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Uma breve retrospectiva acerca dos entraves para a distribuição de renda no Brasil. Brasil em Dados

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Uma breve retrospectiva acerca dos entraves para a distribuição de renda

no Brasil.

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Uma breve retrospectiva acerca dos entraves para a distribuição de renda

no Brasil.

A questão do desenvolvimento social e econômico é um dos temas sobre o qual a economia e ciências sociais se debruçarão eternamente, pequisando e

investigando alternativas para viabilizá-lo de modo que se possa mensurar positivamente os resultados de sua implementação. Concebe-se que um primeiro passo no sentido de introduzir uma discussão sobre tal assunto seria abordando a temática da distribuição de renda.

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Uma breve retrospectiva acerca dos entraves para a distribuição de renda

no Brasil.

A exemplo dos demais países latino americanos, o Brasil é caracterizado por ser um dos países com maior

desigualdade social e econômica do mundo. Existem diferentes versões a respeito das causas desta

desigualdade, porém creio ser necessário fundamentar qualquer explicação sobre o fenômeno da formação e

evolução econômico-social brasileira considerando aspectos político-culturais remanescentes do período colonial e do próprio colonizador, no caso Portugal, a

exemplo da excessiva concentração da posse de terra, e em especial, a centralização da renda na economia

açucareira.

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Uma breve retrospectiva acerca dos entraves para a distribuição de renda

no Brasil.

No livro "Um Projeto para o Brasil" de 1968, Ceslo Furtado aponta como o modelo de centralização de renda no país cria um determinado perfil de demanda que consiste em poucos consumidores com potencial para consumirem

uma relativa diversidade de bens (em sua maioria duráveis), dificultando que a indústria aumente sua

capacidade produtiva tendo em vista o restrito mercado consumidor para os seus produtos, limitando também o aproveitamento dos benefícios de economias de escala.

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Uma breve retrospectiva acerca dos entraves para a distribuição de renda

no Brasil.

Dados do censo demográfico de 1960 dão conta de que os 1% mais ricos e os 50% mais pobres detinham parcelas

idênticas da renda nacional: 18%,6. Estes mesmos dados ilustram que os 10% mais ricos detinham cerca de 41,3% da renda nacional. Já em 1999, pode-se constatar através

de dados fornecidos pelo PNAD que os 1% mais ricos detém a fatia de 13,3% da renda nacional, os 50% mais

pobres detém 12,3% e os 10% mais ricos possuem 47,4% deste total.

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Uma breve retrospectiva acerca dos entraves para a distribuição de renda

no Brasil.

Trabalhos de diversos autores a exemplo de Fishlow, Hoffmann & Duarte, Delfim Neto, entre outros,

lançaram evidências incontestáveis a respeito do agravamento da desigualdade no período

compreendido entre 1960 e 1970, contribuindo para consensualizar tal constatação, constituindo-a também

como uma das principais críticas à política sócio-econômica adotada pelo governo militar.

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no Brasil.

Conforme indicam dados do PNAD, durante o último ano do Governo Sarney em 1989 a inflação desenfreada fez com que a desigualdade atingisse o seu ápice no Brasil, tornando-o o

país com maior desigualdade na distribuição de renda no mundo naquele ano. É sabido o efeito devastador da inflação sobre o aumento da desigualdade de distribuição de renda em uma economia, decorrente dos equívocos nas declarações de rendas e dificuldade da camada mais pobre da população de resguardar os seus rendimentos da defasagem imposta pela

erosão inflacionária.

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Uma breve retrospectiva acerca dos entraves para a distribuição de renda no Brasil.

Pode-se perceber que em diferentes períodos da  política econômica brasileira, o tema da distribuição de renda sempre teve empecilhos para ser conduzido de forma a extender os

seus efeitos para a maioria da população, seja por questões de ordem de apoio político, popularidade para implementar as mudanças necessárias ou mesmo interesses de pequenos

grupos e vontade política.

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Uma breve retrospectiva acerca dos entraves para a distribuição de renda no Brasil.

Não deixando de reconhecer que uma efetiva distribuição de renda depende de um ajuste fino entre diversas políticas econômicas como política cambial,

política fiscal, reforma agrária, assim como o aumento do salário mínimo; simpatizo com a hipótese de que investimentos sólidos em educação (ou ao menos os 10% do PIB previstos na constituição) deve ser uma

das principais metas a serem perseguidas, desencadeando no aumento na escolaridade da

população e posicionando o país estrategicamente como um pólo desenvolvedor de tecnologias de ponta,

em oposição a atual situação de mero consumidor.