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ASSEMBLEIA MUNICIPALDE
CASTELO BRANCO
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ATA DA SESSÃOORDINÁRIA DE
2018/09/28
ATAN. 07
ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
ATA N.° 7/2018
Aos vinte e oito dias do mês de setembro de 2018, pelas 9 horas e 30 minutos, reuniu em
Sessão Ordinária, a Assembleia Municipal de Castelo Branco, cuja mesa foi presidida pelo
Presidente da Assembleia Municipal, Arnaldo Jorge Pacheco Braz, pelo Primeiro Secretário, Carlos
Simão Martins Mingacho e pela Segunda Secretária, Teresa Paula Baptista dos Santos Crúzio, com
a seguinte ordem de trabalhos:
1- PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA
A preencher nos termos do Regimento.
II- PERÍODO DA ORDEM DO DIA
Ponto 1- Aprovação das atas n.°s 5 e 6, referentes âs sessões de 30 de abril e 22 de junho de
201$.
Ponto 2- Apreciar uma informação do Presidente da Câmara sobre a atividade municipal e
situação financeira do Município.
Ponto 3 - Serviços Municipalizados de Castelo Branco
3.1. Apreciação e votação da proposta de “Regulamento dos Serviços de Abastecimento
Público de Água e de Saneamento de Águas Residuais do Município de Castelo
Branco”. (Proposta n.° 15/2018)
3.2. Apreciação e votação da proposta de “Regulamento de Serviço de Gestão de
Resíduos Urbanos do Município de Castelo Branco”. (Proposta n.° 16/2018)
Ponto 4- Apreciação e votação da proposta de “Participação variável de IRS. na
percentagem de 5%, a cobrar relativamente aos rendimentos de 2018”. (Proposta
n.° 17/2018)
PontoS- Apreciação e votação da proposta de “Fixação da taxa de 0,3% de IMI, para o ano
2018, a cobrar em 2019”. (Proposta n.° 18/2018)
Ponto 6- Apreciação e votação da proposta de “Imposto Municipal sobre Imóveis. Dedução
fixa por número de dependentes: €20,00, no caso de um dependente a cargo; €40,00,
no caso de dois dependentes a cargo; e € 70,00, no caso de três ou mais
dependentes a cargo”. (Proposta n.° 19/2018)
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Ponto 7- Apreciação e votação da proposta de “Pedido de declaração de interesse público.
Instalação de atividade pecuária em escalos de Baixo. Elisangela Rodrigues —
Aviário Unipessoal, Lda”. (Proposta n.° 20/2018)
Ponto 8- Eleição de um membro efetivo e de pelo menos um membro suplente para integrar
a Assembleia Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa.
MEMBROS PRESENTES À SESSÃO
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Maria do Carmo Almeida Nunes Andrade (em substituição de
Maria Hortense Nunes Martins), Carlos Simão Martins Mingacho, Maria de Lurdes Gouveia da
Costa Barata, Jorge Manuel Vieira Neves, João Miguel Correia Dias Pereira, Maria Cristina
Vicente Pires Granada, José Dias dos Santos Pires, Hélder Manuel Guerra Hem-iques, Maria da
Graça Vilela Ventura, Nuno Miguel Teixeira Maia, Francisco Manuel Pombo Lopes, José Alberto
Moreira Duarte, Miguel Gregório Barroso, Maria de Lurdes Castanheira Pina Gomes Ribeiro, Nuno
Duarte Mimoso Figuinha, Eliseu Matos Pereira, José Manuel Pires Ribeiro, Carina Sofia Filipe:
Caetano, Francisco de Assis Palhinha de Oliveira Martins, Mário Gregório Barata Rosa, André de
Jesus Gonça[ves, Carlos Alberto Mendes Barreto, Leopoldo Martins Rodrigues, António Manuel!
‘Figueiredo Sanches, Pedro João Martins Serra, Jorge Manuel Ferreirinho Diogo, Teresa Paula
Baptista dos Santos Crúzio, Hugo Alexandre Gomes Dias, Luís Manuel de Andrade, Vítor Manuel;
Ribeiro Louro, Celeste Nunes Rodrigues, José Carlos Ramos Dé, Severino Miguel da Conceição’
Vaz, Romeu Filipe Gonçalves Fazenda, João Miguel Teles Baltazar. Ernestina Gens da Conceição
Batista Perquilhas, António Manuel Varanda Marcelino e João Paulo Ramos Martinho.
MEMBROS AUSENTES À SESSÃO
Maria Hortense Nunes Martins e Joaquim Leonardo Martins.
JUSTIFICAÇÃO DE FALTAS
Maria HortenseNunes Martins eJoaquim Leonardo Martins.
CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA
Câmara Municipal: Atas das reuniões do Órgão Executivo dos meses de junho, julho e
agosto de 2018; Relatório de Execução Orçamental — 2.° Trimestre de 2018, da Albigec, EM/SA.
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Ministério da Administração Interna: Lei-quadro da transferência de competências para as
autarquias locais e para as entidades intermunicipais. aprovada pela Lei n.° 50/2018, de 16 de agosto.
Grupo de Trabalho da Habitação, Reabilitação Urbana e Política de Cidades da 11.”
Comissão Parlamentar (coordenação da Senhora Deputada Helena Roseta): Convite à
participação na discussão pública do projeto da lei de bases da habitação.
Associação Nacional de Assembleias Biunicipais: Declaração pública sobre o processo de
descentralização que o Governo da República tem em curso.
Assembleia Municipal de Montemor-o-Velho: envia cópia da Moção aprovada em sessão
ordinária de 29/06/20 18, sobre encerramento de balcões da CGD.
Assembleia Municipal de Tomar: envia cópia da Moção deliberada em sessão ordinária de
29/06/20 18, sobre abolição das portagens na A23 e A13.
Bloco de Esquerda: Requerimento sobre a esterilização de animais errantes.
Grupo Parlamentar “Os Verdes”: Pergunta ao Governo n.° 2696/XIII (3.”) — Assunto:
Poluição no Rio Tejo; Projeto de Lei n.° 530/Xf II/2. — Estabelece a oferta alternativa de bebida
vegetal, no âmbito do programa de leite escolar, promovendo alteração ao Decreto-Lei n.° 55/2009,,
de 2 de março; Projeto de Resolução n.° 1720/XllI/3.” — Medidas para promover a qualidade das
refeições escolares; Resposta do Ministério do Ambiente à Pergunta n.° 2034/X11l (3.”) — Assunto:
Poluição da albufeira de Santa Águeda!Barragem da Marateca, em Castelo Branco; Projeto Lei n.°1
961/XIII/3.” — Determina a não repercussão sobre os utentes das taxas municipais de direitos dei
passagem e de ocupação de subsolo; Projeto de Resolução n.° 1773/XIll/3.” — Pela necessidade de
recuperar a profissão de guarda-rios, na preservação e fiscalização dos recursos híddcos; Projeto de:
Resolução n.° 1794/XIII/3.” — Necessidade de revisão do rácio de auxiliares de ação educativa na
escola pública.
Partido Comunista Português: Pergunta dirigida aos Ministério das Finanças, sobre o
encerramento do balcão da CGD — Amato Lusitano em Castelo Branco; Pergunta dirigida aos
Ministério das Finanças, sobre o encerramento do balcão da CGD de São Vicente da Beira;:
Resposta do Ministério da Administração Interna à pergunta n.° 2134/XIIJ (3.”) — Assunto: Reforço
de meios para as forças de segurança no Distrito de Castelo Branco; Resposta do Ministério do
Ambiente à pergunta n.° 2345/XIlI (3.”) — Assunto: Garantia da qualidade da água da Barragem da
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Marateca (Albufeira de Santa Águeda), Distrito de Castelo Branco; Resposta do Ministério do:
Planeamento e das Infraestmturas à pergunta n.° 2054/X1II (3.’)— Assunto: Apoios a empresas que
não respeitam os direitos dos trabalhadores no Distrito de Castelo Branco; Intervenção de deputado
na sessão plenária da Assembleia da República de dia 12/07/2018, sobre o regime jurídico da
atividade de transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaraterizados
partir de plataforma eletrónica; Resposta do Ministério das Finanças à pergunta n.° 2790/X1lJ (3Y) —I
Assunto: Eventual encerramento do balcão da CGD Amato Lusitano, em Castelo Branco; Resposta
do Ministério das Finanças à pergunta n.° 2789/XIII (3.1k)— Assunto: Eventual encerramento do
balcão da CGD em São Vicente da Beira.
Igamaot — Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do
Território: Avaliação do cumprimento do Plano de Ordenamento das Albufeiras de Santa Águeda
e Pisco.
Unidade Local de Saúde da Castelo Branco: Abaixo-assinado dos enfermeiros —
atualização de vencimentos e suplementos remuneratórios.
Direção-Geral de Castelo Branco do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses: Abaixo-
assinado dos enfermeiros — atualização de vencimentos e suplementos remuneratórios.
Fenprof — Federação Nacional dos Professores: Lei-quadro da transferência de
competências para as autarquias locais e para as entidades intermunicipais, aprovada pela Lei n.°
50/201 8, de 16 de agosto.
Manifesto “Um Só Portugal”: ideias para um programa de povoamento e desenvolvimento
integrado do interior.
Grupo Municipal do PS: constituição do grupo municipal do PS (artigo 19.° do Regimento
da Assembleia Municipal de Castelo Branco.
Grupo Municipal do P58: constituição do grupo municipal do PS (artigo 19.° do Regimento
da Assembleia Municipal de Castelo Branco
1- PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Aproveito para esclarecer
que a partir de agora os tempos não são individuais, são por partido e nós, aqui na mesa, há medida
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que for sendo consumido o tempo, vamos indicando o tempo consumido e disponível, para,.
poderem gerir, da melhor maneira possível, o tempo que os grupos municipais dispõem.
Antes de passarmos às intervenções, informo que deram entrada na mesa três moções, uma do
CDS-PP, ‘Transferência de competências para as autarquias locais e para as entidades
intermunicipais’ e duas do BE, ‘Pela não transferência em 2019 das competências previstas na Lei
n° 50/2018’ e ‘Por um serviço nacional de saúde de melhor qualidade’.
Logo a seguirás intervenções do pedodo antes da ordem do dia, serão apresentadas as moções.
Francisco Oliveira Martins (CDS-PP) — “Exmo. Senhor Presidente da Assembleia e respetiva
Mesa. Exmo. Senhor Presidente da Câmara. Exmos. Senhores Vereadores. Comunicação Social.
Minhas Senhoras. Meus Senhores.
Quando em 22 de julho do corrente ano fiz, nesta Assembleia, a minha intervenção antes do
período da ordem do dia, versando um assunto nada abonatório para a classe política, tive;
oportunidade de lançar três perguntas ao Senhor Presidente da Câmara, para as quais não obtive
resposta, por entender o Senhor Presidente, no seu direito democrático, não a dar de uma forma
simples e convincente. Para mim bastava: sim ou não.
Enfim, fica o Sr. Presidente com esse direito de não resposta, e ficam os albicastrenses com o
beneficio da dúvida.
As instâncias próprias se encarregarão de dar a resposta porque aguardamos.
Creio, e entendo, que Castelo Branco merecia melhor, no entanto, continuarei o meu trabalho
nesta Assembleia, sem me desviar um milímetro do que me trouxe até cá, ‘o voto dos
‘Albicastrenses’ que cofiaram no CDS-PP.
Gostaria ainda de referir o que em comunicado o CDS-PP já apresentou, e que diz respeito às
últimas notícias publicadas no Jornal Público, sobre a demissão de Joaquim Morão do cargo
executivo que detinha na Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa.
Aguardemos novos desenvolvimentos deste caso, uma vez que o Comendador Joaquim
Morão nada refere sobre esta tomada inusitada de decisão.
Aguardemos ainda, que o processo de nomeação do substituto, seja conduzido com a máxima
transparência, a fim de se evitarem situações que possam contribuir para o lançar de dúvidas sobre
comportamentos éticos, que todos gostamos e devemos preservar.
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Como, felizmente, nem tudo corre mal, gostaria de apresentar, em nome do CDS-PP e
‘concomitantemente em meu nome pessoal também, os meus parabéns à Câmara Municipal pela
bela obra de requalificação da Metalúrgica, obra essa, que me apraz registar, pela sua oportunidade
•e qualidade.
Em tempo, e porque é coisa que neste momento estou a esgotar, voltarei às obras que urge
levar a efeito na zona histórica da nossa cidade e, que pasme-se ou não, a autarquia diz serem da
responsabilidade da EDP, e esta diz nada ter a ver com o assunto.
Após um período de férias aqui estamos para continuar a pugnar pelo bem da nossa cidade. À
boa maneira beirã, bem hajam!”
‘Maria de Lurdes Barata fJ — “Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal e muito bom
dia a todos os presentes.
Cumprimento neste reinicio após verão todos os presentes.
As decisões políticas sobre a implementação de certas acções têm importância decisiva no
caminho que se traça com olhos no futuro, como, por exemplo, a protecção do património cultural
que reabilita o passado e o presente, assegurando, assim, a continuidade de uma salvaguarda. O
património cultural está ligado, cada vez mais, à melhoria de vida das comunidades, que a
memória, sobretudo uma memória preservada, garante. Há valias artísticas e históricas, há valias de
lugar e função de uso, daí que se exija a valorização e protecção para que os vindouros continuem a
usuifiuir do que é património de cada um e da comunidade em que se integram. De relembrar que são
frequentemente indissociáveis os conceitos de património cultural material e património cultural
imaterial, agregando-se neste último conceito os elementos intangíveis de urna cultura associada aos
hábitos. comportarnentos e costumes dc determinado grupo social, transmitida de geração cm geração.
Hoje quero então destacar a intervenção que a autarquia está a concretizar na Igreja de São
Miguel da Sé — a nossa catedral —e na Igreja do Valongo. Os trabalhos fttndamentais da intervenção’
passam, em São Miguel da Sé. por: reestruturação do sistema de iluminação monumental;
repavimentação; recuperação de muros e gradeamentos; implementação de um sistema de acesso a
!pessoas com mobilidade reduzida, com colocação de rampas em locais diversos; adaptação da
instalação sanitária existente; há ainda acções de restauro do Altar-mor; dos altares colaterais; do
Invólucro do Órgão; de molduras e retábulos e de seis pinturas sobre tela desses altares.
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Não me vou deter agora sobre a importância desta mais valia de preservação artística, histórica
e patrimonial.
Na Igreja do Valongo os trabalhos concretizam-se com o objectivo de recuperação do edificio e
espaços envolventes: adaptação de espaço interior para salas de catequese; adaptação a pessoas com
mobilidade reduzida; substituição de revestimentos e pavimentos; reestruturação do sistema de:
iluminação interior e de iluminação monumental; criação de um espaço exterior aprazível e de
‘permanência multifacetado.
A vontade política (e nesta autarquia houve vontade política) determina o valor ou desvalor do
interesse e do bem-estar colectivos... E aqui, a vontade política, é a favor do bem-estar. Preservar o
património é ainda preservar uma identidade.”
FCristina Pires Granada (f) — “Muito obrigada. Muito bom dia Senhor Presidente da Assembleia
Municipal. Mesa da Assembleia. Senhor Presidente da Câmara Municipal. Senhores Vereadores.
Caros Colegas da Assembleia Municipal. Comunicação Social. Minhas Senhoras e meus Senhores.
‘Preservar o passado é construir o filhiro’... A frase não é minha, mas resume bem aquilo que
quero apresentar.
Em Castelo Branco, a preservação dos valores patdmoniais, associados a saberes e sabores
tradicionais ou inovadores, tomou-se um ponto forte da dinâmica socioeconómica local. Na cidade
e nas freguesias a aposta é valorizar para salvaguardar, e passa assim, entre outras, pela realização
de feiras e festivais, ajustados às especificidades locais. Entre março e dezembro de 2018 terão
decorrido dezoito eventos. Tal como a inovação promove a tradição, a tradição evidencia a
capacidade inovadora e criativa da vertente socioeconómica. Então, desde a última Assembleia
Municipal... 23 e 24 de junho, em São Vicente da Beira, o ‘Festival Água Mole em Pedra Dura’,
levou à freguesia: contadores de histórias, animação de rua, representação teatral, uma conferência’
sobre a água e a pedra — na ótica da valorização da especificidade geológica e histórica locais —, a’
rota do solstício — que permitiu realçar o potencial inerente à componente natureza desta área do
concelho. 13, 14 e 15 de julho, em Póvoa de Rio de Moinhos e Cafede, o ‘Festival dos Moinhos’,
que permitiu valorizar os moinhos que existiam, ou foram recuperados para património histórico,
nas margens da ribeirinha de Cafede e do Rio Ocreza. Com uma exposição didática, animação
teatral, a rota dos moinhos e azenhas e, ainda, o ‘Concurso de Cake Design’, o torneio de malha, os
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carrinhos de rolamentos, a dinâmica musical... Assim se completou o certame. 28 e 29 de julho, em
Cebolais de Cima e Retaxo, o Mutex — Museu do Têxtil, serviu de palco para localizar o Festêxtil —
Festival dos Têxteis, ali valorizada a longa tradição têxtil desta área do concelho, bem como o
investimento no próprio equipamento museológico que tem tido grande atratividade na localidade.
De realçar, no Festêxtil, o desfile de moda, o ‘Concurso Bonecas de Trapo e Rodilhas’, assim
como visitas guiadas e outras atividades no museu. 31 de agosto e 1 e 2 de setembro, em Ninho do Açor
e Sobral do Campo, o ‘Festival do Serrabulho’, que acrescentou novidade. Juntando à tradição
gastronómica local a criatividade e a capacidade inovadora de especialistas, promoveu-se entre outras,
a capacidade da vertente socioeconómica e da gastronomia endógenas. Os concertos musicais, a
animação de rua e a dinâmica teatral, as exposições de artes plásticas e de fotografia, a promoção e
venda de produtos artesanais, incentivam a criatividade e o empreendedorismo das populações e
promovem a produção artística e artesanal, a gastronomia e valorizam os produtos agroalimentares
locais. Estas iniciativas atraem visitantes, satisfazem as populações e valorizam o nosso território,
‘tanto pela sua componente inovadora, como pelo potencial associado à preservação de um riquíssimo
património edificado e, também, património imaterial e cultural. Vão realizar-se, ainda, alguns
eventos destes até final do ano, aos quais desejamos as maiores felicidades, como àqueles que já
decorreram.
E parabéns ao Município! Parabéns ao Senhor Presidente da Câmara, porque mantém o
esforço... O esforço que é de nós todos, mas que ele corporiza e mantém para bem do nosso
concelho. Obrigado.”
Jorge Vieira Neves (f) — “Bom dia a todos. Senhor Presidente da Assembleia e respetiva Mesa.
Senhor Presidente da Câmara Municipal. Senhoras e Senhores Vereadores. Senhoras e Senhores
Deputados Municipais Minhas Senhoras e meus Senhores.
Castelo Branco, afirma-se hoje como um concelho com qualidade de vida, sustentado em
valores sociais, culturais e ambientais, com capacidade de atração, que promove a compatibilização
entre o trabalho e o lazer, que satisfaz os que vivem no nosso território, fruto de uma eficiente atuação
autárquica que mobiliza competência, experiência, capacidade de trabalho, determinação e empenho.
Numa perspetiva de sustentabilidade, pretendo hoje abordar uma questão muito particular do
panorama ambiental e de proteção civil, destacando as ações concretas levadas a cabo pela
autarquia desde novembro do ano passado.
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Tendo bem presente os prejuízos dos grandes incêndios rurais verificados em 2017, o
Município, agiu sem hesitações, com o objetivo de prevenir e mitigar os efeitos dessa catástrofe
com evidentes resultados efetivos.
Como sabemos, estes resultados, até agora, são excelentes. Esperamos que este verão tardio
não crie problemas.
Obviamente que nada é obra do acaso e se ‘só a chuva é que cai do céu’, não é menos
verdade que ‘a sorte dá trabalho, muito trabalho’.
Os resultados só se tomaram possíveis porque, para além, do decidido esforço da participação
autárquica, se promoveu um efetivo envolvimento dos cidadãos, estimulando a participação das
populações e reforçando a consciência coletiva de que a proteção e a segurança são
responsabilidades de todos.
O Município de Castelo Branco decidiu adotar medidas apropriadas a uma redução efetiva do
risco nos aglomerados urbanos e nas comunidades.
Assim, no âmbito do ‘Programa Aldeia Segura, Pessoas Seguras’, a autarquia procedeu à
indicação de 97 oficiais de Segurança Local e realizou um simulacro de evacuação na Aldeia da.
Lisga, na freguesia de Sarzedas. Foram organizadas 25 ações de sensibilização para gestão de
combustíveis. Procedeu-se à publicação na página web da Câmara Municipal das áreas com gestão
de combustíveis obrigatória, isto é, 100 metros para além dos limites territoriais de todas as
localidades do concelho.
De referir que Castelo Branco foi o primeiro concelho, a nível nacional, a elaborar estas
informações.
No que respeita à Proteção de Pessoas e Bens foram identificados 174 terrenos a necessitar de
intervenção a que corresponderam 75 notificações por falta de limpeza de terrenos, e a 8 processos
substituições de proprietários, com a necessidade de 5 editais para dar caráter Legal a essa substituição.
Foram realizadas quatro reuniões da Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra
‘Incêndios (CMDFCI) e foi ainda aprovado o Plano Operacional Municipal (POM) 2018.
Tendo em conta a necessidade da reposição da normalidade nas freguesias de São Vicente da
Beira, Louriçal do Campo e Sarzedas, que foram provocadas por precipitação intensa nas zonas
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atingidas pelos incêndios, foi elaborada a cartografia de incêndios com mais de 1 hectare e foram
identificados os prejuízos em infraestmturas para comunicação à CCDR — Comissão de
Coordenação e Desenvolvimento Regional; procedeu-se ao levantamento de prejuízos em linhas de
água com as correspondentes medidas a propor à Agência Portuguesa do Ambiente; e, ainda, foram
propostas ao ICNF — Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, medidas de
estabilização de emergência.
Mas o Município quis ir mais além e elaborou uma candidatura para a Defesa da Floresta
contra Incêndios, nas freguesias do pinhal do concelho que pretende através do Fundo Ambiental
incidir na plantação de 56 hectares de espécies autóctones na Serra da Gardunha e também na
abertura de 63 km de faixas de interrupção de combustível, através do Fundo Florestal.
No que respeita aos trabalhos de Defesa da Floresta contra Incêndios, o objetivo foi o de’
garantir a Manutenção de 320 km de rede viária e proceder a atos de gestão de combustíveis na
rede secundária e em terrenos da autarquia, numa área 152,22 hectares.
O apoio ao combate e rescaldo de incêndios foi concretizado com a contratação de 3
máquinas de rasto, das quais duas estiveram pré-posicionadas e disponíveis em permanência e à
ordem para se deslocarem ao local de eventual ocorrência.
O Município diligenciou para que se continuasse a dispor de patrulhas de militares para
vigilância preventiva no concelho e investiu na construção de um Açude na Ribeira de Almaceda.
Finalmente importa referir que, com a Gestão de Combustíveis, reparação e construção de
caminhos, limpeza de vias rodoviárias, limpeza de linhas de água, e na intervenção pós incêndios.
‘do ano anterior, o montante do investimento municipal ascendeu a 940.000 euros.
Mas, para que conste, a intervenção municipal, no plano ambiental, não se limitou ao espaço
rural: no que respeita à sede do concelho, em média, nos últimos 15 anos, procedeu-se à plantação
de cerca de 1.000 árvores/ano, ou seja este rácio. significa e indica que, desde 2003 a cidade tem
mais 15.000 árvores.
Concluo, Senhor Presidente, Senhores Deputados.
O ftituro constrói-se também deste modo, protegendo a qualidade ambiental do nosso
território e quando referi, anteriormente, que ‘a sorte dá muito trabalho’, afirmo agora que ‘se a
sorte ajuda algumas vezes, o trabalho ajuda sempre’.
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Por esse motivo, pelo trabalho empenhado, abnegado e incessante, aqui deixo um voto de
‘parabéns ao Executivo Municipal, na pessoa do Presidente Luis Correia. Muitos parabéns! Muito
obrigado.”
Francisco Pombo Lopes (f) — “Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal e respetiva
Mesa. Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal. Exmos. Senhores Vereadores. Exmos.
Senhores Deputados Municipais. Exmas. Senhoras e Exmos. Senhores.
Antes de mais, e quero desejar um bom reinício dos trabalhos desta Assembleia. Que sejam
produtivos e que se mantenham sempre com elevação.
No passado dia 22 de junho, decorreu mais uma iniciativa ‘Portas Abertas — Empresas de
Castelo Branco’, visando a divulgação das empresas e do trabalho de excelência desenvolvido pelo.
tecido empresarial do nosso concelho.
A 30 de julho, no CEI — Centro de Empresas Inovadoras, foi celebrado o 5.° aniversário do
mesmo. Esta infraestrutura de referência nacional e com uma maior referencia a nível regional, a
nível do empreendedorismo, tem por missão apoiar empreendedores e empresas no processo de
desenvolvimento das suas ideias de negócio, promovendo a sustentabilidade empresarial. Mais de
85 projetos foram albergados ao longo destes 5 anos no CEI, originado os mesmos mais de 120
•postos de trabalho.
A Câmara de Castelo Branco anunciou, ainda, também, em agosto deste ano, um investimento
de cerca de um milhão de euros na construção de um pavilhão cuja conclusão se encontra prevista
no prazo de um ano, na zona industrial, destinado a receber empresas de pequena dimensão que
tenham dificuldade em se desenvolver. Este local, criado para que as empresas possam crescer,
tirando partido da utilização do espaço comum e do estabelecimento de relações de
complementaridade. Trata-se de um espaço para acolher empresas no início da sua atividade, ou
que, sendo empresas de pequena dimensão, tenham dificuldades no seu desenvolvimento.
Também, ainda este ano, no passado dia 14 de setembro, foi inaugurado, neste edificio, o
‘Espaço Empresa’, com a presença dos Ministros da Presidência e da Modernização Administrativa.
Este espaço é de extrema relevância de ligação entre aos empresários, contribuindo para a
coesão territorial, permitindo num ponto único para dar resposta a diversas questões, que
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implicariam a deslocação a diversos balcões, reunindo, este espaço, cerca de 92 serviços da
administração central.
A importância do sector automóvel foi, também salientada, pela autarquia. Para o nosso
concelho, esta é ifindamental. Trata-se de um sector que representa um volume de negócios de cerca
de 70 milhões de euros e com uma taxa de exportação de cerca de 97%. Encontrando-se no CEI’
empresas deste cluster automóvel, com implantação nacional e internacional, dinâmicas e!empregadoras de mão-de-obra especializada.
Os investimentos supramencionados são a expressão viva da realização de uma estratégia bem
definida para a promoção e desenvolvimento das empresas e da economia, criando condições para
atrair novas empresas e manter as que já fazem parte do nosso tecido empresarial. Promovem o
crescimento e a manutenção de postos de trabalho. Tratam-se de investimentos que muito além da
construção de infraestrnturais, visam o desenvolvimento económico e social do nosso concelho.”
Carina Filipe Caetano (CDI.)) — “Bom dia a todos.
Começo por perguntar, se houve da parte da Câmara Municipal, Assembleia Municipal,
Vereadores e Membros da Assembleia Municipal, alguma resposta à carta que a Fenprof —IFederação Nacional dos Professores enviou a todos os órgãos autárquicos e grupos, relativamente à,
‘Lei n° 50/2018 — que diz respeito à transferência de competências para as autarquias locais e para
as entidades intermunicipais’. Se houve reposta, qual foi?
A carta enviada pela Fenprof ‘dirige-se a todas as Câmaras e Assembleias Municipais
apelando a que decidam não assumir as competências de que o governo pretende descartar-se ou
retirar às escolas, reduzindo, ainda mais, a sua já parca autonomia’, ndando este apelo em várias
considerações e posições, que constam da carta.
Considerando que a ‘Lei n.° 50/20 18’ impunha uma resposta até 15 de setembro para que ai
câmara não assumisse as competéncias que o governo pretende atribuir, mas que não são
conhecidas, gostaria de saber quais as razões que não permitiram a realização de uma Assembleia
Municipal para discutir e tomar uma decisão sobre o assunto, tendo em atenção que nem todos os!membros desta assembleia estarão de acordo com esta transferência.
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Considero que teria sido correto termos reunido em Assembleia Municipal e termos debatido
este tema, cada um ter tido a oportunidade de dar a sua opinião e em conjunto termos tomado uma
decisão. É para isso que serve este órgão.
Pergunto, ainda: a Câmara aceita as transferências que o Governo propõe mesmo sem serem
definidas e conhecidas? Trata-se de uma questão partidária? A Câmara está preparada e temj
condições para assumir esta responsabilidade? Tem condições financeiras? Tem condições para
garantir uma escola gratuita e de qualidade e garantir o sucesso escolar e educativo? Consegue
fazer face aos acréscimos das despesas para garantir os recursos e contratos necessários? Consegue
colmatar e resolver a carência de pessoal não docente e garantir as obras necessárias nas escolas?
Muitas competências que se pretendem transferir com a ‘Lei n’ 50/2018’ não deveriam ser da
responsabilidade das escolas e agrupamentos, como refeições, cantinas, ação social escolar, gestão
do pessoal não docente, a gestão de recursos educativos, aquisição de bens, planeamento e gestão
de estabelecimentos de ensino? A descentralização não vai agravar as assimetrias resultantes das
desiguais capacidades financeiras dos municípios?
Estas são algumas das questões que merecem ser refletidas e não se pode tomar uma decisão
de ânimo leve.
Outro tema que trazemos a esta Assembleia é o Barrocal. Queríamos propor uma visita ao
Barrocal e conhecer o trabalho que está a ser desenvolvido. Seria interessante a criação de um
grupo ou comissão constituída por deputados dos diferentes partidos políticos, por técnicos,
vereadores e presidente da Câmara com vista a termos uma abordagem mais técnica e esclarecedora
das obras e do próprio local. Inclusive, conhecermos os vestígios arqueológicos encontrados no
Barrocal, referidos no documento que nos enviaram.
E o mesmo também pode ser feito para conhecermos a nova estrada que, se não estou em
erro. prolonga a Avenida do Empresário e, também, as obras que estão a decorrer no campo de
treino militar.
Podemos assim termos uma participação mais ativa e esclarecedora do trabalho desenvolvido
pela Câmara no terreno e também podermos esclarecer os cidadãos que nos procuram e
questionam. Não basta só apresentar documentos para aprovar.
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Para além de dar mais transparência e importância ao trabalho desenvolvido também
acompanhamos o processo e não só o produto final nas inaugurações.
E reforço que gostada que esta proposta de visita ao Barrocal fosse votada nesta Assembleia,
independentemente de haver ou não uma comissão.
Por fim, gostaríamos de saber como é que estão a ser feitas as contratações de assistentes
operacionais, pois fala-se de contratações menos transparentes, como vem referido no ‘Povo da
Beira’, desta semana. Recentemente, surgiram no Facebook, pessoas a agradecer a presidentes de.
juntas de freguesias, os bons serviços prestados pela sua contratação, deixando descontentes
‘pessoas com tempo de serviço e experiência que concorreram e não foram selecionadas. Não
podemos esquecer que nos meios pequenos quase todos se conhecem e tudo se sabe. E depois das
recentes notícias sobre questões menos transparentes dos compadrios as pessoas andam mais
atentas e sentem-se injustiçadas e descrentes com a política. Isto não pode acontecer. Temos de
e defender a nossa importante fttnção que é de enorme responsabilidade.
Aguardo esclarecimentos. Obrigada.”
Miguel Gregório Barroso (PSD) — “Senhor Presidente da Assembleia Municipal. Minhas
Senhoras e meus Senhores.
É já público que no arranque deste ano letivo o PSD procurou traçar um diagnóstico sobre a
dinâmica do número de alunos matriculados nos vários ciclos de ensino de Castelo Branco. Étambém público que esses números são muito pouco satisfatórios e que nos deixam muitas
preocupações.
É justamente sobre isso que vos quero falar hoje, mas antes de vos dar alguns dados que
recolhi, quero deixar claras duas notas introdutórias. A primeira delas, é que são dados referentes
ao número total de alunos matriculados em todos os níveis de ensino, sem exceção. Não há aqui
qualquer exclusão, não há qualquer tentativa de manobrar os números. E, a segunda nota, é que são.;
dados relativos ao período de tempo compreendido entre 2013 e 2017, ou seja, dados referentes ao
primeiro mandato autárquico do Senhor Presidente Luís Correia. Eu bem sei que desempenhou
funções de responsabilidade antes disso, mas é sobre este período que me quero focar.
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a
ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, os números são estes e são lapidares: em
2013, o Município de Castelo Branco tinha 8.723 alunos. No ano passado, em 2017, teve apenas
7.862. Quer isto dizer que, nos últimos quatro anos... Em apenas quatro anos, o Município de:
Castelo Branco perdeu quase 900 alunos. Perdeu mais de duzentos alunos por ano. Isto representa,
em termos percentuais, uma queda a rondar os 10%.
Dir-me-ão que esta é uma dinâmica nacional, que nos outros municípios acontece o mesmo)
que tem a ver com uma conjuntura nacional...! Então, o PSD foi comparar os dados de Castelo
Branco — como gostamos de fazer—, com os das outras capitais de distrito do interior do país.
• Aquilo que constatamos dessa comparação é que Castelo Branco é o segundo município,
capital de distrito, que mais estudantes perdeu, nos últimos quatro anos! Pior que nós, só Vila Real,
que perde 13% — nós perdemos 10%.
Mas, o mais importante desta comparação, aquilo que importa reter, é que, das oito capitais
de distrito em comparação, só há quatro que continuam a perder alunos. Os municípios de
Portalegre e de Beja conseguiram estagnar as perdas e manteve o número de alunos, nos últimos
quatro anos. Mas, mais importante que isso, Évora e Bragança, dois municípios, também do interior
do pais e que, também, sofrem da conjuntura nacional, como Castelo Branco, conseguiram
aumentar o número de alunos e conseguiram inverter a tendência de perda.
Se há uns anos nós percebíamos, por esta comparação, que a tendência era de queda
generalizada, neste momento, aquilo que verificamos, é que alguns municípios conseguem já
estagnar as perdas e aumentar, recuperar o número de alunos matriculados. Infelizmente, isso, em
Castelo Branco não acontece, continuamos a situar-nos no grupo de municípios que apresentam os
piores resultados.
Apesar destes resultados dramáticos, não deixa de ser relevante acentuar, que o Senhor
Presidente continua sem reunir, quer o Conselho Municipal de Educação, quer o Conselho
Municipal da Juventude, organismos que existem justamente para auxiliar o Município na
construção de uma estratégia nestas matérias e o Senhor Presidente não os reúne.
Eu bem sei, que provavelmente virá aqui, Senhor Presidente, dizer que está tudo bem, repetir,
mais uma vez, aquilo que tem feito na área da educação, dizer que lá está o PSD sempre portador de
más notícias... Mas essa não é uma postura consequente, que respeite os nossos concidadãos e, acima
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de tudo, não é uma postura que respeite os profissionais da comunidade educativa, que diariamente
dão o melhor de si, para dignificar e continuar a dignificar a educação no Concelho de Castelo
Branco e que não encontram no Município, infelizmente, um parceiro à altura das suas ambições.
Senhor Presidente, este gráfico que citei, tem o retrato e é o resultado das suas políticas e,
esse resultado, é negativo. Muito obrigado.”
José Pires Ribeiro (B) — “Senhor Presidente da Assembleia Municipal, posso fazer um ponto
‘prévio...? Que não conte para o tempo!?”
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Por amor de Deus...
Senhor Deputado José Ribeiro...”
José Pires Ribeiro (B) — “É muito rápido...!”
Arnaldo Jor2e Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municip!j — “O seu tempo já está a,
contar...! Não vamos baralhar os trabalhos...”
José Pires Ribeiro (fJ — “Era só... Mas eu utilizo do meu tempo, então... Era só para referir que
a leitura do expediente que o Senhor Presidente fez pode ter muito mais interesse para este fórum,
se for criada uma página onde essa informação seja toda aglutinada e poder ser consultada em
qualquer altura! É isso e, bem assim, que todos os representantes da Assembleia Municipal e[eitos
neste fórum, que também deem conta do seu trabalho nos respetivos órgãos.
Vemos, ouvimos e lemos e não podemos ignorar.
Face ao registo do mau cheiro ambiental em Castelo Branco, a Câmara promoveu diligências
para se descobrir a sua origem e, na afirmativa, poderá esclarecer-nos sobre a situação?
A Câmara tem conhecimento do relatório do Ministério do Ambiente sobre a inspeção
realizada em março passado ao aterro de RlBs — Resíduos Industriais Banais e quais as suas
conclusões?
Constatando-se a existência do Conselho Municipal da Educaçào, composto por mais de uma
dezena de cidadãos qualificados — julgo que são dezassete —, representantes de várias instituições e
com competências definidas na legislação, qual a razão, questiono a Câmara, que levou o Executivo
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•a nomear uma comissão para ‘combate do insucesso escolar’? Também questionamos se a reunião
deste órgão, que deve ocorrer no inicio do ano letivo, já se realizou.
Ainda, o prolongamento da Avenida Egas Moniz e o Parque de Cruz do Montalvão. Três
questões.
• Qual o valor real da obra? Nós já ouvimos falar em seiscentos mil, em quatrocentos e oitenta
mil...! Portanto, era esse esclarecimento.
Quais os fatores que levaram a esta opção? Tivemos conhecimento, de um trânsito muito
intenso... Nós discordamos... Mas, portanto, quais foram os fatores decisivos que levaram a estar
opção?
E, qual a área, que com a construção daquele prolongamento, se subtrai ao Parque da Cruz do
Montalvão?
Por último, em março de 2018, o Executivo informou-me que tinha, em outubro de 2017,
comunicado à DGAL — Direção Geral das Autarquias Locais, a existência de 51 precários.
Entretanto, já neste mês, informou o grupo parlamentar do BE, que teriam sido incluídos no
PREVPAP, programa de regularização extraordinária dos vínculos precários na Administração
Pública e no setor empresarial do Estado, 148 trabalhadores! Quais as razões desta disparidade?
Como explica o Executivo, a integração de uma trabalhadora no PREVPAP (cuja admissão só
poderia ter ocorrido após setembro de 2017), cuja empresa tem prestado serviços à autarquia desde
2011, num total de mais de 100.000,00 (o último contrato foi assinado em dezembro de 2017 e
ainda está em vigor)?
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Senhor Deputado, só para’
comunicar que já esgotou o seu tempo. Tem que concluir, faz favor.”
José Pires Ribeiro (lii) — “Vou conc’uir Senhor Presidente...
Lembramos que a edilidade, através do oficio 8360, datado de 9 de outubro de 2017,
informou o BE que, e passo a trdiscrever ‘relativamente à prestação de serviços e tal como
‘determina a alínea a) do n.° 1 do artigo 32.° do anexo à Lei n.° 35/2014, de 20 de junho (Lei Geral
do Trabalho em Funções Públicas), não está a mesma sujeita à direção da entidade, subordinação
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hierárquica, nem obrigação de cumprimento de horário de trabalho’. Desta forma, a trabalhadora
em apreço não tinha qualquer relação de trabalho com a autarquia. Essa relação era assumida pela!
firma BE ABLE, conforme contratos assinados e a referenciada a sua representante.
Por outro lado e, assumindo uma eventual relação de trabalho precário, questiona-se se a
candidata estada habilitada com o grau académico obrigatório para técnica superiora, isto é, a
licenciatura. Muito obrigado.”
Nuno Mimoso Figuinha (PSD) — “Bom dia a todos. Como o tempo é escasso, convém despachar.
A 28 de dezembro de 2017, tenho aqui em ata, falei eu, aqui nesta Assembleia, sobre os
atropelamentos, que andavam a haver. Prometeram-me ações de sensibilização... Sim senhor...
Passados seis meses, cá estivemos noutra Assembleia, onde eu estive a dar os parabéns... Sim
‘senhor... Ao fim de seis meses executaram as ações de sensibilização... E eu disse na altura, estava
a parte ‘imaterial’, faltava a parte ‘material’, que eram os arranjos.
Como na altura falaram muito das fotos... Lembram-se destas fotos...? Pois é... Não são as!
mesmas... Estas são de agora...! Está tudo exatamente igual...! Não se fez nada...! Zero...!
Estas, cudosamente, não foi onde houve o atropelamento mortal — mas também aqui tenho
•dai, também está igual — é onde há uma escola — neste caso a João Roiz — com muitas crianças que
passam nestas passadeiras diariamente e eu fico deveras preocupado quando vejo que a atenção que
se está a dar a uma segurança infantil — quando se sabe que as crianças são irrequietas, convém ter
todos os cuidados de sinalização — e isto está assim...!
Estas áreas vermelhas. que permitem que se trave em menos tempo, por serem abrasivas —
foram construídas na altura do mandato do então Presidente Joaquim Morão, eu parabenizei. na
altura, a excelente ideia — estão assim, ténues, a desvanecerem-se.
Na zona onde houve os atropelamentos, também tudo se mantém na mesma. Tenho aqui, para
consulta, continua a haver parca visibilidade... Alguém descubra a passadeira... Está aqui em
cima... Só quando se chega, em cima da hora, é que se vê...!
Isto é uma coisa simples e que, muito sinceramente, não se entende porque é que não é
arranjada.
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Da parte da escola, custa-me a crer como é que deixam passar tanto tempo, inicia-se um novo Eano letivo, sem que nada seja feito. Apenas cortaram os arbustos que lá estavam... Que,
sinceramente, a nível estético, fica bastante a desejar e, a nível funcional, nem vale a pena.
comentar...!
Por isso, Senhor Presidente, fico à espera de saber, quando é que uma coisa tão simples
poderá ser resolvïda. Obrigado.”
José Santos Pires (f) — “Senhor Presidente da Assembleia Municipal. Senhores Secretários.
Senhor Presidente da Câmara. Senhores Vereadores. Colegas Deputados Municipais. Minhas
Senhoras e meus Senhores.
O associativismo concelhio assume, cada vez mais, um papel estratégico de desenvolvimento
local, ao promover a crescente oferta de atividades como espaço de fomento de hábitos de
cidadania ativa. É fundamental apoiar e incentivar a sua atividade, permitir a criação de condições
que facilitem o seu crescimento estruturado, reconhecendo, no associativismo, a participação
organizada dos cidadãos na vida pública. As associações são a principal via de acesso dos
diferentes grupos sociais à prática generalizada de atividades socioculturais e de cidadania e são,
muitas vezes, um importante complemento de apoio social e no apoio social.
Assim se enquadram e justificam os apoios disponibilizados por autarquias como a,
albicastrense que devem ser — e são — geradores de parcedas sustentáveis assentes em
procedimentos claros ebem definidos.
Apesar de haver quem afirme que subsidiar o associativismo é, muitas vezes, desbaratar, no
caso albicastrense, o apoio dado ao associativismo tem sido investimento. Comprovou-se com a
iniciativa ‘Castelo Branco Acontece — Verão 2018’. Um evento promovido pelo Município, com a
participação de associações, no âmbito desportivo, cultura, musical e artístico, que divulgaram as
suas atividades no centro cívico e em outros locais da cidade, todos os dias do mês de agosto, entre
as 20 e as 23 horas. Das 59 associações possíveis, foram convidadas 36 e aceitaram participar 28.
Esta iniciativa veio aumentar as ofertas de animação nas noites de agosto e diversificar
atividades para a promoção do turismo, das ofertas culturais, possibilitando a socialização dos
habitantes e dos turistas.
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O apoio dado ao associativismo albicastrense é um bom investimento, aí demonstrado, mas!repetidamente constatado ao longo do ano e reforçado em muitas outras ações. Apoiar o
associativismo é saber aquilatar do equilíbrio e da razoabilidade das solicitações
Nos últimos vinte anos, desde que o PS governa a nossa autarquia, os apoios financeiros às,
associações tém sido concretizados visando a continuidade ou incremento de projetos ou de
atividades de interesse Municipal, apoio à concretização de obras de construção, conservação, ou
beneficiação de instalações consideradas essenciais ao desenvolvimento normal das suas atividades,
apoio na aquisição de equipamentos necessários ao desempenho das suas atividades e firnções.
Existem, ainda, os apoios não financeiros que têm constituído, designadamente na cedência,
por parte do Município, de equipamentos, espaços fisicos e outros meios técnicos e logísticos, ou
de divulgação, necessários ao desenvolvimento de projetos ou de atividades de interesse municipal.
Desde que o PS governa a autarquia, todos os apoios solicitados pelas associações forma
aprovados em reuniões do órgão Executivo Municipal, por unanimidade, e não me lembro de!
alguma vez qualquer associação ter reclamado por falhas ou omissões na apreciação de todos os
pedidos que não tivessem tido em consideração o seguinte: a qualidade e o interesse do projeto ou
atividade; a sua continuidade, enquadrada na qualidade de execuções anteriores; a criatividade e
inovação; a consistência do projeto de gestão e da adequação do orçamento apresentado às:
atividades a realizar; a capacidade de angariação de outras fontes de financiamento, ou de outros
apoios, com base em mecenato ou patrocínio; o número potencial de beneficiários e público alvo; a
capacidade dos intervenientes demonstrada, designadamente através dos respetivos cuculos;
intervenção continuada em áreas prioritárias de inserção social e comunitária; a sustentabilidade
dos planos de atividades ou dos projetos e do seu contributo para a dinamização sociocultural, paraa valorização do património material e imaterial do concelho. assim como para a investigação,
experimentação e capacidade de inovação; a valorização da criação multicultural e estabelecimento
de parcerias de produção e intercâmbio nacional ou internacional; as iniciativas destinadas a
públicos infantis e juvenis que complementem as atividades curriculares, fomentando o interesse
das crianças e dos jovens pela cidadania em todas as suas vertentes; as atividades ou projetos de
vária índole, acessíveis a pessoas com deficiência.
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li êASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
Sei, enquanto dirigente associativo, que a grande maioria destes critérios na atribuição de
apoios financeiros e não financeiros às associações, não faziam parte do cardápio de análise nosi
tempos anteriores à governação autárquica do P5 em Castelo Branco.
Mas, também sei, exatamente pelas mesmas razões, que hoje todos eles têm sido tidos em
conta. Ainda há muito para fazer? Há certamente. No essencial, no nosso concelho, o caminho
associativo está de tal modo desbravado que se transformou em autoestrada. Falta promover
convergências, consolidar sinergias, evitar sobreposições e cuidar, anulando, os falsos
profissionalismos associativos de quem recebe e não retribui, se os houver.
No campo associativo, o trabalho autárquico está feito, é dar-lhe continuidade. O trabalho:
associativo vai-se fazendo, importa, com base nos critérios atrás referidos, manter os mesmos
níveis de exigência e ser intransigente para quem os não cumprir. Obrigado.”
José Alberto Duarte (PSD) — “Muito bom dia a todos. Cumprimento o Senhor Presidente da
Mesa. Exma. Mesa. Senhor Presidente da Câmara. Senhores Vereadores. Senhores Deputados
Municipais. Minhas Senhoras e meus Senhores. Comunicação Social.
Chegados ao mês de setembro e, não podia deixar de ser, mais um ano escolar se inicia. Se
tivermos em conta a forma atribulada como o ano letivo anterior teinou, não era muito dificil
perceber das dificuldades com que escolas e agrupamentos se depararam, para prepararem com
tranquilidade, o aranque de novo ano.
Apesar de todas estas situações menos propicias, não podemos deixar de reconhecer o
profissionalismo com que todos os profissionais da educação encararam este inicio de ano letivo,
para que os alunos tivessem as melhores condições possíveis.
Falando de condições, não poderei deixar de aproveitar a oportunidade, já que estamos em
período de elaboração do próximo orçamento, de fazer uma reflexão sobre os apoios que, no nosso
entender, esta Câmara poderia dar aos nossos alunos.
Estou a falar de três situações: refeições gratuitas no pré-escolar, livros escolares e transportes.
Face à diminuição continua, já foi aqui abordada, do número de alunos no nosso concelho,
não seria oportuno, e mais uma vez o digo, a implementação de medidas de apoio as famílias
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LIhASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
jovens para que tenham melhores condições de residência entre nós? Será tão dispendioso oferecer
às nossas crianças as refeições para todas as que frequentam o pré-escolar?
No que diz respeito aos livros, e à semelhança do que fazem tantos outros municípios, o que
estamos nós à espera para facultar aos alunos que não têm esse apoio do governo central?
Sobre os transportes escolares, não poderia deixar de lembrar, no seguimento de outras
intervenções que já fiz nesta Assembleia, que chegou a hora de valorizar, reconhecer e apoiar quem
‘ainda reside nas nossas aldeias. Os alunos que ali residem já são penalizados o suficiente. Para
estudar precisam de se levantar bem mais cedo do que os que vivem na cidade. Passam o dia fora
:da sua área de residência e chegam a tarde a casa. Não bastando estas contrariedades ainda são
penalizados com o custo dos transportes. Até ao nono ano são financiados pelo estado e no
secundário pagam 50%. Pelo que espera este Executivo para tomar uma decisão com tão baixo
custo e que ajudada significativamente estas famílias?
Qualquer das situações que referi, julgo que podiam ser um excelente investimento, tendo em
consideração o custo beneficio dentro do quadro financeiro que todos conhecemos.
Já que estamos falando de educação, tive recentemente conhecimento da constituição de uma
equipa de promoção do sucesso escolar, equipa essa anunciada numa reunião de educadoras de
infancia e professores do 1.” ciclo. Segundo esta informação será constituída por dois professores,,
um psicólogo e um mediador. Haverá possibilidade de esta Assembleia saber quais foram os critérios’
tomados em consideração na seleção destes profissionais? Ou cada um ficará a fazer o seu juízo?
Para terminar e porque a lei assim o prevê, cabe ao Conselho Municipal de Educação o
acompanhamento, a análise e reflexão sobre a educação do respetivo concelho. Não tenho memóda
•de ter ouvido falar sobre o seu funcionamento durante este mandato. Será falha minha? Resta-me
questionar os responsáveis pela sua convocação: quando reuniu o conselho pela última vez? Quais.
as razões, pelas quais não reuniu durante este mandato? Quando está prevista a próxima reunião do
Conselho Municipal de Educação?
Por fim, felicitar todos aqueles que contribuíram para o melhor arranque possível deste ano
letivo e desejar um excelente ano, rumo ao sucesso das nossas crianças e jovens. Muito obrigado.”
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Francisco Oliveira Martins (CDS-PP) — “Muito obrigado, mas eu vinha aqui só para dizer umacoisa. Eu compreendo que o Senhor Deputado Jorge Neves disse, antes do inicio desta sessão, que
se ia meter com o CDS-PP e na minha pessoa. Compreendo porque ele falou sobre fogos e isso,
realmente, é uma coisa que a mim me diz muito! E não quero deixar de, nesta sessão, de dizer e
elogiar todo o trabalho que foi feito por esta Câmara para que se minorassem os efeitos nefastos dos
incêndios. No entanto, quero avisá-los todos de que é muito cedo para começarmos a lançar
foguetes! Aguardemos o fim da campanha e depois façamos o balanço.
Gostaria, ainda, de referir o seguinte... Isto, no final de contas, ‘casa roubada, trancas à porta’
e o que aconteceu este ano foi que, em determinados fogos, nos quais eu estive, também, presente,
‘foram chamados uma loucura de meios... Houve, inclusivamente, um incêndio em Sobral do
Campo que os helicópteros já não sabiam onde é que haviam de ‘atirar’... Eles eram oito, arderam
dois hectares e meio...! Vocês vejam bem o que é que os helicópteros andaram lá a fazer...!
Nós temos que tomar decisões e ter cuidado com isso, porque é muito dinheiro que está em jogo.
Queria agora e só para finalizar, com as responsabilidades que me cabem nesta matéria,
contem comigo e com o CDS-PP, para ajudar no que acharem necessário. Obrigado.”
Eliseu Matos Pereira (PSD) — “Bom dia a todos.
Hoje trago aqui um assunto que são os maus cheiros na cidade. Trago aqui a situação da!
Avenida General Humberto Delgado em que é uma constante, o mau cheiro a esgoto! Às vezes,
quase insuportável.
Recordo que é uma avenida emblemática da cidade, onde moram e trabalham centenas de
pessoas. com dezenas de estabelecimentos comerciais e de serviços ali a funcionar há muitos anos.
Nem a abertura das bocas de incéndio. nem a água da cisterna utilizada para regar as árvores
do passeio. que é recorrentemente despejada nas sarjetas. resolve o problema! É lamentável que’
esta situação se arraste há anos! Este tipo de situação não vai ao encontro da cidade moderna que
devemos ambicionar, nem para os seus habitantes, nem para aqueles que visitam a capital de
distrito!
Assim, deixo aqui duas questões: a Câmara Municipal reconhece o problema? Prevê alguma
solução para o mesmo?
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Em seguida, trago também um assunto que já nào cheira lá muito bem... A falta de um,
jreguhimento para a atribuição de subsídios às coletividades do nosso concelho. Sobre a necessidade
de criação do regulamento para a atribuição de subsídios, devemos considerar e em primeiro lugar
reconhecer, que as agremiações do nosso concelho são enormes na sua missão de promover
atividades recreativas, culturais, desportivas, da preservação da memória coletiva dos costumes e
tradições das nossas terras, das nossas gentes, podemos até percecionar que as mesmas substituem,
por muitas vezes o Poder (central ou local), na sua ação social, recreativa, cultural e desportiva.
Devemos-lhes respeito, consideração e apoio.
No entanto, toma-se inevitável a implementação de um regulamento de atribuição. pelo
município, de apoios monetários que seja justo e transparente e engrandeça a nobreza da missão das
agremiações do nosso concelho que merecem um futuro ambicioso e independente.
Recordo ainda, que em 2011 foi realizado pelo município, um plano sobre riscos de,
corrupção. tendo sido identificado, como risco de corrupção, a inexistência de tal regulamento para
a atribuição dos apoios financeiros às coletividades do nosso concelho. Este deveria ter sido
implementado em 2012... Estamos em 2018!
A questão que se coloca, portanto. é: para quando a instalação de um regulamento de
atribuição de subsídios às coletividades do nosso concelho? Bem-haja.”
Hélder Guerra Henriques (P) — “Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal. Respetiva
Mesa. Senhor Presidente da Câmara Municipal. Senhoras e Senhores Vereadores. Membros da
Assembleia Municipal. Minhas Senhoras e meus Senhores.
Nos últimos tempos temos assistido a um conjunto de formas de fazer política, eu diria, muito
baixas, rasteiras, mesmo.
Vou dar alguns exemplos. O primeiro diz respeito ao momento em que se afirmou, a
determinada altura, que o Presidente da Câmara tinha tido alguma influência, ou participação, na
‘saída de um dos elementos da direção do Agrupamento de Escolas Amato Lusitano para...
Enfim... Não sei exatamente para onde, mas saiu de um cargo que ocupava. Todos sabemos que,
isso não corresponde à verdade... É uma falsa constatação, cujo objetivo é criar confusão, criar
suspeita e que, como todos sabemos, o Presidente da Câmara nada tem a ver, não intervém, não tem
qualquer influência na autonomia das escolas, desse ponto de vista... E que essa decisão cabe,
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4) 4ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
coube e caberá sempre aos diretores de agrupamentos. Aliás, de acordo com o mesmo — que
publicou nessa altura um texto, ou pelo menos deu uma entrevista, salvo erro — disse que o único
critério que esteve na base dessa alteração, e ele foi muito claro, foi o da competência. Daí, cada um,
tire as suas ilações. Mais tarde — e num outro exemplo — surgiu uma outra insinuação de que o
Presidente da Câmara também tinha assumido algum tipo de intervenção num processo relacionado
com a Adraces — Associação Para o Desenvolvimento da Raia Centro-Sul. E. mais uma vez, vejam1
bem, a própria associação veio dizer, a quem fez o comunicado, que isso não correspondia à
verdade. Portanto, parece-me que esta não é uma forma, diria, bonita — se me permitem o termo —
de fazer política, não é uma forma elevada de fazer política e, talvez, este fosse o momento certo do
líder do grupo municipal do Partido Social Democrata vir aqui reconhecer que errou, com aqueles
comunicados e pedir desculpas a todos os albicastrenses, na pessoa do Senhor Presidente, porque
foram negadas as afirmações — quer pelo diretor do Agrupamento Escolas Amato Lusitano, quer!
pela associação Adraces. Estes são dois exemplos. Há outros. Mas aquilo que nós achamos é que há
aqui uma intenção deliberada que não serve a política local, nem qualquer tipo de política.
Mas, vamos agora às questões da educação. A verdade é que foram aqui apresentados
dados... Aliás, já foram apresentados dados que estão a circular nas redes sociais, uma tabela, salvo.
erro, com dados entre 2010/2011 e 2017, em relação ao número de alunos matriculados no ensino
não superior, mas é preciso contexnaalizar os números... Nós não podemos fazer uma ‘tabelinha’.
em excel, ‘mandá-la para a frente’ e as pessoas que engulam esses números e não percebam o
resto...! Porque senão, estamos aqui numa atitude, quase. de dizer verdades à Monsieur de La
Ralice... É preciso seriedade e contextualização porque, como sabem, este, ao contrário do que
querem fazer passar, não é um problema do Município de Castelo Branco, exclusivo... É um
problema do país e até da Europa — a questão demográfica. Os dados mostram que a diminuição
dos alunos do ensino não superior é uma realidade. Essa tabela que anda a circular é muito,
interessante, porque só se colocam os alunos do ensino básico e secundário. Não estou a falar dos
dados que o Senhor Nuno Barroso apresentou, estou a falar dos dados que o Senhor Vereador
Carlos Almeida colocou a circular, que não incluem as crianças em idade pré-escolar e nós
sabemos que as crianças em idade pré-escolar fazem parte do sistema educativo, pelo menos desde
a implementação da Lei de Base do Sistema Educativo e da Lei Quadro de 1997 — Educação Pré-
Escolar, como também saberá certamente. Mas só para ficarmos com uma ideia mais clara daquilo
que estamos a falar e para percebermos que este não é um problema exclusivo nosso...! É um
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problema...! Reconheçamo-lo... Temos que agir, é verdade! Mas não é um problema só do
Município, não é um problema que o Município consiga resolver sozinho...! Só para termos uma’
ideia, entre 2011 e 2017, a área metropolitana do Porto perdeu 31.353 alunos...! O que corresponde
:a mais de 10%. A região de Coimbra, perdeu 17.712 estudantes...! Mais de 22%...! Leiria a mesma
coisa. Ou, por exemplo, a reaião das Beira e Serra da Estrela, perdeu 16.556 estudantes, cerca de37% dos eswdantes...! É preciso dizer isto, nós não podemos chegar aqui e ‘mandar dados para a
frente’ e não perceber o que estamos a falar...! Não se ria Senhor Membro da Assembleia
Municipal, porque isto é um assunto sério...! Só lhe fica mal! É verdade que a Beira Baixa perdeu
também, neste contexto, cerca de 28%...! Claro que perdeu...! Mas também não podemos esquecer
•uma coisa: é que os alunos que estariam a entrar, neste momento, para o sistema educativo, sabe
onde é que estão...? A convite do PSD, lá fora, no estrageiro! Seiscentas mil pessoas foram
enviadas entre 2011 e 2015, para o estrangeiro! É aí que estão os filhos que deviam estar agora a
aumentar o sistema educativo português. Estão lá fora, a convite do Dr. Passos Coelho. Portanto,
diga-se, este não é um problema de responsabilidade exclusiva do Município de Castelo Branco. E
até devíamos fazer uma comparação mais óbvia ainda, que é ir comparar, por exemplo, com a
Covilhã. Vamos lá ver então o que é que aconteceu na Covilhã que é uma cidade, enfim, mais ou
menos à qual nos podemos comparar. Aquilo que nós percebemos é que, Casteto Branco, entre
2011 e 2017, diminuí em cerca de 24% o número de estudantes inscritos... Alunos do ensino nào
superior, de todas as categorias — pré-escolar, 1.0, 2.” e 3.° ciclos e secundário... Mas, por exemplo,
a Covilhã perde mais de 29%, 2.770 estudantes...! E, a Guarda, em linha, perde 24%...! É um
problema de Castelo Branco...? Não...! Isto é puramente demagogia, é uma forma baixa de fazer
politica que nós estamos aqui a vislumbrar. Aquilo que nós devemos aqui realçar, efetivamente, é
que o problema existe, há que tentar minorá-lo, naturalmente... E depois, quando nos dizem que
Portalegre já não diminuiu tanto... Pois não...! Já não há nada para diminuir...! O que é que o:
Senhor quer...!? Ainda ontem, no debate que aconteceu, sobre as Scuts, era a mesma história...
Quando não há nada para diminuir, dificilmente se diminui mais alguma coisa, não é...!? A não ser
que se arranje aqui um milagre...! Enfim...
Este Executivo, no entanto, tem procurado criar as condições para facilitar o sucesso
educativo! Está à vista de todos: os programas relacionados com o insucesso escolar, os programas
ATL no período de férias, as questões relacionadas com as grandes obras no Agrupamento de
Escolas Nuno Álvares e Amato Lusitano, que, aliás, também devo dizer uma coisa: eu, como
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encarregado de educação de uma estudante do Agrupamento de Escolas Nuno Álvares, tenho:
muitos pruridos neste momento e tenho muitos problemas, exatamente porque não tive tempo... Osvouchers dos manuais escolares, enviaram-mos uma semana antes da escola começar...! Quer!
dizer...! Desculpem lá...! Haja bom senso nestas coisas, não é...!? Não podemos chegar aqui e
dizer um conjunto de falsidades, desculpem lá a expressão.
O que é preciso, de facto, é evitar este tipo de aproveitamento politico e volto a deixar o
repto: acho que era a altura de se retratarem em ralação áquilo que disseram. Muito obrigado.”
jpoIdo Martins Rodrig (f) — “Cumprimento o Senhor Presidente da Mesa da Assembleia.
Respetiva Mesa. Cumprimento o Senhor Presidente da Câmara. Senhoras Vereadores. Senhores
Vereadores. Senhores Membros da Assembleia Municipal. Público. Comunicação Social.
Parece que fazer obra é proibido. E parece que um Executivo que foi eleito com uma larga
maioria está impedido de fazer obra para melhorar a cidade e as condições de vida dos seus,
concidadãos. E falado disto, a propósito da abertura de uma nova avenida. ‘Investimento não
reprodutivo’... Como se mede este ‘investimento não reprodutivo’? Como se mede a dificuldade
que as pessoas têm em aceder ao local de trabalho e de que forma é que isso afeta o investimento e
afeta a produção? Como é que é possível sermos tão pequeninos e pensarmos tão baixo? Como é
que é possível, quando uma câmara municipal promove obra, melhora as condições de vida da
cidade e procura que essa cidade seja uma cidade de futuro, seja acusada porque está a promover
obra e porque está a promover, precisamente, essa qualidade... E, depois, arrogam-se em defensores
do progresso... E, depois, dizem que a câmara municipal não tem ambição... E, depois, dizem que,
a câmara municipal não tem estratégia... Mas se seguíssemos esta lógica, obviamente, nenhuma
obra tinha sido feita e a cidade continuada como há trinta anos atrás.
Outro assunto que queria falar prende-se com o Prémio Internacional de Poesia António
Salvado — Cidade de Castelo Branco. Este prémio resulta de uma iniciativa conjunta da Câmara
Municipal e da Junta de Freguesia. Foi lançado durante o primeiro semestre deste ano e no dia 31
de agosto, terminou a fase de candidaturas. Os números que temos para apresentar superam, de
longe, aquilo que eram as nossas expetativas iniciais. E, relativamente a esses números, e áquilo
que são os resultados, para já, deste concurso, tenho que fazer um ponto prévio. Primeiro...
António Salvado. Optamos por criar um prémio internacional de poesia e optamos que tivesse o
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nome António Salvado. Temos consciência deque, o facto de termos associado António Salvado ao;
prémio internacional de poesia, faz com que ele seja o sucesso que consideramos ser. Segundo
aspeto... A constimição do júri e, sobretudo, dos nossos conterrâneos, mas também do júri
internacional. Temos, a constituir este júri, o Professor Alencart. que é professor catedrático da
Universidade de Salamanca e o vice-reitor da Universidade de Salamanca. E o facto de termos um:
‘presidente de júri com a experiência, com o conhecimento e com a sua capacidade de divulgar
informação, fez com que este prémio tivesse atingido a dimensão que consideramos que tem e a
qualidade que, neste momento, lhe podemos reconhecer. Terceiro aspeto... A divulgação que
tivemos e o facto de associarmos António Salvado à cidade de Castelo Branco e a este prémio. Até
ao dia 31 de agosto entraram mais de quinhentos poemários a concurso. Neste momento, temos
apurados para análise do júri, quatrocentos e setenta e nove poemários. O júri deste concurso irá
analisar até ao momento — porque alguns poemários que ainda não estão devidamente analisados de!
‘modo a saber se se enquadram ou não no prémio — quatrocentos e setenta e nove poemários. Mas
temos mais. Temos números que nós consideramos extremamente interessantes e extremamente
importantes. Temos a concorrer a este concurso, poemários e poetas de trinta e seis nacionalidades.
E temos a concorrer naturais de trinta e seis países de residência, O país que apresenta maior
número de representantes é Espanha, com 42%. Segue-se Portugal. muito abaixo, com 11,5%, a
Argentina, com 7,75%, o México, com 6,5% e Cuba, com 6,5%. Estão representados quatro
continentes... Concorreram poetas de quatro continentes. Duzentos e sessenta da Europa, duzentos’
e dezasseis americanos, dois africanos e um asiático. Este prémio leva-nos a uma outra constatação:
que é possível fazer muito por Castelo Branco, pela cultura de Castelo Branco e é possível fazer
muito pelo desenvolvimento de Castelo Branco com muito pouco dinheiro e foi o que aconteceu
relativamente a este prémio.
Mas vamos continuar e vamos incentivar e, no dia dezassete, a Ana Paula, a nossa fadista e
quatro músicos, também professores na Escola Superior de Artes Aplicadas, irão representar a
cidade de Castelo Branco e cantar poemas de António Salvado, nos oitocentos anos da
Universidade de Salamanca e, mais concretamente, no encontro ibero-americano de poesia.
Penso que isto é promover a cidade, divulgar a cultura albicastrense e divulgar um homem
extremamente importante para essa cultura, e que é reconhecido internacionalmente, por esse
mérito. Muito obrigado,”
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Maria do Carmo Nunes (P) — “Senhor Presidente da Assembleia Municipal. Senhores
Secretários. Senhor Presidente da Câmara Municipal. Senhores Vereadores. Caros Membros da
Assembleia. Meus Senhores e minhas Senhoras.
Em primeiro lugar, queria perguntar à Senhora membro da Assembleia Municipal, Carina’
Caetano, o seguinte: a Senhora sabe que a contratação de trabalhadores para a administração
autárquica é feita de acordo com procedimentos rigorosos? E sabe que muitos dos métodos que são
utilizados nessa contratação, nem sequer são feitos pela Câmara Municipal, são feitos por entidades;
externas? Para além disso, sabe que a contratação de assistentes operacionais e outros
trabalhadores, feitos pelas autarquias...”
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Senhora Deputada
desculpe. Um pedido de esclarecimentos não é isso que está a fazer. Está a fazer uma intervenção.
Os pedidos de esclarecimento têm que ser uma coisa muito sintética, muito direta... O pedido de
esclarecimento é feito à mesa, não ao deputado... As regras são essas, temos que as cumprir. Tem
que elaborar o seu pedido de esclarecimento, já colocou a questão que a Senhor Deputada Carina.
Caetano já percebeu, mas isto não é um pedido de esclarecimento, é uma intervenção e isso não é
permitido.”
Carina Filipe Caetano (CDU) — “A resposta a dar é que sei, claro que sei.”
Terminadas as intervenções do período antes da ordem do dia o Senhor Presidente da Mesa da
Assembleia Municipal conduziu os trabalhos para a discussão das moções apresentadas pelo:
CDS-PP e pelo BE, que se transcrevem — embora não tenham sido lidas à Assembleia — e que
foram previamente distribuídas pelos líderes dos grupos municipais eleitos.
MOÇÃO N.° 1
Transferência de competências para as autarquias locatç e para as entidades
intermunicipais
A Constituição da República Portuguesa consagra expressamente os princípios da
subsidiariedade, da autonomia das autarquias locais e da descentralização.
Apesar de já terem decorrido 40 anos desde a implementação no nosso país do poder
autárquico democrático e do desígnio da descentralização ter sido constitucionalmente
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• rejórçado, nomeadamente com a revisão constitucional de 1997, o certo é que o nosso pais,
durante muitos e longos anos, foi tini dos mais centralizadores.
O cDS-PP não tem dúvidas de que as autarquias locais têm constituído um veículo
essencial no domínio da descentralização de políticas e do desenvolvimento económico e
social das populações, essenciais na oferta de serviços públicos de qualidade aos
portugueses, integrando a primeira linha e a mais próxima de apoio, em áreas tão relevantes
conto a saúde, a ação social, a valorização e dignificação de equipamentos educativos e a
habitação sociaL
O anterior Governo desenvolveu e implementou tinia profunda reforma, nomeadamente no
que se refere às atribuições e competências das autarquias locais e das entidades
intennunicipais, através da Lei n.” 75/2013, de 12 de setembro.
Por outro lado, no que se refere a áreas como a educação, saúde, segurança social,
cultura e transportes, foram aprovados diversos diplomas no sentido de efetivar a
descentralização destasfunções sociais.
Aquela profunda reforma necessitava de ser aprofundada, tendo o atual Governo, desde o
início desta legislatw’a, assunildo o compromisso de a concretizar.
Vo entanto, o processo de descentralização, conduzido pelo atual Governo, tem-se
ti-aduzido numa grande trapalhada, com avanços e recuos, prazos sistematicamente
prorrogados, indefinições, falta de estudos, análises e dados concretos, nomeadamente no
que sc refere aos meios necessários para a descentralização de competências.
O processo de descentralização, confbi-me é reconhecido pela Associação Nacional de
Município Portugueses, envolve três peças fundamentais e complementares entre si: a lei-
quadro, os diplomas setoriais e a Lei das Finanças Locais, que devei-iam ter sido discutidos,
estudados, desenvolvidos e aprovados simultaneamente
No passado dia 18 de julho, a Assembleia da República aprovou, com os votosfavoráveis do
PS e PSD, a lei-quadro da descentralização, bem como as alterações à Lei das Finanças Locais.
Aqueles diplomas, conforme o DS alertou, foram aprovados de forma apressada e
irresponsável, apenas como resultado de uni acoi-do estabelecido entre PSD e PS.
A Lei-quadro da transferência de competências para as autarquias locais e para as
entidades intermunicipais - Lei n.° 50/2018, de 16 de agosto -, que entrou em vigor no
passado dia 17 de agosto, prevê que a transferência de competências possa serfeita defbrma
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4 4ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
graduaL até janeiro de 2021, e depende da prévia aprovação, pelo Governo, de decretos-lei
sectoriais relativamente a cada área a transferir
A alínea a), do n. “ 2, do art. “4. ‘da referida Lei-quadro, estipula que as autarquias locais
e entidades intennunicipais que não pretendam a transferência das competências no ano de
2019 comunicam esse facto à Direção-Geral das Autarquias Locais, após prévia deliberação
dos seus drgãos deliberativos nesse sentido, até ao dia IS de setembro de 2018.
No entanto, foi já tornado público que tais decretos sectoriais ainda não foram aprovados
pelo Governo e que o prazo de 15 de setembro. estipulado na lei, irá ser pron’ogado.
Éfiindamental que a descentralização a efetivar seja uma verdadeira descentralização de
poder de decisão e não uma mera transfórmação das Câmaras Municipais em serviços de
manutenção local ou tarefeiros de direções gerais e de institutos públicos.
Assim, os Deputados Municipais do CDS-PPpropõem à Assembleia Municipal de Castelo
Branco, ,-eunida a 28 de setembro que delibere o seguinte:
1) A descentralização é essencial pai-a um efetivo e melhor desenvolvimento económico e
social de toda a população portuguesa.
2) O Governo deve assegurar e garantir todos os meios, técnicos, com pessoal e de
financiamento, ao cumprimento das novas competências pelo poder local.
3,) O Governo deve prestar todos os esclarecimentos e remeter às autarquias locais e às
entidades intermunicipais todas as informações necessárias ao exercício de tais funções
e competências.
4) Enquanto não se ver(ficarem as condições estabelecidas nos pontos 2 e 3, as autarquias
locais devem rejeitar o exei-cicio de qualquer nova competência.
O Grupo Municipal do cDS-PF
Francisco de Assis Palhinha de Oliveira Ala rrins
MOÇÃO N.° 2
Pela não transferência «ii: 2019 das competências prevLtas na Lei n° 5 0/2018
1. Foi recentemente publicada a Lei n.° 50/2018, de 16 de agosto que estabelece o
quadiv de transferências de competências para as autarquias locais;
IL De acordo com o artigo 4.” da referida lei, esta transferência de competências e
afetação de recursos será concretizada através de diplomas sectoriais relativos às diversas
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áreas. Tal transferência, COm carácter universal e definitivo, ocorrerá a partir de 2019 e
estará concluida até 1 de janeiro de 2021, admitindo-se, porém, que as autarquias que não
pretendam a transferência já em 2019 destas competências, comuniquem esse facto à
DGAL, após decisão nesse sentido dos seus órgãos deliberativos;
JIL Nos lermos da Constituição, a descentralização administrativa tem que visar; entre
outros objetivos, o reforço da coesão territorial e social, devendo traduzir-se numa justa
repartição de poderes entre o Estado central e o Poder local para melhor assegurar
políticas públicas que resolvam os problemas das pessoas e dos territórios e essa
transferência de competências pai-a as autarquias locais deve ser sempre acompanhada dos
adequados meios humanos, parrimoniais efinanceiros;
IV Nunca se poderá aceitai- que as Autarquias, alegando insuficiência de meios
humanos ou de recursos técnicos, venham a concretizar as novas competências através da
sim concessão a entidades privadas, pondo em causa o acesso e fruição pelas populações
aos serviços e promovendo a degradação dos mesmos;
V. Este diploma promove tinia total desresponsabilização do Estado em funções sociais
de âmbito universal como a Educação, Saúde e Cultura;
VI. A transferência de pessoal e equipamentos acompanhado de um financiamento
insuficiente onerará os órgãos dos municípios com um esforço financeiro signcativo,
desconhecendo-se ainda os moldes exatos da transferência de receitas para que as
Autarquias possam assegurar estas novas competências;
VIL Apesar da descentralização democrática da administração pública constituir um dos
princípios fundamentais da organização efuncionamento do Estado (‘art” 6” n”] da C’RP,), a
Lei n “50/20 18 resultou de um aco,-do apenas entre o governo ES e o PSD e a sua aprovação
pela Assembleia da República teve a discordáncia de todas as outras forças políticas;
VIII. C’onforme o artigo 44.” da Lei 50/2018, de 16 de agosto, esta lei só produz efeitos
após a aprovação dos respetivos diplomas legais de âmbito sectorial, contudo tais diplomas
sectoriais não furam publicados até à presente data, não permitindo assim aos municípios
percecionar de forma objetiva e rigorosa o sentido, a extensão e o conteúdo da anunciada
descentralização administrativa. E são ainda desconhecidos os montantes exatos das verbas
a transferirpai-a que as autarquias possam assegura!’ cabalmente essas novas competências;
IX A transferência de competências para as autarquias locais não pode agravar as
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desigualdades territoriais e deve ocorrer apenas nas áreas em que os municípios estejam em
melho,-es condições de assegurar o respetivo exercício.
Pelo exposto, e também por mera cautela e por não terem sido ainda publicados os
refei-idos diplomas sectoriais, a Assembleia Municipal de CASTELO BRANCO reunida em
28 de Setembro de 2018, nos termos e para os efeitos do artigo 4’ n. 2 a) da Lei n°
50/2018, de 16 de Agosto e do artigo 25. n.” 2, alíneas j) e k) do Anexo 1 da Lei ii.”
75/2013. de 12 de Setembro, delibera:
1 - Não pretender a transferência de competências para o Município de Castelo Branco
no ano de 2019;
2 - Comunicar tal decisão à Direção-Geral das Autarquias Locais;
3 - Defender que a transferência das competências para as Autarquias Locais não deve
agravar as desigualdades territoriais e deve ocorrer apenas nas áreas em que os municípios
estejam em melhores condições de assegurar o respetivo exercício e que não será admissível
qualquer desresponsabilização do Estado central nas suas funções sociais de âmbito
universal como a Educação, Saúde e Cultura.
O representante do Bloco de Esquerda
José Manuel Pires Ribeiro
MOÇÃO N.° 3
Por rim serviço nacional de saúde de melhor qualidade
Considei-ando que o Serviço Nacional de Saúde é zuna das maiores conquistas do 25 de
Abril. permitindo o acesso aos cuidados de saúde de todos os portugueses e poz-tuguesas,
independentemente da sua capacidade económica.
Considerando as alterações verificadas nos últimos altos, com redução dos meios
financeiros afetos ao SNS e as consequências dessa política no que respeita aos recursos
humanos, equipamentos, serviços, com clara degradação dos sen’iços prestados.
Considerando que os cortes orçamentais não podem ser justicativo pai-a a degradação
continuada do SNS, em simultâneo com a manutenção de elevados apoios a entidades
privadas da área da saúde.
Considerando a necessidade de revisão dos quadros de pessoal de todas as unidades do
SNS e, em particular, da ULS de Castelo Branco.
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A Assembleia Municipal de Castelo Branco, reunida em 28 de setembro de 2018,
man4festa a sua solidariedade ao abaixo assinado promovido pela Delegação Regional de
Castelo Branco do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, subscrito por elevado número
de profissionais da saúde afetos à ULS de Castelo Branco e enviado ao Ministro da Saúde.
José Ribeiro - Deputado Municipal do Bloco de Esquerda
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Muito obrigado. Temos
agora três moções para discutir e eu vou pedir aos subscritores das mesmas que façam a sua
apresentação, tendo três minutos para apresentar cada moção. A do CDS-PP foi a primeira que deu
entrada na Mesa a que demos o número um.”
Francisco Oliveira Martins (CDS-PP) — “Senhor Presidente da Mesa. Senhor Presidente da
Câmara. Minhas Senhoras e meus Senhores.
Não quero estar aqui a incomodá-los com uma retórica muito grande, nem tampouco gastar
os três minutos, não vale a pena, todos vocês sabem ler e todos têm as moções em vosso poder.
Apenas três pontos: O CDS-PP é favorável a um processo de descentralização de
competências para as autarquias locais, desde que sejam devidamente assegurados todos os meios
técnicos com pessoal e de financiamento, para o cumprimento efetivo daquelas funções pela
autarquia. Não há mais nada, nós não estamos, nem nunca estivemos, contra a descentralização.
Podemos dizer que é fundamental que o Governo esclareça se estamos perante uma
descentralização do poder de decisão, ou perante a mera transformação das câmaras municipais em
serviços de manutenção local, ou tarefeiros de direções-gerais e de institutos públicos. Não
i isto, portanto há que criar um mecanismo qualquer por parte do Governo que diga muito
concretamente e que transfira para as autarquias a sua responsabilidade. Caso o não venha a fazer, o
que poderá acontecer é que dá azo a que exista esta moção, que a única coisa que solicita é que,
enquanto não se verificarem estas condições todas que eu acabei de referir, estabelecidas nos pontos,
as autarquias locais devem rejeitar o exercício de qualquer nova competência. Muito obrigado”
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Obrigado, Senhor
Deputado. O Senhor Deputado José Ribeiro, apresentou duas moções e tem cinco minutos para as
apresentar. Faça favor.”
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tp
ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
José Pires Ribeiro (flJ — “Em relação há moção dos enfermeiros, como o Senhor Presidente
informou, a carta foi recebida em julho, julgo e é um problema muito importante. É a qualidade do
Serviço Nacional de Saúde que está em causa e esta é uma forma de a Assembleia Municipal de
Castelo Branco se solidarizar com a luta que os enfermeiros, médicos e outros trabalhadores do
Serviço Nacional de Saúde, a nível nacional, porque sentem na pele que o serviço de qualidade
exigido pelo Serviço Nacional de Saúde, que já tivemos, não o temos neste momento.
Em relação à outra moção, nós esperávamos que a câmara lançasse, antes de setembro, essa
proposta... Porque a própria lei que foi aprovada na Assembleia da República diz que, até 15 de!
setembro, na alinea a) do ponto 2, as autarquias podiam comunicar à DGAL — Direção-Geral das
Autarquias Locais qua não pretendiam a transferência das competências... O mesmo poderá
acontecer em 2019, porque o processo só vai estar concluído em 2021... E nós consideramos que a
‘Assembleia Municipal de Castelo Branco se devia pronunciar sobre este tema porque é de relevante
importância para o futuro deste país. Lembro, também, que as declarações do Senhor Presidente da
Câmara na reunião ordinária de 3 de agosto teve oportunidade, após ser questionado por um
Vereador, de dizer que, ‘relativamente à descentralização de competências, tinha as suas reservas e
que se questionava, designadamente, quanto ao tipo de competências e quanto ao impacto
financeiro que as delegações possam ter para os municípios.’ Tendo em atenção estes pressupostos
e a posição que o Bloco de Esquerda sempre teve em relação à descentralização, nós somos a favor
da descentralização, mas não a qualquer custo, como já foi referido anteriormente. O Bloco tem!
!inscfita a descentralização nos seus genes políticos. No entanto, não podemos escamotear que cerca
de 70% dos municípios portugueses têm à volta de trinta mil habitantes e isto pode criar problemas
muito graves na capacidade das autarquias para poderem desenvolver esse trabalho. E podem abrir
caminho a que determinados serviços possam ser canalizados para o privado e isso não queremos.
Não queremos um país que seja uma manta de retalhos. Castelo Branco tem uma política em
relação a determinado assunto e Leiria tem outra, os meios financeiros são diferenciados, desde
‘logo... Não sabemos, à partida, quais são os meios financeiros colocados à disposição das
autarquias. Por outro lado, os diplomas sectoriais que estão contemplados nesta lei —julgo que são
23 diplomas sectoriais que abarcam o ensino, a educação, a saúde e outros —, de 23 diplomas, julgo
que saíram li diplomas; primeiro saíram 7 e, na semana passada, sairam 4. Portanto, eu penso que
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as autarquias não estão habilitadas a assumir essa transferência, pelo que a Assembleia Municipal
de Castelo Branco devia votar contra ela.”
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Muito obrigado Senhor
Deputado José Ribeiro. Vamos agora colocar à discussão dos Senhores Deputados as moções. Há
aqui duas que tratam da mesma questão, mas como foram aqui dirigidas questões ao Senhor,
Presidente da Cãmara... Se o Senhor Presidente da Câmara quiser pronunciar-se, faz favor.”
Luís Manuel dos Santos Correia, Presidente da Câmara Municipal — “Senhor Presidente, só
vou pedir a Lei n.° 50, da transferência das competências, ao Senhor Deputado, para me ajudar na
explicação... Senhor Presidente da Assembleia Municipal. Senhores Deputados. Minhas Senhoras
e meus Senhores.
Eu acho que a questão das moções sobre a transferência de competências é extemporânea,
porque existe muita informação, diz-se muita coisa, mas é preciso é decidirmos com base do
concreto. A Lei n.° 50/2018, de 16 de agosto — Lei-quadro da transferência de competências para as
autarquias locais e para as entidades intermunicipais —, na verdade diz que até dia 15 de setembro,
as câmaras e as assembleias municipais devem deliberar a não transferência dessas competências.
Mas, pedi-lhe a lei, porque ela, no seu artigo 44.°, Produção de Efeitos, diz assim: ‘a presente
lei produz efeitos após a aprovação dos respetivos diplomas legais de âmbito setodal, acordados
com a Associação Nacional de Municípios Portugueses’. o que significa, que a própria lei que diz
que até dia 15 temos que tomar uma decisão, se for contra, diz, também, que só entra em vigor, ou
só produz efeitos, a partir do momento em que sejam aprovados os diplomas sectodais. Ora, os
diplomas sectoriais ainda não foram aprovados, ainda não estão na rua e nós não podemos trazer
aqui uma deliberação para decidirmos que não sabemos ainda o que é...! Sabemos muita1
informação, vamos acompanhando aquilo que vai saindo na comunicação social... Umas vezes são
umas coisas, outras vezes são outras coisas, mas temos que aguardar, pelo menos, até que saiam os!diplomas setodais, para só depois podermos deliberar sobre o assunto.”
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Muito obrigado Senhor
Presidente. Agora ponho à consideração dos grupos municipais, quem se quer inscrever para
discutir estas moções.
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Do seu lugar, a membro da Assembleia Municipal, Maria de Lurdes Barata (P5), pediu
desculpa ao Senhor Presidente da Mesa por interromper a sessão, mas que gostava de ouvir
as moções, porque as desconhecia.
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “As moções foram
apresentadas por quem as elaborou e subscreveu. Eu dispensei-me de as ler — como já tenho feito
algumas vezes — porque estaríamos a repetir-nos. Os Senhores Deputados do Bloco de Esquerda e
do CDS-PP apresentaram as moções e eu pensei que tivessem ficado esclarecidos relativamente aos
respetivos conteúdos. Quem se quiser inscrever, faz favor. Senhor Deputado José Ribeiro, quer
acrescentar alguma coisa? Se faz favor.”
José Pires Ribeiro (B) — “Como o Senhor Presidente da Câmara referiu, de facto, eu já tinha
referido isso, a lei, embora estando em vigor, só será eficaz depois da publicação de 23 diplomas
setoriais. O que é verdade é que, 23 desses diplomas setoriais, o Governo já saiu com 11, cerca de
metade. E, nessa parte, a lei já está em vigor, já é eficaz.
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Só depois da aprovação
pela Associação Nacional de Municípios.”
José Pires Ribeiro (!E) — “Desculpe...! O que está na lei é isso. Só após a saída dos diplomas
sectodais é que a lei tem eficácia. Mas não é de todos, pode ser parcialmente...!
Do seu lugar o Senhor Presidente da Câmara Municipal perguntou ao membro da
Assembleia Municipal, José Pires Ribeiro, quais tinham sido os diplomas que já haviam saído.
José Pires Ribeiro () — “Agora não tenho aqui, mas ontem vi...! Em conclusão, eu considero
que tem todo o sentido que a Assembleia Municipal, a exemplo do que outras já fizeram, se
‘pronuncie, a favor ou contra!”
,Jor2e Vieira Neves — “Senhor Presidente. Digníssima Mesa. Senhor Presidente da Câmara
Municipal. Senhores Vereadores. Senhoras e Senhores Deputados Municipais.
Eu acho... Como é que nós podemos estar a discutir um assunto quando o desconhecemos?
Se nem metade dos diplomas foram ainda publicados, como é que a Assembleia Municipal se vai
pronunciar? Ou se tem uma posição dogmática, designadamente, contra a transferência de
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competências, ou então temos que esperar que saiam os diplomas...! Mas, então, estamos a discutir
o quê...? Então, nós conhecemos alguma coisa...? Eu acho que não faz sentido...! Estamos aqui a
perder tempo ou estamos aqui a brincar...! Eu acho que nem queremos perder tempo, nem
queremos brincar, por isso acho que não tem sentido nenhum estarmos a discutir uma coisa que
desconhecemos! Os diplomas não saíram, a lei não está em vigor! Acho que isto é claro! Era só,
Senhor Presidente.”
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipj — “Só por uma questão de
metodologia, vamos primeiro discutir e votar a Moção n.° 1 do CDS-PP e, depois, as moções do
Bloco de Esquerda. Senhor Deputado Oliveira Martins quer acrescentar alguma coisa?”
Francisco Oliveira Marfins (CDS-PP) — “O que nós dizemos é que deverá ser aprovada a
descentralização, desde que o Governo diga às autarquias aquilo que efetivamente é para transferir
e quais são os meios que põe ao seu dispor para que elas possam cumprir as coisas! É a única coisa
que se pede... Não se pede que seja chumbado, pede-se, unicamente, que seja adiada até o Govemo
decidir isto! Até o Governo decidir o que é que nos vai dar, o que é que nós podemos fazer...? Não
podemos fazer absolutamente nada. Por isso, o que eu peço, é que a Câmara e a Assembleia tomem
•uma decisão que é esta, pura e simples: para já não! Digam-nos como é que é, quais é que são as,
remas do jogo e, depois, nós jogamos ou não!”
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Não sei se mais algum
Grupo Municipal quer intervir sobre a Moção n.° 1 do CDS-PP... Não querendo, passaríamos à
votação.”
A Assembleia Municipal deliberou, por maioria, com um voto a favor (do CDS-PP),
catorze abstenções (cinco do PSD, uma do BE, uma da CDU, uma Independente e seis do PS)
e dezanove votos contra (dezoito do P5 e um Independente), rejeitar a NIoção n.° 1 —
Transferência de competências para as autarquias locais e para as entidades intermunicipais,
apresentada pelo CDS-PP.
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Moção n.° 2, do BE — Pela
não transferência em 2Ol9das competências previstas naLein. “50/2018, de 16 de agosto. Não sei se
mais alguém se quer pronunciar sobre esta moção... Estão todos esclarecidos, vamos também votar.”
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A Assembleia Municipal deliberou, por maioria, após a repetição de duas votações, com
três votos a favor (do BE, da CDU e do CDS-PP), seis abstenções (cinco do PSD e uma
Independente) e vinte e sete votos contra (vinte e seis do PS e um Independente), rejeitar a
Moção n.° 2 — Pela não transferência em 2019 das competências previstas na Lei n.° 5O/2018,
de 16 de agosto — Lei-quadro da transferência de competências para as autarquias locais e
para as entidades intermunicipais —, apresentada pelo Bloco de Esquerda.
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Agora, a Moção n.° 3, do,
BE — Por um sei-viço nacional de saúde de melhor qualidade. Não sei se algum Grupo Municipal
quer intervir.”
Nuno Mimoso Figuinha (PSD) — “Só vinha perguntar ao Senhor Deputado do Bloco de Esquerda
um pequeno esclarecimento, que é assim: fala no abaixo assinado e tem aqui uns considerandos,
que eu tenho algumas dúvidas se estão no abaixo-assinado e venho, precisamente, perguntar-lhe
isso... Fala do ‘25 de Abril’, das ‘conquistas’, pronto... Só que isto soa-me a uma retórica tão
cansada, tão laxativa, tão de tentativa de colagem a um setor profissional que merece todo o
respeito e que eu apoio a cem por cento — que são os enfermeiros —, e a seguir faz aqui uma
mistura... ‘Os cortes orçamentais não podem ser justificativos para a degradação continuada do!
Serviço Nacional de Saúde’... Concordo...! Lembro-me imediatamente da ala pediátrica do!
Hospital de São João — que é uma vergonha há tantos anos aquilo arrastar-se e ter um Ministro que
anda, sucessivamente, a prometer dinheiro e veio-se a saber, recentemente, que nem um projeto
técnico ainda há...! Isso, sim, faz-me espécie! Apoio. sim senhor, os enfermeiros. Agora, estar aí
misturar isso com ‘manutenção de elevados apoios a entidades privadas da área da saúde’...! É1assim, se o Estado não consegue dar resposta, se o privado consegue e se até lhe sai mais barato...!
Faz todo o sentido, não sei onde é que está ai o problema!? Se isso não afeta os enfermeiros, menos,
problema aí está! Eu defendo — e sempre defendi — os enfermeiros. Agora, sou contra esta retórica
de tentativa de colagem, a um setor profissional que merece todo o respeito e esta mistura de coisasj
que aqui está! Por isso queria o esclarecimento: todos estes considerandos constam no abaixo’
assinado, ou não? Obrigado.”
José Pires Ribeiro (BfJ — “Eu esclareço o Senhor Deputado e todos os restantes Deputados
presentes. O Serviço Nacional de Saúde, quanto a mim, quanto ao Bloco de Esquerda, foi uma das
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maiores conquistas do 25 de Abril... Senhor Nuno Figuinha... E, neste momento, ainda estamos a
sofrer pelas políticas desencadeadas anteriormente nas parcerias público-privadas. E nós não
queremos, nunca mais, que pelo facto de o cidadão ‘A’, que tem o rendimento reduzido, possa ser
preterido, ou não possa ser tratado, por não ter dinheiro. E, se vamos falar do privado, nesse caso,
vamos saber que essas pessoas não poderão ser tratadas. Portanto, temos todo o interesse, apesar de
admitirmos no setor da saúde os privados, em admitir uma coisa: o Serviço Nacional de Saúde,
‘como uma das maiores conquistas do 25 de Abril, tem que ter, cada vez, mais qualidade, para que’
toda a população tenha direito à saúde. E não estamos a misturar nada.”
jpoldo Martins Rodrigues (f) — “Senhor Presidente da Assembleia Municipal. Respetiva
Mesa. Senhor Presidente da Câmara Municipal. Senhores Vereadores. Senhores Membros da’
Assembleia Municipal. Público Presente.
O Partido Socialista, tal como o PSD, também vai votar contra esta moção... Pelo menos foi
‘aquilo que deduzi das palavras do Senhor Deputado Nuno Figuinha, desculpe o abuso dat
apropriação. E fazemo-lo por uma razão simples: somos defensores do Serviço Nacional de Saúde.
O Partido Socialista tem história na sua criação e na sua defesa; somos solidários com a luta
dos enfermeiros e com a melhoria das suas condições de trabalho, porque se elas melhorarem a
prestação de serviços à população melhorará. Não conhecemos o abaixo assinado do sindicato dos
enfermeiros nem os pressupostos que estão por detrás dele e, por essa razão, nós vamos votar
contra. Embora, e repito, somos totalmente defensores do Serviço Nacional de Saúde e de um Serviço
Nacional de Saúde de qualidade. Recordo as muitas lutas que tivemos nesta Assembleia em defesa do
Serviço Nacional de Saúde e em defesa do Serviço Nacional de Saúde na cidade de Castelo Branco.”
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Obrigado Senhor
Deputado. Passemos à votação da Moção n.° 3, do BE — For um serviço nacional de saúde de,
melhor qualidade.”
A Assembleia Municipal deliberou, por maioria, com dois votos a favor (do BE, da
CDU), uma abstenção (Endependente) e trinta e quatro votos contra (vinte e sete do PS, cinco
do PSD, um do CDS-PP e um Independente), rejeitar a Moção n.° 3—Por um serviço nacional
de saúde de melhor qualidade apresentada pelo Bloco de Esquerda.
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Seguidamente o Senhor Presidente da Assembleia Municipal concedeu a palavra ao Senhor
Presidente da Câmara Municipal, para a sua habitual intervenção após as intervenções dos
Senhores Membros da Assembleia Municipal, durante o período antes da ordem do dia.
Luís 1Ianuel dos Santos Correia, Presidente da Câmara Municipal — “Senhor Presidente.
Senhores Vereadores. Senhores Deputados. Minhas Senhoras e meus Senhores.
Mais uma vez, agora em setembro, nesta Assembleia Municipal, começo por responder às
qstões e às intervenções que aqui foram feitas. Gostava de dizer o seguinte.
Noto, que com alguma força, aqui há algumas diferenças de intervenção. Algumas que
procuram ser construtivas, outras nem tanto e procuram, meramente ser destrutivas, mas, ao longo
da minha intervenção, poderei esclarecer essas questões. Desde logos gostaria de me referir à
intervenção da Senhora Deputada Lurdes Barata quando fala do investimento que o Município está,
a fazer na requalificação do património religioso. Fazemo-lo com agrado e fazemo-lo por que o
integramos na requalificação da nossa cidade e a requalificação desse património histórico.
Sobretudo, fica aqui demonstrado, com a sua intervenção, que a Câmara Municipal de
Castelo Branco tem tido a capacidade de ir tão longe como aqui demonstramos. A intervenção na
Sé... Depois deste investimento que estamos a fazer e com o que já fizemos, ficamos com a Sé!
Catedral totalmente requalificada com o seu património mantido e acho que esse é um tema que
muito também nos pode orgulhar, porque nós tivemos a capacidade de o concretizar. Fazemo-lo’
pelo património, fazemo-lo integrado naquela que é a nossa política cultural e espero, muito em
breve, podermos ouvir, num concerto, o órgão da Sé Catedral a funcionar com há muitos anos não
funciona. Recordo aquilo que nós estamos a fazer na Igreja do Valongo... Porque lembro a história.
de Castelo Branco, e recordo perfeitamente aquilo que foi um esforço para a sua construção. Aquilo
que foi o esforço de toda a população, na altura, de angariação de verbas para que aquela’
construção fosse possível. Recordo, também, a satisfação, por todo o esforço, da comunidade
albicastrense, para a concretização daquela igreja. Uma igreja com uma arquitetura bonita, que deve
ser preservada e que, dada a intervenção que nós fizemos e que estamos a fazer na requalificação e
em todas as infraestruturas do Bairro do Valongo — com um grande investimento por parte desta
Câmara Municipal —, considerámos, também, que na valorização daquele bairro, devia ser feita esta
obra. Isso demonstra, também, que quando fazemos estes investimentos, são investimentos
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integrados numa estratégia que queremos concretizar, porque, na Igreja do Valongo. aquilo que nos
custou muito foi a requalificação dos espaços exteriores da igreja, que já não eram condizentes com
a realidade dos espaços públicos que temos por toda a nossa cidade de Castelo Branco.
Preservamos o património, mas também mostramos aqui o quão longe nós conseguimos fazer
e investir. E investimos até em bairros que podíamos dizer limítrofes. podíamos ter a desculpa de
serem de génese ilegal, mas não... Nós estamos a fazer, efetivamente, um investimento naquilo que
é a requalificação do espaço público.
Ainda, aquilo que sempre foi dito... E na segunda intervenção, a Deputada Cristina Granada
referiu... Aquilo que estamos a fazer pelos festivais pelas nossas freguesias. A ‘Festextil’ que é um
exemplo que gostava aqui de referir, porque valoriza aquilo que nós fizemos, quer no material, quer
no imaterial. O Festextil que foi feito a partir daquele que é um grande investimento no nosso
Museu dos Têxteis, em Cebolais de Cima, que representa e que é feito agora, depois desse
investimento feito, o investimento material, mas, não tenho dúvida nenhuma, vem trazer muito pela
nossa cultura, mas, sobretudo, pelo nosso rismo. E que representa aquilo que temos feito em
termos de valorização do imaterial — das nossas tradições, da nossa cultura — por todas as freguesias
e continuamos a fazer dessa forma. Também aí chegamos àquïlo que é o investimento no imaterial
do nosso concelho. Foram duas intervenções que demonstram, efetivamente, até onde este:
Município está a conseguir ir. Há quem, com chavões, reduz esta intervenção. Mas estas
intervenções demonstram que nós não ficamos só em determinada área ou em determinado local
naquele que é o investimento feito por nós.
O Senhor Deputado Jorge Neves falou naquilo que fizemos nos incêndios... É verdade que’
ainda não acabou a época e que ainda corremos riscos... Mas hoje, dia 28 de setembro também
recordo que o ano passado houve um grande incêndio do dia 15 de outubro. Mas hoje, dia 28 de
setembro, podemos dizer que este Município fez tudo o que podia para precaver estas situações.
Aliás, uma verba de cerca de novecentos mil euros foi despendida na limpeza de bermas de
estradas, de caminhos, de floresta, requalificação das linhas de água destruídas com os incêndios —
uma delas, com concurso já adjudicado, são quase só trezentos mil euros. Fizemos um esforço
enorme para que esta situação e, este ano, manteremos esse investimento e essa atenção a esta
matéria. Mas, sobretudo, dizer que, nesse esforço, plantámos árvores e fomos buscar findos para
fazer uma intervenção com plantação de árvores, nomeadamente, e neste caso, na Serra da
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Gardunha, onde está a ser feita. Deixem-me referir algo que foi aqui dito, que é o açude de
Almaceda que estamos a concretizar e que permitirá ser um ponto de abastecimento de água no
combate aos incêndios que permitirá manter a qualidade da praia fluvial que Almaceda tem e que é,
ainda, um investimento grande que estamos a fazer. Até nesta matéria estamos a conseguir chegar.
Referi três, mas poderia também referir a quarta intervenção que foi do Senhor Deputado’
Francisco Lopes, porque referiu aquilo que nós estamos aqui a fazer, as intervenções que nós,
estamos a fazer na área da economia, com o ‘Programa Portas Abertas’, com mais um investimento’
que temos a capacidade... Que é para poderem continuar, aqueles que tentam denegrir esta
estratégia que estamos a concretizar... Que é mais um investimento em obra, em betão, mas que é
um investimento que podemos ter a certeza de que pode fazer algo pela nossa economia, que é o
‘Pavilhão de Aceleradora de Empresas, para ali se poderem instalar empresas pequenas, que
ultrapassa um milhão de euros de investimento que estamos ali a concretizar. É por isso que
gostava de dizer e também até, neste âmbito da intervenção do Senhor Deputado Francisco Lopes,’
que não foi este ano que passou, mas foi no mandato anterior, só na zona industrial, investimos na
sua requalificação, cerca de seiscentos mil euros. Essa atenção que estamos a fazer, também, pela
economia do nosso concelho. E já não vou referir todos os aspetos que falou, nomeadamente, do
Espaço Empi-esa e aquilo que está a acontecer.
O que é verdade é que estas intervenções, nas mais diversas áreas de uma estratégia bem
pensada, mostram que nós não nos ficamos, meramente, com chavões, mas conseguimos intervir
em algo que a maioria dos municípios não consegue fazer. Nós fazemo-lo... Inclusivamente,’
naquilo que é a regeneração urbana... Temos estado a conseguir os subsídios para essa matéria e
temos dado cartas nessa matéria, por aproveitar as oportunidades dos apoios comunitários para
concretizarmos esses investimentos, porque para aí há, efetivamente, subsídios e apoios.
Por fim, dizer também que a Senhora Deputada da CDU referiu um outro investimento, no
ambiente, que é o Barrocal. O Barrocal está aberto e tenho visto muitas pessoas a visitá-lo. É um
investimento que também estamos a conseguir e que, eu julgo, a maioria dos municípios não o
conseguiria fazer. Esse é, sem dúvida, um investimento que está aberto para todas as pessoas irem
‘lá e até, o outro dia, uma pessoa me disse: ‘o Senhor, quanto ao Barrocal, já conseguiu uma coisa, é
que, pelo menos, agora já lá vai muita gente, porque alguns só lá iam para coisas que não deviam
ir!’... Agora e felizmente, já lá vai muita gente e, por isso, Senhora Deputada, terei todo o gosto em
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trazer os projetistas do Barrocal, explicar e fazer a visita de todos os que queiram acompanhar-me e’
marcarei esse dia com os Senhores, através do Senhor Presidente da Assembleia Municipal.
As contratações dos auxiliares e a lei, propriamente dita, dos precários, quero dizer-lhe que
elas seguem em termos administrativos. Se houver alguma explicação a dar, ela decorre d&
cumprimento da lei. Não tenho sequer que me preocupar com isso e o que sei é que foi feito o
cumprimento da lei por parte dos serviços. Onde houve dúvidas, informaram-se e cumprimos a
integração dos precários no nosso concelho.
Permitam-me referir agora aqui a outro tipo de intervenções. É corrente, nos tempos que
correm, neste Município, algumas forças partidárias usarem uns números que ‘lançam para o ar’ e
pressupor, imediatamente, que a culpa desses números que vão agarrar — às vezes com mais um
ano, com menos um ano, umas vezes como primeiro, outras vezes como segundo —, é da Câmara
Municipal de Castelo Branco. Hoje, de verdade, passou-se algo que demonstra perfeitamente isto,
que eu vou procurar não qualificar. Agarram-se nuns números e diz-se assim: ‘2013-2017,
perdemos alunos e isto, evidentemente, é da culpa do Senhor Presidente da Câmara’. Uma forma
tão básica e tão direta, para tentar atribuir logo as culpas... ‘Porque 2013 e 2017 são os anos em
que o Senhor Presidente teve o primeiro mandato, portanto, o Senhor é o culpado!’... Pois é... Mas
não se analisa, não se avaliam as coisas, nem se discutem os diferentes aspetos e nem se quer se
diz: ‘pois é, os alunos não nascem de um dia para o outro e estão na escola...!’ Podia até ter
responsabilidade nessa matéria, efetivamente, mas dizer: ‘os números do Senhor, no seu mandato,
diminuíram e que a culpa é minha, porque não nasceram os meninos que deviam ter nascido e ido
logo para a escola...!’ Deixe-me dizer-lhe, Senhor Deputado, roça o ridículo, esse primarismo, essa1
tentativa de atribuir culpas sem analisar. É preciso estudar-se, é preciso pensar-se e deixe-me dar-
lhe um conselho, apresente também sugestões, para que essas coisas possam mudar. O Senhor!
Deputado Hélder Henriques, nesse aspeto, fez aqui um excelente trabalho. Mostrou que basta
mudar, às vezes, um bocadinho o ano, os números... Mostrou que, na verdade, muitas vezes,
quando estamos a comparar, temos que comparar, também, o histórico e o que aconteceu para trás e
avaliar o que foi a causa. Agora, não aceitamos que, só por se dizer um número que se foi captar!!onde mais se interessava captar e só por se fazer a comparação que mais nos interessava fazer, se
consiga atribuir responsabilidades à Câmara Municipal por isso ter acontecido. Hoje, o Senhor!
Deputado do PSD, prestou um excelente serviço, para mostrar que aquilo que os Senhores estão
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fazer é um erro total. E, portanto, dizer-lhe o seguinte: Senhor Deputado, estude... Estude... Estude
bem, não ande só a agarrar uns numerozinhos, porque estudar pode não ser fácil, mas traz os seus
proveitos, traz-nos conhecimentos e competências para fazer as coisas.... E, quando não sabemos, o
mais correto é demonstrar humildade para dizer que não sabemos, ou que vamos estudar a seguir.
A Avenida Egas Moniz... Não percebo porque é que tanto se procura dizer sobre essa
avenida. Sim, a Avenida Egas Moniz, é preciso não passar lá ou não querer ver, que havia ali um
estrangulamento...! Que havia, inclusivamente, uns semáforos que lá foram colocados e que nuncaforam postos a funcionar...! Que havia ali um problema para resolver e, efetivamente, estamos a
resolvê-lo...! E estamos a criar mais uma alternativa para o escoamento do trânsito da cidade, para
a zona industrial, que vai todo por um determinado sítio, pela Cruz de Montalvão...! E que
tínhamos ali uma oportunidade para dividir o trânsito por duas vias...! Estamos a conseguir
:concretiz11, felizmente, e isso é que devia ser dito...! Mas é que chegamos ao ponto de que, neste.
Município, já se critica a obra. Se calhar, noutros sítios, não há obra e não há que criticar. Mas, ao
ponto em que chegamos, em Castelo Branco. É que já não há propostas, já não há estratégias
alternativas... Critica-se a obra e até se diz que estamos contra a obra...! Eu acho que chegámos a
um ponto que eu não quero caraterizar de desespero da parte de algumas pessoas. E até se chega ao
ponto de se dizer: ‘... Egas Moniz... Vejam lá bem onde é que o Presidente mora...! Ele mora lá ao1
lado...! E, portanto, a obra foi pensada para o beneficio do Senhor Presidente...!’ Lamento,
profundamente, que este seja o tipo de política a que nós estamos a chegar.
Felizmente também se critica a questão do associativismo. O Senhor Deputado José Pires
falou aqui em algo que foi demonstrado ao longo do verão passado. critique-se ou não, a relação e
os apoios que a Câmara Municipal faz ao associativismo deste concelho. O que podemos dizer e o
que foi demonstrado aqui é que nós temos um grande número de associações todas vivas, todas
intervir na nossa comunidade e a prestar um grande trabalho a todos nós e ao concelho de Castelo
Branco. Isso também foi conseguido por aquela que foi a política deste Município ao longo de
todos os anos. Temos um conjunto de associações... E não me refiro só às associações mais
visíveis, ou às associações da cidade de Castelo Branco, refiro-me a todas as associações do1
concelho de Castelo Branco que têm sido apoiadas por este Município, cujo apoio tem conseguido
fortalecer este movimento associativo e temos conseguido ir mais além do que aquilo que nós
poderíamos fazer. Recordo uma pergunta que a Senhora Deputada da CDU fez na última
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Assembleia Municipal, que não conhecia uma associação que era dos Vilares de Baixo e que,
através dela, construímos o centro social. Isso significou que nós, Município, se fossemos fazer
também esse tipo de coisas, não tínhamos a capacidade. E foi por via dessa parceria com essa
associação que conseguimos ter hoje, numa aldeia pequena, um espaço de convívio, um espaço
onde a comunidade se junta e um espaço digno... Porque havia lá um espaço, mas não tinha a
dignidade que nós gostamos de ter. E é, através do movimento associativo que conseguimos
‘ultrapassar as nossas capacidades de concretização e ir mais além na nossa estratégia der
desenvolvimento e na concretização do nosso desenvolvimento.
Ainda, duas intervenções a que eu gostava de me referir.
O Senhor Deputado do PSD que aqui falou na equipa de seleção. Eu esperava que qualquer
pessoa pudesse fazer essa intervenção, mas eu respondo-lhe com uma pergunta... O Senhor, como
eu, tem experiência nestas coisas, esteve numa Direção-Geral e também constituiu equipas e
também levou pessoas lá para essas suas equipas. Diga-me: como é que as constitui e quais foram
os critérios? Nós quisemos criar essas equipas... Sabíamos quais os perfis pretendidos... Uns foram
por requisição ao Ministério de Educação, outros até por requisição a outras câmaras e outros até
por contratação pelo concurso que abrimos para prover uma vaga que achámos necessária,
nomeadamente aqui na Câmara de Castelo Branco.
Respondendo também, ao Senhor Deputado Nuno Figuinha. Acredito que hajam algumas
passadeiras menos bem. Podia ir tirar fotografias a todas as passadeiras que têm estado a ser
pintadas nos últimos dias e trazia, também, umas fotografias dessas passadeiras pintadas e do
trabalho que está a ser feito. Muito obrigado, agradeço-lhe o ter trazido essa informação.
Termino por algo que, também, nos é muito querido, a todos nós, que é a cultura e o
investimento que temos conseguido fazer na cultura em Castelo Branco. Há muito tempo que
definimos a cultura como um setor muito importante para nós, há muito tempo que o demonstramos
e mostramos aqui um grande investimento naquilo que é o imaterial e, desde logo, os meus
parabéns e um agradecimento, porque somos coparceiros, ao Senhor Deputado Leopoldo
Rodrigues, Presidente da Junta de Freguesia de Castelo Branco... Um agradecimento, porque é um
parceiro na concretização do Prémio Internacional de Poesia António Salvado — Cidade de Castelo
Branco que, pelos números e por aquilo que já se passou é, na verdade, algo muito positivo para
todos nós e mostra, também, aqui mais uma vez, aquilo que estamos a concretizar em termos da
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valorização do património imaterial que nós temos. É sobretudo um prémio de poesia internacional,
com pessoas, por esse mundo fora, a participar nele, mas é, ainda, uma homenagem que estamos a
fazer ao nosso poeta António Salvado
Gostava de referir, também, aqui a escultura, que colocámos no espaço envolvente aos
caminhos de ferro, de homenagem a João Roiz.
É o investimento que estamos a fazer na cultura, com muito agrado e julgamos que, hoje,rindesmentível dizer-se que estamos a ter um grande sucesso com esse investimento que estamos a
promover. Por acaso, ontem à noite, tratei deste assunto da cultura... Tenho grandes expetativas
naquilo que vai ser a segunda edição... Edição número um, porque a primeira foi a edição zero, do
Castelo de Artes, que vamos concretizar até ao final do ano.
Julgo que, quanto àquilo que é o trabalho da Câmara Municipal, têm os papeis convosco e já
me fui referindo a tudo o que nós estamos a fazer, ao longo desta minha intervenção. Muito
obrigado a todos.”
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Obrigado Senhor
Presidente. Tenho pedidos de esclarecimento dos Senhores Deputados do PSD, José Alberto e
Miguel Gregório.”
José Alberto Duarte (PSD) — “Novamente, muito bom dia a todos. De acordo com aquilo que se
referiu, Senhor Presidente, de que há aqui intervenções que são construtivas e outras, meramente,
destrutivas, eu gostava de lhe perguntar se o Senhor entendeu alguma vez, inclusivamente hoje, se
eu fiz alguma observação destrutiva nas minhas intervenções, por isso quero, olhos nos olhos, que
me diga: qual é que foi a critica destrutiva que eu fiz aqui alguma vez? Esta é a primeira situação.
A segunda situação. Eu hoje fiz duas propostas e, exatamente, uma pergunta. Para já, começo
por lhe agradecer a resposta que deu e ficámos todos a perceber que é da sua exclusiva
responsabilidade a escolha dessa equipa, escolheu essas pessoas e assim as tem. Disse, e bem, que
eujá fui Diretor-Geral, nomeei e empossei milhares de pessoas em Portugal e sempre tive critérios.
Se me quiser preguntar, seja onde for, eu explicarei quais foram os critérios que foram
utilizados. E, por isso, estamos à vontade para responder a essa situação, quando quiser e como
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quiser. Assim, desafio-o a responder àquelas duas questões que eu lhe fiz e que não deu resposta
nenhuma. É só isto que lhe queda dizer. Obrigado.”
Miguei Gregório Barroso (PSD) — “Senhor Presidente, eu peço a palavra para um pedido de
defesa da honra e vejo-me forçado a invocar esta figura regimental porque o Senhor Presidente, na
sua intervenção, como é seu apanágio já, não resistiu em demonstrar a sua posição de princípio. E
sua posição de princípio é, sempre que vem a estas Assembleias Municipais, as intervenções dos
Deputados Municipais do Partido Socialista são as construtivas e são as válidas e, todas as do PSD,
são sempre as destrutivas. Essa é uma postura que lhe fica mal Senhor Presidente, é uma postura1
‘antidemocrática, essa sim! Eu procurei, na minha intervenção, com o estudo que fiz antes de vir
para aqui, confrontar dados, perceber a realidade e confrontar esses dados com as políticas do
Município. E fiz questão de referir, também, na minha intervenção, qual era a realidade vivida antes
de 2013, de 2010 a 2013. Disse, também. que era uma realidade dramática — essa sim constante em
todos os municípios do interior do pais — e que era de perda do número de estudantes. E depois
disse, que entre 2013 e 2017 houve uma alteração no panorama no interior do país e que haviam já
municípios que conseguiam — apesar de estarem também confrontados com uma dinâmica nacional,
com uma conjuntura nacional igual à que Castelo Branco apresenta e com a qual se vê confrontado
—, estagnar as perdas e recuperar o número de alunos matriculados e que Castelo Branco não
consegue. Esta é urna evidência. Os dados que comparei são dados de todos os municípios capitais
de distrito do interior do país. Não confundi municípios com as CEM, com áreas urbanas, como fez
aqui o Senhor Deputado Hélder Henriques. Eu comparei o que pode ser comparado, de forma séria,
ao contrário de outros. Eu tenho pena que a sua postura, Senhor Presidente, não seja a de olhar para
os dados e, tal como nós sugerimos, reunir os organismos que existem, justamente para auxiliar o
Municipio a delinear estas estratégias — como seja o Conselho Municipal de Juventude e o
Conselho Municipal de Educação — e procurar uma solução, essa sim construtiva, para nos’
apresentar aqui. Tenho pena disso. Muito obrigado.”
José Pires Ribeiro () — “Muito rapidamente. Nenhuma das questões que eu apresentei foram
respondidas, pelo Senhor Presidente. Eu não quero entender isso como falta de consideração!
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Mas eu lembrava que eu fiz uma pergunta sobre se a Câmara Municipal de Castelo Branco
conhecia o relatório da inspeção, realizada pelo Ministério do Ambiente, em março passado, no
aterro dos RIB — Resíduos Industriais Banais, na estrada para Malpica do Tejo?
Perguntava também, dado o Decreto-Lei n.° 7/2003, que define claramente as competências
do Concelho Municipal de Educação, quais as razões que levaram o Município de Castelo Branco a
nomear uma comissão composta por dois professores, um animador cultural e uma psicóloga?
Depois falava também das disparidades do PREVPAP, do processo de integração dos
precários, com o caso particular de uma técnica superior e, em relação à Avenida Egas Moniz, o
Senhor Presidente teve oportunidade de dizer só quais os fatores que levaram a esta opção... Não.
me respondeu qual o valor real da obra e qual a área que foi subtraida ao Parque da Cruz de
Montalvão, porque há uma área, na lateral desse parque, que foi subtraida com a construção desta
avenida! Era isto.”
Carina Filipe Caetano (CDU) — “SÓ para deixar duas ou três observações em relação à resposta
do Senhor Presidente... Mas deduzimos que não foi dada resposta à carta da FENPROF, porque:
não foi referido. Depois, dizer que sabemos que o Barrocal está aberto — por enquanto, porque o
estão a vedar — mas a ideia é visitar, acompanhados por profissionais, para acompanhar o processo.
Não é por em causa nada, nem ninguém, mas é para conhecer as obras, por isso agradecemos
a disponibilidade do Senhor Presidente.
Por fim, dizer, em relação à contratação de assistentes operacionais, que não esperava outra
resposta do Senhor Presidente, que está a ser cumprida a lei, no entanto, nós não vimos aqui para
nos ensinarem ou explicarem as leis ou para nos convencerem de nada. Nós só trazemos assuntos
‘de cidadãos que nos procuram e que, aliás, são conhecidos na comunicação social. Só dizer isto.”
Luís Manuel dos Santos Correia, Presidcnte da Câmara Municipal — “Senhor Presidente.
Senhores Vereadores. Senhores Deputados. Minhas Senhoras e meus Senhores.
Às questões recorrentes da educação e propostas do Senhor Deputado José Alberto, dizer-lhe
que serão analisadas e avaliadas, mas temos cumprido a lei nesses termos todos e temos dado os
apoios, indo até, por vezes, além dos apoios sociais que estão previstos na lei.
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Depois, dizer-lhe que não me referi a si. Quando disse que há intervenções negativas, referi
me, concretamente, a elas, por acaso nesta mia primeira intervenção que fiz. Quando tenho que
dizer, digo tudo aquilo que eu tenho entendimento. Nem vou entrar aqui por outras questões que
aqui foram referidas.... Mas pronto...
Quanto à área da Cruz de Montalvão e a Avenida Egas Moniz, já expliquei porque é que era.
No concurso de ideias que fizemos para a Cruz de Montalvão, estava previsto 01
prolongamento e a continuação da Avenida Egas Moniz. No projeto de execução, depois... (neste
momento o Senhor Presidente muniu-se da planta vencedora do concurso de ideias para a;
Cruz de Montalvão e prosseguiu a sua explicação baseando-se naquele recurso visual)...
concurso de ideais previa que quem ficasse em primeiro lugar, fazia o projeto de execução dessa
ideia. Portanto, temos aquilo que é uma ideia e temos, depois, aquilo que é o projeto de execução
de todas as especialidades que uma ideia destas tem. A quem ganhou este concurso de ideias, foi-
lhe adjudicada a concretização de um projeto de execução e, se o Senhor vir aqui (o Senhor
Presidente sinalizou o local na planta), tem aqui uma rua ao lado da extrema da Granja Parque...
Portanto, no projeto de execução, os projetistas, aquilo que acharam por bem é que, em vezi
de estar a meter o trânsito por dentro da Granja Parque, fazer aqui uma rotunda ou um cruzamento
nesta situação que aqui está, fazendo um prolongamento, não por esta rua da Granja Parque, mas
por aqui até à escola (o Senhor Presidente voltou a sinalizar os locais na planta). A única
diferença que existe entre o projeto do concurso de ideias — que é uma ideia base, na generalidade—.
é que, depois, no projeto de execução, os projetistas acharam por bem propor a continuidade até;
aqui (o Senhor Presidente voltou a sinalizar um local na planta). Inclusivamente, é notícia desta
semana que aqui ao lado (o Senhor Presidente voltou a sinalizar um local na planta) vai
aparecer um parque canino de socialização que era um desejo de muitas pessoas muitas vezes
levantado na nossa cidade. Finalmente, já está adjudicado porque faz parte desta primeira fase quei
está a ser concretizada do grande projeto da Cruz de Montalvão, que é o prolongamento da Egas
Moniz e, também, o parque canino que ali vai ser feito.”
José Pires Ribeiro (SE) insistiu com o Senhor Presidente para saber, “mais ou menos”, a área
que foi subtraida ao Parque da Cruz de Montalvão, mas o Senhor Presidente confessou não’
conseguir sabê-lo de memória.
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Luís Manuel dos Santos Correia, Presidente da Câmara Municipal — “O que é verdade é que
isso está integrado no projeto Cruz de Montalvão.
Quanto à Senhora Deputada Carina, eu acho que respondi à questão da FENPROF...! Nós
não podemos responder, a FENPROF faz-nos um apelo sobre ‘algo’ e, para concretizarmos ‘algo’, nós.
não sabemos...! Estamos à espera de receber as leis setoriais da transferência de competências e só
depois disso, quando tivermos as leis setoriais, aqui todos, havemos de decidir e fazer essa
deliberação.”
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Muito obrigado, Senhor
Presidente.”
José Pires Ribeiro (BE) do seu lugar, sem que o que disse tenha ficado registado na gravação,
insistiu que as suas perguntas não foram todas respondidas.
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Desculpe, o Senhor
Presidente foi questionado e respondeu, José Ribeiro! Desculpe, mas o Senhor Presidente
respondeu como entendeu que deveria responder!”
José Pires Ribeiro (BE) do seu lugar perguntou: “Posso intervir?”
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Desculpe. Não tem que
intervir!”
José Pires Ribeiro (BE) do seu lugar: “Nós estamos num órgão fiscalizador. A Assembleia
Municipal de Castelo Branco é o órgão fiscalizador e um Deputado Municipal, seja ele qual
for, da Bancada Socialista, da Bancada Social Democrata, do Bloco de Esquerda, da CDU ou
do CDS-PP tem todo o direito de questionar o Executivo Camarário.”
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Muito bem! O Senhor
questionou o Executivo Camarário... Senhor Deputado... Senhor Deputado, faz favor de se sentar,i
se não se importa. O Senhor questionou o Executivo Camarário e o Executivo Camarário
respondeu-lhe...! A resposta pode não lhe agradar, mas esse é um problema seu!”
José Pires Ribeiro (BE) do seu lugar: “Não é uma questão de agradar ou não...!”
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1ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO
Arnaldo Jorge Pacheco Braz. Presidente da Assembleia Municipal — “O Senhor Presidente, se
quiser dar mais uma explicação, dá... Ele é que entende a explicação que tem que dar, não é o.
Senhor que determina a explicação que o Senhor Presidente lhe tem que dar...! O Senhor
Presidente dá-lhe a explicação que entender...!”
José Pires Ribeiro (BE) do seu lugar: “Peço desculpa.”
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “O Senhor não pode obrigar
o Senhor Presidente a dizer aquilo que o Senhor quer...! O Senhor Presidente diz aquilo que ele
entende...! Estamos entendidos?”
Luís Manuel dos Santos Correia, Presidente da Câmara Municipal — “Senhor Presidente.
Senhores Vereadores. Senhores Deputados.
Senhor Deputado. O Presidente da Câmara está aqui para responder e esclarecer as questões.
Responde como quer e como considera importante e achar dever responder. Se não responde
da forma como o Senhor mais desejada, isso já não é um problema do Presidente da Câmara.
O que é verdade é que eu já lhe respondi, diria aqui, a quase todas as questões que o Senhor
colocou. Disse-lhe que os precários é uma questão administrativa, foi cumprida a lei e foi tratada
nesses termos. Não é o Presidente da Câmara que trata dessa questão.
Respondi-lhe sobre a Avenida Egas Moniz e, quanto ao Conselho de Educação irá reunir.
Quando acharmos por bem convocá-lo, convocá-lo-emos. Estamos a fazer o Plano
Estratégico da Educação. Todas as instituições da educação estão a ser consultadas pela equipa que;
o está a fazer e quanto tivermos o Plano Estratégico, com certeza, vamos reunir o Conselho
Municipal da Educação.”
José Pires Ribeiro (BE) do seu lugar: “Peço desculpa. Falta a questão sobre se a Câmara tem
conhecimento, ou não, do relatório do Ministério do Ambiente.... Só perguntei isso...!”
Luís Manuel dos Santos Correia, Presidente da Câmara Municipal— “Não tenho. Obrigado.”
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Muito obrigado, Senhor
Presidente.”
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Terminado o período antes da ordem do dia, os trabalhos passaram a ser conduzidos, para o!
período da ordem do dia.
II - PERÍODO DA ORDEM DO DIA
Ponto 1— Aprovação das atas n.°s 5 e 6, referentes às sessões de 30 de abril e 22 de junho de
2018.
José Pires Ribeiro (DL) — “Sobre as atas n.°s 5 e 6 gostaria de dizer o seguinte.”
A Ata n.° 5, o Bloco de Esquerda vai votar a favor. Na Ata n.° 6 vamos votar contra e com
declaração de voto, porque... E vou dizer as razões, para que os Deputados Municipais refletirem
sobre a situação. A ata n.° 6 não reproduz fielmente o que se passou na reunião de 22 de junho.
Lamentavelmente e, quanto ao que seda expectável, não reflete... E não é o que eu quero,
Senhor Presidente! Trata-se de refletir fielmente o que foi dito nessa reunião.
E, nessa reunião, se bem me lembro — e vou lembrar a todos os Deputados — a certa altura foi
discutida uma Moção que apresentei sobre uma recomendação relativa à tarifa social. Houve
intervenções de vários Deputados, da Senhora Administradora dos Serviços Municipalizados, do
Senhor Presidente da Câmara e o Senhor Presidente da Assembleia Municipal, Senhor Arnaldo,
Braz. referiu que a recomendação não tinha que ser votada. Depois foi alertado por mim — e esse’
alerta não está aqui refletido — que o regimento em vigor à data, naquele dia, não era o que foi
aprovado depois por todos nós, contemplava a votação das recomendações — o antigo regimento,
que estava em vigor!... Isso não está referido aqui na ata, O que é aqui referido, e posso-vos dizer,
é: relativamente à recomendação e zuna vez que o novo Regimento da Assembleia Municipal’
deverá ser aprovado nesta sessão, o Senhor Presidente da Assembleia Municipal conduziu os
trabalhos para que a mesma fosse discutida... Não foi isso que se passou! O que se passou foi que
o Senhor Presidente não queria que a Recomendação fosse votada... Depois, face ao meu alerta de
que estava contemplada a votação da Recomendação, ela teria que ser discutida e votada. Portanto,
não foi por ideia do Senhor Presidente, tanto que, ‘mais acima’ (referindo-se ao texto da Ata n.°
6), o Senhor Presidente diz que — eu estava a falar da Recomendação e ele disse que eu devia falar,
da Moção, Palavra dada, palavra honrada — dos professores. Depois, mais à frente... Perante a
mesma insistência do Bloco de Esquerda, o Senhor Presidente da Assembleia Municipal explicou
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que em termos técnicos, assim como a Senhora Administradora havia esclarecido, o que o Bloco de
Esquerda estava a solicitar, já havia sido implementado. Contudo, do seu assento, José Pires
Ribeiro tornou a insistir que a tarfa social não estava a ser aplicada aos resíduos w-banos... E é
verdade, continua a não ser aplicada. Depois, o mais grave é que não é referida a votação que foi
efetuada. Foi efetuada uma votação, a proposta foi aprovada, foi declarada e na gravação da sessão
está lá isso: o Senhor Presidente declarou que a proposta tinha sido aprovada e depois, aproveitando
uma questão que eu coloquei, queria saber os votos, abstenções, a favor e contra, promoveu uma
nova votação e só essa segunda votação é que é referida aqui na ata. Face a tudo isto, porque é uma
situação grave — e não é por eu querer que seja grave — é uma situação que em termos legais pode
ter outras consequências... Eu vou-vos ler o Artigo 34.° do Código do Procedimento
Administrativo, que diz, no ponto 6: As deliberações dos órgãos colegiais só se tornam eficazes
depois de aprovadas as respetivas atas ou depois de assinadas as minutas e a eficácia das
deliberações constantes da minuta cessa se a ata da mesma reunião não as reproduzir. O que quer1
dizer que se, eventualmente, esta ata for aprovada o Bloco de Esquerda — e depois vou expressar
isso na declaração de voto —, não vai ficar parado, porque, de facto, isto é uma ilegalidade e não1
tem nada a ver com a democracia...!”
Maria de Lurdes Barata (f) — “Ao longo da minha vida e, com certeza, acontece com muitos
aqui dos presentes. eu aprovei milhares de atas... Ou, pelo menos, centenas... E eu estou
estupefacta, que é o termo...! Eu pedi uma emenda à ata, porque havia uma alteração e eu não tinha]
mandado a minha intervenção de 22 de junho e não entendo como é que o Senhor Deputado não
pediu a emenda da ata, para que a ata fosse aprovada...! Só podia tomar uma atitude agressiva como
a que está a tomar... Agressiva, porque até está a ameaçar que isto vai ter grandes consequências
legais...! Eu não entendo, por mais que queira... Nós estamos num Órgão que funciona
democraticamente e eu não entendo como é que diz que não foi respeitado o que disse. Se não foi
respeitado, é tudo gravado, pode haver um lapso na transcrição das gravações... Agora, dizer que
não aprova uma ata, como se fosse isto um crime de lesa pátria, quando tem todo o direito como
interveniente nas sessões em repor aquilo que realmente disse... E se houver um esquecimento de
‘qualquer coisa, porque não foi posta lá a votação, só tem que exigir...! Se houver outros elementos,
outros Deputados que achem que o que está a exigir que se reponha lá, não está correto, aí sim pode
dar uma discussão e vamos às gravações! Agora, não entendo, francamente, e queria que me
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esclarecesse... Toma uma posição, já, como se isto está tudo arrumado, ‘é muito grave o que se
passou’...! Não é grave. Grave é o Senhor Deputado levantar este problema e não ter pedido para
ser reposta a verdade, como eu fiz já nesta ata e em várias outras, e nunca me foi recusado que
fosse reposta a verdade e aquilo que se passou nas sessões. Tenho dito, porque realmente lamento
como Deputada...”
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Obrigado Senhora
Deputada. Mais alguém quer intervir sobre esta questão?
Sendo assim acho que se justifica que eu dê aqui um esclarecimento. Como devem calcular,
não sou eu que escrevo as atas. Há um gabinete de apoio à Assembleia Municipal que grava as
sessões e depois transcreve para o papel essas gravações. Presumo que o fez como habitualmente e,
como disse a Senhora Deputada Maria de Lurdes Barata, todos os Deputados desta Assembleia
sabem e fazem-no, ocasionalmente, quando têm alguma proposta para alteração ou para alguma
correção de alguma questão que pode não estar exatamente como se passou e às vezes quando se
está a ouvir uma gravação pode haver alguma dificuldade em interpretar corretamente aquilo que se
passou. Para isso é que as atas são enviadas a cada um, para poderem repor a versão que entendem!
que é a mais correta. Foi isso que aconteceu, a ata foi enviada para toda a gente. Que eu saiba só a
Senhora Deputada Maria de Lurdes Barata é que entregou, ou fez chegar aos serviços o texto que
leu aqui na sua intervenção e os serviços fizeram a correção de acordo com a sua indicação. De
resto os serviços não receberam, que eu saiba, mais nenhuma correção.
De maneira que eu vou propor do mesmo modo a votação e cada um votará como entender as
atas que estão em cima da mesa.”
José Alberto Duarte (PSD) — “Senhor Presidente. De uma forma, mais uma vez construtiva, eu
acho que aquilo que foi aqui dito pelo Senhor Deputado do Bloco de Esquerda acaba por ser grave,
se for verdade, havendo uma parte que não está nada referenciada. Eu propunha que fosse revista!
com a gravação e que adiássemos esta aprovação para a próxima reunião. Muito sinceramente.
Porque aquilo que foi dito tem muito conteúdo. Eu, sinceramente, não li o suficiente para ter
‘opinião, agora, se está assim ou não. Como temos uma ata, temos uma gravação, eu acho que faz’
muito mais sentido ser revista a situação e se o conteúdo lá deve estar, deve lá estar, se não deve
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estar, não deve estar. Não é por acaso que existem as gravações, mas os documentos que são
aprovados, são aprovados aqui e não é a gravação. Esta é a minha proposta.”
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Sim. Parece-me razoável.
Fazemos então a aprovação da Ata n.° 5. A Ata n.° 6 será ouvida novamente a gravação e será feita!
de acordo com ela.”
José Pires Ribeiro (BE) do seu lugar: “Peço desculpa, mas todos os Deputados Municipais, o
Senhor Presidente da Câmara, a Vereação, a Mesa da Assembleia Municipal é testemunha do
que aconteceu a 22 de junho...! Todos sabemos que se fizeram duas votações...! A primeira,
legal e a segunda ilegal...!
Hélder Guerra Henriques (P5), no seu lugar, disse: — “A questão não é essa. Devia ter pedido
‘aos serviços...”
A ata n.° 6 foi retirada da ordem de trabalhos e será presente à próxima sessão da
assembleia Municipal.
A Assembleia Municipal deliberou, por unanimidade, aprovar a ata n.° 5 referente à
sessão de 30/04/20 18.
Ponto 2—Apreciar uma informação do Presidente da Câmara sobre a atividade municipal a
que se refere a alínea c) do n.° 2, do artigo 25.°, da Lei tu° 75/20 13, de 12 de setembro
1 — Situação Financeira em 20 de setembro de 2018:
Saldo da dívida a fornecedores £385.431,93
2 — Mapa de Execução do Plano de Atividade de 2018:
Anexo informação do Departamento de Administração Geral (Doc. 1)
3 — Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento de Castelo Branco:
Anexo informação prestada pela Senhora Administradora (Doc. 2)
O Senhor Presidente conduziu os trabalhos para o Ponto n.° 3, porquanto o Senhor
Presidente prestou anteriormente a informação da atividade municipal a que se refere a
alínea c) do n.° 2, do artigo 25.°, da Lei nY 75/2013, de 12 de setembro.
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Ponto 3 —Serviços Municipalizados de Castelo Branco
3.1. Apreciação e votação da proposta de “Regulamento dos Serviços de Abastecimento
Público de Água e de Saneamento de Águas Residuais do Município de Castelo
Branco”. (Proposta n.° 15/2018)
Maria José Baptista. Administradora dos Serviços Municipalizados — “Bom dia. Senhor
‘Presidente da Assembleia Municipal. Respetiva Mesa. Senhor Presidente da Câmara. Senhores:
Deputados. Senhoras Deputadas. Colegas da Vereação. Comunicação Social.
Este pedido de alteração do Regulamento do Abastecimento Público do Município de Castelo
Branco, bem como das Águas Residuais vem aqui neste momento, porque ao longo deste ano,
houve legislação que foi alterada. Assim, é necessário alterar o regulamento para aplicarmos essa1
legislação. Entre outros aspetos técnicos, é agora o momento de alterarmos tarifário social
também, incluirmos o tarifário das famílias numerosas. São as duas alterações, digamos, que eu
acho mais importantes.”
A Assembleia Municipal deliberou, por maioria, com seis abstenções (uma do BE e
cinco do PSD), aprovar a proposta de “Regulamento dos Serviços de Abastecimento Público
de Água e de Saneamento de Águas Residuais do Município de Castelo Branco”. (Proposta n.°
15/20 18)
Estes documentos são dados como reproduzidos e ficam a fazer parte integrante desta
ata identificados como documentação n.° 1.
Neste ponto, a minuta da ata, foi aprovada, por unanimidade.
3.2. Apreciação e votação da proposta de “Regulamento de Serviço de Gestão de
Resíduos Urbanos do Município de Castelo Branco”. (Proposta n.° 16/2018)
Maria José Baptista, Administradora dos Serviços Municipalizados — “Novamente
cumprimento a Mesa. Senhor Presidente da Câmara. Senhores Vereadores. Senhora Vereadora.
Senhores Deputados. Senhoras Deputadas. Comunicação Social.
Pelo mesmo motivo, agora falando no Regulamento de Gestão dos Resíduos Urbanos do
Município de Castelo Branco — adaptar à legislação que, entretanto, saiu. Eu só lembro, que quer
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um regulamento, quer o outro, estão ainda em vigor, têm data de 30 de setembro de 2016 e é.
necessário adaptá-lo, também, pelos mesmos motivos, à awalidade, à legislação que entretanto saiu,
nomeadamente, aspetos técnicos e tarifário social — alterá-lo — e também introduzimos a criação das:
tarifas para famílias numerosas. Apenas quero acrescentar que o Regulador tem voto nesta matéria.
Quer num regulamento, quer noutro, já obtiveram o parecer vinculativo do Regulador. Muito
obrigada.”
José Pires Ribeiro () — “Só gostava de perguntar à Dra. Maria José Batista, se neste
regulamento foi contemplada a questão dos resíduos, isto é, aplicannos a tarifa social à água, ao
saneamento e aos resíduos.”
‘Maria José Baptista, Administradora dos Serviços Municipalizados — “Os regulamentos em
vigor já tratam da tarifa social para a água. para o saneamento e, também, para os resíduos, Senhor
Deputado. Há isenção das tarifas fixas, para as três áreas de atuação. Peço desculpa...!? Isso é uma
opção, neste regulamento em vigor era ainda uma opção da Autarquia. Agora saiu uma legislação
que estabelece, em relação à tarifa social, determinados requisitos, determinados critérios para que
ela seja aplicada. Daí, trouxemos à Câmara e agora à Assembleia a alteração. Nós cumpriremos a
tarifa social, segundo a nova legislação que saiu em março e que nos permite estar, até final do ano,
com os critérios que estão previstos ainda no regulamento em vigor.”
A Assembleia Municipal deliberou, por maioria, com um voto contra do BE e seis
abstenções (cinco do PSD e uma do CDS-PP), aprovar a proposta do “Regulamento de
Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos do Município de Castelo Branco”. (Proposta n.°
16/2018).
Estes documentos são dados como reproduzidos e ficam a fazer parte integrante desta
ata identificadas como documentação n.° 2.
Neste ponto, a minuta da ata, foi aprovada, por unanimidade.
Ponto 4 — Apreciação e votação da proposta de “Participação variável de IRS, na percentagem
de 5%, a cobrar relativamente aos rendimentos de 2018”. (Proposta n.° 17/2018)
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Manuel dos Santos Correia, Presidente da Câmara Municipal — “Senhor Presidente.
Senhores Vereadores. Senhores Deputados.
A proposta é mantermos tudo igual e não haver devolução de IRS.”
jgue1 Gregório Barroso (PSD) — “Senhor Presidente da Assembleia Municipal. Senhor
Presidente da Câmara. Senhores Vereadores. Senhores Deputados Municipais.
A posição do PSD é já conhecida sobre esta matéria. Nós entendemos que dos 5% do IRS,
que correspondem à participação variável da Câmara Municipal, 2% deviam ser devolvidos aos
contribuintes. E é muito fácil perceber esta nossa posição, porque vivemos, efetivamente, num
Município do interior do país que tem alguma dificuldade em atrair e fixar pessoas e, por isso,
entendemos que era uma excelente oportunidade para darmos mais um instrumento para que isso
aconteça. Para além de que, é também sabido, Castelo Branco é a capital de distrito de interior do
país que apresenta um menos índice de poder de compra. E, num Município que tem uma situação
financeira tão estável, como é conhecido, de facto, a nossa proposta só pode ser nesse sentido: de
dar mais dinheiro às pessoas. Como esta proposta não contempla esse principio, nós votaremos
contra. Muito obrigado.”
Francisco Oliveira Martins (CDS-PP) — “Vou dizer-vos, com toda a franqueza, que eu também
gostaria de baixar esta participação dos 5%. Única e simplesmente não o faço e vou abster-me, por
uma razão muito simples: não estudei o caso e não sei quais é que são as verbas que estão em causa,
e, por isso mesmo, não tomo a responsabilidade de poder estar aqui a votar a favor ou contra esta
proposta. Obrigado.”
A Assembleia Municipal deliberou, por maioria, com cinco votos contra do PSD e três
abstenções (uma do BE, uma do CDS-PP e uma do Senhor Presidente da Junta de Freguesia
de Tinalhas), aprovar a proposta de “Participação variável de IRS, na percentagem de 5%, a
cobrar relativamente aos rendimentos de 2018”. (Proposta n.° 17/2018)
Estes documentos são dados como reproduzidos e ficam a fazer parte integrante desta
ata identificados como documentação n.° 3.
Neste ponto, a minuta da ata, foi aprovada, por unanimidade.
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PontoS — Apreciação e votação da proposta de “Fixação da taxa de 0,3% de D’li, para o ano
2018, a cobrarem 2019”. (Proposta n.° 18/2018)
Luís Manuel dos Santos Correia, Presidente da Câmara Municipal — “Senhor Presidente.
Senhores Vereadores. Senhores Deputados. Minhas Senhoras e Meus Senhores
A proposta da Câmara Municipal é mantermos a taxa mínima do IMI e mantermos esta
situação que aqui está presente. Obrigado.”
Eliseu Matos Pereira (PSD) — “Ora portanto, aqui, o PSD vai votar contra. E vamos votar contra
porque constatamos facilmente que a Câmara Municipal tem todas as condições para reduzir esta
taxa em 30% nas freguesias rurais do nosso concelho e assim promover um impacto muito positivo
nas famílias que aí residem, servindo claramente de incentivo e estímulo adicional para aí
continuarem a viver, dando expressão prática aos princípios de coesão e solidariedade territorial
necessários ao nosso concelho de Castelo Branco. Tenho dito.”
Luís Manuel dos Santos Correia, Presidente da Câmara Municipal — “Senhor Presidente.
Senhores Vereadores. Senhores Deputados. Minhas Senhoras e Meus Senhores.
Só duas deixas muito rápidas sobre estes dois últimos pontos. Em primeiro lugar, podemos
olhar para concelhos vizinhos que devolvem a taxa do IRS e... Pelo pensamento que o PSD aqui
apresenta, estão cheios de pessoas, com pessoas lá a instalar-se e não estão a perdê-las. É isso que
se verifica.
• A Câmara de Castelo Branco tem pautado a sua atuação pelo investimento e pelo objetivo
que lhe é muito caro, que é a coesão territorial, e, na verdade, prefere investir fortemente nas
freguesias — como durante a minha primeira intervenção o demonstrei —, que é aquilo que nós
fazemos e não beneficiar pessoas que têm casas nas freguesias, que não vivem lá e que não fazem
ali nada. Por outro lado, para concluir, dizer que as próprias freguesias, o índice de localização, já
tem essa questão prevista. Muito obrigado.”
A Assembleia Municipal deliberou, por maioria, com seis votos contra (cinco do PSD e
um do BE), aprovar a proposta de “Fixação da taxa de 0,3% de IMI, para o ano 2018, a
cobrar em 2019”. (Proposta n.° 18/2018)
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CASTELO BRANCO tEstes documentos são dados como reproduzidos e ficam a fazer parte integrante desta
ata identificados como documentação n.° 4.
Neste ponto, a minuta da ata, foi aprovada, por unanimidade.
Ponto 6 — Apreciação e votação da proposta de “Imposto Municipal sobre Imóveis. Dedução
fixa por número de dependentes: €20,00, no caso de um dependente a cargo; €40,00,
no caso de dois dependentes a cargo; e €70,00, no caso de três ou mais dependentes
a cargo”. (Proposta n.° 19/20 18)
Luís Manuel dos Santos Correia, Presidente da Câmara Municipal — “A proposta é também
mantermos a dedução de IMI, consoante o número de dependentes. É uma dedução fixa e julgamos
que esta dedução já cumpre com aquilo que são os nossos princípios de coesão social e, portanto,
mantemos esta dedução no IMI consoante o número de dependentes.”
Carina Filipe Caetano (COU) — “Como sabem, nós somos sempre favoráveis a tudo o que ajudaS
as famílias e por isso também votámos favoravelmente a taxa mínima. No entanto achamos que
!aqui se levanta uma questão e temos que deixar a nossa posição. É que nós defendemos que o
critério de atribuição de descontos não deve o número de filhos, ou dependentes, mas sim os
rendimentos. Não podemos estar a excluir as pessoas ou as famílias que não podem ou não querem
ter filhos. Bem sabemos que hoje em dia — e de uma forma geral —, quem tem mais filhos é quem
tem mais rendimentos. Por isso, os rendimentos devem ser o critério e não o número de filhos,
assim, nós vamo-nos abster.”
Luís Manuel dos Santos Correia, Presidente da Câmara Municipal — “Senhor Presidente.
Senhores Vereadores. Senhores Deputados.
Senhora Deputada. Aquilo que nós estamos aqui a cumprir, é aquilo que a lei nos permite. Se
bem se recorda, a determinada altura previa um desconto percentual sobre o IMI, conforme o
de famílias. Na verdade, aquilo que acontecia anteriormente favorecia aqueles que
ganhavam mais, porque o desconto era maior, pois era uma percentagem. A partir daí houve uma
alteração legislativa que permite uma dedução fixa conforme o número de filhos. Mas esse é o
limite até onde nós podemos ir... Não podemos fazer outros descontos, porque a lei não o prevê.
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Isso terá que ser uma alteração a fazer-se na Assembleia da República e não aqui na
Assembleia Municipal.”
A Assembleia Municipal deliberou, por maioria, com um voto contra do BE e uma
abstenção da CDU, aprovar a proposta de “Imposto Municipal sobre Imóveis. Dedução fixa
por número de dependentes: € 20,00, no caso de um dependente a cargo; € 40,00, no caso de
dois dependentes a cargo; e € 70,00, no caso de três ou mais dependentes a cargo”. (Proposta
n.” 19/2018)
Estes documentos são dados como reproduzidos e ficam a fazer parte integrante desta
ata identificados como documentação n.° 5.
Neste ponto, a minuta da ata, foi aprovada, por unanimidade.
Ponto 7— Apreciação e votação da proposta de “Pedido de declaração de interesse público.
Instalação de atividade pecuária em escalos de Baixo. Elisangela Rodrigues —
Aviário Unipessoal, Lda”. (Proposta n.° 20/20 18)
Luis Cardoso Alfredo Resende (Diretor do Departamento Técnico Operacional) — Bom dia a
todos. Este é um assunto que vem várias vezes a esta Assembleia, quando são instaladas, em zonas
nirais, unidades ou investimentos que têm uma área superior a dois mil metros quadrados. Este
caso é uma situação destas. É um aviário que tem mais de dois mil metros quadros e tem de vir,
previamente, à Assembleia N’lunicipal, para que ela declare, se entende por bem, a declaração
pública do investimento para poder seguir os seus trâmites. É evidente que o processo vai ter que
cumprir todas as normas, vai ter que ter estudos, mas isso é numa fase posterior. Nesta fase é só o
principio, se não houver a declaração de interesse público, também não pode seguir para as fases
seguintes.”
A Assembleia Municipal deliberou, por maioria, com duas abstenções do BE e da CDU,
declarar de interesse público a “Instalação de atividade pecuária em escalos de Baixo.
Elisangela Rodrigues — Aviário Unipessoal, Lda”. (Proposta n.° 20/2018)
Estes documentos são dados como reproduzidos e ficam a fazer parte integrante desta
ata identificados como documentação n.° 6.
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Neste ponto, a minuta da ata, foi aprovada, por unanimidade.
Ponto 8 — Eleição de um membro efetivo e de pelo menos um membro suplente para integrar
a Assembleia Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa.
Arnaldo Jorge Pacheco Braz, Presidente da Assembleia Municipal — “Esta questão surgiu na
sequência de uma solicitação da Comunidade Intermunicipal para a Assembleia Municipal de
Castelo Branco eleger mais um membro efetivo, que surge na sequência do pedido de renúncia do
Professor Valter Lemos e um membro suplente, que na alwra não tinha sido indicado.
Tenho aqui uma proposta do Partido Socialista, nesse sentido. Não sei se há mais alguém a
querer propor nomes para este membro efetivo e membro suplente, para a Assembleia
Intermunicipal.
Eu vou indicar o nome dos que aqui tenho na proposta do Partido Socialista: membro efetivo,
a Deputada Cristina Granada e o membro suplente, o Deputado Francisco Pombo Lopes.1’
A Assembleia Municipal, após votação nominal secreta dos seus membros, deliberou,
por maioria, com trinta votos a favor, um voto contra e cinco votos em branco, aprovar a lista
proposta pelo Partido Socialista e eleger Maria Cristina Vicente Pires Granada, como
membro efetivo e Francisco NIanuel Pombo Lopes, como membro suplente, a integrarem a
Assembleia lntermunicipal da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, nos termos do
artigo 83.° da Lei n.° 75/20 13, 12 de setembro.
Neste ponto, a minuta da ata, foi aprovada, por unanimidade.
PERÍODO DE INTERVENCÃO DO PÚBLICO, nos termos do n.° 6 do artigo 49.° da Lei n.°
75/20 13, de 12 de setembro.
Interveio Domingos Cardoso, morador há cerca de quarenta anos no Bairro da Quinta das Pedras.
Disse não estar contra a requalificação recentemente feita às instalações da antiga associação da
Quinta das Pedras, GUIRQP, mas que era contra não ter tido qualquer esclarecimento quanto ao
que aconteceu ao espólio daquela associação extinta. Perguntou à Assembleia Municipal, onde
anda o espolio, inclusivamente uma carrinha, que aquela associação possuía. Referiu estar
preocupado de que o período noturno de descanso das pessoas que habitam naquele bairro, agora
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muito envelhecido, possa vir a ser perturbado pela ocupação daquelas instalações por um clube
desportivo da cidade. Perguntou se o clube se vai responsabilizar pelo sossego do bairro e se os
moradores irão ter algum beneficio dessa situação.
Arnaldo Jorge Pacheco Braz. Presidente da Assembleia Municipal — “Senhor Domingos. O.
Senhor Presidente da Câmara tomou nota da sua questão. No final da sessão ele falará consigo e
esclarecerá as questões que o Senhor aqui colocou.”
CONCLUSÃO DA ATA
E, não havendo mais assuntos a tratar, foi pelo Presidente da Mesa encerrada a sessão,
eram 13 horas, mandando que de tudo, para constar, se lavrasse a respetiva ata.
O Presidente da Assembleia Municipal
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