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CONTRIBUTOS PARA UMA ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NA U.PORTO

C E D E DISTÂNCIA NA U - paginas.fe.up.ptsfeyo/Docs_SFA_Reitor/UP_Estratégia... · a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na educação ... distância,

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CONTRIBUTOS PARA UMA ESTRATÉGIA 

DE DESENVOLVIMENTO DA 

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NA U.PORTO 

 

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ÍNDICE 

1.  ENQUADRAMENTO ........................................................................................................ 3 

2.  CONCEITOS .................................................................................................................... 3 

3.  O E‐LEARNING NA U.PORTO: PASSADO E PRESENTE ....................................................... 4 

3.1.  b‐Learning ......................................................................................................................... 4 3.2.  e‐Learning .......................................................................................................................... 6 3.3.  Recursos materiais para o e‐learning .............................................................................. 10 3.4.  Recursos humanos para apoiar o e‐learning ................................................................... 12 4.  ANÁLISE SWOT............................................................................................................. 13 

4.1.  Forças .............................................................................................................................. 13 4.2.  Fraquezas ........................................................................................................................ 13 4.3.  Oportunidades ................................................................................................................ 14 4.4.  Ameaças .......................................................................................................................... 14 5.  ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO DO ENSINO A DISTÂNCIA NA U.PORTO ............... 15 

5.1.  b‐Learning ....................................................................................................................... 16 5.2.  e‐Learning ........................................................................................................................ 17 5.3.  MOOC .............................................................................................................................. 19  

ANEXO I ............................................................................................................................... 22 

ANEXO II .............................................................................................................................. 24 

 

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1. ENQUADRAMENTO  

Após  a  consolidação  do  e‐learning  na  U.Porto,  na  sua  vertente  de  complementaridade  ao 

ensino tradicional, importa perspetivar linhas estratégicas para o seu desenvolvimento, nesta e 

eventualmente  também  noutras  vertentes,  tendo  em  consideração  o  posicionamento 

estratégico da Universidade do  Porto  e  as  suas  competências  e  capacidades  internas  neste 

domínio. 

Neste  documento  apresentam‐se  contributos  para  a  definição  de  uma  estratégia  para  a 

educação a distância na U.Porto, incluindo algumas linhas de ação. 

Começa‐se por uma breve introdução sobre o que foi até ao momento o e‐learning na U.Porto, 

após o que se apresenta uma análise SWOT para esta área e se termina com um conjunto de 

propostas de ação para o futuro. Antes porém importa caracterizar as diferentes vertentes de 

educação a distância a ter em consideração. 

2. CONCEITOS 

A  terminologia  “educação  a distância”  incorpora  vários  conceitos distintos. No que  importa 

atualmente à U.Porto, a “educação a distância” refere‐se à educação mediada por tecnologias 

da Internet e em particular da Web. Relativamente a esta,  interessa distinguir, em particular, 

os conceitos de e‐learning, b‐learning e MOOC. 

Apresentam‐se em seguida as definições utilizadas neste documento para estes conceitos. 

e‐learning: ensino apoiado pela disponibilização de  recursos e pela  realização de atividades 

através da Internet, numa perspetiva totalmente a distância, excetuando, eventualmente, a(s) 

componente(s) de avaliação. 

b‐learning: ensino apoiado pela disponibilização de  recursos e pela  realização de atividades 

através da Internet, numa perspetiva de complementaridade ao ensino tradicional. 

MOOC  (Massive Open Online  Courses):  ensino  apoiado  pela  disponibilização  de  recursos  e 

pela realização de atividades através da Web, numa perspetiva totalmente a distância, aberto 

e dirigido a um número muito elevado de estudantes. O primeiro curso com a designação de 

MOOC  foi  oferecido  em  2008.  Os  primeiros  MOOC  apresentavam  uma  abordagem 

construtivista  (cMOOC), substancialmente distinta da abordagem behaviorista utilizada pelos 

MOOC que se generalizaram a partir de 2012 (xMOOC). 

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3. O E‐LEARNING NA U.PORTO: PASSADO E PRESENTE 

A Universidade  do  Porto  foi  pioneira  na  utilização  do  e‐learning  em  Portugal,  a  par  com  a 

Universidade de Aveiro e a Universidade do Minho. Na U.Porto há uma experiência de mais de 

15 anos no domínio da utilização das novas tecnologias na educação, em particular no que se 

refere ao b‐learning. De facto, a iniciativa para a criação de um gabinete (GAEDIST) para apoiar 

a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na educação, tanto do ponto 

de vista técnico como do ponto de vista pedagógico, data de 1998. 

O GATIUP, Gabinete  de  Apoio  para  as Novas  Tecnologias  na  Educação  da Universidade  do 

Porto, surge em 2003, como evolução do GAEDIST.  

3.1. b‐Learning 

Em  2003  já  existiam  diversas  iniciativas  na Universidade  de  produção  de  conteúdos  online. 

Estas  iniciativas  tinham  um  cariz  essencialmente  individual,  resultando  do  entusiasmo  de 

alguns professores. Tal como noutras universidades, designadamente internacionais, este tipo 

de iniciativas dificilmente escalava, mesmo ao nível dos departamentos.  

A estratégia que então se seguiu para promover a utilização das TIC na educação foi procurar 

tirar partido da inovação já existente (bottom‐up) e, através de uma política top‐down, criar a 

escala  desejada.  Almejava‐se,  por  esta  via,  contribuir  positivamente  para  a  qualidade  do 

processo pedagógico e para o melhor desempenho dos estudantes e dos ciclos de estudo.  

Deu‐se  assim  início,  em  2003,  a  um  projeto  a  que  chamou  e‐LearningUP,  que  visava 

incrementar  a  utilização  do  b‐learning  na  Universidade  de  uma  forma  sistemática  e 

sustentada.  O  projeto  durou  5  anos,  partindo  de  uma  meta  de  cerca  de  30  unidades 

curriculares a apresentar pela 1ª vez conteúdos de aprendizagem na Web em cada ano letivo, 

meta esta que cresceu, logo de seguida, para 50 e 100 unidades curriculares.  

A partir de 2008/2009, a utilização do b‐learning na U.Porto tornou‐se uma prática transversal 

nas várias faculdades e muito mais amplamente utilizada. O projeto tinha ganho a escala que 

se pretendia e deixou de ser encarado como um projeto, passando o b‐learning a fazer parte 

integrante da prática pedagógica na U.Porto.  

Para  o  sucesso  alcançado  contribuíram  a  realização  anual  do Workshop  de  e‐Learning  da 

U.Porto, o Prémio de Excelência em e‐Learning da U.Porto e o apoio prestado aos docentes, 

não só na utilização das TIC na educação mas também, no arranque do projeto e‐LearningUP, 

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através  de  recursos  materiais  (portáteis,  câmaras  vídeo,  scâneres,  câmaras  fotográficas, 

software, etc.) que se distribuíram  junto das diferentes faculdades com docentes a participar 

no projeto, o que  foi possível graças ao apoio  financeiro da Fundação Calouste Gulbenkian, 

com a qual se celebrou um protocolo de cooperação para esta área.   

Desde o ano 2003 que a unidade de Novas Tecnologias na Educação organizou o Workshop 

e‐Learning U.Porto. Este evento, dirigido a docentes e estudantes, visou criar um momento de 

partilha  de  práticas  pedagógicas  e  discussão  de  ideias  relevantes  sobre  o  e‐learning  na 

Universidade, tendo‐se constituído como um dos elementos fundamentais de disseminação e 

de  networking  institucional  na U.Porto  para  esta  área,  permitindo  designadamente melhor 

identificar  linhas  de  atuação  para  o melhoramento  contínuo  do  suporte  aos  professores  e 

estudantes.  Neste  workshop  os  professores  apresentavam  publicamente  os  resultados 

alcançados  com  a utilização do b‐learning em unidades  curriculares da U.Porto, dando‐se  a 

conhecer  os mais  bem‐sucedidos  exemplos  da  sua  aplicação  na  Universidade.  Estes  eram 

geralmente  os  candidatos  ao  Prémio de  Excelência  em  e‐Learning da U.Porto. O Workshop 

e‐Learning U.Porto teve 8 edições relativas aos anos letivos entre 2003/04 e 2010/11. A partir 

do  ano  de  2012  este workshop  transformou‐se  no Workshop Anual  de  Inovação  e  Partilha 

Pedagógica da U.Porto sob a responsabilidade do Júri do Prémio de Excelência em e‐Learning 

da U.Porto. 

Em 2004 a U.Porto  instituiu o Prémio de Excelência em e‐Learning. Este prémio, no valor de 

5.000,00 €, atribuído anualmente, visava estimular as boas práticas e reconhecer a utilização 

das TIC no processo de  formação nos ciclos de estudo e  cursos da U.Porto. Teve 7 edições, 

distinguindo 12 professores: 

2004/2005: Pedro Moreira (FCNAUP) /Jaime Villate (FEUP) 

2005/2006:  Paula Andrade e Patrícia Valentão (FFUP) / Paulo Vasconcelos (FEP) 

2006/2007: Fernando Remião (FFUP) 

2007/2008: Maria Amélia Ferreira (FMUP) / Jorge Oliveira (FFUP) 

2008/2009: Isabel Ferreira (FFUP) / André Moreira (FMUP) 

2009/2010: Pablo Payo (ICBAS) 

2010/2011: Daniel Moura (FMUP) 

O Prémio de Excelência em e‐Learning da U.Porto  foi  substituído pelo Prémio de Excelência 

Pedagógica da Universidade do Porto a partir do ano 2012. 

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Tanto a  transformação do Workshop e‐Learning U.Porto no Workshop Anual de  Inovação e 

Partilha Pedagógica da U.Porto como a substituição do Prémio de Excelência em e‐Learning da 

U.Porto pelo Prémio de Excelência Pedagógica da Universidade do Porto foram consequência 

de  recomendações  do  grupo  de  trabalho  sobre  o  ensino  a  distância  criado  no  contexto  do 

CCMEUP,  o  Conselho  Coordenador  do  Modelo  Educativo  da  U.Porto,  reconhecendo‐se 

também  aqui  a  crescente  endogeneização  do  b‐learning  na  prática  pedagógica  na 

Universidade.  

Nesta  vertente  do  ensino  a  distância,  o  plano  estratégico  da  U.Porto  para  o  quadriénio 

2011‐2015 refere a meta de 50% de UC com conteúdos online (b‐learning).  

No  ano  letivo  de  2013/14  o  número  de  UC  com  conteúdos  online  no  Moodle  U.Porto 

apresenta‐se na Figura 1. 

Fig. 1 N.º de UC online no Moodle U.Porto no ano letivo 2013/14, em 2014‐03‐13 

Esta figura mostra que há ainda um longo caminho a percorrer para se atingir a meta de 50% 

apontada no Plano Estratégico da Universidade. 

3.2. e‐Learning  

A oferta de cursos em regime de e‐learning tem sido pontual na U.Porto.  

Em 2006 a unidade de Novas Tecnologias na Educação procurou  incentivar e apoiar a criação 

de  cursos  de  formação  contínua  em  regime  de  e‐learning,  tendo  como  ponto  de  partida 

módulos de unidades curriculares envolvidas no projecto e‐LearningUP. No relatório das suas 

atividades em 2006, esta unidade refere o apoio aos cursos de formação contínua em regime 

de e‐learning “O Acesso à Informação por Assuntos – a Indexação” e “Protecção Integrada da 

Vinha”.  Mais  refere  o  apoio  à  componente  online  dos  cursos  de  formação  contínua  de: 

“Alimentação, Nutrição e Gastronomia”, “Culinária Saudável para Obesos”, “Culinária Saudável 

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Vegetariana”,  “Nutrição  e  Saúde  Cardiovascular”,  “Actualização  em  Antropometria  e 

Composição Corporal”, “Alimentação em Geriatria: o Estado da Arte”, “Sistemas de Gestão da 

Qualidade Alimentar”, “Produtos Destinados ao Controlo de Peso” e “HACCP na Restauração”.  

Em 2007, realizaram‐se dois cursos de educação contínua em regime online, designadamente 

os dois preparados no ano anterior: 

“O Acesso à Informação por Assuntos – a Indexação”, 

https://sigarra.up.pt/flup/pt/G_FORMACAO.detalhe_accao?p_id=3205&p_plano_id=3010 

“Protecção Integrada da Vinha”, 

https://sigarra.up.pt/up/pt/noticias_geral.ver_noticia?p_nr=3677 

Contactaram‐se  também  cerca de 10 docentes de  várias  faculdades no  sentido de avaliar o 

interesse na criação de cursos de educação contínua em regime de e‐learning. Destes, vários 

manifestaram  interesse  em  áreas  tão  diversas  como  Engenharia  Aquática,  Imunologia, 

Culinária e Nutrição, Economia Regional e Urbana. Todavia, os únicos a serem lecionados, em 

2008, foram os cursos: 

“Execução da Segurança na Construção”, 

https://sigarra.up.pt/reitoria/en/noticias_geral.ver_noticia?p_nr=610 

“Actualização contínua em Fiscalidade”, 

https://sigarra.up.pt/up/pt/noticias_geral.ver_noticia?P_NR=6312 

Para  além  destes,  a  própria  unidade  de Novas  Tecnologias  na  Educação  procurou  oferecer 

pequenos módulos de formação a distância. 

Em 2009, manteve‐se o curso “Execução da Segurança na Construção” e, de novo, a unidade 

de Novas Tecnologias na Educação procurou oferecer módulos de formação online: 

Elaboração de guiões de animação  

E‐Learning – o e‐book como objecto de aprendizagem  

E‐Learning avançado ‐ Criação de actividades pedagógicas no Moodle  

Estratégias de utilização de portefólios  

Iniciação ao E‐Learning ‐ criação de um curso on‐line no Moodle  

Treino básico em testes de escolha múltipla 

Destacam‐se também dois cursos da FCUP que aparecem referidos como sendo oferecidos em 

regime online no Catálogo da Formação Contínua da U.Porto: 

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E‐learning no Ensino da Química  

Geometria Analítica ‐ História e Métodos 

Em 2010, seis novos cursos de educação contínua passaram a estar disponíveis online: 

Virtualização da Docência ‐ Estratégias e Modelos 

Actualização de Professores de Português Língua Estrangeira 

Estruturação e criação de Recursos no Moodle (Inicial) 

Criação de Actividades Pedagógicas no Moodle (Avançado) 

Páginas Web ‐ Boas Práticas 

Acessibilidade na Sala de Aula 

O  curso  “Actualização  de  Professores  de  Português  Língua  Estrangeira”  foi  acreditado  pelo 

Conselho Científico‐Pedagógico da Formação Contínua do Ministério da Educação.  

Com mais de 50% da respetiva carga horária lecionada online, funcionaram também em 2010 

os cursos: 

Treino Básico em Testes de Escolha Múltipla 

Língua Portuguesa para Estudantes ERASMUS (Nível I) 

Língua Portuguesa para Estudantes ERASMUS (Nível II)  

Em 2011 a formação online não sofreu alterações de relevo. Regista‐se a realização duas ações 

de carácter  técnico por parte da unidade de Novas Tecnologias na Educação, em articulação 

com o Serviço de Apoio ao Estudante com Deficiência da U.Porto: 

Acessibilidade na Sala de Aula: Conceitos e Regras Básicas 

Conteúdos Digitais em Formato DAISY 

Em  2012  destacam‐se  as  ações  promovidas  pela  unidade  de  Formação  e  Organização 

Académica  no  âmbito  do  Plano  de  Formação  Pedagógica  e  Tecnológica  para  Docentes  da 

U.Porto, lecionadas em regime online em mais de 50% da respetiva carga horária. 

Também se destaca a seleção do serviço de e‐learning da U.Porto pelo Gabinete de Avaliação 

Educacional  (GAVE)  para  a  realização  de  formação  em  regime  online.  O  GAVE,  enquanto 

gabinete  responsável  pelo  acompanhamento  do  processo  de  classificação  de  provas  de 

Exames Nacionais e pela formação nesta área, reconhecendo a importância de que se reveste 

a  formação de  formadores, nomeadamente em ensino a distância, pretendeu dar resposta a 

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esta necessidade de formação, para dotar os seus formadores dos recursos, das técnicas e das 

ferramentas  indispensáveis  ao  seu  trabalho. O GAVE  reconheceu  que  a  equipa  de  apoio  à 

plataforma Moodle da U.Porto podia garantir com qualidade técnica e pedagógica a formação 

dos  seus  formadores,  bem  como  dar  o  apoio  e  o  acompanhamento  a  estes  formadores 

durante a transmissão da formação aos professores classificadores que integram a BPC (Bolsa 

de  Professores  Classificadores). Neste  enquadramento  estabeleceu  uma  cooperação  com  a 

Universidade do Porto para oferecer formação específica nesta área, para docentes dos vários 

ciclos  de  ensino,  através  da  sua  plataforma  Moodle,  garantindo  uma  utilização  segura, 

permanente e com elevado nível de qualidade. A Universidade do Porto, através da unidade 

de Novas  Tecnologias  na  Educação,  ofereceu  um  curso  de  formação  de  “Treino  online  em 

Moodle e técnicas de tutoria” para 300 formadores do GAVE. Numa fase seguinte, estes 300 

formandos  foram  eles  próprios  formadores  dos  professores  classificadores  dos  exames 

nacionais, num total de 6000 inscritos e 300 ações de formação a decorrer em simultâneo no 

Moodle U.Porto. A  formação de “Treino online em Moodle e técnicas de tutoria” teve ainda 

uma edição extra que decorreu entre 19 e 29 de novembro, que envolveu 39 formandos e 30 

horas de formação. 

Salienta‐se que o curso “Treino Online em Moodle e Técnicas de Tutoria” está acreditado pelo 

Conselho Científico‐Pedagógico da Formação Contínua do Ministério da Educação. 

Em  2013,  também  com mais  de  50%  da  respetiva  carga  horária  em  regime  de  e‐learning, 

destaca‐se o curso: 

Treino básico em testes com perguntas de escolha múltipla  

O Catálogo de Formação Contínua da Universidade do Porto para o ano  letivo de 2013/2014 

(https://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=1005816)  não  apresenta

qualquer referência a cursos em regime de e‐learning. 

Distintivo é o caso do Curso de Especialização em Saúde Geriátrica, da FMUP, que é oferecido 

simultaneamente nos regimes presencial e online, 

https://sigarra.up.pt/fmup/pt/cur_geral.cur_view?pv_ano_lectivo=2013&pv_origem=CUR&pv

_tipo_cur_sigla=E&pv_curso_id=2421.

No  final  de  janeiro  de  2014  a  Secretaria  de  Estado  do  Ensino  Superior  (SEES)  promoveu  a 

constituição de um “grupo de reflexão para uma estratégia nacional de E‐learning”, tendo em 

vista a discussão de possíveis estratégias nacionais de afirmação do ensino a distância baseado 

  10 

 

na rede. Designadamente, este grupo deverá debruçar‐se sobre a disponibilidade e  interesse 

das universidades para construir uma  iniciativa conjunta de ensino pela  Internet que poderá 

reforçar a aprendizagem de estudantes convencionais e de estudantes residentes em Portugal 

e  no  estrangeiro.  Seria  também  uma  montra  internacional  do  ensino  superior  público 

português. A Universidade do Porto integrou este grupo, tendo participado da primeira e única 

reunião  realizada  até  à  data,  no  passado  dia  5  de  fevereiro. Nesta  reunião  acordou‐se  dar 

conhecimento à SEES da oferta em regime de e‐learning de cada instituição. A informação da 

U.Porto, que realizou um levantamento interno, via CCMEUP, em todas as suas faculdades, foi 

enviada à SEES em 2014‐02‐21 e apresenta‐se no Anexo I, deste documento.  

A  título  de  conclusão,  no  que  se  refere  ao  e‐learning  na U.Porto,  embora  os  contactos  de 

estudantes  nacionais  e  internacionais  que  procuram  cursos  oferecidos  em  regime  de 

e‐learning seja crescente, a baixa motivação dos professores e a falta de incentivos específicos 

para  promover  o  aparecimento  deste  tipo  de  oferta  não  têm  permitido  atingir  resultados 

significativos. Todavia, o plano estratégico da U.Porto para o quadriénio 2011‐2015 aponta o 

objetivo  de  aumentar  a oferta  de  formação  pós‐graduada  online  não  conferente  de  grau  e 

creditada. 

3.3. Recursos materiais para o e‐learning 

A Universidade  do  Porto  dispõe  de  excelentes  condições materiais  para  a  oferta  de  cursos 

online. Em primeiro  lugar, possui uma  rede de comunicações de elevado desempenho, quer 

internamente, quer na  ligação à Rede Nacional de Ciência Tecnologia e Sociedade (RCTS). Os 

equipamentos  que  suportam  esta  ligação,  atualmente  à  velocidade  de  10  Gigabit/s,  têm 

capacidade para suportar velocidades mais elevadas.   

Também as capacidades de computação, armazenamento (servidores e storage) e alojamento 

em centros de dados são suficientes, não existindo limitações que possam colocar em causa a 

oferta de educação a distância. 

Existem  boas  condições  para  a  gravação  de  aulas  através  do  serviço  EDUCAST, 

https://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=1000433.  Por  outro  lado,  para 

gravações  de  elevada  qualidade,  existem  recursos  na  TVU  que  podem  ser  utilizados.  A 

comparação  já  efetuada  entre  os  recursos  existentes  na  TVU  e  os  existentes  no  Center  for 

Digital Education da École Polytechnique Fédérale de Lausanne mostra que a TVU dispõe das 

condições técnicas necessárias, por exemplo, para a produção de MOOC. 

  11 

 

No que  se  refere ao EDUCAST, existem atualmente dois kits na U.Porto para assegurar este 

serviço. A generalizar‐se a gravação de aulas com recurso ao EDUCAST, será necessário investir 

num maior  número  destes  kits,  cujo  custo  unitário  é  da  ordem  de  3.000,00  €  +  IVA.  Será 

também  conveniente  assegurar  localmente  a  capacidade  de  acolhimento  deste  serviço  na 

U.Porto,  no  que  se  refere  ao  software  e  servidores,  caso  o  mesmo  possa  vir  a  ser 

descontinuado pela FCCN/FCT. A FCCN/FCT mantém um acordo  com a  sua homóloga Suíça, 

Switch,  para  a  oferta  deste  serviço  na  rede  portuguesa.  Existe  também  um  acordo  entre  a 

FCCN/FCT e a U.Porto para garantir a formação inicial e o serviço de suporte técnico às equipas 

locais EDUCAST nas instituições de ensino superior nacionais. 

A U.Porto dispõe  também de capacidades  locais de videoconferência e de  telepresença, que 

poderão  ser  utilizadas  no  contexto  da  educação  a  distância.  Todavia,  a  sala  de 

videoconferência de maior  capacidade  (30 pessoas) e  versatilidade,  situada na  reitoria  (sala 

434)  já  tem  9  anos  e  carece  de  atualização.  Também  o  período  de  garantia  da  sala  de 

telepresença  termina  em  2013,  o  que  implicará,  daqui  em  diante,  um  investimento  para  a 

U.Porto  para  a  sua manutenção  e  atualização.  Não  é  previsível  que  a  FCCN/FCT  venha  a 

suportar os respetivos custos. 

Relativamente a software, a generalidade do software necessário é do domínio público ou  já 

existem condições para a sua utilização na U.Porto. Foram várias as plataformas para a gestão 

de conteúdos de aprendizagem (LMS) que se utilizaram na U.Porto, de 1998 até ao presente, 

nomeadamente o WebCT, o Luvit e o Moodle. A partir do ano letivo 2009/10, a U.Porto passou 

a  disponibilizar  apenas  o Moodle. O Moodle  (Modular Object‐Orientated Dynamic  Learning 

Environment)  é  uma  plataforma  aberta,  desenvolvida  e  mantida  à  custa  de  um  esforço 

colaborativo  de  uma  das  maiores  equipas  técnicas  open  source  do  mundo 

(https://moodle.org/).  É  também  um  dos  ambientes  de  gestão  de  aprendizagem  mais 

populares  (https://moodle.org/stats/).  Em  2013/14  integraram‐se  as  várias  plataformas  de 

e‐learning Moodle existentes na U.Porto numa só plataforma. O Moodle U.Porto passou a ser 

utilizado por todas as entidades constitutivas da Universidade. 

A U.Porto  tem  procurado  integrar  com  o Moodle  outras  aplicações  com  interesse  para  os 

professores  que  incorporam  as  TIC  nas  suas  estratégias  pedagógicas.  São  exemplo,  a 

plataforma  Turnitin,  para  ajuda  na  deteção  de  plágio,  o  Respondus,  questionários  e 

ferramentas de autoteste, algumas componentes da suite Google Apps, entre muitas outras. 

Está presentemente em  curso a avaliação da versão 2.6 do Moodle, que  já  incorporará, em 

particular  as Google Apps,  a  aplicação  de  e‐portefólios Mahara  e  o  CertificatesWall  profile. 

Importa destacar que o próprio Moodle inclui um conjunto alagado de ferramentas que pelas 

  12 

 

suas  características  trazem uma mais‐valia para o ensino  a distância,  como por exemplo os 

chats e os fóruns de discussão.  

Ainda no domínio do software, vale a pena salientar o licenciamento a nível nacional, em 2013, 

pela  FCCN/FCT,  do  software  Adobe  Connect.  Este  software  permite  criar  um  ambiente  de 

colaboração Web sofisticado, suportando a realização de sessões síncronas ou o visionamento 

posterior  das  mesmas,  integrando  com  ferramentas  de  e‐learning  como  o  Moodle.  Este 

software  já  é  utilizado  na  FMUP,  nomeadamente  no  Curso  de  Especialização  em  Saúde 

Geriátrica. 

Onde se verifica a menor capacidade de resposta da U.Porto em termos de recursos materiais 

para a educação a distância é nas condições para a realização de testes e exames online. De 

facto,  não  existem  salas  suficientes  em  número,  capacidade  e  condições  técnicas  para  a 

realização deste tipo de exames. A educação a distância não tem necessariamente de  incluir 

uma avaliação mediada por computador mas, cada vez mais, as condições para a realização de 

testes e exames online são solicitadas pelos professores da U.Porto no contexto do b‐learning.  

É interessante referir que são atualmente residuais dificuldades de acesso ou de utilização das 

tecnologias na U.Porto. A análise do projeto e‐LearningUP publicada na tese de doutoramento 

“O  Currículo  e  a  Prática  Pedagógica  com  recurso  ao  b‐Learning  no  Ensino  Superior”  da 

estudante Angelica Monteiro da FPCEUP, em 2011, mostra que já no final do projeto, em 2008, 

o acesso dos estudantes à  Internet a partir de casa é generalizado  (> 92%) e a  facilidade de 

acesso elevada (> 96%). Também os conhecimentos para a utilização das TIC não constituem 

óbice  e  os  estudantes  consideram  que  acedem  facilmente  aos materiais  online  de  apoio  à 

aprendizagem e que estes são uma boa ajuda ao seu desempenho na unidade curricular. 

3.4. Recursos humanos para apoiar o e‐learning 

Na  sequência  da  integração  das  várias  plataformas  de  e‐learning  da  U.Porto  numa  só 

plataforma, o Moodle U.Porto, as equipas técnicas que apoiam o e‐learning na Universidade 

passaram  também  a  trabalhar  conjuntamente,  contando  à  data  com  10  técnicos  seniores 

especializados nesta área. 

Estes técnicos não só conhecem bem a plataforma Moodle como estão aptos a apoiar outras 

plataformas e aplicações e a produzirem conteúdos multimédia para a educação a distância. 

São múltiplos  os  exemplos  de  produção  de  animações,  vídeos,  simulações,  dinamização  de 

fóruns  e  chats,  desenvolvimento  de  portefólios  digitais,  e‐books,  apoio  à  criação  de 

  13 

 

questionários/testes  online,  designadamente  com  recurso  a  CAT  (Computer  Adaptative 

Testing), apoio à gravação e difusão de aulas, à utilização de ferramentas de webconference, 

produção  de  conteúdos  acessíveis  para  estudantes  com  necessidades  especiais,  apoio  à 

utilização de ferramentas da Web 2.0 (Google Apps, Facebook, LinkedIN, etc.), entre outros. 

A publicação eduTIC, que esta equipa criou na Web, é uma boa  fonte de  informação para o 

conhecimento das competências e capacidades existentes, http://elearning.up.pt/edutic/. 

Salienta‐se  a  continuada  e  forte  participação  de  elementos  desta  equipa  em  projetos 

internacionais,  alguns  dos  quais  tem  coordenado,  e  em  eventos  nacionais  e  internacionais, 

onde  frequentemente  apresenta  comunicações  e  submete  artigos,  nomeadamente  em 

coautoria  com  professores  da U.Porto.  Estas  atividades  têm  permitido  à  equipa manter‐se 

permanentemente  atualizada  relativamente  às  plataformas  e  ferramentas  de  apoio  ao 

e‐learning e às boas práticas neste domínio. 

4. ANÁLISE SWOT 

Uma  análise  das  forças,  fraquezas,  oportunidades  e  ameaças  que  se  enfrentam  numa 

determinada área é fundamental para perspetivar uma linha de atuação futura. 

Considerando as quatro classes  tradicionais de uma matriz SWOT, procurou‐se proporcionar 

uma visão das principais determinantes estratégicas para o e‐learning.  

4.1. Forças 

Reconhecimento da U.Porto como instituição de ensino superior de referência; 

Qualidade do corpo docente; 

Experiência de 15 anos na utilização das TIC na educação; 

Qualidade das infraestruturas técnicas de suporte; 

Existência de uma equipa de técnicos seniores especializados em e‐learning; 

Número de professores que já utilizam as TIC num contexto pedagógico; 

Investigação e capacidade de inovação neste domínio. 

4.2. Fraquezas 

Inexistência de uma estratégia para o e‐learning na U.Porto; 

Dificuldades de articulação entre os intervenientes neste domínio; 

Baixo reconhecimento do e‐learning na prática pedagógica; 

  14 

 

Receio de menor qualidade no ensino a distância; 

Dificuldades de creditação do ensino a distância; 

Resistência de adaptação à mudança. 

4.3. Oportunidades 

Reflexo  nas  instituições  de  ensino  superior  da  crise  económico‐financeira,  com 

consequentes cortes nas verbas provenientes do OE;  

Tendência decrescente no número de candidatos “tradicionais” ao ensino superior; 

Endogeneização das TIC nas atividades profissionais e sociais; 

Recetividade dos estudantes para a utilização das TIC na aprendizagem; 

Processo de ensino/aprendizagem centrado no estudante; 

Incremento da multidisciplinaridade; 

Aumento da competitividade nas instituições de ensino superior; 

Aumento  da  procura  de  formação  de  ensino  superior  em  países  lusófonos  e  latino‐

americanos; 

Procura crescente de educação a distância; 

Visibilidade da educação a distância junto dos órgãos de gestão criada pelos MOOC;  

Ausência de uma  referência nacional ou  internacional em  língua portuguesa na área do 

e‐learning. 

4.4. Ameaças 

Resistência à aposta no e‐learning por parte dos órgãos de gestão; 

Insuficiência  de  condições  (motivação,  tempo,  reconhecimento, …)  para  os  professores 

investirem no e‐learning; 

Desarticulação entre serviços de suporte; 

Falta de estratégia coletiva; 

Sistema de qualidade da U. Porto insuficientemente consolidado; 

Oferta limitada de atividades de formação em parceria com Universidades de renome; 

Perda de pessoal docente  altamente qualificado,  atraído pelas  condições oferecidas em 

universidades de prestígio;  

Captação de técnicos especializados por entidades externas; 

Forte concorrência de outras universidades situadas em grandes economias emergentes, 

detentoras  de  condições  privilegiadas  em  termos  de  centralidade,  custos  e  capital 

humano, principalmente ao nível do segundo e terceiro ciclos 

  15 

 

5. ESTRATÉGIA  DE  DESENVOLVIMENTO  DO  ENSINO  A  DISTÂNCIA  NA 

U.PORTO 

Tendo em conta a situação atual na U.Porto no que se refere à utilização do ensino a distância, 

nas  suas  diferentes  vertentes,  as  suas  principais  determinantes  estratégicas  e  a  Visão  da 

Universidade,  

“A  U.PORTO  será  uma  universidade  de  investigação,  considerada  uma  referência  nacional  e 

internacional pela excelência das suas atividades, capaz de atrair estudantes, em particular de segundo 

e terceiro ciclos, docentes e investigadores de grande qualidade de todo o mundo e de realizar parcerias 

estratégicas  com  universidades  de  excelência,  encontrando‐se,  em  2020,  entre  as  100  melhores 

universidades a nível mundial.” 

considera‐se  ser estratégico para a Universidade do Porto posicionar‐se  como  referência na 

oferta pós‐graduada de ensino a distância, com os seguintes objetivos principais: 

Atrair bons estudantes de segundo e terceiro ciclos; 

Realizar parcerias estratégicas com universidades de referência; 

Melhorar o desempenho dos estudantes; 

Melhorar o desempenho dos ciclos de estudo e cursos; 

Incrementar a ligação às entidades empregadoras e à comunidade empresarial; 

Aumentar a visibilidade da U.Porto a nível nacional e internacional; 

Constituir uma oferta de qualidade de educação a distância em língua portuguesa; 

Gerar receitas próprias. 

O  investimento  na  vertente  de  e‐learning  não  deve  significar  uma  menor  atenção 

relativamente à utilização das TIC para acrescentarem valor ao ensino presencial. De facto, a 

utilização sistemática do b‐learning pode contribuir ativamente para o aumento da qualidade 

do ensino e da  aprendizagem dos estudantes, potenciando uma  aprendizagem  centrada no 

estudante  e  um  ambiente  cooperativo  entre  os  estudantes  e  os  seus  professores.  Este 

ambiente poderá proporcionar novos modelos de ensino, designadamente com menor carga 

horária  letiva.  Por  exemplo,  numa  abordagem  do  tipo  JiTT  (Just  in  Time  Teaching),  os 

estudantes  antes  de  assistirem  às  aulas  têm  que  desenvolver  atividades  prévias  ‐  como  a 

leitura de artigos, de partes de  livros ou de outros documentos e, cada vez mais, de vídeos, 

cursos  open  source  ou  de  outros  recursos multimédia  ‐,  complementadas  com  atividades 

específicas  nos  ambientes  de  gestão  de  aprendizagem  online.  Os  resultados  atingidos  nas 

atividades  online  permitem  aos  professores  percecionarem  melhor  as  dificuldades  dos 

  16 

 

estudantes  e direcionarem  as  aulas para  ajudarem  a  resolvê‐las, por  exemplo,  constituindo 

grupos  de  estudantes  para  debaterem  determinados  tópicos  com  posterior  apresentação  e 

debate das conclusões em sala de aula. 

Procurar‐se‐á, pois, elencar um conjunto de iniciativas abrangentes para o desenvolvimento da 

educação a distância na U.Porto, em várias das suas vertentes. 

5.1. b‐Learning 

Na vertente b‐learning, as principais iniciativas que se identificaram referem‐se ao incremento 

do reconhecimento institucional da importância da utilização das TIC no ensino tradicional, ao 

aumento  da  divulgação  em  cada  faculdade  de  bons  exemplos  de  utilização  das  TIC  na 

educação e ao reforço de alguns recursos de apoio. 

Aumentar o reconhecimento institucional do b‐learning.  

Dando maior relevo a questões relativas ao b‐learning no inquérito pedagógico da 

U.Porto; 

Divulgando  mais  frequentemente  e  de  forma  mais  incisiva  notícias  sobre  a 

utilização de b‐learning nas práticas pedagógicas, por exemplo, com a publicação 

de entrevistas a professores e a estudantes e de notícias na newsletter da U.Porto 

e com uma maior dinâmica de destaques no SIGARRA da U.Porto;  

Dando maior ênfase à utilização do b‐learning no Prémio de Excelência Pedagógica 

da U.Porto, designadamente na sua apresentação: 

https://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?p_pagina=1010576; 

Promovendo  apresentações  sobre  a  utilização  do  b‐learning/e‐learning  na 

educação na Workshop Anual de Inovação e Partilha Pedagógica da U.Porto; 

Fomentando a inclusão na avaliação dos docentes de indicadores que respeitem à 

utilização do b‐learning; 

Promovendo  a  indicação  do  workload  de  atividades  de  b‐learning  nas 

componentes de ocupação da ficha da unidade curricular; 

Promovendo  a  divulgação  interna  de  análises  anuais  sobre  a  utilização  do 

b‐learning na U.Porto. 

Aumentar a divulgação do b‐learning nas faculdades. 

Fazendo no âmbito do CCMEUP uma análise da perceção dos professores, em cada 

faculdade, sobre a utilização do b‐learning e sobre a realização de testes e exames 

online, com o objetivo de identificar constrangimentos e formas de os ultrapassar; 

  17 

 

Desenhando,  em  articulação  com  o  CCMEUP,  um  conjunto  de  ações  locais  de 

divulgação do b‐learning e criando melhores condições locais para a realização de 

testes e exames online. 

Melhorar recursos de apoio.  

Criar um repositório de conteúdos pedagógicos abertos, para fomentar a partilha 

de conteúdos de aprendizagem e incrementar o reconhecimento da U.Porto nesta 

área, designadamente no contexto da estratégia “Opening up Education” da CE 

(http://ec.europa.eu/education/news/doc/openingcom_en.pdf); 

Promover,  no  âmbito  de  reuniões  com  os  órgãos  de  gestão,  a  criação  de  um 

conjunto  de  salas  nas  faculdades  devidamente  preparadas  para  a  realização  de 

exames  online.  Estas  salas  poderão  constituir‐se  também  como  um  recurso  a 

disponibilizar a instituições externas interessadas. 

5.2. e‐Learning 

Relativamente à vertente e‐learning, as  iniciativas a desenvolver visam, em primeiro  lugar, a 

criação de oferta de formação contínua online. À medida que esta oferta é criada sugerem‐se 

iniciativas para promover a sua atratividade junto de estudantes nacionais e internacionais. 

Aumentar a oferta de cursos online no catálogo de formação contínua da U.Porto.  

Criando  contrapartidas  mais  favoráveis  para  os  professores  na  lecionação  de 

cursos online; 

Criando  um  programa  interno  de  financiamento  anual  competitivo  para  o 

desenvolvimento  de  cursos  de  especialização  creditados  (ECTS)  em  regime  de 

e‐learning; 

Criando um “conselho para o e‐learning” na Universidade, com competências para 

avaliar e acompanhar a qualidade da oferta  formativa online, que deverá emitir 

pareceres para os órgãos competentes das faculdades e da Universidade; 

Oferecendo  aos  professores  da  U.Porto  formação  (preferencialmente  online) 

especificamente desenhada para  facilitar a criação de oferta  formativa online de 

qualidade;  

Criando  condições  para  a  realização  de  inscrições  online,  incluindo  formas  de 

pagamento também online, designadamente com recurso a cartão de crédito; 

Promovendo  ativamente  a  divulgação  junto  dos  professores  das  iniciativas  de 

e‐learning da Universidade e dos resultados alcançados anualmente; 

  18 

 

Dando  visibilidade  institucional  aos  professores  que mais  se  destacarem  neste 

domínio; 

Criando objetivos SIADAP para os serviços de formação contínua para a oferta de 

cursos  online,  definindo metas  concretas,  à  semelhança  do  que  se  fez  para  o 

b‐learning, em 2003. 

Aumentar  a  frequência  de  antigos  estudantes  da  U.Porto  em  cursos  de  especialização 

online, reforçando a sua ligação à Universidade. 

Desenhando uma campanha de divulgação específica junto dos antigos estudantes 

da U.Porto da oferta formativa em regime online e de condições especiais que os 

antigos estudantes podem usufruir para se inscreverem. 

Incrementar  a  atratividade dos  cursos de  especialização online da U.Porto por parte de 

estudantes em países lusófonos e latino‐americanos. 

Desenhando  uma  campanha  de  divulgação  específica  para  estudantes  nestes 

países, recorrendo designadamente ao acordo  já existente com a AULA‐CAVILA e 

eventualmente  com  a UnyLeya, mas  assegurando  que  os  conteúdos  formativos 

permaneçam no domínio up.pt, da U.Porto. A plataforma da Bolsa de Emprego da 

U.Porto  (integrada na  rede  internacional da Universia), poderá  também  facilitar 

esta divulgação; 

Dando  destaque  à  oferta  educativa  online  no  portal  da  U.Porto.  Na  nova 

apresentação deste portal, será importante manter uma gateway específica para a 

oferta formativa online. 

Realizar parcerias estratégicas com empresas para a oferta de formação online à medida. 

Enfatizando a vertente online para este tipo de oferta formativa nos contactos que 

já  se mantêm  ou  que  se  venham  a  desenvolver  para  a  formação  profissional  à 

medida. 

Realizar parcerias estratégicas com instituições de ensino superior de referência em países 

de língua portuguesa, para a criação de um portal agregador da formação online oferecida 

por cada uma das instituições (esta linha de atuação deverá articular‐se ou ser substituída 

pela iniciativa entretanto promovida pela SEES).   

Os conteúdos formativos poderão continuar a existir em cada instituição, se estas 

assim o entenderem. O portal poderá  também alojar diretamente conteúdos de 

cursos que as instituições pretendam alojar diretamente no portal e conteúdos de 

cursos em associação que se venham a criar em regime online.  

  19 

 

5.3. MOOC 

O envolvimento da U.Porto na oferta de unidades de formação abertas e a distância através de 

plataformas específicas, das quais as que suportam os MOOC são neste momento as de maior 

impacto, tem  interesse, para além da oferta  formativa de cursos de  formação em regime de 

e‐learning, designadamente pelas seguintes razões:  

Fortalecer a “marca” U.Porto na Formação; 

Captar  mais  facilmente  estudantes  para  a  formação  graduada,  que  poderiam  não 

considerar à partida a U.Porto na sua escolha inicial; 

Dar mais visibilidade à U.Porto em iniciativas internacionais de acesso aberto a formação. 

Uma tecnologia inovadora tem um percurso ao longo do tempo que passa por um crescimento 

normalmente rápido, um pico de expectativas inflacionadas e um declínio dessas expectativas, 

que pode evoluir para um posterior abandono ou aceitação dessa tecnologia. O Hype Cycle da 

Gartner para os MOOC (ver Figura 2.) é característico deste comportamento. Presentemente, 

não é clara a evolução dos MOOC no futuro e a “poeira” está ainda longe de assentar. 

Tendo em consideração as razões acima expostas, não se defende a dispersão de iniciativas da 

U.Porto  neste  domínio.  Assim,  a  aposta  em  plataformas  que  não  têm  atualmente  grande 

impacto, como o iTunes U (http://itunes.stanford.edu/; http://ucv.uc.pt//ucv/media/uc‐entra‐

no‐itunesu)  e  outras  congéneres,  não  se  afigura  de  interesse.  Parece mais  compensador  a 

aposta numa plataforma internacional de grande visibilidade e a aposta numa plataforma para 

a oferta de MOOC em língua portuguesa. 

Relativamente  à  plataforma  internacional,  é  indiscutível  a  grande  visibilidade  e  impacto  do 

Coursera, https://www.coursera.org. 

  20 

 

 

Fig. 2 MOOC Hype Cycle (http://www.slideshare.net/navigateHighEd/the‐mooc‐hype‐cycle‐nov‐2012) 

Sugerem‐se as seguintes iniciativas: 

Criação anual e pelo menos duas UC online abertas (MOOC). 

Seleção de UC a oferecer (PT ou UK) em áreas de grande procura e de oferta ainda 

relativamente reduzida, onde a U.Porto tenha fortes competências. Por exemplo, 

para 2014, “data analytics”, “cybersecurity” e “Português para estrangeiros”; 

Continuação  das  negociações  com  o  Coursera  para  aceitação  da  U.Porto  como 

universidade  parceira,  tendo  como  base  as  UC  a  oferecer  numa  primeira  fase. 

Considerar,  logo à partida, a possibilidade de emissão de certificados com custos 

associados; 

Celebração de acordo com o Portal Universia para possibilitar a ampla utilização da 

plataforma Miríada X pela U.Porto; 

No primeiro ano, suporte de uma visita de estudo por parte dos professores das 

UC selecionadas e de dois técnicos, da TVU e da unidade de Novas Tecnologias na 

Educação,  à  Universidade  Autónoma  de  Barcelona,  onde  já  existem  contactos, 

para melhor conhecer o processo de criação de uma UC para oferta em  formato 

MOOC (a Universidade Autónoma de Barcelona já utiliza a plataforma Coursera); 

  21 

 

Suporte  da  participação  dos  professores  das  UC  selecionadas  anualmente  para 

apresentação de resultados num evento de impacto internacional; 

Negociação  com  as  faculdades  de  origem  dos  professores  das UC  selecionadas 

anualmente, para o reconhecimento do respetivo serviço docente. 

Criação de uma oferta de MOOC em  língua portuguesa, eventualmente em parceria com 

instituições conceituadas de ensino superior em países de língua portuguesa. 

Divulgar  a  oferta  formativa  em  regime  a  distância  na  plataforma  da  CE,  OpenupED, 

http://www.openuped.eu/  (neste  momento  existe  apenas  um  curso  em  português  na 

plataforma OpenupED oferecido pela Universidade Aberta);  

Divulgar  a  oferta  formativa  em  regime  a  distância  e  em  língua  Portuguesa  no  portal 

AULA‐CAVILA (http://www.cavila.org/aula). 

Relativamente a plataformas a utilizar para a oferta de MOOC  sugerem‐se pelo menos duas 

plataformas. Para a oferta em  língua portuguesa a plataforma Miríada X apresenta‐se neste 

momento como a mais apropriada, embora uma plataforma nacional que venha a ser criada 

possa vir a  ter maior  interesse. Para MOOC em  língua anglo‐saxónica a plataforma Coursera 

poderá gerar um maior  impacto  internacional. Adicionalmente  será de ponderar a utilização 

de  uma  plataforma  gerida  pela  U.Porto.  Existe  software  do  domínio  público  e  capacidade 

técnica  interna  na  instituição  para  o  desenvolvimento  e  manutenção  de  uma  plataforma 

própria. Salienta‐se que a comunidade Moodle está a desenvolver componentes para facilitar 

a criação e gestão de MOOC neste sistema. Também, por exemplo, a plataforma edX, criada 

pelo Massachusetts Institute of Technology e a Universidade de Harvard, foi disponibilizada de 

forma livre através da OpenEdX (http://code.edx.org/). 

Não sendo ainda claro o caminho que tomarão os MOOC é aconselhável manter uma atenção 

especial  a  esta  vertente  do  ensino  a  distância,  alinhando  a  estratégia  da  U.Porto  em 

conformidade  com  a  evolução  que  se  vier  a  verificar.  Por  exemplo,  a  participação  na 

plataforma VEDUCA (http://www.veduca.com.br/) poderá revelar‐se uma mais‐valia.  

A Universidade do Porto tem vantagem em acelerar a sua oferta de MOOC. Outras instituições 

de ensino superior nacionais apresentam já ofertas a este nível, como mostra o levantamento 

recente realizado pela unidade de e‐learning da U.Porto e que se apresenta no Anexo II. 

Por último,  face às competências  já existentes na U.Porto e à  importância desta área para a 

Universidade sugere‐se o reforço da  investigação neste domínio, designadamente através do 

Laboratório para a Inovação em Media da U.Porto (MIL ‐ Media Inovation Labs). 

  22 

 

 

 

 

ANEXO I 

                       

23 

 

Regime  Duração  Créditos  N. Máx. Estudantes 

Coordenador  Faculdade  Ano de funcionamento 

100% online  3 semanas 

1,0 ECTS  12  Prof.ª Doutora Ana Aguiar  Faculdade de Ciências  2007 

100% online  6 semanas 

   12  Prof.ª Doutora Fernanda Ribeiro  Faculdade de Letras  2007 

100% online  4 semanas 

1,5 ECTS  20  Prof. Doutor Alfredo Soeiro  Faculdade de Engenharia 

2008 

100% online        35        2009 

                    

100% online           Professora Doutora Alexandra Lopes  Faculdade de Letras  2013 

Presencial&Distância  1 ano  35 ECTS  30 (a distância) 

Prof.º Doutor Ovídio Costa  Faculdade de Medicina  2013/14 

76% online  25 horas  n/a  25  Unidade de Novas Tecnologias na Educação  Reitoria  2014 

65% online  20 horas  n/a  25  Unidade de Novas Tecnologias na Educação  Reitoria  2014 

100% online  20 horas  n/a  25  Unidade de Novas Tecnologias na Educação  Reitoria  2014 

100% online  20 horas  n/a  25  Unidade de Novas Tecnologias na Educação  Reitoria  2014 

100% online  20 horas  n/a  25  Unidade de Novas Tecnologias na Educação  Reitoria  2014 

100% online  12 horas  n/a  25  Unidade de Novas Tecnologias na Educação  Reitoria  2014 

100% online  25 horas  n/a  25  Unidade de Novas Tecnologias na Educação  Reitoria  2014 

100% online  20 horas  n/a  25  Unidade de Novas Tecnologias na Educação  Reitoria  2014 

100% online  15 horas  n/a  25  Unidade de Novas Tecnologias na Educação  Reitoria  2014 

100% online  15 horas  n/a  25  Unidade de Novas Tecnologias na Educação  Reitoria  2014 

100% online  15 horas  n/a  25  Unidade de Novas Tecnologias na Educação  Reitoria  2014 

 

Designação   Endereço  Faculdade 

Curso de apoio à utilização da plataforma Moodle U.Porto 

http://openeducationeuropa.eu/pt/course/curso‐de‐apoio‐utiliza‐o‐da‐plataforma‐moodle‐uporto http://moodle.up.pt/course/view.php?id=23  

Reitoria 

 

  24 

 

 

 

ANEXO II 

  

 

25 

 

MOOCs em IES em Portugal 

IES  URL   Plataforma  Promotor  Cursos 

Universidade Aberta 

http://imooc.uab.pt/cursos Moodle / ELGG    iMOOC “Alterações Climáticas: o contexto das experiências de vida” ( piloto) 

Instituto Politécnico de Leiria 

http://ead3.ipleiria.pt/  Moodle Unidade de Ensino a Distância  

Construção e partilha de mapas mentais

Conhecer as WCAG 2,0 ‐ Diretrizes de acessibilidade para conteúdos web Como evitar o plágio

Produção e partilha de vídeos em contexto educativo Estruturar um curso no Moodle

Agenda exames: português

Agenda exames: Física e Química

Agenda exames: Biologia e Geologia

Agenda exames: Matemática A

Apresentações Criativas com o Prezi

Universidade de Coimbra 

http://www.ed.uc.pt/educ/curso?id=40 Moodle Unidade de Ensino a Distância  

Escrita Criativa ‐ "A outra tradição"

Escola Superior de Educação de Santarém 

http://eraizes.ipsantarem.pt/ Moodle Gabinete do elearning  http://moocbyjoomla.danielalouraco.com/index.php/pt

/ Joomla Mooc_Joomla

http://cveportfolio2013.wordpress.com/ Wordpress Mooc_ecurriport

http://augmentedreality2012.wordpress.com/ Wordpress Mooc_Realidade aumentada

http://fablabdaeses.wordpress.com/ Wordpress Mooc_Fab Lab da ESES

http://socialnetworksmooc.wordpress.com/ Wordpress Mooc_Redes sociais

Ministério da Educação e Ciência 

http://etwinning.mooc.dge.mec.pt/ Moodle Serviço de Apoio Nacional do eTwinning (NSS),  integrado na Equipa de Recursos e Tecnologias Educativas, da Direção‐Geral de Educação 

MOOC eTwinning