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ImpressoImpresso gerada em 16/04/2015
Publicado em nosso site em 31/08/2011
Bonificao de mercadorias - Contabilizao - Roteiro de ProcedimentosRoteiro - Federal - 2011/4918
Sumrio
IntroduoI - ContabilizaoI.1 - Lanamento contbil na empresa que concede a bonificaoI.2 - Lanamento contbil na empresa que recebe a bonificaoII - DoaoIII - Decises administrativas
Introduo
Podemos entender a bonificao de mercadorias como a concesso feita pelo vendedor ao comprador, que diminui o preoda coisa ou entrega quantidade maior do que a adquirida.A expresso "dzia de treze" retrata bem esse conceito. Na dzia de treze o cliente compra e paga por doze mercadorias, noentanto, recebe treze.Para a caracterizao da dzia de treze necessrio que a mercadoria bonificada esteja na mesma nota fiscal dasmercadorias que originaram a bonificao.Neste Roteiro, trataremos da forma de contabilizar as mercadorias bonificadas concedidas e recebidas.
I - Contabilizao
Conforme dispe a Resoluo CFC n 1.170/2009 item 9, os estoques de mercadorias devem ser mensurados pelo valor decusto ou pelo valor realizvel lquido, dos dois o menor.Por esse motivo, o custo da mercadoria bonificada, no caso da "dzia de treze", deve ser lanado contabilmente conformesubtpicos I.1 e I.2, partindo do seguinte exemplo:A empresa A adquire doze sacos de cimento por R$ 360,00 e recebe treze, sendo um a ttulo de bonificao. O pagamentofoi vista.
Nota: Nos lanamentos exemplificativos no sero evidenciados os tributos incidentes da operao.
I.1 - Lanamento contbil na empresa que concede a bonificao
Neste caso, a empresa fornecedora registrar o pagamento vista em contrapartida da receita auferida e os treze sacos decimento sero baixados do estoque em contrapartida do Custo da Mercadoria Vendida (CMV).
D Caixa/Bancos (Ativo Circulante) 360,00C Receita (Conta de Resultado) 360,00
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D CMV (Conta de Resultado) 200,00C Estoque de mercadorias (Ativo Circulante) 200,00
I.2 - Lanamento contbil na empresa que recebe a bonificao
A empresa contabilizar no estoque os treze sacos de cimento por R$ 360,00. Neste caso, o custo unitrio da mercadoria reduzido. Na empresa fornecedora do cimento cada saco de cimento vendido ao preo unitrio de R$ 30,00. No entanto,como um saco de cimento foi concedido em bonificao os treze sacos de cimento sero registrados por R$ 360,00 e, ocusto unitrio ser menor, R$ 27,69.
D Estoque de mercadorias (Ativo Circulante) 360,00C Caixa/Bancos (Ativo Circulante) 360,00
Fundamentao: Item 9 da Resoluo CFC n 1.170/2009.
II - Doao
A doao de mercadorias no se confunde com as mercadorias bonificadas. No caso das mercadorias bonificadas sempre h a compra de uma quantidade "x" de mercadorias e o recebimento de "x+1",diferentemente da doao. O artigo 538 da Lei n 10.406/2002 (Cdigo Civil) considera doao o contrato em que uma pessoa, por liberalidade,transfere do seu patrimnio bens ou vantagens para o de outra, de forma isolada, desvinculada de qualquer compra. Nessa situao, por no haver aquisio juntamente ou vinculada bonificao, a contabilizao desse benefcio acaba porinfluenciar a receita da empresa que a recebeu. Sendo assim, a doao registrada como despesa na empresa doadora e, como receita na empresa donatria no seaplicando, portanto, os lanamentos evidenciados no tpico I.
III - Decises administrativas
Processo de Consulta n 25/09 - 1 Regio FiscalAssunto: Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins/ Contribuio para o PIS/Pasep.Ementa: PRODUTOS FARMACUTICOS. DOAO.DESCONTO INCONDICIONAL.A doao de mercadorias difere do desconto incondicional, inclusive, na escrita contbil e na tributao da empresa que
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recebe as mercadorias doadas. As mercadorias recebidas em bonificao/desconto incondicional motivam a incidncia dostributos to-somente em funo da revenda. A aquisio das mercadorias em bonificao no representa receita. Todavia,no momento da venda, h aumento da receita bruta da empresa comercial, que constitui a base de clculo dascontribuies, uma vez que, no caso concreto, no houve o recolhimento monofsico pela indstria em relao a essasmercadorias.As mercadorias recebidas em doao motivam a incidncia dos tributos em funo da entrada e da revenda. A aquisiodas mercadorias em doao representa auferimento de receita. No momento da venda, tambm h aumento da receitabruta da empresa comercial, que constitui a base de clculo das contribuies, uma vez que, no caso concreto, no houve orecolhimento monofsico pela indstria em relao a essas mercadorias.DISPOSITIVOS LEGAIS: art. 1o, 3o, V, "a" da Lei no 10.833/2003; IN SRF no 51/1978; e Parecer CST/SIPR n1.386/1982.
Processo de Consulta n 420/07- 9 Regio FiscalAssunto: Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins Contribuio para o PIS/Pasep.Ementa: BONIFICAO EM MERCADORIA. DESCONTO INCONDICIONAL. COMPOSIO DA RECEITA BRUTA. Asmercadorias recebidas em bonificao, quando caracterizarem desconto incondicional, no compem a base de clculo daCofins a ttulo de receita obtida, correspondendo a um redutor do custo de aquisio das mercadorias.Dispositivos Legais: Lei n 10.637, de 2002, art. 1, 3, V, "a"; Parecer CST/SIPR n 1.386, de 1982.
Processo de Consulta n 77/06 - 10 Regio FiscalDeciso Assunto: Contribuio para o PIS/Pasep/Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social - CofinsEmenta: BASE DE CLCULO. COMPOSIO. BONIFICAES EM MERCADORIAS. DOAES. AMOSTRAS.As bonificaes concedidas em mercadorias, quando constarem da Nota Fiscal de venda dos bens e no dependerem deevento posterior emisso desse documento, configuram descontos incondicionais, podendo ser excludas da receita brutapara efeito de apurao da base de clculo da Contribuio para o PIS/Pasep.As remessas de mercadorias a ttulo de doao ou na condio de amostras, no integram o conceito de receita bruta parafins de tributao da Contribuio para o PIS/Pasep.Os valores referentes s aquisies das mercadorias bonificadas, doadas ou remetidas como amostras no geram crditosda Contribuio para o PIS/Pasep.DISPOSITIVOS LEGAIS: Arts. 2 e 3, 2, I, da Lei n 9.718, de 1998; art. 1, 3, inciso V, alnea "a", da Lei n 10.637, de2002, e art. 1, 3, inciso V, alnea "a", da Lei n 10.833, de 2003;IN SRF n 51, de 1978; art. 538, da Lei n 10.406, de 2002 (Cdigo Civil).Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social - CofinsBASE DE CLCULO. COMPOSIO. BONIFICAES EM MERCADORIAS. DOAES. AMOSTRAS.As bonificaes concedidas em mercadorias, quando constarem da Nota Fiscal de venda dos bens e no dependerem deevento posterior emisso desse documento, configuram descontos incondicionais, podendo ser excludas da receita brutapara efeito de apurao da base de clculo da Contribuio para o PIS/Pasep.As remessas de mercadorias a ttulo de doao ou na condio de amostras, no integram o conceito de receita bruta parafins de tributao da Cofins.Os valores referentes s aquisies das mercadorias bonificadas, doadas ou remetidas como amostras no geram crditosda Cofins.DISPOSITIVOS LEGAIS: Arts. 2 e 3, 2, I, da Lei n 9.718, de 1998; art. 1, 3, inciso V, alnea "a", da Lei n 10.637, de2002, e art. 1, 3, inciso V, alnea "a", da Lei n 10.833, de 2003;IN SRF n 51, de 1978; art. 538, da Lei n 10.406, de 2002 (Cdigo Civil).VERA LCIA RIBEIRO CONDE - Chefe
Nota: Para informaes sobre o PIS/COFINS nas operaes com mercadorias bonificadas veja o Roteiro PIS/PASEP e COFINS - Regime nocumulativo - Roteiro de Procedimentos.
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