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Câibras Um estudo das cãibras musculares Introdução: Ao praticarmos atividades físicas intensas colocamos os nossos músculos em um trabalho forte e progressivamente extenuante. Como conseqüência disto muitas vezes surgem problemas musculares tais como estiramento, rupturas de ligamentos, dores musculares pós- exercícios, tendinites e cãibras musculares. Para atingir tal objetivo vamos aqui descrever diversos aspectos relacionados ao estudo deste problema, como a estrutura de um músculo esquelético e seu comportamento durante uma cãibra, os fatores causadores, os sintomas que podem identificar uma cãibra muscular, como preveni-la e como realizar um tratamento adequado seja você atleta ou não. 1) A estrutura da fibra muscular esquelética: O entendimento de toda a estrutura das fibras musculares esqueléticas e do mecanismo da contração muscular é muito importante para que se faça um estudo proveitoso a respeito das cãibras musculares, já que sua própria definição e muitas de suas causas estão envolvidas com alterações não planejadas durante a realização do processo de contração do músculo. Em decorrência disto faremos uma breve exposição teórica sobre as células musculares e seu funcionamento na geração de força contrátil. O tecido muscular tem como células formadoras as fibras musculares esqueléticas, cujos comprimentos podem variar de alguns centímetros a quase um metro. A membrana plasmática destas células é chamada de sarcolema e é nesta que existe uma conexão neuromuscular onde se faz presente um neurônio motor (moto neurônio alfa) realizando sinapses com a fibra muscular esquelética propriamente dita, tendo moléculas de acetilcolina como mediadores químicos deste fenômeno, e que levam como conseqüência à geração de potenciais de ação que irão se propagar por toda a extensão da célula e que vão provocar todo o processo da contração muscular. No interior de cada fibra esquelética existe um citoplasma celular que aqui é denominado de sarcoplasma, local este onde ficam mergulhadas diversas estruturas como o

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Cibras Um estudo das cibras muscularesIntroduo:Ao praticarmos atividades fsicas intensas colocamos os nossos msculos em um trabalho forte e progressivamente extenuante. Como conseqncia disto muitas vezes surgem problemas musculares tais como estiramento, rupturas de ligamentos, dores musculares ps-exerccios, tendinites e cibras musculares.Para atingir tal objetivo vamos aqui descrever diversos aspectos relacionados ao estudo deste problema, como a estrutura de um msculo esqueltico e seu comportamento durante uma cibra, os fatores causadores, os sintomas que podem identificar uma cibra muscular, como preveni-la e como realizar um tratamento adequado seja voc atleta ou no.

1) A estrutura da fibra muscular esqueltica:O entendimento de toda a estrutura das fibras musculares esquelticas e do mecanismo da contrao muscular muito importante para que se faa um estudo proveitoso a respeito das cibras musculares, j que sua prpria definio e muitas de suas causas esto envolvidas com alteraes no planejadas durante a realizao do processo de contrao do msculo. Em decorrncia disto faremos uma breve exposio terica sobre as clulas musculares e seu funcionamento na gerao de fora contrtil.O tecido muscular tem como clulas formadoras as fibras musculares esquelticas, cujos comprimentos podem variar de alguns centmetros a quase um metro. A membrana plasmtica destas clulas chamada de sarcolema e nesta que existe uma conexo neuromuscular onde se faz presente um neurnio motor (moto neurnio alfa) realizando sinapses com a fibra muscular esqueltica propriamente dita, tendo molculas de acetilcolina como mediadores qumicos deste fenmeno, e que levam como conseqncia gerao de potenciais de ao que iro se propagar por toda a extenso da clula e que vo provocar todo o processo da contrao muscular. No interior de cada fibra esqueltica existe um citoplasma celular que aqui denominado de sarcoplasma, local este onde ficam mergulhadas diversas estruturas como o glicognio, a fosfocreatina, o ATP, a gordura, o ncleo, o retculo sarcoplasmtico, molculas de mioglobina, mitocndrias e centenas de filamentos proticos chamados de miofibrilas (Maughan, Gleeson e Greenhaff 2000). Cada miofibrila na verdade um conjunto de sarcmeros, unidades contrteis do msculo compostas por dois tipos de filamentos de protenas: os filamentos finos, constitudos pelas protenas actina, troponina e tropomiosina; e os filamentos grossos, constitudos pela protena miosina.No cabe nesta exposio descrever com detalhes o mecanismo da contrao muscular, porm importante saber que a contrao origina-se a partir da gerao de um potencial de ao no sarcolema das clulas musculares o qual se propaga por toda a extenso das mesmas e acaba por acarretar a liberao de clcio no sarcoplasma; este, por sua vez, ir provocar interaes entre as protenas que formam os filamentos finos com protenas que constituem os filamentos grossos dando origem a uma estrutura chamada de complexo actiomiosina. A partir deste momento ocorrer uma srie de acontecimentos que resultaro no deslizamento dos filamentos finos por sobre os grossos em direo ao centro do sarcmero, fazendo assim com que o msculo desenvolva tenso e se encurte.Vista esta breve exposio terica sobre a estrutura das clulas musculares e do mecanismo da contraomuscular, o presente artigo iniciar agora uma descrio mais especfica sobre o estudo das cibras musculares e os aspectos a ele relacionados.2) O que so cibras musculares?2.1) Definio:Cibras musculares nada mais so do que contraes musculares intensas de um s msculo isolado ou de um grupo deles e que ocorrem sem ser solicitadas, ou seja, so contraes involuntrias. Normalmente acontecem aps exerccios fsicos extenuantes e sua durao em geral de alguns segundos; na grande maioria das vezes elas desaparecem subitamente podendo-se observar o endurecimento do grupo muscular onde atuam, sendo que os msculos mais freqentemente afetados so o gastrocnmio, os isquiotibiais e os abdominais (Gali, 2002). Segundo este mesmo autor as cibras musculares, em alguns casos, podem causar outros tipos de leses tais como distenses, estiramento e rupturas de ligamentos e msculos. Turbio (1999) nos fala da gravidade que uma cibra pode representar no treinamento ou competio de um atleta, j que quando aparece responsvel pelo afastamento imediato deste da atividade em que est participando. Por ser algo que incapacita momentaneamente o atleta, tcnicos e jogadores temem muito sua incidncia; com certeza o leitor que est analisando o presente texto j deve ter observado que em muitas competies esportivas, principalmente no futebol, atletas desabam repentinamente no campo de jogo e logo depois vem a informao de que o mesmo est sentindo cibras.Na verdade as cibras no atingem somente atletas; s ver o prprio exemplo citado no incio deste artigo de pesquisa, onde a cibra representa um grande perigo para quem nada em uma praia e que fica sujeito a ser puxado pela correnteza do mar. Turbio (1999) nos oferece um dado curioso e preocupante, onde relata que em muitos casos de "quase afogamentos" observou-se que a causa do problema havia sido uma cibra muscular. Portanto, dependendo da ocasio a cibra tanto pode representar apenas uma dor momentnea como tambm pode gerar graves situaes de risco para qualquer indivduo, e no somente para atletas como muitos pensam.3) O que causa cibras musculares?Tendo como base as pesquisas consultadas para a realizao deste artigo, conseguimos perceber que os fatores causadores para o surgimento das cibras ainda consiste em um assunto muito controvertido. Porm, de acordo com estudos recentes, foram apontadas quatro diferentes teorias para explicar como e porqu as cibras musculares surgem: a teoria metablica, teoria da desidratao, teoria eletroltica e teoria ambiental. Vamos aqui exp-las mais detalhadamente para um melhor entendimento do assunto.3.1) A teoria metablica:Segundo Turbio (1999) a teoria metablica sustenta-se na explicao de que as cibras ocorrem quando o msculo se torna "intoxicado" por metablitos provenientes da atividade contrtil.Uma das substncias txicas ao msculo a amnia; produzida durante a oxidao das protenas, normalmente ela conduzida ao fgado sob a forma de glutamina ou alanina e neste rgo biotransformada em uria a qual levada pela corrente sangnea at os rins, onde filtrada e excretada. Entretanto, durante a atividade fsica o fgado tem sua atividade reduzida e, consequentemente, a transformao de amnia em uria muito menos intensa do que em condies de repouso. Com isso percebe-se um maior acmulo de amnia prximo s fibras musculares e, devido a sua toxidade, pode levar ao estabelecimento das cibras musculares.Uma outra substncia txica ao msculo o cido lctico. Fox (2000) nos fala que esta uma substncia resultante de uma desintegrao incompleta dos carboidratos, processo este conhecido como gliclise anaerbia o qual objetiva liberar energia que, por meio de reaes acopladas, utilizada para ressntese do ATP. Este processo realizado no sarcoplasma das fibras musculares, ou seja, o cido lctico vai sendo produzido no interior das clulas. Aps produzido, este cido libera ons hidrognio no meio intracelular e estes ons iro aumentar consideravelmente a acidez neste meio, podendo afetar profundamente o funcionamento das fibras musculares e causar, entre outros distrbios, as cibras musculares.

Estas duas substncias so exemplos de como as cibras musculares so originadas a partir de metablitos txicos produzidos no organismo. De acordo com a teoria metablica as cibras musculares surgiriam exclusivamente a partir destas substncias, ou seja, uma teoria muito limitada em relao a fatores externos que influem no exerccio, tais como a temperatura ambiental e o fato de ter sido realizado alongamento ou no. Dentre as quatro teorias propostas para explicar o surgimento das cibras musculares talvez seja a teoria mais "fraca" e limitada.3.2) A teoria da desidratao:A teoria da desidratao sustenta-se na afirmao de que o suor liberado durante o exerccio fsico representa uma perda de gua to considervel que pode provocar desequilbrio nos fluidos corporais e assim interferir no mecanismo contrtil dos msculos, provocando sua contrao sbita.

S para se ter uma idia, uma pessoa com 60 kg que se exercita por cerca de uma hora perde, aproximadamente, 1500 ml de lquido pelo suor resultante da transpirao, ou seja, cerca de 2,5% da massa corporal. Se esse valor chegar a 5%, o que pode ser atingido em 2 horas de atividades fsicas sem hidratao, os riscos para a sade e particularmente de cibras musculares so enormes. Barbanti (1990) nos fala que a deficincia extrema de gua no organismo pode provocar efeitos tais como: deixar o sangue concentrado, o volume sangneo reduzido e a temperatura corporal aumentada em nveis bastante perigosos. Tambm cita que a gua consiste no meio onde todas as reaes metablicas intracelulares acontecem e, no msculo, a falta de gua pode deixar o sarcoplasma extremamente concentrado e as reaes que acontecem nesta regio podem ser prejudicadas, provocando distrbios at mesmo no mecanismo da contrao muscular que, por meio de processos contrteis involuntrios, geram cibras musculares.A desidratao uma das causas mais comuns da ocorrncia de cibras musculares em pessoas que sequer realizam alguma atividade fsica, j que para perder gua do corpo o mecanismo da sudorese por excesso de atividade fsica no nico. Um exemplo de pessoas sedentrias que sofrem cibras por desidratao sem realizar nenhum tipo de atividade fsica seriam aquelas que normalmente ingerem grandes doses de bebidas alcolicas em sua vida cotidiana. Isto explica-se pelo fato de que o lcool inibe a liberao do ADH (hormnio anti-diurtico) fazendo assim com que a gua no seja reabsorvida durante as etapas da funo renal e com isso seja excretada do corpo em grandes quantidades, gerando a desidratao e por conseqncia todos os efeitos que a mesma pode proporcionar, j descritos anteriormente.Visto isso, acreditamos que a teoria da desidratao tem sim uma importncia significativa no que se refere a explicar quais as causas que levam ao estabelecimento das cibras musculares. Porm, os estudiosos que defendem esta teoria se limitam muito ao afirmar que apenas a perda de gua que ocasiona as contraes involuntrias, pois eles se esquecem que com o suor vrias outras substncias so liberadas alm da gua. Assim sendo, o leitor mais atento pode perguntar: e se na verdade a deficincia destas outras substncias liberadas com o suor no for a real causa das cibras musculares ? isto que veremos a seguir na teoria eletroltica.3.3) A teoria eletroltica:Os estudiosos que defendem a teoria eletroltica afirmam que juntamente gua, perdida com a transpirao excessiva, liberada uma certa quantidade de eletrlitos necessrios ao organismo. A ausncia destes eletrlitos leva a que o tecido muscular se ressinta da falta dos mesmos, reagindo com contraes involuntrias (cibras).O sdio e o potssio so os principais eletrlitos que, em deficincia, levam ao aparecimento das cibras musculares. A explicao fisiolgica para isso reside no fato de que a diferena de concentrao destes ons entre os meios intra e extracelular que vai ocasionar o surgimento de potenciais eltricos que ocorrem nas fibras nervosas e musculares, e so estes potenciais eltricos os responsveis pela transmisso dos impulsos nervosos e pelo controle da contrao muscular (Guyton, 1988). Assim sendo, uma deficincia de sdio e potssio geraria distrbios na formao de potenciais eltricos e consequentemente no controle da contrao muscular, o que pode ocasionar contraes espontneas dos msculos, as cibras.Falando especificamente do potssio, Barbanti (1990) em sua obra "aptido fsica um convite sade" nos fala o seguinte:(...) " Os msculos precisam de potssio. Um msculo que se contrai libera potssio para os vasos sangneos vizinhos, fazendo-os se dilatar e aceitar mais sangue. Quando no h mais potssio para liberar, o msculo se contrai por causa de insuficiente quantidade sangnea" (...) (p. 95-96).Pela citao anterior, percebemos o quanto o potssio importante para o controle do mecanismo contrtil dos msculos. Alm dele e do sdio, acredita-se que a deficincia de outros eletrlitos como o clcio e o magnsio tambm seja geradora de cibras musculares, embora no haja um consenso em relao a isto. Ao se analisar esta teoria, percebe-se que talvez seja a mais completa em termos de explicaes fisiolgicas para o surgimento das cibras musculares. Seu grande problema reside justamente em no explicar o porque do surgimento de cibras em pessoas com nveis de eletrlitos normais, fato este que algumas das outras teorias conseguem explicar. Sendo assim, vamos expor a quarta e ltima teoria, a teoria ambiental, para ver a que concluso podemos chegar sobre os fatores causadores das cibras musculares.3.4) A teoria ambiental:Como o prprio nome ilustra, a teoria ambiental sugere que as cibras musculares so causadas por modificaes extremas no ambiente externo ao organismo, principalmente modificaes na temperatura. Acredita-se que temperaturas altamente elevadas ou extremamente baixas seriam as principais responsveis pelo aparecimento destes distrbios musculares.No caso de temperaturas altamente elevadas esta teoria defende o seguinte: o aumento da temperatura ambiente associado ao exerccio fsico leva a uma elevao na temperatura corporal. Guyton (1988) nos fala que quanto mais elevada for a temperatura corporal mais intensamente se realizaro as reaes qumicas que se passam no interior das clulas. Desta forma, em temperaturas muito elevadas - 39 ou 40 graus Celsius - as reaes qumicas que geram a contrao muscular se tornariam to intensas que poderiam chegar ao ponto de tornar-se involuntrias. Sendo assim, cibras musculares surgiriam como conseqncia de modificaes ambientais extremas que interferiram na temperatura corporal; este fenmeno denominado de "cibras induzidas pelo calor" (Fox, 2000), e caracterizado como sendo espasmos ou contraes musculares dos membros superiores, membros inferiores e do abdome, e que normalmente atinge indivduos sem aclimatao. J no caso de temperaturas muito frias o que se observa o seguinte: a exposio ao frio desencadeia vrias respostas fisiolgicas do organismo, e dentre elas est a constrico dos vasos sangneos. Como conseqncia deste fato seria gerado um prejuzo de fluxo sangneo para os msculos, desencadeando as cibras.Como citado anteriormente, os fatores causadores das cibras musculares um assunto que ainda gera muita discusso entre os especialistas. Um ponto negativo desta teoria ambiental o de que muitos autores ainda no aceitam as explicaes fisiolgicas dadas para o surgimento das cibras causadas pelo excesso de calor, afirmando que no h comprovaes esclarecedoras de como o mecanismo que d origem a estes distrbios ocorre. No objetivo do presente artigo discutir se uma teoria melhor ou pior do que a outra mas sim exp-las em nosso texto, cabendo apenas ao leitor tirar suas prprias concluses. Assim sendo, partiremos agora para a apresentao de algumas formas de preveno e tratamento das cibras musculares. Este tpico, em particular, muito importante para nos informar de como devemos agir com os nossos alunos no sentido de auxiliar os mesmos a se prevenirem contra possveis leses musculares antes, durante e aps a atividade fsica que estiver praticando.4) Como prevenir e tratar as cibras musculares?Basicamente os sintomas das cibras musculares se resumem a um s: dor intensa no msculo ou grupamento muscular mais exigido durante uma atividade fsica. Se um aluno reclamar de problemas com estas caractersticas o professor deve tomar algumas atitudes no sentido de aliviar esta dor momentaneamente e preveni-la para futuras aulas. A seguir sero dadas algumas recomendaes que auxiliaro o professor a atingir estes objetivos.4.1) Hidratao adequada:Uma hidratao adequada ajudar o aluno a evitar desidratao e elevao extrema da temperatura corporal. Entenda-se por hidratao adequada aquela em que a pessoa no ingere grandes quantidades de gua de uma s vez, o que poderia causar um certo desconforto, mas sim em intervalos programados.Normalmente o que se recomenda o seguinte: fazer uma pr-hidratao antes da atividade consumindo cerca de 150 ml de gua a cada 15 minutos tomando o primeiro copo uma hora antes da prtica fsica. Durante a atividade deve-se beber de 100 a 200 ml de gua a cada 10-15 minutos, sendo importante para o professor saber que a disponibilidade irrestrita de gua constitui uma obrigao o tempo todo durante uma aula. Aps a atividade o recomendado que se beba gua alm daquela que se bebe normalmente quando se est com sede (Fox, 2000). Desta forma estaramos prevenindo as cibras causadas por uma possvel desidratao ou elevao "exagerada" da temperatura corporal durante o exerccio.4.2) Reposio eletroltica:Aliada hidratao tambm deve ser realizada uma reposio eletroltica antes, durante e ao final da atividade. Neste caso, bebidas isotnicas e sucos de frutas so bastante teis aos atletas em decorrncia de promoverem a reposio dos nveis de, principalmente, sdio e potssio no organismo. Algumas bebidas recomendadas so a gua de coco, o suco de laranja, as vitaminas de banana e abacate, o suco de pssego e principalmente o suco de tomate, o mais rico em mg de sdio entre os citados acima. Uma recuperao nutricional com boa quantidade de sal tambm importante para repor o cloreto de sdio. Ao ingerir estes alimentos estaramos prevenindo as cibras causadas por uma possvel deficincia de eletrlitos no organismo.4.3) Alongamento (antes e aps a atividade) e massagem da regio afetada:Fazendo alongamentos antes da atividade fsica estamos "avisando" aos msculos que eles sero utilizados futuramente, assim como tambm se o fizermos depois estamos nos prevenindo contra dores musculares que possam vir a aparecer no perodo ps-exerccio. Se durante a atividade as cibras forem acusadas por algum aluno a recomendao a se realizar, segundo Barbanti (1990), a de:(...) "procurar uma posio cmoda e alongar gentilmente o msculo afetado. Tentar relaxar o msculo e massage-lo tambm pode aliviar a dor rapidamente" (...) (p. 96)Podemos perceber ento que ao notar que um aluno acusa sintomas de cibras, em hiptese alguma devemos deix-lo continuar a atividade normalmente, pois este correria at mesmo o risco de obter uma leso muscular mais sria.Consideraes finais:Aps a realizao de uma extensa reviso bibliogrfica visando a busca de dados para a realizao deste artigo, algumas concluses podem ser tiradas do presente estudo das cibras musculares.A primeira concluso importante a que conseguimos chegar a de que ao se analisar as causas das cibras musculares no podemos nos limitar a defender apenas uma teoria que explique tais causas e esquecer das teorias restantes. Ao invs disto seria muito mais proveitoso realizar uma interao das quatro teorias propostas com o intuito de fazer uma abordagem mais ampla e completa sobre o assunto em questo. Uma outra concluso importante a que conseguimos chegar a de que o profissional de educao fsica deve ter um conhecimento mnimo necessrio sobre as cibras musculares de modo que o capacite para realizar suas atividades com os alunos sem o perigo de no saber como agir na hora em que um aprendiz seu se queixar de dores no corpo, o que muito comum em nosso meio. Em relao ao objetivo principal de nosso artigo, que era o de realizar um estudo detalhado das cibras musculares, acreditamos que tenha sido atingido, apesar de reconhecermos que h uma grande dificuldade de se encontrar um material especfico sobre o assunto.Assim sendo, cabe agora a ns realizarmos um aprofundamento no assunto em questo para que possamos adquirir o conhecimento necessrio nossa formao profissional. Visto isso, podemos dizer que a realizao do presente trabalho contribuiu de forma significativa para uma melhor compreenso sobre o assunto "cibras musculares", assim como tambm contribuiu amplamente para o desenvolvimento do estudo da cinesiologia.Desta forma, podemos sugerir para todos aqueles que praticam alguma atividade fsica que 1) pratiquem sempre acompanhados por algum profissional graduado e 2) procurem saber se este profissional tem um conhecimento mnimo necessrio para lhes dar segurana durante sua prtica fsica. S assim pode-se ter certeza que a atividade estar sendo realizada de maneira correta e segura, com um perigo mnimo de leses musculares. Referncias bibliogrficas:1) BARBANTI, Valdir J. Aptido fsica um convite sade. So Paulo: manole, 1990.2) FOSS, Merle L, KETEYIAN, Stevean J. Bases fisiolgicas do exerccio e do esporte. Traduzido por Giuseppe Taranto. 6ed. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 2000.3) GALI, Jlio C. Leses musculares. [on line] Disponvel na Internet. URL: http://www.apice.med.br/leses.html. 02.jan.2003.4) GUYTON, Arthur C. Fisiologia humana. Traduzido por Charles Alfred Esberard. 6ed. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 1988.5) MAUGHAN, Ron, GLEESON, Michael, GREENHAFF, Paul. Bioqumica do exerccio e treinamento. Traduzido por Elisabeth de Oliveira e Marcos Ikeda. So Paulo: manole, 2000.6) TURBIO,C. Para passar o vero sem cibras. [on line] Disponvel na Internet. URL: http://www.jt.estadao.com.br/noticias/99/01/10cturibio.html. 02.jan.2003