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Reunião da PBTur trata sobre a Pedra do Ingá NA MANHÃ DO DIA 22 DE JANEIRO, a presidente da PBTur, Ruth Avelino, e o Diretor Executivo da Secretaria de Turismo do Estado, Dr Ivan Burity, promoveram uma reunião em João Pessoa para tratar sobre o Grupo de Trabalho que acompanhará a implantação do Projeto do Parque Estadual do Ingá, para tanto, receberam o Secretário de Turismo de Ingá, Walter Mario da Luz, e o consócio da SPA Dennis Motta Oliveira. Segundo os representantes do Ingá, as notícias são animadoras, pois é pretensão da Secretaria de Turismo do Estado contribuir com uma obra que seja autosustentável, ficando imune a qualquer mudança governamental, o que é um bom sinal. Reunião em João Pessoa com representantes do Ingá - SPA

Boletim da Sociedade Paraibana de Arqueologia 106 jan 2015

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Está no ar o Boletim Informativo da Sociedade Paraibana de Arqueologia - SPA (Eletrônico) Nº106- ANO X - Janeiro de 2015. Confiram nesta edição: -- Reunião da PBTur trata sobre a Pedra do Ingá; -- II Encontro de Espeleologia do Nordeste é realizado em Sergipe; -- Expedição ao Sítio Brito; -- Sítios arqueológicos encontrados na Serra da Meruoca; -- Museu Nacional em greve; -- Júlia Trevas e a Árvore do Suplício; -- Prefeitura de Itabaiana-PB inicia processo de tombamento de prédio histórico; -- Academia de Cordel do Vale do Paraíba; -- Artigo 1: 'Capitólio: uma das últimas colunas históricas de Campina Grande' por Erik de Brito; -- Artigo 2: 'Lendo Carlos Azevedo' por Gonzaga Rodrigues; -- A Pedra do Ingá está sem guia turístico!; -- Em Picuí, alunos estudam arqueologia; -- Visita à Pedra de Santo Antônio; -- Descoberta fóssil em Aroeiras-PB; -- Urnas funerárias são encontradas em Cuité-PB; -- Visita à Pedra do Ingá; -- Serra Branca terá um Instituto Histórico e Geográfico; -- Convit

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Reunião da PBTur trata sobre a Pedra do Ingá

NA MANHÃ DO DIA 22 DE JANEIRO, a presidente da PBTur, Ruth Avelino, e o Diretor Executivo da Secretaria de Turismo do Estado, Dr Ivan Burity, promoveram uma reunião em João Pessoa para tratar sobre o Grupo de Trabalho que acompanhará a implantação do Projeto do Parque Estadual do Ingá, para tanto, receberam o Secretário de Turismo de Ingá, Walter Mario da Luz, e o consócio da SPA Dennis Motta Oliveira. Segundo os representantes do Ingá, as notícias são animadoras, pois é pretensão da Secretaria de Turismo do Estado contribuir com uma obra que seja autosustentável, ficando imune a qualquer mudança governamental, o que é um bom sinal.

RReeuunniiããoo eemm JJooããoo PPeessssooaa ccoomm rreepprreesseennttaanntteess ddoo IInnggáá -- SSPPAA

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II Encontro de Espeleologia do Nordeste é realizado em Sergipe

ENTRE OS DIAS 12 e 14 de janeiro, espeleólogos, biólogos, arqueólogos, geólogos, paleontólogos etc., se encontraram na Universidade Federal de Sergipe, na cidade de Aracajú, para discutirem andamentos de pesquisas espeleológicas na região.

As temáticas do congresso foram muitas: desde a questão das cavernas (cavidades naturais) estarem correndo sérios riscos de sucumbirem frente ao "progresso" sem limites, até a vida animal e vegetal existente nesses magníficos ambientes.

O uso das cavidades naturais pelo homem para atividades religiosas e até como moradias e exploração turística também foram temas discutidos nos três dias de evento.

O que se concluiu após as inúmeras palestras, cursos e apresentações de trabalhos é que o tema não pode deixar de estar na pauta de discussão dos cientistas que direta ou indiretamente trabalham com as cavidades naturais. Novos encontros estaduais e regionais deverão ocorrer nos próximos anos para se avaliar as condições desses ambientes naturais e, como no 2º encontro, buscar soluções razoáveis para minimizar os impactos causados pelo homem aos ambientes cavernícolas.

A Paraíba esteve representada no encontro pelo confrade Prof. Juvandi de Souza Santos, historiador, arqueólogo e espeleólogo amador, que coordena o Grupo Paraíba de Espeleologia ligado a UEPB.

FFuurrnnaass ddoo AAmmaarraaggii IIII -- SSPPAA

FFuurrnnaa ddoo AAmmaarraaggii IIII -- SSPPAA

UUnniivveerrssiiddaaddee FFeeddeerraall ddee SSeerrggiippee -- SSPPAA

PPaalleessttrraa ccoomm MMaarrcceelloo RRaasstteeiirroo ddaa SSBBEE -- SSPPAA

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Expedição ao Sítio Brito

NO DIA 02 DE JANEIRO, o consócio Vanderley de Brito, que desde 2011 vem se dedicando ao estudo genealógico da família Brito do cariri ocidental paraibano, (conforme Boletim nº 65) realizou uma expedição até o sítio Brito, uma localidade rural pitoresca, localizada num ermo entre a cidade de Ingá e o distrito de Galante, que já tem este nome pelo menos desde meados do século XVIII, para ver se ainda existem remanescentes com o sobrenome no lugar. Chegando à localidade o pesquisador esteve em entrevista com o senhor mais velho do lugar, senhor José Rufino, de 88 anos, que informou não haver mais nenhum habitante na localidade que leve este sobrenome.

Segundo as pesquisas de Vanderley de Brito, esta localidade é a primeira célula telúrica dos Brito na Paraíba e sua origem deve remontar meados do século XVII, quando chegaram de Igaraçu os primeiros arrendatários para ocupar as terras da sesmaria concedida ao herói André Vidal de Negreiros, mas o fato de não haver mais nenhum Brito na localidade confirma seus estudos, pois, segundo pôde apurar, os Brito fundadores desta povoação teria sido remanejados para a ribeira de Caracozinho, na divisa entre os atuais municípios de Queimadas e Aroeiras, e se estabeleceram num lugar à margem deste riacho, que ficou chamado de Poço do Brito. O pesquisador pretende em breve realizar uma nova expedição para entrevistas nesta localidade.

Sítios arqueológicos encontrados na Serra da Meruoca

O SÓCIO CORRESPONDENTE da SPA no Ceará Célio Cavalcante nos informa a existência de sítios arqueológicos de inscrições rupestres na Serra da Meruoca, fronteira entre os municípios cearenses de Alcântara e Massapé.

Segundo Célio, a expressão Meruoca é um topônimo indígena que se refere a ‘Casa de Moscas’, condição que aproxima o passado do presente, pois ao longo da serra muitas árvores frutíferas e material orgânico atrai estes insetos.

CCéélliioo CCaavvaallccaannttee

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Museu Nacional em greve

NO DIA 23 DE JANEIRO o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, reabriu suas portas, depois de uma greve dos trabalhadores federais da Cultura que vinha em marcha desde o dia 12 do mês. Eles reivindicam equiparação salarial com os funcionários da Agência Nacional de Cinema e da Fundação Casa Ruy Barbosa, melhores condições de trabalho, maior participação nas políticas públicas do Ministério da Cultura, além da unificação da categoria.

No dia 17 do mês, um colaborador correspondente da SPA no Rio de Janeiro esteve em visita à Quinta da Boa Vista e registrou as portas cerradas deste importante museu, criado em 1818 por D. João VI, que pela primeira vez em sua longa história entrou em greve por falta de pagamento ao pessoal terceirizado.

Júlia Trevas e a Árvore do

Suplício

NA TARDE de 23 de janeiro, ocorreu em Campina Grande, nas dependências no Studio Traço Art Tattoo, o lançamento do conto “A Árvore do Suplício”, um trabalho da jovem escritora Júlia Trevas, sobrinha de nossa consocia Mali Trevas. O evento contou com a presença do presidente da SPA, Prof. Erik Brito, que adquiriu um exemplar para a biblioteca da SPA e congratulou a jovem pelo seu belo trabalho.

MMuusseeuu NNaacciioonnaall –– DDiiáárriioo ddoo RRiioo

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Prefeitura de Itabaiana-PB inicia

processo de tombamento de prédio

histórico

O ROMANCE “DOIDINHO”, de José Lins do Rego, se passa no colégio onde ele estudou na cidade de Itabaiana, que não é outro senão o Instituto Nossa Senhora do Carmo, cujo diretor era o enérgico e paraplégico professor Maciel. É justamente na casa onde funcionou o setor que abrigava os alunos internos da escola do professor Maciel que está instalado o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar.

“Esse foi o cenário da obra de José Lins do Rego, Doidinho”, explica Orlando Pereira de Araújo, antigo morador da Rua da Boca da Mata, atual Rua Coronel Firmino Rodrigues. A casa faz parte do patrimônio do coronel, “administrado hoje pela sua neta Valéria Rodrigues, herdeira direta, zelosa cuidadora do que resta daqueles prédios históricos”, segundo Orlando. “A extensão total do terreno do Instituto tinha início em um terreno ao lado direito da casa internato, ia ao fundo até o riacho e se estendia até o prédio da Cadeia Pública, às margens da linha férrea”, informa Orlando Pereira.

O prédio, de grande importância histórica para a cidade, está em processo de tombamento pela Prefeitura, bem como o edifício onde funciona a sede da Loja Maçônica Duque de Caixas, “por representar hoje um dos mais importantes acervos históricos de Itabaiana, símbolo do sistema educacional da cidade e cenário de um dos mais importantes romances da literatura nacional, ainda conservando seu estilo arquitetônico eclético e característico do início do século XX”, segundo a Secretaria de Cultura Municipal, comandada por Luciano Marinho.

Conforme Luciano Marinho, a instrução de tombamento foi elaborada pela Coordenação de Patrimônio Histórico e Cultural da Secretaria de Cultura de Itabaiana, baseada na Lei Municipal nº 679, de 11 de novembro de 2014. Fonte: blogitabaianahoje

Academia de Cordel do Vale do Paraíba

NO DIA 24 DE JANEIRO foi instalada na cidade de Itabaiana, na Casa de Recepção Finesse, a Academia de Cordel do Vale do Paraíba. A entidade congregará poetas cordelistas dos estados da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. O evento empossou seus primeiros associados, abrindo as comemorações de 150 anos de nascimento do poeta popular paraibano Leandro Gomes de Barros, considerado o pai da literatura de cordel.

Entre os objetivos da Academia, está o de fomentar a cultura do cordel, através de oficinas para poetas, estudantes e pesquisadores, como também promover a publicação de novos títulos para enriquecer o universo da Literatura de Cordel e o poeta Sander Lee é o primeiro presidente da entidade.

Nesta casa funcionou o Instituto Nossa Senhora do Carmo, onde estudou José Lins do Rego em regime de internato. Atualmente, abriga a sede do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar. -

blogitabaianahoje

IIttaabbaaiiaannaa -- EEddeellssoonnffrroonntteeiirraass

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ARTIGO 1 __________________________________________________________________

Capitólio: uma das últimas colunas históricas de Campina Grande

Erik de Brito Presidente da SPA.

O CINEMA SURGIU EM CAMPINA Grande em 1909, com o Cine Brazil, em sequência vieram os cines: Popular, Apollo e Fox. No entanto, foi a partir das décadas de 30 e 40, com o surgimento dos cines Capitólio e Babilônia, no centro da cidade, e outros nos bairros suburbanos, que desperta em Campina um movimento cultural cineclubista, tendo o Cine Capitólio como o principal núcleo de cultura e entretenimento.

Inaugurado em 1934 por Olavo Wanderley, o Cine Capitólio possuía a maior e mais moderna sala de exibição do estado e uma das mais belas estruturas físicas, com capacidade para mil lugares, que, além de exibições cinematográficas, abria suas portas para os principais espetáculos teatrais, musicais e eventos sociais da cidade, de modo que foi um marco e, por décadas, o centro das atividades culturais de Campina Grande.

O Cine fechou suas portas em fins da década de 1990, já decadente, e o prédio foi adquirido pela Prefeitura Municipal de Campina Grande para ser transformado camelódromo. Porém não pode servir a este fim porque em 2001 o prédio foi tombado como patrimônio histórico estadual, ficando, assim, impedido de ter sua estrutura física descaracterizada. Desse modo, de lá pra cá a edificação vem definhando, sem cuidados ou zelo.

Tendo em vista o total descaso que os poderes públicos paraibanos têm com o patrimônio histórico, principalmente os tombados, como é o caso do Capitólio, a algum tempo ruiu a cobertura do prédio, e nenhuma medida foi tomada, o que “favorece” infiltrações e a ruína das estruturas, causando sua condenação.

Em 2013 a Defesa Civil recomendou ao Ministério Público sua demolição urgente do prédio, o que findaria a história do Capitólio. No entanto, devido sua importância histórica para a Paraíba e sua estrutura física ainda recuperável, o ideal seria a restauração das fachadas e a construção de um espaço cultural dentro do Capitólio, isso sim com caráter de urgência, pois, infelizmente, memória é uma das principais carências de Campina Grande.

ARTIGO 2 __________________________________________________________________

Lendo Carlos Azevedo*

Gonzaga Rodrigues Escritor e Jornalista, autor de livros como ‘Café Alvear’.

CARLOS ALBERTO AZEVEDO distinguiu-me com uma cópia dos originais do livro que acaba de lançar, “Arqueologia – Estudos & Pesquisas”, para fortuna dos que se dedicam e até se martirizam com esses estudos ou dos que, como eu, se extasiam diante dos seus mistérios.

O primeiro capítulo me assombrou: “Para ler Steve Mithen, uma introdução à arqueologia cognitiva”. Eu teria de ter o mínimo de especialização para prosseguir. E quem trata do assunto como “mistério”, como acabei de fazer, de que modo se iniciar a ponto de fazer um juízo da matéria do livro?!

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O prefácio é do Prof. PhD Josemir Camilo de Melo, que disserta sobre Mithen com alguma demora, levando o leitor aos cânones de uma ciência de poucos. Mas essa viagem não é fácil aos menos iniciados que vão se sentindo discriminados, carentes de uma abordagem mais aberta. E aí vem a introdução do próprio autor, dando o caminho das pedras, dizendo a que veio, com quem se pegou e o seu próprio pensamento.

E assim, com a dificuldade de leigo, vamos encontrar o antropólogo, o estudioso de espírito científico, que foi aperfeiçoar sua ciência entre os melhores para dedicar-se ao patrimônio arqueológico paraibano. Punido pelo regime de 1964, já iniciado em Antropologia, fez do seu exílio um pretexto para o aprofundamento dos estudos.

É um versátil, um universalizado, esse paraibano há anos dedicado ao tema do livro que ora nos oferece. Há dez anos, tendo vivido na Alemanha, não perdeu a oportunidade de projetar a Paraíba no que ela tem de mais representativo. Pôs nas mãos do leitor alemão, reduzido que tenha sido o número, uma antologia de Augusto dos Anjos por ele selecionada, com tradução de Helga Reeck e edição da SEC, na gestão de Ângela Bezerra de Castro, então subsecretária.

Seu ensaio sobre a escritura neolítica da Pedra de Ingá alinha-se a uma tese, a de dividir a pré-história por períodos e não por regiões, tendência esta considerada por ele “esquemática e estéril”. Sustenta que “houve no Brasil pré-histórico a geometrização da arte rupestre, isto é, uma significativa escritura neolítica.” E conclui com apoio de outros estudiosos: “A escritura do Ingá é semelhante a muitas escrituras geométricas do Neolítico”.

Proveitoso mesmo é entrar no livro, por mais leigo que seja o leitor. *Publicado no Jornal O Norte em 21 de maio de 2008.

A Pedra do Ingá está sem guia turístico!

NO INÍCIO DA GESTÃO de Manoel da Lenha a frente da prefeitura de Ingá, em janeiro de 2013, o jovem Antônio Marcos (Marquinhos) foi novamente efetivado como guia turístico aos visitantes da Pedra do Ingá, onde se manteve até novembro do ano passado e teve de abandonar o posto por falta de pagamento de seu salário. Desde novembro a Pedra está sem guia, o visitante é acompanhado por algum funcionário da Secretaria de Turismo, quando algum deles está por lá, e quando não tem ninguém o visitante vai sozinho ver o monumento, sem monitoramento e acompanhamento. Isso é preocupante, porque o visitante pode ser um vândalo e, sem ninguém para acompanhar, pode danificar a Pedra.

Marquinhos foi treinado em meados de 2009, fazendo parte de uma turma de 05 estudantes que cursaram a formação organizada pela então Sub-Secretária de Turismo Karla Rafaela com a colaboração do confrade Dennis Mota. Da turma de estudantes, Marquinhos é o único que ainda atua como guia. É obrigação da Prefeitura zelar pelo patrimônio do município, se não puder ser um guia deve haver ali pelo menos um zelador permanente que acompanhe os visitantes e possa coibir ou denunciar qualquer dano à Pedra, mas este deve receber em dia seus salários, pois é também obrigação da prefeitura cumprir com a folha de pagamento de seus funcionários.

MMaarrqquuiinnhhooss aaoo llaaddoo ddee GGiillvvaann ddee

BBrriittoo -- SSPPAA

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Em Picuí, alunos estudam arqueologia

DURANTE O ANO DE 2014 os alunos da Escola Estadual Professor Lordão, Picuí/PB desenvolveram, com a orientação do confrade Professor Robson Rubenilson, projeto de iniciação científica voltada para a arqueologia. A escola participa do Programa Ensino Médio Inovador – ProEMI e se destaca pelas prática pedagógicas inovadoras premiadas nacional e internacionalmente.

Com o título: “Um passado ameaçado” o projeto de arqueologia teve como objeto de estudo o Sítio Arqueológico Cachoeira do Pedro na cidade de Picuí. O sitio fica a 6 km da cidade e possui cerca de 13 painéis em inscrições muito semelhantes as da Pedra do Ingá.

O grupo de estudo composto pelos alunos Edmundo Rodrigo, Ítalo Natã, José Djalisson, José Gustavo e coordenado pelo professor Robson tinha como objetivo analisar as ameaças ao sítio em questão.

Durante a pesquisa bibliográfica, os alunos estudaram outros sítios arqueológicos da Paraíba utilizando-se das obras dos professores Juvandi Santos, Thomas Bruno Oliveira e Vanderley de Brito. As pesquisas de campo se concentraram no Sítio Cachoeira do Pedro e Pedra do Ingá. As pesquisas revelaram que, apesar dos cuidados que a família proprietária do sitio mantém, ainda são presentes as marcas da interferência humana decorrentes das visitas, além da ação das mineradoras, garimpos e a pecuária na região.

O Projeto “Um passado ameaçado” já participou de dois eventos de divulgação científica, sendo um no Instituto Federal de Educação da Paraíba – IFPB: Feira de Ciências e outro na Universidade Federal de Campina Grande – UFCG: III Feira Regional de Ciências do Curimataú.

AAlluunnooss ddoo PPrroojjeettoo nnoo SSííttiioo CCaacchhooeeiirraa ddoo PPeeddrroo--PPiiccuuíí -- RRoobbssoonn

SSííttiioo CCaacchhooeeiirraa ddoo PPeeddrroo--PPiiccuuíí -- RRoobbssoonn

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Visita à Pedra de Santo Antônio

NO DIA 11 DE JANEIRO, o confrade Thomas Bruno Oliveira esteve visitando a Pedra de Santo Antônio, localizada no município de Fagundes-PB. A Pedra é um marco religioso desde fins do século XIX e recebe uma infinidade de turistas e devotos do “Santo Casamenteiro”.

Além de monumento católico, a Pedra é um sítio arqueológico de inscrições rupestres e faz parte do enclave arqueológico existente na Serra de Bodopitá, que em 2006 foi trabalhado no livro ‘A Serra de Bodopitá: pesquisas arqueológicas na Paraíba” de autoria de Vanderley de Brito, Juvandi de Souza Santos e Thomas Bruno Oliveira.

O lugar onde estão as inscrições há muito foi ocupado pela fuligem das velas

acesas pelos romeiros, dano praticamente irreversível àquelas pinturas rupestres na coloração vermelha. Uma das últimas ações no lugar foi a inserção de uma estrutura de cimento para que as velas possam ser acesas, distante das inscrições, o que não impediu que fiéis burlem as recomendações e acendam os pavios na própria pedra.

AAcceessssoo aa PPeeddrraa ddee SSaannttoo AAnnttôônniioo -- SSPPAA

AAcceennddeeddoorr ddee vveellaass nnoo aacceessssoo àà PPeeddrraa -- SSPPAA

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Descoberta fóssil em Aroeiras-PB

Por Taísa Araújo

Geógrafa, Professora da rede municipal de Aroeiras NA SEMANA PASSADA (dia 12 de janeiro) foram encontradas em uma lagoa

localizada na propriedade do Sr. Lúcio Araújo, no sítio Quatro Cantos, Aroeiras-PB, fósseis de um animal pré-histórico. Uma equipe da Universidade Estadual da Paraíba foi acionada para que pudessem dar as coordenadas acerca do que deveria ser feito.

Estiveram presentes no local, afim de observar do que se tratava o achado, o professor Pós-Doutor História/Arqueologia Juvandi de Souza Santos, o mestre Thomas Bruno Oliveira (SPA), o acadêmico Denis Mota (guia turístico das Itacoatiaras do Ingá e artista plástico da equipe – também da SPA), o professor de História, Izaias Silva e a professora de geografia Taísa Araújo, ambos professores do município.

Esta primeira visita teve apenas um caráter observatório, já que esse material está sob proteção legal Decreto-Lei 4.146 de 1942 que dispõe sobre a proteção dos depósitos fossilíferos :“Artigo 1º - “... os depósitos fossilíferos são propriedade da Nação, e, como tais, a extração de espécimes fósseis depende de autorização prévia e fiscalização do Departamento Nacional da Produção Mineral, do Ministério da Agricultura.” Conforme o que indica a lei já foram enviados documentos ao IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) a fim de obter a autorização necessária para que as pesquisas possam ser iniciadas e assim identificar a existência e classificação do material encontrado.

Com vasta experiência no assunto o professor Juvandi Souza acredita ser uma preguiça gigante de uns 7.000 mil anos, um animal de paladar muito exigente muito comum aqui na Paraíba. Esse animal viveu na época Pleistocênica no período Quaternário, que ocorreu entre 2 milhões de anos a 11(ou 8) mil anos A.P. (Antes do presente). Outra importante característica do Pleistoceno são os episódios mais recentes das glaciações ou idades e/ou era do gelo. É bom salientar que as áreas tropicais do planeta não foram tão impactadas pelas glaciações, no entanto, essas áreas também sofreram impactos que resultaram em mudanças climáticas satisfatórias e, por conseguinte, na extinção de inúmeras espécies da megafauna plestocênica, motivo este

LLaaggooaa PPlleeiiss ttooccêênniiccaa ddoo SSííttiioo QQuuaattrroo CCaannttooss -- SSPPAA

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que pode ter ocasionado a morte dos animais que podem ser encontrados na lagoa em nossa região. Os indícios é que não é apenas um animal já que há uma repetição de ossos do mesmo tipo. Também existe no local material que aparenta ser de diferentes espécies. Qualquer confirmação só será possível se outras partes dos animais forem encontradas para estudos. Porém, pelo que já se viu não há dúvida que aquelas terras foram habitadas por animais pré-históricos.

Esse achado tem um importante valor científico e para a história do nosso município e, assim que as pesquisas forem feitas, é fundamental que a comunidade e o poder municipal peçam o repatriamento das peças(volta do material para o nosso município), já que estas deverão seguir para estudos na Universidade mas, por lei elas nos pertencem, e isto e por isso devemos

nos preparar para poder recebê-las novamente pois, só permitirão o repatriamento se o município oferecer um lugar que possa receber tais materiais com segurança. Vale salientar que todas as ações que poderão ser realizadas demandam tempo, muitas vezes anos para que se chegue a um resultado, além de dinheiro para aquisição de materiais e para a própria pesquisa, porém nós, cidadãos aroeirenses, desde já, devemos nos preparar para ter conosco o que nos pertence. Vamos juntos apelar ao poder municipal para que ele dê total apoio a esta pesquisa bem como se comprometa a trazê-las de volta ao seu lugar, para que assim possamos ver e deixar em nossa terra um espaço que permitirá que nossas futuras gerações tenham conhecimento da Pré-história e nesse espaço expor também artigos que marcaram a nossa evolução histórica, afinal a cultura é fundamental para um povo.

LLaaggooaa PPlleeiiss ttooccêênniiccaa ddoo SSííttiioo QQuuaattrroo CCaannttooss -- SSPPAA

FFóósssseeiiss eennccoonnttrraaddooss ccoomm oo rreevvoollvviimmeennttoo ddoo ssoolloo -- SSPPAA

DDeettaallhhee ddaa LLaaggooaa PPlleeiiss ttooccêênniiccaa -- SSPPAA

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Urnas funerárias são encontradas em Cuité-PB

NA MANHÃ DO DIA 13 de janeiro, Josenildo Ribeiro da Silva que trabalhavam na construção de uma casa, próximo ao Bairro do Tambor, em Cuité/PB tev um grande susto. Ao cavar o quintal para a construção de uma cisterna, cerca de meio metro de profundidade, os pedreiros se deparam com um barulho estranho e quando observaram, perceberam que se tratava de um crânio humano. Parte do esqueleto estava em um pote, enterrado no terreno. Diante do achado, a Secretaria Municipal de Cultura informou o achado ao IPHAN e publicizou em seu blog.

A Polícia Civil de Cuité esteve no local e constatou se tratar de uma ossada humana. Alguns ossos foram extraídos da "cova", mas parte dele aguardou a chegada da Perícia Técnica para ser removida.

A Perícia Técnica esteve em Cuité e confirmou que a ossada era humana e ao invés de uma ossada foram encontradas duas. Os peritos acreditam se tratar de restos mortais de indígenas, devido as características dos potes em que os corpos se encontravam. O caso agora deve ser repassado para Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da UEPB que já agendou uma expedição em conjunto com o IPHAN.

Imagens divulgadas na internet pela Rádio Cuité FM

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Visita à Pedra do Ingá

NO DIA 15 DE JANEIRO, o confrade Thomas Bruno Oliveira foi convidado pela historiadora Profa. Joana D’arc Bezerra de Souza para ser guia em uma visita à Pedra do Ingá com sua família, a turma de visitantes foi composta por 15 pessoas (dentre crianças e adultos) que não conheciam a Pedra do Ingá. As crianças só conheciam por meio de seus livros didáticos e naturalmente estavam ansiosas pelo momento.

A visita durou aproximadamente duas horas e muitos questionamentos foram feitos. A Pedra do Ingá é o monumento natural mais visitado do Estado da Paraíba, são inúmeros turistas em todos os dias da semana que escolhem o lugar para deleite e reflexão.

TTuurrmmaa ddee vviiss iittaanntteess -- SSPPAA

AA jjoovveemm MMaarriiaa EEdduuaarrddaa aassssiinnaa oo lliivvrroo ddee vviiss iittaass -- SSPPAA PPeeddrraa ddoo IInnggáá -- SSPPAA

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Serra Branca terá um Instituto Histórico e Geográfico

O MUNICÍPIO DE SERRA Branca, localizado no Cariri paraibano, terá em breve sua casa de memória. É que intelectuais da cidade estão organizando a criação do Instituto Histórico e Geográfico de Serra Branca - IHGSB, uma iniciativa do historiador Prof. José Pequeno (Zezito) e colaboração de diversas personalidades como

Berilo Ramos Borba e sua esposa Maria Auxiliadora Borba, Prof. Juarez (Juca), Prof. Sérvio Túlio, Zé Heleno, Ariosvalber Oliveira, Moisés Alves, dentro outros, como afirma Prof. Zezito “o Instituto deve ser formado por intelectuais e sobretudo por gente do povo”.

O confrade da SPA Thomas Bruno Oliveira foi convidado para contribuir com o projeto e esteve na cidade

participando das atividades. Na manhã do dia 10, houve uma grande mesa redonda na rádio Ind. FM 107.7 com a mediação do locutor Júnior Queiroz. Foram três horas de conversas e esclarecimentos à população, que participou ativamente através de mensagens e ligações. Todos foram convidados para a reunião ordinária às 19h30 na Escola Estadual Vasconcelos Brandão.

Durante a tarde, Prof. Zezito organizou uma visita à sede da antiga Fazenda Serra Branca, nas cercanias da cidade, acompanhado do Berilo Borba, Thomas Bruno, Ariosvalber Oliveira e Moisés Alves. A visita teve o objetivo de fazer um diagnóstico do estado deste patrimônio histórico da cidade, uma das ações fundantes do Instituto e um marco na ocupação da região.

Às 19h30 houve uma concorrida reunião no pátio da Escola Vasconcelos Brandão, contando com professores, historiadores, artesãos e muitos entusiastas da história e cultura da cidade. Representando a municipalidade, tivemos a Secretária de Educação Maria José Bezerra e o vereador Paulo Sérgio, houve a fala de muitos e o clima de emoção tomou conta de todos os presentes o tempo todo. “É muito interessante quando utilizamos a história para reafirmar os laços e proporcionar o exercício da cidadania. É isso que estamos vendo aqui em Serra Branca, a população envolvida em um projeto de resgate e preservação de sua memória, como é bom poder participar disso. Agradeço ao Prof. Zezito a honra de poder contribuir como um projeto tão interessante”, afirmou o Prof. Thomas Bruno Oliveira.

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Na reunião, foi escolhida uma comissão para afinar o Estatuto e foram dados todos os esclarecimentos necessários. Apesar de ainda não criado, o IHGSB está em atividade, Prof. Zezito reuniu um grupo de jovens para a produção de um gibi e um cordel acerca da história da cidade. A reunião de fundação do Instituto será provavelmente no início de março e já conta com o apoio do Instituto Histórico e Geográfico do Cariri, através do seu Presidente Daniel Duarte Pereira e do Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba, através do Presidente Joaquim Osterne Carneiro.

CONVITES - EVENTOS

Instituto Histórico e Geográfico Paraibano - IHGP

Fundado em 7 de setembro de 1905 Declarado de Utilidade Pública pela Lei no 317, de 1909

R. Barão do Abiaí, 64 - CEP 58.013-080, Centro, João Pessoa - Paraíba/Brasil Fone/Fax: 83 3222-0513 – site na internet: www.ihgp.net – E-mail: [email protected]

O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (IHGP), Historiador Joaquim Osterne Carneiro, tem a honra de convidar Vossa Excelência e família, para Sessão Solene em homenagem póstuma ao Historiador Rômulo de Araújo Lima, que ocupou a Cadeira Nº. 40, que tem como Patrono Luciano Jacques de Morais. Em nome do IHGP fará o uso da palavra o Historiador Carlos Alberto Farias de Azevedo, ocupante da Cadeira Nº. 11, que tem como Patrono Manuel Octaviano de Moura Lima. Data: 13 de Março 2015 às 17:00 horas Local: Sede do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano Rua Barão do Abiaí, 64 - CEP 58013 – 080 João Pessoa PB Fone (83) 3222-0513

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Nova Consciência 2015

JÁ NA MANHÃ do dia 14 de fevereiro, haverá o VIII Encontro da Sociedade Paraibana de Arqueologia. O evento contará com a mesa redonda ‘Discutindo o Patrimônio Histórico’, com as seguintes comunicações: Análise da Preservação do Patrimônio cultural diante das atividades econômicas de um município: O caso dos estacionamentos, condomínios, empreendimentos e instalações comerciais de Campina Grande. Apresentado pela confreira Mali Pereira Trevas Silva; O Capitólio, ruínas da cultura campinense, pelo Presidente da SPA Erik Farias de Brito e A Pedra do Ingá como patrimônio histórico paraibano, pelo confrade Vanderley

de Brito. A mediação da mesa será feita pelo confrade Thomas Bruno Oliveira. O evento será realizado no próximo sábado de carnaval (14/02/15) a partir das 09h da manhã no prédio da antiga Faculdade de Administração da UEPB (prédio por trás dos Correios) e integra o grande evento Encontro da Nova Consciência, que realiza sua 24ª edição.

– Mapa de atuação da SPA em Janeiro de 2015 –

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