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Boletim Salesiano Moçambique Nº 49 2012

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Mês de Novembro e Dezembro 2012

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º

A Beata Irmã Troncatti, nasceu em Corteno Golgi (Brescia) no dia 16 de Fevereiro de 1883. Na família numerosa, cresceu alegre e trabalhadeira, dividin-do-se entre os trabalhos do campo e o cuidado dos irmão-zinhos, no clima cálido de afeto d o s p a i s e x e m p l a r e s .

Assídua à catequese paroquial e aos Sacramentos, a adoles-cente Maria amadurece um profundo senso cristão que a abre aos valores da vocação religiosa. Por obediência ao pai e ao Pároco, portanto, espera atingir a maioridade antes de pedir a admissão no Instituto Filhas de Maria Auxiliadora e faz a Pri-meira Profissão em 1908 em N i z z a M o n f e r r a t o . Durante a primeira guerra mun-dial (1915-1918) Ir. Maria acompanha, em Varazze, cur-sos de assistência sanitária e trabalha como enfermeira da cruz vermelha no hospital mili-tar: uma experiência que lhe será muito mais preciosa ao longo de sua longa atividade missionária na floresta amazô-

nica do Oriente equatoriano. Partiu, de fato, para o Equador em 1922, foi mandada entre os indígenas shuar, onde, com outras duas irmãs, inicia um difícil trabalho de evangeliza-ção em meio a riscos de todos os gêneros, inclusive aqueles causados pelos animais da flo-

resta e das ciladas dos turbu-lentos rios a serem atravessa-dos a nado ou sobre frágeis "pontes" de cipós, ou ainda sobre os ombros dos índios. Macas, Sevilla, Dom Bosco, Sucúa são alguns dos "milagres" florescentes, ainda hoje, da ação de Ir. Maria Tron-catti: enfermeira, cirurgiã orto-pedista, dentista e anestesis-ta... Mas, sobretudo, catequista

e evangelizadora, rica de mara-vilhosos recursos de fé, de paciência e de amor fraterno. Sua obra shuar, para a promo-ção da mulher, floresce em centenas de novas famílias cristãs, formadas, pela primeira vez, sobre a livre escolha pes-soal dos jovens esposos.

Ir. Maria morreu em um trágico acidente aéreo em Sucúa no dia 25 de Agosto de 1969. Seus restos mortais repousam em Macas, na Província de Morona (Equador). A sua festa litúrgica será cele-brada no 25 de Agosto.

No dia 24 de Novembro, o Papa Bento XVI, através do seu

Delegado Pontifício, o Cardeal salesiano D. Ângelo Amato,

BEATIFICOU mais um membro da Família Salesiana: a

Filha de Maria Auxiliadora, Ir. Maria Troncatti.

A cerimónia realizou-se no Equador, país onde esta grande

missionária deu toda a sua vida pelo Senhor e pelo Reino.

º

Novembro-Dezembro 2012

ANO XII - Nº 49

Queridos leitores da Família Sale-

siana, Jovens, Amigos e Benfeito-

res: terminamos mais um ano do

calendário, mais um ano em que

fomos fazendo história e, unidos a

Jesus, fazendo História da Salva-

ção; e, unidos a D. Bosco, fizemos

também a nossa história salesiana.

Este ano de 2012, salesianamente em Moçambique,

foi marcado, nos primeiros meses, pela preparação e

pela jubilosa visita da Relíquia de Dom Bosco por

todas as Obras e Comunidades Fma e Sdb, Catedrais

e Paróquias. O grande ‘milagre’ desta visita tão espe-

cial, foi reunir-nos a todos em Família, em oração

-quantas vigílias foram feitas!- , em festa. Que o

‘espírito’ que D.Bosco nos trouxe não desfaleça!

Os salesianos tivemos em Agosto a tomada de posse

do novo Provincial na pessoa do Padre Américo R.

Chaquisse. Um novo serviço que a Congregação lhe

pede e que rezamos para que seja rico de frutos

carismáticos.

Vocacionalmente, iniciamos o ano com Profissões de

Sdb e Fma; seguiram-se 2 ordenações sacerdotais

em Maio e 3 Profissões Perpétuas (2 Fma e 1 SDB).

Destaque especial teve o encerramento do Ano Jubi-

lar das FMA pelos 140 anos do Instituto e os 60 de

presença em Moçambique. A visita da Vigaria Geral

deu solenidade aos actos.

O Senhor chamou à porta da nossa Visitadoria, ao

final do ano, para levar para junto de Si dois nossos

irmãos salesianos: jovens em idade, jovens como

sacerdotes. Uma chamada de Deus para vivermos

todos os dias em Santidade!

E tantas outras coisas da vida ordinária onde fomos

realizando a grande história de Amor.

FELIZ NATAL! FELIZ ANO NOVO!

P. Rogelio Arenal sdb

º

1- Os jovens não são apenas

"destinatários", mas elemento

dinâmico essencial para a

Família Salesiana.

2- A história salesiana demons-

tra que o trabalho entre os

jovens pobres e abandonados,

destinatários privilegiados, atrai

as bênçãos de Deus, é fonte de

fecundidade carismática e reli-

giosa, de fecundidade vocacio-

nal, de regeneração da fraterni-

dade nas comunidades, é o

segredo do frescor e do suces-

so das obras.

3- Dom Bosco aprende dos

jovens: alguns aspectos carac-

terísticos do Sistema Preventi-

vo são fruto da frequentação do

seu mundo e da participação

d e v i d a , s e n t im e n t o s ,

anseios…

4- A ação de educador não é

um extenuante suscitar de ativi-

dades e intervenções práticas,

mas um caminho espiritual:

uma sucessão de experiências

que revelam, aos poucos, o

sentido profundo da vida e da

pessoa. Ser educador é uma

escola na qual se aprende mais

do que se consiga ensinar.

Desde que, naturalmente, se

queira aceitá-lo. Será fácil des-

cobrir que olhar para os jovens

é melhor do que olhar para a

televisão ou navegar pelo Goo-

gle. É mais instrutivo.

5- A vida com os jovens pode

ser de grande trabalheira, mas

que profunda felicidade pode

gerar uma jovem pessoa que

amadurece entregando-se a

nós com toda a confiança do

mundo!

º

coração, inventiva. Todos os

dias, a vida com os jovens

coloca-nos diante de escolhas,

desafios, problemas e dificulda-

des.

3-"Olha aqui!" As crianças

desejam a presença do educa-

dor. Não um simples "estar ali":

querem a atenção total, indivi-

sa, sem julgamentos ou expec-

tativas. Estar presente significa

estar disponível: estou aqui,

estar disponível: estou aqui,

para ti. Uma atenção pura, que

não invade e não dirige, mas

está intensamente presente, e

basta.

4- D. Bosco insistia: «Escutem-

nos, deixem-nos falar muito».

(Textos extraídos da mensagem do

Reitor-Mor para o Boletim Salesia-

no, Novembro 2012)

1- As crianças percebem as

emoções com intensidade e

sensibilidade maiores das nos-

sas e as manifestam com abso-

luta espontaneidade. Isso pro-

voca nos educadores um forte

crescimento no sentido de res-

ponsabilidade e a necessidade

de uma sempre maior capaci-

dade de autocontrole

2- A cada momento da jornada,

a mente de um educador é

obrigada a desenvolver pronti-

dão de espírito, inteligência do

º

“Maria é a Mãe e Mestra que

ilumina a inteligência de João-

zinho, para que possa com-

preender progressivamente, e

sempre num nível mais profun-

do, em que consiste a sua mis-

são (A seu tempo tudo com-

preenderás), até chegar o

momento comovente em que,

ao celebrar a Eucaristia na

Basílica do Sagrado Coração

de Roma, confessará: "Agora

compreendo tudo". Por outro

lado, Maria sustentou-o durante

a vida inteira, avigorando a sua

vontade para que se tornasse

sempre mais "forte e robusto";

caso contrário, não teria podido

suportar o peso e a dureza da

missão”.

«No dia em que celebramos a

solenidade da Páscoa do

Senhor, estou feliz por lhes

escrever esta carta com que

entendo convocar o Capítulo

Geral XXVII, segundo a nor-

ma do artigo 150 das nossas

Constituições».

Com estas palavras, numa car-

ta dirigida a toda a Congrega-

ção Salesiana, o P. Pascual

Chávez convocou para o ano

de 2014 o próximo Capítulo

Geral 27º.

O Tema do CG27 é:

O objetivo central:

«Este tema quer ajudar-nos a aprofundar a nossa identidade carismática, fazendo com que estejamos cientes do nosso chamado a viver em fidelidade o projeto apostólico de Dom Bosco»

Nas Cartas que o Reitor-Mor escreve cada quatro meses aos Salesianos, a Carta nº 414 está dedicada a Maria. Entre sacamos dois pequenos textos para nos ajudar a crescer no amor a Maria.

"Sobre a cúpula do santuário

de Maria Auxiliadora encontra-

se uma bela estátua da Imacu-

lada.

A Imaculada do lado de fora e

a Auxiliadora do lado de den-

tro.

São os dois títulos com que

Dom Bosco quis honrar Nossa

Senhora, porque ambos têm a

ver com o seu carisma e a sua

missão:

a salvação dos jovens

mediante a educação”.

º

“A vida de Maria Troncatti foi realmente consagrada na verdade, operando a partir de Deus, em comunhão com Jesus Cristo, no amor do Espírito Santo. Uniu-se e conformou-se a Jesus Cristo, renunciando a si mes-ma e vivendo com fidelidade os empenhos assumidos com a sua Profissão religiosa. Graças à sua fé e ao sacrifício constante de si, refulge pela sua extraordi-nária capacidade de saber conjugar de modo admirá-vel o anúncio do Evangelho e a promoção humana, obtendo frutos de conversão espiritual e de libertação humana e social. Ela pertence ao denso grupo de pes-soas, de que brotaram e jorram viçosos rios de vida, repleta como estava do gáudio da fé, vivida na radica-lidade da obediência e na força do amor”.

º

No 16 de Agosto iniciou em toda a Família Sale-siana o segundo ano de preparação para o Bicentenário do nascimento de Dom Bosco em 2015.

Se no primeiro ano o tema foi o maior conheci-mento de Dom Bosco para uma maior fidelidade ao seu carisma, este segundo ano tem como tema central

O SISTEMA PREVENTIVO.

Como escreve o próprio P. Pascual Chávez: "É necessário, hoje, aprofundar a pedagogia salesiana. Ou seja, é preciso estudar e rea-lizar o atualizado sistema preventivo, como

desejava o P. Egídio Viganò... desenvolver as suas grandes virtualidades, modernizar os seus princípios, conceitos, orientações, interpretar hoje as suas ideias de fundo...”.

º

1- «Na mente de Dom Bosco

e na nossa tradição viva, O

SP «tende sempre mais a

identificar-se com o ‘Espírito

Salesiano’: é ao mesmo tem-

po pedagogía, pastoral, espi-

ritualidade’».

REFLEXÃO DO BS: O educa-

dor salesiano, consagrado ou

leigo, vive o Sistema Preventi-

vo na unicidade do seu ser e

agir, sendo ao mesmo tempo:

DISCÍPULO DE CRISTO, EDU-

CADOR E EVANGELIZADOR.

2- «O SP é uma componente, ou se quisermos, uma síntese

vital da ‘índole própria’ que nos distingue no Povo de Deus

como Salesianos de Dom Bosco».

REFLEXÃO DO BS: O nosso logo de identidade não são as obras

em favor dos jovens, mas sim a nossa maneira de TRABALHAR E

ESTAR com os jovens e para os jovens. O SP é o elemento dina-

mizador que da a tonalidade ao ser e ao fazer (Cfr. a afirmação

superior sobre o primeiro sucessor de Dom Bosco).

3- O centro do espírito salesiano é a ‘caridade pastoral’ ou

‘bondade’: «um amor visível e familiar que sabe suscitar uma

resposta de amor e cria um clima e um ambiente de carinho

visando o fim último da vida»... Segundo o famoso Padre Cavi-

glia «esse amor deveria constituir o objeto do quarto voto dos

Salesianos: o voto de bondade ou da prática do SP».

REFLEXÃO DO BS: O SP, através da ‘caridade pastoral’,

‘bondade’ (= ‘amorevolezza’ :a palavra própria de D.Bosco) vive

desta maneira o mandamento evangélico do amor. Podemos afir-

mar assim que o SP é a nossa maneira concreta de viver o Evan-

gelho. Isto é muito mais que ser professor, muito mais que ser sim-

ples educador... Implica a nossa vida, o nosso coração, a nossa fé!

4- «O próprio nome de ‘Salesianos’ (= de São Francisco de

SALES) nasceu justamente em vista da prática dessa caridade-

bondade, olhando para um santo que tinha encarnado a

‘bondade e humanidade’ do Salvador. É, pois, um nome qualifi-

cador que caracteriza a nossa vocação e nos aponta a tarefa

de que nos devemos sentir responsáveis na Igreja. Toda a vida

de Dom Bosco é como um comentário aos conteúdos desse

nome».

O 7º Sucessor de Dom Bosco

escreveu uma Carta a toda a Congregação Salesiana sobre o ‘Sistema Preventivo (SP)

na educação da juventu-de’ (1982). Apresentamos alguns trechos da sua carta.

º

No dia 14 de Dezembro reali-

zou-se uma assembleia convo-

cada pelo Delegado de Pasto-

ral Juvenil, P. Pescador, onde

se encontraram os salesianos

coordenadores locais de PJ, os

jovens delegados do MJS e

ADS e uma representação dos

animadores juvenis, para em

conjunto, reflectir e programar

o trabalho da Pastoral Juvenil e

do Movimento Juvenil Salesia-

no (MJS).

Estiveram representadas quase

todas as obras salesianas do

sul de Moçambique.

Iniciou o encontro com uma

oração ao Espírito Santo na

capela do Centro de Emaús na

Matola.

Após uma apresentação dos

participantes, o P. Pescador

lembrou aos participantes o

que é o MJS.

Num segundo momento, Móni-

ca, a coordenadora nacional do

MJS, convidou os participantes

a trabalhar em grupos por loca-

lidade para fazer uma análise

do MJS, local e zonal, e lançar

propostas para o futuro.

Às 11,40 continuou o trabalho

em assembleia para partilhar

os trabalhos de grupo

Ao fim da manhã, o P. Rogelio

apresentou o caminho percorri-

do nos últimos anos na forma-

ção organizada dos animado-

res até chegar-

mos ao modelo

implantado este

ano.

Abriu-se um

diálogo sobre

este tema e

deram-se pro-

postas para o

futuro.

O trabalho da

tarde continuou

a partilha dos

trabalhos de grupo realizado

pela manhã.

A seguir realizou-se em gru-

pos, a proposta para a progra-

mação do MJS para o ano

2013.

Terminou o encontro com uma

reunião dos conselhos de MJS

e ADS para organização do

calendário de 2013.

º

Desde quando és

Coordenadora? R/

Desde o ano de 2012 e

provenho da Paróquia

do Bom Pastor.

Neste tempo de Coor-

denadora qual é a

experiências que já

tiveste? R/ A convivên-

cia com vários jovens de

vá r i as p resenças .

Aprendi a liderar. Quando fui eleita como coorde-

nadora do MJS não tinha experiência. Já fui mem-

bro de vários conselhos, mas nunca coordenado-

ra. No princípio assustou-me um bocadinho. Mas,

a experiência me enriquece mais e faz-me crescer

como pessoa. Cada vez faz-me conhecer mais

jovens e me faz bem.

Como é que vês a realidade do MJS em

Moçambique? R/ Ainda há muito que melhorar.

Estamos a gatinhar. Há muito que fazer. Os jovens

tem que dar mais por isso e tem que sentir-se que

fazem parte do Movimento. Eu vejo que alguns

não se sentem parte do Movimento.

E tu como vês a realidade dos jovens, em

geral, em Moçambique? R/ Os jovens estão a

progredir. Estão a descobrir a sua auto-estima. Os

jovens agora acreditam em si. Acham que têm

valor e podem ir mais além. Isso é positivo.

Dificuldades? R/ O estudo, o emprego.

Anunciar Jesus aos jovens, é fácil? É impor-

tante? R/ É importante. Fácil não é. Falar de um

jovem ao outro sobre Jesus é muito difícil. Quando

chegas a um jovem e falas de Jesus, pensam que

a pessoa é maluca. É muito difícil!

Qual será a nossa melhor linguagem, como

MJS, para anunciar Jesus aos jovens? R/ Vale

a pena seguir a Jesus. Nós jovens, admiramos a

Jesus, ficamos só na admiração. Esquecemos de

amá-Lo, seguir o seu exemplo. Isto é o que nos

está a faltar.

Uma mensagem para o MJS R/ Muita força, cora-

gem, muito empenho. Estamos juntos!

Realizou-se no Centro de Espiritualidade ‘Emaús’,

nos Salesianos de Matola, o 8º e último encontro de

Formação de Animadores jovens deste ano de 2012.

Foi um dia de retiro animado pelo Delegado de Pas-

toral Juvenil, Padre Francisco Pescador.

Estiveram presentes 17 jovens provenientes das

diversas casas salesianas do sul e que ao longo do

ano participaram nos outros encontros.

BS realizou uma pequena entervista à Coor-denadora Nacional do MJS de Moçambique, a jovem Mónica Floriano para que nos fale brevemente do MJS. Agradecemos a sua

colaboração.

º

No dia 14 de Setembro de

2012, os Bispos de Moçambi-

que publicaram uma carta pas-

toral, «SALVAGUARDAR A

VIDA HUMANA», onde tocam

diferentes temáticas que afec-

tam à vida matrimonial e fami-

liar.

Uma das problemáticas que

aborda o documento dos Bis-

pos é o da INDISSOLUBILIDA-

DE DA UNIÃO CONJUGAL (nº

30).

Damos a palavra aos nossos

Bispos (extractos) e procurare-

mos iluminá-la com alguma

reflexão:

1) «A união indissolúvel é

uma exigência da dignidade

intrínseca do casamento».

BS: O amor é o elemento fun-

damental para realizar-se a

união matrimonial. Mas, este

amor é fortalecido pela união

‘até que a morte nos separe’.

O p r i nc í p i o d a u n ião

‘indissolúvel’ (não se pode

separar) não é uma ‘prisão’,

mas sim um meio para fortale-

cer o amor diante das dificulda-

des que aparecem na vida do

casal.

2) «Esta união no tempo e no

amor enraíza-se no dom pes-

soal e total dos cônjuges e

no facto de que os dois, já

não são dois, mas uma só

carne (Gen 2,24)».

BS: A união ‘até à morte’ só é

possível se no casal existe des-

de o princípio a doação, a

entrega total e exclusiva do

homem para a mulher, e de

esta para o homem. Não pode

haver ‘meias tintas’, ou ‘tudo ou

nada’. São ‘UM’.

3) «Cada um (homem e

mulher) tem o dever de traba-

lhar no sentido de criar con-

dições favoráveis à manuten-

ção da unidade e da estabili-

dade conjugal e familiar e

que eliminem tudo que possi-

bilita situações de infidelida-

de, separação, divórcio, poli-

gamia, promiscuidade e até

mesmo a bigamia de que

estamos a falar».

BS: O amor matrimonial não

pode ser ingénuo. É necessário

cultivá-lo, alimentá-lo, fortalecê-

lo. Tem de ser um amor criativo

e constante. O dia do casa-

mento é o início da entrega

total do amor, não é o fim.

Se o amor não cresce com for-

ça e vitalidade, rapidamente

aparecerão as ‘tentações’ e os

‘inimigos’ do casal, vestidos

normalmente de ‘soluções’ que

estragam a união matrimonial,

rompem a família e se origina

um desencadear de traumas

afectivos e sociais que marcam

negativamente a vida das pes-

soas. Os Bispos aqui indicam

uma triste lista.

4) «Ao Estado cabe o dever

de criar ‘condições que per-

mitam aos indivíduos, às

famílias e à sociedade como

tal, alcançar, plena e facil-

mente, a própria perfei-

ção’ (Gaudium et Spes 50)»

BS: As leis devem favorecer a

união e não a divisão.

No recente encontro em Joa-nesburgo, dos Delegados Pro-vinciais da Pastoral Juvenil em África, presididos pelo Conse-

lheiro Geral para a PJ, aprovou-se que um dos pontos de tra-balho importante a potenciar nos próximos anos na nossa PJ em África será o tema da família.

O BS inicia a publicar diversos artigos e textos que nos aju-dem a situar a problemática nacional e mundial da família e a resposta que a Igreja ofe-rece a todos os matrimónios e

famílias.

º

«Ninguém pode ignorar ou

subestimar o papel decisivo da

família, célula básica da socie-

dade, dos pontos de vista

demográfico, ético, pedagógi-

co, económico e político.

Ela possui uma vocação natu-

ral para promover a vida:

acompanha as pessoas no seu

crescimento e estimula-as a

enriquecerem-se entre si atra-

vés do cuidado recíproco.

De modo especial, a família

cristã guarda em si o primordial

projecto da educação das pes-

soas segundo a medida do

amor divino.

A família é um dos sujeitos

sociais indispensáveis para a

realização duma cultura da

paz.

É preciso tutelar o direito dos

pais e o seu papel primário na

educação dos filhos, nomeada-

mente nos âmbitos moral e reli-

gioso. »

(Bento XVI na mensagem para a

Jornada da Paz, 1 Janeiro 2013)

º

‘Oferece tudo o que fazes ao Senhor, pede a sua ajuda em todas as cir-

cunstâncias da vida, e lembra-te de que Ele está sempre ao teu lado’.

(1º twitter enviado pelo Papa a esta rede social, 12.12.12

São respostas em tempo de crise! Por isso, bem-vindos estes

meios modernos que nos facilitam estas publicações!

O encarregado da Web da Congregação Salesiana, P. Julião Fox,

publicou no jornal salesiano da região Australásia o seguinte

comentário sobre o nosso BS de Moçambique em blog:

As novas tecnologias da

Comunicação Social são um

novo campo de trabalho para

as nossas publicações salesia-

nas.

O Boletim Salesiano de

Moçambique leva bastante

tempo sem ser imprimido em

papel por causas económicas:

elevado custo da impressão

para poucos exemplares.

Aproveitando as novas técni-

cas, desde o mês de Maio de

2012 o BS de Moçambique

está a ser publicado em inter-

net utilizando o BLOG: ele é

gratuito, permite-nos chegar a

mais pessoas (inclusive atra-

vés dos celulares muito utiliza-

dos pelos jovens!).

Outra vantagem do Blog do Bs

é que permite colocar as noti-

cias actualizadas quase diaria-

mente e enviamos a informa-

ção da publicação de notícias

às redes sociais de Facebook e

Twitter.

Também, procuraremos publi-

car bimensalmente a edição do

BS em PDF para ser enviado

via e-mail ou ser lido em inter-

net.

Cada leitor ou comunidade

salesiana pode também impri-

mir na sua casa, a cores ou em

branco e preto, o BS.

º

AS PREOCUPAÇÕES DE DOM

BOSCO ESCRITOR E O CARÁ-

TER PECULIAR DAS MEMÓRIAS

DO ORATÓRIO

Nos encontramos perante um dos

escritos mais pessoais, vivos e

intensos de Dom Bosco...:

+ onde ele faz uma releitura do iti-

nerário formativo pessoal centrado

na realização da vocação-missão

oratoriana;

+ faz emergir a variedade das

facetas que conotam os seus qua-

dros mentais;

+ os traços espirituais mais em

consonância com o seu mundo

interior;

+ as atitudes educativas e pasto-

rais que melhor qualificam o seu

modelo de educador religioso;

O livro ‘Memórias do Oratório’, é um texto importante para com-

preender os elementos essenciais do carisma salesiano ao serviço dos jovens pobres. Neste livro, Dom Bosco mostra-nos o seu coração apostólico, as suas intuições educativas, a sua capacidade criativa a favor dos

jovens, seu coração cheio de Deus e de Amor. A partir deste número iremos apresentando alguns comentários recentes realizados pelo ‘experto

salesiano’ padre Aldo Giraudo sobre o livro. Ele nos ajudará a conhecer e compreender mais a Dom Bosco (me permito apresen-tá-los duma forma livre mas res-peitosa com o conteúdo).

Paralelamente, iremos colocando imagens que narram momentos importantes da vida de João Bos-co descritos nas Memórias do Oratório (MO).

º

+ o estilo e as atividades mais ori-

ginais e qualificantes do seu Ora-

tório.

AS MOTIVAÇÕES DESTE

ESCRITO DAS MO

Este escrito foi realizado aproxi-

madamente entre os anos 1873 e

1875 (ano da primeira expedição

missionária).

Várias são as motivações e convi-

ções para escrever as MO:

+ aquela que ele expressa na

introdução: obedecer «uma ordem

de pessoas de suma autoridade, a

que não era permitido pôr reser-

vas de qualquer espécie» (o

Papa);

+ a convicção de que o Oratório

era uma instituição querida por

Deus como instrumento para a

salvação da juventude nos tempos

novos...;

+ estamos numa época em que

Dom Bosco está terminando de

consolidar a Congregação Sale-

siana intentando superar muitos

problemas e, seguindo uma atitu-

de habitual nele, narrador por

vocação, e para incentivar o apoio

das autoridades, a simpatia da

opinião pública e a cooperação

económica recorre a apresentar a

fundação ‘histórica’ da sua Obra

com o retorno às origens do seu

compromisso entre os rapazes, de

justificação e de informação sobre

as suas opções;

O ORATÓRIO COMO PONTO

FOCAL

+ Não o move a ideia de deixar

aos vindouros a história da sua

própria vida, mas sim e principal-

mente a preocupação de traçar o

percurso e a identidade do Orató-

rio na sua inspiração, nos seus

destinatários, nas condições que

º

favoreceram ou retardaram a sua progressiva realização e nos

elementos que distinguem a sua missão, método e conotações

características:

+ Nas MO a história do Oratório

entrelaça-se com a história interior

do narrador (o próprio DB) e com

a dos discípulos-continuadores e

prolonga-se do passado para o

futuro.

+ As MO são uma transmissão de

um património de família e íntimo

compartilhado pelo Autor (DB) e

pelos leitores (SDB), unidos espiri-

tualmente na adesão total da vida

a um ideal vocacional (o livro por

ordem de DB era só para ser lido

pelos salesianos):

+ Dom Bosco especifica as finali-

dades do livrinho MO:

«Servirá de norma para superar

as dificuldades futuras, tirando

lição do passado;

servirá para dar a conhecer como

o próprio Deus conduziu sempre

tudo;

servirá aos meus filhos de ameno

entretenimento...»

Aldo Giraudo, ‘A importância histórica e

pedagógico-espiritual das Memórias do

Oratório’, em «Memórias do Oratório», 2ª

ed., Edições Salesianas, Porto 2012, pp i-

xxv

º

Assim escrevia aos seus noviços no 5 de março de 1877 o P. Francisco Bodrato, primeiro inspector em Argentina e que conheceu a Dom Bosco:

º

Desde o

início do

O r a t ó -

rio, Dom

B o s c o

sempre

teve ao

seu lado

sacerdotes diocesanos e

homens e mulheres de Turim

que o apoiaram física e mate-

rialmente. Ele mesmo o conta

nas Memórias do Oratório:

«Assim que a Obra dos Ora-

tórios começou em 1841,

alguns piedosos e zelosos

padres e leigos vieram em

ajuda para cultivar a messe

que desde então se apresen-

tava copiosa entre os joven-

zinhos em perigo. Estes

Colaboradores ou Coopera-

dores foram sempre o apoio

das Obras Pias que a Divina

Providência nos punha entre

as mãos».

O ‘Colaborador/Cooperador’

salesiano abrangia uma cate-

goria diversa de pessoas: os

cooperadores com promessa,

os que o apoiavam economica-

mente, os simpatizantes.

O P. Pascual afirma que era

bom ‘recuperar esta intuição

genial de Dom Bosco, potencia-

da pelo Padre Rua e sucesso-

res, que tornou possível a difu-

são mundial da Obra salesia-

na’.

No dia 1 de Junho de 1885

Dom Bosco apresenta numa

conferência a figura do Coope-

rador salesiano:

«Ser Cooperador salesiano

quer dizer concorrer junto

com os outros para apoiar

uma obra que tem por finali-

dade ajudar a Santa Igreja em

suas mais urgentes necessi-

dades; quer dizer concorrer

para promover uma obra mui-

to reco-

m e n d a -

da pelo

S a n t o

P a d r e ,

p o r q u e

e d u c a

os jo-

venzinhos à virtude, ao cami-

nho da Santidade, porque

tem por finalidade principal

instruir a juventude que hoje

em dia tornou-se alvo dos

maus, porque promove em

meio ao mundo, nos colé-

gios, nos internatos, nos ora-

tórios festivos, nas famílias,

promove, digo, o amor à reli-

gião, o bom costume, as ora-

ções, a frequência aos Sacra-

mentos, e assim por diante».

Um artigo do Regulamento dos

SSCC apresenta com claridade

e com palavras actuais quem é

o Salesiano Cooperador:

«O Cooperador é um católico

que vive a sua fé inspirando-se,

dentro da própria realidade

secular, no projecto apostólico

de Dom Bosco: empenha-se na

mesma missão juvenil e popu-

lar, de maneira associada e fra-

terna; sente viva a comunhão

com os outros membros da

Família Salesiana; trabalha

para o bem da Igreja e da

sociedade; de maneira adequa-

da à própria condição e às suas

possibilidades concretas".

Termina o Padre Pascual resu-

mindo as intenções deste artigo

que nos lembra que ‘o coopera-

dor é um verdadeiro salesiano

no mundo, ou seja, um cristão,

leigo ou padre, que sem as

amarras dos votos religiosos,

realiza a própria vocação à

santidade a serviço da missão

juvenil e popular segundo o

espírito de Dom Bosco’.

(Textos extraídos da mensagem do

Reitor-Mor ao B. S., Outubro 2012)

NOEMIA BERTOLA

Nova Coordenadora Mundial

dos Salesianos Cooperadores

Biografia: Doutora em Línguas

e Literaturas estrangeiras,

casada há quase 40 anos, mãe

de duas filhas e avó de quatro

fantásticos netos, há 35 anos

funcionária em Roma Capital e

por vários anos, de modo parti-

cular, entregue à formação pro-

fissional de jovens, aonde leva

seu entusiasmo salesiano…

Estes alguns dos traços da

nova Coordenadora Mundial

dos Salesianos Cooperadores,

para tal nomeada, sábado, 10

de Novembro, no encerramen-

to do 4° Congresso da Asso-

ciação fundada por D. Bosco.

É a primeira mulher a ser Coor-

denadora Mundial. Que sente?

U m a

vivíssima

s e n s a -

ção de

respon-

sabilida-

de. . .Es-

p e c i a l -

m e n t e

em con-

comitân-

cia com a aprovação definitiva

do nosso Projeto de Vida apos-

tólica. Deverá agora esse Pro-

jeto difundir-se por todos os

níveis associativos, entrar no

coração de cada Cooperador,

tornar-se um instrumento de

fundo na caminhada pelo rumo

da santidade. (extracto de ANS)

º

1) «A fé tem que ser em nós

uma chama de amor, uma cha-

ma que realmente acenda o

meu ser, que seja uma grande

paixão do meu ser, e assim

acenda ao próximo. Este é o

modo da evangelização: … que

a verdade se faça em mim cari-

dade e a caridade acenda

como fogo também no outro».

2) «Jesus é o centro da fé cris-

tã»

3) «A fé vivida abre o coração à

Graça de Deus que liberta do

pessimismo».

4) «Este Ano de Fé: uma pere-

grinação nos desertos do mun-

do contemporâneo, levando

consigo somente o que é

essencial…, o evangelho e a fé

da Igreja

5) «A Igreja tem o dever de

evangelizar, de anunciar a

mensagem da salvação aos

homens que ainda não conhe-

cem Jesus Cristo…. Todos os

homens têm o direito de conhe-

cer Jesus Cristo e o seu Evan-

gelho»

1- VIDA DAS COMUNIDADES: «...Incremento do número de cris-

tãos e de catecúmenos; Continuamos a sentir a falta de um núme-

ro suficiente de Padres para atender adequadamente a vida das

comunidades. Isto obriga-nos a todos, a um renovado e qualificado

esforço pela promoção das vocações sacerdotais e religiosas».

2– CLIMA SOCIAL: «O ambiente sócio-político e económico é fon-

te de grande ansiedade para muitos:

+ Perante inumeráveis situações problemáticas do dia a dia, muitos

se interrogam sobre as condições de vida, a segurança dos seus

bens e das suas vidas;

+ a posse da terra que cultivam e onde moram;

+ a verdade e a solidez da Paz;

+ o entendimento entre os que gerem a coisa pública;

+ ocupação de terras por parte dos mega-projectos que obrigam as

populações a abandonarem os seus lugares naturais de residência

e de cultivo;

+ aumento da criminalidade, com assaltos à mão armada em casa,

nas ruas, nas praças, tanto nas cidades e quanto nas vilas e nas

aldeias.

+ as populações continuam a ter uma vida muito dura, marcada por

uma situação de pobreza cada vez mais acentuada, sobretudo, nas

zonas rurais do país.

+ Não obstante haja

cada vez mais riqueza,

OS POBRES

SÃO CADA VEZ

MAIS

POBRES».

(Continuará)

Desde o mês de Outubro até ao 24 de Novembro de 2013 a Igreja está vivendo o ANO DA FÉ.

O Papa Bento XVI convida-nos a crescer na fé para revigorar o nosso testemunho missioná-rio. Nos diversos BS colocaremos textos do Papa que ajudem a viver esta ‘ano especial’.

O 13 de Novembro de 2012 o Presidente da Conferência Episcopal de Moçambique

(CEM) publicou um comunica-do dos Bispos intitulado “Para que a minha casa fique cheia (L 14,23)”. Ao longo de vários BS iremos colocando textos desta men-

sagem dos nossos Pastores que querem ajudar-nos a ilu-minar desde a fé a realidade da nossa sociedade.

º

Uma constatação: «O nosso

tempo… requer um renovado e

concorde empenho na busca

do bem comum, do desenvolvi-

mento de todo o homem e do

homem todo»

Focos de tensão no mundo:

> «Crescentes desigualdades

entre ricos e pobres»

> «Predomínio duma mentali-

dade egoísta e individualista»

> «Um capitalismo financeiro

desregrado»

> «Variadas formas de terroris-

mo e criminalidade internacio-

nal»

> «Fundamentalismos e fana-

tismos» religiosos

Barreiras que eliminar:

> «O desmantelamento da dita-

dura do relativismo e da apolo-

gia duma moral totalmente

autónoma»

> «Renunciar à paz falsa...;

refiro-me à paz que torna as

consciências cada vez mais

insensíveis, que leva a fechar-

se em si mesmo, a uma exis-

tência atrofiada vivida na indife-

rença»

Uma esperança:

+ «As inúmeras obras de paz

de que é rico o mundo»

+ «A vocação natural da huma-

nidade à paz: Em cada pessoa

anelo por uma vida humana

plena, feliz e bem sucedida»

Palavras para reflectir:

* «Jesus Cristo dá-nos a paz

verdadeira, que nasce do

encontro confiante do homem

com Deus.»

* «Há necessidade de propor e

promover uma pedagogia da

paz. Esta requer uma vida inte-

rior rica, referências morais cla-

ras e válidas, atitudes e estilos

de vida adequados»

* «É necessário ensinar os

homens a amarem-se e educa-

rem-se para a paz, a viverem

mais de benevolência que de

mera tolerância»

Paz a construir:

> «A paz envolve o ser humano

na sua integridade e supõe o

empenhamento da pessoa

inteira: é paz com Deus, viven-

do conforme à sua vontade; é

paz interior consigo mesmo, e

paz exterior com o próximo e

com toda a criação»

> «A paz é uma ordem de tal

modo vivificada e integrada

pelo amor, que se sentem

como próprias as necessidades

e exigências alheias, que se

fazem os outros comparticipan-

tes dos próprios bens e que se

estende sempre mais no mun-

do a comunhão dos valores

espirituais»

> «A difusão duma pedagogia

do perdão. Na realidade, o mal

vence-se com o bem, e a justi-

ça deve ser procurada imitando

a Deus Pai que ama todos os

seus filhos (cf. Mt 5, 21-48)»

> «A pedagogia da paz implica

serviço, compaixão, solidarie-

dade, coragem e perseveran-

ça»

Os obreiros e âmbitos da paz

> «O obreiro da paz, segundo a

bem-aventurança de Jesus, é

aquele que procura o bem do

outro, o bem pleno da alma e

do corpo, no tempo presente e

na eternidade»

> «Os verdadeiros obreiros da

paz são aqueles que amam,

defendem e promovem a vida

humana em todas as suas

dimensões: pessoal, comunitá-

ria e transcendente»

> «Também a estrutura natural

do matrimónio, como união

entre um homem e uma

mulher, deve ser reconhecida e

promovida...»

> «Entre os direitos humanos

basilares mesmo para a vida

pacífica dos povos, conta-se o

direito dos indivíduos e comuni-

dades à liberdade religiosa…»

> «É prioritário o objectivo do

acesso ao trabalho para todos,

ou da sua manutenção»

> «Concretamente na activida-

de económica, o obreiro da paz

aparece como aquele que cria

relações de lealdade e recipro-

cidade com os colaboradores e

os colegas, com os clientes e

os usuários»

> «Os obreiros da paz são cha-

mados a trabalhar juntos em

espírito de solidariedade,com o

objectivo de colocar os agricul-

tores em condições de pode-

rem realizar a sua actividade

de modo digno e sustentável

dos pontos de vista social,

ambiental e económico»

Como todos os anos o Papa nos entrega ao início de cada ano uma mensagem para vivermos na Jornada da Paz,

que a Igreja celebra em ora-ção no dia 1 de Janeiro. Apresentamos as ideias cen-trais da mensagem para o ano 2013.

º

Queridas Irmãs e Jovens em

Formação, Caras Comunida-

des Educativas, Benfeitores

e Amigos, Caríssimos

Jovens, “

Meu Pai é glorificado quan-

do produzis muito fruto e

vos tornais meus discípulos:

Permanecei no meu amor”

Jo. 15, 8

Neste último número do ano o

COMUNICANDO quer ajudar-

nos a elevar um hino de louvor

a Deus por tudo quando vive-

mos, sobretudo as celebra-

ções dos 60 anos de presen-

ça carismática em Moçambi-

que.

No ano passado (2011) foi

proclamado o ano jubilar para

a nossa Inspectoria e com ale-

gria todas acolhemos a iniciati-

va. Na verdade foi um ano de

bênçãos especiais para a Pro-

víncia, estas foram mediadas

pela visita canónica feita pela

Ir. Alaíde Deretti, pela passa-

gem da relíquia de Dom Bosco

em terras moçambicanas, pela

celebração dos 140 anos da

fundação do Instituto, pelo

aprofundamento do significado

de 60 anos de caminho sob as

pegadas de Dom Bosco e

Madre Mazzarello, pela cele-

bração da profissão perpétua

das nossas Irmãs.

A partir do mês de Agosto a

Equipa Inspectorial e de

modo particular o âmbito da

Formação ofereceu-nos várias

celebrações, material de refle-

xão que levaram-nos a apro-

fundar a história do Instituto

em Moçambique. Foi bonito

perceber com que interesse as

comunidades acolheram todas

as propostas, as gerações

mais novas foram descobrindo

com que amor, grande sacrifí-

cio e visão de futuro foi-se

construindo esta nossa queri-

da Inspectoria.

A oração da nossa história foi

um forte elo de união e nos

percebíamos cada vez mais

fortalecidas pelo Pão Eucarísti-

co, o Vinho carismático e a pre-

sença materna de Maria.

Ao longo do ano celebrativo

sentimo-nos acompanhadas

pela Madre e por todas as

Irmãs do Conselho Geral. A

presença da Ir. Emília Musatti

enviada expressamente pela

Madre para acompanhar-nos

nas celebrações conclusivas

do jubileu foi a manifestação de

um amor de predilecção por

parte de Deus, dos nossos

santos fundadores e da nossa

querida Madre Geral.

A vivência da celebração em

Maputo, na Paróquia de S.

José de Lhanguene além da

gratidão pelos 60 anos, cele-

bramos o dom da entrega da Ir.

Lúcia José Nhantumbo um

dos tantos frutos dos 60 anos

de presença.

Em Inharrirme foi um grande

hino à Providência que de um

maneira excepcional fez-se

presente ao longo da nossa

história. A Providência tem ros-

to universal, internacional e

intercultural, visibilizada pelas

autoridades civis e locais, por

várias Inspectorias, pelos Sale-

sianos de Dom Bosco, pelos

benfeitores, pelos amigos,

pelas ONG´s, pelas comunida-

des educativas e pelos jovens.

No Chiúre a gratidão teve a

tonalidade missionária, que tor-

nou ainda mais forte o apelo à

abertura aos vastos horizontes

pois, além fronteiras moçambi-

canas há jovens por levar o

anúncio de Cristo e o carisma

de Dom Bosco e de Madre

Mazzarello, é preciso partilhar

com generosidade o dom rece-

bido gratuitamente...

Que Maria, a Virgem Imacula-

da Auxiliadora continue a

acompanhar a grande missão

salesiana... Desde já desejo a

todas/os Feliz Natal. Que pos-

samos reconhecer a presença

do nosso Deus que vem colo-

car a Sua tenda no meio de

nós...

Em comunhão com todas,

Ir. Paula Cristina Langa

Provincial Fma

º

Encontro de formação e

Programação Anual

da Equipe de Pastoral

De 10 à 15 de Dezembro, as FMA que trabalham

na pastoral, encontraram-se no Bilene para a for-

mação e programação da pastoral 2013.

Reflectiram sobre vários documentos da Igreja

nomeadamente: Porta Fidei, a reflexão sobre o

documento do Vaticano II, o Catecismo da Igreja

Católica e a reflexão do texto da 13ª Assembleia

Ordinária do sínodo dos Bispos (de 7 à 28 de Outu-

bro) com o tema ‘A Nova Evangelização para a

transmissão de Fé’. Estes documentos foram todos

apresentados pelas FMA e foi muito proveitoso, é

de louvar.

A seguir os documentos da Igreja, entraram no

estudo dos documentos do Instituto.

Trabalharam com a reflexão da vídeo-conferência

do âmbito da pastoral do Instituto das FMA; o estu-

do do documento LOME e por fim avaliação e pro-

gramação anual da pastoral.

Ir. Aida, fma

Nos dias 5 a 9 de Novembro

em Addis Ababa (Etiópia)

decorreu um encontro alusivo a

Jornadas de Estudo sobre a

Missão e o Primeiro Anúncio

de Cristo em África e Madagas-

car.

Tais jornadas têm como objeti-

vo fomentar discussões reflexi-

vas e uma reflexão contextuali-

zada mais profunda sobre a

importância do Primeiro Anún-

cio em África...

O primeiro Anúncio tem um

papel decisivo, pois o seu obje-

tivo é despertar o interesse em

conhecer a pessoa de Jesus

Cristo...

Existem pistas orientadoras

que deverão ser ruminadas

com cada membro da nossa

inspectoria e juntas encontrar-

mos novas estratégias que se

adequam às nossas realidade

e em contextos aonde precisa-

mos de evangelizar com os pri-

meiros fundamentos que suge-

rem o Primeiro Anúncio.

Ir. Maria da Graça Fma

Promovido pelos Dicastérios das Missões de Sdb e Fma, realizou-se um encontro conti-nental salesiano missionário.

De Moçambique participaram a Ir. Maria da Graça Fma, e o P. André Kazembe sdb.

º

Carissimos missionários sale-

sianos e amigos das Missões

Salesianas!

Algumas semanas atrás recebi

no Japão um presente muito

apreciado: a Ir. Rosa, FMA de

82 anos, pintou no decorrer dos

Exercícios Espirituais, toda a

Caminhada da fé de Maria.

Num rolo de papel contínuo, de

q u a s e 4 me t r o s d e com-

primento, desfilam os quadri-

nhos de todo o Seu caminhar:

desde o SIM até ao Cenáculo

com os Apóstolos a esperar

pelo Pentecostes. Recorda-nos

esse rolo o fundamento da nos-

sa vida cristã. E lembra-nos

que a caminhada da fé não se

pode deter!

À direita do Tríptico de Apareci-

da (2007), presenteado pelo

Papa Bento XVI à Igreja da

América, existem três cenas

bíblicas de escuta; e à sua

esquerda três episódios de

anúncio.

As dinâmicas da fé viva são

simples: ouvir Jesus Cristo

(Vinde a mim!) e deixar-se

enviar por Ele (Ide e procla-

mai)!

Na caminhada do Advento de

2012 convido a viver com um

coração mais aberto a Jesus

Cristo.

Encontramo-lo na Palavra e na

Eucaristia. Também em nossos

jovens, especialmente nos não

cristãos.

Graças aos jovens – que espe-

ram por nosso testemunho e

palavra de fé – podemos viver

cada vez mais o mandato mis-

sionário de Jesus Cristo!

P. Václav Klement, SDB

Conselheiro para as Missões

O mapa-mundi do que fala

P. Pascual no texto

O Reitor-Mor com os novos missionários sdb da 143 expedição. À sua direita, o P. Václav

º

Na minha adolescência, parti-

cipei de grupos juvenis. Ouvi muitas vezes as experiências dos missionários em que se contavam suas aventuras e difi-culdades. Isso despertou em mim o desejo de ser sacerdote, de ir trabalhar em terras de missão no meio dos jovens. Creio que foi isso que me fez pensar, pela primeira vez e seriamente, no chama-do de Deus a segui-lo mais de perto. Por outro lado, o testemu-nho de tantos sacerdotes que se devotam totalmen-te ao trabalho sacerdotal, ver a alegria em seus semblantes por tudo o que fizeram, foram motivos para eu também res-ponder a Deus. Vendo além disso os proble-mas do mundo, especialmente dos jovens, fez-me considerar: ‘Se Jesus Cristo deu a sua vida por mim, por que não dedicá-la eu também pelo bem dos outros, como resposta ao Seu grande amor?’.

Por ocasião do 150 ° Aniversá-

rio da nossa Congregação

Salesiana, o Reitor-Mor, P.

Pascual Chávez, pedira a cada

Inspetoria mandasse um Sale-

siano a trabalhar nas Missões.

Eu pedira para ser missionário

ainda no noviciado e recordei

ao Inspetor esse meu desejo e

pedido. O Ins-

petor aceitou

de boa mente.

Agora, muitos

me pergun-

tam: «Se tam-

bém o México

precisa

de missioná-

rios, por que

deseja ser

m iss ioná r io

"ad gentes”?

Pouco a pouco fui descobrindo

a resposta: a fé deve ser vivida

sem fronteiras. Se Deus me dá

o presente da vocação missio-

nária, devo responder com

generosidade. Mais: Deus não

deixa vazio o lugar de um mis-

sionário que parte para as mis-

sões.

Além disso, Deus abençoa a

quem dá com generosidade.

Madre Teresa de Cal-

cutá, disse um dia: «É

preciso doar até que

doa», isto é, doar da

nossa pobreza. Foi o

que fez minha Inspeto-

ria, embora o México

precise tanto de mis-

sionários para desper-

tar a fé em muitas

pessoas e a esperan-

ça em tantas outras

que vivem no medo,

na insegurança, na

pobreza espiritual e

material. E embora

também o México pre-

cise tanto de missio-

nários, julgo realmente que,

através do nosso testemunho

de vida, vivendo com alegria o

Seu chamado, haverá Deus de

suscitar entre os nossos

jovens, vocações para traba-

lhar pelos necessitados, no

México e no mundo.

Deus chamou-me a trabalhar

no Peru. Como missionário

salesiano, vivo muito feliz com

a minha vocação, porque senti

mui de perto a presença de

Deus que me chamou a parti-

lhar a sua missão em outros

países, com outros jovens. Sei

que Deus tem muitos projetos a

meu respeito. E eu estou dis-

posto a dizer "sim", com o

auxílio da nossa Mãe, a

Auxiliadora.

Aos jovens salesianos, eu

digo: ‘Se Deus os chamar

para as missões, não hesi-

tem em responder. Ele os

abençoará copiosamente.

Vale a pena entregar a

própria vida em lugares a

que Ele nos chamar!

P. Alfonso Abarca Patricio

Mexicano, missionário no Peru

A Madre Geral das Fma entregando a cruz missionária às FMA

º

PROJECTO EUROPA: REUNIÃO BIANUAL DOS

PROVINCIAIS DE EUROPA

Desde todo o mundo salesianos fomos con-vidados a fazer do ‘Projecto Europa’ o pro-jecto missionário de toda a Congregação para ‘revitalizar’ o carisma no continente que o viu nascer. Com este sentido de comunhão vamos publicando no nosso Bole-

tim Salesianos diversos artigos sobre o Pro-

jecto Europa, assim querido pelo último Capítulo Geral Salesiano.

Realizou-se aos 30 de Novembro, o IV Encontro de

Inspetores da Europa cujo objetivo era estudar alguns

temas que ajudarão a verificar o ponto de chegada e de repartida do Projeto Europa, iniciado pela Congregação salesiana em

Janeiro de 2009, em sintonia com o andar dos tempos e a caminhada da Igreja. Nos trabalhos, participaram também o Reitor-

Mor e os membros do Conselho Geral, chegados nesses dias dos quatro pontos cardeais.

Quatro os temas e os tempos de trabalho para os Inspetores da Europa:

o Reitor-Mor apresentou uma avaliação da realização do Projeto Europa feita graças a um questionário enviado a todos os

Inspetores;

Dom Salvatore Fisichella, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, apresentou no sába-

do de manhã o tema “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã na Europa”;

sábado à tarde o P. Vito Orlando relatou a pesquisa “Atenção aos migrantes e Missão salesiana nas sociedades multicultu-

rais da Europa”;

domingo de manhã os Inspetores da Europa foram convidados a fazer a projeção do futuro do Projeto Europa. (Fonte: ANS)

SDB E FMA PARTICIPANTES NO SÍNODO SOBRE A ‘NOVA EVANGELIZAÇÃO’

Em 22 de Outubro, o Reitor-Mor dos Salesianos, convi-

dou os padres sinodais para compartilhar um momento

de fraternidade na comunidade salesiana do Vaticano.

Participaram da reunião também outros membros do

sínodo – como Madre Reungoat e irmã Rosanna - e de

fora: cardeal Farina, dom Toso e padre Palombella.

Após o almoço, dom Malayappan Chinnappa, em nome

dos presentes, agradeceu ao Reitor-Mor e à comunida-

de do Vaticano. Madre Reungoat destacou a forte liga-

ção que une as duas ordens religiosas na missão evan-

gelizadora. O Reitor-Mor, por fim, ressaltou a caracte-

rística fundamental da evangelização nos contextos salesiano, comunitário e familiar.

Na foto: dom Malayappan Chinnappa, Don De Guzman, dom Bedini, dom Costelloe, padre Graulich, madre Reungoat, padre

Chávez, cardeal Farina, dom Bastres Florence, padre Pellini, dom dal Covolo, dom Vella, Dom Alves de Lima e irmã Rosanna.

(Fonte: ANS)

º

NASCE NA ÍNDIA UMA OBRA PARA

EDUCAR NOS DIREITOS DA

CRIANÇA E ADOLESCENTE

Segunda-feira, 3 de Dezembro, na

Casa Inspetorial de Bangalore, foi ofi-

cialmente lançado o Projeto CREAM

(‘Child Right Education and Action

Movement’ – Movimento de Ação para

a Educação aos Direitos da Criança e

do Adolescente).

É um projeto que visa chegar até às

crianças mais necessitadas do Estado

Sudoeste, de Karnataka, tanto dos

centros urbanos quanto das áreas

rurais, e construir deste modo uma

cultura de tutela aos direitos das crian-

ças e adolescentes, a fim de que pos-

sam crescer num ambiente adequado.

O P. Thomas Anchukandam, Inspetor

de Bangalore, voltou a insistir que os

salesianos na Índia participam direta-

mente da tutela dos direitos das crian-

ças através do Fórum para os Jovens

em estado de vulnerabilidade (YaR

Forum) e recordou quanto o indivíduo

seja produto da sociedade e da cultu-

ra em que vive, e das condições

sociais existentes durante o seu cres-

cimento.

Nos planos do CREAM se programa

igualmente a criação de mais de 450

clubes para os direitos das crianças, a

formação de 900 professores e 22 500

crianças sobre o Direito à Educação,

com o objetivo de chegar, nos três

próximos anos, a 75 000 crianças e

adolescentes. (Fonte: ANS)

Cidade do Cabo, África do Sul – 10 de

Dezembro de 2012 – Os salesianos

da Cidade do Cabo, da Visitadoria da

África Meridional, organizaram uma

festa de Natal para as crianças de

“Philippi”, zona periférica à cidade. No

dia 10 de Dezembro realizaram-se

jogos, deu-se uma breve explicação

do sentido do Natal, houve almoço e

distribuição de presentes às crianças.

(Fonte: ANS)

UMA GRANDE EQUIPA ARGENTI-

NA FUNDADA POR UM SALESIANO

O “Clube Atlético São Lourenço de

Almagro” é uma sociedade polides-

portivo argentina com sede em Bue-

nos Aires, conhecida principalmente

por seu ‘time’ de futebol... É um dos

cinco grandes times argentinos. Pou-

cos teriam podido imaginar semelhan-

te sucesso quando o ‘time’ nasceu

num oratório salesiano, graças à dedi-

cação do P. Lourenço Massa em

favor dos jovens.

Os meninos de Almagro, para divertir-

se, costumavam jogar pelas ruas um

novo desporto chegado da Europa e

conhecido pelo nome de “football”.

O P. Massa via-os jogar. Certo dia, ao

dar com um rapazinho que, para não

perder a bola, quase acabava debaixo

de um carro, fez àquela gentinha uma

proposta: poderiam continuar o seu

jogo num lugar bem mais seguro e

apropriado – o pátio do oratório –,

mas com uma condição: que depois

participassem da missa e do catecis-

mo – uma vinculação que os rapazes

logo aceitaram com muito prazer.

Com isso o padre havia conseguido

duas coisas: que eles crescessem

num lugar seguro e não lhes faltasse

a religião.

O P. Massa é também conhecido por

outra grande obra em favor da juven-

tude argentina: a fundação, junto com

o P. José Vesp ignan i , dos

“Exploradores de Don Bosco”, uma

versão salesiana do Movimento de

Escoteiros. Nascido ele também em

Almagro, difundiu-se depois por todo

o País. (Fonte: ANS)

Nairobi, Quénia – 24 de Novembro de

2012 – Realizou-se no dia 24 de

Novembro, na Casa salesiana ‘Bosco

Boys’, pertencente à Inspetoria da

África Leste (AFE), uma festa de

agradecimento. Presentes ao evento

o P. Sebastian Chirayath, diretor da

‘Bosco Boys’; o P. Gianni Rolandi,

Inspetor da AFE; o Embaixador da

Eslováquia com sua Família; Amigos;

e Benfeitores da Obra. O ato iniciou

com a entrega do Certificado a 38

Alunos, diplomados nas Escolas

superiores, e a quatro Alunos laurea-

dos, e com os agradecimentos aos

Amigos que apoiaram a Obra durante

os 22 anos da sua atividade. Foi,

enfim, também inaugurado um poço

munido de bomba para colher a água,

realizada por “Davis and Shirtliff” com

o contribuição de Cidadãos eslova-

cos. (Fonte: ANS)

º

CENTRO DE ESPIRITUALIDADE

‘EMAÚS’ DE MATOLA

Na Casa Salesiana de Matola, desde

o início deste ano de 2012 funciona

também o CENTRO DE ESPIRITUA-

LIDADE ‘EMAÚS’.

Este Centro está animado por toda a

comunidade salesiana: acolhimento,

pregação de retiro e reflexões, euca-

ristias e confissões…

O ‘Emaús’ está ao serviço da Diocese

e de toda a Família Salesiana. Estru-

turalmente pode acolher grupos

pequenos e grandes. Para poder ficar

vários dias, só pode acolher um máxi-

mo de 5 pessoas em regime de pen-

são completa.

Apresentamos os números dos partici-

pantes neste ano, Para ser o primeiro

estamos contentes e achamos que é

um caminho a cultivar e melhorar mui-

to mais.

Numero total de participantes 1 . 2 7 5

pessoas: sendo 598 jovens e leigos

das obras salesianas e 677 jovens e

leigos de obras não salesianas.

Realizaram-se 54 encontros, dos

quais: 21 retiros; 21 encontros forma-

tivos; 12 encontros de reflexão.

Vieram grupos de 11 paróquias: 2 de

paróquias salesianas e 9 de paróquias

não salesianas

O Centro de Emaús foi utilizado

durante 62 dias (média de 1,20 dias

por semana).

MOAMBA: ENCERRAMENTO DO

ANO LECTIVO 2012

No dia 17 de Novembro corrente, a

escola acolheu a última reunião para o

presente ano lectivo. A mesma contou

com a presença de professores, mem-

bros do Conselho Escolar, pais e

encarregados de educação e alunos.

No início, cantou-se o Hino Nacional e

seguiu-se a apresentação do relatório

final das actividades e resultados do

presente ano lectivo, na pessoa do

Director Adjunto Pedagógico.

O director da escola, o padre Arlindo

Matavele termimou o momento das

intervenções com o balanço geral e

análise do trabalho educativo propos-

to no Projecto Educativo Pastoral

Salesiano, PEPS 2012.

Para encerrar o encontro, antes da

entrega dos bolentins de notas e apro-

veitamento, ouviu a intervenção de um

representante dos encarregados de

educação e foram premiados os

melhores alunos da escola, neste ano

lectivo. Foram três rapazes e uma

rapariga (a melhor aluna da escola).

Ao nível do internato, o padre Francis-

co Pescador, director da obra e res-

ponsável do internato manteve um

encontro com os encarregados que

têm filhos ou educandos internos.

Com eles, explicou o percurso do ano,

as dificuldades, os avanços, as expec-

tativas e apelou aos encarregados a

continuarem a contribuir para o melho-

ramento do processo de educação e

acompanhamento dos seus educan-

dos, compromisso assumido e parti-

lhado pela equipa educativa do inter-

nato.

CHIÚRE NAS FÉRIAS

Foi assim que na escola comunitária

Dom Bosco (FMA), depois das aulas

normais foram programadas algumas

actividades de férias para os dias 5 á

17 de Novembro para os alunos que

frequentam as classes sem exame . O

objectivo central era, ensinar as activi-

dades e preparar para a celebração

do natal da Escola.

Teve se como lema: com alegria

vamos a Belém.

Para melhor organização, as crianças

foram distribuídas em pequenos gru-

pos a citar: desenho e pintura, onde

tiveram os assistentes que ajudaram

as crianças a ter gosto pela pintura e

desenho; Cestaria, também fizeram

vassouras, cestos e cilhas para tecer

as cadeiras e camas, tiveram 2 assis-

tentes para ajudarem a realizar a acti-

vidade; Bordado e costura, onde

aprenderam a fazer os pontos básicos

e m seguida saco de pão e saias, tam-

bém contaram com 2 assistentes;

Reforço escolar –para ajudar os alu-

nos o ABC; Futbool para desenvolver

as habilidades físicas das crianças;

Pauliteiros desenvolveram uma dança

típica feita com paus, e este grupo

além de dança tambem prepararam o

auto de natal acompanhado pelos

seus respectivos cantos.

No grande dia esperado, para a cele-

bração do natal e a divulgação do

aproveitamento pedagógico de todas

as classes até aquelas em enxame,

estiveram presente os pais e encarre-

gados de educação

Viveu-se um clima de familia.

º

ORATÓRIO DA MATOLA

O Oratório da Casa Salesiana de

Matola, organizou no sábado 18 de

Novembro de 2012, mais um Show-

Festa para terminar as actividades

deste curso. O tirocinante André Con-

de organizou o festival, sendo ajudado

pelos aspirantes.

Foram convidados vários grupos de

jovens e adolescentes para animarem

este encontro de alegria juvenil, assim

como o coadjutor salesiano, Ir. Viana

para mostrar a sua especialidade de

magia.

VISITADORIA: ENCONTRO DOS

COORDENADORES SDB DE PAS-

TORAL JUVENIL

Nos dias 17 e 18 de Outubro de 2012

realizou-se o encontro dos coordena-

dores de pastoral juvenil da Província.

Várias foram as novidades:

- era o primeiro encontro com o novo

Delegado Provincial da Pastoral Juve-

nil, P. Francisco Pescador;

- era a primeira vez que no encontro

participavam os Delegados Provinciais

da Dimensão Missionária e das

Comunicações Sociais;

- é de destacar, a presença de todos

os coordenadores, os de longe e os

de perto.

Começou o encontro com as exposi-

ções dos Delegados da D. Missionária

e das Comunicações S. apresentando

o caminho que devemos de realizar

para trabalhar em conjunto estes dois

âmbitos da missão salesiana junta-

mente com o âmbito da Pastoral Juve-

nil. É um mandato do CG 26.

Houve um momento em que cada

coordenador apresentou o caminho

realizado neste ano de 2012 na sua

Casa, estando sempre aberto um

momento de perguntas e aclarações.

No segundo dia, o Delegado Provin-

cial de PJ apresentou-nos o trabalho

realizado em Àfrica do Sul por todos

os Delegados Provinciais de PJ da

Região África-Madagascar.

Seguidamente, trabalhou-se na prepa-

ração do projecto de PJ para a Ins-

pectoria para o próximo ano 2013 à

luz das indicações gerais dadas pelo

Conselho Provincial para o programa

do próximo ano.

VISITADORIA: ENCONTRO FORMA-

TIVO SOBRE O SDB COADJUTOR

No dia 25 de Setembro realizou-se na

Visitadoria salesiana um encontro pro-

movido pela Comissão de Formação

sobre ‘O salesiano Coadjutor’.

Estavam presentes todos os jovens do

noviciado de Namaacha, pré-

noviciado de Moamba e os do 2º e 3º

ano do aspirantado da Matola. Partici-

param também vários salesianos

coadjutores e o Provincial P. Américo,

além dos membros da comissão de

Formação.

CORAIS NO ZOBWÈ

Realizou-se no Santuário-Paróquia da

Imaculada do Zobwè, sob os cuidados

pastorais dos salesianos, o festival

dos grupos corais, onde participaram

12 grupos corais.

Ficou em primeiro lugar neste festival

o grupo coral de Mussacama.

INHARRIME: CENTRO JUVENIL

As nossas actividades começam na

sexta-feira às 20 horas. Neste dia

fazemos jogos de futebol salão, dança

e jogos de mesa.

No sábado temos oferecido filme e

depois todos, procuramos no final,

descobrir a mensagem que o filme

traz para nós. É interessante esta

experiencia, pois está ajudar muitos

jovens a saber ler filmes e procurar

mensagens que o tal filme traz para a

nossa vida. A participação é positiva.

No domingo temos oratório das 14:30

às 17:30 h. em que nos ocupamos

mais das actividades desportivas.

Nas Terças-feira missa juvenil às 18

horas.

º

BS: O Padre Manuel Leal, termi-

nou os 6 anos de Provincial. Antes

foi 4 anos Delegado. 10 anos no

serviço de governo e animação

dos Salesianos de Moçambique.

Qual é o balanço geral que faz?

P.LEAL: O balanço a este nível é

sempre difícil de fazer e corre o ris-

co de ser incompleto, por se referir

a uma realidade grande e comple-

xa e que inclui dimensões e reali-

zações materiais, mas também

espirituais e educativas.

Em primeiro lugar julgo que se

conseguiu dar um certo rosto de

unidade à vida da Visitadoria, pro-

curando que o que se fizesse fos-

se fruto de um caminho conjunto

como comunidade inspectorial e

também como comunidades locais.

A visibilidade desta unidade está

nos projectos comunitários elabo-

rados ano após ano ou, a nível da

Visitadoria, na rica documentação

de referência para os vários secto-

res, nas estratégias para as esco-

las que foram elaboradas com a

colaboração de salesianos e lei-

gos. Essa mesma unidade se

expressava também nas reuniões

de Directores para programar em

conjunto a vida da Visitadoria, ano

após ano, nas avaliações de

acompanhamento que depois se

faziam e em que cada um, num cli-

ma fraterno, se expressava.

Em segundo lugar, parece-me

que os irmãos procuram viver a

sua vida consagrada salesiana

com seriedade e autenticidade,

procurando ser bons discípulos de

Cristo e imitadores de D. Bosco,

dedicando-se com todas as suas

energias à missão em favor dos

jovens. De facto admiro muito nos

meus irmãos a doação e entrega,

algumas vezes desafiando as pró-

prias forças e a própria saúde. O

bom nome e a consideração que

as autoridades, sobretudo têm por

nós é devido, em grande parte, a

essa dedicação.

Em terceiro lugar há realizações

concretas, algumas delas planea-

das há vários anos e depois aos

poucos concretizadas, ao nível de

estruturas e ao nível de organiza-

ção da Visitadoria. Julgo que neste

momento, embora haja, aqui e ali,

algo a melhorar, a Visitadoria e as

comunidades estão dotadas das

estruturas necessárias à missão e

conseguimos um nível de organi-

zação e coordenação, já razoável.

Parece estar claro para onde deve-

mos caminhar.

Houve acontecimentos que marca-

ram a vida da Visitadoria e dos

colaboradores. Estou a pensar na

visita do Reitor Maior, na recente

visita da relíquia de D. Bosco e na

celebração dos 50 anos da segun-

da presença salesiana em Moçam-

bique, com a realização do con-

gresso sobre o ensino profissional.

BS: Quais são os sonhos realiza-

dos?

P: LEAL: A elevação da Delega-

ção a Visitadoria ou Vice-província,

como dizem os de língua inglesa,

foi antes de tudo um desafio. Tra-

tava-se de pegar nas próprias

mãos a presença do carisma sale-

siano em Moçambique. Julgo que

continua a ser ainda um desafio,

porque tem a ver não apenas com

o crescimento, por exemplo numé-

rico dos salesianos, mas também e

sobretudo com a inculturação do

carisma. D. Bosco tem que ter um

rosto moçambicano e aos poucos

vai tendo. Graças a Deus temos

um bom número de jovens salesia-

nos, moçambicanos, embora não

sejam tantos como desejaríamos.

O facto de o próximo provincial ser

moçambicano é um fruto deste

caminho que muito me satisfaz.

A nossa Visitadoria é pequena, tal-

vez até demasiado pequena, mas,

como referi na primeira questão,

conseguimos caminhar juntos.

Fazendo o esforço de programar

juntos, incluindo também os leigos

quando era necessário. Embora

haja caminho a fazer, parece-me

que a Visitadoria adquiriu um estilo

de ser e fazer partilhado. Esta

questão é importante se tivermos

em conta que a nossa Visitadoria é

constituída por irmãos provenien-

tes de umas onze nacionalidades

diferentes e de quatro continentes.

Apesar das dificuldades, julgo que

conseguimos, crescer na qualida-

de da formação, sobretudo na for-

mação inicial... É um campo não

fácil e no qual se deverá continuar

a trabalhar.

Na Pastoral vocacional, elaborou

-se o projecto. As comunidades

têm claro que cada comunidade

deve ser um pré-aspirantado, mas

à hora de concretizar, em parte

devido a dificuldades do contexto,

ficamos ainda longe do projecto.

A pastoral juvenil, um campo que

me é especialmente querido, con-

seguiu criar uma estrutura de ani-

madores jovens quer a nível local,

quer a nível central, para o MJS e

ADS, alguns deles muito empe-

nhados e fiéis na animação dos

grupos e na organização de activi-

º

dades. Como Visitadoria, sinto que

há um desejo de trabalho conjunto

nos vários sectores, mas neste

campo necessitamos de crescer

mais.

A Família Salesiana, um campo

com alguma dificuldade, conseguiu

alguma renovação com a entrada

de membros mais jovens, vindos

do Movimento Juvenil, sobretudo

no caso dos Salesianos Coopera-

dores. A presença de grupos com

elementos em formação é uma

esperança. Os Antigos alunos cria-

ram a sua Associação, que espe-

ramos cresça...

Gostava de sublinhar também o

campo administrativo, razão pela

qual vim para Moçambique. Julgo

que conseguimos crescer muito...

Podemos falar do que se realizou

ao nível das escolas e centros

profissionais que nestes anos

passaram por reformas com tudo o

que isso significa de adquirir uma

nova mentalidade e maneira de

fazer seja dos leigos, seja dos pró-

prios salesianos. Falar da organi-

zação e coordenação das escolas

e centros profissionais, com a cria-

ção da secretaria técnica de apoio.

Finalmente podemos falar também

das estruturas. Elas são um

ganho para a Visitadoria... São

fruto de muitas boas vontades,

benfeitores e muito trabalho de

muita gente.

BS: Como vê a implementação do

carisma salesiano desde que ini-

ciou até agora?

P. LEAL: Para começar julgo que

devemos agradecer muito ao gru-

po dos salesianos que corajosa-

mente ficaram em Moçambique,

em tempos difíceis, em que viram

nacionalizadas as obras, tiveram

que procurar trabalho como qual-

quer cidadão e em que, em alguns

casos, foram submetidos a humi-

lhações pela ideologia marxista.

Depois veio o tempo da guerra,

com a escassez de meios, desde a

alimentação a outros bens. Julgo

que se não tivesse sido a persis-

tência destes irmãos a implanta-

ção do carisma em Moçambique

não seria o que hoje é.

O facto de os salesianos de

Moçambique terem passado a

serem uma Visitadoria, ajudou a

tomarem nas próprias mãos a res-

ponsabilidade da implantação do

carisma. Certamente há muito a

fazer na linha da inculturação do

carisma, mas o facto de a Visitado-

ria contar um bom número de sale-

sianos moçambicanos entusiasma-

dos e conscientes da sua identida-

de de salesianos de D. Bosco, um

número crescente de leigos identi-

ficados com o ideal de D. Bosco, é

uma esperança promissora de que

o carisma continuará o seu cami-

nho de lançar raízes cada vez

mais profundas em Moçambique.

BS: Uma mensagem para a Famí-

lia Salesiana de Moçambique

P. LEAL: D. Bosco foi um santo

que sonhou um vasto movimento

de pessoas, empenhados na sal-

vação da juventude. Em muitos

casos, antes de os salesianos che-

garem a alguns lugares, já lá esta-

vam outros membros da família

salesiana. Moçambique é um país

com uma grande parte da popula-

ção na idade juvenil com muitas

necessidades, antes de mais de

evangelização, mas também de

muitas outras coisas. Isso significa

que a Família Salesiana tem uma

grande machamba para trabalhar.

O mesmo zelo apostólico e a

audácia de D. Bosco devem conti-

Caros jovens, vivemos num mun-

do que nos quer fazer crer que o

bem e o mal são a mesma coisa;

que viver defendendo os valores

em que acreditamos não está na

moda. Parece ser melhor ser como

toda a gente, viver como todos

vivem, fazer como toda a gente

faz. Sede corajosos na afirmação

da vossa fé em Jesus, na defesa

dos valores do Evangelho e atra-

vés de comportamentos coerentes

com o que Jesus nos pede. No

contexto em que vivemos, ser cris-

tão é exigente e, por isso, necessi-

ta de jovens bem conscientes da

sua identidade de cristãos e não

de cristãos a meias. Não tenhais

medo de confiar a Jesus as vossas

vidas.

nuar a marcar o ritmo para a Famí-

lia Salesiana em favor dos jovens.

BS: Uma mensagem para os

jovens.

P. LEAL: Durante estes anos

sempre gostei de estar presente

nos diversos encontros dos jovens,

porque era uma maneira de partici-

par nas suas alegrias, mas tam-

bém ouvir as dificuldades e inquie-

tações, perante as incertezas do

futuro ou os desencontros que a

vida logo cedo, infelizmente, traz

para muitos. Percebi neles uma

procura e uma sede de se encon-

trarem verdadeiramente com

Jesus como amigo e confidente.

º

Manuel Mackson Catonda nasceu no dia 10 de

Outubro de 1976, na localidade de Zóbwè, distri-

to de Moatize, província de Tete. Em 1989 foi

baptizado e crismado.

Para fazer 9ª classe foi a Moatize, onde conhe-

ceu os salesianos e começou a sua caminhada

vocacional, até que no dia 23 de Dezembro de

2000 fez a profissão religiosa. Fez o tirocínio nos

anos 2003 e 2004 em Moatize e o ano 2005 foi

assistente dos noviços em Namaacha. Fez pro-

fissão perpetua no ano 1998 e seria ordenado

dois anos depois, no dia 22 de Agosto de 2010.

Ordenado sacerdote foi enviado à casa salesia-

na de Matola, casa da que viria a ser Director

um ano depois.

Faleceu na tarde do 4 de Dezembro de 2012.

Padre Tomás Missai. Nasceu em Mahipa-Ocua,

distrito de Chiúre, província de Cabo Delgado,

no dia 21 de Abril de 1975.

Em 1998 fez a primeira profissão religiosa como

Salesiano de Dom Bosco. De 2000 a 2002 reali-

zou o estágio prático. Fez a sua profissão perpé-

tua em 31 de Julho de 2005. Ao 6 de Agosto foi

ordenado Sacerdote.

Trabalhou nas comunidades de S José de Lhan-

guene, Missão de Moatize e Escola Professional

de Domingos Sávio em Inharrime.

Tinha sido nomeado director de Inharrime para o

triénio de 2011-2014.

Faleceu na tarde de 7 de Novembro de 2012.

“Trabalhemos como se nunca tivésse-

mos de morrer, e vivamos como se

tivéssemos que desaparecer em cada

instante” (D.Bosco, MB VII, 484)

“Eu sou a Ressurreição

e a Vida”

º

«Foi triste! Lamentamos bastante

depois de receber a noticia na reunião

dos ex-alunos em Luanda-Angola. Ele

foi um irmão, colega, amigo, compa-

nheiro de formação no noviciado. À

família salesiana dou os meus senti-

mentos» (Anónimo)

«Senhor, tu dás e tu levas, que o Teu

Nome seja bendito. Quero agradecer

a Deus o testemunho de Missai. Que

Deus o acolha no seu Reino» (P. Jean

Marc-Marie, AFC Congo)

«De Congo acompanhamos este nos-

so irmão. As nossas condolên-

cias» (Anónimo)

«Caro Pe. Americo. Em meu nome e

de toda a Diocese de Pemba, venho

«Nós aqui, os ex-alunos salesianos de

Angola. Continuamos a acompanhar

este grande irmão, que continua a ser

nas nossas mentes uma figura insub-

situível» (Abel Nanguede Tchapua)

«Lemos e cremos que Deus concorre

em tudo para o bem das suas criatu-

ras, porém os seus desígnios são

mesmo do seu exclusivo conhecimen-

to, cremos que é assim como Ele pre-

tende nos dizer que nos ama tanto e

ama a família salesiana. É imcom-

preensível o mistério da fé. Mas cre-

mos. Descanse em paz Padre Caton-

Ao Boletim Salesiano (blog) e ao Facebook do BS têm che-gado algumas mensagens de solidariedade e oração pelo

falecimentos dos nossos dois irmãos. Apresentamos algu-mas delas.

por meio deste, manifestar os nossos

sentimentos de dor e pesar pelo fale-

cimento prematuro deste nosso irmão

no Sacerdócio, Pe. Tomás Missai.

Aceite a nossa solidariedade nestes

momentos de dor e nossas ora-

ções» (Pe. Fernando Domingos Costa

C.P., Administrador Apostólico da Dio-

cese de Pemba)

«Não acredito, mas tenho de me con-

formar com a vontade de Deus. Que o

Senhor o tenha a este seu servo bom

e fiel. Apresento as minhas sinceras

condolências aos Salesianos da Visi-

tadoria de Moçambique e também à

família do Pe. Missai neste momento

de dor. Paz à sua alma» (Ir. Crispim

Hornay, Madeira-Portugal)

«Uma das coisas mais dificil é enten-

der o plano, o projecto que Deus tem

para connosco, ser Lápis de Jesus

Cristo é o que muitos almejam, e que

poucos conseguem, é muito difícil

aceitar uma realidade igual a esta,

muito difícil mesmo. Minhas sinceras

condolências a família e a congrega-

ção salesiana, que a alma do nosso

E d u c a d o r d e s c a n s e e m

paz» (Agostinho Fortunato, Maputo)

da» (Afonso Sebastião)

«Desde longe os meus pêsames à

Visitadoria de Moçambique. Lembro-

me muito bem, que Pe. Manuel

Catonda foi a primeira pessoa que

nos acolheu quando chegamos ao

aspirantado no dia 29 de Dezembro

de 1999 para podermos começar o

noviciado em Namaacha. Foi o gran-

de amigo, conselheiro, homem de paz

sempre sorridente. Era o homem

paciente, compreensivo, no grupo era

a pessoa mais calma...Que o P.

Catonda descanse em Paz nas mãos

lindas de Deus, ao lado de Dom Bos-

co nosso Pai e ao colo da Nossa Mãe

Maria Auxiliadora» (Ir. Fernando Mun-

gole, Cabinda-Angola)

«O falecimento físico do Padre Caton-

da também é sentido por todos nós.

Em nome dos Pré-noviços de Angola

gostaria de dar os mais sentidos senti-

mentos de pesar. Que a sua alma

descanse em Paz» (Domingos Casua

de Oliveira)

«Só Deus é que sabe quanto me fez

tão bem ter conhecido este Padre.

Homem Humilde, cheio de bondade e

sabedória. Que a sua Alma Descanse

em Paz» (Manuel António Chico)

«Tive a graça de lhe acompanhar no

Noviciado em Namaacha. Que Deus

abençõe Mozambique com muitas e

Santas Vocações como esta. Paz à

sua Alma» (Juan Hernández, Angola)

«Paz eterna à alma deste Padre que

tinha sempre um sorriso no rosto para

oferecer. Que o Senhor o tenha.

Amém» (Cintia Flores)

«Meus sentimentos a toda a família

salesiana da Inspectoria. Nestes

momentos tão difíceis para a Provín-

cia salesiana contam com a minha

oração» (Francisco Bravo Gil)

MENSAGENS PELA MORTE DO

PADRE TOMÁS MISSAI:

MENSAGENS PELA MORTE DO

PADRE CATONDA:

º

No dia 11 de Agosto de 2012 realizou-se na capela da Casa da Visitadoria dos salesianos um acto importante: a tomada

de posse do Padre Américo Raul Chaquisse como novo Visitador (Provincial) da Visita-doria ‘Maria Auxiliadora’ de Moçambique, desde 2012 até ao ano 2018.

A presidir a cerimónia da Eucaristia e da tomada de posse, esteve presente, em nome do Reitor-Mor, o Pe. Guillermo Basañes, Regional de África e Madagascar.

Também foi um momento para agradecer ao Pe. Leal o seu trabalho de Visitador durante os últimos seis anos. Estiveram presentes membros

de todas as comunidades de Salesianos e das Filhas de Maria Auxiliadora, familiares do P. Américo, jovens e mem-bros da Família Salesiana. O Sr. Arcebispo de Maputo, participou no momento do

convívio familiar. As imagens mostram diferen-tes momentos do aconteci-mento.

º

tem uma inquietação procure

pessoas com as quais pode

partilhar e expressar aquilo que

sente.

Depois, é muito importante

também a família. Se nós

temos uma família, e esta famí-

lia tem bases, tem princípios

penso que também é um ponto

de referência.

E também a própria oração. Se

a gente não reza, não entra em

contacto com Deus, não cria

aquele espaço de silêncio, de

escutar, então penso que é um

bocadinho difícil.

É preciso não ter medo de

encarar a situação e procurar

alguém com a qual possa parti-

lhar. Porque não é fácil tomar

uma decisão sem contar com

pessoas que de algum modo te

podem acompanhar, te podem

dar algum seguimento.

BS: Última pergunta: Votos

Perpétuos diante de Jesus.

Vale a pena seguir a Jesus?

Irmã: Eu digo que sim vale a

pena. Estou feliz. Primeiro

tinha um bocadinho de receio,

um bocadinho de dúvida, mas

com os jovens eu aprendi a

dizer que sim, vale a pena dar

a minha vida por causa deles.

Estou feliz. Estou consciente.

BS: Ir. Lúcia, muito Obrigado!

BS: Ir. Lúcia, em breves palavras, de onde és?

Irmã: Sou da província de Maputo, concretamente

do bairro do Jardim. Nasci, cresci no Bairro do Jar-

dim. Vivi ali toda a minha vida..

BS: A tua vocação salesiana surgiu então, em que

lugar? Irmã: Posso dizer que surgiu no Bairro do

Jardim, porque eu desde pequena frequentava o

ambiente salesiano: na Paróquia, na Escola, no Oratório, Já tinha

todo o ambiente, tinha todas as condições para crescer na voca-

ção.

BS: O que te atraiu mais na vocação salesiana? Irmã: Antes, eu

via os padres, me recordo muito bem do P. Sebastião como fazia,

depois do P. Adolfo, quando era mais crescida eu via como faziam

as coisas… Mas a coisa que mais me marcou, quando era pré-

adolescente e adolescente foi no Oratório. Foi ver como as irmãs

faziam e isso me chamou a atenção. Quando passei a estudar na

Escola Dom Bosco me atraiu muito a posição e o testemunho da ir.

Ana. Me chamava sempre a atenção quando nós chegássemos de

casa para a escola, ela ali parada ela a acolher cada uma, se

alguém tivesse alguma coisa ela identificava e chamava àquela

pessoa… Então, isso tudo começou a despertar alguma coisa em

mim. E eu dizia: quando eu crescer vou ser como aquela irmã!

BS: Vais fazer os Votos Perpétuos. Que pode significar isso para

uma jovem como tu? Irmã: Fazer a Profissão Perpétua´, posso

dizer, que é um grande desafio, sobretudo nesta sociedade onde

vemos que a sociedade oferece muitas propostas. E os jovens se

não tem uma orientação facilmente podem cair naquilo que a socie-

dade lhes oferece. Então, para mim, é um desafio e é uma alegria,

porque a minha vida tem que ser este testemunho, tem que dizer

alguma coisa de modo que cative os outros jovens também a pro-

curar o sentido das próprias vidas.

BS: O que

poderias dizer

aos jovens, a

uma jovem

que sente esta

i n q u i e t a ç ã o

vocac ion a l?

Irmã: Primei-

ro, eu digo a

esta jovem,

que não tenha

m edo de

encarar esta

situação. Se

No dia 21 de Outubro, na Missão de São José de Lhanguene celebraram-se os actos finais dos 60 anos da presença das FMA em Moçambique. Pre-sente a Vigária Geral.

Na mesma cerimónia, a Ir. Lúcia Nhantumbo realizou a sua Profissão Perpétua.