (OMS) utilizando a notificação compulsória de grupos como: gestantes, lidando com o diagnostico além de treina-mentos com mobilização dos médicos e muitos outros motivos relevantes.23

O New England Jounal of Medicine publicou no dia 10 de fe-vereiro um caso de uma gestante que apresentava um sinal fe-bril com erupção cutânea e a sua ultrassonografia revelou que a microcefalia esta relacionada à calcificação no cérebro fetal e placenta. Quando a mãe soube do diagnosticou pediu para o medico interromper a gestação e mediante a isto foi feito uma autopsia. A microcefalia foi identificada com hidrocefalia e cal-cificações distróficas multifocais no córtex e substância branca subcortical, com deslocamento cortical associado e inflama-ção focal leve. E o vírus foi encontrado no tecido cerebral.24

A gravidez e algo muito estressante para a mulher e para a família o enfermeiro tem um papel muito importante no aten-dimento, no cuidar e nas orientações a essa mãe. Quando esta mãe e portadora do Zika este profissional deve fazer a busca ativa e verificar sua rotina na Unidade Básica de Saúde. A atua-ção preventiva deste profissional essencial na vida desta ges-tante portadora do Zika Vírus, pois o mesmo vai proporcionar apoio para eventuais episódios de depressão. Ao orientar esta mãe sobre os riscos da microcefalia fortalecerá os familiares e se necessário poderá encaminhar para o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).16

O enfermeiro desenvolvera ações preventivas a gestante in-fectada pelo o Zika vírus relacionando o planejamento reprodu-tivo para mulheres, homens e adolescentes com a necessida-de de realizar a captação precoce para um acompanhamento pré-natal além de fazer uma busca ativa a essas gestantes

faltantes com a participação da equipe multidisciplinar que irá dar seguimento a gestante com diagnostico de infecção pelo o Zika vírus. Além da gestantes com suspeita de exantema que será encaminhada para a sorologia e também receberá orien-tação em relação à amamentação e apoio psicossocial desta puérpera.16

O enfermeiro ao receber esta gestante deve fazer anamnese padrão e questionar esta mãe sobre seus antecedentes ma-ternos, exposição desta gestante a substancias, medicamentos utilizados durante a gravidez, exposição à radiação ionizante presença de rash cutâneo, ultrassonografia gestacional e ante-cedentes familiares. Deve fazer o exame físico tanto desta mãe em idade gestacional como no recém-nascido com a microce-falia. Medição precisa após o parto do perímetro cefálico além de realizar notificações dos casos identificados.16

Recomenda não fazer a pratica de bebidas alcoólicas, dro-gas, não utilizar medicamentos sem orientação do medico e evitar pessoas infectadas, fazendo a eliminação de criadouro do mosquito da Zika. Manter as portas e janelas fechadas, te-ladas, utilizar calça, camiseta de manga longa e uso de repe-lente.15

O profissional deve orientar a gestante a planejar a sua vida reprodutiva levando as considerações do desejo e necessida-de desta mãe em gerar um filho e deve esclarecer sobre o risco que esta mãe corre em relação ao Zika além de estimular o pré-natal. E de interesse a realização do pré-natal no primei-ro trimestre, permitindo que esta gestante realize o exame de triagem como: a ultrassonografia obstétrica e quando esta ges-tante estiver com Zika esclarecer duvida. O acompanhamento desta gestante engloba a consulta medica e de enfermagem e exames definidos nos protocolos de atenção a saúde da mu-lher. O enfermeiro vai abordar esta gestante orientando o valor do acompanhamento pré-natal, as alterações fisiológicas du-rante a gestação, alterações na postura, o planejamento repro-dutivo, alimentação, tabagismo, etilismo, substancias psicoati-vas, relação sexual, doenças sexualmente transmissíveis (DST), medicamentos, alteração de humor, aleitamento, higiene bucal e como esta gestante vai se preparar para o parto, cuidados com o recém-nascido e masternagem.16

Detecção e Notificação dos Quadros de Microcefalia e Orien-tação a Gestante

O pré-natal e essencial para detecção da qualidade de vida tanto da mãe como do bebê o qual deve ser iniciado na Aten-ção Básica no primeiro trimestre (até a 12° semana) da gestação e fundamental para identificação de fatores de risco o qual vão evitar complicações futuras.12

E recomendado a identificação precoce de toda a gestante do território de atuação da equipe de saúde e o pronto inicio do acompanhamento pré-natal visando intervenções no período

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gestacional sejam elas terapêuticas ou preventivas.12

O enfermeiro deve abordar a sua historia de vida seus sen-timentos, medos, ansiedades e desejos porem e um momen-to intenso de mudanças e descobertas, aprendizados sempre visando o bem estar desta mulher sempre recomendando a ultrassonografia obstétrica no primeiro trimestre o qual e mais preciso para identificação da microcefalia.12

Para uma detecção mais precisa e necessário solicitar todos os exames de pré-natal preconizados pelo o Ministério da Saú-de, inclusive a eletroforese de hemoglobina e os teste rápidos como, por exemplo, de sífilis e HIV.19

E necessário realizar a vacinação de rotina e registrar na ca-derneta, no cartão ou no prontuário da mulher e verificar se existe exantema, além de orientar sobre medicamentos utili-zados sempre visando nas praticas educativa e incentivando o aleitamento materno e identificando agravos e complicações.19

E necessário informar sobre a suplementação de ácido fóli-co, sulfato ferroso e realizar visitas a domiciliar incluindo orien-tações sobre cuidados sanitários, consultas, exames e escla-recer sobre evidência de uma infecção exantemática aguda (5 dias de exantema), durante a gestação deve se coletar material para exame de urina e sangue.12

O Ministério da Saúde (MS) fixou um valor de referencia ope-racional para a detecção do perímetro cefálico de 32,0cm igual ou superior em recém nascido para a identificação e notifica-ção dos casos de microcefalia. Pois antes era utilizado e com-parado a um gráfico de perímetro cefálico de acordo com o sexo e idade gestacional do paciente. Só será realizada a noti-ficação quando apresentado características clinicas ou labora-toriais sugestivas de infecção congênita e também com ênfase pela infecção do Vírus Zika.19

E de suma importância à notificação de casos de microce-falia, conforme orientações do “Protocolo de Vigilância e Res-posta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo Vírus Zika”. Se caso tiver algum diagnostico laboratorial conclu-sivo para vírus Zika, define – se caso confirmado para a ges-tante, sob risco de feto com microcefalia secundaria á possível exposição do Zika.3

A confirmação de microcefalia tem os seguintes critérios

como: caso confirmado de feto com alterações pós-infecciosas no SNC relacionada ao Zika, feto com alterações no SNC com característica de infecção congênita identificada na ultrassono-grafia, aborto expontaneo de gestante com relato de exantema durante a gestação, caso confirmado de Zika em tecido fetal/embrionário ou na mãe.3

A notificação e registro dos casos de microcefalia relaciona-do ao Zika Vírus são de interesse no processo de investigação desta nova doença. Todas as ações devem ser conduzidas em caráter de urgência considerando o Sistema de Informação so-bre Nascidos Vivos (SINASC) o qual apresenta um tempo de atualização de até 90 dias. Todos os casos de microcefalia re-lacionados ao Zika Vírus devem ser registrados no formulário de Registro de Eventos de Saúde Publica (RESP-Microcefalia). Este formulário e composto por perguntas para a gestante. As informações adquiridas através do RESP-Microcefalia serão incluídas no banco de dados o qual os dados só serão aces-sados somente pela Unidade Federativa (UF), o qual os dados poderão ser utilizados para melhor ajuste da Saúde Publica, conforme figura 2.3

Figura 02 – Formulário eletrônico para envio das informações.

Nota: Disponível no endereço www.resp.saude.gov.br. Fonte: Brasil3

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Referências1 • Aguiar R, Araujo IS. A mídia em meio às ‘emergências’ do vírus zika: questões para o campo da comunicação e saúde. Rev Eletron Comum Inf Inov Saúde. v.10, n.1,p.1-15, 2016.

2 • BRASIL. Ministério da Saúde. Zika vírus aborda-gem na atenção básica. Disponível em: http://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/15672/1/Zika%20-- % 2 0A b o rd a g e m % 2 0 c l % C 3 % A D n i c a % 2 0 n a % 2 0aten%C3%A7%C3%A3o%20b%C3%A1sica.pdf Acessado em 29 de Outubro de 2016.

3 • BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo de assistência a gestante com suspeita de Zika Vírus e bebes com mi-crocefalia. Disponível em:

http://mosquito.saude.es.gov.br/Media/dengue/Zika/Protocolo%20Gestantes/ZIKAPROTOCOLO.pdf Acessa-do em 29 de Outubro de 2016.

4 • Ujvari SC. Pandemias a humanidade em risco: um ví-rus vindo do oriente. São Paulo: Editora Contexto, 2011.

5 • BRASIL. Organização Pan-Americana da Saúde. Apre-sentação do PowerPoint PAHO/WHO. Disponível em: http://www.paho.org/bra/images/stories/SalaZika/analise_epidemiologica_sszika_abrilmaio2016.pdf Aces-sado em 29 de Outubro de 2016.

6 • Murta GF. Saberes e praticas guia para ensino e apren-dizado de enfermagem: microbiologia e imunologia. 2 ed. São Paulo: Difusão editora, 2006.

ONUBR. Nações Unidas no Brasil. Surto de zika comple-ta um ano e já afeta 57 países, diz Opas. Disponível em: https://nacoesunidas.org/surto-de-zika-completa-um--ano-e-ja-afeta-57-paises-diz-opas/. Acesso em: 08 out. 2016.

7 • Duarte F. Confira o mapa do avanço do zika vírus. Dis-ponível em:

http://www.ebc.com.br/noticias/saude/2016/01/zika--confira-o-mapa-do-avanco-da-doenca. Acessado em 08 de outubro de 2016.

8 • Globo: O Zika já tem transmissão local em 34 paises e não se limita às Américas. Disponível em: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/02/zika-ja-tem-transmis-sao-local-em-34-paises-e-nao-se-limita-americas.html. Acessado em 08 de outubro de 2016.

Considerações FinaisO presente trabalho teve como objetivo descrever a atuação

do enfermeiro na assistência a gestante portadora do Zika ví-rus e demonstrar o papel do enfermeiro em seu atendimento tanto no cuidado como nas orientações a essa mãe fragilizada proporcionando apoio e fortalecimento aos familiares. Eviden-ciamos que é através das ações preventivas a gestante infec-tada pelo o zika vírus é possível desenvolver um planejamento reprodutivo para mulheres, homens e adolescentes realizando a captação precoce para um acompanhamento pré-natal além de fazer uma busca ativa a essas gestantes faltantes com a participação da equipe multidisciplinar que dará seguimento a gestante com diagnostico de infecção pelo o Zika vírus.

Este trabalho alcança os objetivos propostos, pois demonstra a atuação do enfermeiro líder mediante as ações de prevenção a gestante infectada pelo Zika vírus além de demonstrar esti-mativas de casos de pessoas que contrairão o Zika vírus. Consi-deramos portanto que é necessário uma mobilização coletiva, governamental e populacional e especialistas de diversas áre-as da saúde para dialogar melhores propostas de prevenção e combate ao mosquito.

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9 • BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo de vigilância e resposta à ocorrência de microcefalia do sistema nervo-so central (SNC) emergia de saúde publica de importân-cia internacional – ESPII. Disponível em:

http://combateaedes.saude.gov.br/images/sala-de--situacao/Microcefalia-Protocolo-de-vigilancia-e-res-posta-10mar2016-18h.pdf Acessado em 29 de Outubro de 2016.

10 • Vasconcelos PFC. Doença pelo vírus Zika: um novo problema emergente nas Americas. Rev Pan-Amaz Saú-de. v.6, n.2, p.9-10.

11 • Magalhães SSA, Machado CJ. Conceitos epidemio-lógicos e as pandemias recentes: novos desafios. Cad Saúde Colet v.22, n.1, p.109-110, 2014.

12 • BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo de vigilância e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à in-fecção pelo vírus Zika. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/dezembro/09/Micro-cefalia---Protocolo-de-vigil--ncia-e-resposta---vers--o-1----09dez2015-8h.pdf Acessado em 29 de Outubro de 2016.

13 • Caveião C. Vírus zika suas complicações relaciona-das à microcefalia e guillain-barré. Cad da Esc. de Saú-de. v.1, n.15, p. 3-6, 2015.

14 • Luz KG, Santos GIV, Vieira RM. Febre pelo Zika. Epi-demiol. Serv. Saúde v.24, n.4,p.785-788, 2015.

15 • Reis RPD. Aumento dos casos de microcefalia no Brasil. Rev Med Minas Gerais. v.25, n.6, p. 88-89, 2015.

16 • BRASIL. Ministério da Saúde. Vírus Zika: diagnostico. Disponível em: http://www.ans.gov.br/images/stories/Legislacao/camara_tecnica/2016_gt_viruszika/gt_vi-ruszika_1_reuniao_apresentacaocosaude.pdf Acessado em 29 de Outubro de 2016.

17 • Margotto PR. Infecção intrauterina Zika Vírus causa anormalidade cerebral do feto e microcefalia: ponta do iceberg. Disponível em: http://paulomargotto.com.br/.../zika-virus-lesao-cerebr-2016.doc Acessado em 27 de abril de 2016.

18 • Chaves MRO, Bernardo AS, Bernardo CD et al. Den-gue, Chikungunya e Zika: a nova realidade brasileira. Dis-ponível em: http://www.newslab.com.br/newslab/revis-ta_digital/132/artigos/artigo1.pdf - Acessado em 27 de abril de 2016.

19 • BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo de atenção à saúde e resposta à ocorrência de microcefalia relaciona-da à infecção pelo vírus zika.Disponível em: http://www.mppa.mp.br/upload/protocolo-sas-microcefalia-zika.pdf Acessado em 30 de Outubro de 2016.

20 • Pinto Junior VL. Zika Vírus na boleia da globalização. Rev Med Saude Brasilia. v.4, n.2, p. 142-143, 2014.

21 • Beneti GM, Silva DLD. Síndrome de Guillain-Barré. Semina: Ciências Biológicas e Saúde. v.27, n.1, p. 57-69, 2006.

22 • Henriques CMP, Duarte E, Garcia LP. Desafios para o enfrentamento da epidemia de microcefalia. Epidemiol Serv Saúde. v.25, n.1, p. 7-10, 2016.

23 • Valle D, Aguiar R, Pimenta D. Lançando a luz sobre a dengue. Cienc. Cult. v.67, n.3, 2015.

24 • Taitson PF. Zika: Impactos epidêmicos e novas des-cobertas. Capa. v.19, n.1,p.1-2, 2016

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ATIVIDADE Nø DE PONTOS

Congresso nacional da especialidade

Congresso da especialidade no exterior

Congresso/jornada regional/estadual da especialidade

Congresso relacionado à especialidade com apoio da

sociedade nacional da especialidade

Outras jornadas, cursos e simpósios

Programa de educação à distância por ciclo

Artigo publicado em revista médica

Capítulo em livro nacional ou internacional

Edição completa de livro nacional ou internacional

Conferência em evento nacional apoiado pela

Sociedade de Especialidade

Conferência em evento internacional

Conferência em evento regional ou estadual

Apresentação de tema livre ou pôster em congresso ou

jornada da especialidade

Participação em banca examinadora (mestrado,

doutorado, livre-docência, concurso, etc.).

Mestrado na especialidade

Doutorado ou livre docência na especialidade

Coordenação de programa de residência médica

Projetos de pesquisa aprovado

Elaboração de manual de rotinas

Congresso internacional

Apresentação congresso internacional (São Camilo)

Reuniões Científicas

Coordenação de Eventos

Eventos

Atividades Científicas

Atividades Acadêmicas

Atividades Institucionais

TOTAL OBRIGATÓRIO ANUALMENTE Do total obrigatório anualmente, 20 pontos deverão ser em atividades institucionais.

40

20

05

15

10

0,5/h (mín.1 e máx.10)

0,5/h (máx.10)

05

05

10

05

05

02

02 (máx. 10)

05

15

20

5/ano

20

10

+15

+03

1,0/h

5,0 (máx. 20)

REGRAS DE PREMIAÇÃO

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BENEFÍCIOS DIAMANTE PRATAOURO BRONZE

Pontos mínimos para atingir a premiação

Confecção de Banner / Assessoria

Inscrição em Congresso Nacional

Inscrição em Congresso Internacional

Viagem (passagem)

Pacote completo para Congresso Nacional

(passagem, inscrição, banner)

Pacote completo para Congresso Internacional

(passagem, inscrição, banner)

Intercambio internacional

200

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

80

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

140

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

60

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

COTAS PARA PREMIAÇÃO

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