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. Fazer reformas básicas é tão importante quanto caprichar na decoração dos ambientes. Confira outras dicas COMO VALORIZAR O IMÓVEL ANTES DE VENDER Foto: Divulgação Deixar a casa em ordem na hora de vender deve ser uma das preocupações de quem quer fazer um bom negócio. Algumas reformas, como substituir telhas e vidros quebrados são básicas e devem ser realizadas o quanto antes para valorizar a venda. Além disso, mudanças simples e uma decoração caprichada tam- bém podem fazer diferença . “O importante é mostrar o potencial do imóvel. Deixe a casa arrumada e elimine móveis que prejudiquem a circulação. Enfeites e itens muito personaliza- dos afastam o interesse e dificultam o enten- dimento da estrutura do local”, afirma Cristina Barbara, designer de interiores. A valorização do imóvel ainda pode ser conse- guida na identificação dos pontos de destaque dos ambientes. Uma sala de estar com janelas amplas ou uma bonita varanda gourmet têm potencial para chamar a atenção dos compra- dores e, por isso, devem ser exploradas durante a visita. Caprichar na arrumação do ambiente também é fundamental. Itens como obras de arte, plantas e flores ressaltam a beleza do lo- cal e causam boa impressão. “Vale a pena investir em aromatizadores que tragam frescor, nada muito forte, talvez algo como lavanda. Flores são ótimas, mas cuidado com buquês, por serem extremamente pesso- ais”, afirma Marília Mendes Castilho, arquiteta. “Além disso, a hora da visita deve ser um mo- mento separado da rotina da casa. Evite deixar comida no fogo para não transmitir a ideia de que o comprador está atrapalhando.” Tantos detalhes acabam transformando a venda do imóvel em uma verdadeira marato- na e nem sempre o resultado é positivo. Para facilitar o processo, o empresário Wanderley Revert montou neste ano a Revert Realce Imobiliário – uma empresa especializada na preparação de imóveis para venda. As altera- ções mais comuns feitas pelos profissionais são: despersonalizar os ambientes (retiran- do fotos de família e outros itens pessoais), eliminar móveis que diminuam o espaço e organizar o local. O preço da consultoria varia entre R$ 1 mil e R$ 5 mil, já o da decoração chega a 5% do valor final do imóvel. “Aqui no Brasil ainda não existe uma ideia muito clara da importância de se preparar a casa antes de colocar o anúncio de venda. É preciso entender o imóvel como um produto e encantar o comprador durante a visita”, afirma Revert. “Pesquisas já mostraram o impacto dos primeiros trinta segundos na venda. Logo, se os compradores não gosta- rem do que virem na chegada, só se lembra- rão dos pontos negativos.” A preocupação com o aspecto final da casa assemelha-se à importância dos decorados para a compra de um imóvel . Com o obje- tivo de encantar o visitante, os espaços de- corados assumem o papel de trazer vida aos projetos. A Marques Construtora buscou no showroom a possibilidade de vender melhor seus empreendimentos. A empresa montou no bairro Vila Andrade, zona Sul de São Paulo, um local com várias decorações jun- tas. “Na hora de criar os espaços, buscamos identificar o perfil dos compradores, sempre considerando limites e evitando itens pes- soais. Cores fortes limitam gostos e, por isso, o ideal é escolher tons neutros”, diz Marília Mendes Castilho, arquiteta. TUDO ARRUMADO Apostar somente na decoração da casa, en- tretanto, não é garantia de venda. O compra- dor sentirá mais interesse quando a estru- tura do imóvel também estiver em ordem. Por isso, nada de telhas quebradas, ladrilhos soltos, rachaduras na parede ou falta de pin- tura. Revise ainda os sistemas hidráulico e elétrico para evitar problemas futuros. “Não entregue a casa com portas e janelas em- perradas, fechaduras defeituosas, torneiras pingando ou válvulas de descarga vazando. Tudo isso atrapalha e desvaloriza o imóvel”, diz Luis Antonio Amaral, proprietário da em- presa Manutenção de Sua Casa. “O custo de uma revisão geral varia entre R$ 1 mil a R$ 2 mil e deve ser pensada, no mínimo, um mês antes do início do processo de venda.”

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Caderno especial: imóveis e construção / Edição 170

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Fazer reformas básicas é tão importante quanto caprichar na decoração dos ambientes. Con� ra outras dicas

COMO VALORIZAR O IMÓVELANTES DE VENDER

Foto: Divulgação Deixar a casa em ordem na hora de vender deve ser uma das preocupações de quem quer fazer um bom negócio. Algumas reformas, como substituir telhas e vidros quebrados são básicas e devem ser realizadas o quanto antes para valorizar a venda. Além disso, mudanças simples e uma decoração caprichada tam-bém podem fazer diferença . “O importante é mostrar o potencial do imóvel. Deixe a casa arrumada e elimine móveis que prejudiquem a circulação. Enfeites e itens muito personaliza-dos afastam o interesse e di� cultam o enten-dimento da estrutura do local”, a� rma Cristina Barbara, designer de interiores. A valorização do imóvel ainda pode ser conse-guida na identi� cação dos pontos de destaque dos ambientes. Uma sala de estar com janelas amplas ou uma bonita varanda gourmet têm potencial para chamar a atenção dos compra-dores e, por isso, devem ser exploradas durante a visita. Caprichar na arrumação do ambiente também é fundamental. Itens como obras de arte, plantas e � ores ressaltam a beleza do lo-cal e causam boa impressão. “Vale a pena investir em aromatizadores que tragam frescor, nada muito forte, talvez algo como lavanda. Flores são ótimas, mas cuidado com buquês, por serem extremamente pesso-ais”, a� rma Marília Mendes Castilho, arquiteta. “Além disso, a hora da visita deve ser um mo-mento separado da rotina da casa. Evite deixar comida no fogo para não transmitir a ideia de que o comprador está atrapalhando.”

Tantos detalhes acabam transformando a venda do imóvel em uma verdadeira marato-na e nem sempre o resultado é positivo. Para facilitar o processo, o empresário Wanderley Revert montou neste ano a Revert Realce Imobiliário – uma empresa especializada na preparação de imóveis para venda. As altera-ções mais comuns feitas pelos pro� ssionais são: despersonalizar os ambientes (retiran-do fotos de família e outros itens pessoais), eliminar móveis que diminuam o espaço e organizar o local. O preço da consultoria varia entre R$ 1 mil e R$ 5 mil, já o da decoração

chega a 5% do valor � nal do imóvel. “Aqui no Brasil ainda não existe uma ideia muito clara da importância de se preparar a casa antes de colocar o anúncio de venda. É preciso entender o imóvel como um produto e encantar o comprador durante a visita”, afirma Revert. “Pesquisas já mostraram o impacto dos primeiros trinta segundos na venda. Logo, se os compradores não gosta-rem do que virem na chegada, só se lembra-rão dos pontos negativos.” A preocupação com o aspecto final da casa assemelha-se à importância dos decorados

para a compra de um imóvel . Com o obje-tivo de encantar o visitante, os espaços de-corados assumem o papel de trazer vida aos projetos. A Marques Construtora buscou no showroom a possibilidade de vender melhor seus empreendimentos. A empresa montou no bairro Vila Andrade, zona Sul de São Paulo, um local com várias decorações jun-tas. “Na hora de criar os espaços, buscamos identificar o perfil dos compradores, sempre considerando limites e evitando itens pes-soais. Cores fortes limitam gostos e, por isso, o ideal é escolher tons neutros”, diz Marília Mendes Castilho, arquiteta.

TUDO ARRUMADO Apostar somente na decoração da casa, en-tretanto, não é garantia de venda. O compra-dor sentirá mais interesse quando a estru-tura do imóvel também estiver em ordem. Por isso, nada de telhas quebradas, ladrilhos soltos, rachaduras na parede ou falta de pin-tura. Revise ainda os sistemas hidráulico e elétrico para evitar problemas futuros. “Não entregue a casa com portas e janelas em-perradas, fechaduras defeituosas, torneiras pingando ou válvulas de descarga vazando. Tudo isso atrapalha e desvaloriza o imóvel”, diz Luis Antonio Amaral, proprietário da em-presa Manutenção de Sua Casa. “O custo de uma revisão geral varia entre R$ 1 mil a R$ 2 mil e deve ser pensada, no mínimo, um mês antes do início do processo de venda.”

02 • C A D E R N O D E I M Ó V E I S - 1 3 A 1 9 D E F E V E R E I R O D E 2 0 1 3 •

INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA (1ª PARTE) A última década, especialmente a partir de sua segunda metade, tem apontado um crescimen-to vertiginoso do mercado imobiliário nacional, o que se deve a diversos fatores, dentre os quais podemos citar, não exaustivamente, (a) a maior oferta de crédito para o setor, tanto para o pro-dutor, como para o próprio consumidor; (b) o crescente poder aquisitivo das famílias brasilei-ras; (c) uma exponencial redução da taxa básica de juros, adotada pelo Banco Central, sem falar (d) no desejo do governo de tentar erradicar o dé� cit habitacional, que apresenta patamares vergonhosos, por meio da adoção, por exemplo, do programa Minha Casa, Minha Vida. A abundante oferta de crédito no setor se deve não somente à política monetária que exige a destinação de grande parte dos depósitos da caderneta de poupança para o mercado imobi-liário, mas também pelo surgimento de meca-nismos jurídicos que tornaram a concessão do crédito mais segura, como por exemplo, a insti-tuição da alienação � duciária de bem imóvel, in-troduzida no ordenamento pela Lei 9.514/1997. Podemos destacar, ainda, a obtenção direta de crédito pelas empresas imobiliárias por meio da abertura de capital (os famosos IPO’s) e a cres-cente securitização de recebíveis do mercado, tudo isso criando um campo favorável para a crescente oferta de produtos no mercado. O en-contro de um cenário jurídico mais seguro, em-presas capitalizadas e um mercado consumidor sedento pela compra de seu primeiro imóvel, gerou um panorama nunca antes visto no mer-cado imobiliário nacional. Mesmo cidades com menos de um milhão de habitantes se tornaram verdadeiros can-

teiros de obra de edifícios, sejam eles co-merciais ou residenciais, que, quando pron-tos, modificam sensivelmente a caricatura dos centros urbanos brasileiros. Figura central na cadeia produtiva do crescente mercado imobiliário é o incorporador, previsto no ordenamento jurídico a partir da década de 60 e, portanto, muito posterior à própria con� guração da atividade de incorporação que, como será visto, é preexistente à edição da Lei n. 4.591/64. Portanto, o objetivo deste artigo é discorrer com objetividade sobre o histórico da atividade de incorporação imobiliária, de� nindo com exa-tidão quem pode ser considerado incorporador à luz da legislação especí� ca e, principalmente, analisando as operações que acabam sendo con� guradas como incorporação, ainda que as-sim não fossem desejo dos empreendedores.

2. BREVES NOÇÕES Conforme autorização da Lei 4.591/64 (Lei de Condomínios e Incorporações), o incor-porador pode ser uma simples pessoa física, pro� ssional ou não da área. Como será visto em detalhes no item seguinte, a incorporação é de� nida pela atividade e não pela quali� ca-ção do sujeito que a promove. Como o mercado imobiliário está cada dia mais complexo, e as operações desta natureza deman-dam cada vez mais pro� ssionalização, sendo certo que a organização em estrutura societária tem o condão de eliminar a responsabilização pessoal daquele que promove a incorporação, costumei-ramente quem atua como incorporador é uma pessoa jurídica organizada sob uma das formas societárias autorizadas em lei.

Portanto, é o incorporador quem vai ao merca-do buscar terrenos aptos ao desenvolvimento de empreendimentos imobiliários, usualmente, no modelo de condomínio edilício (ou horizontal), estabelecendo com o dono do terreno a forma de aquisição deste bem imóvel (observa-se ser muito comum nos dias de hoje o modelo de permuta por unidades construídas no próprio terreno). Ademais, é ele quem concebe o pro-jeto de edi� cação, levando-o à aprovação pelas autoridades competentes, providencia o registro dos documentos necessários perante o O� cial de Registro de Imóveis, nos termos da Lei de Incorporação, empreende diretamente ou por meio de terceiros a venda das unidades e, por � m, constrói ou delega a construção, sob sua su-pervisão. Natural, ainda, que estabeleça com o agente � nanciador da obra uma linha de crédito a ser ofertada para futuros adquirentes, em con-dições preestabelecidas contratualmente.

Sendo assim, é muito fácil a� rmar que o principal fomentador da área imobiliária e, por conseguinte, o principal fornecedor da cadeia produtiva imobiliária é a sociedade empresarial incorporadora, a qual se responsabiliza pessoal e diretamente com o consumidor pela entrega da unidade imobiliária, além é claro da boa qua-lidade do produto. Rotineiro nos dias de hoje o incorporador se confundir com a � gura do construtor, do mesmo modo que não são raras as hipóteses em que as empresas incorporado-ras contam com sua própria equipe de vendas, realizando diretamente a comercialização das unidades autônomas.

Fonte: JusNavegandiUnir Consultoria Imobiliária

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www.unirconsultoria.com.br

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Segundo especialista, o setor vem crescendo porque os consumidores buscam moradia com mais segurança e qualidade de vida

CRESCE DEMANDA PORCOMUNIDADES PLANEJADAS

esta nova modalidade de empreendimento é a alternativa de moradia para as cidades brasileiras construídas sem nenhum planejamento

Foto: Divulgação A procura por mais tranquilidade e espaço e, acima de tudo, qualidade de vida. Segundo a CIA Inteligência e Coordenação, empresa que atua há 15 anos no setor imobiliário e especializada em projetos de inteligência, desenvolvimento de projetos e coordenação de vendas neste tipo de empreendimento, essas são algumas das ques-tões que estão levando cada vez mais consumi-dores a procurar uma nova forma de moradia: os chamados bairros ou comunidades planejadas. Proporcionando mais segurança, opções de lazer e muito mais conforto, trata-se da melhor alterna-tiva atual para quem deseja fugir dos problemas dos grandes aglomerados urbanos ou de quem simplesmente busca maior praticidade e seguran-ça em cidades com menor número de habitantes. Para Paulo Toledo, diretor Superintendente da CIA e um dos maiores especialistas em comunida-des planejadas do Brasil, esta nova modalidade de empreendimento é a alternativa de moradia para as cidades brasileiras construídas sem nenhum pla-nejamento, e que já não têm espaço para viabilizar dentro delas projetos de grande porte. Municípios com menos habitantes também estão buscando esta alternativa. “O desejo de morar em uma casa permeia o sonho da maior parte das famílias brasi-

leiras. Com a verticalização das cidades, o consumi-dor terá que fazer uma opção entre a tranquilidade e o sonho da casa ou a praticidade de um aparta-mento na cidade? E, por que não, um apartamento em um bairro planejado?”, explica Toledo. As comunidades planejadas � cam distantes

de centros urbanos e possuem projetos urba-nísticos inovadores contemplando condomínios horizontais, verticais e centros comerciais e cen-tros empresariais. Essa estrutura de comunidade planejada foi inspirada em exemplos de cidades dos Estados Unidos e Europa. “A infraestrutura

desses lugares deve oferecer opções de lazer, serviços, esportes, saúde, cultura e educação para que o morador só precise sair de casa para resolver questões inadiáveis”, comenta Toledo. Para a CIA Inteligência e Coordenação, entre as vantagens de se viver em um bairro planejado estão tranquilidade, espaço, maior contato com a nature-za, a possibilidade de construir a casa dos sonhos, além do estímulo de ter convívio social, como acon-tecia antigamente. “Importante é que com esse modelo, com a centralização, o morador pode voltar a ter uma vida como a de antigamente. Ele está em uma cidade onde não precisa usar o carro. E, com o trânsito cada vez mais caótico das grandes cidades, temos de constatar que qualidade de vida é poder fazer quase tudo sem usar o carro”, explica Paulo. Como especialista em comunidades e bairros planejados, a CIA explica que o desenvolvimento destes projetos envolve uma complexa e estru-turada implantação que vai desde a identi� ca-ção da vocação da área ao desenvolvimento do masterplan customizado, de� nição das etapas de faseamento até a elaboração da campanha de comunicação do produto, de� nição da es-tratégia de comercialização e o relacionamento com cliente, corretores e fornecedores.

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LOCAÇÃO É INVESTIMENTO SEGURO PARA PROPRIETÁRIO DE IMÓVEIS

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Uma ótima alternativa para quem quer investir, a compra de um imóvel para locação é um negó-cio seguro e que garante rentabilidade. O diretor de uma imobiliária, Rui Cézar Amorim, con� rma as vantagens do investimento, que supera apli-cações � nanceiras. “O mercado imobiliário, prin-cipalmente da capital mineira, é pujante e alta-mente valorizado, sendo uma alternativa segura, que proporciona ao proprietário do imóvel uma renda superior ao investimento bancário. Além de ter os rendimentos dos aluguéis, ele ganha, ainda, com a grande valorização do imóvel”, conta. No caso de imóveis residenciais, os de apartamen-tos de dois e três quartos são os preferidos. “Mas para que efetivamente haja procura e rapidez na locação dos imóveis, os principais parâmetros sem-pre são o valor do aluguel, qualidade, condições do imóvel e, principalmente, localização”, acrescenta.

Se a dúvida é em relação ao tipo de imóvel no qual investir, a melhor opção, segundo o diretor de uma Corretora de Seguros e Administração Imóveis, Ercílio Caldeira, são os comerciais. “O mercado imobiliário tem sido favorável, tendo em vista o crescimento da procura”, conta. Mas, independentemente da escolha - residencial ou comercial -, ele informa que pode ser atingida uma liquidez entre 0,3% e 0,5%, podendo ul-trapassar esse percentual, dependendo do caso”. Assim, Amorim aponta o investimento em imóveis para locação como a alternativa ideal para quem quer segurança, “além de renda extra. Mas para a tranquilidade no negócio da compra e locação do imóvel, é preciso que todo processo seja acom-panhado por uma imobiliária de con� ança, com pro� ssionais bem preparados e atualizados, o que garantirá o equilíbrio na relação entre as partes”.

FIADOR - É a pessoa de con� ança de quem está alu-gando o imóvel. É aquele que se apresenta solidário em assumir as obrigações estabelecidas em contrato caso ocorra algum problema que impeça o titular da loca-ção a continuar pagando o aluguel. Em geral, quando o cliente está � rmando o contrato de locação do imóvel, ele deverá apresentar dois � adores, que tenham renda de duas vezes o valor do aluguel.

LOCAÇÃO GARANTIDAConheça as três opções de garantia mais utilizadas por imobiliárias e clientes que vão efetivar a locação de imóveis:

SEGURO-FIANÇA - Mecanismo de seguro de locação que garante ao proprietário do imóvel o recebimento do valor do aluguel e encargos vencidos caso o inquilino não realize o pagamento. Para conseguir o seguro, a pessoa deve apre-sentar seu cadastro à seguradora. Se aprovado, a segurado-ra emitirá uma apólice, que é o documento que formaliza o contrato do seguro, e o cliente vai pagar por essa apólice que garante a locação num período de um ano.

TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO - É um título de crédito de garantia, similar ao processo de caução e penhor, que também garante o pagamento do aluguel caso o inqui-lino não consiga cumprir o contrato. O interessado � rma um contrato com a corretora e um banco, no qual a pessoa deposita na instituição bancária o valor que corresponde ao período de 10 a 12 meses de aluguel. Nessas condições, caso não haja o pagamento por parte do inquilino, o pro-

prietário do imóvel poderá recorrer ao banco para que o título seja executado. A vantagem desse mecanismo é que se o inquilino cumprir com as obrigações contratuais durante o período de um ano, ele poderá resgatar todo o valor que foi empregado. A desvantagem é que o preço é muito alto. Assim, muitas pessoas não têm condições � -nanceiras para contratar esse título.

FONTE: Creci/MG

Foto: Divulgação

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CERÂMICA, DA VASILHA D´ÁGUA ÀTECNOLOGIA DO REVESTIMENTO EM HD E 3D

Guido Ferreira é diretor-presidente da Ankara Revestimentos

Primeiro material arti� cial criado pelo ho-mem, a cerâmica está entre nós há algo entre 10 a 15 mil anos oferecendo inúmeras soluções para as mais diversas aplicações. A cerâmica surge quando o homem deixa de ser apenas caçador e passa ao estágio de agricultor. Com a sua � xação em determinado espaço tornou-se necessário um utensílio que pudesse conservar tanto a água quanto os ali-mentos e as sementes para a sua comunidade. Logo o homem percebeu que a argila umedeci-da era fácil de moldar servindo bem ao propósito e - não se sabe bem como aconteceu - após ser queimada em temperaturas muito altas (ao redor de 1.000º C) tornava-se impermeável e resistente. A partir daí o homem criou casas, vasilhames para alimentos, vinhos, óleos e perfumes e até urnas funerárias com a utilização da *cerâmica - * do grego kéramos = argila queimada. Atualmente a cerâmica apresenta a cada dia novas utilidades podendo servir para criações artísticas, na área doméstica e até na indústria aeroespacial. Hoje ela é subdividida em setores distintos sendo os dois principais a cerâmica vermelha e a branca. E já que nosso foco neste artigo é a cerâmica voltada para revestimento é bom saber que atualmente as placas são geralmente forma-das por três camadas - suporte ou biscoito;

engobe e o esmalte que, além de impermea-bilizar, é a face que decora a peça. No � nal do século passado (1990/2000) os cha-mados porcelanatos promoveram uma verdadei-ra revolução que se traduziu em menor espessura, maior resistência e baixa absorção de umidade. Isto fez com que ele se � zesse presente em pra-ticamente todos os lugares motivado ainda por uma ampliação do número de cores, formas e ta-manhos. Também do ponto de vista tátil ele agora pode ser rústico, polido ou até mesmo acetinado. Em casas comerciais mais so� sticadas, fora o tradi-cional 30 x 30cm, hoje é possível encontrar 15 x 15, 20 x 20, 50 x 50 e mesmo 120 x 120 centímetros, seja para piso quanto para revestimento de parede.

ÚLTIMAS NOVIDADES/TENDÊNCIAS HD (alta de� nição) e 3D (três dimensões, o que pode ser traduzido como textura) são as últimas novidades em se tratando de porcelanatos. Isto se converte em uma perfeita imitação - com re-levos - de peças naturais, dentre eles, o mar� m, o granito e o mármore além de um sem número de texturas que emulam papéis de parede. Outro destaque são os revestimentos que copiam com grande perfeição metais oxidados e pisos de cimento e também os que imitam a aparência - e textura - da madeira que agora ganhou ranhuras

para facilitar o escoamento da água. Como se não bastasse, outra companhia investiu em um porce-lanato com brilho discreto e textura de renda! O respeito ao meio ambiente também serviu de inspiração para outra empresa que criou pastilhas a partir de casca de coco, antes rejeitada. A esta segui-ram-se outras aproveitando refugos de castanha, palmito, pupunha, banana, macieira e bambu. Aqui mesmo em Divinópolis, a Ankara Revesti-mentos, único importador de Minas Gerais a ofere-cer diretamente da China o quartz stone (uma pedra arti� cial de extrema resistência, impermeabilidade, cuja fabricação não agride o meio ambiente e que é disponibilizado em uma ampla variedade de cores), é uma empresa de destaque neste segmento dos porcelanatos e outros revestimentos. Guido Ferreira, diretor presidente da empresa, as-segura que além do preço extremamente compe-titivo dos produtos que traz com exclusividade da China para Minas, a qualidade do produto oriental “não tem comparação” com outros grandes produ-tores mundiais e nacionais. “Se existe algum pro-duto onde a China reina, este é o da cerâmica e, por consequência, o porcelanato”, diz ele. Viajando com frequência para a China, entre outros países para fazer negócios, Guido garante que na atualidade todas as grandes novidades neste segmento vêm daquele país oriental. “A

tecnologia empregada, o investimento em de-sign e pesquisa, aliado a um custo de produção extremamente competitivo, faz com que hoje o mundo volte seus olhos mais uma vez para a Chi-na que - sejamos sinceros - sempre foi referência em porcelana, produto que é - em síntese - uma cerâmica”, explica ele. Quem desejar outras informações sobre reves-timentos pode acessar a homepage da empresa. www.ankararevestimentos.com.br.

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MERCADO IMOBILIÁRIO DEVECRESCER 30% NESTE ANO

Em Minas Gerais o setor cresceu 4,6%

Em 2012, o mercado imobiliário brasileiro teve um bom desempenho e a expectativa é de que este ano as vendas superem em 30% as do ano passado. A informação é do presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Minas Gerais (Creci-MG), Paulo Tavares, que acredita num resultado semelhante em Minas Gerais. Entre os motivos para as boas previsões, destacam-se a con� ança do consumidor na economia brasileira e a chegada das classes C e D ao mercado. Para o Estado, as grandes apos-tas são Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e o Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte, que nos últimos cinco anos teve uma valorização de mais de 500%. Na avaliação de Tavares, não se justi� cam as queixas de alguns empresários da construção civil de que o mercado está desaquecido para o setor. Segundo ele, “o setor da construção civil foi o que mais cresceu no país no último ano e, em Minas, a alta foi de 4,6%”. Para o mercado imobiliário brasileiro, as expectati-vas são ainda mais positivas. O Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci) acredita que o incremento nas vendas em 2013 pode chegar a 30%, se comparado a 2012. “Com o aumento da oferta de imóveis veri� cado nos últimos meses, a tendência é a de estabilização do mercado, sem estouro de

bolha imobiliária”, acredita. “Depois de atrasos nas obras nos últimos três anos, em virtude da escassez de mão de obra, recentemente, os imóveis começaram a ser entregues, ampliando a oferta. Mas isso não quer dizer que haverá queda de preços”, adverte Tavares, lembrando que o terreno, que é um dos principais insumos da cons-trução civil, não tende a � car mais barato. “A tendência é de um aumento mais cadencia-do”, acredita. No entanto, ele reconhece que

diante do aumento da oferta veri� cado nos últimos quatro meses, os consumidores terão “maior poder de barganha”. Financiamentos - Entre os motivos para essa expectativa de aumento de vendas em 2013, Tavares destaca o alargamento de pra-zo de � nanciamento para imóveis destinados à classe B e, ainda, o aumento do limite do valor dos imóveis do programa “Minha casa, minha vida”, do governo federal. “Tudo o que se constrói é vendido”, atesta o dirigente. Em

sua avaliação, o anúncio feito pelo governo federal no � nal do ano passado, de desone-ração da folha de pagamento, redução de ou-tros impostos, e criação de linhas de � nancia-mento para o setor também devem contribuir para manter o mercado aquecido. Inclusive porque, segundo pesquisa feita em novembro do ano passado pela Fundação Getúlio Vargas, pelo menos um terço (32,6%) dos consumidores brasileiros está otimista quanto à situação econômica do país para os próximos meses. Para Tavares, essa con� ança vai se re� etir no consumo, inclusive nos de bens duráveis, como um imóvel. Em Minas, há pelo menos duas áreas onde já se veri� ca um grande crescimento. Uma de-las é o Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte, sobretudo em Vespasia-no e Lagoa Santa. Para se ter uma ideia da valorização, Tavares diz que há cerca de seis anos o preço do metro quadrado de um ter-reno naquela região era de cerca de R$ 50. Atualmente, não custa menos que R$ 1 mil o metro quadrado. “Os lotes no Alphaville, em Vespasiano, foram vendidos em um único dia”, exempli� ca. E no interior, o destaque é Uberlândia, “que vem recebendo muitos in-vestimentos em infraestrutura, atraindo os olhos do mercado”.

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UM FUTURO PARA O MERCADO IMOBILIÁRIO *Nelson Parisi Júnior A crise � nanceira europeia foi impiedosa com as imobiliárias portuguesas: das 4 mil que exis-tiam em 2007, metade fechou as portas. Cabe perguntar: qual foi o “segredo” daquelas que sobreviveram? A resposta: operação em rede, compartilhando negócios. De maneira moderna e arrojada, elas apostaram na parceria como ferramenta ideal para se diferenciar no mercado. E deu certo! A tendência também vem se con� rmando em outros países, como Canadá, Estados Unidos e em nossa vizinha Argentina. É fácil entender como esse sistema de trabalho dá tão certo. Basta pensar em alguém que esteja interessado em trocar de imóvel, mas que, para viabilizar esse projeto, precise vender a casa ou o apartamento em que more atualmente. O primeiro passo será colocar o imóvel à venda em uma imobiliária associada a uma rede. Feito isso, o cliente passará a contar não apenas com uma, mas com várias empresas que, juntas, se empenharão na comercialização. O proprietário terá todas as vantagens da atuação conjunta das imobiliárias: maior corpo de vendas e ofertas, uma única placa no imóvel (a experiência mostra o excesso desse recurso passa a impressão de “desespero” por parte de quem está vendendo, o que desvaloriza o bem) e negociará com seu corretor de con� ança. Não podemos esquecer que, para tudo isso funcionar correta e rapidamente, é importante

manter o regime de exclusividade – assim, o em-penho do corretor será maior. Quando se opta por utilizar diversas intermediadoras, surge o risco de o corretor se sentir menos comprometido com a venda, uma vez que o proprietário não está va-lorizando os investimentos que a imobiliária tem de fazer para comercializar o imóvel. Em rede, a exclusividade é ainda melhor, pois um corretor pode recorrer a outra imobiliária na busca por um comprador. Concorrentes vi-ram parceiros, e todos saem ganhando. Mais negócios – Nos países em que a cultura de trabalho em rede é mais amadurecida, o vo-lume de negócios feitos em parceria entre imo-biliárias chega a 80% de seus faturamentos. Empresas com carteiras pequenas de imóveis podem encontrar, em uma rede, a solução para aumentar exponencialmente suas ofertas. A Rede Secovi de Imóveis, vinculada ao Seco-vi-SP (Sindicato da Habitação), por exemplo, congrega em seu banco de dados mais de 30 mil imóveis, os quais são divulgados em mais de 50 portais nacionais e internacionais. A imobiliária que participa desse universo dis-põe de uma gama de contatos e networking. Seus corretores têm acesso a cursos e treina-mentos gratuitos, e os clientes podem explorar todas as possibilidades de oferta de diversas regiões de São Paulo, do Brasil e até mesmo do exterior, falando com apenas uma imobiliária! A adesão às redes tende a ser crescente, e o

cenário para a realização de negócios em par-ceria é amplamente favorável. Projeções da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) revelam que as captações da poupança ga-rantem funding para � nanciamentos de imó-veis até 2015. Se o PIB crescer entre 3,5 e 4% em 2013, o incremento do volume de crédito para imóveis deve ser de 15% em comparação às cifras contratadas no ano passado. E mais: 4% dos brasileiros querem adquirir ou trocar de moradia nos próximos 12 meses, de acordo com pesquisa da Ipsos Marplan. Esta é a hora para inovar e entrar no mundo dos negócios em parceria. Com ou sem crise, uma coisa é certa: quem não estiver em rede di� cil-mente sobreviverá no mercado, como bem mos-trou o exemplo de Portugal. É preciso abandonar

o conceito antiquado segundo o qual os ganhos são individuais e irrepartíveis.Nessa nova reali-dade, clientes exigem justamente o que só uma rede pode proporcionar: credibilidade e agilida-de na venda e muitas opções em um único lugar, apenas com um corretor de sua con� ança. A Rede Secovi pretende proporcionar ganhos aos seus associados, estimular o pro� ssionalis-mo, e, aos poucos, mostrar para o mercado que compartilhar é bom para multiplicar negócios. Nossa ambição é fazer o corretor de imóveis con-quistar a mesma importância que tem nos Esta-dos Unidos. Assim como aqui temos o advogado e o médico da família, lá há o corretor da família. Muito precisa ser feito! Mas os resultados fa-rão os esforços valerem a pena. *Nelson Parisi Júnior é presidente da Rede

Secovi de Imóveis

*Av. 7 de Setembro*4 quartos, sendo um suíte*Hidromassagem p\ 6 pessoas + ducha*Apartamento todo novo*Teto rebaixado*Gás canalizado*Todo preparado para energia solar RIBEIRO IMÓVEIS: CRECI - MG 21.843

COBERTURA NO SIDIL

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