SOBREPOSTA N.º 17 N.º 17 N.º 17 N.º 17 ———— MARÇO MARÇO MARÇO MARÇO ———— 2009 2009 2009 2009

BOLETIM INFORMATIVO

DA ASSOCIAÇÃO SOCIAL E CULTURAL DE

SOBREPOSTA

Direcção: Manuel Ribeiro Mendes Redacção: Fernando Marques Mendes

Severino Domingos Mendes Fernandes E-mail: mendesmuro@gmail.com

Sobreposta brincou ao Carnaval e Ninguém levou a Mal

Cumprindo a tradição (e porque a vida são dois dias!), a Associação tomou, novamente, a seu cargo a organização da festa carnavalesca. É uma manifestação cultural, completamente espontânea, onde todos podem dar largas à sua imaginação e capacidade crítica sobre si próprios e sobre o mundo envolvente, dentro dos limites do civismo e do respeito para connosco e para com os outros. À maneira do ano anterior, constitui-se um grupo de jovens liderado pelo António Ribeiro Guimarães. Se nos esquecermos de alguém, pedimos desculpa. Estou a lembrar-me da Susana Araújo Lopes, da Helena Isabel Silva Rodrigues, do Abílio Fernandes Macedo Alves, do Raul Marques da Silva, do Martinho Ribeiro Guimarães e do Daniel José Silva Freitas. A estes jovens se deve o êxito da Festa de Carnaval.

O Desfile O desfile teve início no largo da igreja paroquial e foi encabeçado por dois cavaleiros e um numeroso grupo de Zés Pereiras vindo da freguesia de Duas Igrejas e que fora contratado para o efeito. Os cavalos, os bombos e as caixas marcaram o ritmo de uma caminhada de cerca de três horas, percorrendo a freguesia desde Ranhó a Sandim, passando pelo Outeiro, Monte e Pedregal, até terminar no largo da Capela de S. Tomé. Como parte do percurso foi feito na Estrada Nacional nº 309, a patrulha de GNR desempenhou um papel fundamental no sentido de evitar prejuízos para a livre circulação dos automobilistas e, portanto, para a garantia e manutenção dos direitos cívicos de todos. Ao Posto da GNR do Sameiro e, especialmente, ao seu Comandante, os nossos agradecimentos. Continua na página 4

Páscoa 2009 O Tempo Quaresmal está a chegar ao fim e o dia

de Páscoa está já aí.

Este ano os Mordomos da Cruz são Domingos

Ferreira Pereira, em Sobreposta e José Freitas

Gonçalves, em Lageosa

Sem que conheçamos todos os

pormenores inerentes ao dia

festivo, apela-se a toda a

população que colabore no

engrandecimento da festividade e

participe.

A todos desejamos Santa e

Feliz Páscoa.

Novas Oportunidades APRENDER COMPENSA

O Processo começou há um a n o . A A s s o c i a ç ã o S o c i a l e Cultural de Sobreposta não podia deixar passar esta oportunidade para facilitar o

acesso dos nossos conterrâneos a outros patamares de escolaridade.

Continua na página 2

Página 2 BOLETIM INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO S. C. SOBREPOSTA - N.º 17 . MARÇO 2009

O Ramiro Quem não conheceu o Ramiro, na segunda metade do século passado, na aldeia de origem, Lageosa, ou numas várias léguas em redor?! Oriundo de uma família humilde e respeitada, bem parecido e alimentado, de estatura acima do mediano, desde pequeno que enveredou pela profissão de sapateiro, tornando-se, mais tarde, num empenhado e perfeito artista, ensinado pelo irmão Alfredo, que era dono de uma

oficina, na frente com um terreirozinho, a que duas velhas e grandes oliveiras davam sombra, junto da estrada nacional. Em criança foi vítima de uma doença grave e prolongada, talvez uma meningite, que lhe deixou sequelas profundas para o resto da vida. Era um bom-serás, amigo de ajudar e bastante pretendido pelas moçoilas. Senhor de uma potente, harmoniosa e bela voz, cantava afinadinho, sendo muito alegre e jovial. Apreciava umas boas e copiosas pingas, que, imensas vezes, o faziam andar de gatas e dormir umas sonecas em locais impróprios e pouco confortáveis. Casou e foi pai de três filhos, um rapaz e duas gémeas, tendo conhecido a felicidade e os fracos bafejos da Sorte. Enviuvou cedo e não mais se consorciou, embora se badalasse (e ele assumia), que era pai de uma menina, filha de mãe solteira. Depois que o irmão encerrou a oficina e emigrou para França, passou a alimentar a preguiça, dando tiros permanentes no trabalho e vivendo de habilidades. Também acabou por ir parar a Toulouse, mas, após um período reduzido, certamente a rebentar com saudades, tendo recebido uns francos de salário, que lhe permitiram pagar a viagem de comboio, sem avisar os familiares, que o haviam chamado e acoitavam, desertou para Portugal, com os bolsos vazios como quando partira. Não era voz corrente que praticasse o roubo, mas cultivava uma forma delicada para extorquir uns cobres das carteiras alheias, sempre que se lhe deparava uma ocasião e a necessidade a isso o obrigasse, utilizando uma bem elaborada e convincente persuasão e fiado paleio... Aliás, mentia desalmadamente, realizando-se um milagre quando se lhe apanhava uma verdade! De qualquer maneira, nas arquitectadas e modestas burlas em que se envolvia, não era exigente, e muito menos violento, bastando-lhe algo que resolvesse problemas imediatos ou a curto prazo. E então, poder-se-ia desfiar um rosário infindável de peripécias, que ilustravam o seu dia-a-dia: hoje, em Braga, amanhã, em Chaves, depois, em Lamego, no Porto, em Cabeceiras de Basto, em Coimbra, em Viana do Castelo... Era, como se depreende, um Judeu errante, isto é, gostava de mudar de ares, pois não aguentava muito tempo no mesmo sítio, sem eira nem beira, conquanto possuísse casa própria no cimo da freguesia. As queixas apareciam aos montes, mas as autoridades respondiam que nada podiam fazer, porque o Ramiro não roubara, apenas procedera habilmente... (...) Constava que há tempos o seu paradeiro era no Porto. Um certo dia, de táxi, apareceu na casa da irmã e madrinha e, ao despedir-se, abatido e com a cara lavada por sinceras lágrimas, vaticinou que estava convencido tratar-se da última digressão ao torrão natal. De facto, volvido nem um mês, foi encontrado morto, de uma forma inesperada e em circunstâncias misteriosas, que nunca foram apuradas, sem quaisquer sinais de agressões, em Vila Nova de Gaia, debaixo de um autocarro... Transportado para o Instituto de Medicina Legal da capital nortenha, foi reconhecido pelos filhos e levado a sepultar, com toda a dignidade, no cemitério de Sobreposta, onde repousa em jazigo de família.

Outubro de 2003 José Fernandes da Silva

Novas Oportunidades APRENDER COMPENSA

Continuação da página 1 Fizemos um acordo de parceria com a Aiminho, primeiro, e com a Escola Secundária Alberto Sampaio, depois. As inscrições e manifestações de interesse foram às dezenas quer de Sobreposta, quer de Pedralva e Espinho. O processo está em pleno andamento. Vinte e sete

a d u l t o s , d i s t r i b u í do s p o r d u a s turmas, estão a m e i o d o processo para poderem ser c e r t i f i c a d o s com o 9º ano

de escolaridade. A entidade formadora é o Centro Novas Oportunidades da Aiminho. Entretanto, 30 candidatos à certificação do 12º ano começaram em Janeiro o processo de avaliação diagnóstica. Neste caso, a entidade formadora é o Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária A l b e r t o S a m p a i o . N e s t e momento já sabemos que 13 desses adultos vão iniciar o processo de RVC no próximo dia 3 de Abril, 3 optaram por se candidatarem a exame para completar o 12º ano e 14 vão frequentar um curso EFA que lhes conferirá as competências necessárias para a certificação de 12º ano. Quer o processo RVC, quer o curso EFA decorrerão em

Sobreposta , por força da parceria e do acordo de c oope ra ç ão entre a Escola S e c und á r i a A l b e r t o Sampaio e a Associação.

Por sua vez, os candidatos ao 6º e 9º anos que foram reencaminhados para o curso de Educação e Formação de Adultos (cerca de 20) tiveram já uma reunião, em 12/03/09, com o professor Guilherme Barbosa, coordenador dos cursos EFA na EB 2/3 de Gualtar, que se fez acompanhar do prof. Moura da Delegação da DREN de Braga. Foi explicado aos interessados a importância de aproveitar esta oportunidade de formação e valorização pessoal. Caso haja candidatos, formar-se-ão duas turmas: uma para certificação do 6º ano e outra para certificação do 9º ano. As aulas funcionarão em Sobreposta (sala a indicar pela Associação) e em horário pós-laboral. Temos ainda algumas vagas, sobretudo, para o 6º ano. Caso conheça alguém interessado poderá contactar a Associação.

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A Associação no combate ao insucesso escolar Como é do conhecimento geral, a nossa Associação foi convidada, no início do ano lectivo, a participar no Conselho Geral do Agrupamento Vertical de Escolas da Nascente do Este. Temos procurado desempenhar a nossa missão nesse órgão escolar de forma digna e positiva. Além dessa participação institucional, temos sido chamados a colaborar em projectos escolares que a escola e os seus professores apostam em desenvolver para melhor servir os objectivos da comunidade escolar. É assim que estamos a colaborar em projectos de combate ao insucesso e abandono escolares. Reuniões com os pais em Abril O nosso contributo consistirá em desenvolver um conjunto de actividades destinadas aos Encarregados de Educação das crianças das freguesias de Espinho, Pedralva e Sobreposta, para que estas desenvolvam competências parentais que, por sua vez, incutam nos seus educandos um conjunto de competências que favoreçam o sucesso escolar. Por outro lado, pretendemos intervir junto dos alunos que concluem a escolaridade básica obrigatória (9º ano) e respectivas famílias, no sentido de lhes facultar toda a informação possível quanto às possibilidades de desenvolvimento do seu percurso escolar, para que tomem as opções mais conscientes. Objectivos da acção junto dos pais • Promover a prevenção do abandono e do insucesso escolar, envolvendo toda a comunidade educativa.

• Proporcionar aos Encarregados de Educação as competências necessárias que favoreçam a integração plena na escola dos seus educandos, especialmente daqueles que se encontram em risco de abandono e / ou insucesso.

• Proporcionar informação quanto às diferentes vias de ensino após a conclusão da escolaridade obrigatória. Trata-se de uma actividade alicerçada no “Projecto Educativo” do AENE e nos Estatutos da Associação Social e Cultural de Sobreposta,

dimensionado de sobremaneira para as famílias cujos educandos denunciam situações de insucesso ou risco de abandono. Estimular a relação Escola-Família As famílias desta área geográfica, de um modo geral, dão pouca importância à escolarização das suas crianças e crêem mesmo numa qualquer fatalidade que as remete para profissões socialmente menos qualificadas, com a sua consequente baixa auto-estima. Desta forma, a população cria um sentimento de divórcio face à escola que urge combater. Pretendemos Encarregados de Educação atentos e preocupados com a assiduidade dos seus educandos, motivando-os para a importância da escolarização, da permanência na escola bem como para a melhoria da auto-estima de educandos e encarregados de educação. Resultados a atingir Pretende-se incutir nos Encarregados de Educação competências para intervirem com autoridade junto dos seus educandos no sentido de que os alunos aperfeiçoem conhecimentos e aptidões, aumentem a sua capacidade para tomar decisões, de trabalhar em equipa, promovendo espaços de desenvolvimento social e pessoal. Em conclusão: Com as actividades que planeámos realizar queremos contribuir, decisivamente, junto dos nossos alunos e dos pais e encarregados de educação para • -Valorizar o papel fundamental da Escola como pólo de aprendizagem do Saber ser e do Saber estar. • Aumentar as expectativas sociais, culturais e profissionais dos alunos e respectivos encarregados de educação. • Desenvolver experiências que favoreçam o crescimento sócio-afectivo da comunidade. • Promover a plena integração dos alunos e dos encarregados de educação no meio e vida escolares.

Carlos Coelho/Fernando Mendes

Recolha do Património Oral A nossa Associação, dentro do espírito de colaboração que nos norteia e do prestígio que passo a passo vamos conquistando, tem em vista o estabelecimento de um protocolo / projecto com a Direcção da licenciatura em Música da Universidade do Minho, sobretudo ao nível da cadeira de Etnomusicologia, para a recolha e divulgação do património oral. Trata-se de, no âmbito do trabalho académico que os alunos desta cadeira têm de desenvolver, proceder à recolha das tradições orais (ou seja, aquelas tradições que passaram de geração para geração por boca e nunca foram escritas). Os estudantes vão escutar as pessoas mais idosas e pedir-lhes que contem o que sabem sobre cantigas, histórias, lendas, rezas, tradições, lengas-lengas, etc. Para nós e para a Universidade do Minho, um idoso é um Livro de Sabedoria. Queremos abrir esse livro e aprender. Quando este Boletim chegar às suas mãos já teremos tido uma reunião de trabalho (agendada para dia 29 de Março) com a Directora daquele curso, Professora Doutora Elisa Lessa, para acertarmos pormenores que serão oportunamente divulgados. Este projecto é mais um passo para o cumprimento de um dos objectivos da nossa Associação: a recolha do património oral desta região. Carlos Coelho/Fernando Mendes

IRS Caros familiares e amigos, O Estado permite que 0,5% do impostor liquidado reverta a favor de uma Instituição Particular de Solidariedade Social. Para isso, na sua declaração de IRS, basta preencher no Anexo H Quadro 9 Campo 902 Entidades beneficiárias: Inst. Particulares de Solidariedade Social... Art.º 32º, nº 6 Denominação - Associação Social e Cultural de Sobreposta NIPC - 507176529 Colabore com a Associação.

Fernando Mendes

(Presidente da Direcção)

BOLETIM INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO S. C. SOBREPOSTA - N.º 17 . MARÇO 2009 Página 4

Sobreposta brincou ao Carnaval e Ninguém levou a Mal Continuação da página 1

O lanche Passava das cinco horas da tarde quando o cortejo chegou a S. Tomé com mascarados, gigantones e outros “artistas”, ainda cheios de fôlego para continuar a folia. Entretanto, ali, a organização convidou todos os participantes a refazer as forças e ceder um pequenino espaço para os “pecadinhos” da gula e da intemperança. Por generosa oferta da Ex.ma Junta de Freguesia, foi servido um suculento e bem regado lanche. Tudo à descrição: febras grelhadas, barriguinhas, pão, vinho de Ponte de Lima, cervejas e refrigerantes. Em nome de todos e da organização, em particular, um grande OBRIGADO à Junta de Freguesia.

Os casamentos À noite, pelas 21,30 horas, o povo voltou a acorrer em direcção ao Largo do Monte. O programa estabelecia para essa hora e local dois acontecimentos: Os Casamentos e o Fogo de Jardim. E assim aconteceu. À hora marcada começa o diálogo entre dois casamenteiros (ou alcoviteiros): um estava de pé em cima da paragem de autocarro, junto à Casa do Muro; o outro estaria no quintal da casa do António Guimarães. O diálogo, ampliado por velhos funis, durou cerca de uma hora e, durante todo esse tempo foram proclamadas, perante todos, dezenas de “parelhas”. Seria impossível enumerar, aqui, todos os casamentos anunciados. A

título de exemplo e contando com o sentido de humor dos “acasalados” aqui vai: – Eh, Compadre! – Diga, Compadre! – E o Dominguinhos do Monte? Com quem o havemos de casar, compadre? – Oi, compadre, precisa de mulher nova! – É verdade, compadre. Nova e experimentada nas coisas da vida! – Sim, compadre. Pois vamos casá-lo com a Sameiro da Bouça. – Boa ideia, compadre. Um grande casamento. Que sejam felizes para sempre. E assim continuaram as dezenas de casamentos pela noite fora. Procuramos saber se algum dos casados foi, no dia seguinte, fazer o respectivo registo. Parece que ninguém foi. Assim, para o ano, terão os alcoviteiros de lhes arranjar outros noivos e noivas. Fogo de Jardim A noite acabou com uma queima e rebentamento do Entrudo,

estrategicamente enforcado no campo do José Araújo. No mesmo sítio foi feita uma grandiosa sessão de fogo de jardim que deixou em silêncio, por cerca de 30 minutos, as centenas de pessoas que estavam a assistir. Foi, de facto, uma sessão de fogo memorável que fez ainda mais belos os céus da nossa terra e que tem de nos deixar agradecidos a todos os que (empresas ou particulares) generosamente contribuíram para que isto fosse possível. Os jovens da comissão organizadora e, especialmente, o seu líder – António Guimarães – bateram a muitas portas e todos, de acordo com as suas posses, ajudaram a concretizar este evento. A todos eles: Muito Obrigado!

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Memórias de criança Manhã de Domingo. Tempo chuvoso, com boas abertas. Veio-me à ideia fazer um passeio por carreiros e caminhos que, em tempos da minha infância, percorri guardando o gado da casa de meus pais. E, logo no alto do monte chamado “As Minas” verifiquei grandes mudanças. Talvez devido aos incêndios, os eucaliptos tomaram conta das encostas, quer as voltadas para Lageosa, quer as voltadas para Briteiros. O mato, com as suas flores amarelas, desapareceu Lembrei os carvalhos dos Caniços com as duas nascentes de água onde nos entretínhamos a regar belos pauis ou a imaginar moinhos e azenhas. Descendo um pouco mais, ali estava o velhinho tanque do Muro, semi-aterrado. Era a deliciosa “piscina” dos pequenos guardadores de vacas que ali se refrescavam e aprendiam a dar as primeiras braçadas. Seguindo os trilhos dos motoqueiros que frequentam agra esta zona para as suas aventuras, cheguei à poça da Retorta. Era o “nosso mar”, sem areia mas com um esplêndido paul hoje ocupado por mimosas e eucaliptos que dificultam o acesso a essa grande levada cuja água, antes de regar os campos de Briteiros, emprestava a sua força para mover mais de 15 moinhos de rodízio que hoje, lamentavelmente, se encontram em ruínas e constituem já um grave prejuízo patrimonial, praticamente irreparável. O mesmo pode acontecer com os moinhos de Portuguediz e outros com enorme prejuízo para todos. Enquanto noutros países de fazem escavações para desenterrar o passado, aqui o passado é deixado ao abandono e, assim, se vai enterrando parte da nossa história. Que é feito das dezenas de moinhos de rodízio e da história dos nossos moleiros, dos agricultores e das suas culturas de pão e de linho e dos respectivos utensílios, das tecedeiras e dos seus teares, dos serrinhas e dos seus pontais e burros, dos carpinteiros e dos carros de bois, dos ferreiros e das suas forjas de fole, etc., etc.

Ainda nos resta algum tempo para que tamanha riqueza patrimonial não se perca de todo. Importa, rapidamente, escutar os mais velhos, registar as suas memórias e aprender a valorizar o passado. Esta Associação está verdadeiramente empenhada em não deixar morrer nada que nos identifique como povo digno da herança cultural legada pelos nossos antepassados. Estes parques molinológicos serviam as povoações de Espinho, Sobreposta e Pedralva. Fazem parte, portanto, da história destas três freguesias. Apelamos aos nossos autarcas e aos movimentos cívicos da zona para que se impeça, enquanto é tempo, o desaparecimento definitivo e irremediável destas memórias.

Alberto Silva Março/09

Viagem a Lourdes e Andorra

O ano passado não foi possível organizar a viagem a Lourdes e Toulouse por dificuldade de alojamento. Como havíamos prometido aos nossos associados de Toulouse que iríamos organizar ali um convívio, um grupo de dirigentes da Associação, acompanhados pelo Presidente da Junta deslocou-se a Toulouse e a Festa aconteceu com cerca de uma centena de conterrâneos ali residentes. Para este ano, temos já garantida a viagem e o alojamento por uma reputada agência de viagens. Se houver um mínimo de 45 pessoas, aproveitaremos os feriados de 10 (4ª feira - dia de Portugal) e 11 (5ª feira - dia do Corpo de Deus) de Junho e regressaremos no Domingo seguinte (dia 14), prontinhos para o trabalho na 2ª feira Convívio em Toulouse A viagem culminará com um alegre jantar de convívio com os nossos familiares e amigos residentes na região de Toulouse. Toda a gente sabe que residem nessa região

dezenas de conterrâneos, muitos dos quais são nossos associados. À semelhança do ano passado todos eles vão ser convidados a participar, no dia 13 de Junho, neste encontro de saudade e de amizade. A todos vamos tentar levar os cheiros e os sabores da nossa terra.

Foto do convívio de 2008

Rádio Companhia Virtual (Toulouse)

Horário das emissões de Manuel Marques (via

Net):

Todos os dias (Domingo a 6ª feira), das 8,00 às 10,00 horas

Aos Sábados, das 12,00 às 14,00 horas

Para ouvir as emissões do nosso conterrâneo basta abrir, dentro daquele horário, o sítio da Net:

www.radiocompanhiavirtual.com

Se pretender enviar uma mensagem ou qualquer informação para o Manuel Marques, utilize o

seguinte endereço de correio electrónico: radiocompanhiavirtual@hotmail.com

Toda a vida tem um preço

Olhando a natureza à nossa volta, vemos que a Primavera e o Verão são precedidos pelo Outono e Inverno. Nestas duas últimas estações do ano, a natureza despe-se das vestes festivas da Primavera e do Verão e entra num período de repouso, que mais parece de morte. A verdade, porém, é que ela

se enche de vida e de forças tais que ao chegar uma nova Primavera acontece uma explosão de vida e de alegria. Uma sinfonia de cor e de beleza perfumada, a que não falta sequer a música, na melodia das aves que esvoaçam no imenso azul dos céus. É a festa da vida que a todos contagia. Tenho a sensação de que nada acontece sem que a dor esteja primeiro. Senão vejamos: O agricultor entra na vinha de tesoura em punho e, num aparente excesso de loucura, corta sem complacência, restando, apenas, uns quantos troncos e alguns ramos nus a chorar. De igual modo entra no campo, rasgando e esventrando a terra, antes de lançar-lhe a semente que, muitas vezes, tira da sua boca. Só assim poderá mais tarde colher, por entre cantos de alegria, e regressar à eira com os carros carregados de espigas. Também a mulher, antes de poder, enternecida, abraçar e estreitar o filho junto do coração e de lhe contemplar os olhitos que a observam, num embevecimento mútuo, teve de sofrer as dores da maternidade. Mas porquê todo este arrazoado? Para dizer, apenas, esta coisa tão simples: Sem uma quaresma plenamente vivida não será possível sentir e viver a alegria pascal. Precisamos de parar e reflectir e de cortar as amarras que nos impedem de voar para a terra da liberdade. Temos de olhar frente a frente, face ao nosso Deus, o único verdadeiramente livre, para nos darmos conta do abismo em que caímos e dos laços que nos impedem de caminhar. Na verdade, só diante de Deus podemos fazer a experiência do pecado e tomar consciência da abismo em caímos e da necessidade da conversão e do perdão. Contudo, o que vemos e ouvimos no nosso dia a dia? Eu não tenho pecados; não mato nem roubo. Até parece que S. João está enganado quando afirma: “Aquele que diz não ter pecados é mentiroso”. A experiência dos santos diz-nos que só contemplando a divindade o homem se descobre pecador. Pedro depois da pesca milagrosa exclama: Afasta-te de mim Senhor que sou um homem pecador. Vivemos num tempo em que longe de nos deixarmos julgar pela palavra da verdade eterna de Deus e da Igreja, Esposa amada de Cristo, somos nós que nos tornamos juízes dessa Palavra desvalorizando-a e rejeitando-a. Diz-se, que ao longo da história, esta Igreja Santa é composta de homens pecadores que a arrastam no pecado. Todavia ela sempre foi capaz de se regenerar, precisamente porque sempre se confrontou que a Palavra da verdade que a reconduziu à santidade e ao projecto de Deus. Hoje pomos de parte a luz e preferimos as trevas, pois que também as nossas acções são obscuras e até por vezes tenebrosas; daí a nossa fraqueza e incapacidade de seguir a Cristo. Temos de cortar as amarras que nos prendem; preferimos a vaidade à simplicidade e humildade, a mentira à verdade, o ter ao ser, o poder ao servir. Tudo isto tem desviado e arrastado o homem da fidelidade a Cristo à fidelidade do mundo e àqueles que são do mundo, negando Deus e a Igreja ou, pelo menos, desvalorizando o absoluto de Deus, relativizando-o. Vivemos num mundo em que o que conta é o ter, o poder e o prazer. Um mundo global em que o homem se despersonaliza e não sabe quem é nem o que quer. Nega-se a si próprio para ser um com os outros. Se nos dizemos cristãos temos que nos colocar no seguimento de Cristo, Mestre e de fazer a vontade do Pai. “Pai que se faça a Tua vontade e não a Minha”.

BOLETIM INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO S. C. SOBREPOSTA - N.º 17 . MARÇO 2009 Página 6

Creio que isto nos mostra a necessidade do perdão e da confissão. Não tenhamos medo e escutemos o brado que o profeta Isaías dirigia ao seu povo e nós também: “Lavai-vos e purificai-vos, afastai dos meus olhos a malícia dos vossos corações. Deixai de praticar o mal e aprendei a fazer o bem: respeitai o direito, protegei o oprimido, fazei justiça ao órfão, defendei a causa da viúva… ainda que os vossos pecados sejam como o escarlate, tornar-se-ão brancos como a neve”. Mais grave que o pecado é não o reconhecer e a incapacidade de pedir perdão. Foi isto que diferenciou Pedro de Judas. A certeza de que Deus ouviu os gritos do seu povo mergulhado não já na escravidão do Egipto, mas do pecado, foi o facto de na plenitude dos tempos nos ter enviado o Seu próprio Filho, que assumiu a nossa humanidade e os nossos pecados e por nós se ofereceu ao Pai como vítima resgatando-nos do pecado e da morte. Assim, nos é oferecida a possibilidade da reconciliação com Deus e com os irmãos. O sacramento da reconciliação recebido com as disposições que lhe são inerentes como o arrependimento e o propósito de emenda, significam que aceitamos a reconciliação que Deus nos oferece em Jesus Cristo Nosso Senhor. É por isso que Paulo exclama: “Se Deus é por nós, quem será contra nós? Ele, que não poupou o próprio Filho, mas O entregou por todos nós”… “Quem acusará os eleitos de Deus? Deus, que os justifica? Quem os condenará? Cristo Jesus, que morreu, e ainda mais, que ressuscitou, Ele que está à direita de Deus e que intercede por nós?” E conclui perguntando mais uma vez:”Quem poderá separar-nos do amor de Cristo?”... Dizendo: “criatura alguma poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus Nosso Senhor?”. Esta é a certeza que nos impulsiona e arrasta de casa em casa a manifestar a nossa reconciliação. É a harmonia de uma nova criação que está em curso, se consciente e responsavelmente vivermos a nossa morte para alcançar a vida. De todo o coração, estejais onde estiverdes, desejo-vos uma Páscoa Feliz em Cristo morto e ressuscitado.

P. Zé do Muro

BODAS DE OURO Alberto Novais (nosso associado) e Clementina da Silva Vaz, actualmente a residirem na Rua Senhora da Conceição, em Sobreposta, completaram, em 20 de Dezembro de 2008, cinquenta anos de casados. Tão importante data na vida deste

simpático casal não podia passar despercebida e por isso foi dignamente comemorada com uma celebração litúrgica na Igreja de Sobreposta, momento também vivido com a celebração do Natal dos idosos da Paróquia de Sobreposta.

Participaram ainda nesta celebração os filhos e netos do casal que se deslocaram de França para viverem estes alegres e felizes momentos com seus pais e avós. Para este “jovem” casal vai a nossa admiração pelo exemplo que são para os casais ainda mais jovens, os nossos parabéns por estes 50 anos vividos em união, vencendo tantas e tantas dificuldades e os votos das maiores felicidades na companhia de seus filhos e netos. A Associação Social e Cultural de Sobreposta e, certamente, toda a comunidade, felicitam o senhor Alberto Novais e Clementina Vaz.

A melhor máscara

GRUPO DE JOVENS ORGANIZOU BAILE DE CANAVAL

Pelo terceiro ano consecutivo, o Grupo de Jovens de Sobreposta organizou o baile de Carnaval, este ano em 23 de Fevereiro. Esta actividade tinha como principal objectivo proporcionar a todos os habitantes de Sobreposta e freguesias vizinhas uma noite diferente e divertida. Serviu também para mostrar um pouco o que é o Grupo de Jovens e a forma como actua, tentando assim motivar outros jovens da freguesia para integrarem este grupo. No decorrer do baile realizou-se um concurso, de forma a eleger a melhor máscara. O Grupo de Jovens, aproveita a oportunidade para agradecer a colaboração de todas as pessoas que ajudaram, entre outros, o senhor Luís Gonzaga que, gentilmente, cedeu o espaço necessário para que esta festa fosse possível.

Festa de Natal /08

A Festa de Natal para os nossos maiores (de idade) já se transformou numa tradição em Sobreposta. Por ocasião da quadra natalícia, o Centro Social Paroquial, a Junta de Freguesia, com a colaboração logística do Grupo de Jovens a que se junta a experiência

profissional do restaurante Colombo II, organizam um Almoço/Convívio para o qual convidam os cidadãos reformados da freguesia. Este ano (2008) realizou-se no dia 20 de Dezembro. Desta vez, os participantes eram tantos que foi necessário procurar, e adaptar para o efeito, um espaço maior – o pavilhão gimnodesportivo. Para proteger o chão do salão, a Junta investiu na aquisição de um resguardo em alcatifa que, de futuro, permitirá a utilização deste equipamento desportivo para outras actividades. O almoço/convívio foi presidido pelo Rev. Padre Artur, ladeado por membros da Junta de Freguesia, da Comissão Fabriqueira, da Direcção do Centro Social e da Associação Social e Cultural de Sobreposta.

Como referimos, todo o serviço de mesa foi garantido, com grande jovialidade e sentido de serviço, pelo Grupo de Jovens a quem prestamos a mais justa homenagem. Depois da refeição, o Pároco, além de fazer uma curta alocução para desejar a todos um Natal de Paz e de Cordialidade Fraterna, fez questão de se deslocar pelo salão e cumprimentar os presentes e com cada um trocar palavras de acolhimento. A tarde foi animada com a presença dos já históricos e insubstituíveis “Amigos de Sobreposta” e a nossa campeã de dança, D. Lúcia “moleira”.

A Páscoa em Sobreposta Continuação da página 8

Depois de 1974, recuperada a cidadania e a liberdade, sempre que possível tento estar cá para festejar este momento da vida da aldeia, tão especial e cheio de tradições que não existem em França. É um dia sempre cheio de alegria e boa disposição, em que aproveitamos para estar no meio das pessoas com quem convivemos menos vezes. Por razões de carácter familiar que a maior parte dos meus conterrâneos e amigos conhecem, há três longos anos que não vinha cá passar a Páscoa e este ano vou aproveitar ao máximo para matar saudades junto dos meus familiares e amigos. Aproveito, então, esta ocasião para desejar a todos uma feliz Páscoa. Votos de muita saúde”.

Fernando Ferreira Rodrigues (Residente em Mourenx)

Ao Fernando Rodrigues e a todos os emigrantes – aos que vieram à terra e aos que não puderam vir – enviamos o nosso abraço e desejamos que tenham uma Feliz Páscoa.

BOLETIM INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO S. C. SOBREPOSTA - N.º 17 . MARÇO 2009 Página 7

ASSOCIAÇÃO SOCIAL E CULTURAL DE SOBREPOSTA

JÁ SOMOS QUASE 300 ASSOCIADOS.

SE AINDA NÃO PERTENCE A ESTA

ASSOCIAÇÃO, DE QUE ESTÁ À ESPERA?

A Páscoa em Sobreposta

N o c a l e n d á r i o d a s festividades religiosas, destaca-se o Natal e a Páscoa. O Natal é uma festividade com um carácter íntimo e muito vivido no seio fami l i a r , apesa r das celebrações litúrgicas e do aproveitamento comercial à volta das prendas. A reunião da família ocupa o lugar central desta festa. Por sua vez, a Páscoa é uma festa muito comunitária e, por força da tradição da Visita Pascal às casas dos paroquianos, o ambiente festivo está nas ruas, vendo passar o “compasso” e entrando nas casas uns dos outros para voltar a beijar a cruz e, no fim, partilhar as bebidas, petiscos e doçarias que cobrem a rica mesa da Páscoa. Para além do Verão, é nestas quadras festivas que os nossos conterrâneos que vivem longe, no país ou no estrangeiro, regressam para o reencontro com as famílias, com os amigos e colegas de escola e com as tradições que lhes moldaram a alma. A liberdade política, o direito à livre circulação de pessoas no espaço da União Europeia e a melhoria das vias de comunicação facilitam as deslocações dos que residem fora, mesmo os que residem noutros países da Europa como a França, o Luxemburgo, a Suíça, etc. Por isso, é com grande alegria que vemos, nesta época de Páscoa, a presença de muitos emigrantes a quem saudamos e a quem desejamos umas boas férias. Quando estávamos a pensar escrever esta nota, encontramos o Fernando Rodrigues, residente numa vila do Sul da França a quem pedimos um testemunho sobre a razão da sua vinda à terra nesta época. Escreveu o seguinte: “Emigrado há 45 anos em França e natural de Sobreposta, a Páscoa é sempre uma ocasião de recordar a minha terra. Durante os primeiros dez de emigrante, de 1964 a 1974, só me foi possível fazê-lo em pensamento, porque como tinha saído clandestino não me era permitido regressar ao meu país sem correr o risco de ser preso e enviado para a guerra colonial.

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Junta de Freguesia de Sobreposta Obras A Junta de Freguesia prossegue o seu plano de melhoria e requalificação de alguns caminhos e espaços públicos. Assim, por informação do senhor Presidente da Junta, sabemos que as obras de requalificação no loteamento de Sandim, tal como o alargamento e pavimentação do caminho de Pedrogos/Cernandes estão em fase de conclusão. Em Lageosa, trabalha-se no arranjo urbanístico do largo do Souto, criando-se ali – bem no centro da povoação – um espaço

de lazer e convívio. Quanto ao largo do Monte, também em Lageosa, aguarda-se para breve a

aprovação do projecto para iniciar as obras. A vizinhança aguarda com ansiedade o fim daquela nódoa que, há tantos anos, nos envergonha a todos: um monte de sucata e um ar de abarracamento no centro da povoação e num dos lugares míticos das gerações mais velhas – a Mercearia e Vinhos de Augusto Mendes. O Presidente da Junta disse-nos, também, que está em condições de poder afirmar que a construção do novo Campo de Futebol vai avançar em breve e a obra ficará concluída antes do fim do presente ano. Uma boa notícia para toda a freguesia e para o F.C. de Sobreposta, especialmente. Passeio a Fátima Sob organização da Junta de Freguesia, realizar-se-á, no dia 10 de Maio próximo, um passeio a Fátima. Recorda-se que o dia 10 de Maio é um Domingo. Para este passeio a Junta convida todos os reformados da freguesia. A viagem é gratuita e os interessados deverão fazer a sua inscrição na Sede da Junta, o mais depressa possível. Esta iniciativa a favor da população mais velha justifica-se pelo respeito que todos devemos àqueles que já cumpriram uma longa carreira de trabalho e sacrifícios e que, por isso, merecem ser acarinhados por toda a gente, em geral, e pelas instituições públicas, em particular. Sendo assim, a Junta de Freguesia renova o convite: Se é reformado, inscreva-se já. 2ª Mostra das Freguesias de Braga De 30 de Abril a 3 de Maio, próximos, realiza-se no centro da cidade de Braga (Praça da República e Avenida Central) a 2ª Feira/Mostra das freguesias do concelho. Cada uma das 62 freguesias do concelho terá um stand próprio onde poderá fazer a divulgação das actividades desenvolvidas a favor do desenvolvimento da qualidade de vida e do bem-estar social, da promoção da cultura e do desporto, da preservação do património e do desenvolvimento económico e social Esta Feira/Mostra deverá ser ainda uma oportunidade para que cada freguesia divulgue, junto de toda a população do concelho e dos visitantes em geral, as suas tradições, usos e costumes. O stand de Sobreposta (tal como os stands das demais freguesias) será o espelho da nossa terra e, por isso, a Junta apela à colaboração de todos para enriquecer o mais possível esta Mostra. Assim, se possui algum documento, fotografia ou objecto que considere representativo da nossa cultura, da nossa tradição ou do nosso património, dirija-se à Junta de Freguesia e disponha-se a cedê-lo, a título de empréstimo, para figurar nesta Feira. Colabore.

BOLETIM INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO S. C. SOBREPOSTA - N.º 17 . MARÇO 2009 Página 8

Visita Pascal de 19.04.1987

Jardim de Infância de Sobreposta

Com o objectivo de enriquecer os horizontes e as vivências culturais das crianças, o Jardim de Infância de Sobreposta tem vindo a desenvolver e a proporcionar actividades culturais diversificadas. Na festa de Natal o espectáculo de Teatro apresentado por um

grupo profissional, foi um momento mágico e único partilhado com as crianças do 1º ciclo de Sobreposta. Com o espectáculo Musical que assistiram no auditório da Exponor em Fevereiro, tiveram a oportunidade de conhecer um novo espaço cultural. Em ambos, as crianças viveram momentos de sonho com as personagens e com as suas músicas, maravilharam-se com os cenários, com o ambiente envolvente e com a mensagem da

universalidade dos sentimentos e das emoções. A visita de estudo ao Pavilhão da água no Porto e a visita à Feira do Livro do Agrupamento proporcionaram experiências de aprendizagem e de conhecimento muito enriquecedoras para todas as crianças. Na última, tiveram a oportunidade de conhecer e de falar com a escritora de livros infantis: Maria do Céu Nogueira. Para a concretização destas actividades, tivemos a colaboração dos encarregados de educação, de algumas empresas locais e da junta de freguesia que têm colaborado financeiramente para ajudar a custear as mesmas.

As educadoras

Dia da Mulher

O Dia da Mulher foi, mais uma vez, celebrado em Sobreposta. Mais de meia centena de meninas e senhoras reuniram-se num jantar de confraternização no Restaurante Carreira de Tiro. O núcleo organizador foi o nosso Grupo de Ginástica, liderado

pela enfermeira Zilda Ribeiro, membro da Direcção da Associação e sua tesoureira. Juntaram-se ao grupo outras mulheres (solteiras ou casadas) para celebrar o direito à

igualdade e à paridade, conquistado com muita dor e debaixo de muitas humilhações a uma sociedade histórica e

sociologicamente dominada e controlada pelos homens. Durante o jantar, alguns membros (masculinos) da Direcção da Associação deslocaram-se ao restaurante para saudar as convivas e entregar um postal de Homenagem à Mulher, propositadamente criado para o efeito, e reflecte a figura da

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BOLETIM INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO S. C. SOBREPOSTA - N.º 17 . MARÇO 2009 Página 9

Festa de Natal com as crianças do jardim de infância e do 1º ciclo

Feira do Livro do AENE com a escritora Maria de Céu Nogueira

BOLETIM INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO S. C. SOBREPOSTA - N.º 17 . MARÇO 2009 Página 10

EM SOBREPOSTA

Baptizados

Duarte Filipe Vieira Anunciação, filho de Matias Novais Anunciação e de Maria de Fátima Lima Vieira.

Falecimentos

- Em 21 de Março de 2009, Maria Luísa Vieira, com 79 anos e que no Pedregal

Novos Associados Damos as boas vindas aos novos associados: 252 – Maria Nívea Macedo Pinto - S.Vitor - Braga 253 – Edgar Mário Almeida Oliveira - Suiça 254 - Pedro Samuel Ramos M. Mendes - Linda-a-Velha 255 - Elisabete Maria Costa e Silva - Sobreposta 256 - António Carlos R. Teles de Castro - Sobreposta 257 - Maria Cândida Sá Rodrigues - S. Martinho do Campo 258 - Hilário Fernandes Lopes - Pedralva 259 - Narciso Xavier da Cunha - Sobreposta

SORTEIO A Direcção da Associação continua a sortear entre os associados, um almoço ou jantar para duas pessoas que será oferecido pelo Restaurante CARREIRA DE TIRO, situado em Sandim - Sobreposta. O feliz contemplado foi, desta vez, o associado n.º 177 – José Joaquim

Marques, residente em Sobreposta, que deverá contactar a Direcção da Associação para proceder ao levantamento da credencial que lhe confere direito ao almoço ou jantar para duas pessoas. Parabéns e bom apetite.

PASSEIO EM SANDIM Quem circula junto ao loteamento de Sandim, depara-se com um novo passeio ao longo da estrada nacional. Uma obra essencial para a segurança de quem costuma realizar esse trajecto a pé. A estrada nacional tem cada vez mais trânsito e o número de camiões está também a aumentar, o

que tornava esse percurso muito arriscado. Certamente uma pequena mas muito importante obra. Não sabemos se estará concluída. Parece que não, já que falta colocar o abrigo da paragem do autocarro. Fica ainda um pequeno alerta para os responsáveis já que não se vêem rampas para cadeiras de rodas ou carrinhos de bebé, um aspecto importante de acessibilidade que poderá ainda ser reparado e tido em conta em futuras obras. Já agora porque não se pensa em passeios para peões ao longo de toda a estrada e até no seu alargamento, particularmente entre as rotundas de Espinho e de Sobreposta?

Dia da Mulher Continuação da página 9

Mulher como a fonte da vida, conforme o significado expresso no desenho e no poema. Eis a sua reprodução:

Durante o dia 8 de Março, membros da Direcção da Associação percorreram todas as moradas das associadas de Pedralva, Sobreposta e Espinho e entregaram em mão ou deixaram na caixa do correio um outro postal que a seguir reproduzimos:

Lamentamos não ter podido, em tempo, enviar esta saudação, via correio, às nossas associadas residentes fora, no país ou no estrangeiro. O nosso pedido sincero de desculpa e, junto com este Boletim, segue um cartão de homenagem, também, a essas nossas Associadas. Estamos convencidos que o mundo seria bem melhor se o seu governo fosse mais partilhado pelas mulheres. Por isso, deixamos aqui um apelo a que as mulheres da nossa terra intervenham, cada vez mais, nos movimentos cívicos e exerçam a sua plena cidadania.

SER MULHER Rasguei a máscara que me sustinha E do meu peito de mulher nasceram ondas. Toquei alto o horizonte cruzei vagas de poente Estive perto e estive ausente. Lutei contra o amor pelo amor. E nos confins do sol estarei presente, a chama mais alta que o poente porque sou mulher e sou nascente… Maria José Balancho 8 de Março—Dia da Mulher Homenagem da Associação Social e Cultural de Sobreposta

ALMA DE MULHER Nada mais contraditório do que “ser mulher”… Mulher que pensa com o coração, age pela emoção e vence pelo amor. Que vive milhões de emoções num só dia e transmite cada uma delas num único olhar. Que exige de si a perfeição e vive inventando desculpas para os erros daqueles a quem ama. Que hospeda no ventre outras almas, dá a luz e depois fica cega diante da beleza dos filhos que gerou. Que dá asas, ensina a voar mas não quer ver partir os pássaros, mesmo sabendo que eles não lhe pertencem. Que se enfeita toda e perfuma o leito, mesmo que seu companheiro não perceba mais tais detalhes. Que como uma feiticeira transforma em luz e sorriso as dores que sente na alma, só pra ninguém notar. E ainda tem que ser forte, para dar os ombros para quem neles precise de chorar. Feliz do homem que por um dia souber, entender a alma da mulher! Autor desconhecido 8 de Março—Dia da Mulher Homenagem da Associação Social e Cultural de Sobreposta

11 BOLETIM INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO S. C. SOBREPOSTA - N.º 17 . MARÇO 2009

Notícias de Pedralva A Sede da Junta Por informação do senhor Presidente da Junta, soubemos que em Abril irão começar as obras de requalificação da Sede da Junta de Freguesia. O edifício vai sofrer uma intervenção profunda de forma a torná-lo mais funcional e adaptado às necessidades da população e dos serviços a prestar. Entre outros aspectos, as obras incidirão na cobertura, na criação de uma sala para Biblioteca, na remodelação do palco do salão principal, na criação de novos gabinetes de trabalho e arranjos exteriores. Enquanto decorrem estes trabalhos, as Actividades extra-curriculares dos alunos do 1º ciclo passarão a funcionar na Escola de Cima (edifício da antiga escola). Por sua vez, os serviços da Junta e os outros serviços, funcionarão no edifício da Casa do Povo. A sede da Junta de Freguesia foi inaugurada em 1984. Já passaram, portanto, 25 anos. Novos tempos novas necessidades e é, pois, compreensível o investimento que se vai fazer para melhor servir a população de Pedralva. Outras obras Como já noticiámos no Boletim anterior, está prevista a realização de outras obras no decurso do presente ano e que se encontram em fase de projecto. Referimo-nos à requalificação de alguns caminhos e ao arranjo urbanístico do espaço envolvente da Capela do Espírito Santo. É ali que, todos os anos, se realiza a grande festa, de cariz religioso e popular, da freguesia de Pedralva.

A capela do Espírito Santo foi fundada no século XVIII, mais concretamente, no ano de 1726. Em 1984 sofreu obras de restauração e no ano de 2001 foi reconstruído o cabide (alpendre sobre a porta principal e sob o qual se encontra um belíssimo púlpito de granito).

EM PEDRALVA

Faleceu - Em 4 de Janeiro, Manuel de Araújo, de 75 anos, que residia na Travessa de Alvar

Notícias de Espinho

Orçamento e projecto de actividades para 2009 No ano económico de 2009, a Junta de Freguesia de Espinho dispõe de um orçamento global de € 750.888,00 para despesas correntes e despesas de capital. As despesas de capital previstas têm a ve r , e s senc ia lmen te , com a requalificação da rede viária da freguesia e outras obras como, por exemplo, o cemitério, a Sede da Junta e a EB1 do Salgueiral. Obras em curso No centro da freguesia desenvolvem-

se, neste momento, obras de alargamento do cemitério, arranjo da área envolvente paroquial e construção de um parque de estacionamento. Está em fase de conclusão o alargamento e pavimentação, em paralelo, da Rua da Poça da Prata. Também a Rua do Paço vai ser alargada e pavimentada em paralelo. Outras actividades Além de estarem previstas, no Plano para 2009, outras obras quer para melhoria da rede viária (Ruas do Bouço, do Ribeirinho, do Salgueiral, do Gatão, da Cachada, etc), quer para requalificação de equipamentos existentes (Escola EB1 e Sede da Junta), o mesmo Plano prevê o apoio da Junta às actividades educativas, às actividades de cultura, desporto e lazer, à defesa do ambiente e da qualidade de vida da população. O Plano manifesta, igualmente, todo o empenho do executivo junto de quem de direito para que a freguesia seja dotada, rapidamente, de infra-estruturas de saneamento público e de distribuição de água.

A lenda da lagoa das Sete CidadesA lenda da lagoa das Sete CidadesA lenda da lagoa das Sete CidadesA lenda da lagoa das Sete Cidades Era uma vez uma princesa muito bondosa que todos os dias dava um passeio pelo campo. Subia montes e descia vales. Um dia a princesa foi dar um passeio e viu umas ovelhas sem pastor e foi lá ver. Quando viu o pastor a dormir e disse: - Afinal têm pastor, estas ovelhas! Quando o pastor ouviu a princesa disse: - Quem és tu? E a princesa disse: - Eu sou a princesa deste reino. Depois os dois conversaram muito e combinaram encontrar-se todos os dias no mesmo sítio. Eles encontraram-se sempre no mesmo sítio e ficaram apaixonados. Porém quando chegou aos ouvidos do rei, este ficou muito zangado e disse: - Uma princesa apaixonar-se por um pastor? A princesa estava a ver que não havia remédio e pediu ao pai só para se despedir do pastor. Quando se encontrou com o pastor disse: - O meu pai não me deixa estar mais contigo. Temos que nos separar. A princesa começou a chorar. Com aqueles olhos azuis formou uma lagoa azul e transparente. O pastor também começou a chorar e com os seus olhos verdes formou uma lagoa esverdeada e transparente. A princesa e o pastor separaram-se mas as lagoas ainda hoje estão juntas. Resumo da Lenda elaborado pela Ana Filipa Monteiro Pereira (aluna da EB1 de Espinho)

Os membros da Junta (ao centro o Presidente, Sr. Joaquim Oliveira)

Desenho de José António A. Silva Leite (EB1 de Espinho)

BOLETIM INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO S. C. SOBREPOSTA - N.º 17 . MARÇO 2009 Página 12

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A ASSOCIAÇÃO SOCIAL E CULTURAL DE

SOBREPOSTA AGRADECE A TODAS AS FIRMAS A

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PÁSCOA FELIZ.