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1 CADERNO DE ORIENTAÇÃO ACADÊMICA CURSO DE GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA

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CADERNO DE ORIENTAÇÃO ACADÊMICA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA

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Conteúdo

I. ABERTURA.......................................................................................................................................... 3

II. MENSAGEM DO REITOR .................................................................................................................... 4

III. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 5

IV. BOAS VINDAS ..................................................................................................................................... 6

V. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ......................................................................................................... 7

VI. O CURRÍCULO..................................................................................................................................... 8

VII. EIXOS DE FORMAÇÃO E CATEGORIAS ............................................................................................. 14

VIII. SISTEMA DE AVALIAÇÃO ................................................................................................................. 15

IX. ASPECTOS DA ESTRUTURAÇÃO CURRICULAR DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA ...... 18

X. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ........................................................................................................... 23

XI. MATRIZ CURRICULAR ....................................................................................................................... 25

XII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................ 26

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I. ABERTURA

Coração de Estudante

Quero falar de uma coisa

Adivinha onde ela anda

Deve estar dentro do peito

Ou caminha pelo ar

Pode estar aqui do lado

Bem mais perto que pensamos

A folha da juventude

É o nome certo desse amor

Já podaram seus momentos

Desviaram seu destino

Seu sorriso de menino

Quantas vezes se escondeu

Mas renova-se a esperança

Nova aurora, cada dia

E há que se cuidar do broto

Pra que a vida nos dê

Flor, flor e fruto

Coração de estudante

Há que se cuidar da vida

Há que se cuidar do mundo

Tomar conta da amizade

Alegria e muito sonho

Espalhados no caminho

Verdes, planta e sentimento

Folhas, coração,

Juventude e fé.

Composição: Wagner Tiso / Milton Nascimento

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II. MENSAGEM DO REITOR

Prezado estudante,

Ao longo do tempo a educação vem enfrentando o desafio de acompanhar as diversas

transformações ocorridas no mundo. A todo o momento nos deparamos com situações

complexas, para as quais, na maioria das vezes, não cabe uma única resposta. Momentos em que

as perguntas não cessam e as mudanças são companheiras inseparáveis das diversas formas de

viver e de sentir.

Entendemos que a educação deve servir como ferramenta potente de questionamento da

realidade e de invenção de possíveis soluções. O desafio com que nos deparamos é o de

promover uma formação integradora dos diversos conhecimentos. Esta é nossa missão:

“constituir-se, no contexto sócio-econômico, em um pólo regional de educação continuada,

ciência, tecnologia e cultura, formando uma consciência crítica orientada por princípio

interdisciplinar, que contribua para a construção de uma sociedade justa, solidária e ética”.

O curso Graduação em Matemática no UNIFESO ousa na construção de um projeto inovador e

necessário frente ao cenário educacional de nosso país. Sua proposta rompe com uma visão

simplista do processo ensino aprendizagem. O que se propõe é a criação de um espaço em que o

perfil do estudante seja o de um pesquisador, de alguém que pode aprender a formular suas

próprias questões, a encarar a experiência diária como dados que conduzem a respostas a essas

questões, a considerar casos discrepantes e explorar interpretações alternativas.

A aposta que fazemos em metodologias ativas de ensino, centradas nos estudantes, que

valorizam o aprender a aprender e que conduzem à problematização do saber, é por acreditar em

uma formação que promova cada vez mais a construção de um profissional altamente

qualificado, autônomo e produtor de intervenções mais ativas e críticas.

Nossa meta é a de possibilitar que o estudante possa ser um agente de transformação da

realidade. O Credenciamento em Centro Universitário, em 2006, foi o reconhecimento aos

nossos esforços em oferecer aos estudantes um ensino de qualidade, comprometido com a

atuação de nossos egressos e implicado com a concretização de nossa missão.

Sejam bem-vindos a mais uma etapa de construção de sua trajetória profissional!

Prof. Luis Eduardo Possidente Tostes Reitor do UNIFESO

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III. INTRODUÇÃO

“O matemático é aquele que deduz resultados a partir de conceitos e premissas,

mediante raciocínios puramente lógicos, mas também deve ser capaz de criar

modelos para caracterizar e quantificar relações de outras ciências, o que dá à

matemática seu quádruplo caráter: de ciência, arte, jogo e ferramenta” (Susana

Fornari, UFMG).

O desenvolvimento tecnológico fez com que a Matemática ganhasse uma dimensão diferente nos

últimos anos, conquistando cada vez mais espaço no mercado de trabalho. Ela é a base

fundamental para a formação teórica em todos os cursos da área de Ciências Exatas e da Terra.

A estrutura curricular do curso Graduação em Matemática no UNIFESO foi elaborada com o

objetivo de oferecer aos estudantes a oportunidade de obter uma formação em que a Matemática

é tratada como uma ferramenta essencial a ser utilizada em seu cotidiano. O atual

desenvolvimento tecnológico cada vez mais presente no dia a dia das pessoas, com a utilização

de equipamentos eletrônicos cada vez mais sofisticados, abre novos horizontes e caminhos para a

inovação em outras áreas, entre elas a área pedagógica. A possibilidade de utilização de recursos

multimídia, computadores, aparelhos de DVD, etc., permitem cada vez mais facilmente, a

transmissão do conhecimento de uma maneira moderna e inovadora, abrindo possibilidades de

visualização de aplicações da Matemática que há pouco tempo atrás eram difíceis de se

transmitir. Tais recursos, bem trabalhados pelo professor, incentivam o aprendizado e

contribuem para a inclusão dos alunos em um mundo contemporâneo.

Outro ponto do curso a ser realçado, é a abordagem adotada para transmitir aos alunos a

importância da Matemática como instrumento de análise, tratamento de dados e apresentação de

resultados obtidos em experimentos, assim como sua utilização em áreas tanto científicas quanto

tecnológicas. Com esse objetivo, a integração entre áreas como a Física, a Engenharia, a

Biologia, a Ciência da Computação e a Pedagogia, têm um papel fundamental.

Em consonância com a política para o ensino do UNIFESO, o curso Graduação em Matemática

pretende proporcionar a seus estudantes a qualidade técnica necessária à sua formação

profissional, possibilitando sua inserção ativa e participativa nos diferentes contextos sociais.

Para tanto, no processo de construção do conhecimento, a aprendizagem ganha um status sine

qua non, numa perspectiva dinâmica, e não numa visão estática de transmissão passiva de

conteúdos de disciplinas isoladas. A atitude investigativa da pesquisa como princípio pedagógico

permeia toda a organização curricular, articulando de forma indissociável, ensino, pesquisa e

extensão. O ensino passa a ser visto como uma vinculação ao pólo unificador do processo:

pesquisa que gera ensino e que se traduz socialmente na extensão.

A Pró-Reitoria de Graduação, a Direção do Centro de Ciências e Tecnologia e as Coordenações

dos cursos Graduação em Matemática, Engenharias de Produção e Ambiental e Ciência da

Computação, estão confiantes e envidarão esforços para que esta proposta se faça de maneira

comprometida com a formação de profissionais capazes de atuar na realidade nacional de forma

resolutiva e ética. Portanto, sua participação é essencial na construção conjunta de mais um

passo fundamental na história do UNIFESO.

Pró-Reitor de Graduação: Prof. José Feres Abido Miranda

Direção do Centro de Ciências e Tecnologia: Prof.ª Elaine M P de Andrade

Coordenação do curso Graduação em Matemática: Prof.ª Elaine M P de Andrade

Coordenação dos cursos Graduação em Engenharia de Produção e Engenharia

Ambiental: Prof. ª Elisabeth Flávia R. O. da Motta

Coordenação do curso Graduação em Ciência da Computação: Prof. João Fernando Diniz Falcão

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IV. BOAS VINDAS

Estimados estudantes e professores,

Sejam bem-vindos a este semestre de trabalho!

Iniciamos uma nova etapa em nossa rotina de trabalhos e construções. Estamos à frente de um

novo projeto, um novo curso, uma nova história no UNIFESO. Para isso, contamos com a

cooperação e dedicação de toda a equipe para a realização frutífera e harmoniosa dos objetivos a

serem alcançados.

Devemos atentar constantemente para a necessidade de trabalho em equipe e ratificar a cada dia,

a importância de nossa atuação para alcançar a meta primordial: a formação de um profissional

crítico e reflexivo, atuante de forma consciente e ética na sociedade.

Este caderno traz informações para o desenvolvimento aprimorado do processo de trabalho que

você terá neste período, contendo diversos assuntos de seu interesse e que facilitarão o

conhecimento do contexto de sua atuação. Dentre outras informações, a estrutura curricular e o

processo de avaliação são aqui abordados, portanto, uma leitura detalhada se faz necessário para

que tenhamos unidade de condutas e sintonia.

Desejamos a todos um ótimo trabalho!

Coordenação do Curso de Graduação em Matemática

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V. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS

CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS – UNIFESO

CONSELHO DIRETOR

Presidente: Irineu Dias da Rosa

Vice-Presidente: Antônio Luiz da Silva Laginestra

Alice Rodrigues Nunes Pereira

Basílio Nodar Matalobos

Hermínio Gomes de Mello

Jorge de Oliveira Spinelli

Kival Simão Arbex

REITORIA

Chanceler: Irineu Dias da Rosa

Reitor: Prof. Luis Eduardo Possidente Tostes

Pró-Reitor de Graduação: Prof. José Feres Abido Miranda

Pró-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão: Prof. Vicente de Paulo Carvalho

Madeira

Pró-Reitor de Administração: Prof. Luiz Fabiano Freire de Oliveira

CENTRO DE CIÊNCIAS e TECNOLOGIA - CCT

Diretora: Prof.ª Elaine Maria Paiva de Andrade

COORDENAÇÃO DO CURSO GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA

Prof.ª Elaine Maria Paiva de Andrade

COORDENAÇÃO DO CURSO GRADUAÇÃO EM ENGENHARIAS DE PRODUÇÃO E

AMBIENTAL

Prof.ª Elisabeth Flávia R. O. da Motta

COORDENAÇÃO DO CURSO GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

Prof. João Fernando Diniz Falcão

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VI. O CURRÍCULO

A concepção de currículo do Curso envolve muitos aspectos, destacando-se um diferencial para

os atores, para os processos de aprender e ensinar e para a formação profissional. Neste sentido,

optou-se por uma concepção epistemológica que se orienta pela relação ação-reflexão-ação. Isto

implica em construir um currículo que privilegie o espaço da pesquisa e que sua formatação

represente a formação vivenciada, buscando as metodologias ativas como norteadoras do

trabalho docente e meio para a construção do conhecimento dos alunos em formação. A proposta

do curso aponta para a compreensão de que este é o espaço onde a formação se efetiva e a

proposta pensada se concretiza. Neste sentido, é importante considerar que o currículo manifesta

os saberes e fazeres, aqui concebidos como processos que se constroem coletivamente, por meio

da participação e da visão de que o conhecimento é uma construção. Buscou-se, então, avançar

para uma proposta onde a relação com o conhecimento possibilite concretizar uma abordagem

que transite pela multi, inter e transdisciplinaridade, entendendo que implementar um currículo

que rompa com a disciplinaridade é um processo complexo e que estas três dimensões serão

etapas a serem vividas e coexistirão também na construção dinâmica da estrutura aqui

apresentada.

Ingresso

O ingresso no curso de Matemática acontece através do vestibular semestral, da prova do ENEM

ou por análise curricular para transferências e reingresso.

Regime de funcionamento

Regime escolar: Semestralidade

Duração

Licenciatura:

Mínimo: 6 semestres (três anos)

Máximo: 10 semestres (cinco anos)

Turno de funcionamento: Noturno

Número de vagas: 60 alunos por semestre

Duração da hora/aula: 50 (cinqüenta) minutos

Calendário Escolar: 200 (duzentos) dias letivos, distribuídos em 2 (dois)

períodos regulares.

Carga horária da Licenciatura:

2800 h

Componentes Curriculares da Licenciatura

Nº COMPONENTES CURRICULARES C. H. DISTRIBUIÇÃO

1 - Conteúdos de Natureza Científico–

Cultural – CNCC 1800 h. Ao longo de todo o curso

2 - Prática Como Componente Curricular –

PCCC 400 h. Ao longo de todo o curso

3 - Estágio Curricular Supervisionado de

Ensino – ECSE 400 h. A partir do 4º período do curso

4 - Atividades Acadêmico–Científico–

Culturais - AACC 200 h. Ao longo de todo o curso Elaboração própria a partir da Resolução CNE/CP 2/2001 e Parecer CNE/CP 28/2001

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Sobre os Conteúdos de Natureza Científico-Culturais (CNCC)

Constituem as “disciplinas” que compõem o curso. Fazem parte destes conteúdos: i) um eixo

central composto pelo núcleo das matemáticas; ii) os conteúdos considerados das fronteiras da

matemática, de grande importância porque respaldam o conhecimento histórico; e iii) as

disciplinas do campo pedagógico, educacional ou profissional. Devem perfazer, no mínimo,

1800 horas.

Sobre as Atividades Acadêmico-Científico-Culturais (AACC)

Constituem complementação e enriquecimento do trabalho acadêmico1, visando a formação do

professor como um todo. Contemplam seminários, apresentações, exposições, participação em

eventos, estudos de caso, visitas, ações de caráter científico, técnico, cultural e comunitário,

produções coletivas, monitorias, projetos de ensino, de pesquisa etc. Perfazem ao todo 200 horas

que devem ser acumuladas ao longo de todo o curso.

Sobre as Práticas Como Componentes Curriculares (PCCC)

Pela pouca objetividade com que a legislação desenvolve o seu significado, as práticas

constituem um conceito passível de controvérsias e interpretações variadas. Porém, as discussões

estabelecidas no UNIFESO, têm caminhado no sentido de se admitir que as Práticas Como

Componentes Curriculares constituem, de fato, um saber que pressupõe a apreciação de

determinados conteúdos, seguida de uma reflexão sobre a sua constituição no percurso da ação,

tendo em vista o exercício da profissão a que se destina. No nosso caso específico, tratando-se de

uma licenciatura que prepara a docência em Matemática, essas práticas devem produzir uma

reflexão e um saber voltados para a prática do magistério. Este é um espaço de uma área do

conhecimento, hoje em franca expansão, conhecida como “ensino de” (Ensino de Matemática,

Educação História, Ensino de Geografia, Ensino de Ciências etc.) que trata da especificidade de

cada curso na sua interface com a sala de aula.

As práticas são atividades que devem ter no mínimo 400 horas, serão realizadas, basicamente,

em contexto de sala de aula na instituição formadora com horário fixado, não se tratando de uma

aula no sentido tradicional. Deve ter outra dinâmica, na qual teoria e prática formem uma

unidade, interpenetrada e focada no exercício futuro da profissão.

Sobre o Estágio Curricular Supervisionado de Ensino (ECSE)

Com uma carga horária de 400 horas, essa atividade deverá ser supervisionada por professores

do curso. São atividades situadas a partir do 4º período e serão desenvolvidas em unidades de

ensino da Educação Básica, preferencialmente no Centro Educacional Serra dos Órgãos e outras

instituições conveniadas com o UNIFESO. O estágio constitui um importante momento da

licenciatura, pois possibilita ao mesmo tempo a realização do momento do fazer, e uma

oportunidade para o estudante aplicar, em situações reais, habilidades, capacidades e

conhecimentos teóricos. Se o aluno já trabalha no magistério, a legislação lhe permite abater 200

horas desta atividade.

1 Pelo Parecer 28/2001 estas atividades compõem um todo com as disciplinas dos conteúdos científico-culturais,

formando com elas um núcleo acadêmico de no mínimo 2.000 horas (1800 + 200 horas), p. 12 e 13.

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Sobre o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

O Trabalho de Conclusão de Curso – TCC no UNIFESO é regulamentado pelo Parecer 13/10 do

Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CEPE e pela Resolução 12/10 do Conselho de

Administração Superior – CAS, tendo sido aprovado na reunião conjunta CEPE/CAS de 26 de

agosto de 2010. Esta regulamentação tem por objetivo abordar o TCC em seus aspectos

acadêmicos e pedagógicos, mas deixa aos Cursos, no nível de seus Colegiados e Coordenações, a

aplicação destas normas e seus desdobramentos segundo as especificidades de cada área do

conhecimento. No UNIFESO, o TCC é uma atividade curricular complementar e obrigatória do

processo de ensino-aprendizagem dos Cursos de Graduação, definida e caracterizada como

elaboração e formulação de um produto final de demonstração da capacidade e da competência

do formando em sua área de formação, razão de seu caráter individual.

Ainda observando os componentes da estrutura dos cursos de licenciatura e levando em conta o

lócus de sua realização, podemos realizar uma outra classificação, muito necessária no momento

da operacionalização do curso. Podemos então detectar dois cenários distintos: os internos e os

externos.

I. Cenários Internos são aquelas que se desenvolvem no espaço na sala de aula. Essas

atividades constam da matriz curricular, possuem um horário definido e ficam a cargo de um

professor responsável pela disciplina ou prática. Incluem-se como atividades dos cenários

internos as Disciplinas de conteúdos científico-culturais e as Práticas como componentes

curriculares.

II. Cenários Externos são aquelas realizadas fora do espaço da sala de aula, podendo e em

alguns casos devendo ser realizadas fora da própria instituição, e que são acompanhadas pelos

supervisores. Nesse caso encontram-se o Estágio curricular supervisionado de ensino e as

Atividades acadêmico-científico-culturais.

AS ATIVIDADES DOS CENÁRIOS INTERNOS

Os Conteúdos de natureza científico-cultural

Perfazem um total de 1800 horas e são facilmente identificáveis. São conteúdos referentes às

disciplinas nucleares da Matemática, às disciplinas da fronteira da Matemática e às disciplinas

pedagógicas.

A Prática como componente curricular

Este componente da matriz, por possuir um conceito pouco definido na legislação, deu margem a

interpretações nem sempre coincidentes ao longo desses últimos anos. A partir do

aprofundamento da análise dos pareceres e resoluções emitidos pelo MEC, construímos de

forma gradativa, o conceito de prática curricular. Vejamos agora como as práticas estão tratadas

na matriz do curso de Matemática.

As Práticas curriculares que compõem a matriz possuem uma interpretação mais elaborada,

desenvolvida a partir de estudos da legislação em vigor, ocupando um lugar destacado no

planejamento curricular. Entende-se que as Práticas curriculares constituem um momento muito

especial dos cursos de licenciatura, oportunidade em que se realiza uma reflexão mais profunda

sobre o fazer do professor. É o momento de uma “reflexão sobre o fazer”. Perfazem 400 horas

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distribuídas ao longo de todo o período, e serão concretizadas no Núcleo de Atividades

Integradas – NAI, conforme se pode observar no quadro IV.

Práticas curriculares desenvolvidas no NAI

Componentes 1º p 2ºp 3º p 4º p 5º p 6º p

1 Oficina de Matemática I x

2 Oficina de Matemática II x

3 Oficina de Matemática III x

4 Metodologia e Produção de Saberes x

5 Pesquisa em Matemática x

6 Oficina de Idéias x

Carga horária total 67h 67h 67h 67h 66h 66h

Ementas das Práticas Curriculares

PRÁTICAS

1 Oficina de Matemática I

O componente curricular foi concebido como um espaço para reflexão sobre os sujeitos,

os saberes e a prática, a partir das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso

Graduação em Matemática, buscando explicitar articulações entre conhecimento

científico e cotidiano na produção da cultura escolar.

2 Oficina de Matemática II Focaliza as discussões no campo do currículo de Matemática. Examina particularmente

os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática para Ensino Fundamental.

3 Oficina de Matemática III Focaliza as discussões no campo do currículo de Matemática. Examina particularmente

os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática para Ensino Médio.

4 Metodologia e Construção do Conhecimento

Orientações para a realização de seminários e trabalhos acadêmicos individuais ou em

grupos. Orientações para a produção de trabalhos acadêmicos: monografias, artigos,

resenhas, papers, fichamentos, resumos etc. Orientações, enfim, para a elaboração de

projetos: científicos, pedagógicos, de ensino etc.

5 Pesquisa em Matemática

Elaboração de atividades e de projetos em Matemática.

6 Oficina de Idéias Elaboração de atividades e de projetos em Matemática.

Elaboração própria a partir do Parecer CNE/CP 9/2001, Parecer CNE/CP 28/2001 e vivências práticas da Coordenação do Curso

de Matemática.

O Trabalho de Conclusão de Curso

O TCC se encontra inserido na estrutura do curso como uma síntese do processo de formação na

integração prática-teoria-prática, ampliando a capacidade investigativa a partir da integração

graduação/pós-graduação, iniciação científica e pesquisa. Portanto, visa propiciar ao concluinte a

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oportunidade de elaborar e formular uma síntese pessoal do processo de sua própria formação,

através de uma produção de caráter científico.

O TCC é desenvolvido na forma de pesquisa vinculada a uma das linhas de pesquisa do Centro

de Ciências e Tecnologia. Sua elaboração é condição sine qua non para a obtenção do grau de

Licenciado em Matemática, em conformidade ao que dispõe a legislação em vigor.

A carga horária, definida para a orientação e elaboração do TCC é de 50 h (cinquenta horas),

distribuídas em dois períodos, nas seguintes disciplinas: TCC I, quando o estudante elabora um

projeto que é desenvolvido ao longo de 2 (dois) semestres e TCC II, quando o estudante elabora

um trabalho que finaliza na apresentação do estudo monográfico a ser submetido a uma banca

examinadora.

A orientação é realizada por um professor vinculado à Instituição, é obrigatória e está

formalizada por termo de compromisso, assinado em conjunto pelo orientando e pelo orientador.

A co-orientação é permitida, não sendo obrigatória. O co-orientador deve assinar juntamente

com o orientador o termo de compromisso de orientação.

A avaliação do TCC é feita mediante apresentação do trabalho para uma banca composta de três

professores, sendo um deles o orientador da monografia. A apresentação ocorre, no máximo, um

mês antes da colação de grau.

AS ATIVIDADES DOS CENÁRIOS EXTERNOS

O Estágio curricular supervisionado de ensino

O Estágio Supervisionado no Curso de Licenciatura em Matemática, realizado a partir do 4º

período abrange componentes a Iniciação à Docência (150h); O Estágio de Docência no Ensino

Fundamental (150h) e o Estágio de Docência no Ensino Médio (100h).

O quadro abaixo demonstra a organização e o funcionamento do estágio escolar.

Componentes Conteúdos Duração I – Iniciação à Docência I – A caracterização física,

pedagógica e relacional da escola campo de estágio; II – A identificação e a análise das diretrizes para atuação pedagógica e a dinâmica da sala de aula; III – A análise dos projetos, dos programas, da metodologia, dos materiais didáticos e dos procedimentos de avaliação da escola campo de estágio, na área de formação do estagiário; IV – A participação em atividades de acompanhamento de alunos com dificuldade de aprendizagem; V – A participação em reuniões de planejamento, conselhos de classe, reuniões de pais e mestres, projetos interdisciplinares e outras atividades pedagógicas desenvolvidos pela escola campo de estágio; VI – A observação em sala de aula;

* 150 horas

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II – Estágio de Docência

no Ensino Fundamental

III– Estágio de Docência

no Ensino Médio

I - A observação em sala de aula; II – A participação, em sala de aula,

como assistente do professor orientador;

III – O planejamento e a execução de pequenas aulas, em cooperação

com o Professor Orientador; IV– Reuniões de orientação de

estágio para reflexão e análise das informações obtidas.

* 150 horas

* 100 horas

TOTAL * 400 horas

Elaboração própria a partir do Parecer CNE/CP 9/2001, Parecer CNE/CP 28/2001 e vivências práticas da Coordenação do Curso

de Matemática.

I – Iniciação à Docência (150 horas)

Os alunos que já atuam regularmente na Educação Básica não precisarão cumprir esta carga

horária de 150 horas. (Parecer CNE / CP 28/2001). Os alunos que ainda não atuam no magistério

serão encaminhados, a partir do 4º período, às instituições de ensino, preferencialmente

conveniadas, onde entrarão em contato direto com a realidade escolar, observando e atuando

quando necessário nas atividades pedagógicas. Ao final de cada período o aluno deverá

apresentar ao coordenador de estágio além de uma declaração que comprove carga horária, um

relatório sobre as atividades ali desenvolvidas.

II - Estágio de Docência no Ensino Fundamental

É um momento importante do estágio curricular, quando o aluno realmente irá se defrontar com

a realidade escolar, observando a instituição escolar e atuando como docente no segundo

segmento do Ensino Fundamental. São as atividades desenvolvidas no 5º período, quando o

aluno será encaminhado a uma unidade escolar onde irá desenvolver 4 atividades específicas: a)

a observação de aulas; b)a co-participação de aulas; c) a docência propriamente dita; d) a

elaboração da pasta de estágio.

Ao final deste período, os alunos deverão produzir uma “pasta de estágio” onde ele reunirá todo

o material produzido em suas atividades como aluno mestre.

Devem fazer parte desta “pasta de estágio”:

as fichas de acompanhamento das atividades realizadas (observação de aulas, co co-

participação e docência);

uma análise crítica sobre as atividades e observações feitas;

os planos de aula;

o material pedagógico utilizado ou produzido para este fim;

os projetos pedagógicos que forem desenvolvidos.

III – Estágio de Docência no Ensino Médio

Este estágio é desenvolvido no 6º período e tem as mesmas atividades que a anterior, exceto que

será desenvolvido em turmas de Ensino Médio. Ao final do período, os alunos também

produzirão uma “pasta de estágio” com as características descritas acima.

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As Atividades Acadêmico-Científico-Culturais (AACC)

Perfazem um total de 200 horas e incluem participações em cursos, palestras, seminários,

congressos, encontros acadêmicos e eventos gerais, no âmbito da cultura e da ciência, desde que

estejam visíveis seus vínculos com os saberes da academia ou da profissão. Por outro lado, está

relacionada à participação em projetos de pesquisa organizados pelo próprio curso ou por outras

instituições, bem como o estabelecimento de vínculos com pesquisadores, devidamente

comprovados. O aluno deverá totalizar no mínimo 200 horas de atividades. O aluno deve ir

acumulando ao longo de todo o curso os certificados referentes a estas atividades. Os certificados

devem conter a carga horária própria. No 6º período a carga horária total será então

contabilizada.

Da Monitoria e da Iniciação Científica

Monitoria

A monitoria de uma determinada disciplina será exercida pelo aluno que, mediante prova de

seleção, demonstre capacidade para auxiliar professores em aulas práticas e teóricas, pesquisas e

outras atividades técnico-didáticas. O exercício da função de monitoria é de suma importância

para o estudante, pois além de proporcionar uma melhor compreensão dos conteúdos estudados,

esta atividade é computada como carga horária para as atividades acadêmico-científico-culturais

(AACC).

Iniciação Científica

Iniciação Cientifica é um instrumento que permite introduzir os estudantes de graduação na

pesquisa cientifica. É a oportunidade de inseri-los desde cedo numa atividade científica e engajá-

lo na pesquisa. Esta atividade é computada como carga horária para as atividades acadêmico-

científico-culturais (AACC)

VII. EIXOS DE FORMAÇÃO E CATEGORIAS

A concepção de currículo que perpassa a proposta do curso aponta para a compreensão de que

este é o espaço onde a formação se efetiva e a proposta pensada se concretiza. Neste sentido, é

importante considerar que o currículo manifesta os saberes e fazeres, aqui concebidos como

processos que se constroem coletivamente, por meio da participação e da visão de que o

conhecimento é uma construção.

Buscou-se avançar para uma proposta onde a relação com o conhecimento possibilite concretizar

uma abordagem que transite pela multi, inter e transdisciplinaridade. Entendendo que

implementar um currículo que rompa com a disciplinaridade é um processo complexo e que

estas três dimensões serão etapas a serem vividas e coexistirão também na construção dinâmica

de uma nova estrutura.

Para viabilizar esta proposta, faz-se necessário concretizar no currículo espaços para que as

novas práticas se desenvolvam. Sendo assim, diferentes categorias nortearão o trabalho de

formação do Curso a cada dois semestres, promovendo uma integração vertical entre as

diferentes disciplinas de cada período. São elas: Conhecimento & Aprendizagem; Tecnociência

& Humanidades; Rede de Relacionamentos e Totalidade. Já os eixos de formação promoverão a

integração horizontal, entendida aqui, como a interligação entre os períodos do curso, tendo

visibilidade por meio das diferentes disciplinas do currículo. São eles: Sujeitos - professores,

alunos e todos os demais que integram a comunidade acadêmica, enquanto faculdade

cognoscente e princípio fundador do conhecimento; Saberes – acadêmicos e profissionais;

Práticas – os diferentes cenários.

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15

A categoria Conhecimento & Aprendizagem, tem por finalidade inserir o estudante, desde o

início de sua formação, no mundo da pesquisa, ampliando e aprofundando seu conhecimento a

partir de uma fundamentação teórica de qualidade. Só assim estará capacitado para sair do senso

comum e da realidade imediata em que está, para se tornar um visionário da realidade social.

Tecnociência & Humanidades é uma categoria que tem como questão central articular as duas

culturas que marcam o nosso tempo, a cultura da tecnociência e a cultura das humanidades. A

cultura das humanidades evidencia o sentido que o ser humano confere à sua presença neste

mundo, respondem aos significados que elabora em sua prática social, que propósitos persegue

com o projeto da tecnociência e, finalmente, quer saber a que título participa na evolução do

todo, do qual é parte e parcela. A tecnociência é fruto do diálogo experimental com a natureza

que caracteriza o que chamamos de ciência moderna. Por ela o ser humano procura compreender

a natureza (ciência) e intervir nela (técnica).

Rede de Relacionamentos é uma categoria criada com o objetivo de ampliar a visão e a reflexão

acerca da Matemática no contexto científico e social, isto é, perceber a atuação do licenciado em

Matemática num processo dinâmico, carregado de incertezas e conflitos, um espaço de criação e

reflexão, onde novos conhecimentos são gerados e modificados continuamente.

A estrutura curricular compreende, então, componentes propostos com a intenção de se

constituírem em espaços concretos para viabilização das concepções filosóficas, epistemológicas

e metodológicas que perpassam a proposta do curso.

As disciplinas são cursos desenvolvidos independentemente, com carga horária semanal

estabelecida, objetivos e conteúdos específicos de uma área do conhecimento. São ministradas

por um professor responsável e constituem, em sua grande maioria, ao núcleo de estudos básicos.

São formadoras dos Núcleos de disciplinas comuns e específicas à licenciatura.

O Núcleo de Atividades Integradas representa o espaço do currículo onde será desenvolvido

Projetos de Iniciação Científica numa perspectiva de contribuir para a melhoria da qualidade do

ensino e da extensão, e não apenas formador de futuros pesquisadores. Estes projetos deverão

estar associados às linhas de pesquisa institucionais ou à monitoria, considerando que, no

UNIFESO, a monitoria além de possibilitar o estímulo à docência e promover a cooperação entre

estudantes e professores, define-se como um processo de iniciação à pesquisa, integrada com a

iniciação científica. O trabalho desenvolvido no Núcleo de Atividades Integradas durante todo o

curso permite ao aluno aplicar os conhecimentos obtidos nas disciplinas das áreas específicas e

pedagógicas em um auto-aprendizado orientado, em que o aluno faz suas próprias descobertas e

têm a oportunidade de pesquisar e propor experimentos e metodologias a serem utilizadas no

exercício de sua profissão. Dessa maneira, ele vai percebendo gradualmente a importância da

integração entre a Matemática e as diversas áreas do conhecimento. Enfim, o Núcleo de

Atividades Integradas pretende ser o espaço de interface entre os diferentes saberes inter e

intraperíodos, possibilitando, a partir do desenvolvimento de competências e habilidades

específicas, dar significado ao conhecimento construído.

VIII. SISTEMA DE AVALIAÇÃO

Dos Cursos de Graduação em Engenharia Ambiental, Engenharia de Produção e

Matemática

Dos princípios e objetivos

A avaliação deve ser considerada como uma dimensão essencial do processo acadêmico do curso

ou programa, como mecanismo permanente de acompanhamento e regulação do

desenvolvimento da proposta curricular do curso, em todas as suas dimensões, partes e agentes.

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A avaliação focalizada como avaliação formativa caracteriza-se por:

1. destinar-se a promover a aprendizagem;

2. levar em conta o progresso individual em termos de conteúdos e habilidades;

3. ser critério-referenciada, baseada no estabelecimento de critérios de avaliação

fundamentados nas competências esperadas e nos objetivos traçados;

4. levar o discente a exercer papel central no processo, atuando ativamente em sua própria

aprendizagem.

Da freqüência

Independentemente dos resultados obtidos, é considerado não promovido o discente que não

obtiver a freqüência mínima de 75% nas atividades programadas no período letivo.

Considerando que não há o abono de falta no ensino superior, observa-se o ato acadêmico de

tratamento especial para o estudante que necessitar afastar-se, por considerável período, desde

que atenda os pré-requisitos constantes do Regimento Geral do UNIFESO, nos artigos 203 e

204.

Das notas, conceitos ou menções atribuídas

Nas avaliações de desempenho do discente são atribuídas notas expressas por graus numéricos

de 0,0 (zero) a 10,0 (dez), com uma casa decimal.

Dos instrumentos de avaliação, sua diferenciação e técnicas avaliativas

O formato de avaliação discente, nas disciplinas obrigatórias e optativas, constitui-se de

Avaliação Continuada da Disciplina – processo de avaliação realizada nas disciplinas, ao longo

do período, usando diferentes instrumentos de avaliação, que comporá 2 (dois) registros da

avaliação.

Os Laboratórios de Estudos e Práticas do Curso de Ciência da Computação são espaços que

podem estar associados a uma ou mais disciplinas. Comportam, somente, registros de carga

horária para os discentes.

Nos Cursos de Engenharia Ambiental, Engenharia de Produção e Matemática, o componente

curricular Núcleo de Atividades Integradas (NAI), e no Curso de Ciência da Computação, os

componentes curriculares Laboratório Interdisciplinar e Pesquisa e Desenvolvimento, pretendem

integrar as habilidades cognitivas, psicomotoras, atitudinais/afetivas, adquiridas pelo discente

nos diferentes cenários de aprendizagem. A avaliação destes componentes curriculares incluem

avaliações cognitivas e de participação, que são incorporadas na elaboração de um Portfólio

formativo e reflexivo.

Da periodicidade e número de registros

A avaliação do desempenho discente é aferida por 2 (dois) registros ao longo do período letivo,

obedecendo calendário específico, sendo 1ª e 2ª avaliações.

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Parágrafo Único - Os registros de 1ª e 2ª avaliação deverão ser compostos por no mínimo dois

instrumentos avaliativos cada. Assim, haverá pelo menos quatro avaliações por disciplina ao

longo do semestre letivo.

Da recuperação

A 3ª avaliação tem como objetivo resgatar conteúdos específicos desenvolvidos ao longo do

período letivo, necessários ao prosseguimento dos estudos.

Da realização de repetição da avaliação não realizada

A segunda chamada para a avaliação deve ser realizada entre a segunda e a terceira avaliação e

em período estabelecido no calendário de avaliações do CCT (Centro de Ciências e Tecnologia),

previsto para o semestre. O discente só terá direito à segunda chamada de um dos instrumentos

avaliativos por disciplina.

Das revisões de resultados das avaliações

Em todos os cursos de graduação do UNIFESO deve haver o comentário das questões e

observação dos critérios adotados para:

I – A correção dos trabalhos ou atividades de modo geral.

II – Em todas as disciplinas do Centro de Ciências e Tecnologia deve haver o comentário das

questões e transparência nos critérios adotados para a correção dos trabalhos ou atividades.

Parágrafo Único - Nos Cursos do Centro de Ciências e Tecnologia, após o comentário das

questões, as provas devem ser devolvidas ao discente.

Da adaptação curricular

A adaptação curricular constitui-se num conjunto de atividades prescritas com o objetivo de

classificar o discente em relação a planos e padrões de estudo nos casos de transferência,

religamento, reingresso e alteração curricular, vinculando-o na estrutura curricular mais

conveniente.

Parágrafo Único - O processo de adaptação curricular se dá após análise da Coordenação

de Curso e elaboração de um Plano de Estudos para a Integralização de Conteúdos,

conforme o Plano Político-Pedagógico do Curso.

Da configuração da promoção e reprovação

Nos Cursos do Centro de Ciências e Tecnologia, em cada disciplina, o discente será promovido

quando alcançar média igual ou superior a seis (6,0), aferida da média aritmética entre a 1ª

avaliação e 2ª avaliação.

§ 1º - O discente que não obtiver a condição supracitada, mas obtiver pelo menos 4,0

(quatro) de média aritmética, terá direito a uma terceira avaliação, com exceção das componentes

curriculares descritas no § 2º do Art. 18, ou seja, o Núcleo de Atividades Integradas (NAI) nos

Cursos de Engenharia Ambiental, Engenharia de Produção e Matemática, e as componentes

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curriculares Laboratório Interdisciplinar e Pesquisa e Desenvolvimento no Curso de Ciência da

Computação.

§ 2º - O discente que não obtiver pelo menos 4,0 (quatro) de média aritmética estará

reprovado na respectiva disciplina.

O discente que não obtiver, após a terceira avaliação, a média 6,0 (seis), aferida da média

ponderada entre a 1ª Avaliação + 2ª Avaliação + 3ª Avaliação (com peso 2) será

reprovado.

Os Cursos do Centro de Ciências e Tecnologia não adotam o regime de progressão

parcial, ou seja, a rematrícula com dependência.

O discente que não obtiver após a 3ª avaliação a média 6,0 (seis), aferida da média

ponderada entre a 1ª avaliação + 2ª avaliação + nota do portifólio + 3ª avaliação (com

peso 3) será reprovado.

Parágrafo Único - O discente que não obtiver o mínimo de 75% de freqüência durante

cada período letivo estará reprovado.

Dos recursos e apelações

O discente que obtiver um resultado final de avaliação que não foi aceito ou que tenha sido

contraditório tem a possibilidade de impetrar recurso ou apelação, desde que seja justificada e

fundamentada, no prazo legal de até 10 (dez) dias após a entrega da ata de resultados finais na

SEGEN.

Teste de Crescimento Cognitivo (TCC)

Além das etapas acima mencionadas, o estudante será também avaliado através de Teste de

Crescimento Cognitivo (TCC) elaborado para fornecer uma avaliação do processo de construção

de conhecimento durante a formação nos seis anos de curso. Será anual e utilizará questões do

mesmo grau de dificuldade para estudantes de todos os períodos de cada curso, possibilitando a

observação do ganho cognitivo. Tal avaliação, de caráter obrigatório, não implica em aprovação

ou reprovação do estudante.

Os estudantes receberão o resultado de sua avaliação individual e a média do curso

correspondente, que servirá para análise individual de seu rendimento, não tendo qualquer

critério classificatório ou comparativo.

IX. ASPECTOS DA ESTRUTURAÇÃO CURRICULAR DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA

Objetivos do curso

Objetivo geral

Formar professores de Matemática para a Educação Básica.

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Objetivos específicos

1) Conceber a formação a partir dos seguintes eixos fundamentais:

i) a pesquisa (na área e em ensino) como princípio formador;

ii) a escola como instituição produtora de saberes (e não somente como

espaço de aplicação de conhecimentos externos).

2) Proporcionar oportunidades de desenvolvimento de saberes, conhecimentos,

competências e habilidades que preparem o licenciando para o exercício da docência.

3) Desenvolver uma cultura que favoreça o uso de novas tecnologias no exercício do

ensino da Matemática.

4) Formar professores que, além de críticos e criativos, estejam comprometidos com o

destino da sociedade de que fazem parte.

5) Estimular o desenvolvimento de uma reflexão acerca da natureza e do significado da

profissão docente, na perspectiva da construção do conceito de formação profissional

permanente.

Perfil do Egresso

O curso de Licenciatura pretende formar um Professor de Matemática para a educação

básica de modo a construir uma postura contínua de estudo, reflexão e análise de sua prática

docente e das pesquisas em desenvolvimento. Assim, o curso visa a construção de um perfil no

qual o futuro professor:

tenha uma sólida formação teórica e metodológica, que o habilite a enfrentar desafios,

tais como:

a) acompanhar e contribuir para a ampliação e o aprofundamento do

conhecimento na área de Matemática;

b) acompanhar e contribuir para a ampliação e o aprofundamento do

conhecimento na área do ensino, em particular, e da educação, em geral;

c) conceber a prática docente e a instituição escolar como esferas de produção de

saberes fundamentais para o exercício da profissão;

d) construir o conceito de formação permanente, comprometendo-se com o

processo contínuo de auto-aprimoramento cultural e intelectual;

e) comprometimento com a construção da democracia e com uma prática social

pautada em princípios éticos, voltados para o exercício da cidadania;

f) capacidade de realizar uma análise crítica de meios, materiais e recursos

didático-pedagógicos, produzindo alternativas complementares e/ou

substitutivas.

Competências e Habilidades

No que se refere às competências e habilidades próprias do educador matemático, o licenciado

em Matemática deverá ter as capacidades de:

a) elaborar propostas de ensino-aprendizagem de Matemática para a educação básica;

b) analisar, selecionar e produzir materiais didáticos;

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c) analisar criticamente propostas curriculares de Matemática para a educação básica;

d) desenvolver estratégias de ensino que favoreçam a criatividade, a autonomia e a

flexibilidade do pensamento matemático dos educandos, buscando trabalhar com

mais ênfase nos conceitos do que nas técnicas, fórmulas e algoritmos;

e) perceber a prática docente de Matemática como um processo dinâmico, carregado

de incertezas e conflitos, um espaço de criação e reflexão, onde novos

conhecimentos são gerados e modificados continuamente;

f) contribuir para a realização de projetos coletivos dentro da escola básica.

Organização Curricular

Definir os objetivos a que se destina o curso de Licenciatura em Matemática, traz à cena uma

temática há muito discutida no âmbito da pesquisa educacional: a formação de profissionais de

qualidade. Nesse sentido, é imprescindível apresentar uma reflexão acerca da concepção de

formação que se procurará desenvolver ao longo do curso.

Tendo como pressuposto básico a condição histórica e dialética do processo de construção do

conhecimento, acredita-se que é através das relações que os indivíduos estabelecem ente si, com

a natureza, a sociedade em que vivem, sua cultura, que os saberes são produzidos, e é por meio

deste processo dialético que os mesmos transitam pelas diferentes esferas sociais, fazendo surgir

diferentes formas de linguagem, a saber: acadêmica, popular, ética, estética, científica e de senso

comum. Desse modo, o conhecimento e as formas de linguagem que dele derivam não podem ser

pensados como uma condição a priori, como algo que antecede a existência humana, mas na sua

dimensão filosófica, social e histórica. Pensar uma nova concepção de formação implica pensar

a própria condição humana.

É com base numa concepção pedagógica crítica, pautada no princípio da complexidade,

comprometida com o processo de transformação social, que se deve pensar a formação. Uma

formação que leve a uma reflexão sobre os condicionantes históricos que estabelecem as relações

de poder na sociedade e demarcam os lugares que os indivíduos devem ocupar, numa lógica

cruel de dominação sobre aqueles que se encontram numa posição inferior, seja ela determinada

por razões sociais, políticas ou econômicas; uma formação humanista, ampla, que leve os

indivíduos a produzirem uma compreensão de si mesmos, como parte de uma coletividade e de

inserção social como sujeitos históricos. Tudo isso remete a uma prática construtivista no

processo de produção do conhecimento.

Sabe-se que os professores exercem um papel importantíssimo no processo de transformação

social. Na atualidade, as escolas passam por um profundo processo de mudança ocasionado pelas

transformações que ocorrem no seio da sociedade, seja no âmbito do trabalho, dos avanços

tecnológicos e dos meios de comunicação, da política e da economia nacional e internacional.

Tudo isso implica numa (re)significação do papel da escola e do professor, bem como de suas

práticas. Não podemos mais admitir práticas educativas pautadas em culturas tradicionais de

“educação bancária”, antidialógicas, avaliações punitivas e da repetência, que só contribuem

para acentuar o processo de exclusão social.

Nesse sentido, a formação docente deve ser pensada como um importante componente do

processo de democratização da escola e da valorização da identidade do professor.

Essa formação identitária é epistemológica, ou seja, reconhece a docência como um

campo de conhecimentos específicos configurados em quatro grandes conjuntos, a

saber: 1) conteúdos das diversas áreas do saber e do ensino, ou seja, das ciências

humanas e naturais, da cultura e das artes; 2) conteúdos didático-pedagógicos,

diretamente relacionados ao campo da prática profissional; 3) conteúdos ligados a

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saberes pedagógicos mais amplos do campo teórico da prática educacional; 4)

conteúdos ligados à explicitação do sentido da existência humana individual, com

sensibilidade pessoal e social. E essa formação identitária é também profissional,

ou seja, a docência constitui um campo específico de intervenção profissional na

pratica social. (LIBANEO, 2003, p. 15)

Não obstante, a formação docente precisa caminhar no sentido de promover uma ruptura com o

paradigma da racionalidade técnica, em que os professores, por exemplo, são reconhecidos como

simples executores de políticas governamentais vindas “de fora”, alheias a sua prática. Ao

contrário, como sujeitos do processo de ensino-aprendizagem, os professores devem ter clareza

da sua capacidade de tomar decisões. Para tanto, precisam ampliar os conhecimentos sobre a sua

prática, o que só é possível a partir de uma reflexão teórica e crítica sobre a realidade social e a

educação propriamente dita.

Para enfrentar os desafios que se colocam diante da educação na atualidade, tendo em vista o

colapso e a falência do projeto de civilização iniciado na modernidade, em que as velhas certezas

cedem lugar às incertezas do presente e as constantes inversões de valores vivenciadas na

sociedade, o estudante necessita de um conhecimento teórico, de uma sensibilidade pautada em

pressupostos éticos e de uma consciência política bastante desenvolvida.

Importa ressaltar que a abordagem pedagógica proposta neste curso requer admitir que o trabalho

docente traz consigo uma série de intencionalidades, o que implica em escolhas, valores e

compromissos éticos. É preciso, ainda, considerar que todo o saber resulta de um longo processo

de construção do conhecimento, logo a pesquisa está, necessariamente, inserida neste contexto.

Na formação de professores, os currículos devem considerar a pesquisa

como princípio cognitivo, investigando com os alunos a realidade escolar,

desenvolvendo neles essa atitude investigativa em suas atividades

profissionais e assim tornando a pesquisa também principio formativo na

docência. (LIBANEO, 2003, p. 19)

Concepção de docência

“Tornei-me um professor enquanto aluno. E foi gostando de ser aluno,

gostando de exercer a minha curiosidade, de procurar a razão de ser dos

fatos e dos objetos, é que fui gostando de aprender e, dessa forma,

descobrindo também o gosto de ensinar. Então, eu não cheguei por acaso à

docência.”

(Paulo Freire)

Um novo tempo nos aponta novas concepções de profissionais. Os professores já não utilizam

apenas o quadro, o giz e o livro didático como instrumentos de trabalho. Não são mais aqueles

que apenas transmitem informações, nem mesmo são os únicos capacitados, detentores de todo o

saber. O trabalho docente está se transformando, apontando para práticas inovadoras, que

contribuem para a luta contra o fracasso escolar, que desenvolvem a cidadania, que recorrem à

pesquisa, que enfatizam a prática reflexiva, que orientam as formações iniciais e continuadas,

que estimulam a autonomia e a responsabilidade, que promovem aprendizagens significativas

para o desenvolvimento pleno do educando (Perrenoud, 2000).

A escola de hoje requer profissionais mais críticos, criativos, que participem, que ousem.

Profissionais mais inteiros, isto é, com mais consciência pessoal e profissional.

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Há no processo de formação do educador quatro pilares (Christóvam, 2004):

A dimensão do conhecimento e da aprendizagem.

A rede de relacionamentos.

A dimensão humana.

Dimensão sócio-histórico-cultural.

Na dimensão do conhecimento e da aprendizagem, todo educador precisa ser um pesquisador de

sua prática pedagógica imediata e ir até as raízes do conhecimento, construindo uma

fundamentação teórica de qualidade. Só assim estará capacitado para sair do senso comum e da

realidade imediata em que está para se tornar um visionário da realidade social. Até então, o

docente está limitado geograficamente aos relacionamentos estabelecidos dentro de sua esfera de

ação. Na educação atual em que se objetiva o desenvolvimento integral do aluno, o professor

deverá ser o elemento estimulador das múltiplas linguagens e inteligências, percebendo o

conhecimento de forma não-linear. Na escola conservadora, o compromisso maior do professor

era com a execução do seu trabalho, não com o seu resultado. O professor cumpria planos e não

pensava em sua prática. Uma das formas pela qual a universidade contribui com a formação do

novo educador tem início na formação acadêmica tendo continuidade no exercício profissional.

É, então, a partir de uma formação mais ampla que o educador se torna atuante em sua realidade

social.

Na rede de relacionamentos, o professor deve compreender que a integração com a comunidade

é uma conquista, um objetivo que deve ser perseguido por todos aqueles que atuam de alguma

forma na escola. É necessário que se encontrem estratégias para resgatar o entusiasmo coletivo,

restaurar a confiança e a relação prazerosa entre os parceiros de uma mesma missão e

organização. É essencial a criação de ambientes culturais diversificados que contribuam para o

conhecimento e para a aprendizagem do convívio social, levando à compreensão de todos os

fatores que se expressam no ambiente escolar, sejam eles políticos, sociais, culturais ou

psicológicos. Onde existem pessoas e grupos de convivência, certamente existirão conflitos.

Portanto, é preciso conhecer a natureza dos conflitos (interpessoais e intergrupais) para saber

como intervir nos mesmos. Eles resultam de posições de desacordo e afetam a normalidade das

pessoas e das organizações, sobretudo em ambientes de aprendizagem. Os conflitos interpessoais

se originam das diferenças de opiniões, das diferenças de orientação, das lutas internas pelo

poder e da competitividade entre os envolvidos no ambiente.

Na dimensão humana, o educador reconhece-se e reconhece o outro, numa relação dialógica, de

afeto e entendimento, mesmo em situações de pensamentos opostos. Assim, demonstra

segurança e compreensão para ensinar e educar. Na sua formação, há que se possibilitar a

valorização das experiências e do respeito pelas pessoas, a crença no potencial cognitivo do ser

humano, a visão das aprendizagens significativas e saber em benefício de quem e em benefício

de que ele deseja trabalhar.

Na dimensão sócio-histórico-cultural é imprescindível pensar no professor como um mediador

do processo de ensino aprendizagem. Deve ser aquele que leva em consideração os aspectos

social, histórico e cultural neste processo e primar pela valorização da experiência do educando e

suas contribuições. Diante do paradigma da complexidade, em que a interligação dos saberes é

peça fundamental, não se pode perder de vista que o conhecimento consiste num processo

contínuo de construção e que, neste processo, estão presentes influências da sociedade, da

história e da cultura.

Atualmente, a docência precisa também refletir sobre essa questão, pois, ao proclamar que a

educação é para formar cidadãos, que sejam enfrentadas as defesas da consciência de valores,

tornando o professor capaz de assumir suas responsabilidades, com retidão, coragem, otimismo e

outras qualidades que o tornam competente para atuar na missão de mestre neste esperançoso

século XXI.

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X. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

1o período: Conhecimento e Aprendizagem

Componente Curricular Hora-aula Hora relógio

Pré-Cálculo e Geometria

Analítica

80 – 4 tempos semanais 67

Fundamentos da Geometria 80 – 4 tempos semanais 67

Introdução à Computação I 40 – 2 tempos semanais 33

Práticas Discursivas

Acadêmicas

60 – 3 tempos semanais 50

NAI 80 – 4 tempos semanais 67

Educação e Sociedade 60 – 3 tempos semanais 50

2o período: Conhecimento e Aprendizagem

Componente Curricular Hora-aula Hora relógio

Cálculo I 80 – 4 tempos semanais 67

Lógica Matemática I 60 – 3 tempos semanais 50

Introdução à Computação II 40 – 2 tempos semanais 33

Geometria Analítica Plana e

Espacial

80 – 4 tempos semanais 67

NAI 80 – 4 tempos semanais 67

Filosofia, Ética e Cidadania 60 – 3 tempos semanais 50

Didática 40 – 2 tempos semanais 33

3o período: Tecnociência e Humanidades

Componente Curricular Hora-aula Hora relógio

Cálculo II 80 – 4 tempos semanais 67

Lógica Matemática II 60 – 3 tempos semanais 50

Física I 80 – 4 tempos semanais 67

Álgebra I 60 – 3 tempos semanais 50

NAI 80 – 4 tempos semanais 67

Teorias da Aprendizagem 40 – 2 tempos semanais 33

Organização da Educação

Básica 60 – 3 tempos semanais 50

4o período: Tecnociência e Humanidades

Componente Curricular Hora-aula Hora relógio

Cálculo III 80 – 4 tempos semanais 67

Física II 80 – 4 tempos semanais 67

Álgebra II 60 – 3 tempos semanais 50

Álgebra Linear I 60 – 3 tempos semanais 50

NAI 80 – 4 tempos semanais 67

Planejamento Educacional 40 – 2 tempos semanais 33

Ensino de Matemática por

Múltiplas Mídias I

60 – 3 tempos semanais 50

Estágio Supervisionado I 150

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5o período: Rede de Relacionamento

Componente Curricular Hora-aula Hora relógio

Cálculo IV 80 – 4 tempos semanais 67

Análise Matemática I 60 – 3 tempos semanais 50

História da Matemática I 60 – 3 tempos semanais 50

Álgebra Linear II 60 – 3 tempos semanais 50

NAI 80 – 4 tempos semanais 67

Avaliação Educacional 60 – 3 tempos semanais 50

Ensino de Matemática por

Múltiplas Mídias II 60 – 3 tempos semanais 50

Estágio Supervisionado II 150

Trabalho de conclusão de

Curso I 20 – 1 tempo semanal 17

6o período: Rede de Relacionamento

Componente Curricular Hora-aula Hora relógio

Probabilidade e Estatística 80 67

Análise Matemática II 60 50

História da Matemática II 60 50

Teoria dos Números 40 33

NAI 80 67

Libras 40 33

Fundamentos da Educação

Inclusiva 60 50

Estágio Supervisionado III

100

Trabalho de conclusão de

Curso II 40 – 2 tempos semanais 33

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XI. MATRIZ CURRICULAR

LEGENDA

Conteúdos de

Natureza Científico -

Cultural

Atividades

Acadêmico–

Científico–

Culturais (AACC)

Prática como

Componente

Curricular - (NAI)

Estágio

Curricular

Supervisionado de

Ensino

tempos horas-aula tempos horas-aula

horas-relógio horas-relógio horas-relógio horas-relógio

1º período

2º período

3º período

4º período

5º período

6º período

Pré-Cálculo e

Geometria

Analítica

Cálculo Diferencial e

Integral I

Cálculo

Diferencial e

Integral II

Cálculo Diferencial e

Integral III

Cálculo

Diferencial e

Integral IV

Probabilidade

e Estatística

4 80 4 80 4 80 4 80 4 80 4 80

67

67

67

67

67

67

Fundamentos

da Geometria

Lógica Matemática I

Lógica

Matemática II Física II

Análise

Matemática I

Análise

Matemática II

4 80 3 60 3 60 4 80 3 60 3 60

67

50

50

67

50

50

Introdução à

Computação I

Introdução à

Computação II Física I

Álgebra II

História da

Matemática I

História da

Matemática II

2 40 2 40 4 80

3 60 3 60

3 60

33

33

67

50

50

50

Práticas

Discursivas

Acadêmicas

Geometria Analítica

Plana e Espacial Álgebra I

Álgebra Linear I

Álgebra Linear II

Teoria dos

Números

3 60 4 80

3 60

3 60

3 60

2 40

50

67

50

50

50

33

Núcleo de

Atividades

Integradas I

Núcleo de Atividades

Integradas II

Núcleo de

Atividades

Integradas III

Núcleo de Atividades

Integradas IV

Núcleo de

Atividades

Integradas V

Núcleo de

Atividades

Integradas VI

4 80 4 80

4 80

4 80

4 80

4 80

67

67

67

67

67

67

AACC I

AACC II

AACC III

AACC IV

AACC V

AACC VI

34

34

33

33

33

33

Educação e

Sociedade

Filosofia, Ética e

Cidadania

Teorias da

Aprendizagem

Planejamento

Educacional

Avaliação

Educacional

Libras

3 60 3 60

2 40

2 40

3 60

2 40

50

50

33

33

50

33

Didática

Organização da

Educação Básica

Ensino de

Matemática por

Múltiplas Mídias I

Ensino de

Matemática por

Múltiplas Mídias

II

Fundamentos

da Educação

Inclusiva

2 40

3 60

3 60

3 60

3 60

33

50

50

50

50

Estágio

Supervisionado I

Estágio

Supervisionado II

Estágio

Supervisionado

III

150

150

100

Trabalho de

Conclusão de

Curso I

Trabalho de

Conclusão de

Curso II

1 20

2 40

17

33

Page 26: CADERNO DE ORIENTAÇÃO ACADÊMICA - unifeso.edu.br · Este caderno traz informações para o desenvolvimento aprimorado do ... Coordenação do Curso de Graduação em ... visando

26

XII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Conselho Nacional de Educação Parecer CNE/CP nº 28, de 02/10/2001: Duração e

carga horária para a formação de professores da Educação Básica – licenciatura de graduação

plena (nova redação ao Parecer CNE/CP nº 21, de 2001).

BRASIL. Conselho Nacional de Educação Resolução CNE/CP nº 1, de 18/02/2002: Diretrizes

curriculares nacionais para a formação de professores da Educação Básica – licenciatura de

graduação plena.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação Resolução CNE/CP nº 2, de 19/02/2002 – Duração e

carga horária para a formação de professores da Educação Básica – licenciatura de graduação

plena.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP nº 9, de 08/05/2001: Diretrizes

curriculares nacionais para a formação de professores da Educação Básica – licenciatura de

graduação plena.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Lei nº 9394/96, de 20/12/1996: Das Diretrizes e

Bases da Educação Nacional.

CARVALHO, Gicele Faissal de et al. Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia. 2007

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS. Projeto Político Pedagógico

Institucional, 2006.

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS. Projeto Político Pedagógico do Curso

de Biologia, 2008.

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS. Projeto Político Pedagógico do Curso

de Engenharia Ambiental, 2008.

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS. Projeto Político Pedagógico do Curso

de Medicina, 2008.

GONÇALVES, Valter Luiz da Conceição, et al. Projeto Pedagógico do Curso de Farmácia.

2006.

UNICAMP. Projeto Político-Pedagógico do Curso de Matemática, 2003.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO. Projeto Político-Pedagógico do Curso de

Matemática, 2000.

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE. Projeto Político-Pedagógico do Curso de

Matemática, 2004.