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www.redebrasilatual.com.br BAURU Jornal Regional de Bauru www.redebrasilatual.com.br BAURU nº 07 Novembro de 2014 jornal brasil atual jorbrasilatual Bauruenses e Poder Público divergem sobre o Dia da Consciência Negra Pág. 3 EMBATE FERIADO Mostra de Sebastião Salgado revela natureza incomum Pág. 7 GENESIS NO SESC REELEITA Parceria com a Prefeitura de Bauru produz resultados em áreas pauperizadas, como Saúde e Habitação Pág. 4 DILMA PODE AMPLIAR PROGRAMAS SOCIAIS Rio Batalha apresenta volume baixo e população tem fornecimento interrompido ÁGUA CRISE DE ABASTECIMENTO Professor da Unesp relembra militância e projetos sociais na cidade Pág. 6 PERFIL XAIDES DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Jornal_Bauru_07.indd 1 11/19/14 5:43 PM

Brasil Atual Bauru - edição novembro 2014

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Expediente Rede Brasil Atual – Bauru Diretor de Redação Paulo Salvador Secretário de Redação Enio Lourenço Redação Francisco Monteiro, Flaviana Serafim, Giovanni Giocondo, Giovani Vieira Miranda, Henrique Perazzi de Aquino, João Andrade, Luiz Felipe Barbieri, Mariana de Souza Duré, Vanessa Ramos e Vítor Moura Revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3295-2820 Tiragem: 5 mil exemplares Distribuição Gratuita

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Jornal Regional de Bauru

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nº 07 Novembro de 2014 jornal brasil atual jorbrasilatualJornal Regional de Bauru

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nº 07 Novembro de 2014 jornal brasil atual jorbrasilatual jornal brasil atual jorbrasilatual jornal brasil atual jorbrasilatual

Bauruenses e Poder Público divergem sobre o Dia da Consciência Negra

Pág. 3

EMBATE

FERIADO

Mostra de Sebastião Salgado revela natureza incomum

Pág. 7

GENESIS

NO SESC

REELEITA

Parceria com a Prefeitura de Bauru produz resultados em áreas pauperizadas, como Saúde e Habitação

Pág. 4

DILMA PODE AMPLIAR PROGRAMAS SOCIAIS

Rio Batalha apresenta volume baixo e população tem fornecimento interrompido

ÁGUA

CRISE DE ABASTECIMENTO

Professor da Unesp relembra militância e projetos sociais na cidade

Pág. 6

PERFIL

XAIDES

DISTRIBUIÇÃOGRATUITA

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2 Bauru

Expediente Rede Brasil Atual – BauruEditora Gráfica Atitude Ltda. – Diretor de Redação Paulo Salvador Edição Enio Lourenço Redação Francisco Monteiro, Flaviana Serafim, Fernando Martins de Freitas, Giovanni Giocondo, Giovani Vieira Miranda, João Andrade, Paula Pinto Monezzi, Vanessa Ramos e Vítor Moura Revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3295-2820 Tiragem: 5 mil exemplares Distribuição Gratuita

EDITORIALA eleição presidencial deste ano entrou para a história por

alguns motivos peculiares. Um deles diz respeito às diversas oscilações nas candidaturas de oposição à presidenta Dilma, principalmente entre Aécio e Marina. As viradas quantitativas nas intenções de votos no primeiro e no segundo turno derruba-ram muitos institutos de pesquisa. Registre-se ainda que Dilma firmou-se num sólido patamar de aceitação em torno dos 40% e ainda cresceu, apesar da enxurrada de críticas que recebeu.

O enfrentamento eleitoral consolidou os votos favoráveis às mudanças trazidas pelo PT, como também encontrou no PSDB e em Aécio eco para a direita radical. Essas oscilações bruscas trouxeram um mosaico superlativo de ideias e pro-postas. Dentre elas, o aumento do ódio ao partido vencedor, desde sempre conduzido pela mídia comercial – antes mesmo do pleito, sobretudo a Revista Veja, com a sua capa falaciosa referente às delações premiadas na apuração do Caso da Petro-brás, já alimentava o furor entre as pessoas.

Quem tem saído às ruas para impugnar a nossa sétima elei-ção democrática consecutiva apresenta as piores e mais violen-tas facetas da sociedade: racismo, aversão aos pobres, nordesti-nos, homossexuais ou qualquer outro segmento que não esteja identificado com o status quo. Movimentos que só encontram referência nos momentos mais sórdidos da história mundial.

É preciso saber perder, mas os vencedores também devem fazer do exercício do poder o exercício da construção do bem comum e da cidadania. A pauta, agora, é a retomada do cresci-mento do PIB, o controle da economia, a igualdade de oportu-nidades e, principalmente, o exercício da democracia. Criticar faz parte do jogo democrático, mas a violência, não! O povo trabalhador, mais uma vez, saberá distinguir o joio do trigo.

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3Bauru

EMBATE

Conselheira aponta pressão dos comerciantes locais, que são contrários a mais um feriadoConsciência Negra permanece como ponto facultativo

Desde 2011, a Lei Federal 12.519 estabelece o 20 de no-vembro como o Dia Nacional de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra, em refe-rência à morte do líder qui-lombola. A data é simbólica para relembrar a trajetória de luta da comunidade negra bra-sileira e as atuais difi culdades dessa parcela da população, que representa 53,1% dos bra-sileiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografi a e Es-tatística (IBGE).

Atualmente, 1.047 cida-des ofi cializaram o dia como feriado municipal (cerca de 20% dos municípios brasilei-ros). No entanto, em Bauru, a data ainda é ponto facultativo. O prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB) assumiu verbalmente o compromisso de enviar um projeto à Câmara Municipal para instituir o feriado. Ele não o fez e tampouco o Legislativo se mobilizou para criá-lo.

De acordo com Maria José Oliveira dos Santos, presiden-te do Conselho Municipal da Comunidade Negra de Bauru, a data não é muito lembrada na cidade devido à pressão dos comerciantes locais, que são contrários a mais um feriado no município.

“Em Bauru, acontece algo muito próximo daquilo que a gente vê no cenário nacional. Existe uma pressão muito for-

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Atividades do mêsAs atividades para lem-

brar o “Mês da Consciência Negra” em Bauru são orga-nizadas pelo Conselho pre-sidido por Maria José. Neste ano, estão previstas palestras em escolas municipais, pan-fl etagem e uma aula públi-ca no dia 20. A entrega dos prêmios “Luiza Mahin” e “Zumbi dos Palmares” tam-bém marca a celebração.

O “Prêmio Luisa Mahin” é concedido a 20 pessoas da sociedade que, em seu ramo de atividade, tenham contri-buído para a redução de pre-conceito, racismo e discri-

minação contra a população negra. Já o “Prêmio Zumbi dos Palmares” foi instituído pela Câmara Municipal e ho-menageia três personalida-des do município, indicadas pelo Conselho Municipal da Comunidade Negra.

brar que ainda existe precon-ceito, discriminação e racismo contra os negros. Não dá para entender o porquê da ausência de uma programação efetiva em Bauru”, lamenta a professo-ra Roseli Fontana, de 32 anos.

Na região, a única cidade com feriado regulamentado é Jaú (53 km de Bauru). Cida-des como Pederneiras e Agu-dos também adotam o ponto facultativo no dia 20 de no-vembro.

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te do comércio para que não se tenha mais um feriado”, ex-plica – em 2014, o calendário municipal teve 12 feriados e 12 pontos facultativos.

A ausência de um marco faz com que o dia da Consciência Negra passe despercebido pela população. “É muito triste ver uma data como essa esqueci-da. A gente vê cidades do Bra-sil usando o mês de novembro como um momento para lem-

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4 Bauru

REELEITA

Habitação, Saúde e Educação refl etem alguns avanços da parceria com o governo federalDilma pode ampliar programas sociais em Bauru

As políticas sociais

Mais Médicos e UPAs Educação e Cultura

No dia 26 de outubro, a presidenta Dilma Rousseff (PT) foi reeleita com 51,64% dos votos válidos e se consa-grou para fi car à frente do go-verno federal até dezembro de 2018. Apesar do desempenho inferior em Bauru (37,99%), a vitória da petista pode ampliar os programas sociais, que já são uma realidade na cidade.

Segundo o prefeito Rodri-go Agostinho (PMDB), Dilma “abriu as portas para os mu-nicípios”. Nos últimos quatro anos, Bauru recebeu quase R$ 2 bilhões em investimentos oriun-dos da União. “Eu só não con-

Os recursos via Programa de Aceleração do Crescimen-to (PAC), que foram utiliza-dos na construção da estação de tratamento de Vargem Limpa e na pavimentação de 732 ruas de terra (conforme noticiado na edição nº6 do Brasil Atual) são alguns des-ses repasses para Bauru.

Atualmente, cerca de 10.000 famílias bauruenses são atendidas pelo progra-ma Bolsa Família, que ofe-rece um auxílio de transfe-

rência de renda para retirar famílias da extrema pobre-za. Já o programa Minha Casa Minha Vida, que em 2015 entra em sua terceira fase, benefi ciou aproxima-damente 4.000 famílias com o fi nanciamento de imóveis a preços populares.

A Secretaria Municipal de Bem Estar Social lan-çou a Coordenadoria da Mulher, com um investi-mento da União no valor deR$ 163 milhões.

Três das quatro Unida-des de Pronto Atendimento (UPA) construídas duran-te os governos Agostinho (desde 2009) foram fi nan-ciadas com verbas do Mi-nistério da Saúde, e têm par-te dos seus gastos custeados pela União.

Ainda na área da Saúde, o programa Mais Médicos, criado no ano passado, trou-xe 17 profi ssionais para o município (12 cubanos e 5 brasileiros). O progra-

ma ainda prevê a criação de 11.447 novas vagas de graduação em medicina em todo o país (em faculdades públicas e particulares).

O governo federal auxi-liou o governo municipal na construção de creches e no-vas escolas pré-primárias de tempo integral. De acordo com a secretária municipal de Educação, Vera Casério, ambos os governos preten-dem universalizar esses ser-viços na cidade.

A pasta também preten-de criar mais 14.000 vagas no Ensino Fundamental I no ano de 2015. Para isso, a administração municipal

vai utilizar o Fundo de Ma-nutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Va-lorização dos Profi ssionais da Educação (Fundeb) para a contratação de novos ser-vidores.

O município também foi um dos primeioros a receber o Programa Nacional de Acesso ao Serviço Técnico e Empre-go (Pronatec) e sua modalida-de aprendiz.

Bauru também conta com nove Pontos de Cultura fi nan-

ciados em parceria com a União, que também empre-endeu R$ 1,3 milhão para a construção do Ceu das Artes no bairro Bauru XXII (com previsão de entrega ainda em 2014).

“É indiscutível o avanço que houve nas ações do Mi-nistério da Cultura desde a gestão Lula, respeitando as regionalidades e a diversi-dade da nossa cultura”, afi r-ma o secretário municipal de Cultura, Elson Reis.

segui mais recursos porque me faltaram mãos para desenvolver

projetos para a cidade”, ponde-rou o peemedebista.

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ÁGUA

VIZINHA

Rio Batalha está com volume abaixo do normal e bairros têm fornecimento irregular

Carlos Octaviani tem direitos políticos suspensos por improbidade administrativa

Bauru está em sistema de rodízio desde outubro

Ex-prefeito de Agudos é condenado pela Justiça

O Rio Batalha, que fornece água para 80% da população bauruense distribuída em 158 bairros, registrou índices vo-lumétricos abaixo do normal no último mês. A profundidade regular de cerca de 2,60 metros baixou para um nível inferior a um metro de altura, fazendo

com que o fornecimento fosse interrompido em alguns bairros.

“Com esse nível, as bombas não conseguem captar a água. No caso, a solução seria o uso de caminhões pipas”, explicou o presidente do Departamento de Água e Esgoto (DAE), Gia-sone Cândia.

Com o maior volume de chu-vas em novembro, o nível do rio voltou a subir, mas ainda está abaixo do ideal. Para poupar o leito, a autarquia instituiu rodí-zio no fornecimento de água. A primeira etapa foi de 19 a 24 de setembro. A segunda está em vi-gor desde o dia 15 de outubro.

Crise hídrica reflete a falta de planejamento

Executivo quer multar munícipes por desperdício

De acordo com Giasone, a crise hídrica é consequên-cia de “políticas de mais de 15 anos atrás”. A multipli-cação de prédios e conjun-tos habitacionais não teve contrapartidas de inves-timento no setor. “Bauru apresentou um desenvol-

vimento imobiliário muito grande. Os empreendimentos aprovados não fizeram nada pela estação de tratamento de água”, analisa.

O esgotamento do rio não foi surpresa para Natasha La-mônica, arquiteta da Secreta-ria do Planejamento. “O Bata-

lha é um rio raso e alimentado pelas suas nascentes. Falta uma política mais efetiva de proteção às nascentes, que so-frem com ocupações irregula-res”, explica.

“O povo cria gado na nas-cente e utiliza automóveis. A nascente devia estar cercada e

mantida ao menos 30 metros de distância da intervenção das pessoas”, complementa, em referência aos loteamentos no bairro Águas Virtuosas.

A falta de setorização no fornecimento é outro proble-ma apontado pela arquiteta. “Em Bauru, foi se emendan-

do cano em cano”, aponta. Quando o serviço de abas-tecimento é setorizado, se ocorrer um problema em determinado setor, basta in-terromper o fornecimento na área problemática, não prejudicando o restante da cidade.

O prefeito Rodrigo Agosti-nho (PMDB) enviou à Câmara Municipal um projeto que auto-riza o DAE a fiscalizar e multar os munícipes pelo desperdício

de água. Em um primeiro momen-to, o morador seria notificado pela autarquia e, em caso de reincidên-cia, receberia multa de 50% sobre o valor da conta do mês.

O projeto foi rechaçado pe-los vereadores. Telma Gobbi (PMDB) considerou a medida incabível, pois o desperdício da população seria irrelevante dian-

te da perda de água registrada pelo DAE durante o processo de abastecimento – cerca de 40%.

O presidente da Câmara, Sandro Bussola (PT), considerou

a medida “uma afronta” à po-pulação. O líder da oposição, Arildo Lima Junior (PSDB), taxou o texto de “peça publi-citária”.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou a suspensão dos direitos polí-ticos do ex-prefeito de Agudos Carlos Octaviani (PMDB), o Carlão, pelos próximos três anos por improbidade admi-nistrativa. O Tribunal de Con-tas rejeitou o orçamento do

um prédio. Carlão alegou ao Brasil Atual que o edifício seria utilizado para abrigar a Secretaria de Educação. Ainda segundo o TJ, cerca de R$ 3 milhões deixaram de ser in-vestidos no setor.

O ex-prefeito também está impedido de receber incenti-

vos fiscais ou crédito em ban-cos públicos. Em uma eventual candidatura, ele ainda pode ser barrado pela Lei do Ficha Lim-pa. Porém, o político não foi condenado a ressarcir os co-fres públicos, porque a decisão considerou não ter havido pre-juízo financeiro ao município.

município em 2008, que não previu repasse mínimo para a área da educação, determina-do por lei.

Segundo o TJ, o prefeito teria contabilizado itens refe-rentes à educação na presta-ção de contas. Entre o que foi declarado, estaria a compra de D

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PERFIL

José Xaides, presidente do Conselho do Município, relembra sua militância e projetos sociaisParticipação popular é regra para professor da Unesp

Atuação nos últimos anos e a criação do Conselho

O professor José Xaides de Sampaio Alves, de 54 anos, nascido em Liberdade (MG), ilustra bem a colaboração que a universidade pública pode dar na formulação das políticas públicas de inclusão. Durante a graduação em arquitetura e urbanismo na Universidade de São Paulo (USP), ele já desen-volvia projetos de urbanização em favelas da capital paulista.

Em 1985, Xaides chegou a Bauru para compor o recém--criado curso de arquitetura da Universidade Estadual Paulista (Unesp), onde leciona até hoje. Nos primeiros anos bauruenses, o professor capitaneou projetos

O Plano Diretor Partici-pativo só foi regulamentado em Bauru no ano de 2008. Um dos mecanismos pre-vistos pela nova legislação era a criação de um conse-lho que pudesse discutir e deliberar acerca do plane-jamento municipal. Porém, o Poder Executivo adiou a

regulamentação do novo orga-nismo. “O poder público não só não regulamentou diversos instrumentos, como também não criou o Conselho de Pla-nejamento”, denuncia.

Apenas em 2012, após a Conferência do Município, o Conselho do Município foi ins-titucionalizado. “A promotoria

pública já havia começado a en-tender que a aprovação de nor-mas na Prefeitura sofria de um equívoco por não ter passado pelo debate popular”, aponta.

O Conselho é formado por 33 membros e outros 33 suplentes. Os conselheiros fazem parte das secretarias e autarquias municipais, da

sociedade civil e das univer-sidades. “Acabei sendo eleito presidente, talvez, pela mili-tância, pela pesquisa e pelos projetos de extensão”, diz.

No primeiro semestre, Xaides promoveu um curso de capacitação aos demais mem-bros do Conselho, explicando conceitos acadêmicos do pla-

nejamento urbano. Agora, ele dá mais um passo à fren-te e propõe a instauração de um fórum permanente de discussão do planejamen-to municipal, outro meca-nismo previsto no Plano Diretor Participativo que o Poder Executivo se furtou a criar.

de extensão voltados para a po-pulação de baixa renda.

Por esse trabalho, o então

prefeito Tidei de Lima (1993--1996) convidou o docente para assumir a Secretaria de

Planejamento, cargo que ocu-pou entre 1993 e 1995. Na-quela época, os instrumentos participativos ainda eram inci-pientes e a participação popu-lar na gestão da sua pasta era algo quase inédito no país.

“Nesse período, exercitamos muitas das ações que mais tar-de se tornaram leis federais do estatuto da cidade. O orçamento participativo teve grande ênfa-se na nossa gestão, mesmo não sendo obrigatório”, conta.

Contudo, as ideias de Xai-des encontraram resistência por mais de uma vez dentro da própria administração mu-nicipal. Projetos como o que

instituía o IPTU progressivo e regulamentava os processos de outorga onerosa (quando um empreendimento reserva uma área institucional para a Prefeitura) foram barrados pelo prefeito Tidei.

“Um grande sonho era a aprovação do Plano Diretor Participativo, um tanto mo-derno para a época. Mas o prefeito também não abraçou essa ideia. Foi por isso que eu me desvinculei da administra-ção. Só tinha sentido perma-necer se os processos de me-lhoria tivessem avanço. A vida pública pela vida pública não me interessava”, relembra.

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FUTEBOL

Com títulos na bagagem, único clube feminino de futebol amador é financiado pelas atletasGallatha Zaray dribla o preconceito e o machismo

Fundado em 2006, o Galla-tha Zaray é o único time de futebol amador feminino em Bauru (existem 54 masculi-nos, segundo a Prefeitura). A equipe, que é mantida com recursos das próprias atletas, viaja o interior de São Paulo disputando campeonatos e já acumula títulos, como a Liga Bauruense de Futebol Amador Feminino, em 2008.

Atualmente, o elenco do Gallatha Zaray possui 25 atle-tas, que percorrem a região disputando campeonatos. A mais jovem tem 13 anos. A ro-tina é puxada, com quatro trei-

nos por semana, divididos en-tre a quadra poliesportiva na Rua Nuno de Assis e o Campo Distrital Toninho Guerreiro, no bairro Mary Dota.

Porém, elas precisam dri-blar muitos fatores para o time existir. “A Prefeitura disponi-biliza o ônibus com o moto-rista para as viagens. Mas é preciso pagar a diária do mo-torista e outros custos, como os pedágios e a alimentação”, comenta Riciene Alexandre, a treinadora da equipe, que tam-bém é funcionária da Secreta-ria de Esportes.

O Gallatha Zaray também

lida com o preconceito na for-ma de machismo. Apesar das conquistas, a falta de apoio que a versão feminina do esporte mais popular do país enfrenta em Bauru se reflete na dificul-dade em conseguir patrocínios.

“No futebol feminino exis-te grande preconceito. Falta apoio, porque ninguém se in-teressa. Então, o custo é todo das atletas”, lembra Riciene.

A técnica também diz que a mentalidade de algumas fa-mílias é um empecilho: “Às vezes, os pais acabam tirando algumas atletas do time por conta do preconceito”.JE

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GENESIS ESPORTE

Fotógrafo revela natureza incomum em paraísos distantes Corrida de Rua é a novidadeMostra de Sebastião Salgado 78º Jogos Abertos

Toda a imensidão criati-va do trabalho do fotógrafo brasileiro mais conceituado em todo o mundo já pode ser conhecida de perto em Bauru.

A exposição Genesis, em cartaz no SESC Bauru até 15 de fevereiro de 2015, mostra um Sebastião Salgado focado em uma jornada de retratos de pontos do planeta Terra ainda distantes do contato com o modo de vida urbano.

São desertos, cordilheiras e geleiras habitados por ani-mais, plantas e, claro, pessoas plenamente integradas a essa natureza selvagem, que têm suas imagens registradas nes-sa aventura desenfreada pelo universo ilimitado da foto-grafia de Salgado.

Após um hiato de dois anos, Bauru volta a sediar os Jogos Abertos do Inte-rior. A 78ª edição da tradi-cional competição reunirá mais de 15 mil atletas, de 224 municípios do Estado, entre os dias 19 e 29 de no-vembro, que disputarão 25 modalidades esportivas di-ferentes, divididas em 1ª e 2ª divisões.

Além dos esportes tradi-cionais, um dos destaques da “Olimpíada Caipira” será a Corrida de Rua, disputada pela primeira vez na história dos Jogos. A prova terá espa-ço aberto para profissionais e amadores, que poderão esco-lher entre dois circuitos dife-rentes, sendo um de 10 km e

O que: Exposição Genesis: Sebastião SalgadoOnde: SESC Bauru – Avenida Aureliano Cardia, 6-71Vila CardiaQuando: De terça a sexta-feira, das 13h às 21h30e sábados e domingos, das 9h30 às 18h; até 15de fevereiro de 2015Entrada gratuita

Serviço

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o outro de 5 km.Esta é a quarta vez que

Bauru sediará os Jogos Abertos do Interior – as ou-tras foram em 1956, 1970 e 2012. A expectativa da de-legação bauruense é de ao menos superar o desempe-nho da competição realiza-da em 2012, quando a cida-de obteve apenas o 9º lugar na classificação geral.

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FOTO SÍNTESE – APRESENTAÇÃO DO RAPPER DEXTER

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

Solução

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL

BANCO 76

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CSAMURAIVIOLÃOLAND

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GOLOEMVIUAMAZONIA

INADMISSIVEL

Formado movi-mento da

cobra

Vigilância(?): inter-dita bares

Flagrante(?): evi-

dência deinfração

Adereçoque Dilmarecebeude Lula

O voto nocandidato inexistente

Fazerpassar porum filtro(o café)

Continentede origemdo ginseng

52, em algarismosromanos

Letra queidentificao sotaque

inglês

Empresaque publi-ca livros erevistas

O hemisfé-rio acima do equador

(abrev.)

(?) da A-griculturaFamiliar:

2014 (ONU)

Desloco(o móvel)

sem levan-tar do chão

Medida deterrenos

equivalen-te a 100 m2

"Interna-cional",em OIT

Impressocom infor-mações deremédios

Em con-sequência

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Brinquedoinfantil que

rodopia

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Imprimem movimentode rotação

a

ZackSnyder,cineastade "300"

Dom João (?): fundou

o Bancodo Brasil

Maiorbioma do

Brasil

Seguido-ras de um

artista

"(?) deElite",

filme comWagnerMoura

Dez, eminglês

Mastigaoutra vez

Silício(símbolo)

Capacidade identi-ficada no programa

decalouros

O erro,para o per-feccionista

O que "tra-va" quando

falaPonto, nofutebol

Curso popu-lar de con-servatóriosFantástico

Soldado que coletavaimpostos e servia ao

império, na épocafeudal do Japão

Peça dosóculosCidadegaúcha

Artemilitar

Pode serevitadocom a

redução dotempo no

banho

Carbono(símbolo)Vida, emfrancês

(?) de per-dição: lu-gar sórdido

(?) demarço, diada morte

de Júlio Cé-sar (Hist.)

Terra, em inglês

(?) dog, sanduíchecom salsicha

3/hot — ten — vie. 4/idos — land. 6/violão. 7/feérico. 12/inadmissível.

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Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais ehorizontais, nem nos quadrados menores (3x3).SUDOKU

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Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais ehorizontais, nem nos quadrados menores (3x3).

Solu

ção

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79 5 4 34 8 6 7

6 45 6

Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais ehorizontais, nem nos quadrados menores (3x3).

As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

VALE O QUE VIER

GIO

VA

NI

VIE

IRA

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

Solução

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BANCO 76

DSDFESTRATEGIA

ASIANULOIPLIIICX

SETEITTROPA

RNANOAREDITORAAREPIÃOIBRS

CSAMURAIVIOLÃOLAND

DDHASTEFEERICOTENGAGOANTROC

GOLOEMVIUAMAZONIA

INADMISSIVEL

Formado movi-mento da

cobra

Vigilância(?): inter-dita bares

Flagrante(?): evi-

dência deinfração

Adereçoque Dilmarecebeude Lula

O voto nocandidato inexistente

Fazerpassar porum filtro(o café)

Continentede origemdo ginseng

52, em algarismosromanos

Letra queidentificao sotaque

inglês

Empresaque publi-ca livros erevistas

O hemisfé-rio acima do equador

(abrev.)

(?) da A-griculturaFamiliar:

2014 (ONU)

Desloco(o móvel)

sem levan-tar do chão

Medida deterrenos

equivalen-te a 100 m2

"Interna-cional",em OIT

Impressocom infor-mações deremédios

Em con-sequência

de

Brinquedoinfantil que

rodopia

Parte dapsique

(Psican.)

Imprimem movimentode rotação

a

ZackSnyder,cineastade "300"

Dom João (?): fundou

o Bancodo Brasil

Maiorbioma do

Brasil

Seguido-ras de um

artista

"(?) deElite",

filme comWagnerMoura

Dez, eminglês

Mastigaoutra vez

Silício(símbolo)

Capacidade identi-ficada no programa

decalouros

O erro,para o per-feccionista

O que "tra-va" quando

falaPonto, nofutebol

Curso popu-lar de con-servatóriosFantástico

Soldado que coletavaimpostos e servia ao

império, na épocafeudal do Japão

Peça dosóculosCidadegaúcha

Artemilitar

Pode serevitadocom a

redução dotempo no

banho

Carbono(símbolo)Vida, emfrancês

(?) de per-dição: lu-gar sórdido

(?) demarço, diada morte

de Júlio Cé-sar (Hist.)

Terra, em inglês

(?) dog, sanduíchecom salsicha

3/hot — ten — vie. 4/idos — land. 6/violão. 7/feérico. 12/inadmissível.

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