24
CUIDADOS NUTRICIONAIS NAS ENTEROPATIAS: DOENÇAS INFLAMATÓRIAS DO INTESTINO (DII) Prof a . Luciana Trindade Teixeira Rezende

C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

CUIDADOS NUTRICIONAIS NAS ENTEROPATIAS: DOENÇAS INFLAMATÓRIAS DO INTESTINO (DII)

Profa. Luciana Trindade Teixeira Rezende

Page 2: C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

DIARRÉIAS OBJETIVOS

Determinar a causa e verificar o tratamento; Prevenir ou corrigir a desidratação e

desequilíbrios eletrolíticos; Regularizar a motilidade intestinal;

Corrigir as intolerâncias e alergias.

Page 3: C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

1o. Passo: TRO (OMS). Consistência e característica da dieta: Manter a dieta adequada à idade, peso e

estatura do paciente. Dieta adaptada às condições de mastigação e

deglutição. Fracionamento: 6 refeições. Reposição de Na, K, líquidos (água, sucos de

frutas, caldos de legumes, água de coco, chás: erva-cidreira, camomila...), bebidas isotônicas.

DIETOTERAPIA

Page 4: C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

Reduzir temporariamente as fibras insolúveis (preferir as solúveis).

Após episódios de diarréia introduzir gradualmente as fibras insolúveis à dieta volume de fezes ajuda a regularizar o trânsito intestinal normal.

Evitar alimentos com lactose no início. Após a melhora retornar gradualmente conforme tolerado.

Probióticos pode ajudar a recolonizar o TGI.

DIETOTERAPIA

Page 5: C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

CASOS ESTEATORRÉIA Esteatorréia:

Dieta Hipogordurosa: < 20 % VCT Utilizar Triglicérides de Cadeia Média (TCM):

3 a 5%.

Page 6: C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

INTOLERÂNCIA À LACTOSE Genética: muito raro. A criança já nasce

sem a capacidade de produzir lactase. Pelo fato de o leite materno também conter lactose, o bebê sofre os sintomas desde o seu nascimento.

Secundária: pode ser desencadeada por uma diarréia prolongada que provoque lesão na mucosa do intestino e morte das células locais produtoras da enzima. A digestão do leite volta ao normal assim que as células intestinais são repostas.

Page 7: C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

Clínicos: esteatorréia, flatulência, distensão abdominal, cólica, vômitos, desidratação (desequilíbrio hidroeletrolítico), fezes com sangue, perda de peso e desnutrição.

Bioquímicos: exame de fezes (teste de acidez das fezes), teste oral de tolerância à lactose (monitoração da quantidade de hidrogênio nos gases exalados pela respiração, após a ingestão da lactose), biópsia para dosagem de lactase.

SINTOMAS

Page 8: C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

OBJETIVOSRegularizar o trânsito intestinal;

Reduzir os sintomas gerais;Recuperar o estado nutricional do paciente.

Page 10: C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

CARACTERÍSTICA DA DIETAAlguns Adultos: após melhora do

quadro pode ser reintroduzido o leite como parte da refeição, os queijos envelhecidos ( teor de lactose) e o iogurte (depende da marca e método de processamento).

Cálcio: suplementação medicamentosa se necessário..

Page 11: C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

COLITE ULCERATIVA

Page 12: C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

DEFINIÇÃO E EPIDEMIOLOGIA Doença inflamatória intestinal que

acomete a mucosa do intestino grosso, geralmente difusa, comprometendo grandes segmentos ou apenas o reto, com aparecimento de lesões ulceradas.

Page 13: C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

DEFINIÇÃO E EPIDEMIOLOGIA Acomete igualmente homens e

mulheres. Incidência: 100 casos por 100.000

pessoas, sendo mais freqüente nos Ocidentais que nos Orientais.

Causa idiopática: doença auto-imune relacionada a fatores genéticos ou ambientais.

Diagnóstico: geralmente antes dos 30 anos de idade, porém pode ter início em qualquer período etário.

Page 14: C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

SINAIS E SINTOMASDores abdominais com cólicas;Febre;Náuseas e vômitos;Diarréia sanguinolenta;Fissuras anais ou abscessos retais;Úlceras superficiais ou penetrantes

com tendência a perfurações ou a obstruções (estenoses);

Dilatação do cólon;Anemia;Desnutrição e desidratação.

Page 15: C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

DOENÇA DE CHRON

Page 16: C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

DEFINIÇÃO E EPIDEMIOLOGIA É uma doença inflamatória crônica, que pode

ocorrer em parte do TGI, ou desde a boca até o ânus. O íleo e o cólon ascendente são as porções mais freqüentemente acometidas.

Page 17: C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

DEFINIÇÃO E EPIDEMIOLOGIA

Atinge principalmente mulheres jovens com idades entre 10 e 30 anos.

Incidência: 1 caso em 1000 pessoas. Etiologia desconhecida: provável hiperatividade

intestinal do sistema imune devido a fatores ambientais (vírus/bactéria) com tendência genética.

Page 18: C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

SINAIS E SINTOMAS Cólicas, flatulência, náuseas e vômitos; Diarréia com possível esteatorréia,

sangue, muco e secreção purulenta; Febre; Hipoalbuminemia; Anorexia, perda de peso, anemia,

deficiência de ácido fólico e vit B12; Estreitamento do lúmen (podendo

ocasionar estenose, obstruções); Formação de fístula; Perfuração intestinal = peritonite.

Page 19: C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

DIAGNÓSTICO DAS DII

Colonoscopia Radiografias com contrastes Tomografia Computadorizada (TC) Biópsia de cólon

Page 20: C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

TRATAMENTO DAS DII Tratamento medicamentoso: Antimicrobianos (sulfassalazina): nas

exacerbações (fase aguda); Antiinflamatórios (corticosteróides), que

podem reduzir a absorção de folato, alterar a glicemia, aumentar o catabolismo, promover edema;

Antiespasmódicos e antidiarréicos; Imunossupressores: usados quando há

refratariedade ao tratamento com as drogas citadas.

Tratamento cirúrgico: ressecção intestinal. Suporte nutricional.

Page 21: C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

DIETOTERAPIA: OBJETIVOS

Restaurar e manter o estado nutricional respeitando a capacidade absortiva intestinal do paciente;

Manter o equilíbrio de líquidos e eletrólitos;

Favorecer um balanço nitrogenado positivo.

Page 22: C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

LOCAL Vitaminas e Minerais e Eletrólitos

Macro nutrientes

Duodeno Vitamina A, Tiamina, Ferro e

Cálcio

Monossacarídeos, Dissacarídeos, Aminoácidos,

Ácidos Graxos Jejuno Inteiro Vitamina C, D, E

K,B1,B2,B3,B6. Ácido Pantotênico, Ácido Fólico, Cobre,

Zinco, Potássio, Biotina, Cálcio,

Magnésio, Fosfóro.

Monossacarídeos (Glicose e

Galactose), Aminoácidos,

Colesterol, Ácidos Graxos

Jejuno Proximal e Distal

Vitamina A, Ácido Fólico e Ferro

Lactose

Íleo, Local de absorção de

Ácidos Biliares

Vitamina B12, Cloreto, Sódio,

Potássio

Dissacarídeos

Cólon Biotina e Sódio H²O, Ácidos Graxos de Cadeia Curta

Page 23: C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

DIETOTERAPIA: CARACTERÍSTICAS Calorias: hipercalórica (40 a 50 kcal / kg peso /

dia). Proteínas: normo ou hiperprotéica (1,0 a 1,5 g /

kg peso / dia). Gordura: hipolipídica (até 20% do VET) devido à

esteatorréia. Usar TCM. Se possível incluir ômega 3 (papel antiinflamatório).

Carboidratos: completar o VET. Eliminar lactose e sacarose.

Suplementação de minerais (Ca, Mg, Fe, Zn) e vitaminas (Vit. B12, ácido fólico e lipossolúveis).

Page 24: C UIDADOS N UTRICIONAIS NAS E NTEROPATIAS : D OENÇAS I NFLAMATÓRIAS DO I NTESTINO (DII) Prof a. Luciana Trindade Teixeira Rezende

SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS