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Bom Jesus-PI 26 a 29 de Abril de 2017 ISBN: 978-85-509-0214-2

Bom Jesus-PI 26 a 29 de Abril de 2017 - ufpi.edu.br · Prof. Dr. Sidney Araújo Cordeiro - UFVJM Profª. Drª. Daniela Vieira Chaves Profª. Drª. ... (UFPI) está inserido no sul

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  • Bom Jesus-PI

    26 a 29 de Abril de 2017

    ISBN: 978-85-509-0214-2

  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU

    Reitor Jos Arimatia Dantas Lopes

    Vice-Reitora

    Nadir do Nascimento Nogueira

    Superintendente de Comunicao Jacqueline Lima Dourado

    Editor

    Ricardo Alaggio Ribeiro

    EDUFPI - Conselho Editorial Ricardo Alaggio Ribeiro (presidente)

    Accio Salvador Veras e Silva Antonio Fonseca dos Santos Neto

    Cludia Simone de Oliveira Andrade Solimar Oliveira Lima

    Teresinha de Jesus Mesquita Queiroz Viriato Campelo

    Editora da Universidade Federal do Piau - EDUFPI Campus Universitrio Ministro Petrnio Portella

    CEP: 64049-550 - Bairro Ininga - Teresina - PI - Brasil Todos os Direitos Reservados

  • III WORKSHOP DE ATUALIZAO EM CINCIAS

    FLORESTAIS

    AGRADECIMENTOS

    REALIZAO E ORGANIZAO

    Universidade Federal do Piau

    UFPI /CPCE

    Campus Prof. Cinobelina Elvas Campus Bom Jesus-PI

    PATROCNIO

    Fundao de Amparo e Apoio Pesquisa do Estado do Piau FAPEPI

    APOIO

    CREA-Jr-PI

    FAPEPI

    PUMATec

    UFPI/CPCE

    UFPI/CMPP

    CENTRAL DAS REVISES

    PREFEITURA MUNICIPAL DE BOM JESUS - PI

    Bom Jesus Piau Brasil

    26 a 29 de Abril de 2017

  • COORDENADOR E ORGANIZADOR GERAL

    Prof. Dr. Robson Jos de Oliveira

    ORGANIZADORES Prof. Dr. Alejandro Benitez UDALE - URUGUAI

    Prof. Dr. Carlos Roberto de Lima - UFCG

    Prof. Dr. Davi Pantoja Leite

    Prof. Dr. Fabio Luiz Zanatta

    Prof. Dr. Joo Sammy Nery de Souza

    Prof. Dr. Jos Benedito Guimares Junior - UFLA

    Prof. Dr. Julian Junio de Jesus Lacerda

    Prof. Dr. Robson Jos de Oliveira

    Prof. Dr. Romrio Bezerra e Silva

    Prof. Dr. Rosalvo Maciel Guimares Neto

    Prof. Dr. Sidney Arajo Cordeiro - UFVJM

    Prof. Dr. Daniela Vieira Chaves

    Prof. Dr. Luciana Barboza de Souza

    Prof.Dr. Marlete Moreira Mendes Ivanov

    Prof. Dr.Sfora Gil Gomes de Farias

    Prof. M. e. Doze Batista de Oliveira

    Prof. M. e. Jadson Coelho de Abreu UEAP

    Prof. M. e. Victor Lutz - UFSM

    Prof. Esp. Luciana Santiago PUMATec

    Prof Esp. Rafaela R S. do Rgo - UNINOVAFAPI

    Pos - Doc. Giovani Levi SantAnna - UFV

    M. a. Elayne Ferreira de Miranda -UFOB

    M. e. Csar Henrique Alves Borges UFCG

    M. e. Roberto Rorras dos Santos Moura - UFES

    Mestrando Alexandro Dias M Vasconcelos -UFCG

    Mestrando Luciano C. de Jesus Frana UFVJM

    Especialista Andreane L. de C. Guimares

    Especialista Elisabete Oliveira da Silva - SENAC

    Alusio Costa Silva

    Anderson Silva de Almeida - UEAP

    Andr Luiz Fernandes da Silva

    Ayrton Senna Damasceno

    Bianca Danielle de Oliveira

    Gustavo de Souza Ribeiro Leite

    Jaqueline Ribeiro dos Santos

    Joo Henrique C. de M. Silva

    Kemele Cristina Coelho UESB

    Klleder Cssio Miranda Rosal

    Nathalia Brando Gomes

    Nayara Maria Arajo Rios Ribeiro

    Paula Barbosa dos Santos

    Raynara Ferreira da Silva

    Tlio dos Santos Nunes

    Vanessa Paiva Zoccal Ferrari

    COMISSO CIENTFICA e

    CORPO EDITORIAL

    Prof. Dr. Alejandro Benitez

    Prof Dr. Carlos Roberto de Lima

    Prof. Dr. Jos Benedito Guimares Junior

    Prof. Dr. Robson Jos de Oliveira

    Prof. Dr. Rosalvo Maciel Guimares Neto

    Prof. Dr. Sidney Arajo Cordeiro

    Prof. Dr. Daniela Vieira Chaves

    Prof. Dr Luciana Barbosa de Souza

    Prof.Dr. Marlete Moreira Mendes Ivanov

    Prof. M.e. Doze Batista de Oliveira

    Prof. M. e. Victor Lutz

    Prof. Esp. Luciana Santiago

    Pos - Doc. Giovani Levi SantAnna

    M.a. Elayne Ferreira de Miranda

    Mestrando Alexandro Dias Martins Vasconcelos

    Mestrando Luciano Cavalcante de Jesus Frana

    Esp. Elisabete Oliveira da Silva

  • 5

    APRESENTAO

    O curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Piau (UFPI) est

    inserido no sul do Estado do Piau, local com caractersticas edafoclimticas favorveis,

    propiciando uma grande expanso agrcola, com destaque para o cultivo da soja, milho e

    arroz de terras altas. Neste contexto, o setor florestal tambm apresenta grande potencial

    de crescimento, principalmente com a possibilidade de introduo de florestas plantadas

    de rpido crescimento.

    Atualmente o referido curso o nico no Estado do Piau. Aliado a essa

    peculiaridade, observa-se que em um raio de aproximadamente 1.200 km no existe outro

    curso dessa natureza, sendo mais prximo o da Universidade de Braslia. Assim, ocorre

    uma dificuldade por parte dos discentes e docentes dessa instituio em estarem sempre

    atualizados. Neste sentido a elaborao e efetivao do I Workshop de Atualizao em

    Cincia Florestal atuaria como um mecanismo mitigador dessa problemtica, oferecendo

    aos mesmos atualizao e capacitao.

    Outro fator a ser levado em considerao, que em parte descreve a necessidade

    do evento, que para o desenvolvimento regional sustentvel, torna-se necessrio

    gerao de conhecimentos e prticas tecnolgicas que possam ser aplicadas

    adequadamente s diferentes regies, objetivando a melhoria da qualidade de vida das

    populaes. Contudo, a obteno dos conhecimentos prticos e tericos para gerenciar

    atravs de princpios sociais, econmicos e ambientais, se viabiliza com a formao

    tcnico-cientfica qualificada dos recursos humanos para atender as demandas regionais.

    Neste sentido o Workshop de Atualizao em Cincia Florestal atuar na formao

    complementar dos seus participantes.

    O evento acima citado foi realizado na cidade de Bom Jesus/PI, na Universidade

    Federal do Piau; entre os dias 26 e 29 de Abril de 2016. Vale ressaltar que esse

    acontecimento teve a presena de palestrantes de outras instituies, contribuindo muito

    para troca de experincias.

    Prof. Dr. Robson Jos de Oliveira Coordenador Geral do evento.

  • 6

    PROGRAMAO DO EVENTO

  • 7

    NORMAS PARA PUBLICAO

    QUANTIDADE MXIMA DE TRABALHOS COMO AUTOR PRINCIPAL: 2 (dois).

    QUANTIDADE MXIMA DE TRABALHOS COMO COAUTOR: SEM LIMITAES.

    QUANTIDADE MXIMA DE PARTICIPANTES POR TRABALHO: 5 (cinco) participantes

    (incluindo autor, coautores e orientador).

    PALAVRAS-CHAVE: 3 (trs) a 5 (cinco) palavras-chave.

    ARQUIVO DO TRABALHO: No sero aceitos trabalhos sem o arquivo anexado.

    PARTICIPANTE OUVINTE: Apenas enviar em Anexo o comprovante de pagamento no ato da

    inscrio, porm este comunicando sua modalidade de participao como ouvinte.

    MODALIDADES DOS RESUMOS: Os participantes podero optar por enviar :

    Resumo Expandido: At 5 pginas, contendo resumo de at 250 palavras e Palavras- Chave,

    porm, no tendo abstract.

    Resumo Completo: Entre 6 e 12 pginas, contendo resumo de at 300 palavras, abstract e as

    palavras- chave em portugus e ingls.

    CONDIO PARA PARTICIPAO EM TRABALHO: Somente sero apresentados os

    trabalhos aprovados pela Comisso Cientfica, sendo autor ou co-autores, obrigatoriamente,

    inscritos no ato da submisso do(s) trabalho(s). Para que o (s) trabalho (s) seja (m) apresentado (s) e

    publicado (s) nos anais, o autor e/ ou os co-autores devero estar com o pagamento da inscrio

    regularizado, enviado ao e-mail do evento.

    CONTEDO E DIREITOS AUTORAIS: O contedo expresso nos trabalhos submetidos para o

    evento so de responsabilidade do(s) autor(es), co-autor(es) e orientador devendo os mesmos

    observarem as normas cientficas e as especificidades para as modalidades disponveis

    (comunicao em pster). A Comisso Cientfica e Organizadora no se responsabilizam pelo

    contedo e insero de autoria dos trabalhos propostos. indicado, ainda, observar a legislao

    referente "gesto coletiva de direitos autorais"

    (BRASIL, 2015).

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Decreto/D8469.htm

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Decreto/D8469.htm

  • 8

    GRUPOS DE TRABALHO (GT): Cada proposta de trabalho dever estar vinculada a apenas um

    dos eixos temticos relacionados abaixo:

    Grupos de Trabalho

    o Silvicultura

    o Riquezas naturais no semirido: degradao e uso sustentvel

    o Melhoramento Gentico

    o Desertificao e mudanas climticas

    o Sensoriamento Remoto

    o Avaliao de Impactos Ambientais

    o Educao Ambiental

    o Sociodiversidades e comunidades tradicionais no semirido

    o Topografia

    o Sade e Meio Ambiente

    o Ecologia

    o Colheita, Ergonomia, Explorao e Transporte Florestal.

    o Sade e Segurana do Trabalho

    o Biotecnologia

    o Manejo Florestal

    o Manejo e Conservao do Solo e da gua

    o Agroecologia

    o Tecnologia de Produtos Florestais

    o Gesto Ambiental

    o Manejo Integrado de Bacias Hidrogrficas

    o Arborizao e Paisagismo

    o Manejo de Fauna Silvestre

    o Mensurao Florestal

    o Botnica, Sistemtica Vegetal e Etnobotnica.

    o Entomologia

    o Economia Rural

    o Fitotecnia

    o Solos

    o Fisiologia Vegetal

    o Percia e Auditoria Ambiental.

    o Educao em Meio Ambiente (Tcnicas e ferramentas da biologia para educao na rea

    ambiental)

    o Culturas Herbceas, Arbreas e Arbustivas

    o Maquinrio Agrcola / Florestal

    o Hidrulica

    o Irrigao e Drenagem

    o Fruticultura

    o Jardinagem

    o Agrometeorologia e Climatologia

    AUTOR PRINCIPAL: Apenas o autor principal submete o trabalho.

    COAUTOR: Apenas o autor principal pode indicar os coautores e orientador do trabalho.

    Todos os Autores e Coautores devero efetuar o pagamento da taxa de inscrio do evento,

    porm todos inscritos recebero o certificado de participao, este ser enviado por e-mail,

  • 9

    portanto, no ato da inscrio, tenha ateno na hora de digitar o e-mail. Os certificados de

    apresentao ser concedido apenas aos apresentadores dos trabalhos.

    DATA DE ENVIO DE TRABALHO: Impreterivelmente at meia-noite de 10 de Abril de

    2017. (Horrio de Braslia). (Prazo prorrogado).

    IMPORTANTE: Os trabalhos sero anexados diretamente no site do evento, juntamente

    com a ficha de inscrio, comprovante de matrcula (graduao, mestrado, etc.) e

    comprovante de pagamento de todos os autores do artigo.

    IDIOMAS: Portugus, Ingls e Espanhol idiomas oficiais do evento.

    MODALIDADE: Comunicao em Pster.

    Comunicao em Pster: Submisso em artigo de relato de experincia, reviso

    bibliogrfica e pesquisa concluda ou em andamento.

    IMPORTANTE: A comisso cientfica reserva-se ao direito de reclassificar a rea

    temtica e modalidade selecionada do trabalho enviado.

    REA TEMTICA OU GRUPO DE TRABALHO (AT): Cada proposta de trabalho

    dever estar vinculada a apenas uma das reas temticas ou grupo de trabalho.

    IMPORTANTE: No sero aceitos trabalhos sem o arquivo anexado, bem como sem o

    comprovante de pagamento.

    DATA E HORRO DE APRESENTAO: Os trabalhos devem ser apresentados na

    data, horrio e local definidos e divulgados no site do evento.

    MODIFICAO DE PARTICIPANTES: No ser permitida a insero de participantes

    na plataforma online aps a submisso de trabalhos, sejam eles autores, coautores e/ou

    orientador.

    MODIFICAO DE ARQUIVO DE TRABALHO: No ser permitida a troca de

    arquivo na plataforma online aps a submisso do trabalho.

    IMPORTANTE: Os Trabalhos que estiverem fora das normas sero automaticamente

    desclassificados.

  • 10

    SUMRIO

    1 ANLISE DA VIBRAO E SUA INFLUNCIA NA ERGONOMIA E COLHEITA

    FLORESTAL ................................................................................................................................... 14

    2 AVALIAO DE MTODOS DE PREVISO DE DEFEITOS EM ESTRADAS

    FLORESTAIS .................................................................................................................................. 26

    3 CLASSIFICAO DE ESTRADAS USANDO REDES NEURAIS ARTIFICIAIS

    ATRAVS DO SOFTWARE STUTTGART NEURAL NETWORK SIMULATOR .............. 36

    4 COMPOSIO FLORSTICA DE UMA REA DE 70 HA NA FLORESTA NACIONAL

    DO TAPAJS .................................................................................................................................. 46

    5 DANOS EM ESTRADAS FLORESTAIS E O DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA

    DE GERNCIA DE PAVIMENTOS ............................................................................................. 54

    6 ERGONOMIA E SEGURANA DO TRABALHO NO SETOR FLORESTAL ................... 65

    7 ESTRUTURA E DISTRIBUIO ESPACIAL DA MAARANDUBA EM REA DE

    MANEJO FLORESTAL COMUNITRIO..................................................................................78

    8 GERENCIAMENTO E PLANEJAMENTO DE COLHEITA UTILIZANDO O MODELO

    SNAP III (SCHEDULING AND NETWORK ANALYSIS PROGRAM). ................................. 86

    9 NVEIS DE RUDOS NA REA FLORESTAL E AGRICOLA: ESTUDO DO CASO ......97

    10 OBTENO DE MODELO MATEMTICO PARA AVALIAO DE ESTRADAS

    RURAIS .......................................................................................................................................... 105

    11 PATOLOGIAS E CRITRIOS DE AVALIAO DE ESTRADAS FLORESTAIS ....... 113

    12 REFLEXO A RESPEITO DA MALHA VIRIA NO PAVIMENTADA QUE LEVA A

    PRODUO DO NOSSO BRASIL ............................................................................................. 125

    13 RETRATO DA NOVA FRONTEIRA AGRCOLA ATRAVS DE UM MAPEAMENTO

    EM BOM JESUS - PI .................................................................................................................... 134

    14 THE USE OF ARTIFICIAL NEURAL NETWORKS IN PREDICTING DEFECTS IN

    FOREST ROADS ........................................................................................................................... 146

    15 USO DE MTODOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS QUE MELHOR GERENCIEM O

    PAVIMENTO FLORESTAL........................................................................................................ 155

    16 CARACTERIZAO MORFOMTRICA DA MICROBACIA HIDROGRFICA DO

    RIACHO CEDRO, BOM JESUS - PI .......................................................................................... 165

    17 ESTRUTURA DE FRAGMENTO FLORESTAL NO CAMPUS TAPAJS DA UFOPA,

    SANTARM, PAR ...................................................................................................................... 170

    18 ESTRUTURA DE Symphonia globulifera L. f. EM FLORESTA DE VRZEA BAIXA NO

    MUNICPIO DE AFU ................................................................................................................ 176

    19 ESTRUTURA E COMPOSIO FLORSTICA DE UMA REA MANEJADA NA

    FLORESTA NACIONAL DO TAPAJOS ................................................................................... 182

  • 11

    20 ESTRUTURA PARAMTRICA DE UMA REA NO MANEJADA NA FLORESTA

    NACIONAL DO TAPAJS .......................................................................................................... 188

    21 FITOSSOCIOLOGIA E COMPOSIO FLORSTICA DE UMA REA NA FLORESTA

    .......................................................................................................................................................... 193

    22 INOVAES TECNOLGICAS DE MQUINAS AGRCOLAS E SUAS RELAES

    COM OS CUSTOS OPERACIONAIS ........................................................................................ 198

    23 ANLISE SUBJETIVA DOS IMPACTOS ECONMICOS DO PLANTIO DE

    EUCALIPTO .................................................................................................................................. 205

    24 ANLISE SUBJETIVA E MEDIDAS MITIGADORAS PARA OS ASPECTOS SOCIAIS

    PERTINENTES AOS PLANTIOS DE EUCALIPTO ............................................................... 214

    25 ANLISE TCNICA COM VISTAS A DOCUMENTAO DE EMPREENDIMENTOS

    IMPACTANTES NA REGIO DE BOM JESUS-PI ................................................................. 224

    26 AVALIAO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NA VEGETAO CILIAR DO RIO

    PARNABA: UM ESTUDO DE CASO EM FLORIANO-PI. ................................................... 234

    27 DIAGNSTICO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS INTERFERINDO NOS FATORES

    BITICOS NA CIDADE DE BOM JESUS PI.........................................................................241

    28 DIAGNSTICO SCIOAMBIENTAL NA COMUNIDADE RURAL DE CHAPADA DAS

    FLORES, MUNICPIO DE RIO GRANDE-PI .......................................................................... 249

    29 GESTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DA SERINGUEIRA NA IMPLANTAO

    .......................................................................................................................................................... 255

    30 GESTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DA SERINGUEIRA NA MANUTENO 266

    31 GESTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DA SERINGUEIRA NA EXPLORAO E

    TRANSPORTE .............................................................................................................................. 277

    32 GESTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DO EUCALIPTO NA IMPLANTAO

    DURANTE AQUISIO DE TERRA E CONSTRUO VIRIA ....................................... 289

    33 GESTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DO EUCALIPTO NA IMPLANTAO

    DURANTE O PREPARO DO TERRENO .................................................................................. 300

    34 GESTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DO EUCALIPTO NA IMPLANTAO

    DURANTE A PRODUO DE MUDA E PLANTIO ............................................................... 311

    35 GESTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DO EUCALIPTO NA EXPLORAO E

    TRANSPORTE .............................................................................................................................. 323

    36 GESTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DO EUCALIPTO NA MANUTENO .... 333

    37 GESTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DO PINUS NA IMPLANTAO ............... 343

    38 GESTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DO PINUS NA MANUTENO ................ 355

    39 GESTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DO PINUS NA EXPLORAO E

    TRANSPORTE .............................................................................................................................. 367

    40 IMPACTOS AMBIENTAIS NA MATA CILIAR DA LAGOA DE SO FRANCISCO EM

    RIO GRANDE-PI .......................................................................................................................... 379

  • 12

    41 IMPACTOS AMBIENTAIS NEGATIVOS PROVOCADOS POR EMPREEDIMENTOS

    DE ALTO RISCO .......................................................................................................................... 389

    42 MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DE UMA COMUNIDADE ............................. 395

    43 UM OLHAR POSITIVO NOS IMPACTOS AMBIENTAIS E RESPECTIVAS MEDIDAS

    MITIGADORAS NO PLANTIO DE EUCALIPTO................................................................... 403

    44 DETECO DAS PRINCIPAIS CAUSAS DE DEGRADAO AMBIENTAL EM

    NASCENTES NO MUNICPIO DE ANGICAL, PIAU. .......................................................... 415

    45 IDENTIFICAO DE INSETOS NA CASA DE VEGETAO NO INSTITUTO

    FEDERAL NORTE DE MINAS GERAIS .................................................................................. 419

    46 PROPAGAO DE BAMBSA VULGARIS POR ESTAQUIA NA REGIO

    SEMIARIDA POTIGUAR ............................................................................................................ 426

    47 SELEO PRECOCE DE CLONES DE EUCALIPTOS NO MDIO PARNABA ....... 435

    48 EFEITOS DE AUXINAS NA BROTAO E COMPRIMENTO DE RAMOS EM

    ESTACAS DE BAMBUSA VULGARIS (SCHRAD. EX J.C. WENDL) ................................. 443

    49 EFICCIA E POTENCIALIDADES NA UTILIZAO DE FEROMNIOS NO

    CONTROLE DE MOSCAS .......................................................................................................... 448

    50 INSETOS EM ASSOCIAO COM (COCOS NUCIFERA) NO BRASIL, COM NFASE

    PARA O ESTADO DO PIAU ...................................................................................................... 453

    51 DIFERENTES TIPOS DE PAINIS DE EUCALIPTO ....................................................... 459

    52 CARACTERIZAO E AVALIAO DO CONSUMO DE LENHA E VALORAO

    DOS SERVIOS AMBIENTAIS NUMA REA DE MANGUEZAL ..................................... 470

    53 LEVANTAMENTO DA QUANTIDADE DE RESDUOS SLIDOS PRODUZIDOS EM

    MARCENARIAS DE PEQUENO PORTE EM BOM JESUS-PI ............................................. 476

    54 RENDIMENTO DA LAMINAO DA MADEIRA DE PINUS OOCARPA.....................479

    55 RENDIMENTO DE MADEIRA SERRADA DE GALHOS NA FLORESTA NACIONAL

    DO TAPAJS ................................................................................................................................ 484

    56 ESTUDOS DE INSETOS ASSOCIADOS AO BURITI NO BRASIL COM 56 NFASE

    PARA O ESTADO DO PIAU ...................................................................................................... 489

    57 ATRIBUTOS QUMICOS E FSICOS DE SOLOS DE CERRADO NO ESTADO DO

    AMAP ........................................................................................................................................... 497

    58 FITORREGULADORES NO ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE ACACIA

    MANGIUM ..................................................................................................................................... 503

    59 DISEO ESTRUCTURAL CON MADERA URUGUAYA ................................................. 514

  • 13

    ANLISE DA VIBRAO E SUA INFLUNCIA NA ERGONOMIA E

    COLHEITA FLORESTAL

    Marcelo Lellis de Oliveira1; Tlio dos Santos Nunes

    2, Robson Jos de Oliveira

    3, Naiara Maria

    Arajo Rios Ribeiro2, Bianca Danielle de Oliveira

    2

    1Mestre em Cincia Florestal pela Universidade Federal de Viosa UFV.

    2Discente de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Piau - UFPI. [email protected];

    [email protected]; [email protected]; 3Prof. Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Piau UFPI. [email protected];

    Resumo: Este trabalho foi feito em cima de observaes de campo em operaes de colheita florestal onde o

    operador sofre os efeitos da vibrao em rgos internos ao trabalhar com mquinas florestais e que possam

    causar srios danos na sade no futuro. A vibrao de uma mquina alm de incomodar no sentido auditivo,

    por balanar muito com a operao da mquina dentro de um talho, o operador fica movimentando muito e

    pode at levar a deslocamentos de rgos internos. Como soluo as mquinas com o passar do tempo vem

    sendo melhor adaptadas visando o conforto operacional com isso reduziu bastante o ndice de problemas

    relacionados a esse fator bastante negativo para produo na etapas da colheita florestal.

    Palavras-chave: Sade; Produo; Conforto.

    ANALYSIS OF VIBRATION AND ITS INFLUENCE ON ERGONOMICS AND FOREST

    HARVEST

    Abstract: This work was done over field observations in forest harvesting operations where the operator

    suffers the effects of vibration on internal organs when working with forest machines and which can cause

    serious health damage in the future. The vibration of a machine in addition to annoying in the auditory sense,

    for much swing with the operation of the machine inside a field, the operator gets much moving and can

    even lead to internal organ movements. As a solution machines over time have been better adapted for

    operational comfort with this has greatly reduced the index of problems related to this factor quite negative

    for production in the stages of the forest harvest.

    Key words: Cheers; Production; Comfort.

    1 INTRODUO

    De acordo com NAGAOKA (2001), o Brasil caracteriza-se como o maior pas da Amrica Latina,

    em extenso territorial, e o quinto do mundo em rea total, isto , 8.547.403,5 km2. Seu Produto

    Interno Bruto (PIB) o maior da Amrica Latina e nono do mundo.

    Com o desenvolvimento tecnolgico, passou-se a buscar novas mquinas substituindo a

    trao animal e procurou melhorar o aperfeioamento da relao homem mquina, no sentido de

    impor ao homem uma carga de trabalho mais suave, visando reduo da fadiga. Atualmente, vm

    sendo desenvolvidos vrios estudos, procurando facilitar a relao do homem com o ambiente de

    mailto:[email protected]:[email protected]

  • 14

    trabalho (FILHO, 2002). Procurou focar nesse trabalho a influncia da vibrao na produtividade do

    operador de colheita florestal, e a ligao com futuras doenas que possam aparecer no indivduo.

    2. REVISO DE LITERATURA

    2.1. Ergonomia

    Ergonomia a adaptao do trabalho ao ser humano levando em considerao a sade,

    segurana, bem-estar, eficincia, meio ambiente e conforto. a cincia do trabalho, ou seja, o

    estudo do comportamento do homem em relao a seu trabalho, estudando a atividade do trabalho

    afim de contribuir para a concepo de meios de trabalhos adaptados s caractersticas fisiolgicas e

    psicolgicas do ser humano. O termo ergonomics surgiu no ps guerra em 1949, com a criao da

    ergonomic Research Society, na Inglaterra atravs de cientistas e pesquisadores que estavam

    interessados em discutir e formalizar a ergonomia. O termo ergonomia significa: ergo = trabalho e

    nomos = regras. Portanto, ergonomia seria as regras para organizar o trabalho (FILHO, 2002),

    Existem vrios problemas ergonmicos que podem ser ocasionados por : m postura,

    inadequao do trabalho, falta ou pouca visibilidade, falhas na iluminao, rudo e nessa

    monografia trataremos da vibrao.

    A vibrao um fator ergonmico que influencia no trabalho das pessoas.

    Vrios so os efeitos da vibrao no corpo humano como, por exemplo, dormncia das

    mos, dores, doena dos dedos brancos (Raynaud), perda do sentido do tato nos dedos, cianose, sem

    contar que a vibrao pode ser irreversvel.

    No caso florestal, como os movimentos so mais bruscos, a vibrao pode levar problemas

    mais srios como deslocamento de rgos internos, acuidade visual, dores lombares e abdominais.

    As normas estabelecem limites tolerveis quanto eficincia, segurana e conforto.

    Tamanho e desenho da mquina, condies dos pneus, condies do terreno e da estrada,

    tamanho da carga, dentre outros, so alguns dos fatores que influenciam na vibrao (FILHO,2002).

    MATHIAS (1989) cita que grande parte dos tratores agrcolas em circulao no pas

    apresentam problemas de conforto e segurana para os operadores, sendo estes expostos a nveis

    de insalubridade acima do nvel permitido pelas normas de segurana do trabalho. Tais

    problemas so influenciados por fatores fsicos, que podem ser divididos em:

    fatores dinmicos que referem-se s vibraes, aceleraes, etc;

    fatores ambientais que referem-se temperatura, presso, rudo, etc; e

    fatores relacionados ao espao fsico.

  • 15

    O conforto do tratorista constitui num importante diferencial para o aumento da

    produtividade nas operaes agrcolas. As cabines providas de ar condicionado e poltronas

    confortveis favorecem o trabalho dos operadores de mquinas, pois, a temperatura elevada, o

    rudo e vibraes geram um desconforto significativo. A diminuio dos nveis de vibrao em

    veculos agrcolas implica em avanos nos projetos, no sentido de se obter um melhor

    aproveitamento de potncia, diminuio de desgaste e de esforos mecnicos.

    A vibrao qualquer movimento que o corpo executa em torno de um ponto fixo. Esse

    movimento pode ser regular, do tipo senoidal ou irregular, quando no segue nenhum padro

    determinado.

    A vibrao definida por trs variveis: a freqncia (Hz), a acelerao mxima sofrida

    pelo corpo (m/s2) e pela direo do movimento, que dada em trs eixos (figura 3): x (das costas

    para frente), y (da direita para esquerda e z (dos ps cabea).

    Figura 1: Eixos de propagao das vibraes

    2.2. Efeitos da vibrao no corpo humano

    A vibrao pode afetar o corpo inteiro ou apenas parte do corpo, com as mos e os braos. A

    vibrao do corpo inteiro ocorre quando h uma vibrao dos ps (posio em p) ou do assento

    (posio sentada). O funcionamento de mquinas, veculos e a manipulao de ferramentas

    produzem vibraes que so transmitidas ao conjunto do organismo, mas de forma diferente,

    conforme as partes do corpo, as quais no so sensveis as mesmas frequncias. Cada parte do corpo

    pode tanto amortecer como ampliar as vibraes. As ampliaes ocorrem quando partes do corpo

    passam a vibrar na mesma frequncia e, ento, dizemos que entrou em ressonncia. Os efeitos da

    vibrao dependem tambm a frequncia do movimento ao qual o trabalhador est exposto.

    Frequncias abaixo de 1 Hz causam enjoos, enquanto as frequncias entre 3 e 8 Hz afetam os

    intestinos e a coluna vertebral e aquelas entre 15 e 24 Hz podem interferir na viso, diminuindo a

    fixao e a percepo visual (FILHO, 2002).

    z

    y

    x

  • 16

    Em virtude da complexidade da estrutura do organismo humano, composta por diversos

    ossos, articulaes, msculos e rgos, a reaes deste sistema s vibraes mecnicas no

    ocorrem de maneira uniforme, pois, cada parte pode tanto amortecer quanto amplificar essas

    ondas. Essas amplificaes ocorrem, quando partes do corpo passam a vibrar na mesma

    frequncia. Segundo IIDA (1990), a este fenmeno d-se o nome de ressonncia.

    O corpo inteiro mais sensvel na faixa de 4 a 8 Hz, que corresponde a frequncia de

    ressonncia na direo vertical (eixo z). Na direo x e y, as ressonncias ocorrem a frequncias

    mais baixas, de 1 a 2 Hz. Os efeitos da vibrao direta sobre o corpo humano podem ser

    extremamente graves, podendo danificar permanentemente alguns rgos do corpo humano. As

    vibraes danosas ao organismo esto nas frequncias de 1 a 80 Hz, provocando leses nos ossos,

    juntas e tendes. As frequncias intermedirias, de 30 a 200Hz, provocam doenas

    cardiovasculares, mesmo com baixas amplitudes e, nas frequncias altas, acima de 300 Hz, o

    sintoma de dores agudas e distrbios. Alguns desses sintomas so reversveis, podendo ser

    reduzido aps um longo perodo de descanso.

    O primeiro estudo quantitativo no assunto foi realizado por Goldmann e publicado em 1960.

    Os efeitos da vibrao sobre o corpo humano podem ser extremamente graves. Alguns exemplos

    desses efeitos so:

    1-viso turva - O efeito das vibraes sobre a viso de grande importncia uma vez que o

    desempenho do trabalhador diminui, aumentando, assim, o risco de acidentes. As vibraes

    reduzem a acuidade visual e torna a viso turva, ocorrendo a partir de 4 Hz.

    2- perda de equilbrio - Os indivduos que trabalham com equipamentos vibratrios de

    operao manual, tais como martelo pneumtico e moto serra, apresentam degenerao gradativa do

    tecido muscular e nervoso.

    3- falta de concentrao;

    4- danificao permanente de determinados rgos do corpo - Os efeitos aparecem na forma

    de perda da capacidade manipuladora e do controle do tato nas mos, conhecido, popularmente, por

    dedo branco. Essas doenas so observadas, principalmente, em trabalhadores de minas e florestais

    (motosserras 50-200 Hz). Os dedos mortos surgem no mximo aps 6 meses de trabalho com uma

    ferramenta vibratria.A vibrao mecnica consiste no movimento de um ponto material ou um

    corpo que oscila em torno de uma posio de equilbrio. A maioria das vibraes em mquinas ou

    estruturas so indesejveis em virtude do aumento de tenso e perdas de energia que as

  • 17

    acompanham. Devem, portanto, ser eliminadas ou reduzidas tanto quanto possvel por meio de

    projetos adequados.

    Os nveis de vibrao excessivos em tratores agrcolas geram uma sensao incmoda

    para o operador, de maneira a aumentar sua fadiga fsica e mental.

    Na prtica, as vibraes consistem de uma mistura complexa de diversas ondas com

    frequncias e direes diferentes. A partir da anlise destes componentes, possvel calcular o

    nvel mdio das vibraes. Esse nvel mdio pode ser usado para estimar o impacto dessas ondas

    no corpo humano (DUL e WEERDMEESTER, 1995).

    Em geral, os tratores e mquinas agrcolas produzem vibraes de baixa frequncia, que

    so transmitidas para o posto do operador. Essas frequncias podem gerar problemas de viso,

    irritabilidade, deformaes lombares e problemas digestivos. Para amortecer e amenizar essas

    vibraes de baixa de frequncia, tm sido estudadas vrias alternativas de implantao de um

    sistema de suspenso mais eficiente para o posto do operador. Alguns fatores devem ser

    considerados na concepo do posto de trabalho, no caso do trator. Um dos mais importantes o

    assento, que o tratorista usualmente ocupar por mais horas anuais do que qualquer cadeira ou

    banco, inclusive as de sua sala de estar, ou de seu automvel, somando-se a isto o fato da

    vibrao de um trator ser geralmente mais intensa do que nos demais ambientes em que ele possa

    permanecer.

    O corpo suporta as vibraes mediante uma contrao e relaxamento contnuos do sistema

    muscular, o que depois de um certo tempo, produz um desequilbrio no sistema de auto regulao, o

    qual atinge at mesmo o sistema muscular digestivo (FILHO, 2002).

    Delgado em 1989, relata que os operadores de tratores na Espanha tm uma propenso a

    problemas de coluna vertebral, como consequncia do tipo do trabalho realizado. Cerca de 70 %

    dos operadores, com idade compreendida entre 20 e 29 anos, possuem problemas de coluna devido

    a vibraes mecnicas, os quais podem afetar tambm o abdome e estmago.

    Segundo ARBETSMILJOINSTITUTED et al. (1990), a intensidade da vibrao depende

    da estrutura do solo, do projeto da mquina (suspenso, localizaes do assento e cabine, pneus),

    da velocidade, da tcnica de dirigir, dentre outros.

    Algumas pesquisas como a de MATHIAS (1989) analisaram o conforto do sistema trator-

    carreta, utilizando as curvas da norma ISO-2631. As medidas de vibraes foram obtidas,

    experimentalmente, no assento do tratorista. Da anlise dos dados, constatou-se que o tempo

    necessrio para que as atividades do tratorista no sejam prejudicadas pela fadiga limitado a 7

  • 18

    horas, mas existem muitas outras pesquisas em outros campos para verificar o quanto a vibrao

    no prejudicial ao corpo de quem est sob ela,quando em condies adequadas de trabalho.

    Uma das solues para atenuar as vibraes geradas pelo movimento do trator sobre o solo

    poderia ser um sistema de suspenso eficiente para o posto do operador. Os isoladores de vibraes

    e choques devem ser aplicados entre a fonte e o receptor afim de oferecer proteo dinmica ao

    sistema receptor. Os sistemas de suspenso de assento podem ser ativos ou passivos. Para o sistema

    ativo, necessrio a presena de sensores que reconheam a vibrao no assento e enviem um sinal

    para as vlvulas de comando hidrulico ou pneumtico, acionando, assim, os atuadores. J o sistema

    passivo de suspenso constitudo de molas e amortecedores, que atenuam as vibraes geradas

    pela base do assento.

    3. METODOLOGIA

    3.1. Leis e normas

    Atravs de consultas Internet, reviso bibliogrfica de teses pude enfocar um pouco de

    algumas normas que falam sobre vibrao e citar alguns trabalhos. Como metodologia usei as

    normas ISO 2631; NBR 12319; e a NBR 7497;

    3.2. Norma ABNT 04.001 NBR 7497

    Essa norma define vibrao como sendo uma variao no tempo do valor de uma grandeza a

    qual descreve o movimento ou posio de um sistema mecnico, quando o valor alternadamente

    maior ou menor que certo valor mdio ou de referncia. Tambm trazem essa norma outros

    conceitos que so citados abaixo:

    * Vibrao peridica: uma vibrao cujos valores se repetem em certos incrementos iguais

    da varivel independente.

    * Vibrao aleatria: a vibrao cujo valor no pode ser precisamente previsto para

    qualquer instante de tempo dado.

    * Vibrao permanente: a vibrao peridica e contnua.

    * Vibrao transitria: uma vibrao que no aleatria e nem permanente.

    * Vibrao forada, oscilao forada: uma vibrao permanente causada por uma

    excitao externa.

  • 19

    * Vibrao livre; oscilao livre: uma vibrao que ocorre depois da remoo da excitao

    ou do vnculo. Nesse caso o sistema vibra nas suas freqncias naturais.

    * Vibrao quase peridica: aquela que difere ligeiramente de uma vibrao peridica.

    * Vibrao aperidica: uma vibrao no peridica.

    * Vibrao elptica: aquela em que a trajetria dos pontos vibratrios tem uma forma

    elptica.

    * Vibrao retilnea, linear: uma vibrao na qual a trajetria do ponto vibratrio uma

    linha reta.

    * Vibrao circular: aquela em que a trajetria do ponto vibratrio tem forma circular.

    * Modo de vibrao: Num sistema em vibrao, um modo de vibrao indica a disposio

    caracterstica dos ns e dos ventres, assumida pelo sistema, no qual o movimento de cada ponto

    para uma frequncia harmnico simples (para sistema lineares), ou deriva de movimentos

    harmnicos.

    * Modo natural fundamental de vibrao: o modo natural de um sistema que possui a

    menor frequncia natural.

    * Vibrgrafo: um instrumento capaz de indicar na escala alguma medida do valor da

    vibrao, tais como pico de velocidade, valor eficaz de oscilao, etc...

    Vibrmetro: um instrumento capaz de indicar na escala alguma medida do valor da

    vibrao, tais como pico de velocidade, valor eficaz da oscilao, etc...

    3.3. Medio da vibrao em mquinas

    No Brasil, a Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) desenvolveu a NBR

    12319 (1992), a respeito de medio da vibrao transmitida ao operador de tratores agrcolas

    de rodas e mquinas agrcolas. Alm dos mtodos para medir e registrar a vibrao do corpo

    humano, esta norma fixa tambm as condies de operao da mquina e as caractersticas da

    pista artificial opcional de ensaios. Especifica, ainda, os instrumentos, as caractersticas das

    medies e a anlise de ponderao das frequncias, baseando-se em vrias normas, dentre elas a

    ISO 2631. Para a norma NBR 12319 (1992), a ponderao da frequncia pode ser alcanada do

    seguintes modo:

    anlise de acelerao em nveis de banda de 1/3 de oitava, ponderando os nveis

    individuais de bandas e recombinando-os;

  • 20

    uso direto de filtros eletrnicos de ponderao em medidores apropriados.

    A primeira norma ISO 2631 (de 1978) reconhece quatro parmetros fsicos da vibrao,

    ou seja, intensidade, direo, frequncia e durao, que afetam o corpo humano e que devem ser

    avaliados .

    Segundo MATHIAS (1989), a norma ISO 2631 distingue tambm trs critrios

    fisiolgicos, que permitem avaliar o nvel de vibrao na faixa de frequncia de 1 a 80 Hz, que

    so:

    Preservao da eficincia operacional (Fadigue Decreased Proficiency Boundary). Este

    critrio utilizado para delimitar os valores de exposio para pessoas que ao realizar uma tarefa,

    so expostas vibrao (motorista, tratorista) e cuja habilidade operacional pode ser prejudicada

    pela fadiga proveniente do efeito vibratrio.

    Preservao da sade (Exposure Limit). Este critrio utilizado para estimar o nvel

    mximo de exposio do corpo humano vibrao. Se este limite for excedido, a sade da pessoa

    pode ser prejudicada.

    Preservao do conforto (Reduced Comfort Boundary). Este critrio utilizado para

    avaliar o conforto de pessoas, em veculos de transporte. Excedendo os limites de exposio, torna-

    se difcil aos passageiros executarem tarefas bsicas como ler, escrever e comer a bordo de

    veculos.

    As curvas denominadas ISO-sensitivas so definidas em termos de valores da acelerao

    em funo da frequncia para vrios tempos de exposio. A obteno dos limites de exposio

    depende do critrio a ser avaliado. Para o critrio de preservao da sade, multiplicam-se os

    valores de acelerao indicados nas curvas por um fator 2, ou aumentam-se os mesmos em 6 db.

    J para o critrio de preservao de conforto, tomam-se os valores indicados nas curvas de

    acordo com a direo e divide-os por 3,15 (ou os diminui em 6 dB). A Figura 2 apresenta as

    curvas ISO-sensitivas para acelerao vertical.

  • 21

    Figura 2 Curvas ISO-sensitivas para acelerao vertical.

    As vibraes retilneas transmitidas ao homem devem ser medidas nas direes

    apropriadas de um sistema de coordenadas com origem no corao (Fig.3). As aceleraes no

    eixo do p cabea (longitudinal) so designadas az ; aceleraes no eixo de traz para frente

    (anteposterior ou peito-costas), ax e no eixo lateral (da esquerda para direita), ay ISO 2631

    (1985).

    Figura 3 Direes dos principais movimentos que afetam o ser humano.

    3.5. Equipamentos para medio dos nveis de vibrao

    Para coleta dos sinais de vibrao, foram instalados dois acelermetros piezeltricos, um no

    assento do tratorista e outro na base do assento. Os acelermetros usados no experimento foram do

    tipo 91091 e o 2323 da VEB-ROBOTRON. Para transformar volts em m/s2, utilizaram-se as

    relaes 2,36 mv/m/s2 do acelermetro 91091 e 2,07 mv/m/s2 do acelermetro 2323, sendo os

    dados extrados das cartas dos sensores. Para caracterizar o ganho do amplificador, foi utilizada

    uma mesa calibradora da VEB-ROBOTRON com o sinal conhecido de acelerao e frequncia.

    Os sinais analgicos de sada do sensor foram condicionados e amplificados por um circuito

    eletrnico (HUMAN-RESPONSE VIBRATION METER robotron M 1300) e, posteriormente,

    Vibraes

    retilneas

    x - eixo

    longitudinal

    y - eixo

    transversal

    z - eixo

    vertical

    Vibraes

    rotacionais

    x - Roll

    y - Pitch

    z - Yaw

    0.016 1.0 4.0 8.0

    31.5 80.0

    Freqncia (Hz)

    10

    3.1

    5

    1.0

    0.3

    15

    0.1

    Os critrios so:

    - Preservao da sadet, multiplica a acelerao por 2

    - Preservao do conforto, divide a acelerao por 3.15

    Ace

    lera

    o

    (m

    /s2)

    1

    hr 8

    hr 24

    hr

  • 22

    enviados para um conversor analgico-digital (modelo LYNX CAD 10/26; 12 bits; +10V e 10V

    e taxa de converso A/D 40 kHz) usado como interface com um computador PC-XT. Os

    equipamentos foram alimentados por uma bateria de 12 V ligada a um inversor de tenso (12V-DC/

    110V- AC).

    A norma ISO 2631 (1997) define uma zona de segurana por meio da interseo das curvas,

    numa faixa entre 4 e 8 horas de exposio diria, a qual representa a jornada da maioria dos

    trabalhadores. A mxima acelerao ponderada estabelecida por esta norma de 1,25 m/s2, para

    exposio durante 4 horas, e entre 0,8 e 0,9 m/s2 para exposio durante 8 horas ( FILHO,2002).

    3. RESULTADO E DISCUSSO

    Figura 4 - Trator agrcola adaptado para extrao de madeira.

    .

    Quadro 1 Atividades avaliadas no equipamento de guincho TMO

    ATIVIDADE DESCRIO

    Descer cabo de ao Deslocamento do cabo de ao do guincho at o local de amarrar os fustes.

    Amarrar Prender o cabo nos fustes e travar o sistema

    Subir o cabo de ao Deslocamento do cabo de ao do ponto de carga at a praa de descarga.

    Deslocamento Deslocamento do guincho TMO da praa de descarga at o local de carga e

    Outros

    Soltar rvore devido ao excesso de peso, retirar, desprender rvores de cepas altas.

    Destravar guincho parado.

  • 23

    Ao analisar operaes de colheita em tratores mais antigos como da figura acima 4, observa-

    se que o operador fica o tempo todo movimentando a coluna, virando para trs para ver se est

    direito o guinchamento das toras por meio de arraste , o que vai levar a dores por causa da m

    postura, e o fato de no existir equipamentos simples como retrovisor, bancos reclinveis para

    amortecer os impactos na operao, acaba que o operador em questo aoo final do turno de trabalho

    est exausto e cansado de tanto saculejar ou balanar dentro da mquina. No quadro 1 acima detalha

    as atividades que o operador de guinchamento de madeira por meio de arraste tem que enfrentar ao

    longo da jornada de trabalho. Quanto ao fator de ponderao no quadro 2 no apendice comparando

    com que foi observado, a operao ficou bem acima do mximo suportvel

    4.CONCLUSES

    Como concluso temos que no existem muitas normas que falam sobre vibrao, mas

    mesmo assim tem sido feito estudos na rea de vibrao buscando melhor conforto e minimizao

    dessas vibraes em mquinas e equipamentos para que diminui os problemas para os

    trabalhadores.

    REFRENCIAS BIBLIOGRFICAS

    ARBETSMILJOINSTITUTED; FORSKINGSSTIFTELSEN SKORGSARBETEN; SLU

    SKOGSHOGSKOLAN. An ergonomic checklist for forestry machinery. Oskarrshamn ,

    1990.43p.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS ABNT. NBR 12319; medio da

    vibrao transmitida ao operador tratores agrcolas de rodas e mquinas agrcolas. Rio de Janeiro.

    1995. 13p.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS ABNT 04.001. NBR 7497; medio

    da vibrao transmitida ao operador tratores agrcolas de rodas e mquinas agrcolas. Rio de

    Janeiro. 1995. 13p.

    DELGADO, Luiz Marquez. Laboreo-Solotractor90. Madri: Laboreo, 1989. 250p.

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    DUL, Jan; WEERDMEESTER, Bernard. Ergonomia prtica. (Traduzido por Itiro Iida) So

    Paulo, Edgard Blucher, 1995. 147 p.

    FERREIRA, Leda Leal. (s/d) Ergonomia ou ergonomias? (mimeo)

  • 24

    FILHO, Paulo Fernando dos Santos. Avaliao dos nveis de rudo e vibrao vertical no assento

    de um trator agrcola de pneus utilizando um sistema de aquisio automtica de dados. 2002. UFV

    Universidade federal de Viosa,Viosa,2002. 53p.

    GERGES, Samir. Ruido Fundamentos e controle. Florianpolis. 1992. 660 p.

    GRANDJEAN, Etienne. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. Traduo de

    Joo Pedro Stein, Porto Alegre: Bookman , 1998.

    IIDA, Itrio. Ergonomia; projeto e produo. So Paulo, Edgard Blucher, 1990. 465p.

    INOUE, Gerson Haruo. Estudos das foras nos pneus de tratores agrcolas visando avaliar a

    estabilidade lateral. Viosa, MG: UFV, 1997. 61p. Dissertao de Mestrado em Engenharia

    Agrcola.

    INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. ISO 2631, Guide for the

    Evaluation of Human Exposure to Whole-Body Vibration. 2 nd., p. 1-15, 1978.

    NAGAOKA, Alberto Kazushi. Desenvolvimento e avaliao do desempenho de um

    equipamento para ensaio dinmico de rodado agrcola individual. Botucatu: UNESP, 2001.

    206p. Tese (Doutorado em Energia na Agricultura)- Universidade Estadual Paulista, 2001.

    APNDICE

    Quadro 2 Fatores de ponderao relativos faixa de frequncia de mxima sensibilidade do

    homem acelerao (ver ISO 2631-1997).

    Frequencia (central de banda de

    1/3 de oitava) (Hz)

    Fator de ponderao para

    Vibrao vertical Vibrao horizontal

    1,00 0,50 = - 6 dB 1,00 = 0dB

    1,25 0,56 = - 5dB 1,00 = 0dB

    1,60 0,63 = - 4dB 1,00 = 0 dB

    2,00 0,71 = - 3dB 1,00 = 0 dB

    2,50 0,80 = - 2dB 0,80 = - 2dB

    3,15 0,90 = - 1dB 0,63 = - 4dB

    4,00 1,00 = 0dB 0,50 = - 6dB

    5,00 1,00 = 0dB 0,40 = - 8dB

    6,30 1,00 = 0dB 0,315 = - 10dB

    8,00 1,00 = 0dB 0,25 = - 12dB

    10,00 0,80 = - 2dB 0,20 = - 14dB

    12,50 0,63 = - 4dB 0,16 = - 16dB

    16,00 0,50 = - 6dB 0,125 = - 18dB

    20,00 0,40 = - 8dB 0,10 = - 20dB

    25,00 0,315 = - 10dB 0,08 = - 22dB

    31,50 0,25 = - 12dB 0,063 = - 24dB

    40,00 0,20 = - 14dB 0,05 = - 26dB

    50,00 0,16 = - 16dB 0,04 = - 28dB

    63,00 0,125 = - 18dB 0,0315 = - 30dB

    80,00 0,10 = - 20dB 0,025 = - 32dB

  • 25

    AVALIAO DE MTODOS DE PREVISO DE DEFEITOS EM

    ESTRADAS FLORESTAIS

    Giovani Levi SantAnna1; Robson Jos de Oliveira

    2, Romualdo Medeiros Cortez Costa

    3; Alexandro

    Dias Martins Vasconcelos4, Elisabete Oliveira da Silva

    5.

    1 Ps-Doc em Engenharia Florestal da Universidade Federal de [email protected];

    2 Prof. Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Piau - UFPI. [email protected]; 3Mestre em Cincias Florestais na Universidade Federal de Campina Grande UFCG. [email protected]

    4 Mestrando em Cincias Florestais da Universidade Federal de Campina Grande UFCG.

    [email protected]; 5Ps graduanda em sistemas integrados de qualidade, meio ambiente e SGI pelo Senac.

    [email protected];

    Resumo: As estradas florestais no pavimentadas representam um importante papel no desenvolvimento

    socioeconmico de uma regio, sendo responsveis pela integrao entre as florestas e as empresas. Partindo

    desse pressuposto este trabalho apresenta os resultados da apreciao de dois mtodos de classificao de

    estradas no pavimentadas com o intuito de verificar se a caracterizao das estradas brasileiras pelo referido

    mtodo reflete a realidade em campo e, portanto, podem servir como base para um sistema de gesto de

    manuteno dessas vias. As classificaes das estradas no pavimentadas produzidas objetivamente pelo

    mtodo do ndice de Condio de Rodovia No Pavimentada (ICRNP) so comparadas s classificaes

    resultantes de um mtodo subjetivo denominado de Manual de Avaliao e Classificao da Superfcie de

    Pavimento de Cascalho (GPM). Ao analisar os defeitos nas estradas vicinais, ou patologias, atravs de um

    mtodo subjetivo, chegamos a 32,50 por cento das unidades classificadas como excelente para transitar, e j

    com mtodo objetivo, essa porcentagem cai para 6,25%, de posse desses dados, conclui-se que anlise por

    mtodos objetivos so mais confiveis. Os defeitos nas estradas vicinais tm que ser diagnosticados e devem

    ser resolvidos o mais rpido possvel, evitando que eles evoluam comprometendo toda uma estrada e

    gerando mais defeitos.

    Palavras-chave: gerenciamento, transporte, manuteno.

    EVALUATING METHODS OF PREDICTING DEFECTS IN FOREST ROADS

    Abstract: Unpaved forest roads play an important role in the socioeconomic development of a region, being

    responsible for the integration of forests and forestry companies. With that assumption, this paper presents

    the results of the analysis of two methods for classifying unpaved roads, in order to verify whether

    characterising Brazilian roads by these methods reflects reality in the field, and can therefore be used as a

    basis for a system for road management. Objectively classifying unpaved roads by the Unpaved Road

    Condition Index (URCI) is compared to ratings obtained subjectively using the Gravel Paver Manual (GPM).

    Subjectively analysing the defects or problems of local roads, 32.50% of the units were classified as

    excellent for traffic, compared to the objective method where the percentage falls to 6.25%. From the data, it

    can be concluded that an objective method of analysis is more reliable. Defects on local roads need to be

    diagnosed and resolved as quickly as possible to prevent them from developing, generating more defects and

    compromising the whole highway. Keywords: management. transport. maintenance

    mailto:[email protected]:[email protected]

  • 26

    1 INTRODUO

    Durante o ano de 2010, a economia nacional experimentou uma forte recuperao, expressa

    pelo crescimento de 7,5% do PIB, apesar da crise econmico-financeira mundial. O setor florestal

    tem sido um dos mais importantes da economia nacional, tendo contribudo com 4% do PIB, sendo

    que as exportaes brasileiras de produtos de florestas plantadas atingiram o montante de USD 8,0

    bilhes (3,1% do total), um crescimento de 5,3% em relao a 2010.

    Alm disso, o setor florestal apresenta grande potencial de crescimento. Prova disso so os

    investimentos das empresas de base florestal, tanto na rea industrial, ampliando suas capacidades

    instaladas, quanto na compra de novas reas para plantios de florestas e aquisio de mquinas e

    equipamentos mais eficientes, buscando sempre a otimizao do processo produtivo, desde o

    plantio e manuteno at a colheita e o transporte florestal, visando a reduo de custos, pela

    economia de escala (NOCE et al., 2005).

    Segundo ABRAF (2012) o setor de produtos florestais apresentou aumento do Valor Bruto

    da Produo Florestal, que atingiu 53,91 bilhes de reais, atingindo 4,73 milhes entre empregos

    diretos, indiretos e os devidos ao efeito renda, ainda que em um ano que, em seu inicio, foi

    marcado pelas medidas governamentais de conteno do consumo interno, visando manter a

    inflao dentro das metas pretendidas.

    No Brasil, 85% de toda da madeira transportada pelo modal rodovirio, da margem dos

    talhes das fazendas at o ptio das empresas, mesmo com a maioria das estradas em condies

    precrias de trafegabilidade, s vezes, o nico meio capaz de interligar as indstrias s suas fontes

    de abastecimento de madeira, localizadas em origens distintas, ou seja, abrangendo reas

    descontinuas dentro do Brasil.

    Por esse motivo, estudos buscando descobrir os principais problemas e como resolv-los so

    muito importantes para o transporte rodovirio florestal (SILVA, et al., 2007).

    O Brasil dispe de, aproximadamente, 89% de toda malha rodoviria nacional composta de

    estradas vicinais das quais, 98% no so pavimentadas. Essas estradas tm uma importncia vital,

    uma vez que estabelecem a ligao entre as comunidades produtoras e as grandes rodovias

    pavimentadas por onde circulam as mercadorias at o seu destino final. Devido grande

    importncia econmica e social torna-se necessrio o desenvolvimento de pesquisas visando

    encontrar alternativas que auxiliem a manuteno e reabilitao dessas rodovias com o emprego

    racional dos recursos tcnicos e financeiros disponveis advindos da infraestrutura de transportes

    (OLIVEIRA et al., 2007).

    Para classificar as condies da superfcie estradal existem muitos mtodos divididos em

    objetivos e subjetivos. Por trabalharem de acordo com ndices de condies da superfcie de

  • 27

    rolamento, os mtodos objetivos alcanaram uma aceitao maior por parte dos rgos gestores

    tomadores de deciso.

    A avaliao proposta por EATON (1987), envolve um mtodo objetivo para o clculo do

    ndice de condio de rodovias no pavimentadas (ICRNP) que est baseado em valores de

    deduo, obtidos de acordo com os defeitos encontrados e os respectivos nveis de severidade do

    trecho estudado. Os defeitos so classificados de acordo com suas dimenses em relao rea do

    trecho em que ocorrem. Assim, as estradas so classificadas em funo dos valores mdios dos

    ICRNP obtidos de cada trecho estudado.

    Existem outros mtodos avaliativos, como o GPM (manual de avaliao e classificao da

    superfcie de pavimento de cascalho, ou Gravel Paver Manual), que foi criado pela Universidade de

    Wiscousin-Madison nos EUA pelo Centro de Informao de Transporte e tem por objetivo avaliar

    as condies da estrada de cascalho de forma subjetiva, com uma escala variando de 1 a 5, e

    classificao de falido a excelente.

    As condies de alguns fatores que so considerados, tais como, seo transversal,

    drenagem, espessura de cascalho, deformao da superfcie como buracos, afundamento de trilha de

    roda e ondulaes e defeitos da superfcie como poeira e agregados soltos, que nesse mtodo so

    mais importantes que os detalhes das condies da superfcie que podem variar do dia para a noite

    ou com o tempo quando, por exemplo, chove bastante, ou com o trfego pesado que vo se

    deteriorando aos poucos.

    Existem outros mtodos como Riverson, AGR e o proposto por Jamsa (1983), muito usado

    na Finlndia, de avaliao subjetiva onde a equipe avaliadora atribui notas que variam em uma

    escala de 0 a 5, referentes s condies da superfcie de rolamento com a finalidade de estabelecer

    quando as estradas requerem manuteno.

    Como objetivo e importncia, esse trabalho buscou a identificao dos defeitos e suas

    severidades a fim de subsidiar as atividades de um sistema de gesto, em especial, o processo de

    tomada de deciso quanto alocao dos recursos financeiros disponveis para as intervenes

    necessrias com vistas a preservar as boas condies de serventia das estradas no pavimentadas

    procurando comparar dois mtodos de avaliao de defeitos em estradas florestais, analisando

    subjetivamente e objetivamente, haja vista que no existe modelo adaptado para o Brasil.

    2 METODOLOGIA

    2.1. Coleta de dados

    Foram coletados em duas grandes empresas de papel e celulose do pas, uma localizada na

    Bahia e outra no norte de Minas Gerais, dados sobre quantidade e severidade dos sete defeitos

    (Seo Transversal Imprpria, Drenagem Lateral Inadequada, Corrugao, Excesso de Poeira,

  • 28

    Buracos, Trilha de Roda e Perda de Agregados) que foram analisados pelo mtodo objetivo

    denominado ICRNP por ser o mais aplicado aos defeitos mais importantes.

    A Seo Transversal Imprpria um problema que tem como caracterstica a inadequao

    do perfil geomtrico transversal do corpo estradal que acaba por prejudicar o escoamento das guas

    pluviais, impossibilitando a colocao de qualquer dispositivo de drenagem.

    A Drenagem Lateral Inadequada um defeito que verificado quando as valetas laterais se

    encontram obstrudas dificultando, assim, o escoamento de gua com consequente empoamento

    que leva eroso da borda da estrada.

    A corrugao um problema que incomoda porque ela se manifesta posicionada em

    intervalos regulares, na forma de ondulaes perpendicularmente ao sentido de fluxo do trfego,

    causados pela falta de capacidade de suporte do subleito e ausncia ou deficincia do sistema de

    drenagem.

    Para efeito comparativo foi analisado os mesmos defeitos pelo mtodo subjetivo

    denominado de GPM, alm de ter sido realizado uma contagem manual do trfego existente no

    local. Foram coletadas 80 unidades amostrais (40 em cada empresa) de 50 metros cada, contendo os

    principais problemas encontrados nas estradas florestais brasileiras.

    Foram utilizadas uma trena de 50 metros para delimitar o comprimento de cada uma das 80

    unidades amostrais dispostas em 2 km de estrada e duas trenas pequenas, alm de rgua e prancheta

    para anotar as medidas dos defeitos e numerar as unidades amostrais e os defeitos foram medidos

    no perodo de fevereiro de 2008 na primeira empresa e em maro de 2008 na segunda empresa.

    2.2. Mtodo objetivo - ICRNP

    A determinao dos defeitos das estradas pelo mtodo ICRNP feita com base em nmeros

    que oscilam de 0 at 100, onde 100 (cem) indica que o problema presente no tem impacto na

    rodovia e 0 (zero), seria um nmero mximo aonde o defeito em questo j comprometeu toda a

    rodovia ou o trecho estudado. Para se calcular esse ndice, foram seguidos os seguintes passos:

    Para cada defeito separado, calculou-se a densidade de cada um deles, exceto para o defeito

    excesso de poeira.

    Densidade = (quantidade de defeitos x k x 100) / rea da unidade (m)

    Sendo k o coeficiente para correo de unidades mtricas, que varia de acordo com o defeito

    apresentado na estrada.

    Com o valor da densidade de cada defeito, achou-se o valor-deduo correspondente, a

    partir de curvas de nveis de severidade existentes para cada tipo de defeito, que ao somar origina-se

    o valor-deduo total (TVD). Pegando-se os defeitos com valor-deduo maior que 5 temos o valor

    q. Com o valor-deduo total e o valor q encontrou-se o ndice de condio de rodovia no

  • 29

    pavimentada (ICRNP), que um ndice numrico baseado numa escala variando de 0 (zero) a 100

    (cem) indicando a integridade da rodovia, aonde de 0 10 (estrada pssima); 10 25 (muito pobre);

    25 40 (pobre); 40 55 (regular); 55 70 (boa); 70 85 (muito boa); 85 100 (excelente). Como o

    defeito do tipo poeira no se calcula a densidade no tm grficos tambm de valores dedutveis.

    A classificao das estradas florestais foi baseada na Tabela 1, idealizada em

    funo do volume mdio dirio de trfego.

    Tabela 1 - Classificao das estradas florestais em funo do volume mdio dirio de trfego.

    CLASSIFICAO DE ESTRADAS

    Categoria I VDM > 200 veculos dia ICRNP 70 a 100

    Categoria II VDM = 100 a 199 veculos dia ICRNP 55 a 70

    Categoria III VDM = 50 a 99 veculos dia ICRNP 40 a 55

    Categoria IV VDM = 0 a 49 veculos dia ICRNP 25 a 40

    Rodovia Comprometida ICRNP 0 a 25

    Fonte: BAESSO e GONALVES (2003).

    2.3. Mtodo subjetivo GPM

    um mtodo que avalia as condies da estrada visualmente dando notas ao percorrendo os

    trechos a serem analisados. Essas notas so comparadas a uma escala que varia de 1 a 5, tendo as

    estradas as seguintes condies: 1 - Pssimo; 2 - Ruim; 3 - Regular; 4 - Bom e 5 - Excelente.

    3 RESULTADOS E DISCUSSO

    Na Tabela 2 so apresentados os resultados obtidos nos levantamentos realizados nas duas

    empresas florestais no campo. As estradas analisadas atravs dessa tabela, percebe-se como faz falta

    uma manuteno adequada e eficiente nas estradas florestais.

    Tabela 2 ICRNP encontrados nas estradas florestais das duas empresas.

    Empresa

    Unidades

    amostrais Ramo

    Volume de trfego

    Categoria

    ICRNP

    ideal

    ICRNP

    encontrado

  • 30

    A 1-20 Ramo 1 0 a 49 Veculos/dia Categoria IV 25 a 40 13

    A 21-40 Ramo 2 0 a 49 Veculos/dia Categoria IV 25 a 40 18

    B 41-60 Ramo 1 50 a 99 Veculos/dia Categoria III 40 a 55 8

    B 61-80 Ramo 2 50 a 99 Veculos/dia Categoria III 40 a 55 4

    Os resultados mostram na coluna das mdias uma percentagem de importncia de

    cada defeito que o somatrio das multiplicaes da quantidade de cada defeito analisado

    pela percentagem desse problema perante os outros, resultada da ponderao dos defeitos

    descrita como:

    H = 0,29% sti + 0,35% dli + 0,11% bu +0,10% co + 0,08% tr + 0,04% po + 0,03%

    pa.

    Sendo: H = Valor dos defeitos ponderados, ou seja, a hierarquia de importncia dos

    defeitos; sti = Seo Transversal Inadequada; dli = Drenagem Lateral Imprpria; tr =

    Trilha de Roda; bu = Buraco; co = Corrugao; po = Poeira; pa = Perda de Agregado.

    Percebe-se que os defeitos como Seo Transversal Inadequada e Drenagem

    Imprpria so os mais significativos nas estradas florestais, pois juntos representam cerca

    de 64% dos problemas encontrados nas estradas florestais.

    As Figuras 1 e 2 ilustram resultados das metodologias utilizadas na avaliao das unidades

    amostrais aonde foram coletados os dados nas empresas florestais.

    Figura 1 Classificao das estradas pelo mtodo GPM.

  • 31

    Figura 2 Classificao das estradas pelo mtodo ICRNP.

    Atravs do mtodo subjetivo denominado de GPM foi possvel visualizar as condies das

    estradas comparando-se as estradas de pssimo a excelente em cinco pontos.

    Resultados em que so encontrados altos nveis de severidade de problemas, como seo

    transversal inadequada e drenagem lateral imprpria, como so defeitos mais preocupantes,

    considerados como graves, geram pesos mais altos influenciando assim um resultado pior dessas

    unidades e acabam por influenciar no resultado dessas unidades, gerando uma necessidade de

    interveno para recuperao mais urgente.

    A prioridade da manuteno/interveno ser definida em funo do ICRNP e da

    categoria da rodovia, a qual est diretamente relacionada ao respectivo volume de trfego

    mdio dirio de veculos (OLIVEIRA, 2008).

    Com base na tabela 2, as estradas pertencentes empresa A por possuir volume mdio dirio

    de trfego (VMD) igual a 45 veculos/dia, enquadram-se na categoria IV. As estradas pertencentes

    empresa B tm seu volume mdio dirio de trfego (VMD) igual a 50 veculos/dia, mas enquadram-

    se na categoria III.

    Por apresentar um trfego maior de veculos nas estradas da empresa B esperava-se

    encontrar condies melhores de trafegabilidade, mas no foi o que foi comprovado pelo estudo.

    Percebe-se que os valores do ICRNP obtidos esto bem abaixo das faixas de ICRNP

    exigidos para o volume de trfego de cada uma das categorias em que as estradas se enquadram (25

    - 40 e 40 - 55, respectivamente).

  • 32

    A prioridade de manuteno na empresa A ser para o ramo 1 que engloba as unidades em

    piores estado de conservao, ou seja, muito pobre. Justifica-se tambm esse resultado inferior do

    ramo 1 em relao ao 2 dado o fato de se encontrar quatro unidades amostrais classificadas como

    muito pobre contra nenhuma no ramo 2 da empresa A.

    J nas duas estradas da empresa B foram encontrados valores muito inferiores ao ICRNP

    requerido necessitando-se uma manuteno mais urgente, sendo que no ramo 2, o ICRNP foi

    metade do ramo 1, devido o fato de terem sido encontradas, nestas ltimas vinte unidades, situaes

    classificadas como muito pobre em 50% das unidades analisadas, incluindo a unidade analisada

    com pior estado de conservao devido existirem defeitos que comprometem o desempenho

    operacional total da estrada tendo sido classificados pelos nveis alto e mdio de severidade.

    Na comparao com os mtodos analisados foi verificado que o mtodo GPM que analisa as

    estradas de modo subjetivo, no to eficiente quanto os mtodos objetivos, pelo fato de se basear

    em observaes visuais e no em medies quantificando os defeitos com seus tamanhos utilizando

    trenas e rguas como nos mtodos objetivos.

    possvel tal afirmao com base nos resultados de classificaes como no total de

    medies nas duas empresas 46,25% das unidades analisadas foram classificadas como boas e

    32,50% como excelentes pelo mtodo subjetivo e, em contrapartida, o mtodo objetivo utilizando o

    ICRNP obteve como resultado 25% de unidades boas e 6,25% como excelente, sendo mais

    rigoroso, fazendo uma anlise mais criteriosa, como exemplo a maioria das unidades classificadas

    como boas em estado de conservao pelo mtodo GPM, so classificadas como regular pelo

    ICRNP, como ilustrado nas Figuras 1 e 2.

    O fato de termos muitas unidades de estradas classificadas como estado regular tambm

    deve se ao fato de a empresa, antes de entrar com as mquinas para realizar o carregamento de

    madeira e os caminhes para o transporte, realiza uma manuteno geral na estrada, e aps isso

    entra com o transporte, mas devido ser um fluxo elevado e direto de caminhes pesados do tipo

    rodotrem e tritrem, mais nibus de transporte de trabalhadores e passageiros da comunidade que

    vive em torno das reas das empresas, e veculos de fazendeiros, as estradas vo se deteriorando

    mais rapidamente nessas unidades aonde foram realizadas recentemente manuteno do que nas

    outras que tm menos trfego.

    Na unidade de nmero 68 foram encontrados defeitos graves de drenagem, seo

    transversal, poeira, buracos e trilhas de roda, j na melhor unidade, a de nmero 50, s foi detectada

    poeira e mesmo assim em nveis baixos de severidade, mostrando que no precisa de uma

    interveno to rpida quanto na unidade 68.

  • 33

    Quando se compara o melhor e o pior resultado, utilizando as unidades 50 e a 68 pelo

    mtodo ICRNP, encontra-se um ndice de 98 e 2, respectivamente, resultando em 96 pontos de

    diferena.

    Nas estradas das empresas A e B foram tambm medidas as larguras entre os dois lados da

    pista e na empresa A houve uma variao de diferentes larguras entre 4,50 e 10,50 metros e na

    empresa B houve variao menor, encontrando valores entre 3,20 e 5,30 metros, apesar de ter

    encontrado uma variao menor, nessa empresa B os problemas so maiores, a comear pela

    maioria das unidades estarem abaixo do mnimo exigido de largura que de 4 metros.

    Olhando outros trabalhos em que foram avaliados tambm a integridade das estradas como o

    artigo citado por EMERT et al, (2010), em que ele afirma que os defeitos causam irregularidades,

    provocando desconforto e, dependendo do nvel de severidade, podem gerar riscos segurana dos

    usurios, alm de interferir na velocidade e no custo operacional do transporte rodovirio.

    A previso de defeitos em estradas no pavimentadas auxilia na tomada de deciso quanto

    s intervenes necessrias, servindo como subsdio para o desenvolvimento de programa de

    manuteno preventivo e regular, pensando nisso, sugere-se que para trabalhos futuros seja dada

    continuidade no monitoramento dos pontos crticos levantados nessa pesquisa, fazendo intervenes

    com mais intensidades nesses trechos que contem problemas mais graves.

    No trabalho realizado por EMERT et al, (2010) tambm foram encontradas situaes piores

    em trechos aonde o pior defeito na estrada era drenagem inadequada, assim como nesse trabalho.

    5 CONCLUSO

    O mtodo objetivo foi melhor nessas condies para avaliar os trechos experimentais de

    estrada florestal, mesmo apresentando um pouco de subjetividade pelo fato de serem quantificados

    e medidos.

    Para a empresa B, aonde foram encontradas larguras entre os dois lados da pista menores,

    recomenda-se aumentar a largura em alguns trechos para que seja possvel o trfego de caminhes

    em dois sentidos, alm do fato de que na construo das estradas fazerem com que elas tm uma

    pequena convexidade no centro, o que resultar em uma melhoria do escoamento de gua,

    minimizando assim o aparecimento de outros defeitos, alm de evitar que alguns piorem.

    Percebe-se que os defeitos como Seo Transversal Inadequada e Drenagem Imprpria so

    os mais significativos nas estradas florestais, pois juntos representam cerca de 64% dos problemas

    encontrados nas estradas florestais.

    REFERNCIAS

  • 34

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  • 35

    CLASSIFICAO DE ESTRADAS USANDO REDES NEURAIS

    ARTIFICIAIS ATRAVS DO SOFTWARE STUTTGART NEURAL

    NETWORK SIMULATOR

    Tlio dos Santos Nunes1, Robson Jos de Oliveira

    2, Alexandro Dias Martins Vasconcelos,

    Elisabete Oliveira da Silva4, Kemele Cristina Coelho

    5

    1

    Discente de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Piau UFPI. [email protected]; 2 Prof. Departamento de Engenharias da Universidade Federal do [email protected];

    1Mestrando em Cincias Florestais na Universidade Federal de Campina Grande- [email protected] 4 Ps graduanda em sistemas integrados de qualidade, meio ambiente e SGI pelo Senac. [email protected].

    5Discente da Engenharia Florestal da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia- UESB.

    [email protected].

    Resumo: As Redes Neurais Artificiais so tcnicas computacionais que apresentam um modelo matemtico

    inspirado na estrutura neural de organismos inteligentes e que adquirem conhecimento atravs da

    experincia. Nesse sentido, uma rea que pode ser aplicada a qualquer engenharia, visando otimizao de

    trabalhos. Na rea de impactos ambientais, e estradas, permite mapear os problemas propiciando o

    levantamento dos defeitos que ocorrem em uma determinada rea a partir do estabelecimento de padres.

    Dessa forma realizou-se levantamentos bibliogrficos acerca do assunto para padronizar as patologias

    encontradas nas estradas florestais de forma a diferenciar defeitos nas estradas Sendo assim, assume-se, neste

    trabalho, como objetivo a realizao de um estudo terico acerca da aplicao das RNAs possibilidade de

    se estudar os defeitos em estradas a partir do uso de padres para a identificao e reconhecimento,

    estabelecendo-se parmetros que separam cada tipo de defeito encontrado, bem como proceder anlise das

    vias no pavimentadas na regio do Cerrado Piauiense a partir dos padres estabelecidos.

    Palavras-chave: Defeitos, Estradas, Sul do Piau.

    Abstract: Artificial Neural Networks are computational techniques that present a mathematical model

    inspired by the neural structure of intelligent organisms and that acquire knowledge through experience. In

    this sense, it is an area that can be applied to any engineering, aiming work optimization. In the area of

    environmental impacts, and roads, allows mapping the problems by enabling the survey of the defects that

    occur in a certain area from the establishment of standards. In this way, it was assumed, in this work, the

    objective is the realization of a theoretical study about the application of the RNAs to the possibility To

    study the road defects from the use of standards for identification and recognition, establishing parameters

    that separate each type of defect found, as well as to analyze the unpaved roads in the Cerrado Piauiense

    region from the established standards .

    Keywords: Defects, road, Southern of Piau.

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]

  • 36

    1 INTRODUO

    O aumento das extenses rodovirias no Brasil vem aumentando ao decorrer da

    implantao de novas empresas florestais essas que necessitam desse tipo de malha rodoviria

    para escoar sua produo. Alm do aumento das extenses nas nossas estradas o volume de

    trafego de veculos pesados nessas estradas teve um acrscimo significativo, que repercute na

    qualidade dessas vias de acesso pois com o passar do tempo elas vo perdendo vida til, alm

    de aumentar o tempo dos transportes, e diminuir a segurana e conforto para os motoristas.

    (OLIVEIRA, 2008).

    A grande parte das estradas florestais est desprovida de estudos sobre conservao e

    recuperao, isso se deve falta de recursos e mo-de-obra qualificada, que repercute na vida

    til das mesmas que segundo Oliveira (2008) chega a ser de 1 a 2 anos e isso repercute no

    valor final da madeira, atravs das anlises de qualidade da rodovia e dos parmetros que

    afetam o desempenho dos veculos necessrio desenvolver estudos que minimizem esses

    problemas. Visto que estradas no-pavimentadas apresentam superfcie exposta e esto

    sujeitas a processos de degradao.

    O uso de tecnologias e tcnicas que auxiliem na minimizao de problemas nas estradas

    vem sendo amplamente estudados dentre elas podemos citar o uso de Redes Neurais

    Artificiais (RNAs) de acordo com Oliveira (2008), so tcnicas computacionais que

    apresentam um modelo matemtico inspirado na estrutura neural de organismos inteligentes e

    que adquirem conhecimento atravs da experincia. Esse conhecimento que adquirido

    armazenado pela rede atravs de mtodo de aprendizagem

    Para Bocanegra (2000) as RNAs podem ser utilizadas na soluo de diversos

    problemas em diversas reas de aplicao seja para classificao, diagnostico anlise de

    sinais, imagens ou otimizao e controle. Na melhoria de estradas o uso de RNA tem se

    mostrado de grande utilidade j que as mesmas podem avaliar as condies de pavimentos e

    indicar intervenes necessrias. Brega (1996) citado por Oliveira (2008) obteve com base no

    uso das RNAs a classificao do pavimento em cinco categorias: Pssimo, ruim, regular,

    bom e timo, alm de mostrar o tipo de interveno a ser aplicadas nessas estradas.

    Como definio dessas patologias em estradas no pavimentadas, rurais ou agrovias,

    cabe aqui explanao sobre esses defeitos.

    Corrugaes ou ondulaes definido por Santos (1988) apud Oliveira (2008), como

    sendo ondulaes perpendiculares ao sentido do trfego so resultantes de movimentos

  • 37

    vibratrios transmitidos pelo trfego. Segundo mesmo autor, a Trilha de Roda uma

    deformao causada pelo trfego de veculo que geram ondulaes paralelas ao eixo da

    estrada, em pocas de chuva a gua. Drenagem Lateral inadequada um defeito que

    verificado quando qualquer trabalho que no foi realizado nas margens das estradas, como

    exemplo as valetas laterais se encontram obstrudas dificultando, assim, o escoamento de gua

    com consequente empoamento que leva eroso da borda da estrada como ilustrada.

    Um padro pode ser definido como um modelo oficial de um material cujo peso e

    medida se diferenciam de outros materiais, ou seja, um objeto tem tais caractersticas de peso,

    comprimento, altura e volume nico, isso define um padro para esse objeto (HAYKIN,

    2001). Segundo SWAIN e DAVIS (1978), definem padro como um modelo que traz uma

    idia de um objeto com caractersticas geomtricas ou espaciais com duas ou trs dimenses.

    Um padro tambm pode ser definido como toda informao processada por uma rede

    neural que representado por um vetor com componentes importantes distintos ou ligados

    (FAUSSET, 1994). Estradas com drenagem ineficiente onde no tem um escoamento

    adequado, estradas no pavimentadas ou estradas com intenso trafego pesado podem levar a

    alguns defeitos como, por exemplo, buracos. J a estrada que possui boas condies de

    trafegabilidade, aquela onde realizada periodicamente manuteno preventiva a fim de

    evitar problemas mais graves.

    Para que as redes neurais artificiais reconheam e classifiquem defeitos do tipo

    corrugao, buraco e presena de areia trs caractersticas como altura do defeito, dimetro e

    presena de irregularidade do tipo ondulao so testadas e com isso monta-se um prottipo,

    de acordo com os defeitos encontrados.

    A inteligncia artificial o desenvolvimento de paradigmas ou algoritmos que

    requeiram mquinas para realizar tarefas cognitivas, para as quais os humanos so bem

    melhores e um sistema de inteligncia artificial deve ser capaz de armazenar e aplicar

    conhecimento para melhorar ou resolver problemas e com isso adquirir novos conhecimentos.

    Essa cincia tem um vasto campo de pesquisa encontrada em vrias reas que visa dotar as

    mquinas de algum tipo de habilidade tentando simular a inteligncia humana atravs de um

    conjunto de tcnicas de programao de sistemas. Merece um destaque especial a tcnica de

    Redes Neurais Artificiais que prope um modelo que tenta lembrar a estrutura neural de

    organismos inteligentes e adquirem conhecimento por meio da experincia, e atravs desta

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    tcnica que ser possvel a estruturao de um modelo especifico de previso de defeitos em

    estradas rurais (NUNES, 2003).

    As redes neurais artificiais so tcnicas computacionais que apresentam um modelo

    matemtico inspirado na estrutura neural de organismos inteligentes e que adquirem

    conhecimento atravs da experincia. Uma grande rede neural artificial pode ter centenas ou

    milhares de unidades de processamento e os crebros de um mamfero podem ter muitos

    bilhes de neurnios, portanto conclui-se que as RNAS so processadores paralelos e

    distribudos massivamente apresentando uma propenso natural para armazenar conhecimento

    proveniente da experincia dando-lhe uma utilidade (HAYKIN, 2001).

    De modo geral, podem ser definidas como modelos matemticos que se assemelham

    s estruturas neurais biolgicas e adquirem capacidade por meio de aprendizado e posterior

    generalizao. So vrias as RNAs, mas observa-se que todas apresentam pelo menos dois

    elementos em comum: podem ser descritas com base em seus neurnios artificiais e das

    conexes que ocorrem entre eles (topologias). Podem, ainda, ser descritas em termos das suas

    regras de aprendizado. Os sistemas de computao baseados em RNA so compostos de um

    grande nmero de elementos de processamento denominados neurnios e tm a capacidade de

    receber, ao mesmo tempo, vrias entradas distribuindo-as de maneira organizada. As

    informaes armazenadas por uma RNA so compartilhadas por todas as suas unidades de

    processamento (NUNES, 2003).

    Rodgher e Oda (1997) realizaram um trabalho sobre a previso de defeitos em estradas

    por meio da utilizao das RNAs com base em caractersticas geotcnicas, climticas,

    geomtricas e de trfego. Obtiveram como resultado, um desempenho de 88% e concluram

    que as RNAs tm potencial de aplicabilidade na previso de defeitos em estradas no-

    pavimentadas.

    Sendo assim o objetivo dessa pesquisa por meio de padres estabelecidos distinguir

    irregularidades em estradas utilizando as aplicaes das Redes Neurais Artificiais em estradas

    no pavimentadas para patologias como Corrugaes, Trilha de Roda e Drenagem Lateral

    Inadequada.

    2METODOLOGIA

    Realizou-se levantamentos bibliogrficos acerca de hierarquia de defeitos em estradas e

    depois padronizando as patologias encontras na malha viria florestal procurando definir a

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    melhor forma de identificar um defeito encontrado de outro. Com isso foi analisado

    problemas comuns que levam a total interrupo total ou parcial de trechos em parte ou

    completos se caso no forem feitas intervenes rotineiras e no tempo adequado.

    Considerando-se os defeitos possveis, e, com o intuito de realizar uma primeira anlise,

    optou-se por analisar a presena de trs: Corrugao, Trilha de Roda e Drenagem Lateral

    Inadequada.

    Para os trs parmetros, o sensor utilizado, considerando a regio selecionada, indicara

    1 se o parmetro fizer parte da avaliao do defeito, ou seja, quando for observado e -1 se no

    fizer parte ou no for observado.

    Cada defeito na estrada que passa pelos sensores pode ser representado em um vetor de

    trs dimenses formando uma matriz de trs linhas e uma coluna (3x1). O primeiro elemento

    do futuro vetor representado pela medio de comprimento paralelo ao eixo da estrada, o

    segundo pela medio de profundidade e presena de irregularidade no formato da patologia.

    Esses defeitos foram coletados na antiga estrada no pavimentada rodovia Bom Jesus-

    Viana antes de ser colocado asfalto nela, rodovia importante que leva a Universidade Federal

    do Piau e que liga tambm um trecho onde realizado a exposio Piau expo show todo ano.

    Com a coleta desses dados foi possvel utilizar eles em um programa que hierarquiza e

    classifica os defeitos comparando um a um, sendo utilizado um programa denominado de

    SNNS (Stuttgart Neural Network Simulator), ou RNAs, (Redes Neurais Artificiais), que

    basicamente busca alcanar eficincia e alta flexibilidade no projeto e aplicao de redes

    neurais, integrados em um s ambiente de simulao. A ferramenta est disponvel para

    diversas plataformas de software e hardware, desde estaes SUN rodando SunOS at PCs

    com sistema Linux e Windows e permite gerenciar a implementao de uma rede neural

    atravs de um painel principal chamado SNNS Manager, at o resultado final que a rede

    chama de arquivo, onde possvel inferir os padres e determinar cada caracterstica de cada

    problema.

    3RESULTADOS E DISCUSSES

    Obteve-se a partir da literatura consultada possibilidades de estudar as imperfeies

    em estradas, e em trabalhos realizados por SANTOS, et al., (2014), usando para patologias

    florestais denominadas de presena de buracos, trilha de roda e corrugao, atravs de padres

    de redes corroborou com que foi encontrado nesse trabalho para corrugao, trilha de roda e

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    drenagem lateral inadequada. Com base em estudos de reviso, pode-se afirmar que dentre a

    grande abrangncia de usos das Redes Neurais Artificiais, h a possibilidade de se estudar os

    defeitos em estradas a partir do uso de padres para a identificao e reconhecimento,

    estabelecendo-se parmetros que distinguem cada tipo de problema encontrado. Estradas no

    pavimentadas com ausncias de dispositivos de redes de esc