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Breake - Paraty

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Trabalho escolar

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Turma 93:

Celina Pilotto Rodrigues Alves – n° 9

Guilherme H. A. de Oliveira – n° 15

Luís Guilherme Lichtenfels de Moura – n° 27

Pedro José Florentino Espíndola – n° 31

Rafaela Cicotosti Castilho Garcia – n° 32

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Carta ao leitor Praia, maçonaria, simetria, história, transformações, fiorde tropical,

energia nuclear e muita diversão em uma só região.

Nesta edição especial de “Breake – Paraty” você poderá descobrir tudo

sobre a incrível região de Paraty, como e por que a história dessa cidade

virou tão importante, sobre o único fiorde tropical existente, suas

transformações e muito mais. Além disso, essa viagem a Paraty foi, para

os alunos do 9° ano o fim do ciclo do Ensino Fundamental e o início de

outro, o Ensino Médio.

Esperamos que vocês tenham muito prazer ao ler e que possam aprender

muito com essa revista.

Boa leitura!

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Por dentro: Saco do Mamanguá O Saco do Mamanguá fica no estado do Rio de Janeiro. Para

se chegar lá, é preciso ir até Paraty Mirim e tomar baleiras,

que são pequenos barcos. A população de lá é simples,

simpática e acolhedora. Na praia onde moram não chega

energia elétrica, então, para a iluminação, são usadas velas e

lampiões. Trabalham com pesca, artesanato, e por causa da

escassez de peixes em certas épocas do ano, também

trabalham com turismo.

A natureza do lugar é bem preservada, o mar é bem limpo e

azul. Também tem o costão rochoso que são rochas

vulcânicas que foram formadas quando os continentes foram

separados. Esses costões tem uma enorme biodiversidade de

vida como ostras, cracas, corais e outros. É um lugar lindo,

com temperatura agradável. É um ótimo lugar para passear e

relaxar.

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Dentro de um fiorde

Cláudio Ramos, 35 anos, vive em um lindo lugar chamado de Saco do

Mamanguá, um fiorde tropical localizado no estado do Rio de Janeiro, e trabalha como

um artesão e com turismo, que é de onde tira boa parte de sua renda. Como nunca foi

par a escola, tudo o que aprendeu foi com os pais. Católico, solteiro e sem filhos, esse

caiçara nos conta como é sua vida no local, suas dificuldades entre outras coisas.

Breake Paraty: como sobrevive

economicamente? Sua profissão está

relacionada direta ou indiretamente

ao turismo?

Cláudio Ramos: meus irmãos e eu

sempre aprendemos a tirar nosso

sustento da pesca, artesanato ou

consertando redes. Mas como a pesca

tornou-se mais escassa, tivemos que

nos direcionar para o turismo. Eu sou

responsável por fazer as canoas que

usamos para pescar, e com a madeira

restante, faço barquinhos para vender,

principalmente para os turistas que

vêm visitar o Saco do Mamanguá.

BP: quais as principais dificuldades

vividas pela população local?

CR: nós sofremos bastante com a falta

de energia elétrica, por isso usamos

esses lampiões. Outra dificuldade

também é que a pesca está cada vez

mais difícil porque tem cada vez menos

peixe.

BP: já pensou em deixar a cidade para

“tentar a sorte” em outro local? Por

quê?

CR: não, nunca. Como eu sempre estive

aqui, nasci, cresci e aprendi a viver

neste lugar, nunca pensei em ir para

outro. Eu gosto deste lugar, é bonito,

aqui eu tenho uma vida bem mais

sossegada do que na cidade. Estou

muito feliz aqui.

BP: o meio ambiente do local é

preservado? Você observa alguma

ação do governo para garantir essa

preservação? Exemplifique.

CR: claro, olhe em volta: a água, a

mata, é toda preservada. Não sei

direito, mas imagino que sim, já que

esse é o único fiorde tropical do mundo,

o governo deve impedir que desmatem

essa área ou que haja pesca em época

de reprodução.

BP: o que você pensa sobre viver tão

perto de uma usina nuclear? Cite

vantagens e desvantagens.

CR: não conheço muito sobre a usina.

Dizem que é bem segura, mas mesmo

assim tenho um pouco de medo, caso

ocorra algum acidente eu não sei o que

faria. Não vejo muitas vantagens, já

que a energia não chega aqui, e se tiver

um acidente, vai trazer muita radiação

para cá.

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História de Paraty Os índios guaianeses foram os primeiros humanos que se tem registro de

que ocuparam a área. Eles desceram a serra e se encantaram com a fartura

de alimentos relacionados à pesca. Esses índios Paraty de ‘Parai’ e um dos

rios de ‘Paratetiaçu’. A junção desses nomes originou ‘Paratii’.

A chegada dos portugueses se deu para escravizar os índios, o que resultou

em muitas mortes e na extinção dos guaianases. Com a divisão do território

brasileiro em capitanias, houve várias tentativas de produção de açúcar para

exportação. Devido á umidade, o açúcar era de qualidade baixa, então

concentraram-se na produção da cachaça. O caminho que havia sido aberto

pelos índios passou a ser utilizado pelos portugueses para chegar ao

interior. Os portos começaram a ser mais frequentados, chegaram os negros

escravos e fundou-se a vila de Paraty em 1667.

Seus principais monumentos históricos são: o Forte e as Igrejas Nossa

Senhora dos Remédios, Nossa Senhora do Rosário, etc.

Com a descoberta do ouro em Minas Gerais, Paraty passou a ser, além de

entrada para o caminho do ouro, importante centro de comércio. Devido a

uma carta régia da Coroa Portuguesa, a vila tornou-se o único ponto de saída

do ouro. Porém, com o surgimento do trem a cidade foi abandonada e a

população que lá ficou, sobrevivia da pesca até o início da atividade de

turismo, que é a principal fonte de renda hoje em dia.

Os símbolos religiosos encontram-se nas Igrejas construídas de acordo com

a cor das pessoas. Em Paraty também se encontram símbolos maçônicos que

se encontram nas fachadas de algumas casas. No século XVIII, as varandas

eram de madeira e havia losângulos em treliça nas casas maçônicas. No

século XIX, introduziram-se elementos de luxo a essas casas como vidro e

ferro, sendo os símbolos mais comuns o abacaxi, o azul-hortência e a escala

de 1 para 333.

Há uma lenda conhecida na cidade que fala de uma noiva que sofreu de

catalepsia no dia de seu casamento e foi enterrada viva ao lado da Igreja

onde se casaria. Seu noivo sonhava com ela pedindo água. A lenda diz que à

meia-noite, quando é lua cheia, ela vai beber água na fonte em frente à Igreja

Nossa Senhora do Rosário, que era onde ela ia se casar.

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Maçonaria histórica Essa sociedade maçônica criada na idade média tinha como

membros trabalhadores alfaiates, sapateiros, ferreiros e os pedreiros,

que eram uns dos mais importantes. A meta dessa sociedade era

guardar os segredos das profissões envolvidas, passando-os para

herdeiros ou em reuniões especiais.

Perseguidos na Europa começaram a chegar ao Brasil no século XVIII

(durante o ciclo do ouro). Muitos se estabeleceram em Paraty, que na

época era o ponto intermediário entre a capital e as minas de ouro. Em

1833 fundaram na cidade a loja maçônica “União e Beleza” e muito

influenciaram na arquitetura da cidade. O ano da fundação da loja

maçônica, coincidência ou não, é um número de elevada importância

para a Maçonaria que, segundo a interpretação ortodoxa da Bíblia, seria

a duração em anos da vida de Jesus Cristo. O triângulo é o símbolo

maçom por excelência, derivando desse número.

A influência da maçonaria pode ser notada

em muitos detalhes da arquitetura da cidade. As casas do centro

histórico que ficam em esquinas possuem três cunhais de pedra que

forma triângulo imaginário. O centro histórico de Paraty foi construído

com trinta e três quarteirões. As plantas das casas foram desenhadas

na escala 1:33.33. E se na Europa os símbolos maçons tinham que ser

discretos por causa das frequentes perseguições, o mesmo não

acontecia em Paraty: os sobrados cujos proprietários eram maçons

possuem faixas repletas de desenhos geométricos de linguagem

maçônica.

Um dos fundadores da loja maçônica em Paraty foi o vereador

José Campos do Amaral, que convenceu a Câmara a formular em 1833

o código de postura e obras de Paraty, obedecendo alguns critérios

maçônicos. Graças a esse código e ao isolamento geográfico ocorrido

entre 1870 e 1950, a cidade manteve preservadas suas características

arquitetônicas. Quando do fechamento da Loja União e Beleza alguns

móveis com símbolos maçons foram doados à Câmara dos Vereadores,

onde se encontram até os dias de hoje.

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Paraty e a filosofia Relacionar Paraty com maçonaria e número, átomos e usinas

nucleares, transformações e seus respectivos filósofos foi o que

fizemos por meio de um vídeo. De diversas maneiras os alunos

mostraram várias perspectivas para se enxergar Paraty. O

resultado deste trabalho foi incríveis vídeos que impressionam

com a grandiosidade de criatividade e conteúdo.

http://www.youtube.com/watch?v=JXh2LKEvz3w

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De Paraty Antes da viagem estudamos e treinamos a escrever cartões

postais durante as aulas de inglês. Enquanto estávamos em

Paraty mandamos um cartão postal para casa contando sobre

como tudo estava. Essa foi uma experiência diferente e

divertida.

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Telas impressionantes Com base nos impressionistas criamos quadros a partir de

observação de imagens de paisagens e natureza. As telas

foram pintadas ao decorrer das aulas de artes, e ao estarem

prontas, ficaram extraordinárias.

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Um simples morador Em uma tarde ensolarada, na Ilha das Cobras, Ronaldo dos Reis Elesbon nos concedeu um pouco de seu tempo para contar-nos sobre sua em Paraty. Com 32 anos, cursou até o 7° ano, é ateu, solteiro, não tem filhos e é dono de uma Lan House.

Breake Paraty: no caso dos moradores da cidade, como sobrevivem economicamente? Ronaldo Elesbon: atualmente, os moradores sobrevivem principalmente do turismo, direta ou indiretamente. BP: sua profissão está relacionada ao turismo? RE: minha profissão está, sim, com o turismo, porém indiretamente. Por meio do meu comércio, os moradores podem se comunicar com pessoas de fora, mostrando como a cidade é atrativa. BP: quais as principais dificuldades vividas pela população local? RE: a principal dificuldade é o acesso às zonas rurais, pois as estradas são escassas.

BP: você já pensou em deixar a cidade para “tentar a sorte” em outro local? RE: já, tanto que fui e também voltei. Fiz isso porque, primeiro,

minha família é daqui e, segundo, que a cidade grande é muito agitada. BP: o meio ambiente da região é preservado? Você observa alguma ajuda governamental para isso? RE: o meio ambiente daqui é preservado sim, porém isso ocorre em função dos moradores, pois o governo não faz nada. BP: por fim, o que você pensa sobre viver tão perto de uma usina nuclear? RE: eu sinto medo, mas ao mesmo tempo não ligo muito, pois nunca me interessei em saber sobre a usina; nunca tive a curiosidade de ir até ela (Angra I e Angra II) para me informar mais. Isso porque ela não atrapalha nem ajuda em nada na minha vida, porém se, algum dia, ocorrer um acidente nuclear, eu acho que todos nós morreremos pois não existem muitos meios de evacuação.

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Simetria paratiense

Durante a viagem, visitamos e observamos lugares onde há

muita simetria, como em símbolos maçônicos e também na

natureza. Esse trabalho mostra as diversas formas de

simetria que encontramos em Paraty de forma criativa e

artística. Cada trabalho mais incrível que o outro, deixam

todo mundo maravilhado.

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A energia nuclear está sendo cada vez mais utilizada hoje em dia, o que aparenta ser bom. Porém, a maioria das pessoas não sabe que este tipo de energia traz consequências catastróficas para todos. Embora a energia nuclear não polua o ar, ela aquece em 5º C ecossistemas aquáticos, gerando um grande desequilíbrio. Se houver vazamento do lixo tóxico, a radioatividade será imensa. Assim, os animais aquáticos sofrem e nós temos a possibilidade de sofrer também. Segundo o professor de química da USP, o Dr. Antônio Carlos Madeira, sempre haverá a possibilidade de acidentes na usina, o que afetaria todo o meio ambiente, podendo se espalhar por vários países e continentes.

O pior de tudo é que 70% das pessoas que dizem que apoiam a energia nuclear não sabem como ela pode nos beneficiar ou prejudicar. Podemos nos lembrar de que em Hiroshima e Nagasaki, milhares de pessoas morreram com a bomba atômica, feita numa usina nuclear e, em Chernobyl, pelo menos quatro mil pessoas morreram de câncer por causa da radioatividade liberada após o acidente que destruiu a cidade inteira. Então, para que utilizar este tipo de energia se nós temos a possibilidade de utilizar a solar, eólica ou hidrelétrica? Devemos acabar com a energia nuclear tendo em vista todas as consequências que ela traz para o planeta.