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Trimestral Nº 282 • 2018 Boletim Informativo dos Cooperantes

Boletim Informativo dos Cooperantes · princípios básicos pelos quais nos devemos reger para que as nossas produções de milho sejam satisfatórias e a quantidade de alimento produzido

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Boletim Informativo dos Cooperantes

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// LACTICOOP | EDITORIAL

Ficha TécnicaBoletim Informativo Redacção:

Av. de Oita, 7 r/c - Apartado 923810-143 Aveiro - EC AVEIROTelef. 234 377 280Fax 234 377 281

Coordenação:M. Fernandes da Silva

Tiragem:850 Exemplares

Periodicidade:Trimestral

Depósito legal:217931/04

Recepção de anúncios:Todos os textos, publicidade e imagens devem ser entreguesaté ao dia 15 de cada Mês.

Colaboraram neste número:Álvaro Correia André OliveiraFernandes da SilvaFernando TaveiraHenrique MoreiraHerminio CatarinoMário Cupido Execução Gráfica:

Creativelab, Branding StudioRua José Afonso 9, 3800-438 AveiroTlf.: 234 346 130 | [email protected]

ImpressãoLitoprintZona indust. 3 MarcosVale do Grou - Apartado343754-908 Aguada Cima-ÁGUEDATelef.: 234 600 330

Árvore do Mês - Paulóniapag. #4

Fertilização da cultura, Milhopag. #6

Cooperativa Agrícola do Bebedouropag. #8

Fórum – “ Leite – Produto Nacionalde Excelência”pag. #12

GEApag. #14

Fertinagropag. #18

Parceria MilkEEpag. #22

A Não Perder

Editorial

A produção e o consumo de leite em Portugal é um tema que tem vindo a estar permanentemente sobre a mesa da discussão sobre qual o futuro deste sector de actividade no nosso país.Do lado da produção intensifica-se a pressão no sentido

da melhoria do preço para a matéria-prima, acompanhando a evolução positiva do desempenho da economia nacional. Do lado da Indústria intensificam-se as preocupações na gestão de stocks na medida em que a produção continua a dar sinais de um forte crescimento que se tem revelado superior ao consumo de leite apesar dos recentes sinais positivos do consumo per capita.

O sector está assim confrontado com a necessidade de aconselhar alguma prudência aos produtores nacionais quanto ao aumento da produção principalmente nesta fase da primavera e verão, contribuindo assim para minimizar os excedentes de leite. No caso particular da Lacticoop, as entregas estão controladas e apresentam uma evolução em linha com as necessidades da indústria.

Paralelamente há que continuar a desenvolver acções tendentes à afirmação da qualidade do leite nacional, à semelhança do Fórum “Leite-Produto Nacional de Excelência” realizado no passado dia 3 de Abril na sede da Confragri em Lisboa, que contou entre muitas entidades com a presença de sua Excelência o Presidente da República Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, cujo desenvolvimento pode ser encontrado nas páginas centrais deste Boletim.

A melhoria do desempenho deste sector exige de todos os agentes envolvidos ao longo da fileira, um trabalho de cooperação estratégica, que proteja tendencialmente o leite que se produz no nosso país, dotado dos mais elevados padrões de qualidade e cujo rastreamento é efectuado desde a produção até ao consumidor.

O consumidor desempenha um papel fundamental e tem hoje ao seu dispor a identificação da origem do leite nas embalagens, por isso aqui fica um apelo: “Consuma o que é Nosso”!

Joaquim Maria de São José Cardoso(Presidente do Conselho de Administração da Lacticoop)

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// LACTICOOP | ARVORE DO MÊS// LACTICOOP | ARVORE DO MÊS

Q uando a sociedade ainda digere os incêndios do ano passado e políticos e técnicos avançam com promessas e hipotéticas soluções para remediar a catástrofe e prevenir outras semelhantes, o clima é

propício a exageros.

Tendo ardido principalmente revestimento vegetal, as espécies florestais, que não obstante os maus tratos de que são objecto ainda constituem importante parcela da nossa economia e parceiro relevante na preservação do meio ambiente, depressa passaram de vítimas a carrascos. Não nos cansamos de repetir que a diabolização de espécies como o eucalipto é uma atitude ignóbil e que o eventual endeusamento doutras, também não se defende. Todas as espécies merecem interesse competindo-nos apenas explorá-las de forma correcta. Também não se entende que num mundo cada vez mais global e aberto se pretenda, a todo o custo, reter as espécies nos territórios originais. Vem isto a propósito do mediatismo que a Paulónia tem merecido ultimamente, sendo desejável que se dê a conhecer a árvore cada vez mais.

O género Paulownia engloba 25 espécies conhecidas, sendo talvez a mais frequente – Paulownia Tomentosa – já considerada invasora no sul dos Estados Unidos onde foi introduzida como árvore ornamental.

Natural do norte da China e Coreia, há muito vem sendo cultivada na Ásia Oriental e principalmente no Japão. Um dos aspectos que hoje lhe confere tanta notoriedade é o comportamento perante os fogos. Resiste a temperaturas extremas (-17 a 45) e o seu ponto de ignição está acima dos 400º. Liberta 10 vezes mais oxigénio que qualquer outra árvore e consome mais de 27 kg de dióxido de carbono por dia. Rebenta facilmente de toiça após o corte e em condições

favoráveis esta operação pode ser repetida 7 ou 8 vezes.Talvez por isso se tenha estabelecido um paralelismo da árvore com a lendária Fénix, ave que renasce das cinzas e segundo a mitologia japonesa apenas nidificava sobre uma paulónia.

“Pétalas de flores invadem a sala colorindo o chão desnudo e vazio.

Notas de música ecoam Enchem o ar de esperança

Uma nova vida renasce das cinzas”

(Cristina Rocha)

Nome científico: Paulownia tomentosaNome vulgar: Paulonia, Kiri (Japão), Árvore-da-imperatriz, Árvore-da-princesa.Família: ScrophulariaceaeGénero: Paulownia

Características botânicas

Folhas: Caducas, pilosas, ovadas, pecioladas, de grandes dimensões (15 a 40 cm de diâmetro) dispostas alternadamente e opostas nos ramos. Em exemplares jovens podem aparecer mais anguladas e com 3 a 5 lóbulos.

Paulónia O milagre da Atualidade

Flores: Hermafroditas, tubulares, aromáticas, grandes e muito vistosas com tons violeta. Estão agrupadas em panículas grandes, piramidais e erectas cobertas de pelos castanhos. Entre nós aparecem a partir de Abril e antes das folhas.

Fruto: Cápsula seca de 3 a 4 cm, ovoide e pontiaguda que abre em duas valvas. No interior apresenta sementes pequenas e numerosos com uma asa estriada.Tronco: Direito, liso, sem nós, de cor cinzenta ou castanho-acinzentada e pode atingir 15 a 20 metros com crescimento muito rápido.

Perfil: Copa arredondada, ampla, conferindo-lhe o tamanho e a densidade da folhagem forte capacidade de ensombramento.

A designação para o género Paulownia foi atribuída em honra de Ana Pavlovna filha do Csar Paulo I da Rússia. Talvez daí ser também conhecida como a árvore-da-princesa. Na China as árvores-da-imperatriz eram plantadas, segundo a lenda, por ordem do imperador para que a nova imperatriz, acabada de nascer, pudesse dispor duma floresta de paulónias com boa madeira quando atingisse os 12 anos. Em Portugal a Paulónia foi introduzida como árvore ornamental via Japão por volta de 1830. De alguma forma a sua exuberante floração lilás com tons azuis e brancos faz lembrar o Jacarandá. Com o aparecimento da folhagem, o perfil da árvore torna-se mais denso e pesado, algo semelhante à Catalpa bignonioides principalmente pelo tamanho das folhas. As flores são muito procuradas pelas abelhas para recolha do néctar. As folhas são ricas em proteína e utilizadas frequentemente como forragem para animais. Mas é na madeira que reside o principal interesse desta árvore. Apesar de estarmos na presença duma das árvores conhecidas de crescimento mais rápido, a madeira é de muito boa qualidade, utilizada no Oriente para

marcenaria. Apresenta-se leve, forte, seca rapidamente e é difícil as tábuas aparecerem deformadas.

Os troncos são direitos e sem nós o que muito valoriza a madeira. A sua riqueza em taninos contribui para a boa conservação das peças produzidas sem ataques de caruncho ou insectos. No Japão a madeira é muito procurada para o fabrico de móveis, instrumentos musicais, acabamentos de aeronaves e barcos, pisos e equipamentos de exterior. Também é cultivada para a produção de biomassa e é utilizada para a produção de celulose em diversos países. Em ensaios realizados na Universidade de Aveiro em 2009 sobre o cozimento e branqueamento da pasta chegou-se a bons resultados.

Para produção florestal são recomendadas mudas obtidas por via vegetativa já que com os híbridos estéreis não se corre o risco de invasão desordenada do território. Para a produção de biomassa a plantação pode prever até 1600 plantas por ha e o corte pode ocorrer ao fim de 2 ou 3 anos. Para a produção de madeira não se deverá ir além das 600 a 800 plantas por ha e o corte pode ser feito depois dos 8 anos. Tanto num caso como noutro, na maior parte dos nossos terrenos, é conveniente garantir alguma disponibilidade de água de rega nos 2 primeiros anos.

Esta árvore poderá ser uma boa solução para alguns terrenos agrícolas abandonados. O seu crescimento rápido e a grande capacidade de regeneração após o corte que se pode repetir até 8 vezes, garantem o retorno do investimento inicial e um rendimento suficiente para fazer face às limpezas anuais.Que venha a Paulónia, que regresse a Fénix e com ela a renovação dos campos.

Mário Cupido

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// LACTICOOP | HYPRED

Várias vezes escrevi sobre este tema e temo ser repetitivo, todavia nunca é demais relembrar princípios básicos pelos quais nos devemos reger para que as nossas produções de milho sejam satisfatórias e a quantidade de

alimento produzido para os nossos animais seja de grande qualidade e em quantidade suficiente para alimentar o nosso efectivo o ano inteiro.

Fertilização.

Os macro nutrientes ou nutrientes principais, são extremamente importantes e por isso principais, para quem quer produzir qualidade e quantidade. O cálculo da quantidade de nutrientes a aportar deverá estar directamente relacionada com a análise do solo, com as características do híbrido e com a produção por nós desejada.

Esta prática, consiste em aplicar ao solo uma determinada quantidade de fertilizante, para neste caso específico, ao milho. O uso racional dos fertilizantes é fundamental para a produção e para a conservação de todos os recursos disponíveis. Refiro principalmente os económicos e ambientais.

Necessidades da cultura.

O ritmo e a quantidade de nutrientes variam ao longo do ciclo da cultura. Nos primeiros estádios, até ás 8 folhas as necessidades são mínimas, a partir deste altura a absorção intensifica-se gradualmente, sendo a fase de enchimento do grão a altura em que a planta está no seu máximo de absorção de nutrientes e baixando progressivamente até á maturação final. Naturalmente que a quantidade de nutrientes absorvidos pela planta não é igual em todas as fases. A planta absorve os nutrientes de acordo com as necessidades dos seus meristemas em determinado momento. Quando há deficit de nutrientes a planta manifesta essa deficiência ou carência através de cloroses e má formação meristematica.

Estudos revelaram que em média as extracções da cultura do milho são:

Azoto (N) 180 a 280 unidades.Fosforo (P2O5) 80 a 120 unidades.Potássio (K2O) 120 a 240 unidades.Magnésio (MgO) +- 80 unidades.Cálcio (CaO) +- 100 unidades.Enxofre (S) +- 20 unidades.

Outros micro nutrientes são necessários em quantidades mínimas mas, quando em carência podemos comprometer as produções esperadas.

Recordo apenas que o azoto aplicado de fundo e em cobertura é sempre susceptível a perdas por escorrimento, lixiviação, nitrificação e volatilização, dependendo da fonte do nutriente utilizada. Um dos factores mais importantes é aplicar este nutriente no momento mais correcto com a necessidade da cultura.

Ou seja azoto protegido de fundo, cobertura aquando joalheiro e se possível um pouco antes da polinização.Há uma grande evidência. É difícil calcular a adubação azotara em rigor, pois, como referido as perdas são grandes e variadas logo, adubação deve ser aproximada com as necessidades da cultura e nunca em excesso. Os excessos tornam a cultura cara e vulnerável a pragas e doenças. Futuramente a sociedade em geral sofrerá, como nas zonas vulneráveis, problemas ambientais vários.

Como corolário podemos com segurança afirmar:Para rentabilizar ao máximo os recursos disponíveis na nossa exploração, teremos que avaliar todas as vertentes técnicas referentes á cultura e ir ao mercado e escolher aquelas que melhor se enquadram com as nossas necessidades.Nós, poderemos dar o nosso modesto contributo, aconselhando o que julgamos melhor. é neste principio e critério que escolhemos os factores de produção oferecidos aos nossos clientes.

Se há um problema, tentamos encontrar solução, não hesite em consultar-nos.

Boas sementeiras e melhores colheitas.

Terra a TerraFernando Taveira

Fertilização da cultura, Milho

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// LACTICOOP | COOPERATIVA AGRÍCOLA DO BEBEDOURO// LACTICOOP | COOPERATIVA AGRÍCOLA DO BEBEDOURO

APONTAMENTO HISTÓRICO

O Pastor Mário Neves da Igreja Evangélica Presbiteriana ao chegar à Igreja do Bebedouro deparou-se com uma população que vivia essencialmente da agricultura de subsistência e em extremas dificuldades. Foi ele que em Julho de 1963 teve a ideia de criar um “Fundo de Auxilio Rural” com a ajuda da Igreja Reformada Holandesa e colocá-lo ao serviço dos pequenos agricultores, para quando precisassem de comprar uma vaca, um carro de bois ou qualquer alfaia ou utensílio agrícola e que posteriormente iam amortizando na medida das suas possibilidades.

Este projecto esteve na origem do aparecimento da Cooperativa do Bebedouro, havendo uma acta de uma reunião efectuada em Abril de 1964, onde constam os nomes dos membros da “Comissão Instaladora” José Jorge Fernando, Armando Amaro de Jesus e António Maria Neto.Com a saída do Pastor Mário Neves, sucedeu-lhe na função eclesiástica o Pastor José Manuel Leite, vindo de Lisboa, mas que já estava minimamente informado pelo seu antecessor das condições e características da população da região.Foi então com a sua acção e a vontade dos membros da Igreja Presbiteriana que em Fevereiro de 1968 viram finalmente aprovados os Estatutos da Cooperativa Agrícola do Bebedouro, que entretanto se abriu à comunidade local, independentemente do credo religioso a que as pessoas pertencessem.

Abriram a primeira loja da Cooperativa na parte de trás do edifício da própria igreja localizada no Bebedouro, onde eram comercializadas, sementes, rações, pesticidas e pequenas ferramentas agrícolas.

Segundo o testemunho do Pastor José Manuel Leite, a Cooperativa encomendou um vagão de adubo à CUF, que só podia estar um dia estacionado na estação de caminho-de-ferro de Arazede para ser descarregado. Como a Cooperativa não tinha meios para fazer a distribuição pelos agricultores,

foram estes com os carros de bois e até com carros de mão à estação carregar o seu próprio adubo e transportá-lo para as suas casas.

Foram também efectuadas reivindicações junto da Nestlé que era na época a entidade que recolhia o leite na localidade, exigindo melhores preços e o cumprimento dos prazos de pagamento do leite.

Cooperativa Agrícola do Bebedouro comemorou o seu 50º aniversário A Cooperativa já existia mas era necessário criar

algumas infraestruturas de logística, e tendo chegado ao conhecimento da Direcção da Cooperativa que estava à venda a Quinta de Nossa Senhora do Pranto, era necessário arranjar os fundos para a sua aquisição.

Foi então pela mão do Pastor José Manuel Leite e com os seus conhecimentos que recorreu à Junta Diaconal das Igrejas Protestantes Suiças e assim foi possível arranjar os 350 contos para aquisição da Quinta no lugar do Amieiro, onde vieram a ser construídos os edifícios da primeira sede e armazém da Cooperativa.

Registando-se uma evolução crescente na actividade da Cooperativa, principalmente nas décadas de oitenta e noventa do século passado, tornou-se necessário ampliar e modernizar as instalações, vindo a ser celebrado um acordo de parceria com a CUF que ali criou um grande armazém de distribuição de rações para toda a região, sob a orientação do Engº Arménio Figueiredo.

A adesão da Cooperativa à LACTICOOP só viria a acontecer dez anos após a sua fundação tendo iniciado de imediato as entregas de leite dos seus associados.

E estrutura produtiva leiteira assentava nos Postos de Recolha de leite, que mais tarde foram substituídos gradualmente pelas Salas Colectivas de Ordenha Mecânica. Com a introdução das Salas Colectivas os produtores conduziam as suas vacas duas vezes por dia das pequenas explorações até às salas de ordenha, o que provocava alguns transtornos às populações quer em termos de segurança rodoviária quer na questão ambiental devido aos dejectos deixados pelas vacas ao longo dos caminhos e estradas.A partir da década de oitenta iniciou-se um novo ciclo na estrutura produtiva com a disponibilização de fundos públicos, alguns dos quais a fundo perdido, para dar apoio à modernização das explorações, que permitiram que os produtores de leite crescessem em dimensão e pudessem instalar nas suas explorações o sistema de ordenha mecânica e o seu próprio tanque de refrigeração do leite, garantindo uma melhoria acentuada da qualidade da matéria-prima para além de melhorar substancialmente as condições ambientais para a população local.

Com a integração de Portugal na então Comunidade Económica Europeia (CEE), a produção de leite ficou sujeita às regras da Politica Agrícola Comum que foram determinantes para as transformações no tecido produtivo, em resultado da falta de competitividade das pequenas e médias explorações leiteiras.

Começaram por isso a desaparecer a maior parte das pequenas explorações leiteiras familiares, dando lugar a outras explorações de maior dimensão e mais especializadas e geridas como verdadeiras empresas do sector.

Muitos agricultores reconverteram as suas explorações para a produção de hortícolas dadas as características edafo-climáticas da região existindo hoje bons exemplos de unidades de produção desses produtos com particular destaque para a alface, couve, tomate, feijão-verde, courgete e produção de morangos, quer em estufas quer ao ar livre.

SESSÃO SOLENE DO 50º ANIVERSÁRIOA Direção da Cooperativa Agrícola do Bebedouro levou a efeito no passado dia 3 de Março uma Sessão Solene alusiva à comemoração do 50º Aniversário da Cooperativa, que contou a presença de muitas entidades convidadas entre as quais o Senhor Ministro da Agrícultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Dr. Luis Capoulas dos Santos para além um elevado grupo de associados que demonstraram a seu particular carinho pela Cooperativa.

Nesta sessão a Cooperativa homenageou um vasto leque de personalidades ligados à sua história, desde sócios fundadores, ex-dirigentes, trabalhadores e produtores de leite. De entre os homenageados destacou-se o Pastor José Manuel Leite, que se fez acompanhar pela excelentíssima esposa, à qual ele fez questão de agradecer o esforço e compreensão pela sua ausência junto da família, nos

José Marques (Presidente da Direcção da Cooperativa do Bebedouro)

Pastor José Manuel Leite ( Principal responsável pela constituição da Cooperativa Agrícola do Bebedouro)

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momentos em que graciosamente prestou os seus serviços em prol da Cooperativa e dos agricultores.

Usaram da palavra nesta sessão o Senhor Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Cooperativa Aurélio Rocha, o Pastor José Manuel Leite o administrador da Lacticoop senhor Carlos Dias Mota em representação do Presidente do Conselho de Administração da Lacticoop senhor Joaquim Maria de São José Cardoso, o senhor Presidente da Confagrí , Comendador Manuel dos Santos Gomes, Senhor Presidente

da Camara Municipal de Montemor-O-Velho Dr. Emílio Torrão, o senhor Presidente da Direcção da Cooperativa Senhor José Marques e finalmente o senhor Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Dr. Luis Capoulas dos Santos.

Numa breve síntese das intervenções há que realçar alguns aspectos:

O senhor Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Cooperativa fez alusão ao percurso da Cooperativa nos seus 50 anos de existência e destacou a importância que a mesma representou e ainda representa para a maioria das famílias de agricultores da sua área de influência.

Por sua vez o Pastor José Manuel Leite fez referência às dificuldades sentidas na fase da constituição e destacou o trabalho o espirito voluntário e gratuito do grupo de fundadores e primeiros dirigentes da Cooperativa.

Na comunicação proferida pelo senhor representante da Lacticoop, foi enaltecida a forma como a Cooperativa foi capaz de se adaptar à constante mudança das situações

conjunturais nas vertentes de caráter político, social e económica de cada momento. Referiu ainda que esta Cooperativa é um dos bons exemplos no universo das cooperativas agrupadas da Lacticoop.

O senhor Comendador Manuel dos Santos Gomes na qualidade de Presidente da Confagri, realçou a importância do sector Cooperativo na economia do nosso país, desde as Cooperativas Agrícolas de Base até ao sector bancário, através da sua rede bancária que se se encontra espalhada

no meio rural. Alertou para a necessidade da existência de Organizações Cooperativas fortes e unidas nos valores que defendem. A Confagri é disso um bom exemplo como parceiro social da maior importância para a agricultura nacional.

Por sua vez o senhor Presidente da Câmara Municipal Dr. Emilio Torrão começou por afirmar que o Concelho de Montemor-O-Velho é um concelho essencialmente agrícola, com actividades diversas em função das características naturais

de cada freguesia, destacando-se como culturas principais, o cultivo do arroz, a produção de batata e hortícolas, a produção de leite e também alguma floresta.Fez questão de realçar o trabalho levado a cabo pela autarquia em a promover PIER – Plano de Intervenção em Espaço Rural na freguesia de Arazede e que pode ser replicado noutras zonas através do emparcelamento de pequenas leiras de terra e floresta que permitem ordenar e criar dimensão para as explorações agrícolas sejam elas de que actividade forem e assim torná-las mais competitivas.O Presidente da Cooperativa Agrícola do Bebedouro Sr. José Marques começou por agradecer a presença das várias entidades convidadas, particularmente a do Senhor Ministro da Agricultura e afirmou que a presença de todos era muito gratificante e um testemunho de apreço para uma região que soube crescer de uma forma sustentada. Fez questão de realçar que é sua intenção que a Cooperativa continue a ter nos próximos cinquenta anos um papel fundamental no desenvolvimento sócio-económico da região.

Fazendo referência ao PIER (Plano de Intervenção em Espaço Rural) de Arazede José Marques teceu elogios ao executivo camarário por ter tido a coragem de tomar a iniciativa

Dr. Emílio Torrão ( Presidente da Camara Municipal de Montemor-O-Velho)

de fazer algo que possa ser o início de uma mudança nas condições do desenvolvimento da actividade agrícola.Drigindo-se ao senhor Ministro da Agricultura, fez questão de afirmar:

Senhor Ministro, “Não lhe queremos pedir milhões, queremos a vontade política para que nos ajude a transformar toda esta região que se distingue de outras zonas agrícolas, com um clima bastante favorável, um excelente solo, água em quantidade e com qualidade e ainda com alguns agricultores”.

Finalmente usou da palavra o senhor Ministro da Agricultura que afirmou ser uma honra estar presente na cerimónia, sendo esta bem representativa das capacidades demonstradas pelo movimento cooperativo e associativo, que alguns teimosamente continuam a querer denegrir e que não tem condições para vingar em Portugal, estando ali a prova do contrário através da vitalidade demonstrada por esta Cooperativa.

Falou ainda das principais prioridades do governo para este sector, particularmente a gestão da água e o regadio, o ordenamento florestal, o estatuto da agricultura familiar e não mais importante é conseguir uma boa negociação junto da União Europeia que permita obter os fundos necessários para continuar a apoiar a agricultora depois do actual quadro comunitário de apoio, ou seja após 2020.

Finalizadas as intervenções, foi encerrada a sessão solene seguindo-se um almoço no final do qual o Sr. Ministro descerrou uma placa alusiva ao cinquentenário junto da entrada principal da sede da Cooperativa.

Antes de terminar a sua visita o Senhor Ministro da Agricultura e demais entidades oficiais deslocaram-se ao PIER de Arazede que tem uma área aproximada de 150 hectares completamente desbravados e prontos a serem agricultados.

Para todos os que tiveram a oportunidade de estar presentes neste evento ficou uma certeza:

É possível continuar a fazer-se agricultura e agropecuária na região das Gândaras porque existem pessoas com capacidade e disponibilidade para o fazer.

M. Fernandes da Silva

Dr. Luis Capoulas Santos ( Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural)

Pub.

// LACTICOOP | COOPERATIVA AGRÍCOLA DO BEBEDOURO // LACTICOOP | COOPERATIVA AGRÍCOLA DO BEBEDOURO

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// LACTICOOP | LEITE – PRODUTO NACIONAL DE EXCELÊNCIA

mundo, da Europa, de Portugal e mesmo estruturais, com coragem, determinação e com sucesso.

O que aconteceu em geral no sector agrário aconteceu em particular no sector do leite. Este sector teve que enfrentar um desafio específico porque as regras mudaram, porque as políticas europeias mudaram e exigiram uma capacidade de resposta quase imediata. No sector do leite foi necessário fazer uma revolução e nós fizemo-la a tempo com a reorganização das empresas. É preciso estarmos conscientes que cada vez que nós mudamos os outros mudam também e a concorrência não desaparece.

Algumas dificuldades são de regras e tiveram que ser enfrentadas. Mais recentemente tivemos que travar uma luta, também ela complexa, por um novo regime jurídico que permitisse identificar o leite português, sem por em causa as regras comunitárias.

Existe uma guerra permanente dos produtores de leite que é produzirem mais quantidade, mais qualidade e produzir em melhores condições de competitividade. Mas existe também uma outra guerra que não é menos difícil, que é a afirmação dessa qualidade do produto perante quantos defendendo naturalmente os seus próprios produtos tenderão a minimizar o papel do leite.E foi aí que contactei pela primeira vez com a ideia deste Fórum. Foi há poucos meses que surgiu esta ideia, há aqui uma batalha a fazer, uma batalha de ideias uma batalha cultural, uma batalha de mentalidade, uma batalha que deve começar nas escolas, uma batalha que deve começar nas crianças e jovens, uma batalha que deve começar nas famílias e nas escolas. É por aí que começa a compreensão da importância do leite.

Falou-se logo em haver um encontro em que estivessem os produtores, mas que estivesse quem pudesse dizer, especialista em matéria de nutrição, o que não era verdade daquilo que se dizia contra o leite. Que estivesse também o que se faz e o que se pode fazer para tornar o leite mais próximo das portuguesas e dos portugueses.

É necessário afirmar a qualidade do que é nosso, apoiar e estimular os nossos produtores e a criação de emprego em Portugal, que é inseparável do crescimento da nossa economia nos mais diversos sectores.

Não estamos a defender o protecionismo comercial, não queremos estar a fechar Portugal á europa e ao mundo, não queremos é que por causa da abertura de Portugal à Europa

e ao mundo haja um complexo de inferioridade em relação à produção Portuguesa, à qualidade da produção portuguesa, à importância da produção portuguesa para a nossa economia e para o nosso emprego e portanto para a justiça social em Portugal.

Aqui no caso do leite em Portugal, este fórum serve para chamar à atenção para a capacidade de regeneração do sector. Havia uma evolução negativa nos últimos anos. Agora inverteu-se a evolução negativa de 2016 para 2017 e tudo indica de 2017 para 2018. Pode dizer-se que inverteu-se porque a economia cresceu, porque o aumento do poder de compra permite inverter em termos de consumo, mas

não basta. Houve uma chamada de atenção, uma aposta específica para este sector.Quero também aqui dizer que o Presidente está na primeira linha do combate pela produção portuguesa de qualidade. Não é uma luta contra ninguém, mas uma luta a favor do que nós produzimos e produzimos bem em qualidade e sempre que possível em quantidade. De pouco serve produzir se essa produção não for acompanhada da compreensão daquilo que se produziu. Os portugueses tem de saber da importância deste nosso combate, porque se trata de um combate nacional e a presença do Presidente da República neste Fórum também quer dizer isso mesmo”.

Em jeito de conclusão, há que referir a oportunidade da realização deste Fórum, o qual foi muito participado e manifestar publicamente em nome de todos os agentes da fileira do leite, o apoio dado por todas as entidades presentes á afirmação do leite e dos benefícios do mesmo para a alimentação e saúde humana.

M. Fernandes da Silva

No passado dia 3 de abril decorreu na sede da Confagri em Lisboa o Fórum – “Leite Produto Nacional de Excelência”, promovido pela Confagri em colaboração com a Fenalac, tendo presidido à sessão de abertura o Senhor

Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação Dr. Luis Medeiros Vieira.

No primeiro painel o Engº Fernando Cardoso, Secretário-Geral da Fenalac, efectuou uma apresentação sobre o tema “O Sector Leiteiro Português – Importância Económica e Social, onde teve a oportunidade de fazer uma retrospectiva sobre a evolução do sector e a sua importância económica e social para o nosso país.

No segundo painel o Dr Pedro Carvalho, nutricionista e professor no Instituto Superior da Maia, desenvolveu o tema “A importância do Leite na Alimentação Humana – Mitos e Realidades”.

Deixou bem claro que o leite enquanto alimento, foi, é e continuará a ser, um bem essencial para a alimentação humana, tendo também afirmado que o leite tem sofrido nos últimos anos ataques permanentes, completamente infundados, quanto aos efeitos nocivos para a saúde humana. Como qualquer outro alimento, poderá provocar alguma reacção indesejável para uma pequena franja da população que possa ser intolerante à Lactose, mas para a esmagadora maioria da população, o leite e produtos lácteos, devem continuar a fazer parte da sua dieta diária, especialmente para as crianças, os desportistas e a população mais idosa.No terceiro painel o Prof. Dr. Fernando Manuel D’Almeida Bernardo, Director-Geral da DGAV abordou o tema sobre “O novo regime de etiquetagem da origem do leite” que a partir deste ano e vai permitir ao consumidor identificar mais facilmente a sua origem.

A sessão de encerramento do Fórum para além do Senhor Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação e da Senhora Presidente da Junta de Freguesia dos Olivais contou com a presença de Sua Excelência o Presidente da República, Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, que fez questão

de apoiar a defesa do leite através de um “combate cultural” que é necessário realizar.

Na sua intervenção começou por felicitar a Confagri e o seu contributo enquanto parceiro social no desenvolvimento da agricultura portuguesa e na defesa daqueles que produzem ligados à terra e de alguma maneira as actividades que com a agricultura se cruzam.

Afirmou ainda que “tempos houve em que se pensou que o crescimento da nossa economia e portanto o crescimento do emprego, poderia subalternizar o papel da agricultura, valorizando o papel sem dúvida importante de outros sectores da actividade económica. Essa visão era errada. A agricultura portuguesa não estava condenada. Nem estava condenada pelo processo de integração europeia, nem estava condenada pelo processo de integração monetária europeia, nem estava condenada pela abertura do comércio mundial. Teria que se ajustar, teria de mudar, mas tinha futuro. Não estava condenada nem pela idade, nem pela ciência, nem pela tecnologia, nem sequer por razões de natureza económica, social ou política, nem sequer por razões de natureza cultural. Muitos diziam, as gerações que viveram outro panorama na agricultura portuguesa não são as mesmas de hoje ou de amanhã e não perceberam o que há nessa mudança de gerações. Tanto que passa dos menos jovens para os mais jovens e tanto que os mais jovens podem dar de diferente a pensar o futuro de Portugal.

A nossa agricultura é um exemplo disso. É um sector em expansão, é um sector em mudança e um sector que esteve à altura dos desafios que teve que enfrentar.A mudança não foi uma mudança de cima para baixo, não foi uma mudança no parlamento, não foi uma mudança do governo, não foi uma mudança dos parceiros sociais e políticos ao mais alto nível.

A verdadeira mudança foi efectuada todos os dias com trabalho, perante leis novas, directivas e regulamentos novos, novas restrições, novos concorrentes, novas exigências de natureza comercial, organizativa, técnica e humana de formação e preparação. A agricultura passou pelas crises do

FÓRUM – “ LEITE – PRODUTO NACIONALDE EXCELÊNCIA”

O Presidente da Républica, o Presidente da Confagri, a Presidente da Junta de Freguesia dos Olivais e um grupo de alunos da E.B. Alice Vieira brindam ao Leite.

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// LACTICOOP | GEA// LACTICOOP | GEA

Qual é a configuração perfeita do vácuo?

P: Há uma configuração perfeita do nível de vácuo que você recomende a todos os sistemas de ordenha?

R. Esta é uma das perguntas mais comuns que recebo há muitas décadas, tanto dos produtores de leite como dos distribuidores. Em primeiro lugar, geralmente esclarecemos que se estejam a referir aos níveis de vácuo do coletor, só para ter certeza de que estamos todos falando da mesma coisa. Então, devemos considerar que as configurações do nível de vácuo do coletor devem funcionar em sintonia com as tetinas, pulsação e outros parâmetros de funcionamento para proporcionar o desempenho desejado.

Fazer a recomendação de apenas um nível de vácuo não é a postura da GEA, porque as configurações de vácuo devem estar integradas com os modelos de tetinas, rotinas do ordenhador e configurações da pulsação. Em outras palavras, cada exploração leiteira é diferente, e as configurações do

nível de vácuo são tão individualizadas quanto as explorações em si.

P. Então, como ajuda os produtores a identificar a configuração que seja certa para o seu sistema de ordenha?

R. Temos que determinar os objetivos e metas individuais para a operação leiteira. Os níveis de vácuo que estão na extremidade inferior do intervalo recomendado talvez sejam os preferidos; no entanto, muitas vezes estão relacionados a tempos mais longos de ordenha e talvez não sejam aceitáveis se um dos objetivos da exploração for altas taxas de fluxo do leite para uma ordenha mais rápida.

A ordenha em um nível de vácuo que esteja no lado superior do intervalo recomendado torna-se uma troca aceitável dentro da indústria, na tentativa de ordenhar mais rapidamente, e isto não é um problema, desde que os procedimentos do ordenhador, a seleção da tetina e da pulsação, assim como a configuração do retirador, estejam

optimizados para o mais alto grau, de modo que também se consiga uma ordenha suave.

P. Como se determina se o nível de vácuo é alto ou baixo

demais para uma recolha de leite segura, suave, rápida e completa?

R. Esta pergunta pode muitas vezes ser respondida através de observações feitas durante o processo de ordenha. Alguns destes indicadores nos dirá se o vácuo é muito alto ou muito baixo.

Quando o vácuo for alto demais, você perceberá:

• Vacas pisando ou chutando o conjunto durante a ordenha (especialmente no final de ordenha).• A descoloração dos tetos após a ordenha. • Inchaço do tecido do teto após a retiradado conjunto de ordenha.• Posição inadequada da tetina (subida docopo da teteira).

Quando o vácuo for baixo demais, você perceberá:

• Mau ajuste do conjunto• Aumento de deslizamentos da tetina e quedas do conjunto• Baixas taxas de fluxo do leite• Tempo prolongado de ordenha

Se a vaca permanecer confortável, há mudanças mínimas nas características dos tetos durante a ordenha, e o processo de recolha do leite é eficiente e dentro dos parâmetros de desempenho esperados, as configurações do vácuo devem ser consideradas dentro de uma variaçãoadequada.

Isto está realmente mais relacionado à observação da vaca e do desempenho da ordenha do que propriamente a

recomendação de uma única configuração do nível do vácuo para todos os rebanhos e todos os sistemas de ordenha.

P. Quais são as maneiras comuns de se medir o desempenho ao se observar as configurações de nível do vácuo?R. Medidas comuns para se avaliar um desempenho da recolha do leite bem-sucedido, confortável e também ajudar a verificar as configurações adequadas do nível do vácuo são o tempo da ordenha, as taxas de fluxo de leite e quantidade de leite recolhido nos primeiros dois minutos de ordenha.

Uma lista completa dos Indicadores Fundamentais do Desempenho(KPI) influenciados pela configuração do nível do vácuo inclui:

Indicador RecomendaçãoMédia do fluxo do leite 3 3 a 4 kg/minuto (6,5 a 8,5 lb/minuto) em

>80% das vacas

Pico do fluxo do leite 3,5 a 5,3 kg/minuto (8 a 12 lb/minuto) em>80% das vacas

Quantidade de leitecoletado nos primeiros 2minutos

8,2 kg (18 lb) de leite nos primeiros 2minutos quando ordenha 2X e 6,8 kg (15 lb)de leite nos primeiros 2 minutos quandoordenha 3X

Em percentual: 50% da quantidade total doleite produzido por sessão de ordenha em>80% das vacas

Pico mantido do fluxo doleite

Atingido dentro de 30 a 45 segundos em>80% das vacas

Fluxo bimodal do leite < 5% quando ordenha 2X e<10% quando ordenha 3X

Fluxo do leite de menosde 1 litro (2 lb)/minuto

< 5% dos tempos de ordenha das vacasindividualmente

Média do tempo deordenha por vaca

5 a 8 minutos quando ordenha 2X e4 a 6 minutos quando ordenha 3X

Alteração da cor do teto(vermelho ou azul)

< 10% dos tetos individualmente

Tetos com anéis < 10% dos tetos individualmente

Vácuo estável comflutuação mínima

Flutuações regulares do vácuo < 10 kPa(3”Hg))

Pisoteamentos ou chutesrelacionada à ordenha

< 5% das vacas

Hiperqueratose Pontuação 1(sem anel) ou 2 (anel suave) em> 80% das vacas

Ordenha completauniforme de todos os

< 1,5 minutos de cada um em 90% dasvacas

A avaliação dos indicadores fundamentais do desempenhoinfluenciados pelo vácuo ajudará a determinar se o nível do vácuo está definido em um nível apropriado para o respectivo rebanho. No entanto, é importante ter em mente

que, a fim de atingir o objetivo da ordenha de uma maneira segura, suave, rápida e completa, o nível do vácuo é apenas uma das muitas variáveis que devem ser consideradas.

Discussão com Norm Schuring da GEA, ex-presidente do NMC e membro de longa data do Conselho de Fabricantes de Equipamento de Ordenha e do Comité do ISO.

Fazer a recomendação de apenas um nível de vácuo não é a postura da GEA, porque asconfigurações de vácuo devem estar integradas com os modelos de teteiras, rotinas do ordenhador e configurações de pulsação.

Sim, você pode ter tudo!As fazendas leiteiras podem ordenhar de forma rápida e suave

Há um conceito equivocado de que ordenhar rapidamente significa sacrificar a ordenha suave.

Na realidade, deve-se conseguir ambos para ordenhar demodo ideal e proteger a saúde e a produtividade da vaca de forma prolongada. A fazenda leiteira que prefere dar aprioridade à ordenha mais rápida, aumentando os níveis de vácuo ou ajustando as configurações da pulsação para a extremidade mais alta do intervalo recomendado pode assim mesmo ordenhar com suavidade, desde que preste atenção em usar um equipamento de ordenha bem-conservado, com bom funcionamento, ajustando adequadamente a configuração do retirador, assegurando se de que os níveis do vácuo, configurações de pulsação e modelo de teteira estejam devidamente alinhados e implementando procedimentos de ordenha acima da média.

Na GEA, acreditamos que uma fazenda leiteira pode personalizar os parâmetros da ordenha para atingir os seus objetivos próprios, desde que o sistema de ordenha permaneça dentro dos intervalos recomendados e alcance os indicadores fundamentais de desempenho.

Por exemplo, se uma fazenda coloca a prioridade em ordenhar rapidamente e ajusta os parâmetros de acordo, ela ainda ficará dentro dos intervalos recomendados de desempenho para garantir uma coleta de leite segura, suave e completa. Ou, se a fazenda leiteira priorizar a ordenha suave, ela precisa mesmo assim ficar dentro dos intervalos recomendados de desempenho para continuar ordenhando de forma segura, rápida e completa.

A ordenha ideal da vaca é um ato delicado para o equilíbrio de muitos fatores. Cada fazenda individualmente tende a pender a favor de determinadas metas, mas na GEA acreditamos que o sistema geral de ordenha nunca deve negligenciar nenhum fator a fim de alcançar um objetivo em particular. Cada fazenda leiteira tem o potencial de ordenhar com segurança, suavidade, rapidez e de forma completa sem fazer sacrifícios.

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// LACTICOOP | FERTINAGRO

Fertinagro Biotech patenteia a conversão de chorumes de suinicultura e carbono em fertilizante para agricultura sustentável

Março de 2018

O Departamento de I+D+i de Fertinagro Biotech, a empresa de fertilizantes do Grupo Térvalis, conseguiu a patente de um novo processo de tratamento de subprodutos (resíduos aos quais se lhes dá uma nova utilidade) orgânicos de origen animal -estrumes e chorumes- para fabricar um fertilizante tipo gel mais respeitador (amigo) do meio ambiente e mais rentável que os conhecidos até ao momento.

O processo utiliza uma técnica inovadora no respeitante ao tratamento deste tipo de subprodutos. Por um lado, aumenta o valor fertilizante das unidades nutricionais presentes no subproduto orgânico pelo que minimiza a perda de azoto para o ambiente e a disponibilidade de

fósforo, utilizando um complexo enzimático que permite uma maior eficiência no uso destes nutrientes. Por outro lado, este processo também reduz o impacto negativo do chorume sobre a fertilidade do solo, ao serem eliminados os componentes zoosanitários (utilizados nos animais para tratar enfermidades) e que estão presentes nestes subprodutos.

Tanto o tipo de produto que se obtém como o modo de aplicação -via rega-, aumentam de forma considerável a eficiência das características fertilizantes do chorume e implica um importante aforro/poupança para o agricultor, assim como menor contaminação ambiental, dado que este sistema permite adicionar os nutrientes nos momentos que a planta mais necessita e não apenas quando não há

culturas ou estas são jovens, como ocorre no sistema actual de uso do chorume.

A transição para a nova bioeconomía (bioeconomía 2.0) deve minimizar a utilização de recursos não renováveis e a reutilização de recursos de forma mais eficiente. Assim, utilizar como matéria prima fertilizante um subproduto abundante na zona de influência das fábricas da Fertinagro Biotech contribui para alcançar o objectivo de aumentar a produtividade minimizando o uso de recursos não renováveis.

A quantidade de estrumes e chorumes procedente de animais estabulados em quintas ou explorações pecuárias, tem aumentado nos últimos anos, o que gera maior necessidade de reutilizar estes resíduos na agricultura sustentável como alternativa à fertilização orgânica tradicional com estrumes secos clássicos.

Contudo, os chorumes de suinicultura têm características químicas altamente variáveis pelo que a sua utilização como fertilizante directo sem uma gestão sustentável, acarreta certos problemas como as contaminações de aquíferos pelo fósforo e o azoto, que provocam a eutrofização destes aquíferos (incorporação massiva de nutrientes inorgânicos).Deste modo, a patente da Fertinagro Biotech soluciona as desvantagens do uso do chorume como fertilizante directo proporcionando um novo nutriente vegetal mais eficiente e flexível quanto a diferentes possibilidades de uso.

Este novo processo de valorização ambiental do chorume permitirá melhorar a sustentabilidade do sector porcino/suiniculturas em todas as regiões afectadas de Espanha e outros países da Europa, como Portugal, e supõe um exemplo de como a biotecnología se coloca ao serviço da sociedade e representa oportunidades de futuro para as regiões de elevada concentração de actividades de suinicultura.

Carbono autóctone e agricultura sustentável, outra aliança com futuro

O processo desenvuelto e investigado pela Fertinagro Biotech baseia-se no conhecimento adquirido pela Companhia nos seus mais de 30 anos de trabalho com matérias orgânicas e a tecnologia desenvolvida nos seus diferentes projectos de investigação para, entre outras coisas, evitar perdas de azoto, e a utilização de enzimas para o aproveitamento do fósforo orgânico.

Mas não foi até aos primeiros resultados do projecto de I+D+i de Fertinagro: “Estudo da viabilidade do uso de carbono como substracto da biota/rizosfera do solo”, onde se conseguiu aumentar as sinergias entre todos os componentes desse novo produto.Nos primeiros 9 meses do projecto CDTI estudou-se a assimilação da matéria orgânica pelos microorganismos do solo e, com a colaboração do CIRCE (Centro de Investigação de Recursos e Consumos Energéticos), desenvolveu-se um modelo teórico com base nos dados experimentais de diferentes matérias orgânicas, o que permitiu poder estabelecer os requisitos necessários para que a materia orgânica possa ser utilizada como fertilizante de forma efectiva, ampliando assim o espectro de matérias a considerar.

Nas provas e ensaios tratou-se o carbono autóctone transformando-o em substâncias húmicas (constituintes principais do húmus) e, portanto, em matéria orgânica solúvel, favorecendo desta maneira a estrutura do solo para que as culturas possam aproveitar melhor os nutrientes do mesmo. Foi nestes ensaios que se comprovaram outras funcionalidades dos produtos obtidos do carbono, a imobilização de determinados produtos xenobióticos presentes nos chorumes que perjudicam a microbiología do solo e por conseguinte, a sua fertilidade.

Resumindo, o novo processo desenvolvido e patenteado, aplica as novas técnicas biotecnológicas para conseguir que os chorumes substituam uma maior quantidade defertilizantes minerais, minimizando o impacto ambiental da agricultura e da actividade pecuária.

Neste mesmo projecto também se estão investigando e desenvolvendo novas formulações para potenciar de forma directa os fertilizantes minerais. Um avanço que sustentaria a ampliação da unidade industrial de Utrillas da Fertinagro Biotech, algo que está em fase de projecção e execução.

Abril 2018, traduzido e adaptado por:Henrique César Moreira

FERTINAGRO BIOTECH PORTUGALDirector Zona Norte/Centro

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Mudança para silagem shredlage®Composição da dieta praticamente inalterada (mantendo 1kg/d palha).

Observação da performance dos animaisRúmen “cheio”, fezes mais sólidas, mais ruminação, ausência de acidoses.Quebra da ingestão, menos vacas com produções de leite muito altas.

Mudanças na composição da dietaRetiramos a palha completamente em 14 dias: 1kg 0.7kg 0.3kg 0kg.Mais silagem de milho, menos grão de milho.

Parâmetros de performanceAumento da ingestão, mais vacas com produções muito elevadas.

Shredlage®: a revolução no corte forrageiro

A shredlage é uma nova forma de processar a silagem que permite um comprimento de corte da silagem até aos 30 mm garantindo um nível de processamento do grão excelente. Silagens com corte desta dimensão são ideais para vacarias com elevadas quantidades de silagem na dieta (>10-11 kg m.s./dia) e que não têm fi bra efetiva efi ciente para estimular a ruminação e que, por este motivo, adicionam palha à dieta. Com este maior comprimento esta necessidade de incorporar palha é suprida. Atualmente, a maio-ria das vacarias nos Estados Unidos não corta a forragem a 30 mm mas sim a 24-26mm garantindo na mesma a qualidade do processamento do grão.

Indicado para: Produtores com elevadas taxas de incorporação de silagem (p.e. >22kg/v/dia).

Produtores que querem eliminar o feno ou a palha da dieta a funcionar como fi bra efetiva.

Produtores que não estejam satisfeitos com o atual nível de processamento do grão.

ForageMoisture in %

TLC (mm)

Processorsetting (mm)

70 26 - 30 2,75

69 26 - 30 2,75

68 26 - 30 2,50

67 26 - 30 2,50

66 26 - 30 2,50

65 26 - 30 2,25

64 26 2,25

63 26 2,00

62 23 2,00

61 23 1,75

60 23 1,75

Experiências On-farm

Alimentos kg de alimento MS% Ingestão de m.s.Silagem de Milho 22,5 40% 9,00

Silagem de Erva 5,5 39% 2,15

Palha 1 95% 0,95

Farinha de Milho 5,5 88% 4,84

Soja 3,2 88% 2,82

Colza 3 88% 2,64

Casca de Soja 1,9 90% 1,71

Mineirais 15/1 0,42 95% 0,4

Bicarbonato de sódio 0,25 100% 0,25

Alimentos kg de alimento MS% Ingestão de m.s.Silagem de Milho 33 32% 10,6

Silagem de Erva 6,5 45% 2,9

Farinha de Milho 4,3 88% 3,8

Soja 3,2 88% 2,8

Colza 3 88% 2,6

Casca de Soja 1,9 90% 1,7

Mineirais 15/1 0,42 95% 0,4

Bicarbonato de sódio 0,25 100% 0,3

Antiga dieta sem Shredlage®

Nova dieta com Shredlage®

Neste caso prático, temos um aumento da quantidade de silagem de mil-ho e erva ingerida, exclusão da palha da dieta e redução do grão incorpo-rado.A importância do inoculante neste tipo de estrutura é reconhecida. Os níveis de compactação são obrigatoriamente menores aumentando, desta forma, a porosidade da forragem ao ar. Da mesma forma, potenciar a qualidade da forragem com um aumento da digestibilidade da fi bra será a cereja no topo do bolo. O impacto de silagens tratadas com CFT® na fl ora microbiana do rúmen está também documentada verifi cando-se o au-mento da quantidade de biomassa microbiana, sendo este um excelente indicador do impacto positivo nas bactérias ruminais.

Mudança para silagem shredlage®Composição da dieta praticamente inalterada (mantendo 1kg/d palha).

Observação da performance dos animaisRúmen “cheio”, fezes mais sólidas, mais ruminação, ausência de acidoses.Quebra da ingestão, menos vacas com produções de leite muito altas.

Mudanças na composição da dietaRetiramos a palha completamente em 14 dias: 1kg 0.7kg 0.3kg 0kg.Mais silagem de milho, menos grão de milho.

Parâmetros de performanceAumento da ingestão, mais vacas com produções muito elevadas.

Shredlage®: a revolução no corte forrageiro

A shredlage é uma nova forma de processar a silagem que permite um comprimento de corte da silagem até aos 30 mm garantindo um nível de processamento do grão excelente. Silagens com corte desta dimensão são ideais para vacarias com elevadas quantidades de silagem na dieta (>10-11 kg m.s./dia) e que não têm fi bra efetiva efi ciente para estimular a ruminação e que, por este motivo, adicionam palha à dieta. Com este maior comprimento esta necessidade de incorporar palha é suprida. Atualmente, a maio-ria das vacarias nos Estados Unidos não corta a forragem a 30 mm mas sim a 24-26mm garantindo na mesma a qualidade do processamento do grão.

Indicado para: Produtores com elevadas taxas de incorporação de silagem (p.e. >22kg/v/dia).

Produtores que querem eliminar o feno ou a palha da dieta a funcionar como fi bra efetiva.

Produtores que não estejam satisfeitos com o atual nível de processamento do grão.

ForageMoisture in %

TLC (mm)

Processorsetting (mm)

70 26 - 30 2,75

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68 26 - 30 2,50

67 26 - 30 2,50

66 26 - 30 2,50

65 26 - 30 2,25

64 26 2,25

63 26 2,00

62 23 2,00

61 23 1,75

60 23 1,75

Experiências On-farm

Alimentos kg de alimento MS% Ingestão de m.s.Silagem de Milho 22,5 40% 9,00

Silagem de Erva 5,5 39% 2,15

Palha 1 95% 0,95

Farinha de Milho 5,5 88% 4,84

Soja 3,2 88% 2,82

Colza 3 88% 2,64

Casca de Soja 1,9 90% 1,71

Mineirais 15/1 0,42 95% 0,4

Bicarbonato de sódio 0,25 100% 0,25

Alimentos kg de alimento MS% Ingestão de m.s.Silagem de Milho 33 32% 10,6

Silagem de Erva 6,5 45% 2,9

Farinha de Milho 4,3 88% 3,8

Soja 3,2 88% 2,8

Colza 3 88% 2,6

Casca de Soja 1,9 90% 1,7

Mineirais 15/1 0,42 95% 0,4

Bicarbonato de sódio 0,25 100% 0,3

Antiga dieta sem Shredlage®

Nova dieta com Shredlage®

Neste caso prático, temos um aumento da quantidade de silagem de mil-ho e erva ingerida, exclusão da palha da dieta e redução do grão incorpo-rado.A importância do inoculante neste tipo de estrutura é reconhecida. Os níveis de compactação são obrigatoriamente menores aumentando, desta forma, a porosidade da forragem ao ar. Da mesma forma, potenciar a qualidade da forragem com um aumento da digestibilidade da fi bra será a cereja no topo do bolo. O impacto de silagens tratadas com CFT® na fl ora microbiana do rúmen está também documentada verifi cando-se o au-mento da quantidade de biomassa microbiana, sendo este um excelente indicador do impacto positivo nas bactérias ruminais.

Mudança para silagem shredlage®Composição da dieta praticamente inalterada (mantendo 1kg/d palha).

Observação da performance dos animaisRúmen “cheio”, fezes mais sólidas, mais ruminação, ausência de acidoses.Quebra da ingestão, menos vacas com produções de leite muito altas.

Mudanças na composição da dietaRetiramos a palha completamente em 14 dias: 1kg 0.7kg 0.3kg 0kg.Mais silagem de milho, menos grão de milho.

Parâmetros de performanceAumento da ingestão, mais vacas com produções muito elevadas.

Shredlage®: a revolução no corte forrageiro

A shredlage é uma nova forma de processar a silagem que permite um comprimento de corte da silagem até aos 30 mm garantindo um nível de processamento do grão excelente. Silagens com corte desta dimensão são ideais para vacarias com elevadas quantidades de silagem na dieta (>10-11 kg m.s./dia) e que não têm fi bra efetiva efi ciente para estimular a ruminação e que, por este motivo, adicionam palha à dieta. Com este maior comprimento esta necessidade de incorporar palha é suprida. Atualmente, a maio-ria das vacarias nos Estados Unidos não corta a forragem a 30 mm mas sim a 24-26mm garantindo na mesma a qualidade do processamento do grão.

Indicado para: Produtores com elevadas taxas de incorporação de silagem (p.e. >22kg/v/dia).

Produtores que querem eliminar o feno ou a palha da dieta a funcionar como fi bra efetiva.

Produtores que não estejam satisfeitos com o atual nível de processamento do grão.

ForageMoisture in %

TLC (mm)

Processorsetting (mm)

70 26 - 30 2,75

69 26 - 30 2,75

68 26 - 30 2,50

67 26 - 30 2,50

66 26 - 30 2,50

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64 26 2,25

63 26 2,00

62 23 2,00

61 23 1,75

60 23 1,75

Experiências On-farm

Alimentos kg de alimento MS% Ingestão de m.s.Silagem de Milho 22,5 40% 9,00

Silagem de Erva 5,5 39% 2,15

Palha 1 95% 0,95

Farinha de Milho 5,5 88% 4,84

Soja 3,2 88% 2,82

Colza 3 88% 2,64

Casca de Soja 1,9 90% 1,71

Mineirais 15/1 0,42 95% 0,4

Bicarbonato de sódio 0,25 100% 0,25

Alimentos kg de alimento MS% Ingestão de m.s.Silagem de Milho 33 32% 10,6

Silagem de Erva 6,5 45% 2,9

Farinha de Milho 4,3 88% 3,8

Soja 3,2 88% 2,8

Colza 3 88% 2,6

Casca de Soja 1,9 90% 1,7

Mineirais 15/1 0,42 95% 0,4

Bicarbonato de sódio 0,25 100% 0,3

Antiga dieta sem Shredlage®

Nova dieta com Shredlage®

Neste caso prático, temos um aumento da quantidade de silagem de mil-ho e erva ingerida, exclusão da palha da dieta e redução do grão incorpo-rado.A importância do inoculante neste tipo de estrutura é reconhecida. Os níveis de compactação são obrigatoriamente menores aumentando, desta forma, a porosidade da forragem ao ar. Da mesma forma, potenciar a qualidade da forragem com um aumento da digestibilidade da fi bra será a cereja no topo do bolo. O impacto de silagens tratadas com CFT® na fl ora microbiana do rúmen está também documentada verifi cando-se o au-mento da quantidade de biomassa microbiana, sendo este um excelente indicador do impacto positivo nas bactérias ruminais.

Shredlage®: a revolução no corte forrageiro

Experiências On-farm

A shredlage é uma nova forma de processar a silagem que permite um comprimento de corte da silagem até aos30 mm garantindo um nível de processamento do grão excelente.Silagens com corte desta dimensão são ideais para vacarias com elevadas quantidades de silagem na dieta (>10 - 11 kg m.s./dia) e que não têm fibra efetiva eficiente para estimular a ruminação e que, por este motivo, adicionam palha à dieta. Com este maior comprimento esta necessidade de incorporar palha é suprida. Atualmente, a maioria das vacarias nos Estados Unidos não corta a forragem a 30 mm mas sim a 24-26mm garantindo na mesma a qualidade do processamento do grão.

Mudança para silagem shredlage®Composição da dieta praticamente inalterada (mantendo 1kg/d palha).

Observação da performance dos animaisRúmen “cheio”, fezes mais sólidas, mais ruminação, ausência de acidoses.Quebra da ingestão, menos vacas com produções de leite muito altas.

Mudanças na composição da dietaRetiramos a palha completamente em 14 dias:1kg 0.7kg 0.3kg 0kg.Mais silagem de milho, menos grão de milho.

Parâmetros de performanceAumento da ingestão, mais vacas com produções muito elevadas.

Neste caso prático, temos um aumento da quantidade de silagem de milhoe erva ingerida, exclusão da palha da dieta e redução do grão incorporado.A importância do inoculante neste tipo de estrutura é reconhecida.

Os níveis de compactação são obrigatoriamente menores aumentando, destaforma, a porosidade da forragem ao ar. Da mesma forma, potenciar a qualidade da forragem com um aumento da digestibilidade da fibra será acereja no topo do bolo. O impacto de silagens tratadas com CFT® na fl ora microbiana do rúmen está também documentada verificando-se o aumentoda quantidade de biomassa microbiana, sendo este um excelente indicador do impacto positivo nas bactérias ruminais.

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Reuniu no dia 21 de fevereiro, um consórcio entre CONFAGRI, UTAD, LACTICOOP, AGROS, PROLEITE e ISQ, na sede da FENALAC, no Porto.

Trata-se da primeira reunião – kickoff meeting da Parceria MilKEE.

Alicerçado num conhecimento matutado no domínio da eficiência no uso de recursos e bioeconomia, e nos conhecimentos mais recentes a nível internacional, os parceiros empreendem um conjunto de ações de capitalização e mobilização das explorações leiteiras para a eficiência no uso de recursos e promoção da bioeconomia, procurando estabelecer no sector as condições de base para a realização de projetos sectoriais de dimensão acrescida, promovendo a economia circular.

No âmbito da parceria, serão definidos modelos de seleção de casos de estudo pertencentes às cooperativas de produtores de leite, aplicando o modelo e seleção de instalação de casos de estudo. Será, também, realizado um diagnóstico e avaliação de casos de estudo, sendo posteriormente criada uma aplicação informática para utilização intuitiva.

Todo o projeto é alicerçado na observação da agricultura e dos territórios rurais, inovando práticas e processos.

Fonte: CONFAGRI

Parceria MilkEE – PROMOÇÃO DA UTILIZAÇÃO EFICIENTE DE RECURSOS E BIOECONOMIA DAS EXPLORAÇÕES LEITEIRAS

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