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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE O PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR: UM OLHAR EPISTEMOLÓGICO Por: Lucia Helena dos Anjos Rosa Orientador Prof. Carlos Alberto de Barros Cereja Rio de Janeiro 2009

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  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PS-GRADUAO LATO SENSU

    PROJETO A VEZ DO MESTRE

    O PLANEJAMENTO DA EDUCAO SUPERIOR: UM OLHAR

    EPISTEMOLGICO

    Por: Lucia Helena dos Anjos Rosa

    Orientador

    Prof. Carlos Alberto de Barros Cereja

    Rio de Janeiro

    2009

  • 2

    UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PS-GRADUAO LATO SENSU

    PROJETO A VEZ DO MESTRE

    O PLANEJAMENTO DA EDUCAO SUPERIOR: UM OLHAR

    EPISTEMOLGICO

    Apresentao de monografia Universidade

    Candido Mendes como requisito parcial para

    obteno do grau de especialista em Docn-

    cia do Ensino Superior

    Por: Lucia Helena dos Anjos Rosa

  • 3

    AGRADECIMENTOS

    ao meu pai, aos meus irmos, minha

    filha e a todos que sempre me

    apoiaram. Um obrigada especial

    minha querida me que descansa de

    tantas batalhas.

  • 4

    DEDICATRIA

    dedico aos meus alunos, porque me

    ensinaram que preciso construir

    sempre novos caminhos

  • 5

    RESUMO

    Esse trabalho levanta algumas reflexes sobre alguns saberes

    profissionais, que por no se constiturem em saberes formais, nem sempre

    so contemplados no planejamento das aulas, de um curso de graduao.

    Esses saberes, no so, muitas das vezes, foco de anlise dos professores

    universitrios, mas constituem-se em um marco na educao, do sculo XXI, j

    que o trabalho com base nos mesmos, tende a ecoar nas mltiplas dimenses

    da vida das pessoas, levando a quebra de muitos paradigmas vigentes. A partir

    de leituras de livros e artigos, bem como a partir do registro da prtica docente,

    no ensino universitrio, buscou-se refletir sobre esses saberes e sua

    importncia, no trabalho com uma turma do curso de Tecnologia da

    informao. O plano de aula e seus desdobramentos, na disciplina Portugus

    instrumenta, e propicia o descortinar de tais questes.

  • 6

    METODOLOGIA

    A metodologia utilizada envolveu pesquisa bibliogrfica, com obteno e

    catalogao de literatura tcnica (livros, jornais, revistas e artigos publicados

    em sites) abordando temas como: planejamento, docncia da educao

    superior, os sete saberes necessrios educao do futuro, saberes

    profissionais dos professores e conhecimentos universitrios, a universidade e

    a formao de profissionais para o sculo XXI.

    A pesquisa bibliogrfica inicial baseou-se nos trabalhos de Vasconcellos

    (2006) e Morin (2000).

    Aps as leituras, o problema identificado analisado sob a luz da

    epistemologia.

    A coleta de dados e a apreciao do material fornecem caminhos para a

    reflexo necessria discusso da prtica docente na educao superior.

  • 7

    SUMRIO

    INTRODUO 8

    CAPTULO I

    O Planejamento na Educao superior 9

    CAPTULO II

    Os saberes necessrios a uma nova prxis 18

    CAPTULO III

    Por uma prxis renovada 31

    CONCLUSO 39

    ANEXOS 40

    NDICE 49

  • 8

    INTRODUO

    Muito se questiona sobre a qualidade dos egressos de cursos de

    graduao. Sem que o foco da questo seja ampliado, no se ser possvel

    compreender que outros fatores esto associados questo. O processo

    ensino-aprendizagem se apoiou por muito tempo, somente, no saber cientfico,

    fato que atualmente tem sido discutido. Porm, as discusses em vigor no

    oferecem explicaes sobre os problemas e limitaes envolvidos, e nem

    apontam caminhos.

    A educao, no sculo XXI, assume um novo papel diante das questes

    tico-culturais, tornando-se imperioso repens-las de um ponto de vista amplo.

    Para transformar a realidade preciso empreender esforo para mudar o fazer

    docente. necessrio repens-lo, atualiz-lo, planej-lo e execut-lo

    criteriosamente. Docentes so peas fundamentais nesse processo de

    renovao social, pois seu fazer, - crenas, saberes e atitudes -, so como

    portas abertas para outras dimenses do conhecimento. Para planejar

    preciso entrar em contato com questes pertinentes a fazeres no tradicionais

    na prtica docente, na educao superior.

    As questes pertinentes ao planejamento docente so apresentadas em

    trs captulos. O primeiro aborda a necessidade de se planejar, o plano de

    ensino e de aula enquanto partes integrantes de um planejamento institucional

    mais amplo. O segundo captulo propicia reflexes sobre trs diferentes

    enfoques que norteiam a prtica docente, sendo que os dois primeiros no

    focam a criatividade e a autonomia, pontos primordiais para o terceiro. O

    terceiro captulo aponta, na prtica, para a possibilidade de se construir

    saberes, saberes esses no disponveis em manuais, mas na prtica do dia-a-

    dia, visando a construo de conhecimentos significativos para o aluno.

  • 9

    CAPTULO I

    O PLANEJAMENTO NA EDUCAO SUPERIOR

    .

    A universidade no mais se constitui em lugar de captao de

    informaes, para meras reprodues. o espao por excelncia para se

    refletir sobre o conhecimento e reformul-lo, adequando-o a um novo tempo.

    Dessa forma, o trabalho do professor precisa ser planejado para que

    movimente saberes, alguns formais, outros informais, todos de fundamental

    importncia. Uma definio de planejamento, dada por Vasconcellos (2006,

    p.80) a seguinte: Planejamento o processo, contnuo e dinmico, de

    reflexo, tomada de deciso, colocao em prtica e acompanhamento.

    Dessa forma, no se pode conceber um trabalho docente voltado

    puramente para a intuio, j que novos tempos inauguram uma nova viso de

    mundo e de homem. Os saberes formais dos professores, devem se articular a

    partir da construo de planos. Vasconcellos (2006, p.80) afirma que Plano

    o produto desta reflexo e tomada de deciso, que como tal pode ser

    explicitado em forma de registro, de documento ou no.

    Planejar tem sido uma tarefa, que para muitos, constitui-se em pura

    perda de tempo. Ao entenderem o processo educativo como algo dinmico,

    encontram dificuldades para amarrarem algumas ideias. A alienao deve ser

    analisada no sentido de se compreender melhor a questo.

    O educador, antes de mais nada, como cidado,

    est inserido num contexto mais amplo de sociedade,

    sendo portanto atingido pela alienao mais geral,

    imposta, devida a toda a forma de organizao social.

    Enquanto profissional, participa da alienao mediatizada

    no conjunto de seu trabalho.

  • 10

    Frequentemente, seja para os alunos, seja para

    os professores, a escola corresponde a uma opo

    formal que aliena o carter existencial e poltico da

    experincia pedaggica. O trabalho de ensino-

    aprendizagem, tomado como mera forma de

    sobrevivncia pelo professor ou como mercadoria pelo

    aluno, perde sua dimenso humana e reduz-se a uma

    relao fetichizada de trocas institucionais. O trabalho

    intelectual tomado como um fim em si mesmo,

    adequado a restritas aspiraes profissionalizantes,

    desvinculado das causas, sentidos e compromissos que

    poderiam orient-lo. Esta constatao quebra a iluso de

    que o trabalho em educao seria mais humano. A

    atividade educacional, nas condies em que

    corriqueiramente ocorre, pura alienao.

    (VASCONCELLOS, 2006, p. 25)

    A alienao se deve ao desconhecimento quanto tarefa educativa,

    caracterizada pela falta de compreenso e domnio, de acordo com

    Vasconcellos (2006, p.25). Ainda de acordo com o autor, a falta de clareza com

    relao realidade em que vive, expe a falta de domnio, pelo educador, no

    tocante a como fatos e fenmenos chegaram ao ponto em que esto hoje

    (dimenso sociolgica, histrico-processual). Isto leva a uma indefinio ao

    tentar responder a questes, tais como: qual a finalidade do trabalho a ser

    desenvolvido, qual o pblico alvo e, tomando por base o indivduo como centro,

    que tipo de sociedade se pretende reestruturar. Todas essas questes levam o

    educador a sentir-se perdido, dificultando a operacionalizao de uma prtica

    transformadora, j que no sabe se situar em relao aos pontos de partida e

    de chegada.

  • 11

    Por ser uma tarefa complexa, o trabalho com educao movimenta

    saberes, muitos dos quais o professor est apartado, pois lhe so impostas

    muitas frmulas que o distanciam das questes de vida prtica. Sem a

    compreenso da complexidade que o fazer docente exige, o professor busca

    em modelos preestabelecidos uma forma de desenvolver seu trabalho.

    Vasconcellos (2006, p.25) faz uma analogia entre os trabalhos intelectual e

    mecnico, este, de um operrio que apenas necessita ser treinado para

    desempenhar sua funo. Em decorrncia dessa mecanizao, o educador

    no mais domina o seu fazer, como o arteso dominava, mas encontra-se em

    situao de alienao quanto atividade pedaggica.

    Como ser esboado, o planejamento redimensiona a prtica e se

    concretiza atravs do plano de ensino e do plano de aula, desde que estes

    sejam construdos de forma crtica. Para tanto preciso que se compreenda o

    planejamento em sua multiplicidade de enfoques.

    Por planejamento entende-se um plano de intenes que serve como

    base para por em prtica aquilo que se pensou. necessrio se ter em mente

    que ao se pretende realizar, agindo de acordo com o previsto. O

    planejamento ser o sustentculo de um trabalho realizado por um indivduo,

    um grupo ou uma coletividade. Ao trmino de um trabalho desenvolvido pelo

    educador, tem-se a transformao de uma realidade inicialmente apresentada

    pelo discente. Essa transformao visa acompanhar a demanda social, e a

    preparao do futuro profissional.

    O planejamento deve se ancorar na realidade com a qual vai trabalhar,

    para que possa ser eficaz. Deve ter como finalidade servir sociedade, e para

    tanto, a atividade reflexiva torna-se da maior importncia, com o professor

    compreendendo realidade como algo a ser construdo por ele, no estando,

    em nenhum momento, pronta.

  • 12

    Acontece que a realidade no se d a conhecer

    diretamente, no se entrega; o esforo de decifrao e

    interpretao visa a aprender o dinamismo do real j

    configurado, tendo em vista nele entrar, seja no sentido

    de usufruir ou de transformar. Tanto para qu, quanto o

    qu do plano esto referidos situao, realidade. Ela

    o ponto de partida e o de chegada (s que j

    transformada), bem como o campo de caminhada.

    (VASCONCELLOS, 2006, p. 83).

    Dessa forma, entende-se que a realidade deve ser contemplada de

    forma detalhada em qualquer planejamento. parte fundamental de qualquer

    trabalho que se pretenda eficaz, o empreendimento de um esforo investigativo

    no conhecimento histrico da realidade, buscando ir alm daquilo que a

    percepo imediata fornece. Descrever as situaes e procurar uma explicao

    para estas, ter conscincia das questes com as quais se est trabalhando.

    O conhecimento dessa realidade passa pelo conhecimento dos sujeitos e suas

    realidades concretas. No se trata, porm, de invadir a privacidade do aluno,

    mas de conhecer as caractersticas, que fornecero os conhecimentos prvios

    necessrios ao trabalho.

    Alm de conhecer a realidade, preciso que o professor tenha

    domnio do objeto de conhecimento, o qual se desdobra em dois nveis: o

    primeiro refere-se ao domnio do contedo, enquanto o segundo, refere-se

    relao sujeito-objeto, ou seja, o conhecimento prvio do aluno, permitindo a

    elaborao de contedos mais sistematizados e crticos.

    Sabe-se que toda aprendizagem se d num determinado contexto e

    realidade, fator determinante da prtica educativa. Todo trabalho que ignora tal

    princpio, ignora a relao que h entre a sala de aula e o sistema scio-

    poltico-econmico-cultural.

  • 13

    Nesse cenrio de educao, enquanto prtica poltica e econmica,

    Paulo Freire aponta para o fato de que a ao educativa deve promover, no

    aluno, a autonomia.

    Como experincia especificamente humana, a educao

    uma forma de interveno no mundo. Interveno que

    alm do conhecimento dos contedos bem ou mal

    ensinados e/ou aprendidos implica tanto o esforo de

    reproduo da ideologia dominante quanto o seu

    desmascaramento. Dialtica e contraditria, no poderia

    ser a educao s uma ou s outra dessas ciosas. Nem

    apenas reprodutora nem apenas desmascaradora da

    ideologia dominante.

    Neutra, indiferente a qualquer destas hipteses, a da

    reproduo da ideologia dominante ou a de sua

    contestao, a educao jamais foi, , ou pode ser. um

    erro decret-la como tarefa apenas reprodutora da

    ideologia dominante como erro tom-la como uma fora

    de desocultao da realidade, a atuar livremente, sem

    obstculos e duras dificuldades. Erros que implicam

    diretamente vises defeituosas da Histria e da

    conscincia.

    De um lado, a compreenso mecanicista da Histria que

    reduz a conscincia a puro reflexo da materialidade, e de

    outro, o subjetivismo idealista, que hipertrofia o papel da

    conscincia no acontecer histrico. Nem somos,

    mulheres e homens, seres simplesmente determinados

    nem tampouco livres de condicionamentos genticos,

    culturais, sociais, histricos, de classe, de gnero, que

    nos marcam e a que nos achamos referidos (FREIRE,

    2006. p. 98-99).

  • 14

    1.1 Plano de ensino

    Ao elaborar um plano de ensino para uma disciplina, deve-se ter a

    preocupao em se conhecer o Projeto Poltico Pedaggico do curso ao qual a

    disciplina est vinculada. O Projeto Poltico Pedaggico a bssola que norteia

    o trabalho do professor, permitindo ao grupo andar em unssono.

    O planejador o estrategista a quem foi confiada uma misso que

    dever ser estudada em suas mltiplas dimenses. Cada vez que algum se

    compromete com uma misso, precisa conhecer suas especificidades.

    preciso atualizao constante, de forma que se utilize ferramentas disponveis

    para um trabalho mais eficiente e adequado ao curso ao qual se est

    vinculado. Por isso, um plano de ensino abre um leque de opes em relao

    abordagem dos contedos. Tal preocupao deve ocorrer em funo de

    diferentes perfis numa mesma turma, fato que pode ser identificado aps uma

    breve sondagem inicial, das turmas. Isso torna o processo de construo do

    conhecimento mais democrtico e apreensvel. O melhor caminho a se

    percorrer com uma turma, no serve necessariamente para as outras.

    preciso que a proposta de trabalho, com as turmas, esteja alinhada

    com a proposta do curso, pois a formao de determinado perfil profissional

    passa pela responsabilidade de todos.

    Observando-se os pressupostos bsicos explicitados no Projeto Poltico

    Pedaggico do curso, o professor pode planejar sua atuao.

    A universidade, nesses novos tempos, entende que o conhecimento

    produto de interaes sociais; que deve promover a participao dos indivduos

    como sujeitos da sociedade, da cultura e da histria, priorizando a autonomia, a

    problematizao e a conscientizao; que o fazer pedaggico deve estar

    comprometido com o processo de construo e reconstruo do conhecimento,

  • 15

    com as dimenses social e afetiva com o relacionamento entre teoria e prtica

    e com a contextualizao dos saberes.

    Sabendo-se que a prtica pedaggica no destituda de

    intencionalidade, e que desejos e intenes do feio ao trabalho docente,

    cabe ao professor manter um vnculo profissional tal que assuma um

    compromisso com os cursos e as misses as quais se propem, entendendo

    que o equilbrio entre as vrias instncias o que garantir xito misso.

    Dessa forma, o trabalho docente deve articular diversos saberes, a comear

    pelos que dizem respeito ao fazer pedaggico.

    1.2 Plano de aula

    No plano de aula, o professor concretizar tudo que foi movimentado no

    campo das idias. Dessa forma, entende-se que plano de aula

    a proposta de trabalho do professor para uma

    determinada aula ou conjunto de aulas (por isto, chamado

    tambm de Plano de Unidade). Corresponde ao nvel de

    maior detalhamento e objetividade do processo de

    planejamento didtico. a orientao para o quefazer

    cotidiano. Muitos professores consideram que este o

    planejamento que importa mesmo, o que no deixa de

    revelar uma dose de bom senso. Apenas lembramos que o

    plano poder ter muito mais consistncia e organicidade se

    estiver articulado ao Projeto de Curso e ao Projeto Poltico

    e Pedaggico da Escola. Por outro lado, a elaborao do

    Projeto de Curso no elimina o preparo de cada aula, pelo

    contrrio, o pressupe como complemento de realizao.

  • 16

    Em princpio, a aula pode ser encaminhada de

    inmeras maneiras. Planejar significa antever uma forma

    possvel e desejvel. Se no h planejamento, corre-se o

    risco de se desperdiarem oportunidades muito

    interessantes. No d para dar aula improvisando, em off e

    se no ficar boa, regravar (como nos programas de

    televiso). No planejar pode implicar perder

    possibilidades de melhores caminhos, perder pontos de

    entrada significativos.

    Devemos destacar a necessidade de uma viso

    geral em relao ao que vai ser trabalhado na aula: se uma

    parte no est bem planejada, corre-se o risco de se

    ocupar muito tempo com outra, at como estratgia

    inconsciente do professor, mas prejudicando naturalmente

    os alunos. (VASCONCELLOS, 2006, p. 148).

    Num plano de aula, o professor deve ter em mente que saberes sero

    trabalhados, quais deles sero relevantes para o aluno, e em que contexto

    sero utilizados. O professor tem a chance de definir procedimentos, para

    alcanar seus objetivos, tornando o trabalho produtivo. Um bice em alcanar

    essa produtividade a imagem que muitos professores trazem com relao ao

    exerccio do magistrio superior. Prticas tradicionais de muitos sculos

    refletem-se na atualidade.

    Considerando as concepes e prticas tradicionais,

    trazidas pelos jesutas, que impregnaram fortemente o

    ensino em todos os nveis de escolaridade at os dias de

    hoje, constatamos que sua influncia persiste com mais

    intensidade no ensino superior. Centrado quase que

    exclusivamente na ao do professor, o ensinar reduz-se

    a expor os contedos nas aulas (ou explic-las nos

  • 17

    laboratrios); ao aluno, resta ouvir com ateno.

    (PIMENTA; ANASTASIOU, 2008, p. 227)

    A superao desse tipo de prtica evitar a falta de interesse pelo

    aprendizado, uma vez que ao professor, no cabe a tarefa de despejar

    conhecimentos, mas sim, levar o aluno a construir relaes entre o saber e o

    mundo.

    preciso que haja a superao desse olhar fragmentado, que dissocia

    teoria e prtica. Para tanto, preciso que o aluno reflita sobre seu papel na

    construo do prprio conhecimento, e que o professor o veja como aquele que

    ter de resolver as demandas da sociedade, enquanto profissional. Atender

    demandas ser possvel quando ao aluno for propiciada uma viso pluralista e

    flexvel das relaes construdas pelo homem em suas muitas dimenses.

    O planejamento do trabalho docente deve vislumbrar situaes

    extraclasse. Estas devem propiciar vivncias importantes para o

    desenvolvimento do perfil profissional do aluno. As experincias dos alunos

    devem ser compartilhadas promovendo-se sempre a reflexo, para que o eixo

    ao-reflexo-ao esteja sempre na base da construo do conhecimento.

    Propiciar o desafio e a transposio dos conhecimentos para diferentes

    situaes permite ao aluno flexibilizar pontos de vista e, consequentemente,

    torna-o apto a atuar de forma adequada em diferentes contextos.

    Um plano de aula que extrapole os metros quadrados da sala de aula,

    deve contar com todos os espaos e contextos que possam capacitar o futuro

    profissional, desafiando-o, instigando-o, impelindo-o rumo ao conhecimento.

  • 18

    CAPTULO II

    OS SABERES NECESSRIOS A UMA NOVA PRXIS

    No basta ao professor conhecimentos de ordem terico-metodolgica para desenvolver um bom trabalho. preciso que reflita, que sobre sua prtica,

    pairam questes de natureza transitria.

    Inicialmente, a prtica se d com base no conhecimento especializado,

    obtido por meio de formao cientfica. Tardif (2000) aponta para o fato de que

    a profissionalizao do ensino um movimento quase internacional:

    A questo da epistemologia da prtica profissional se

    encontra, evidentemente, no cerne desse movimento de

    profissionalizao. De fato, no mundo do trabalho o que

    distingue as profisses das outras ocupaes , em

    grande parte, a natureza dos conhecimentos que esto

    em jogo. (TARDIF, 2000, p.6)

    O conjunto dos saberes movimentados, no cotidiano dos professores,

    para o desempenho das funes docentes, recebe o nome de epistemologia da

    prtica profissional. Em busca de se compreender as questes que envolvem o

    trabalho docente, imperioso que se observe o fato de o conhecimento

    profissional ter como caracterstica marcante seu carter utilitrio.

    Na medida em que esse conhecimento vai sendo trabalhado em

    situaes concretas, os saberes vo sendo construdos. Construdos para

    alm do conhecimento cientfico ou do domnio de rotinas. A construo se d

    na prtica cotidiana de cada profisso, em particular. Tardif (2000) prope uma

  • 19

    noo de saber ampliada, englobando conhecimentos, competncias,

    habilidades e atitudes, traduzindo-se, na prtica, no saber-fazer e saber-ser.

    Esse tipo de saber, tem suscitado questionamentos sobre competncia

    profissional, pois para muitos soa como ausncia de respaldo terico.

    Se por um lado o conhecimento profissional se baseia no conhecimento

    especializado as bases tericas -, por outro h que se pensar que o

    conhecimento precisa ser modelado, para dar conta da complexidade que

    envolve questes de vida prtica. Transformar o conhecimento em um

    instrumento de competncia profissional, demanda elaborao, no faz parte

    de manuais de prescrio ou frmulas, envolve uma relao dialtica. Para

    que se compreenda a questo da construo do conhecimento preciso

    perceber a complexidade volta da questo.

    2.1 Refletir sobre a prtica docente

    H que se refletir, um pouco, sobre os diferentes enfoques do trabalho

    docente e quais so suas implicaes.

    Nos pressupostos apontados no enfoque tradicional ou prtico-artesanal

    (PIMENTA; ANASTASIOU, 2008, p.183), o contedo de ensino tem por

    objetivo a transmisso de conhecimentos vinculados habilidade para fazer as

    coisas, bem como, aos modos, usos, costumes, crenas e hbitos,

    reproduzindo-os e mantendo os modos de pensar, j consagrados e

    valorizados socialmente. A prtica docente se reduz transmisso das prticas

    e dos modos de pensar valorizados socialmente. Nesse enfoque o docente

    treinado na prtica profissional, no h necessidade de formao continuada.

    Nos pressupostos apontados no enfoque tcnico ou academicista

    (PIMENTA; ANASTASIOU, 2008, p. 184), o contedo de ensino composto

  • 20

    por conhecimentos cientficos cuja finalidade a transmisso dos

    conhecimentos elaborados por meio de pesquisas cientficas. Cabe ao

    professor transform-los em um saber tcnico, cabendo aos alunos

    introjetarem a verdade cientfica. Dessa forma, a prtica docente se faz atravs

    do domnio de rotinas baseadas no conhecimento cientfico -, no sendo

    imprescindvel o domnio desse conhecimento, mas o de habilidades tcnicas.

    Nos pressupostos apontados no enfoque hermenutico ou reflexivo

    (PIMENTA; ANASTASIOU, 2008, p.185), o ensino uma atividade complexa

    que se d a partir de cenrios singulares, determinados por contextos

    especficos, com resultados, geralmente, imprevisveis, implicando em tomadas

    de posio de carter tico e poltico. O professor desenvolve seus saberes e

    sua criatividade para gerenciar as situaes nicas, e muitas vezes

    conflituosas. Assim, seu conhecimento emerge da prtica refletida, legitimando-

    se a partir de experimentos que levam construo e reconstruo das

    prticas institucionais.

    A prtica docente se revela enquanto fazer contextualizado e temporal,

    a servio do homem e para o homem. Exige formao continuada, habilidades

    e competncias necessrias ao trabalho com a diversidade.

    educao cabe mudar o velho paradigma, descortinar uma nova era,

    na qual a qualidade de vida do homem esteja em primeiro lugar. O

    desenvolvimento do ser humano dever ocorrer com relao aos aspectos

    fsico, mental, emocional e espiritual.

    2.2 Saberes que geram outros saberes

    O papel da universidade, no tocante formao de profissionais, no

    deve se restringir a habilitar profissionais para lidar com a complexidade. Deve

  • 21

    ser o de propiciar ao estudante o desvendar de novas formas de fazer,

    levando-o a explorar sua criatividade de maneira autntica, fazendo fluir sua

    singularidade.

    Para que haja uma mudana de paradigma, pois o vigente no

    contempla a aprendizagem de contedos procedimentais e atitudinais, s os

    conceituais, a universidade precisa se constituir em espao de reflexo, de

    construo e troca de saberes, que esto constantemente sendo

    movimentados.

    O mercado busca, cada vez mais, profissionais que tenham uma viso

    pluralista e flexvel, e que tenham desenvolvido habilidades alm das

    necessrias para a execuo de suas funes. O perfil do profissional deve

    contemplar:

    A complexidade das relaes humanas, sociais, polticas,

    financeiras e religiosas exige compreenso ampliada da

    realidade. Um profissional que se restringe ao

    conhecimento de sua rea, sem habilidade de transpor

    obstculos ou se se relacionar com diferentes tipos de

    pblico est com os dias contados. (MILANS, 2008,

    p.32)

    Por isso, a sala de aula precisa ser um espao dinmico, espao em

    que o aluno possa interagir no s com o seu ambiente interno, mas tambm

    com seu entorno. Assim, ao planejar, o professor deve pautar seus objetivos

    no s nas diversas disciplinas que compe o currculo do estudante, como

    tambm aproveitar as diversas oportunidades de aprendizagem significativa,

    propiciando a aprendizagem de atitudes e procedimentos.

    O professor deve planejar desafios que colaborem para a utilizao do

    saber dos alunos, nos diferentes contextos, refletindo com eles sobre as

  • 22

    especificidades que envolvem essas situaes, promovendo, dessa forma, a

    possibilidade de os alunos ampliarem suas competncias e habilidades.

    Transferir, adaptar e manejar conhecimentos obtidos, faz parte do processo de

    transformao dos contedos conceituais em contedos procedimentais. Essa

    transformao faz parte de um processo de amadurecimento profissional.

    Ao professor caber um auto-exame para identificar o que precisa ser

    mudado em sua prtica. A formao de atitudes nos alunos passa por uma

    reavaliao de valores e crenas daqueles que esto diretamente engajados

    na formao dos profissionais. A tolerncia, o respeito e o interesse passam

    no s pelo aspecto cognitivo das questes (conhecimento), mas tambm pelo

    aspecto afetivo (sentimentos) e pelo aspecto da conduta (o modo de ser diante

    das questes humanas). Envolver o discente em discusses que promovam a

    troca dos diferentes pontos de vista e de discusso de aspectos ligados a

    questes ticas profissionais, cidads e planetrias so coadjuvantes na

    formao do perfil profissional.

    2.3 Educao e saberes para um novo tempo

    Educar o cidado torn-lo apto a enfrentar os desafios que esses novos tempos impem. A realidade em suas mltiplas dimenses exige um

    repensar de prticas e saberes at ento institudos. O tecnolgico e o humano

    precisam se ajustar para enfrentar os desafios que os novos tempos

    apresentam.

    O gerenciamento do conhecimento uma das questes primordiais

    para a educao. As salas de aula no se constituem em cenrios completos

    para a aprendizagem, bem como a figura do professor deixa de ser a de

    detentor de todo o conhecimento. O ser humano precisa apropriar-se do capital

    cultural acumulado, disponvel a todos os cidados, em funo do advento das

  • 23

    novas tecnologias. Reflexes sobre a educao formal tem sido levantadas na

    inteno de se buscar um caminho adequado aos tempos de globalizao.

    Olhar a educao dentro de um contexto mundial atualiz-la. De

    acordo com DEMO (2008, p.4), a atualizao deve ocorrer na esfera

    tecnolgica, pois o sculo XXI exige novas habilidades das pessoas e da

    sociedade como um todo. Novas alfabetizaes ultrapassam em muito a

    alfabetizao tradicional, podendo ser entendida enquanto fluncia tecnolgica.

    Saber ler e escrever, apenas, no d conta da complexidade da vida moderna,

    e, embora sejam fundamentais, as necessidades sociais esto ganhando certo

    refinamento, exigindo de seus membros adaptao constante.

    Da mesma forma, a atualizao deve ocorrer contemplando as vrias

    dimenses da existncia humana, rompendo com a fragmentao do

    conhecimento humano. A atualizao deve levar o homem a entender sua

    natureza complexa.

    Unidades complexas, como o ser humano ou a

    sociedade, so multidimensionais: dessa forma, o ser

    humano ao mesmo tempo biolgico, psquico, social,

    afetivo e racional. A sociedade comporta as dimenses

    histrica, econmica, sociolgica, religiosa... (MORIN,

    2000, p.38 )

    O homem deve se perceber como parte de um todo mais amplo,

    descobrindo a ligao que mantm com os demais, de forma a poder contribuir

    para o estabelecimento de uma sociedade mais equilibrada.

    Para tanto, a educao dever trabalhar, no indivduo, um grupo de

    competncias que promovam um dilogo entre informao e cincia.

    Competncias especficas que dizem respeito a conhecimento, a raciocnio,

    comunicao e a atitudes. Para que o processo de ensino aprendizagem se d

  • 24

    de forma efetiva, necessrio o envolvimento dos alunos, o que se d por

    meio de experincias educativas diferenciadas, que se por um lado convergem

    para os interesses pessoais dos alunos, por outro convergem para a realidade

    sua volta. Essas competncias s surgiro a partir de uma nova tica, em

    relao ao processo ensino-aprendizagem. O conhecimento, ento,

    analisado para fins didticos como aponta GALVO ( 2001) em:

    - Conhecimento substantivo - sugere-se a anlise e

    discusso de evidncias, situaes problemticas, que

    permitam ao aluno adquirir conhecimento cientfico

    apropriado, de modo a interpretar e compreender leis e

    modelos cientficos, reconhecendo as limitaes da

    Cincia e da Tecnologia na resoluo de problemas,

    pessoais, sociais e ambientais.

    - Conhecimento processual - pode ser vivenciado atravs

    da realizao de pesquisa bibliogrfica, observao,

    execuo de experincias, individualmente ou em equipa,

    avaliao dos resultados obtidos, planeamento e

    realizao de investigaes, elaborao e interpretao

    de representaes grficas onde os alunos utilizem

    dados estatsticos e matemticos.

    - Conhecimento epistemolgico - prope-se a anlise e

    debate de relatos de descobertas cientficas, nos quais

    se evidenciem xitos e fracassos, persistncia e modos

    de trabalho de diferentes cientistas, influncias da

    sociedade sobre a Cincia, possibilitando ao aluno

    confrontar, por um lado, as explicaes cientficas com as

    do senso comum, por outro, a cincia, a arte e a religio.

    (GALVO, 2001)

    Quanto ao raciocnio, deve-se priorizar a criatividade e a criticidade.

    GALVO (2001) prope que as questes a serem trabalhadas, sejam

  • 25

    apresentadas a partir da resoluo de problemas, com interpretao de dados,

    formulao de problemas e de hipteses, planejamento de investigaes,

    previso e avaliao de resultados, estabelecimento de comparaes,

    realizao de inferncias, generalizao e deduo. O aluno deve ser

    solicitado a raciocinar para identificar evidncias e explicaes. Analisar

    questes a partir de diferentes perspectivas de interpretao cientfica e

    construir situaes alternativas, que utilizem estratgias diversificadas,

    constitui-se em exerccio valoroso.

    O desenvolvimento de um perfil profissional flexvel, capaz de

    contemplar realidades, pessoas e solues de forma contextualizada, faz parte

    do aprendizado, e das habilidades exigidas pela sociedade, na atualidade. O

    conhecimento dever se dar rumo a utilizao de uma linguagem cientfica,

    mediante a interpretao das diferentes fontes de informao e da seleo de

    informaes essenciais, com o consequente descarte das informaes

    acessrias. Deve-se propor a utilizao de modos diversificados de representar

    as informaes, bem como promover o debate para desenvolver o raciocnio

    lgico, a partir da exposio de ideias, manifestao de pontos de vista tese

    e a utilizao de argumentos.

    A aprendizagem deve contemplar a troca de informaes, fato que deve

    se apoiar no uso das novas tecnologias de informao e comunicao.

    Por fim, as atitudes a serem desenvolvidas referem-se necessidade

    de se uma tica adequada para tratar dos assuntos cientfico, como assinala

    GALVO (2001)

    Apela-se para a implementao de experincias

    educativas onde o aluno desenvolva atitudes inerentes

    ao trabalho em Cincia, como sejam a curiosidade, a

    perseverana e a seriedade no trabalho, respeitando e

    questionando os resultados obtidos, a reflexo crtica

  • 26

    sobre o trabalho efectuado, a flexibilidade para aceitar o

    erro e a incerteza, a reformulao do seu trabalho, o

    desenvolvimento do sentido esttico, de modo a apreciar

    a beleza dos objectos e dos fenmenos fsico-naturais,

    respeitando a tica e a sensibilidade para trabalhar em

    Cincia, avaliando o seu impacto na sociedade e no

    ambiente. (GALVO,2001)

    2.3.1- A tecnologia na educao

    Nesse incio de sculo, a educao precisa utilizar a tecnologia como uma ferramenta valiosa. Longe de se tornar dispensvel, o professor

    pea fundamental, na formao do indivduo preparado para enfrentar desafios.

    No se pode ver a questo educacional de forma reducionista, crendo que o

    domnio da tecnologia leva a renunciar ao outro. o outro, o mais experiente,

    que pode propor questionamentos e crticas para que o avano tecnolgico

    esteja a servio do homem.

    H que se compreender, que a simples transmisso da informao

    atravs das aulas instrucionistas, na atualidade, apresenta-se como prtica

    restritiva de um trabalho que deve ser contemplado em suas mltiplas

    possibilidades, devido ao fato de indivduo e sociedade estarem imersos em

    um mundo virtual. A informao advm de diferentes fontes, renovando-se

    rapidamente. Acompanhar o descarte das informaes, elaborando-as

    primeiramente, tarefa rdua, que demanda atualizao.

    A tecnologia faz parte do cotidiano dos cidados, em sociedades

    desenvolvidas e em vias de desenvolvimento. preciso que os indivduos a

    dominem com competncia. Devem ter fluncia tecnolgica, que assim pode

    ser entendida:

  • 27

    (...)a habilidade minimalista de digitar textos, navegar a

    internet, conhecer comandos repetitivos, mas igualmente

    como exigncia rebuscada de dar conta de empreitadas

    no lineares interpretativas, nas quais a postura de

    sujeito participativo/reconstrutivo. (DEMO 2008, p.6)

    A posio de sujeito participativo coloca o ser humano como

    detentor do poder de recriao, bastando-lhe no perder de vista que a

    tecnologia est a seu servio, bem como a servio da humanidade. A fluncia

    tecnolgica deve ser permeada pela reflexo constante, que tem na figura do

    professor a pea fundamental. Dessa forma, a tecnologia intermedeia a relao

    entre os sujeitos, quando esta envolve as partes, de tal forma que, a tecnologia

    uma ferramenta imprescindvel, no se constituindo em meio e fim da ao

    educativa. Ao professor cabe a tarefa de se atualizar constantemente, para que

    seus alunos desenvolvam as habilidades inerentes ao sculo XXI.

    Ao professor caber preparar o aluno para que ele seja capaz de

    pesquisar sem plagiar. Dessa forma, o conhecimento deve ser obtido de forma

    crtica e reflexiva. Tal empenho, da parte de professores e alunos, ocorre

    quando ambos esto conscientes de suas participaes, em uma sociedade

    que est em constante reformulao, no havendo espao para apropriaes

    inapropriadas.

    A educao est mudando, porque os tempos so de mudanas.

    Adequar o trabalho docente adequar-se aos novos tempos. Apropriar-se dos

    diferentes usos da informtica na educao constitui-se em valioso recurso, na

    construo de conhecimentos que tem por base a interdisciplinaridade.

  • 28

    2.3.2- A mudana de paradigma

    A mudana inerente condio humana. A evoluo ocorre como

    resposta aos questionamentos e necessidades do ser humano. Esse

    movimento se d, no s no mbito individual, como tambm, no coletivo.

    O conhecimento avana rumo ao desconhecido. O novo e o velho

    coexistem num mesmo espao de tempo. Os homens buscam eliminar, ao

    mximo, as possibilidades de erro atravs do conhecimento cientfico, mas a

    paixo que nutrem por suas descobertas, muitas vezes, so impeditivos para

    aceitao do novo. O novo no significa desconexo com o antigo, deveria ser

    compreendido como uma atualizao, uma contextualizao de saberes.

    Nesse incio de sculo, a educao dever renovar as bases da

    sociedade, atravs de um trabalho que leve formao de indivduos crticos,

    conscientes e ticos. As relaes que se estabelecem entre as pessoas, entre

    naes e entre os muitos segmentos sociais, dever se basear no respeito, na

    compreenso e na igualdade.

    As necessidades que ora se apresentam, no mbito pessoal, social,

    profissional e planetrio exigem novos saberes, mudanas de paradigmas e

    principalmente a disposio para construir e reconstruir novos caminhos.

    A educao precisa alavancar todo esse processo de mudana, que

    partir do coletivo para o individual, mudando o esprito do homem. Para lograr

    xito, o conhecimento deve se estabelecer com base no conhecimento de

    mundo do aprendiz que busca atribuir sentido, formando nexos entre as partes.

    A compreenso no pode ser entendida como decodificao, mas como

    atribuio de sentido.

  • 29

    Morin (2000) aponta para o fato de que a educao deve favorecer a

    inteligncia geral, pois quanto mais ela for desenvolvida, mais ajudar na

    resoluo de problemas especficos. A construo de novos saberes se apia

    em conhecimentos j existentes. Por isso, ao propor desafios, o professor est

    abrindo um espao para o exerccio da criatividade, em que conhecimentos e

    autonomia sero mobilizados na descoberta de novas formas de fazer, na

    construo de autorias.

    A educao tem fragmentado o conhecimento, mas agora, dever trilhar

    caminho inverso. Durante muito tempo, olhou-se para o conhecimento,

    transmitido pelas diferentes disciplinas, como se fosse uma entidade sem

    conexo com o todo.

    Unidades complexas, como o ser humano ou a

    sociedade, so multidimensionais: dessa forma, o ser

    humano ao mesmo tempo biolgico, psquico, social,

    afetivo e racional. A sociedade comporta as dimenses

    histrica, econmica, sociolgica, religiosa... O

    conhecimento pertinente deve reconhecer esse carter

    multidimensional e nele inserir estes dados: no apenas

    no se poderia isolar uma parte do todo, mas as partes

    umas das outras; a dimenso econmica, por exemplo,

    est em inter-retroao permanente com todas as outras

    dimenses humanas; alm disso, a economia carrega em

    si, de modo hologrmico, necessidades, desejos,

    paixes humanas que ultrapassam os meros interesses

    econmicos. (MORIN, 2000, p.38)

    O conhecimento pertinente, segundo Morin (2000), deve trabalhar a

    complexidade, pois ela a unio entre a unidade e a multiplicidade.

  • 30

    Educar as novas geraes ensinar a refletir sobre o universo e a

    condio humana, a humanidade comum e a diversidade cultural. Morin (2000)

    adverte que (...) a educao deveria mostrar e ilustrar o destino multifacetado

    do humano: o destino da espcie humana, o destino individual, o destino social,

    o destino histrico, todos entrelaados e inseparveis.

    A educao para o sculo XXI, precisa resgatar a unidade fragmentada

    por um olhar reducionista, que no reconhece no outro a humanidade, trao

    ontolgico que o liga a outros de sua espcie.

    Foram criadas circunstncias para manifestao desse homem, no

    aspecto cultural, social, econmico e religioso. Tais referenciais levaram os

    seres humanos a perceber as diferenas como ameaadoras, por

    identificarem-se com ideias, mais que com aqueles que as manifestam. A

    perda dessa noo deve ser resgatada atravs de uma educao que se

    proponha a construir novos pilares sociais.

    Os homens devero construir uma sociedade capaz de compartilhar os

    bens historicamente acumulados, com vistas paz e ao enfrentamento de

    desafios que se apresentam, seja em mbito restrito ou global. .

  • 31

    Captulo III

    Por uma prxis renovada

    As reflexes anteriores influenciam a prtica docente da autora da

    monografia, na educao superior. Alguns pontos ainda esto em vias de

    implantao, pois dependem de conhecimentos tecnolgicos dos alunos, ou

    melhor, de fluncia tecnolgica, bem como de acesso irrestrito a computadores

    conectados Internet. Essa uma realidade ainda distante da que se almeja.

    A proposta de trabalho abaixo apresenta-se coerente com o perfil dos

    profissionais que se almeja formar na rea de Tecnologia da Informao.

    No decorrer de dois tempos de aula, a professora de portugus

    instrumental trabalha um texto visando a explorao do uso de conectivos.

    Para tal finalidade, utiliza o texto Mudana constante, progresso apenas

    relutante, que aborda questes relativas a progresso, tecnologia e mudanas.

    Ele servir como pretexto para aprofundar questes como lixo tecnolgico e

    avano tecnolgico, em um segundo texto. Devero ser analisadas as prticas

    atuais, no Brasil e em outros pases, e as consequncias decorrentes dessas

    prticas, para o meio ambiente e a qualidade de vida no planeta.

    Durante a aula presencial, os alunos sero orientados quanto a extenso

    do trabalho, durao, etapas e objetivos. Ao trmino da proposta devero

    desenvolver um mini-projeto que contemple medidas de defesa ao meio

    ambiente. Uso consciente das tecnologias.

    A seguir, ser esboado, em linhas gerais, a elaborao de um mini-

    projeto.

    O projeto contar com a simulao de um encontro, entre um

    representante de uma firma de informtica e um dono de uma firma que deseja

    informatizar seu negcio: uma casa de cultura. A professora simular a

  • 32

    situao, pondo-se no lugar do dono e os alunos no lugar de representantes da

    firma. Tal exerccio apresenta-se como instrumento valioso para os alunos,

    porque eles tero a chance de lidar com uma situao que faz parte da rotina

    profissional.

    O anexo I mostra o cronograma e as atividades planejadas para o

    desdobramento de um determinado tema.

    O anexo II mostra o plano de aula (aula presencial)

    O anexo III, traz um texto que aborda a questo do progresso e o

    questionamento sobre o benefcio que ele traz para todas as pessoas. Aps a

    leitura, algumas questes devero ser respondidas pelos alunos. O objetivo

    desse estudo fazer com que os alunos atribuam sentido leitura, utilizando

    como ponto de partida os conectivos. Identificar a opinio do autor, os

    argumentos e o tipo textual, so condies necessrias emisso da prpria

    opinio, diante do tema trabalhado. Esse texto ser usado como pretexto para

    se refletir sobre questes ticas, relacionadas com o avano tecnolgico. Num

    primeiro momento, o aluno ser instado a manifestar seu ponto de vista, em

    relao posio assumida pelo autor.

    Aps se posicionar, o aluno dever selecionar argumentos convencendo

    o leitor de sua opinio, que necessariamente no precisa ser a mesma do autor

    do texto. Formar uma opinio sobre a tecnologia e a qualidade de vida muito

    importante para a formao do perfil desse profissional.

    .

    Reflexes e questionamentos so a base para a construo do saber.

    As mltiplas maneiras de se pensar uma questo, bem como as mltiplas

    possibilidades de interveno podem surgir do pensar uma mesma questo

    coletivamente.

  • 33

    O anexo IV trabalha com a questo do lixo tecnolgico, fato que envolve a

    dimenso tica do fazer profissional e a questo planetria. O texto ser

    enviado por e-mail, na quarta-feira, segundo o cronograma (Anexo I).

    Aps a leitura do texto (Anexo IV), algumas questes sero respondidas

    pelos alunos. O objetivo desse estudo o de atribuir sentido ao que se l,

    observando-se o uso dos conectivos, identificando a opinio do autor e

    identificando o tipo textual. Esse estudo procurar ressaltar ainda, a

    responsabilidade de indivduos e empresas, ao utilizarem a tecnologia, para

    que seu consumo seja consciente. Informaes sobre a legislao, no Brasil e

    no exterior, devem ser obtidas.

    O anexo V composto por uma atividade, enviada pelo professor, por e-

    mail, na sexta-feira, 16h. Em grupos, os alunos tero 72 horas para montar um

    projeto, enviando-o, ao professor, tambm por e-mail. Os grupos apresentaro

    os trabalhos para os demais grupos, no decorrer da aula presencial, na

    semana seguinte. O projeto se baseia na informatizao de uma casa de

    cultura.

    Sintetizar idias condio fundamental para organizar as informaes

    em um texto que se vai escrever, evidenciando o nexo entre as partes. Na fase

    de criao de idias, para elaborao do projeto, registra-se tudo que o

    conhecimento de mundo permitir, no sendo necessria a preocupao com a

    ordem em que as informaes chegaro. O passo seguinte referente

    classificao das idias levantadas, as quais devem ser organizadas de forma

    que uma delas (idia central) abarque as demais (idias secundrias).

    Vencida essa etapa, o projeto deve ser desenvolvido a partir da

    transferncia de conhecimentos obtidos nas leituras e pesquisas feitas pelo

    aluno. Autoria a palavra-chave nesse trabalho. Para comear preciso

    utilizar as informaes contidas nos textos enviados; em seguida deve-se

  • 34

    buscar outras informaes, quer seja por meio da web, quer seja por outros

    meios.

    Algumas reflexes sugeridas para a elaborao do projeto, podem orientar, inicialmente o foco das atenes:

    Anlise do texto e organizao das informaes por unidades de sentido.

    Elaborao de um esquema estabelecendo as relaes de dependncia

    e hierarquia entre as partes (classificao).

    Juno das informaes importantes sobre o uso consciente da tecnologia legislao, sustentabilidade.

    Ao elaborar um projeto preciso que se defina, entre outras coisas: o ttulo

    do projeto, a autoria, a rea (s) do conhecimento que o projeto envolver, o

    perodo para execuo (estimativa de incio e concluso do trabalho), o porqu

    do projeto (sua relevncia), a finalidade do projeto e a bibliografia utilizada.

    A velocidade com que as informaes chegam muito grande. Rever

    essas prticas torna-se fundamental, porque se o mundo muda preciso que o

    trabalho pedaggico acompanhe. As aulas no podem ser as mesmas de

    tempos atrs.

    As empresas buscam profissionais criativos, autnomos e ticos, para

    atuarem com responsabilidade social. Fugir ao padro pr-estabelecido deixou

    de ser uma marca negativa, pois para atuar nesse novo mercado de trabalho,

    exigente e competitivo, preciso audcia e autenticidade, preciso ver aquilo

    que outros no veem.

    Dessa forma, transformar o conhecimento em um instrumento de

    competncia para a vida, demanda elaborao, no faz parte de manuais de

    prescrio ou frmulas, envolve uma relao dialtica com o saber. uma

    questo complexa que envolve ousadia, atitude e busca constante, de

  • 35

    professores e alunos. Acessar outras informaes e entrar em contato com

    situaes verossmeis levam o aluno a se defrontar com possibilidades reais de

    atuao. Apresentar propostas diferentes das dos livros fugir um pouco de

    rotinas pr-estabelecidas.

    O projeto pretende mexer com conhecimentos gerais e especficos,

    trabalhar de forma a integrar conhecimentos de outras reas do saber, como

    por exemplo, da qumica, atravs dos conhecimentos trazidos por Lavoisier

    de que, na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Trabalhar

    interdisciplinarmente, leva o homem a pensar criticamente, dissolvendo a

    cristalizao que a educao na atualidade promove. Preparar o ser humano

    para enfrentar desafios tarefa da educao. A transferncia do conhecimento

    adquirido pode ser assim entendida:

    . Embora possam basear-se em disciplinas cientficas

    ditas puras, os conhecimentos profissionais so

    essencialmente pragmticos, ou seja, so modelados e

    voltados para a soluo de situaes problemticas

    concretas, como, por exemplo, construir uma ponte,

    ajudar um cliente a resolver seus conflitos psicolgicos,

    resolver um problema jurdico, facilitar a aprendizagem

    de um aluno que est com dificuldades etc.(TARDIFF,

    2000, p.7)

    O olhar do profissional, do sculo XXI, deve vislumbrar as implicaes

    que sua prtica acarretar nos mbitos social, individual e planetrio. Por isso,

    trazer a experincia do outro, construir caminhos possveis a partir da troca se

    constitui em aprendizagem de valor nos tempos atuais. Um bom

    relacionamento interpessoal um ponto positivo, como tambm o , a

    adaptao e a flexibilidade para trabalhar com diferentes contextos e pblicos.

  • 36

    As competncias atitudinais influenciam na qualidade dos servios que

    esto disposio dos usurios, porque uma equipe afinada trabalha melhor.

    A competncia est diretamente ligada transformao de contedos

    conceituais em contedos procedimentais, os quais devem se incorporar enquanto

    atitudes, imprimindo um perfil ao profissional.

    A qualidade dos profissionais que esto sendo formados, passa pelo

    entendimento de seus mestres, sobre o significado da palavra aprender. Mais uma

    vez, torna-se importante dizer que aprender no se constitui em reproduo exata

    das informaes. Isso nada mais do que pura memorizao. Aprender se

    predispor a construir o prprio conhecimento a partir do que j se sabe. Ao

    professor cabe o papel de mediador nesse processo de aprendizagem.

    A concepo de aprendizagem que se apoia em um processo de reflexo,

    permite ao aluno gerenciar de forma autnoma seu prprio saber. De acordo com

    CAGLIARI (1998, p.56-57), a verdadeira aprendizagem permite que o aluno v se

    tornando autnomo e dispense a intermediao do professor. Dessa forma,

    independncia e competncia vo se estabelecendo de forma que o aluno busque

    as explicaes adequadas para construir seu prprio saber.

    Para tanto, as simulaes da realidade que esto presentes nas

    interaes sociais, precisam ocorrer. preciso que se reflita que o que se

    capta da realidade e o que se elabora em termos de explicaes quanto a

    mesma, no contemplam a realidade em toda a sua dimenso. Por ser

    dinmica, via de regra, se apresenta imprevisvel ao homem, no sendo

    possvel compreend-la em sua complexidade, sendo, no entanto, necessrio

    refletir sobre ela. O conhecimento se constri em relao ao geral. Para ser

    pertinente, ento, o professor deve trabalhar com a complexidade, que a

    unio entre a unidade e a multiplicidade. Segundo MORIN (2000, p. 38 39), a

    educao deve promover, preferencialmente, a inteligncia geral, a qual est

    apta a referir-se ao complexo, ao contexto, de modo multidimensional e dentro

    de uma concepo global.

  • 37

    A educao deve contemplar a aptido natural da mente para formular

    problemas e resolv-los, estimulando a utilizao da inteligncia geral do aluno.

    O conhecimento deve se desenvolver a partir da ativao da inteligncia geral,

    que opera, organiza, mobiliza os conhecimentos em cada caso, em particular,

    Contrariamente opinio difundida, o desenvolvimento

    de aptides gerais da mente permite melhor

    desenvolvimento das competncias particulares ou

    especializadas. Quanto mais poderosa a inteligncia

    geral, maior sua faculdade de tratar de problemas

    especiais. A compreenso dos dados particulares

    tambm necessita da ativao da inteligncia geral, que

    opera e organiza a mobilizao dos conhecimentos de

    conjunto em cada caso particular. O conhecimento, ao

    buscar construir-se com referncia ao contexto, ao global

    e ao complexo, deve mobilizar o que o conhecedor sabe

    do mundo. Como Franois Recanati dizia, a

    compreenso dos enunciados, longe de se reduzir a

    mera decodificao, um processo no-modular de

    interpretao que mobiliza a inteligncia geral e faz

    amplo apelo ao conhecimento do mundo. Dessa

    maneira, h correlao entre a mobilizao dos

    conhecimentos de conjunto e a ativao da inteligncia

    geral. A educao deve favorecer a aptido natural da

    mente em formular e resolver problemas essenciais e, de

    forma correlata, estimular o uso total da inteligncia

    geral. Este uso total pede o livre exerccio da curiosidade,

    a faculdade mais expandida e a mais viva durante a

    infncia e a adolescncia, que com freqncia a

    instruo extingue e que, ao contrrio, se trata de

  • 38

    estimular ou, caso esteja adormecida, de despertar.

    (MORIN, 2000, p. 39).

    A educao do sculo XXI deve partir dos conhecimentos existentes e

    superar a fragmentao do conhecimento, as contradies inerentes a este,

    que foram gerados por conflitos entre saberes que lutam para se firmar.

    Ao educador, cabe a tarefa de se reconstruir juntamente com seus

    alunos, ser possuidor de um conhecimento que faa sentido. Perceber que se

    encontra em um campo frtil para desenvolver novos olhares, novos

    pensamentos e novos conhecimentos.

    Um novo tipo de homem est surgindo, no planeta. Esse homem ser

    capaz de conviver harmoniosamente com os demais, estabelecendo relaes

    de cooperao.

    A individualidade marcante ceder, aos poucos, lugar ao social, na

    busca de uma vida mais equilibrada e harmoniosa.

  • 39

    CONCLUSO

    Tomando-se por base as reflexes feitas no decorrer do trabalho,

    percebe-se que as dificuldades existentes para se planejar o trabalho docente,

    no ensino universitrio, deve-se no apenas a questes terico-metodolgicas,

    mas tambm a posturas assumidas pelo professor ante o conhecimento e s

    mudanas inerentes a seu tempo.

    Alguns professores crem ser o aluno um simples receptculo de

    informaes; outros creem ser o aluno (e somente ele) o construtor de seu

    prprio conhecimento. Para que elabora construes, preciso que se permita

    a transferncia de conhecimento, por meio do dilogo entre teoria e prtica.

    Para adotar uma postura crtica e reflexiva diante do conhecimento

    preciso rever a prpria prtica, percebendo-se diante de um mundo que busca

    profissionais criativos, ousados, dotados de habilidades que lhes permitam lidar

    com a diversidade, com as demandas de seu tempo.

    A prtica docente apresentada aponta para a construo de saberes que

    s a partir do fazer, da troca, da pesquisa e da autonomia se constitui em saber

    til aos outros seres humanos. Observa-se que possvel, ancorando-se a

    saberes formais de cada campo de saber, planejar um trabalho que busque dar

    conta dos anseios e necessidades de uma sociedade em plena transformao,

    seja trabalhando com questes ticas, seja com outra qualquer. Importa

    perceber que o trabalho no est pronto e nunca estar, pois preciso que

    acompanhe as transformaes, para dar conta da complexidade, que s ser

    contemplada a partir do dilogo entre os diferentes campos do saber.

    A educao, no sculo XXI, deve trabalhar para que o indivduo seja

    crtico e consciente, percebendo-se capaz e responsvel pela criao de uma

    sociedade e de um mundo mais justo. Ao professor caber compreender e se

    ajustar s mudanas descobrindo que preciso aprender sempre.

  • 40

    ANEXOS

    ndice de anexos

    Anexo 1 >> Cronograma de aula.

    Anexo 2 >> Plano de aula. Anexo 3 >> Texto de internet. Anexo 4 >> Texto de jornal. Anexo 5 >> Texto de autoria prpria. Anexo 6 >> Internet. Anexo 7 >> Texto de revista. Anexo 8 >> Texto de internet.

  • 41

    ANEXO I

    DIA DA SEMANA AO HORRIO DINMICA

    SEGUNDA-FEIRA

    Aula presencial

    Noite Leitura e reflexo

    QUARTA-FEIRA

    Envio de texto por e-

    mail.

    Postar comentrios

    no blog.

    Manh

    Prazo at s

    23h59

    Os alunos,

    individualmente,

    devero tecer

    comentrios sobre

    o texto lido no e-

    mail, a partir de

    reflexes

    orientadas.

    SEXTA-FEIRA

    Envio das respostas,

    relativas ao texto, da

    quarta-feira, por e-

    mail

    Envio de atividade

    para todos os grupos

    15h00 s

    21h00

    16h00

    Em grupos, os

    alunos tero 72

    horas para fazer a

    atividade. A

    apresentao dos

    trabalhos, para toda

    a turma, ocorrer

    durante a aula

    presencial, da

    semana seguinte.

  • 42

    ANEXO II

    Plano de aula Disciplina: Portugus Instrumental para o curso de Sistemas de

    Informao. Tema: O avano tecnolgico e seus desdobramentos Justificativa: Nesta aula o assunto, avano tecnolgico, ser abordado

    com vistas a discutir a questo ambiental e suas consequncias. Objetivos Geral discutir questes sobre a tecnologia, nos tempos modernos Especficos - refletir sobre o avano tecnolgico e a qualidade de vida - estabelecer comparaes entre a linha de conduta interna e externa, com relao ao uso da tecnologia. - sintetizar idias; Contedo: O contedo dos textos procura movimentar temas como

    tica e meio ambiente, os quais foram escolhidos aps se observar a turma - as expectativas , ocupaes dos alunos, a troca de informaes sobre os saberes na rea de informtica e a formao de um perfil profissional adequado as necessidades do mercado, perfil esse, que busca profissionais com um cdigo de tica mais arrojado.

    Os critrios abaixo nortearam as escolhas: - o interesse do grupo o texto movimenta saberes da rea de informtica;

    - a adequao s necessidades : necessidade de um contato mais profundo com os desdobramentos que a tecnologia suscita; necessidade de elaborar raciocnio lgico, usando a palavra e no os nmeros como unidade; - significao: o contedo prope reflexes sobre a inadequao do uso indiscriminado da tecnologia; o contedo trabalhado vlido, pois a base para a construo de conhecimentos mais elaborados; - utilidade: o aluno poder transferir o conhecimento construdo para situaes novas; - possibilita a reelaborao: O aluno poder checar informaes anteriores ou obt-las a partir de um processo de reflexo, construindo novos saberes; - flexibilidade: - os contedos podem ser alterados recebendo um grau maior ou menor de complexidade, dependendo da demanda.

    Procedimentos de ensino: Leitura e debate sobre questes pertinentes formao desses profissionais.

    Avaliao: Nvel de reflexo elaborada pelos alunos e a capacidade de transferir o conhecimento, de forma textual.

  • 43

    ANEXO III

    Texto de apoio: MUDANA CONSTANTE, PROGRESSO APENAS RELUTANTE Algumas correntes da filosofia grega pregavam que a realidade podia ser

    encarada como um rio em movimento o constante fluxo da gua o tornava

    sempre um lugar em incessante mudana, jamais havendo dois rios iguais em

    diferentes intervalos de tempo. Tal idia ainda adequada para explicar o

    nosso mundo atual, em que os crescentes avanos dos conhecimentos

    cientficos contribuem para acentuar exponencialmente o fluxo das mudanas,

    ampliando o rio da realidade para uma enorme cachoeira em plena queda.

    Dentro desse novo contexto, cabe discutirmos, ante a velocidade e

    inevitabilidade das mudanas, se elas so positivas para a sociedade em sua

    atual forma e de que modo se desenvolver o contnuo progresso cientfico.

    Primeiramente, associando os dois objetivos citados, vale compararmos

    as idias de progresso cientfico com a de evoluo social. A teoria da

    evoluo, como se sabe, foi desenvolvida por Charles Darwin e sua aplicao

    na compreenso da sociedade humana encontra duas interpretaes distintas.

    A primeira oriunda da corrente nacionalista, do sculo XIX, e encara toda a

    evoluo como um processo linear que resultaria, ao seu trmino, em uma

    sociedade plena por meio de fases evolutivas. As mudanas efetuadas pelo

    homem, nesse caso, seriam necessariamente positivas, pois, por serem frutos

    da acumulao de conhecimentos tcnicos e cientficos, levariam plenitude

    social. Mas baseada justamente na ineficincia de tais avanos tcnicos em

    solucionar as tenses sociais que surge uma segunda interpretao

    evolucionista: a de que o sucesso das mudanas no se relaciona com sua

    capacidade em trazer progresso social, mas depende de fatores como as

    relaes de poder e de explorao, verdadeiros mecanismos de seleo

    natural das mudanas.

    O segundo ponto de vista leva ampla vantagem em relao ao primeiro

    quando comparamos os aspectos tericos diante da dura realidade prtica.

  • 44

    Para isso, basta tomarmos como exemplo a Revoluo Industrial. De acordo

    com os seguidores da evoluo linear, tal revoluo seria extremamente

    benfica, pois permitia, afinal, que o conhecimento obtido pelo homem o

    levasse a melhor controlar seu futuro. No entanto, ela produziu um enorme

    abismo social na Inglaterra, onde fora concebida, e ainda trouxe gravssimos

    danos ao meio ambiente e sade humana. De forma semelhante, podemos

    observar que enquanto o crescimento da tecnologia no ltimo sculo trouxe

    invenes, como os computadores, ela tambm acarretou o desemprego em

    massa, e o aumento agravante das diferenas sociais entre pases pobres e

    ricos.

    O que ocorre, na verdade, que a tecnologia se desenvolveu, ou

    evoluiu, em direo obteno de lucro, e no na melhoria da qualidade de

    vida de grande parcela do globo. Ao contrrio da obteno da utpica

    sociedade plena, a evoluo do conhecimento prejudicou a espcie como um

    todo. Assim fica clara a diferena entre os projetos tcnicos e sociais.

    Infelizmente, enquanto a primeira uma constante do nosso mundo em

    mudana, o segundo continua como um mero sonho.

    Com base nos argumentos levantados, podemos concluir que o atual

    fluxo de mudanas no positivo para a nossa sociedade. Devemos selecionar

    o progresso que nos leve ao surgimento de uma melhor espcie, da mesma

    forma que a natureza seleciona seus habitantes mais adaptados. O

    desenvolvimento do conhecimento torna as mudanas inevitveis, mas ainda

    cabe a ns us-las como forma de melhorar nossa sociedade.

    Lucas Esper Berthoud (Vestibular Unicamp

    Redaes 2003)

    Estudo do texto

    1) Qual a tese defendida pelo autor? 2) No desenvolvimento do texto, em que pargrafo feito o uso de:

    a) aluso histrica; b) exemplificao, comparao e relao de causa e efeito; c) oposio ou contraste;

    3) A linguagem que predomina no texto pessoal ou impessoal? Justifique sua resposta. 4) Pode-se observar maior preocupao com a preciso das informaes ou com a emotividade. Justifique a sua resposta.

  • 45

    ANEXO IV Semana da incluso digital Alerta para lixo Techie

    Quando algum tem um computador antigo do qual quer se desfazer, provavelmente vai repassar as peas para algum que queira us-las, ou doar o equipamento para instituies como o Comit para Democratizao da Informtica (CDI). Nos piores casos, no entanto, um ser desalmado pode acabar decidindo jogar tudinho na natureza, numa agresso desnecessria e inqualificvel. Pois o tema da verso 2008 da Semana da Incluso Digital, que comea hoje e vai at sbado, o descarte de lixo eletrnico.

    Realizada pelo CDI, a semana visa a incitar o debate como lidar com o aumento assustador do lixo tecnolgico? Estimado em 50 milhes de toneladas anuais, este tipo de descarte o que mais cresce em escala global e conta com um elemento complicador: a perigosssima toxicidade.

    Segundo Rodrigo Baggio, fundador e diretor executivo do CDI, cabe no s ao cidado comum como s empresas consumidoras e fabricantes de produtos tecnolgicos assumir seu papel na cadeia que leva ao descarte indiscriminado de material txico no planeta. - No s a produo deve ser levada em conta, mas o descarte tambm. H pases da Europa que j possuem legislao regulando a questo do lixo tecnolgico, mas aqui no Brasil a discusso muito recente diz Baggio.

    O criador do CDI levanta ainda a questo da necessidade do casamento entre programas de incluso digital com os de proteo ao meio ambiente. - Quando falamos em incluso digital, precisamos pensar tambm em sua sustentabilidade e no lixo tecnolgico que estes projetos podem gerar. No adianta criar projetos assistencialistas que acabam em um ano. H de se ter uma viso sistmica da incluso digital. Para ele, a expectativa da Semana que ela gere discusses sobre o assunto na sociedade civil, em rgos do governo e nas empresas. - A viso mais simplista doe seu lixo tecnolgico. E a gente acaba cumprindo esse papel, que deveria, no entanto, ser uma ao institucionalizada diz Baggio. Participam da Semana os estados do Rio, So Paulo, Minas Gerais, Paran, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Maranho, Sergipe, Bahia, Gois, Santa Catarina, Cear e Distrito Federal. Mais informaes em www.cdi.org.br. (Elis Monteiro) O Globo, 24 de maro de 2008. ESTUDO DO TEXTO As respostas sero enviadas na sexta-feira, at as 21h00 1) Nos fragmentos abaixo, o elemento sublinhado possui a mesma carga semntica? ... o equipamento para instituies como Comit para Democratizao da Informtica (CDI). Segundo Rodrigo Baggio, fundador e diretor executivo do CDI, cabe no s ao cidado comum como s empresas consumidoras e fabricantes de produtos tecnolgicos ... 2) Na frase - No s a produo deve ser levada em conta, mas o descarte tambm. Pode-se dizer que o conectivo sublinhado ope idias. Explique. 3) O mesmo ocorre no segmento a seguir? mas aqui no Brasil a discusso muito recente diz Baggio. 4) Pode-se afirmar que as palavras ainda e tambm se equivalem semanticamente, no 5 pargrafo? Explique.

  • 46

    ANEXO V

    TEXTO PARA PROJETO

    CASA DE CULTURA

    Uma casa de cultura entra em contato com uma prestadora de servios na rea de informtica. Os donos desejam informatizar os setores para reduzir a papelada utilizada.

    O espao conta com cinco salas de aula, um jardim, um bar, quatro banheiros, uma recepo, uma sala para o setor administrativo, um cinema, uma biblioteca e um espao para estoque de materiais diversos.

    Os cursos oferecidos tratam de temas variados, que podem ter a durao de quatro a seis encontros de quatro a seis horas cada.

    Aps as aulas, alguns alunos trocam idias no bar que h dentro da casa. As pessoas podem escolher em um cardpio variado, bebidas como vinho, licor, ch, caf, gua, sucos e comidas como massas, pastis etc.

    A casa de cultura, alm de propagar conhecimentos, um espao para fazer novas amizades. Um mesmo tema pode ser aprofundado, gerando mais de um curso, caso os alunos se interessem. O palestrante dever ter um histrico que comprove a competncia no assunto, no sendo condio indispensvel titulao, apenas conhecimento e carisma. Os horrios dos cursos sero: manh, tarde e noite. Os alunos que fizerem dois cursos de seis horas podero freqentar um terceiro curso de seis ou quatro horas, sem custo adicional. O espao possui funcionrios fixos na limpeza, no bar, na administrao, para servios gerais e na secretaria. O quadro de palestrantes ser flutuante dada natureza dos temas abordados. Os professores que resolverem trabalhar com filme ou com qualquer outro recurso, devero comunicar o fato, na secretaria, com uma semana de antecedncia. A contratao, bem como o gerenciamento de pessoal, ficam cargo da administrao. Um candidato a professor e/ou palestrante deve preencher uma ficha contendo dados pessoais, tais como: nome, telefone, estado civil, sexo, RG, CPF, endereo, data de nascimento, reas de conhecimento e atuao. Os professores, administradores e bibliotecrios alm dos demais documentos, devero apresentar diploma de nvel superior na rea de atuao. A casa de cultura deve manter um painel informando sobre os eventos, os horrios, os nomes dos professores e palestrantes, o tempo de durao dos eventos, bem como os custos relativos a cada evento. ( Lucia Helena dos Anjos Rosa, Fev / 2008 )

  • 47

    ANEXO VI

    TEXTO I

    Projeto prev destino final do lixo eletrnico

    Empresas que produzem, comercializam e importam produtos e

    componentes eletroeletrnicos devero ser responsveis pela coleta,

    reutilizao, reciclagem, tratamento e disposio final do lixo tecnolgico,

    mantendo postos de coleta para o recebimento dos produtos descartados pelos

    consumidores. A proposta est em projeto do presidente da Cmara de

    Curitiba, vereador Joo Cludio Derosso (PSDB). A matria foi apresentada

    nesta semana e vai passar pela anlise das comisses permanentes da Casa

    antes de entrar na pauta de votao do plenrio. "Com a acelerao industrial,

    que lana a cada momento novos e sofisticados equipamentos no mercado

    consumidor, deparamos com grave problema ambiental: o lixo eletrnico ou lixo

    tecnolgico", explica Derosso, lembrando que a popularizao dos

    computadores, televisores, aparelhos celulares e eletrodomsticos tem

    colaborado para o crescimento do lixo. Segundo o parlamentar, 50 milhes de

    toneladas de sucata eletrnica so eliminadas por ano no planeta, conforme

    informaes do Greenpeace (...)

    http://www.jornalmeioambiente.com.br/jornal2.pdf

  • 48

    ANEXO VII

    TEXTO II

    O trecho abaixo faz parte de uma matria publicada na revista Carta na Escola, da editora Confiana.

    O lixo no se desmancha no ar

    Lei de Lavoisier fundamental para a conscincia ambiental: "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma"

    ... Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Essa frase

    ainda pouco conhecida no Brasil. Ela poderia e deveria ser a base de todos

    os cursos de educao ambiental. Ela resume, filosoficamente, a chamada Lei

    da Conservao de Massas, enunciada por volta de 1.774 pelo qumico francs

    Antoine Lavoisier, hoje mundialmente conhecida como Lei ou Princpio de

    Lavoisier. Ele foi um dos pais da qumica moderna e muito contribuiu para

    afastar essa nova cincia das crenas sem fundamento da alquimia.

    Preocupado em utilizar mtodos quantitativos, Lavoisier usava balanas de

    grande preciso em suas atividades experimentais. Diz-se que com trs

    balanas, ele separou a qumica da alquimia. Conforme ele demonstrou,

    durante o processo qumico h somente a transformao das substncias

    reagentes em outras substncias, sem que haja perda nem ganho de matria.

    Os tomos das substncias reagentes so encontrados, embora combinados

    de outra forma, nas molculas dos produtos. ... (MIRANDA, 2007, p. 26-27)

  • 49

    ANEXO VIII

    TEXTOIII

    Instrues para doar

    Para doar grandes lotes de equipamentos de informtica:

    Informar quantidade, configurao e localizao dos equipamentos pelo e-

    mail [email protected].

    rgos da administrao pblica federal devem seguir os Decretos n 99.658/90 e n 6.087/07, enviando Secretaria de Logstica e Tecnologia

    da Informao do Ministrio do Planejamento as informaes acima e tambm a classificao de cada item (ocioso, recupervel, antieconmico

    ou irrecupervel).

    Doaes individuais:

    Consultar o CRC mais prximo

    Contato: [email protected]

    http://www.computadoresparainclusao.gov.br/instrucoes-doar.php

  • 50

    BIBLIOGRAFIA

    CAGLIARI, L. C. Alfabetizando sem o b-b-bi-b-bu. So Paulo: Scipione,

    1998

    CARREIRA DOCENTE: O xito e a arte do possvel. Linha Direta, Belo

    Horizonte, n. 127, p. 20, out. 2008.

    .

    EDUCAO para todos. Linha Direta, Belo Horizonte, n. 126, p. 36, 37, set.

    2008.

    MORIN, E. Os sete saberes necessrios. Traduo Catarina Eleonora F. da

    Silva e Jeanne Sawaya. 2 ed. So Paulo: Cortez, 2000.

    ONDE encontrar Jovens Talentos, T&D. So Paulo, Ed. 74, p. 26-31.

    PIMENTA, S. G.; ANASTASIOU, L. G. C. Docncia no Ensino Superior. 3.

    ed. So Paulo: Cortez, 2008.

    SEMANA da incluso digital. O Globo, Rio de Janeiro, 24 mar. 2008.

    Tecnologia, p.4

    VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: Projeto de Ensino-Aprendizagem e

    Projeto Poltico-Pedaggico. 15. ed. So Paulo: Libertad, 2006.

    FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessrios a prtica educativa. 31. Ed. So Paulo: Paz e Terra, 2005.

  • 51

    WEBGRAFIA

    CUNHA, R. Texto dissertativo- argumentativo. Disponvel em:

    acesso

    em 25/09/2009

    DEMO, P. Habilidades do Sculo XXI. Senac. Rio de Janeiro, maio/ago.

    2008. Disponvel em: < http://www.oei.es/pdf2/habilidades-seculo-xxi.pdf >

    Acesso em: 25/09/2009

    GALVO, C. (Coord.) et. al. Orientaes curriculares Ensino Bsico 3

    ciclo. Ministrio da Educao, Lisboa, jun. 2001. Disponvel em:

    . Acesso em: 25/09/2009

    GOVERNO FEDERAL Computadores para doao. Disponvel em:

    . Acesso

    em: 08/09/2009

    JORNALMEIOAMBIENTE. Projeto prev destino final do lixo eletrnico .

    Disponvel em:. Acesso

    em: 25/09/2009

    MIRANDA, E. E. O lixo no se desmancha no ar. Disponvel em: <

    http://www.cartanaescola.com.br/edicoes/21/o-lixo-nao-se-desmancha-no-ar>

    Acesso em 25/09/2009

  • 52

    NDICE

    FOLHA DE ROSTO 2

    DEDICATRIA

    RESUMO

    METODOLOGIA

    SUMRIO

    INTRODUO 8

    CAPTULO I

    O PLANEJAMENTO NA EDUCAO SUPERIOR: 9

    1.1 Plano de ensino 14

    CAPTULO II

    OS SABERES NECESSRIOS A UMA NOVA PRXIS 18

    2.1 Refletir sobre a prtica docente 19

    2.2 Saberes que geram outros saberes 20

    2.3 - Educao e saberes para um novo tempo 22

    2.3.1- A tecnologia na educao 26

    2.3.2- A mudana de paradigma 28

    CAPTULO III

    POR UMA PRXIS RENOVADA 31

    CONCLUSO 39

    ANEXOS 40

    BIBLIOGRAFIA 50

    WEBGRAFIA 51

    NDICE 52

  • 53

    FOLHA DE AVALIAO Nome da Instituio: A VEZ DO MESTRE

    Ttulo da Monografia: PLANEJAMENTO DA EDUCAO SUPERIOR: UM

    OLHAR EPISTEMOLGICO

    Autor: Lucia Helena dos Anjos Rosa

    Data da entrega: 29 de setembro de 2009

    Avaliado por: Prof. Carlos Alberto de Barros Cereja

    Conceito: