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BOLETIM VIRTUAL - MAIO DE 2011

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escola, educacao, ensino

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ESCOLAS DE OUTROS TEMPOS E LUGARES*

No dia 1° de abril, os alunos dos 3os anos viveram um importante

encontro de gerações, repleto de trocas, conhecimento e

emoção. Vovôs e vovós participaram de um chá, onde puderam

contribuir com o estudo desenvolvido pelo grupo sobre o tema

“Escolas de outros tempos e lugares” – projeto da área de

Ciências Humanas.

Durante o encontro, os alunos

puderam ouvir relatos de como seus avós viveram sua escolaridade –

histórias como a de uma vovó que para chegar à escola, na Zona

Rural, caminhava diariamente 5 km e estudava na mesma sala com

alunos de idades diferentes. Um fato que chamou muito a atenção de

todos: os alunos de antigamente temiam os seus professores e os

castigos a que eram submetidos quando não se comportavam

adequadamente em sala de aula.

Para ilustrar ainda mais estas histórias, alguns avós trouxeram fotografias antigas e os alunos

puderam observar os modelos dos uniformes usados na época – a comparação com os atuais foi

inevitável e o grupo ficou ainda mais encantado!

Foi um momento muito gostoso e rico em curiosidades. O próximo

passo foi conhecer a história da Escola Projeto Vida numa

entrevista com a diretora Lêda Cruz.

Nesse projeto as crianças tiveram a oportunidade de estabelecer

relações entre passado e presente e comparar diversas maneiras de

aprendizagem, entendendo-as como um processo contínuo e de

grande valor.

* Texto elaborado com o auxílio da Profª. Suzane A. Rodrigues

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FESTVIDA E PALCO ABERTO: APRENDENDO E SE DIVERTINDO!

Pula, corre, joga, agarra, estica, passa pela

corda e, de repente, escorregamos na

infância... Realmente, brincar é muito

divertido, e faz parte de nosso processo de

desenvolvimento como indivíduos e cidadãos.

Brincar é tão importante para a criança quanto

o trabalho é para o adulto, sendo uma

atividade que a transforma, que propicia o uso

da criatividade e o relacionamento com o

outro. Na Projeto Vida, os alunos também

são estimulados a brincar, sempre com o

intuito de aprender.

Com este objetivo promovemos no mês de abril

o Festvida e o Palco Aberto, eventos que

contaram com uma grande participação dos

alunos. As atividades desenvolvidas no

Festvida foram propostas sobre duas esferas:

jogos de quadra e oficinas de jogos

eletrônicos, temas provenientes dos conteúdos

trabalhados em aula, o que auxilia os alunos na

fixação e aprendizado.

No Palco Aberto os alunos do Fundamental I

e II,mais uma vez, deram um show de

entusiasmo e espontaneidade. E dá platéia,

composta por pais, familiares e amigos,

receberam incentivo e muitas palmas!

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AS AULAS ABERTAS E A APRENDIZAGEM

Abrir as portas da sala de aula

para que os pais dos nossos

alunos tenham a oportunidade

de conhecer um pouco mais do

que é realizado pelos seus filhos

durante a rotina escolar. Este é

o intuito das aulas abertas das

disciplinas específicas da Educação Infantil, que este ano foram realizadas no mês de

Abril, proporcionando momentos ricos de vivências entre pais e filhos em aulas de

Música e Educação Física.

A aula aberta ocorre do mesmo modo que uma aula

convencional e as atividades fazem parte do dia a dia. São

recortes do que é comumente trabalhado em classe, que

contemplam alguns conteúdos. Primeiramente, o professor

tem uma breve conversa sobre as atividades, as crianças

iniciam a proposta e, então, convidam os pais para

dividirem este rico momento.

Nas aulas, adotamos um fazer lúdico para que possam aprender de forma prazerosa.

Os alunos gostam muito da participação dos pais e procuram mostrar-lhes como as

atividades são realizadas diariamente.

Cantar, tocar em certos ritmos, novas melodias, nas aulas

de música. Alongar, jogar bola, correr, pular cordas, nas

aulas de educação física. E assim se desenrola esse

momento ímpar que aproxima pais e filhos e os pais

entendem, ainda mais, a proposta pedagógica da escola, a

filosofia e a maneira como o aprendizado acontece

diariamente.

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ENCONTRÃO DO 9º ANO

Quando passamos a compreender que somos indivíduos únicos e que o próximo sempre

será alguém com diferenças, passamos a ter bases que fundamentam nosso respeito

por aquele que não é “igual”. Na Projeto Vida, trabalhamos princípios articulados com o

compromisso do aluno consigo mesmo, com o outro, com o espaço e com o aprendizado,

que estão embutidos nas ações pedagógicas.

O Encontrão é um evento que engloba todas essas

importantes questões. A proposta é, num horário

diferenciado, trabalhar com os alunos a valorização de si e

principalmente do outro, através de atividades lúdicas.

Trata-se de um momento especial onde são discutidos

temas como cooperação, solidariedade, ética, relação

interpessoal entre outros, identificados no cotidiano dos

adolescentes.

Em uma primeira etapa, anterior ao Encontrão propriamente dito, identificamos as

principais “marcas” e o perfil da turma, para nortear as diretrizes e a temática a ser

trabalhada. Neste ano, pontos como o respeito à diversidade, o consumismo e questões

de gênero e sexualidade foram os mais destacados.

Realizado no mês de Abril, foi dividido em duas partes: primeiramente, todos os alunos

assistiram ao filme, que aborda a vida adolescente e seus conflitos e compuseram uma

resenha crítica, como conteúdo relacionado à aula de Língua Portuguesa; uma semana

depois, aconteceu o Encontrão, embalado com o tema musical “Vamos fazer um filme”,

da banda Legião Urbana.

Os alunos comentaram partes do filme,

participaram do “Jogo do gênero” e do jogo “Cego,

Surdo e Mudo” – em trios, um ficou vendado, outro

com “tapa ouvido” e outro sem poder se comunicar

verbalmente, tendo que realizar atividades, que

abordaram a cooperação e o respeito às

diferenças. A partir das reflexões relatadas nas

atividades, observaram seus pensamentos, ideias

ou preconcepções e anotaram os compromissos que

estabeleceram com eles mesmos. Colocaram em

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envelopes... Depositaram em uma caixa lacrada... E, no final do ano, quando será

realizado um novo Encontrão, eles lerão suas cartas e verificarão se cumpriram com os

objetivos que se propuseram.

O Encontrão é um dispositivo que propicia espaço de vivências entre todos os alunos,

problematizando e oportunizando discussões e reflexões de questões cotidianas.

Promover ações como essa é intrínseco à missão da Escola, não se limitando apenas ao

desenvolvimento cognitivo e intelectual, mas também ao desenvolvimento moral e ético

dos alunos.

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ENTRE LAMA E PIZZAS: A SAÍDA PEDAGÓGICA AO REP LAGO

Ah, viajar! De repente partir para o novo, em busca de aventuras e experiências...

Assim é como nossos alunos se sentem nas saídas pedagógicas!

Nos dias 28 e 29 de abril, os

alunos do 2º e 3º ano,

realizaram uma saída ao

Acampamento República Lago,

ou RepLago, como é mais

conhecido. O objetivo desta

saída, para os alunos do 2º

ano é propor maior interação

entre eles e, principalmente,

com os professores e a

equipe de educadores, que os

auxilia no processo de adaptação. Já para o 3º ano o objetivo principal é que se

constituam como grupo/classe, tendo em vista que as turmas foram reagrupadas no

início deste ano.

No RepLago, eles tiveram a

oportunidade de realizar inúmeras

atividades: o jogo “energia”, no qual

tinham que capturar a bandeira das

outras equipes, jogos no campo,

arvorismo, entre outras. À noite,

promoveram uma brincadeira com

lanterna, dançaram e assistiram a

uma encenação da história “João

Preguiça”, que foi muito divertida.

Eles puderam escolher, no dia seguinte, entre realizar tarefas na “Trilha do mel” ou na

“Trilha do barroso”. Adivinhem qual foi a escolha da maioria? A “Trilha do barroso”,

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que, como o próprio nome diz, é puro barro! Imaginem como foi a brincadeira no

escorregador de lama...

Outra atividade muito interessante foi

a montagem de pizzas, onde os alunos se

dividiram em grupos e colocaram a mão

na massa para escolher os sabores. Foi

uma tarefa e tanto! Eles precisaram de

consenso na escolha dos ingredientes

selecionados, que parece uma tarefa

simples, mas que exige o exercício da

negociação: apontar e compreender

pontos de vista distintos e decidir, democraticamente.

Momentos como estes, de convivência plena, não faltaram, e todos puderam brincar

juntos, sendo uma oportunidade de aprender com os mais novos e mais velhos: na

experiência com o outro o conhecer de si mesmo.

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O PEQUENO FEIJOEIRO

Meu filho mais velho Arthur, hoje no 3º ano, iniciou sua vida escolar na Escola Projeto

Vida com 1 ano e 2 meses, na Unidade Esperia. Desde minha primeira visita à escola

tive certeza que seria a melhor escolha, primeiro pela acolhida da coordenação,

depois pela proposta pedagógica. E, de vez em quando, somos presenteados com alguns

frutos desta escolha. Por isso, gostaria de deixar um relato de um acontecimento lá de

casa, que segundo uma colega minha, coordenadora de escola, "é a ressignificação do

conhecimento que toda família deveria fazer".

Aproveito para agradecer o carinho e dedicação da escola para com nossos filhos.

Claudia Mitre El Tayar, mãe do Arthur Barreto 3º D e do Kalil Barreto G2

Esta história ocorreu no ano de 2010, quando o Arthur cursava o 2º ano com a querida

professora Adriana Campioni.

Quem não se lembra, quando éramos pequenos na escola, de ter plantado um pezinho

de feijão? O meu era um feijãozinho colocado em cima de um pedaço de algodão,

dentro de um potinho de Danone vazio. E íamos molhando o feijão e em um prazo

curtíssimo ele brotava. Pronto, só lembro isso! Não me lembro se tivemos aula sobre

isso.

Passados mais de 30 anos, meu Arthur com seus quase 7 anos, um dia desses chegou

contando que tinham

plantado um feijoeiro! Eu

logo me lembrei do meu

feijão e pensei: “Que

pretensão a dele, um

pequenino pé de feijão...”

Mas, logo ele explicou que a

turma foi dividida em

equipes e ganhou um vaso

grande e plantaram os

feijões, quatro covinhas

para cinco feijões cada. E

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falou por dias, até que decidimos plantar nosso feijoeiro em casa, e ainda de feijão

branco! Bem, o vaso que eu tinha era meio pequeno e ele plantou uns 20 feijões, que

logo cresceram e ficaram bem bonitos. Na primeira semana ele molhava todos os dias,

mas logo depois a tarefa ficou para a mãe mesmo...

Um belo dia, voltando da escola, conversávamos no carro e ele falou a palavra

“cotilédone”. E eu: “Nossa Arthur, o que é um cotilédone?” Ele respondeu: “Ah mãe!

Você não sabe então eu vou te explicar...” Neste momento pedi a ele que deixasse para

depois, quando o papai chegasse em casa e ele poderia nos dar uma pequena aula. Bem,

o papai chegou e após o jantar lá vem o Arthur com uma folha desenhada com a

“matéria” que iria nos ensinar. Subiu em um banquinho e começou a explicação com o

desenho do feijão e ele crescendo com o tal do cotilédone que dava a força para o

crescimento (foi o que entendi), o caule jovem, a folha jovem, etc., e seguiu a aula. O

pai ficou com os olhos cheios d’água e acho que no fundo pensava: “Ah, que bom que

esta mensalidade está valendo à pena... rs...” Mas, na verdade, ficou muito orgulhoso do

filhinho.

É claro que rapidamente o

Kalil achou uma folha e um

lápis e também rabiscou

junto com o piso branco da

cozinha e tentou dar sua

aulinha... Não bastasse a

explicação sobre a

brotação do feijão, o

Arthur pegou o feijoeiro e

ainda nos fez uma

chamada oral mostrando

as partes do feijão que

tínhamos que identificar. Até que nos saímos bem! E ele ainda esticou a aula falando

sobre bulbos... E nessa aula me saí melhor porque eu sabia que a cebola é um bulbo.

E nunca pensei que aquele pezinho de feijão pudesse render tanto!

Agradecemos à mãe Claudia Mitre, por compartilhar conosco esta experiência vivida

em família.

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UMA EXPERIÊNCIA NA CIDADE DE BROTAS

No mês de abril, os alunos do 6º ano realizaram uma saída pedagógica para a cidade de

Brotas. O objetivo foi que tivessem uma experiência nova e dinâmica, observando na

prática os conteúdos trabalhados em sala de aula.

A escolha da cidade foi devida

à sua capacidade de englobar

uma série de elementos

relacionados às diversas áreas

do conhecimento: para a

disciplina de Ciências, por

exemplo, há o CEU (Centro de

Estudos do Universo); para

Geografia são as questões da paisagem, em especial o Rio

Jacaré Pepira, que tem possibilitado o desenvolvimento do ecoturismo na região; à

Matemática, os conhecimentos aprendidos para produzirem um relógio de sol.

Antes da saída os alunos

realizaram atividades que os

prepararam para a abordagem

dos temas analisados: buscaram

informações sobre o tempo, a

temperatura e o clima

(diferenciando os três

conceitos) e também sobre a

localização: elaboraram um roteiro para a entrevista realizada com um astrônomo e

construíram os relógios de sol. No

retorno, se valeram dos registros

captados para o aprofundamento dos

temas trabalhados.

As expectativas quanto aos estudos do

meio estão vinculadas, principalmente,

à qualidade do aprendizado dos alunos,

tanto do ponto de vista acadêmico

como das relações interpessoais,

aspectos garantidos nessa viagem:

momentos de interação entre os

colegas e com o ambiente, onde o

aprendizado tem início.