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Plástico reciclado, vidas renovadas – Para a construção de um mundo sustentável –

braskem

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Plástico reciclado, vidas renovadas – Para a construção de um mundo sustentável –

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Em agosto de 2012, a Braskem celebrou 10

anos de uma trajetória vitoriosa, sempre basea-

da em princípios do desenvolvimento sustentá-

vel. A organização nasceu da integração de

seis empresas no setor químico e petro-

químico e cresceu com aquisições

feitas inicialmente no Brasil e,

a partir de 2010, também

nos Estados Unidos e

na Alemanha, a fim

de contemplar a es-

tratégia de internaciona-

lização da empresa.

Tamanha expansão é re-

sultado do investimento em inova-

ção e tecnologia e da capacidade em

atender ao mercado interno e conquistar

espaços no cenário mundial. Ao final de sua

primeira década, a Braskem se posiciona como a

maior produtora de resinas termoplásticas nas Améri-

cas, a maior produtora mundial de biopolímeros, com

o polietileno verde, e a maior produtora de polipropi-

leno nos Estados Unidos.

A Braskem é uma empresa 100% brasileira,

tendo a Odebrecht e a Petrobras como suas contro-

ladoras.

Perfil

Integrantes: 7,6 mil

Unidades produtivas no Brasil: 28, distribuídas nos estados de Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo

Unidades produtivas na Alemanha e nos Estados Unidos: 7

Inovação e Tecnologia: 2 unidades do Centro de Inovação & Tecnologia, uma em Triunfo (RS), no Brasil, e outra em Pittsburgh (PA), nos Estados Unidos

Clientes: em mais de 60 países dos cinco continentes

Produtos: resinas termoplásticas polietileno (PE), polipropileno (PP), policloreto de vinila (PVC) e insumos químicos básicos – como eteno, propeno, butadieno, cloro, soda e solventes –, além de produtos com origem em matéria-prima renovável, como eteno e polietileno verdes

Apresentação

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Plástico moído para reciclagem

O compromisso da Braskem com o Desenvolvimento

Sustentável está presente em todas as ações e iniciativas de-

terminadas a partir da visão empresarial e do planejamento

estratégico da organização até 2020. A Visão Empresarial

da Braskem é “ser a líder mundial da química sustentável,

inovando para melhor servir às pessoas”.

O Programa de Reestruturação e Capa-

citação em Centros de Reciclagem foi cria-

do pela parceria da Braskem, Funda-

ção Vonpar e Secretaria Estadual

da Justiça e do Desenvolvimen-

to Social/RS, com apoio

do Centro de Educação

Popular CAMP (Centro

de Assessoria Multiprofissio-

nal) e do Instituto Federal de Edu-

cação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-

-grandense (IFSul). Desde 2009, o projeto

promove a inclusão social dos recicladores e a

preservação do meio ambiente através da transfe-

rência de tecnologia, do investimento em equipamen-

tos e nas instalações das unidades de triagem e na capa-

citação dos integrantes das associações ou das cooperativas.

O projeto foi desenvolvido com o suporte técnico dos

professores Alessandro Luiz Alves Soares, coordenador do

CAMP, e Assis Francisco de Castilhos, autor da tese de douto-

rado em Engenharia Química, “Aplicação da Transesterifica-

ção do PET como um Método de Separação e Revalorização

da Mistura de Resíduos PET/PVC Pós-Consumo”.

Cenário

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Linha de reciclagem reúne os cooperados

A tarefa de catar e triar resíduos sólidos tem sido

realizada por pessoas residentes na zona urbana, em

situação de vulnerabilidade social e, portanto, com ca-

rências nas mais diferentes áreas, como habitação, saú-

de, educação e cultura. Além disso, em decorrência da

própria pobreza econômica e do baixo nível de escola-

ridade, o tempo de permanência desses trabalhadores

nas unidades de triagem costumava ser curto, porque

muitos abandonavam a tarefa diante da possibilidade

de conseguir empregos temporários na indústria, na

construção civil ou como empregados domésticos.

Por isso, em um primeiro momento, o Progra-

ma de Reestruturação e Capacitação em Centros de

Reciclagem precisava conquistar a confiança desses

trabalhadores a partir da possibilidade de aumento

da renda familiar. E assim foi feito. A fidelização se

deu diante dos ganhos, não somente econômicos,

mas também de educação.

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Análise de Potencialidades, Fragilidades, Oportunidades e AmeaçasFragilidades

Integrantes das associações ou das coope-rativas que atuam nos centros de reciclagem vivem em situação de vulnerabilidade socialBaixo nível de escolaridadeAlta rotatividadeLideranças frágeisAusência do poder público

PotencialidadesConsolidar as cooperativas e as unidades de benefi ciamento do resíduo plástico e o grupo de trabalhoA construção de uma sociedade sustentávelO desenvolvimento da Cultura da ReciclagemA possibilidade (e a necessidade) de dar me-lhor destino ao plástico, reduzindo o “lixo” plás-tico dos aterros100 toneladas de plástico reciclado evita a ex-tração de 1 tonelada de petróleo

OportunidadesCrescimento do mercado de resíduos sólidos na Região Metropolitana de Porto AlegreCentros de reciclagem existentes em comuni-dades próximas de unidades da BraskemPrograma de Reestruturação e Capacitação em Centros de Reciclagem criado pela Secre-taria Estadual da Justiça e do Desenvolvimen-to Social/RSEvolução em iniciativas de trabalho em rede entre duas ou mais cooperativas a partir do Fórum dos Recicladores do Vale dos SinosAplicação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

AmeaçasA concorrência do mercado de trabalho tempo-rário que atrai os associados e os cooperados, interrompendo o processo de capacitaçãoO aquecimento do mercado de trabalho que oferece novas vagas, levando o cooperado a procurar novas oportunidadesCatadores desorganizados concorrem pelos materiais de melhor qualidade, reduzindo o valor total dos resíduos sólidos benefi ciados e diminuindo a receita das cooperativas e as-sociaçõesMunicípios sem uma política e/ou uma atuação consistente de apoio a unidades de triagemCidadão pouco atuante na cadeia da reci-clagem

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Objetivo

Galpão na unidade em Nova Santa Rita antes do início do programa

A Braskem desenvolve o Programa de Rees-

truturação e Capacitação em Centros de Recicla-

gem com o objetivo de impulsionar a mudança

de patamar nas atividades econômicas realiza-

das nas unidades de triagem e, assim, pro-

mover a inclusão social sustentável. Os

trabalhadores beneficiados pela no-

va estrutura ganham condições

de valorizar e dar continui-

dade à cadeia de recicla-

gem, beneficiando to-

da a sociedade.

Todo o proje-

to é implantado

e desenvolvido até

que os cooperados ou

associados tenham plenas

condições de dar continuidade

às atividades de forma autônoma.

O prazo de implantação do

programa, portanto, é determinado pelo

seu próprio andamento, porque depende das

características e da realidade de cada uma das

associações e cooperativas e também do relaciona-

mento com as respectivas Prefeituras Municipais na

adesão a estes projetos.

Foto Arquivo / SMAMA - Nova Santa Rita

Centro de Reciclagem em Campo Bom após os investimentos

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Estratégias

O Programa de Reestruturação e Capacitação

em Centros de Reciclagem está contemplado na Visão

2020 da Braskem está baseado em dois eixos da Políti-

ca de Sustentabilidade da organização:

- Desenvolvimento Social, que, em relação

às populações das comunidades onde a empresa atua,

determina o apoio às cadeias produtivas locais, permi-

tindo que o trabalho seja o impulsionador do desenvol-

vimento pessoal e profissional e do processo de inclu-

são social.

- Responsabilidade Ambiental, que determi-

na, entre outros compromissos, o aporte de tecnologias

e soluções para promover a preservação do ambiente.

Além disso, o Programa de Reestruturação

e Capacitação em Centros de Reciclagem no Rio

Grande do Sul contempla uma das preocupações da

Braskem com o pós-consumo dos materiais plásticos.

Tanto que iniciativas para a inclusão social de catado-

res de material reciclável são também apoiadas em

Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo, estados

onde a organização está presente. Todos esses proje-

tos promovem a melhoria na infraestrutura das associa-

ções ou das cooperativas de reciclagem, a capacitação

profissional, o planejamento e a gestão e, em conse-

quência, o aumento na renda familiar. A Braskem bus-

ca atuar em um número menor de entidades, mas de

forma a provocar um resultado mais perene. Em 2011,

por exemplo, nos cinco estados, assistiu a 15 coopera-

tivas, beneficiando diretamente 655 pessoas.

A Braskem tem o compromisso de colaborar e

apoiar projetos que aumentem a reciclagem de plásti-

cos pós-consumo. A meta é contribuir para que o Bra-

sil alcance índices semelhantes aos de países desen-

volvidos, que estão em torno de 35%.

Parte de aglutinação de plásticos flexíveis

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Plano de Ação e Ferramentas

O Programa de Reestruturação e Capacitação em

Centros de Reciclagem no Rio Grande do Sul, desenvol-

vido pela Braskem em parceria com a Fundação Vonpar

e a Secretaria Estadual da Justiça e do Desenvolvimen-

to Social/RS, com apoio do CAMP e do IFSul, partiu de

diagnóstico realizado em 37 galpões de triagens de resí-

duos sólidos. A partir desta avaliação, foram selecionadas

as unidades com potencial para receber o projeto. Tal se-

leção foi feita após uma criteriosa análise com base em

quatro itens:

1º - Compromisso do Poder Público

2º - Infraestrutura

3º - SSMA (Saúde, Segurança e Meio Ambiente)

4º - Potencial dos trabalhadores para capacitação

técnica e de gestão

O Programa é desenvolvido paralelamente em

três segmentos:

Tecnologia – que define, a partir da estrutura exis-

tente, a compra dos equipamentos e as melhorias a serem

realizadas no local. A aquisição desse maquinário é feita

em conjunto com os associados e cooperados, a partir de

encontros e de estudos.

Capacitação técnica – os trabalhadores são trei-

nados para manejar de forma adequada e eficiente os

equipamentos.

Capacitação em gestão – cursos e treinamentos

são realizados a fim de preparar os associados e coope-

rados para gerenciar a entidade, com elaboração e análi-

se de planilhas como controle do trabalho realizado e pa-

ra comercialização do produto.

As melhorias desses centros, portanto, permitem

que o plástico passe pelo processo de moagem, lavagem

e secagem, agregando valor ao resíduo que é vendido

como matéria-prima no mercado. Se antes, os catado-

res vendiam o plástico oriundo da coleta seletiva a um de-

terminado preço, agora, os recicladores vendem o plás-

tico reciclado por um preço bem mais alto. Estes valores

variam de acordo com os mercados com os quais as co-

munidades se relacionam. Por exemplo, em Campo Bom,

uma tonelada de filme colorido “in natura” é vendida a

R$ 250. Depois da primeira etapa do beneficiamento, o

valor sobe para R$ 1.750. Após a última etapa de extru-

são, o preço da tonelada chega a R$ 2.400. O ganho,

portanto, é de 10 vezes mais.

O programa foi implantado em cinco unidades de

triagem. Em Campo Bom, Dois Irmãos, Nova Hartz e No-

va Santa Rita, os resultados já alcançados comprovam o

sucesso do trabalho. No entanto, a experiência realizada

a partir de um consórcio formado com quatro unidades

em Canoas e uma em Esteio não foi satisfatória, tanto que

o equipamento já comprado, uma aglutinadora, está sen-

do instalado em Guajuviras para dar reinício ao projeto.

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O município de Campo Bom qua-

druplicará o beneficiamento de plásticos du-

rante 2012, passando de 5 toneladas/mês para

29 toneladas/mês. O crescimento tem a marca do

empreendedorismo da Cooperativa de Reciclagem

Coolabore, que, em fevereiro, inaugurou a nova li-

nha de beneficiamento de polietileno e polipropile-

no. Com investimento de R$ 232 mil por parte da

Braskem, os novos equipamentos permitem o bene-

ficiamento também de plásticos rígidos e não só fle-

xíveis, como ocorria.

Campo Bom - Empreendedorismo na reciclagem

“Para nós não existe o não dá para fazer. A gente vê o que o cliente precisa e vai atrás da qualificação. Antes, só ouvíamos falar em agregar valor ao produto. Hoje sabemos a diferença e continuamos trabalhando para aumentar a qualidade e a sustentabilidade do nosso produto.”Geraldo Simmi, coordenador da Cooperativa de Reciclagem Coolabore

Armazenamento na Coolabore

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O projeto da Braskem incluiu treinamento

operacional para aumentar a produtividade com

a nova linha de produção (composta por equipa-

mentos como moinhos, agitador para lavagem, se-

cadores, gaiola de estoque e aglutinador) e ca-

pacitação em gestão de processo. A Braskem,

juntamente com o CAMP, continua moni-

torando o projeto tecnológico e as me-

lhorias em gestão até o final de

2012.

O efeito na geração

de renda foi imediato

para os 37 coopera-

dos. Com faturamen-

to mensal de cerca de

R$ 70 mil, as sobras financei-

ras da Coolabore elevaram a ren-

da mensal de R$ 1.200, em junho,

para R$ 1.500, em julho, complementa-

da com vales alimentação e transporte.

A capacitação em gestão ampliou a vi-

são empreendedora do grupo e levou a um novo

relacionamento com os clientes. Hoje, são mantidos

estoques para atender às necessidades do merca-

do, independente da coleta diária. Ainda assim, a

Coolabore tem coleta seletiva própria para receber

material direto dos catadores. A agilidade é garan-

tida com as filiais no centro de Campo Bom e em

Novo Hamburgo (Centro e Roselândia).

“Aprendo muito aqui e tenho certeza de que a minha renda corresponde ao meu trabalho na Coolabore.”Andrei Luís de Oliveira, de 20 anos e um dos mais jovens cooperados da Coolabore

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Reconhecida como modelo em reciclagem

de resíduos, a Cooperativa de Recicladores de Dois Ir-

mãos, exporta conhecimento. Ao mesmo tempo, pre-

para-se para ampliar a produção e, como consequên-

cia, a renda dos cooperados. Entre os 37 cooperados,

vários são destacados para prestar treinamento e mos-

trar que o sonho de crescimento é possível em outros

centros de triagem do Rio Grande do Sul e de outros

Estados brasileiros.

Dois Irmãos – Exemplo para outros Estados

“A gente aprendeu nos cursos de gestão que produtividade e qualidade geram renda mais alta. Em casa, isso significa conforto e educação para a família. As escolas trazem seus alunos para que eles conheçam o nosso trabalho. Nós explicamos a cadeia de reciclagem do plástico e eles passam a ter mais responsabilidade no descarte dos resíduos.”Sandra Mallmann (de preto), recicladora em Dois Irmãos

Parte da equipe dos recicladores em Dois Irmãos

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O investimento de R$ 99

mil feito pela Braskem, no se-

gundo semestre de 2011, possi-

bilitou a compra de novos equi-

pamentos e alavancará melhores

condições de trabalho qualifica-

do. Os cooperados tiveram for-

te participação na escolha do

maquinário (moinho, secadora

centrífuga, plataforma e arraste

arranha), que permitirá au-

mentar a produtividade e

as vendas no mercado

de beneficiamento de

plásticos. Estes equipamen-

tos estão sendo adicionados à

linha existente. O produto final fi-

cou menos sujo e mais seco, aumen-

tando consideravelmente o valor agregado

de venda. A nova tecnologia inclui a transfor-

mação até mesmo de isopor, resíduo raramente re-

ciclado no Estado.

Hoje, o faturamento da cooperativa chega a

R$ 59 mil/mês, com a geração de aproximadamen-

te 115 toneladas de resíduos/mês. A renda média

mensal de cada cooperado alcança de R$ 1.500 a

R$ 1.600. No primeiro semestre de 2011, o valor es-

tava no patamar de R$ 1 mil por pessoa.

“No ano que vem, vamos conseguir construir a casa própria. A renda é suficiente para o financiamento da Caixa Econômica.”Elisabete Proença Martins, recicladora em Dois Irmãos, à direita na foto

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O modelo de transferência de tecnologia so-

cial implantado na Cooperativa de Recicladores Nas-

cente do Vale, em Nova Hartz, entre 2010 e 2011,

propiciou novos projetos de crescimento. O sonho de

uma vida melhor dos cooperados está se transfor-

mando em realidade com a ampliação da uni-

dade de tratamento. Os próximos passos in-

cluem a construção de um novo galpão

e a instalação de novos equipamen-

tos, entre os quais, um moinho e

uma extrusora.

Nova Hartz – Renda triplicada em três anos

“Hoje estamos andando sozinhos e sonhando alto.” Sinécio Finger, reciclador e tesoureiro em Nova Hartz

A melhoria das instalações faz parte do programa apoiado pela Braskem

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O investimento feito pela Braskem, no valor

de R$ 127 mil, permitiu o processo de beneficiamen-

to completo dos resíduos sólidos urbanos. Hoje, a Coo-

pervale, com 20 associados, detém a cadeia produtiva

completa, iniciada com a coleta do lixo do município,

de 18 mil habitantes, e finaliza com a venda total dos

poliolefínicos para indústrias de Farroupilha, São Leo-

poldo e Estância Velha.

Em 2008, foi feita a primeira ampliação da

área da unidade de tratamento com a aquisição de

mais uma esteira para triagem. Ainda assim, o mate-

rial era comercializado apenas enfardado, com baixo

valor agregado. O modelo implantando e acompa-

nhado pela Braskem durante quase dois anos incluiu

a avaliação do espaço físico, a implantação, a escolha

da tecnologia e a aquisição de equipamentos, além do

acompanhamento do processo produtivo. Além da ca-

pacitação técnica, a equipe recebeu treinamento para

vendas, reavaliando, inclusive à reestruturação organi-

zacional da Cooperativa. Hoje, todos participam das

decisões e reconhecem que o uso de equipamentos de

segurança (luvas, máscaras, protetores auriculares, bo-

tas) são indispensáveis para as suas atividades.

O resultado foi o aumento da produtividade e

da qualidade com a crescente venda dos produtos be-

neficiados. Em agosto de 2012, o faturamento foi de

R$ 30 mil, propiciando uma renda média de R$ 1.200

por associado, o dobro de três anos atrás. Nesta épo-

ca, o processo incluía a quebra, a lavagem, a moagem,

a secagem e aglutinação dos plásticos. Ainda assim,

era antiquado e de baixa produtividade, com a divisão

por associado não ultrapassando R$ 600 por mês.

Renda mensal dos cooperados aumentou para R$ 1.200

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Inaugurados em janeiro de 2012, os dois novos

galpões de reciclagem da Associação dos Trabalhado-

res e Prestadores de Serviços, Catadores e Reciclagem

de Nova Santa Rita, no bairro Caju, são apenas as par-

tes mais visíveis da incansável história dos trabalhado-

res da entidade. A equipe de 11 recicladores passou de

um centro de triagem improvisado sob uma lona preta

para o galpão de 300 metros quadrados, além de ba-

nheiros e refeitório com cozinha própria.

Os resultados práticos foram rápidos e anima-

dores e deixam a perspectiva de outras ações de me-

lhorias. A renda média de cada trabalhador pulou de

R$ 200, em maio, para R$ 600, em setembro de 2012,

com a reciclagem (triagem e prensagem) de 16 tonela-

das/mês de resíduos. O próximo passo é a instalação

da máquina de moagem. Com a venda de produtos

moídos, o preço por quilo deverá subir de R$ 0,30 pa-

ra R$ 1,30.

As oficinas e os encontros de capacitação já

permitem que o grupo comece a refletir sobre gestão

administrativa e segurança do trabalho. Seguindo o

exemplo de outras associações de recicladores, que se

transformaram em cooperativas, a de Nova Santa Rita

poderá trilhar o mesmo caminho. Entre os aspectos po-

sitivos na mudança de razão social, estão a contribui-

ção individual para o INSS e a emissão de notas fiscais.

A Braskem, como parceira tradicional da comu-

nidade de Nova Santa Rita em projetos socioambien-

Nova Santa Rita – Futuro construído

Equipe de associados ganhou galpão para desenvolver seu trabalho

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tais, foi procurada pela Secretaria Municipal do Meio

Ambiente para viabilizar o projeto social Recicladores.

A construção dos novos galpões ocorreu paralelamente

à mobilização da Prefeitura e da Associação da Indús-

tria e Comércio local para instituir a coleta seletiva nas

empresas, ainda em março de 2011. Sete meses depois,

iniciou-se a coleta seletiva também nas residências. Fo-

ram passos decisivos na criação de um destino susten-

tável para os resíduos e na qualificação dos processos

de seleção de materiais, levando a uma melhor quali-

dade de vida dos trabalhadores da unidade de recicla-

gem. O processo envolveu também a Unilasalle, por

meio do Tecnosocial/Incubadora de Empreendimentos

Solidários, responsável pela capacitação do grupo, e o

CAMP.

O investimento da Braskem de R$ 220 mil foi

utilizado na construção do galpão com estrutura de

concreto e telhas de aço e na transferência para o local

de um galpão de madeira, além de cursos de capacita-

ção da equipe. Os bons resultados alcançados deverão

levar a ampliar os investimentos da empresa com a Pre-

feitura.

Os dois galpões foram construídos com investimentos da Braskem

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Vida e alma da associação, Gabriel Garcia, aos 63 anos, continua incansável na luta pela sustentabilidade do meio ambiente. Líder da Associação dos Trabalha-dores e Prestadores de Serviços, Catadores e Recicla-

gem de Nova Santa Rita, participa de todas as tare-fas, das oficinas de capacitação ao recolhimento

de resíduos nas ruas de Nova Santa Rita.

“Para manter meus filhos comigo, come-cei a coletar de bicicleta o lixo seco

nas ruas da cidade”, lembra o pai dos gêmeos Marcelo e

Maurício, de nove anos, que estudam em horá-rio integral. A bicicleta

foi trocada por uma car-roça, a coleta aumentou e

os amigos começaram a ver a atividade com bons olhos. “A buro-

cracia para criar a Associação foi tanta que a maioria perdeu a esperança e saiu”,

conta Gabriel.

Quase 10 anos depois, a Associação funciona em um terreno doado pela Prefeitura, recebe resíduos de 26 empresas e faz a coleta seletiva semanal em três bairros. Gabriel planeja avançar mais alguns passos na cadeia de reciclagem de plástico, o que permitirá a venda de produtos com maior valor agregado. “Já aprendi que te-mos comprador. Basta termos produção de qualidade. Qualidade para nós significa melhorar a separação e a moagem dos resíduos”, ensina Gabriel.

Uma vida sustentável

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Aplicação de Recursos

Desde 2009, a Braskem já investiu quase

R$ 700 mil no programa de reestruturação e capaci-

tação de quatro centros de reciclagem no Rio Gran-

de do Sul.

“Alguns produtos triplicaram de preço com a instalação da tecnologia. Toda a nossa produção tem mercado garantido.”Roberto Araújo da Silva, um dos coordenadores da Cooperativa de Recicladores de Dois Irmãos, lembrando que já esteve em Assis, no interior de São Paulo, a fi m de falar sobre o mercado de benefi ciamento de plásticos

Investimentos realizados

Centros de Reciclagem InvestimentosCampo Bom R$ 232 milDois Irmãos R$ 99.200,00Nova Hartz R$ 127 milNova Santa Rita R$ 220 mil

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Dentro do objetivo da Braskem de impulsionar

o desenvolvimento sustentável na cadeia da reciclagem

do plástico e de promover a inclusão social nas comu-

nidades próximas, os resultados já alcançados pelo

Programa de Reestruturação e Capacitação em

Centros de Reciclagem são significativos. Im-

portante destacar que tais re-

sultados aparecem tanto no

cenário econômico como no

da Educação.

Nos quatro cen-

tros de reciclagem, o

Programa benefi-

cia 105 associados

e cooperados, dire-

tamente. No total, englo-

bando os beneficiários indire-

tos, o projeto atinge mais de

400 pessoas.

Atualmente, a renda

mensal dos recicladores nos centros onde a

cadeia de reciclagem já está totalmente implanta-

da varia de R$ 600 a R$ 1.600.

Em Campo Bom, o beneficiamento do plástico

quadriplicou em um ano, passando de 5 toneladas/

mês para 29 toneladas/mês, aumentando a produtivi-

dade.

O processo de triar, moer, lavar e secar o plásti-

co faz com que o produto tenha maior valor agregado.

Resultados

Centros de Número de Volume Renda média HorasReciclagem associados material mensal do de e cooperados processado reciclador treinamemto*

Dois Irmãos 37 115 t/mês De R$ 1.500 72 horas a R$ 1.600

Campo Bom 37 50 t/mês R$ 1.500 144 horas

Nova Hartz 20 33 t/mês R$ 1.200 80 horas

Nova Santa Rita 11 16 t/mês R$ 600 220 horas

(*) carga horária total de formação e acompanhamento

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Outros resultados, não mensuráveis, também

são observados no Programa de Reestruturação e

Capacitação em Centros de Reciclagem:

Redução da rotatividade de pessoal a partir do au-mento da renda e da melhoria do sistema de ges-

tão das cooperativas, o que gera sentimento de orgulho de ser trabalhador da reciclagem e

de contribuir para o meio ambiente.

Aprendizagem de trabalho em equipe, estabelecendo rela-

ções formais na produção e comercialização.

Capacitação na área de gestão leva ao uso de

instrumentos importantes, co-mo planilhas de controle, livro cai-

xa, livro ponto e fichas cadastrais dos associados.

Cuidados com o ambiente de trabalho, incluin-do aspectos de saúde e de segurança.

Demanda junto ao poder público e à sociedade para realização de coleta seletiva de qualidade, garantindo matéria-prima nos centros de reciclagem.

O ambiente de trabalho organizado e produtivo aumenta a autoestima dos recicladores.

Educação ambiental, buscando maior sustentabilida-de e levando para as famílias e comunidade o apren-dizado conquistado nos Centros de Reciclagem.

“Trabalho de olho nos resultados. Acabou o tempo em que só fazíamos força e não víamos a renda aumentar. Hoje, o nosso produto tem valor agregado. Lá em casa, até o meu filho já sabe o que significa trabalhar com qualidade e com responsabilidade pelo meio ambiente.”Hildo Weide, cooperado da Coolabore, de Campo Bom

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Coordenação: Relações Institucionais Braskem - RS Edição de conteúdo: Formatexto Jornalistas Associados

Design gráfi co: Carolina Porto RuwerFotos: Tempo Real / Mathias Kraemer