Boletim XVI, Março 2016

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    Fundador: Pe. António F. Cardoso

    Design: Filipa Craveiro | Alberto Craveiro

    Impressão: Escola Tipográfica das Missões - Cucujães - tel. 256 899 340 | Depósito legal n.º 92978/95 | Tiragem 2.200 exs. | Registo ICS n.º 116.839

    Director: Amadeu Gomes de Araújo, Vice-PostuladorPropriedade: Associação "Grupo dos Amigos de D. António Barroso". NIPC 508 401 852Administração e Redacção: Rua Luís de Camões, n.º 632, Arneiro | 2775-518 Carcavelos

     Tlm.: 934 285 048 – E-mail: [email protected]ção trimestral | Assinatura anual: 5,00 €

    Boletim de D. António Barroso

    III Série . Ano VI . N.º 16 . Janeiro / Março de 2016

    31.08.1918 - 31.08.2018

    O CENTENÁRIO DA MORTE DE D. ANTÓNIO

    BARROSO ESTÁ AÍ À PORTAASSOCIAÇÃO DOS AMIGOSDE D. ANTÓNIO BARROSO

    ASSEMBLEIA GERAL

    MEMORIAL DE AFECTOSTestemunhos que expressam a admiração e a devoção do

    povo ao Bispo que foi Missionário em três continentes.

    Os Amigos de D. António Barroso, orga-nizados em Associação por escritura públicade 18 de Dezembro de 1992, vão reunir-seem Assembleia, no Porto, em meados dopróximo mês de Setembro.

    Criada com o objectivo de «divulgar e

    promover o conhecimento da personalida-de, das virtudes e da fama de santidade doseu patrono», a Associação pretendia tam-bém que cada associado contribuísse comuma quota (então xada em cem escudosmensais), para as despesas do processo decanonização.

    A proximidade do centenário da mortede D. António e as novas perspectivas da suabeaticação, sugerem que nos encontremospara cuidar de aspectos de organização in-terna e para propor algumas iniciativas comvista à celebração que se avizinha. Na convo-catória a publicar no próximo n.º do Boletim,informaremos sobre o programa, local, data

    e hora do encontro.

    D. António Augusto Azevedo (direita),

    Bispo Auxiliar do Porto

    D. Nuno Manuel dos Santos Almeida,

    Bispo Auxiliar de Braga

     ——— 

     Aos novos bispos nomeados pelo Papa Fran-cisco para as dioceses do Porto e de Braga,ambas empenhadas no Processo de D. An-tónio Barroso, o Boletim deseja-lhes umaacção pastoral próspera e fecunda, a exem-

    plo do Servo de Deus que foi Missionário eBispo insigne.

    A Capela-Jazigo de D. AntónioBarroso, à entrada do Cemitérioda Freguesia de Remelhe-Barcelos,foi inaugurada em 5 de Novem-bro de 1927. Antecedida por uma

    galilé apoiada em duas colunas degranito, apresenta, na face princi-pal, várias placas de mármore, re-cordando grandes benemerênciasdo Bispo Missionário. No interior,há um Livro de Visitas, onde aspessoas podem assentar graçasrecebidas ou pedidos feitos aoServo de Deus. Desde que ali foicolocado, em 1928, até à actuali-dade, foram preenchidos 8 volu-mes, registando testemunhos demuitas dezenas de milhares de vi-

    sitantes, admiradores ou devotos.

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    Boletim de D. António Barroso

    Em 23 de Outubro de 1991, nasceu o“Movimento Pró-Canonização de D.

     António Barroso” , associado às come-morações dos Cinco Séculos de Evangeli-zação e Encontro de Culturas. No mesmocontexto, um grupo de leigos organizou-senuma Associação de “Amigos de D. An-tónio Barroso” , propondo-se divulgar avida e a obra do Servo de Deus e ajudara angariar meios para a Causa. A petiçãoredigida pelos promotores da Canonização,logo subscrita por alguns milhares de pes-soas, levou D. Júlio Tavares Rebimbas, entãoBispo responsável pela Diocese do Porto, adecidir, por decreto de 31 de Julho de 1992,«introduzir a Causa de Canonizaçãode D. António José de Sousa Barro-so», constituindo o respectivo TribunalEclesiástico. Decidiu ainda, pelo mesmo de-creto, nomear para Postulador desta Causao Dr. José Ferreira Gomes, advogado dapraça de Lisboa.

    O pedido de introdução da Causa deBeaticação e Canonização de D. AntónioBarroso, foi coadjuvado por todos os Bis-pos Portugueses: «O Arcebispo Primaz

    e os Bispos da Província Eclesiásticade Braga declaram-se, para os de-vidos efeitos, concordantes com o

     pedido à Santa Sé da introdução daCausa da Canonização de D. AntónioBarroso, que foi missionário em An-

     gola, Moçambique, Índia, e Bispo doPorto, onde faleceu a 31 de Agostode 1918». 

    O Processo diocesano cou encerradoem 5 de Novembro de 1994, e logo em 16de Novembro deu entrada no Vaticano, naSagrada Congregação para as Causas dos

    Santos. Houve então que nomear um Pos-tulador residente em Roma que interme-diasse junto da Congregação, e para tanto oBispo do Porto nomeou, em 4 de Fevereirode 1995, Mons. Doutor Arnaldo Pinto Car-doso, Conselheiro da Embaixada Portugue-sa no Vaticano. O Dr. José Ferreira Gomespassou então a Vice-postulador, para acom-panhar e dinamizar a Causa em Portugal.

    A Positio Super Vita, Virtutibuset Fama Sanctitatis  (327 pgs.) - docu-mento fundamental para o andamento doprocesso - cou concluído e foi aceite pela

    Congregação, ainda em 2005. Em 26 de Ou-tubro de 2010, Amadeu Gomes de Araújo,investigador da Universidade Católica, Lis-boa, foi nomeado Vice-postulador, suceden-

    A CAPELA-JAZIGO, INSPIRADORA DE PROJECTOSPARA O CENTENÁRIO

    do a José Ferreira Gomes.Entretanto, no dia 4 de Março de 2015,

    foi encerrado por D. António Francisco, noPaço Episcopal do Porto, o processo relati-vo a uma presumível cura miraculosa obti-da por intercessão de D. António Barroso, elogo a 10 daquele mês foi o mesmo proces-so entregue em mão, pelo Vice-postulador,na Sagrada Congregação para as Causasdos Santos.

    O Centenário da morte de D.António Barroso (31.08.1918 -31.08.2018). Algumas sugestões.

    Lendo as preocupações registadas aolongo de quase um século, no Livro de Vi-sitas da Capela-Jazigo, e prestando algumaatenção às mensagens gravadas em mármo-re, à entrada, julgamos que elas podem su-gerir algumas iniciativas para celebrar con-dignamente o centenário que se aproxima.Por ora, relevamos três, que, de um modoou outro, já foram abordadas por colabo-radores e Amigos de D. António Barroso,neste Boletim, nomeadamente pelos P.eManuel Vilas Boas, Dr. Victor Pinho e Dou-

    tor Joaquim Candeias da Silva.

    1. Um Congresso Missionário. Em1 de Setembro de 1931 realizou-se em Bar-celos o I Congresso Missionário Português,em homenagem a D. António Barroso. O IICongresso foi em 1954, ano centenário donascimento do bispo considerado modelode missionário. Espera-se que, em 2018, acomemoração da sua morte, por doençacontraída em terras de missão, possa serum repto para os responsáveis pela dina-mização missionária em Portugal. Cremos

    que a Sociedade Missionária da Boa Nova,empenhada no Processo de Canonização,desde a primeira hora, «por considerarD. António Barroso um dos seus f-lhos mais prestigiados», a Diocese doPorto, a Universidade Católica Portuguesae a Câmara Municipal de Barcelos poderão,se assim entenderem, abalançar-se a umprojecto desta natureza, associando-se àsIgrejas de Angola, Moçambique e Meliapor(Índia).

    2. Monumento aos Missionários

    formados no Colégio das MissõesUltramarinas. Por altura do I Congres-so Missionário Português, inaugurou-seem Barcelos, na Praça do Município, uma

    volumosa estátua a D. António, justamenteconsiderado o maior dos missionários for-mados no Colégio de Cernache do Bon- jardim. A celebração do centenário que vaiocorrer em 2018, permite sonhar que, como empenho da Junta de Freguesia de Cer-nache, da Câmara Municipal da Sertã e doSeminário das Missões, será possível fazererguer numa zona central da vila de Cer-nache do Bonjardim, um digno monumentoem homenagem aos 317 Missionários for-mados no Real Colégio das Missões. Dalipartiram para o Além-Mar, dedicando a vidaao Padroado Português.

    3. Exposição sobre as Missõesque estão ou estiveram a cargo demissionários barcelenses.  As váriasinstituições missionárias que operam emBarcelos, como os Padres Capuchinhos, osEspiritanos e os Irmãos de S. João de Deuspoderiam, talvez, dar corpo a esta ideia:uma grande exposição, sobretudo docu-mental e iconográca, sobre diversas Mis-sões espalhadas pelo mundo, destacando aacção de D. António Barroso e dos demais

    missionários oriundos do Arciprestado deBarcelos, Em 1954, ano centenário do nas-cimento de D. António Barroso, a CâmaraMunicipal de Barcelos promoveu já umagrande exposição missionária. Para o pro- jecto que agora se propõe, a Câmara, alémdo «know how», dispõe do dinamismo edos conhecimentos do seu BibliotecárioMunicipal e Investigador, Dr. Victor Pinho.O rico espólio da casa que foi habitada porD. António, em Remelhe, bem como as inú-meras peças que a Câmara e vários familia-res e amigos de D. António têm, poderão

    enriquecer, ilustrar, abrilhantar muito estaexposição.

    4. Outras sugestões:  a criação deuma página na internet, o lançamento deuma antologia de textos de D. António,uma ampla fotobiograa e um conjunto di-versicado de actividades, como palestrasao longo do ano, exposições itinerantes,concursos escolares (com textos e artesplásticas), concursos de artesanato (parti-cularmente de cerâmica), jogos orais, ro-magens, uma edição latélica, uma edição

    medalhística, etc. Em breve voltaremos aoassunto, porque 2018 está aí à porta.

    Amadeu Gomes de Araújo

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    Boletim de D. António Barroso

    PLACAS DE MÁRMORE (aqui em tamanho reduzido) COLADAS NA FACE PRINCIPAL DA CAPELA--JAZIGO. DE DIFERENTES ÉPOCAS E PROVENIÊNCIAS, AFIRMAM A CRENÇA DE MUITOS NAS VIR-TUDES EXCELSAS DE D. ANTÓNIO E NO VALOR DA SUA PODEROSA INTERCESSÃO.

    D. António BarrosoRomagem do Concelho de Barcelos.

    22 de Dezembro de 1968

    Remelhe homenageando o seu flho mais ilustre,

    D. António Barroso, no Cinquentenário da sua Morte.31- 8 -1968

    Na 1ª Romagem do Grupo Recreativo Olho Vivo,a D. António Barroso.

    10 - XI – 1963

    Romagem de Gratidão e Saudade da Igrejade Angola a D. António Barroso.

    18.V.1991

    Comemorações Nacionais1.º Centenário do Nascimento.

    5 - 11 - 1954

    50 Anos da primeira Romagem dos Amigos de Barcelosa D. António Barroso. Juntas de Freguesia de Arcozelo,

    Barcelos e Remelhe. 01.Setembro.2013

    Grande Romagem a D. António Barroso, de Barcelos(manhã) e do Porto (tarde). 1.º Centenário do exílio

    em Remelhe. 4 Setembro 2011

    5 Séculos de Evangelização e Encontro de Culturas –Abertura das Celebrações Nacionais.

    19 . XI . 1989

     Ardere et Lucere: À Santa Memória do excelso

    Bispo Missionário: A União dos Tarcísios do Porto.30 - 5 - 1954

    Preito de Gratidão a D. António Barroso,seu saudoso Fundador: Grupo das Mulheres Cristãsaos pés de Maria. Porto, 20 de Junho de 1965

    Homenagem dos Barcelinenses admirados dasVirtudes do Saudoso Bispo D. António Barrozo.

    31-VIII-1940

    Sentida Homenagem de Remelhe a D. AntónioBarroso, no 1º Centenário do seu Nascimento.

    1854 – 1954

    D. António Barroso. Romagem da Freguesiade Cernache do Bonjardim.

    29-06-2008

    Câmara Municipal de Barcelos – UniversidadeCatólica Portuguesa. Nos 150 Anos do Nascimento

    de D. António Barroso. 5 de Novembro de 2004

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    Boletim de D. António Barroso

    D. ANTÓNIO BARROSO E O RESSURGIMENTOMISSIONÁRIO EM MOÇAMBIQUE

    Por Francisco A. Correia, SJ *

    Um olhar rápido sobre aevangelização em Moçambique.Teve o seu começo com a celebraçãoda Eucaristia, na ilha de S. Jorge, juntoà ilha de Moçambique, em 11 de Mar-

    ço de 1498, quando a armada de Vascoda Gama por ali passou a caminho daÍndia. Não quer dizer que se tivesse se-guido imediatamente a missionação or-ganizada, mas foi um primeiro sinal deevangelização ao qual muitos outros seseguiram. O interesse de Portugal era aÍndia. Moçambique era um lugar de pas-sagem que assegurava o abastecimentodos navios e descanso aos marinheiros.Os sinais de evangelização que se vãomultiplicando aparecem junto à costa.

    Pero de Anaia chegou a Sofala em 1505e começou a construção da fortaleza eda igreja. Em 1506 xaram-se os primei-ros missionários na ilha de Moçambiquee depois em Mossuril em terra rme.Em 1522 foi construída a capela de NªSª do Baluarte, uma joia da arquitecturamanuelina. D. Manuel I ordenava, no re-gimento dos capitães das armadas quedoutrinassem os naturais da terra e re-comendava os bons costumes para nãocausarem escândalo.

    S. Francisco Xavier, com dois com-panheiros, esteve cerca de seis mesesna ilha de Moçambique (Agosto 1541 -Fev. 1542), mas quase sempre doente e

    foi sangrado sete vezes, como diz numacarta aos companheiros de Roma.

    Em 1560, o P. Gonçalo da Silveira ecompanheiros, membros da Companhiade Jesus, fundada havia 20 anos, levaramo Evangelho ao interior, mas sem grandesucesso e o P. Gonçalo foi martirizadono Monomotapa, em Março de 1561.

    Os dominicanos estabeleceram-sena ilha de Moçambique em 1577 e alar-garam a sua acção a Sofala, Sena, Tete e

    ilhas Quirimbas, mas já em 1563 o rei D.Sebastião lhes tinha doado a igreja paro-quial do forte de S. Tiago Maior de Tete.

    Em 1610 os jesuítas deram começoa uma missão que se prolongará até àexpulsão pombalina, em 1759. Fundarammissões e colégios. O colégio da ilha deMoçambique era o mais vistoso e aindaexiste o edifício, transformado em mu-seu.

    Decadência missionária.  O

    vale do rio Zambeze foi o palco de gran-des acções missionárias de dominicanos,

     jesuítas e agostinhos, nos tempos áureosdos séculos XVI, XVII e parte do XVIII.Infelizmente houve uma decadênciaprogressiva da qualidade dos trabalhos,inuenciada por ideologias contráriasaos ideais missionários. A expulsão dos

     jesuítas do campo de trabalho diminuiuo número de missionários obrigando osoutros a redobrar esforços em tempode cansaço e desânimo.

    Ressurgimento missionário.O século XIX é caracterizado peloressurgimento missionário em todo omundo. A África aparece como o novocampo de trabalho a ser privilegiadopela Igreja Católica. Houve vários fac-tores que despertaram o interesse poreste continente. Considerava-se a Áfricaum continente abandonado e não se ti-nha penetrado no interior, exceptuandoas acções dos portugueses sobretudo

    em Angola e Moçambique. Barreirasnaturais do próprio continente retar-davam o avanço do cristianismo parao interior. A perda das colónias ameri-

    canas foi uma das razões da corrida àÁfrica por potências europeias. Portugaltambém começou a interessar-se maispela África, mas parece que não acer-tava na maneira de lá fazer obra válida.O problema principal era a incapacidadede levar avante a obra sem missionáriose a Conferência de Berlim (1885) exigiaa ocupação efectiva. Em Moçambique oressurgimento começou em l875 com oenvio dos primeiros missionários pelo

    Colégio das Missões Ultramarinas (Cer-nache do Bom Jardim) organizado eml856. Este Colégio manteve cerca de50% do pessoal missionário em Moçam-bique até l9l0.

    D. António Barroso. A guramais notável nesta época foi D. AntónioBarroso, Prelado de l89l a l897. Foi eleo arquitecto deste ressurgimento mis-sionário. Sabia que a situação religiosade Moçambique era desastrosa, a mais

    abandonada de todas as colónias reli-giosa e politicamente. No seu relatóriosobre a Prelazia, apresentado dois anosdepois de ter chegado a Moçambique,em 1894, ao Ministro do Ultramar (Pa-droado de Portugal em África – Rela-tório da Prelazia de Moçambique, Bo-letim da Sociedade de Geograa deLisboa, 14ª Série, 1895, p. 565-738) fazuma síntese realista da história religiosade Moçambique e constata a degrada-ção do século XVIII. Com a experiên-

    cia que trazia de Angola interessava-sepor reectir sobre o campo de acção aele conado, sobretudo o humano, paratornar compreensiva a mensagem evan-gélica.

    À sua chegada havia, no vastís-simo território da sua Prelazia, 2l pres-bíteros, 9 regulares e l2 seculares. Des-tes últimos, 4 eram europeus (três doColégio das Missões e um francês), osrestantes eram da Índia.

    * Arquivista da ProvínciaPortuguesa da Companhia de Jesus. Ex-Missionário em Mo-çambique.

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    Boletim de D. António Barroso

    Fotograa da visita de D. António Barroso à Missão de Boroma.  Da esquerda para a direita. Em cima ede pé: P. João Hubert Vollers, sj, holandês, natural de Uijk (Maastricht). Entrou na Companhia em 1881, já desti-nado à Missão da Zambézia. Estudou losoa e parte da teologia em Dunbrody (África do Sul). Foi para Boroma em1893. Faleceu no Atlântico, em 05 de Junho de 1907, na viagem para a Europa. P. Carlos Friedrich, sj, austríaco,natural de Sokolov (Boémia), entrou na Compania em 1864 na Província austro-hungara e foi para Moçambique (Bo-roma) em 1890. Regressou denitivamente à Europa em 1899 e faleceu na Áustria em Março de 1917. Em baixo e sen-tados: P. Machado, D. António Barroso, Mons. Gustavo Couto e P. Ladislau Menyhárth, sj, húnga-ro, entrou na Companhia em 1866 na Província austro-húngara. Foi reitor do colégio de Kalocsa (Hungria) e era umcientista de renome. Foi para Moçambique em 1890. Estudou a ora das regiões de Boroma e Miruro e fazia, tam-bém, observações meteorológicas que enviava para a Sociedade de Geograa de Lisboa. Corespondia-se com cientistasamigos a quem chegou a enviar muitas plantas. Em Moçambique o Dr. António de Figueiredo Gomes e Sousa reconhe-ceu o seu trabalho cientíco escrevendo vários artigos no “Boletim da Sociedade de Estudos de Moçambique” que fo-ram publicados numa separata com o título Plantas Menyharthianas. Faleceu no Miruro em 16 de Novembro de 1897.

    VISITA DE D. ANTÓNIO BARROSO À MISSÃODE BOROMA

    Na véspera da festa de S. Inácio, 31 de

     Julho de 1894, começou D. António Barrosoa visita à missão. Chegou numa canhonei-ra portuguesa que aportou à praia do rioZambeze em frente à missão. Todos os cris-tãos, adultos e crianças, e, também, muitospagãos, sob a direcção dos Padres e dasIrmãs de S. José de Cluny, as primeiras mis-sionárias a chegar a Moçambique em 1890,estavam na margem à espera, em ambientede festa. O Superior, P. Ladislau Menyhárth,

     jesuíta húngaro que chegara havia quatroanos, com as Irmãs, envergava a capa apro-priada para os momentos solenes. Podiam

    ver-se toda as espécie de bandeiras.Quando O Sr. Bispo desembarcou toda

    a gente começou a cantar e a dançar. O P.Menyárth aproximou-se e saudou D. Antó-nio. Fez-se silêncio e o Prelado deu a bênçãoe dirigiu-se à população visivelmente como-vido. Organizou-se uma procissão para aigreja que ainda não era a que ainda hoje sepode apreciar no cimo da colina. Cantaramo Te Deum e em seguida subiram a pequenacolina para a casa dos missionários. Depoisdo almoço houve festa animada, com muitos

     jogo, em honra de Sua Excelência.

    Não faltaram exercícios escolares: leitu-

    ra, cálculo, catecismo, etc.D. António Barroso cou na missão 2semanas e administrou o crisma a 179 éis.Visitou as escola e apreciou as ocinas.Confessou, na despedida, que os dias, pas-sados em Boroma, foram dos mais felizes dasua vida apostólica em África (Cf. Hitória dacasa de S. José de Boroma, 1894, no Arquivoda Companhia de Jesus em

    Lisboa e o artigo da revista “Les MissionsCatholiques”, vol. XXVIII (1896), p. 545).

    Ficou impressionado com o esforçodos missionários que presenciou em Bo-

    roma e exprimiu-o de uma forma públicae subtilmente crítica: “Boroma é um exem-plo do que podia ser a nossa Zambézia, seem lugar de uma missão tivesse um cento,que apesar ded numerosas teriam custadomenos que a pólvora gasta pelos capitãesmores para a despovoarem em guerrasruinosas e quase sempre injustas” (Cf. Re-latório apresentado a Sua Ex.cia o Ministro e

    Secretário de Estado dos Negócios de Marinha

    e Ultramar, 1894, “Boletim da Sociedade deGeograa de Lisboa”, 14ª Série (1895), p.609).

    Recuando um pouco mais no tempo,também diz que depois de 1830 erambem poucas as paróquias que tinhampároco e em 1855 só havia um padre no

    interior do território. D. António Barro-so, em pouco tempo, desaando todo otipo de desânimo, restaurou as antigasparóquias que, por falta de padre, esta-vam abandonadas e fundou novas.

    Inaugurou a missão de S. José deLhanguene em Julho de l892, perto deLourenço Marques e fundou o Institutode Ensino Rainha D. Amélia que inaugu-rou em Julho de l893, orientado pelasIrmãs de S. José de Cluny e na CabaceiraGrande (terra rma em frente à ilha deMoçambique) o Instituto Leão XIII em

    l895, também este, orientado por Irmãsde S. José de Cluny. O Comissário Régioem Moçambique, António Enes (1894),admirava o dinamismo de D. Antónioque, em pouco tempo, conseguiu me-lhorar a disciplina do clero, restituir adignidade ao culto, aumentar o númerode missões, etc., apesar da escassez desubsídios estatais.

    Participou no 6º Concílio Provincialde Goa realizado entre 1894 e 1895 eassinou as Actas. Visitou toda a Prelaziavárias vezes e aproveitava as viagenspara estudos antropológicos, tológicos,etc. Deixava palavras de ânimo aos mis-sionários e era conhecida a sua simpatiae respeito pelos africanos. Apreciava oseu clero e mostrava vontade que sepromovesse pelo estudo e reexão.Escreveu uma carta ao Ministro do Ul-tramar em Dezembro de 1896 acercado aluno para a Universidade Urbaniana(Roma).

    Em Setembro de 1895 teve que re-gressar a Portugal, aconselhado pelo

    médico, mas continuou a dirigir a Prela-zia. Manteve uma correspondência assí-dua com o Ministro do Ultramar a favorde Moçambique. Apresentava projectospara a criação de novas missões, nomea-damente a dos Trapistas, em 1896, pediaa ida dos Salesianos para dirigirem a Es-cola de Artes e Ofícios, urgia a publica-ção de livros em línguas locais, etc.

    Não deixava, também, de escreverao Comissário Régio com sugestõespara o Projecto Orçamental.

    Em 11 de Agosto de 1897 foi nomea-

    do bispo de Meliapor (Índia). Sucedeu--lhe D. Sebastião José Pereira que deuentrada na Prelazia em sete de Julho de1899.

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    Boletim de D. António Barroso

    A CASA DOS RAPAZES DE BARCELOS

    Por Victor Pinho *

    A pacense Sílvia Cardoso, nascida,em Paços de Ferreira, em 26 de Julho de1882, e falecida, na mesma localidade, em2 de Novembro de 1950, e cujo pro-cesso de beatifcação, tal como ode D. António Barroso, está a de-correr em Roma, foi uma das princi-pais dinamizadoras da obra do padre Ave-lino Maria Ferreira que fundou a Cruzadado Bem, em 1945.

    Esta instituição de assistência, desen-volvida no âmbito da missão pastoral cris-tã, com sede no Porto, tutelou a Casa dos

    Rapazes de Barcelos, que protegeu e edu-cou rapazes pobres, tirando-os da mendi-cidade e do crime.

    Em 17 de Maio de 1954, comprou aMaria Beatriz Vessadas Salazar Morão deCampos a casa dos Simões Duarte Lyra,no nº 10 da rua Infante D. Henrique, onde

    Sílvia Cardoso Ferreira da Silva, grande dinamizadora da Cruzada do Bem - instituição de assistência que

    fundou a Casa dos Rapazes, em Barcelos. Contribuiu para arrancar à miséria e educar inúmeros barcelenses, nosanos negros que se seguiram à II Guerra. Uma benemérita da cidade.

    Natural de Paços de Ferreira, foi crismada por D. António Barroso, então bispo do Porto, em 25 de Outubrode 1903, quando tinha 21 anos. Os dois processos de beaticação correm juntos em Roma.

    passou a car instalada a Casa dos Rapa-

    zes. Trata-se de um edifício comprido dedois pisos, actualmente desabitado, man-dado edicar nos nais do século XIX,pelo P.e Domingos Simões Duarte Lyra,cónego honorário da Sé de Braga.

    Durante este período, a Casa dos Ra-pazes teve como principais directores edinamizadores o Dr. Manuel Faria, Con-servador do Registo Predial em Barcelos,Chefe da Junta local de Barcelos e ChefeRegional de Braga do Corpo Nacional deEscutas, e António Costa, seu ajudante na

    referida Conservatória e 2º Comandantee, depois, 1º Comandante dos BombeirosVoluntários de Barcelos.

    O seu capelão era o padre FranciscoRibeiro e teve como grandes benfeitoresa família Vieira Duarte liderada pelo indus-trial João Duarte.

    Esta instituição, que chegou a prote-ger mais de 50 rapazes pobres, encerrouas suas portas na década de oitenta. Foivendida pela Cruzada do Bem à autarquialocal. Teve uma Banda Musical dirigida pelocélebre maestro Armindo dos Santos Bar-

    bosa que também dirigiu a afamada Bandados Escuteiros de Barroselas. A apresen-tação pública da Banda da Casa dos Rapa-zes ocorreu em 3 de Fevereiro de 1963. Aconhecida Banda do Galo, fundada ocial-mente a 24 de Julho de 1994, nasceu tam-bém de um grupo de pessoas que tinham

    integrado a Banda da Casa dos Rapazes.

    A Casa dos Rapazes de Barcelos foifundada em 1945, e começou a funcionarnuma pequena casa com o nº 59 da ruaD. Diogo Pinheiro. Foi inaugurada ocial-mente em 19 de Março do ano seguinte.A sessão solene decorreu no salão de fes-tas do Círculo Católico de Barcelos, quefuncionava e ainda funciona na mesma rua.

    Incentivadas pelo referido padre Ave-lino Maria Ferreira, que já tinha fundadoem Gaia e em Évora outras Casas dos Ra-pazes, duas senhoras barcelenses, Joaquina

    Vieira eMaria Guimarães Vale meterammãos à obra e deram corpo ao projecto.Principiou com 25, mas pouco tempo

    depois já protegia 35 rapazes. Era-lhesministrada a instrução primária e umapequena refeição, ao almoço, constituídapor uma sopa diária e um pedaço de pãode milho que, à quinta-feira, era reforçadacom um prato de arroz e bacalhau.

    Como a Casa dos Rapazes não pos-suía escola ocializada, os rapazes erammatriculados numa escola ocial, a mde poderem fazer os exames de primeiro

    e segundo grau. Depois de fazerem a 4ºclasse, a instituição procurava empregaresses rapazes em diferentes actividadesprossionais, dando-lhes um rumo à vida.

    * Bibliotecário Municipal e In-vestigador

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    Boletim de D. António Barroso

    NO 1º. CENTENÁRIO DA ASSOCIAÇÃODOS MÉDICOS CATÓLICOS - AMCP

    Por  João da Ponte *

    No passado dia 12 de dezembro, a AMCPencerrou, com um concerto na igreja da Lapano Porto, o ciclo comemorativo do seu pri-meiro centenário. Também os núcleos dioce-sanos da Associação promoveram concertosnas cidades de Faro, Lisboa, Coimbra, Guardae Castelo Branco. As comemorações inicia-ram-se em 17 de janeiro de 2015 com umaEucaristia de louvor e ação de graças, presi-dida pelo bispo do Porto, D. António Francis-co dos Santos. O ciclo foi enriquecido poroutras atividades com destaque para a reu-

    nião nacional de médicos católicos, em 2 demaio no Porto, onde foi debatido o tema: “ARelação Médico-Doente” e para o encontrode jovens, em 28 de novembro, organizadopor médicos jovens, designado “Doc talks”.Como noticiou a Voz Portucalense em 16 dedezembro, “Momento alto na vida da AMCPaconteceu em 11 de novembro quando a di-reção nacional foi recebida pela ConferênciaEpiscopal portuguesa na sua segunda assem-bleia plenária em 2015”.

    Associando-me às comemorações quetestemunham como se concretizaram os

    votos que D. António Barroso formulou naabertura do “I Congresso dos Médicos Ca-tólicos”, gostaria de fazer-me eco da revistaVida Católica que publicou o seu discurso, em1915, na rubrica “Ciência e Religião”, com oseguinte preâmbulo: “Notabilíssimo discursoproferido por DOM ANTÓNIO BARROSO,Bispo do Porto na inauguração do I Con-gresso dos Médicos Católicos. A atualidadecandente do assunto, a forma conceituosa-mente elevada como o benemérito Preladoversa tão melindroso problema, numa síntese

    «A Associação dos Médicos Católicos Portugueses foi criada em 1915, poriniciativa de D. António Barroso, na altura bispo do Porto. (...) A AMCP éuma das mais antigas associações de médicos católicos no mundo».

    Dr. Carlos Alberto da Rocha, presidente da AMCP.

     Associação dos Médicos Católicos Portugueses 

    extremamente luminosa, são, por de sobejo,motivo a acreditarmos que fazemos obra gra-ta aos nossos leitores, encastoando na VidaCatólica a joia literária que é a brilhante ora-ção de S. Ex.ª Rev.ma”.

    Dada a extensão do texto, limitar-me-eiao cerne da mensagem, enfatizando momen-tos mais signicativos. Depois da saudaçãoinicial, D. António regozija-se com este mo-

    vimento associativo de largos horizontes: “Écom o mais vivo jubilo que saúdo os ilustrese dedicados médicos, hoje aqui reunidos emCongresso, em nome dos salutares princípioscatólicos.” E enaltece a sua missão: “O médi-co é um admirável benfeitor da humanidade,e no exercício da sua nobre e difícil prossão,encontra-se não raro ao lado do padre, cha-mado pela voz imperiosa do dever à cabecei-ra do enfermo, para aureolar a alma com aluz bendita da graça e lhe incutir coragem eresignação nas aperturas do sofrimento.”

    De seguida, partindo da armação “A vida

    é bela”, descreve, com no recorte literário,várias das suas manifestações: “Estremece nabra da erva e no roble das orestas; palpi-ta no inseto que rasteja no prado e na águiaque corta triunfantemente os ares; no peixeque cruza o oceano e na fera que ruge nosbosques; tem ostentações de força no leão efulgurações surpreendentes no homem.”

    E interroga: “Donde vem, pois, a vida, tãoadmirável no seu movimento íntimo e em to-dos os seus fenómenos?”

    Para responder a esta pertinente questão

    num congresso de homens da Ciência uni-dos na mesma Fé , começa por enunciar aresposta dos “adversários da crença tradicio-nal” para quem a vida ui “das forças físicas equímicas”: Em contraponto, recorre às expe-riências de Pasteur e à armação de Virchowno Congresso dos naturistas alemães emMunique, em 1877: “A geração espontânea...não está provada de modo algum... Duvida-

    mos que ela possa ser aceite como paten-teando a origem da vida”. Para concluir:“Para explicar satisfatoriamente avida é preciso recorrer a Deus (…)Razão e Fé são dois raios que par-tem do mesmo foco, dois rios quecorrem da mesma fonte; esse foco,essa fonte é Deus, Deus scientiarumDominus est” . E termina: “É em nome deDeus, que o grande Newton não pronunciavasem se descobrir, é em nome de Deus – Se-nhor de toda a luz e centro de todaa verdade  – que eu declaro aberto este

    prestigioso Congresso dos médicos católicosdo meu país, desejando aos seus trabalhos omais seguro êxito para bem da nossa augustaReligião e da nossa Pátria querida”.

    Estão de parabéns os “Médicos Católi-cos” pelo seu trabalho ao longo de um séculoe pelo patrono que os inspirou e acompanha.

    * Pseudónimo de João AlvesDias. Jornalista e escritor, integra adirecção da Fundação Voz Portuca-lense e do Coro Gregoriano do Porto.

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    Boletim de D. António Barroso

    CONTAS EM DIAA última relação de contas (até 30 de Novembro de 2015) está disponível no Boletim n.º 15, III Série. Desde aquela

    data, até 29 de Fevereiro de 2016, foram efectuadas as seguintes despesas: Escola Tipográca das Missões. Execução eexpedição do Boletim n.º 15, III Série: 644.53 €; Consumíveis, expediente, comunicações, correio expresso (para Roma):165.00 €.Soma: 809.53 €. Acresce a estas despesas um depósito de 5.000,00 € no Banco do Vaticano (I.O.R.): trabalhosque decorrem junto da Sagrada Congregação para as Causas dos Santos. TOTAL: 5.809,53 €.

    No mesmo período, foram recebidos os seguintes donativos para apoio à Causa da Canonização e para as despe-sas deste Boletim: Dr. Seram Anjos Martins Falcão: 10.00 €; Dr. António José Gonçalves Barroso: 50.00 €; D.ª FilomenaMaria Melo Rosa Amorim: 15.00 €; Dr. António Cruz Feliciano: 20.00 €; Dr. António Cruz Feliciano: 20.00 €; D.ª LeontinaMonteiro Cabral: 20.00 €; D.ª Maria Alice Araújo e Sr. Abílio Oliveira: 10.00 €; D.ª Maria de Lurdes Guimarães da Costa: 5.00 €;D.ª Maria Adozinda Torres Gomes: 5,00 €; D.ª Maria da Costa Arantes: 5,00 €; Dra. Maria Adelaide Gomes de Araújo Si-mões: 25,00 €; Amadeu Gomes de Araújo: 40.00 €; TOTAL: 225.00 €.

    Para transferências bancárias que tenham a bondade de fazer para apoio à Causa da Canoni-zação de D. António Barroso e para as despesas deste Boletim, informamos que a conta em nome do

    «Grupo de Amigos de D. António Barroso», na Caixa Geral de Depósitos, Oeiras, tem as seguintes re-ferências:

    NIB: 003505420001108153073. IBAN: PT50003505420001108153073. BIC: CGDIPTPL

    VISITAS À CAPELA-JAZIGO. Entre 1 de Dezembro e 29 de Fevereiro de 2016, há 159 registos no

    livro de visitantes. Destes, 51 são familiares e amigos do jovem enfermo Diogo Amaral, e têm comparecido na Capela,para rezar em grupo pela sua recuperação. Deslocam-se regularmente desde Barcelos, a pé, em oração. Os demaisvisitantes registados em livro são de Remelhe (50), Famalicão (3), Vila Seca (4), Barcelos (6), Arcozelo (4), S. João daMadeira (2), Carvalhal (1), S.Paulo / Brasil (1), S. Veríssimo (3), Várzea (1), Ovar (1), Aboim (2), Carapeços (1), Vila Novade Gaia (1), Fornelos (3), Silva (5), Esposende (1), Gamil (1), Trofa (5), Porto (2), Bélgica (2), Martim (1) Pereira (1), Vilado Conde (2), Faria (3), Alvelos (1), Gilmonde (1).

    Com a colaboração de Goretti Loureiro

    OS MISSIONÁRIOS SÃO ANUNCIADORESE TESTEMUNHAS DA MISERICÓRDIA

    D. ANTÓNIO BARROSO ANUNCIOU A MISERICÓRDIA DO PAI EM TRÊS CONTINENTES.MISSIONÁRIO E MISSIÓLOGO REFORMADOR, FOI TAMBÉM BISPO CORAJOSO NOS ANOS DIFÍ-CEIS DA I REPÚBLICA. COM AS CANDEIAS ACESAS, AGUARDEMOS QUE A IGREJA QUE TÃO BEMSERVIU DECLARE A HEROICIDADE DAS SUAS VIRTUDES.

    FLORES PARA OS VISITANTES DE D. ANTÓNIO BARROSO