Upload
others
View
5
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
REVISTA INSEPE | Belo Horizonte | Volume 4 - Número 2 | 2º trimestre de 2019 |
http://insepe.org.br/revistainsepe
.......................................................................................................................................................
CAIXA ESCOLAR E SUAS OBRIGAÇÕES COM A RECEITA FEDERAL: UM
ESTUDO DE CASO NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE RIBEIRÃO DAS NEVES-MG
AUTORES (AS): Patrícia de Castro; Salete de Matos Reis; Alan da Silva Melo; Marlúcio
Cândido; Kátia Glê S. Ribeiro; Flávia Nunes Reis; Silvana Antônia S. Lopes; Vander Lúcio
Sanches; Alessandra Correia de Lourenza; Vera Lúcia Barbosa de Souza
RESUMO
As pessoas jurídicas e equiparadas, perante a Legislação Comercial, Fisco Federal, Ministério
do Trabalho e Previdência Social, independentemente do seu enquadramento jurídico ou da
forma de tributação perante o Imposto de Renda, estão obrigadas a cumprir com várias
obrigações ou normas legais. Durante o estudo de caso que norteou este trabalho, observou-se
que a falta de informação por parte de alguns gestores escolares e por consequência o não
cumprimento de obrigações fiscais junto à Receita Federal, desencadeou o que se denominou
um caos nas unidades executoras, ou simplesmente caixas escolares. Para que esse caos não
se repita nos próximos anos, vai ser preciso capacitar os gestores das caixas escolares e
normatizar padrões contábeis para auxiliar nas obrigações pertinentes à pessoa jurídica. O
presente artigo tem o objetivo principal identificar como as caixas escolares estão organizadas
para com as obrigações contábeis. Para a análise dos dados utilizou - se as abordagens
qualitativa e quantitativa. Quanto aos fins a pesquisa foi descritiva e quanto aos meios foi
realizado um estudo de caso. E como instrumentos de coleta de dados, foram utilizadas
entrevistas semiestruturadas com dois gestores que estão há mais tempo como presidente da
caixas escolares e, também, as Leis Federais e Municipais que rege sobre a competência da
pessoa jurídica e normatiza as obrigações e prazo e as consequências do não cumprimento. A
Certidão Nacional da Pessoa Jurídica Ativa é fundamental para a vida escolar do aluno, pois,
é ela a gestora dos recursos que são transferidos para o bom funcionamento da Escola.
Palavras-chave: Caixa Escolares, Receita Federal, Transparência
207
“A perda mais escandalosa é a que sofremos devido à nossa negligência."
(Sêneca)
1 INTRODUÇÃO
O objetivo desta pesquisa é analisar as Caixas Escolares Municipais de Ribeirão das
Neves, estado de Minas Gerais, identificar a sua funcionalidade e suas obrigações enquanto
Pessoa Jurídica de Direitos e Obrigações, com a finalidade de auxiliar aos Gestores com
orientações e instrumentalizações para a efetiva administração e prestações legais que requer
da Pessoa Jurídica. Dentro do cenário estudado foi analisada 55 (cinquenta e cinco) Caixas
Escolares Municipais das quais 35 (trinta e cinco) tiveram seu CNPJ (Certificado Nacional de
Pessoa Jurídica) baixado na Receita Federal, por motivo de omissão contumaz: a que, estando
obrigada, deixar de apresentar declarações e demonstrativos por 5 (cinco) ou mais exercícios,
se, intimada por edital, não regularizar sua situação no prazo de 60 (sessenta) dias contado da
data da publicação da intimação. (Instrução Normativa RFB Nº 1470 DE 30/05/2014 (DOU
03/06/2014).
As Caixas Escolares Municipais caracterizam-se por ser uma unidade executora da
sociedade civil com personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos que pode ser
instituída por iniciativa da escola, da comunidade ou de ambas, com o objetivo gerir as verbas
transferidas para, a priori, fazer a manutenção dos serviços que ofertam, no caso, a Educação
Básica. Várias são as nomenclaturas utilizadas para denominar Unidade Executora (UEx); eis
alguns exemplos:
• Caixa Escolar;
• Associação de Pais e Professores;
• Associação de Pais e Mestres;
• Círculo de Pais e Mestre;
• Unidade Executora.
208
As unidades executora do município em estudo receberam a nomenclatura de Caixa
Escolar, conforme Lei Municipal de nº 2278 de 13 de dezembro de 1999, no seu art. 2º,
parágrafo segundo:
“...as escolas a que se refere o parágrafo anterior, somente serão beneficiadas se
dispuserem de unidades executoras próprias – entidade de direito privado, sem fins
lucrativos, representativa da comunidade escolar (caixa escolar), responsável pelo
recebimento e execução dos recursos financeiros, transferidos...”
Pretende-se, neste estudo, por meio de análise documental, conhecer as normativas
que norteiam as unidades executoras do município de Ribeirão das Neves, as suas atribuições,
a sua constituição, sua organização e a sua administração, para compreender melhor o seu
funcionamento e verificar como elas se organizam para prestar a Declaração de Isenção do
Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Relação anual de Informações Sociais- RAIS e quem é o
responsável de fazê-la. Pretende também através de análise documental, analisar as
competências de cada membro do Conselho Escolar e até onde a Prefeitura Municipal através
da Secretaria Municipal de Educação tem a obrigação direta ou indireta, por se tratar de
unidades de serviços no âmbito municipal.
As unidades executoras tem como atribuições administrar os recursos transferidos por
órgãos federais, estaduais, distritais e municipais; gerir recursos advindos de doações da
comunidade e de entidades privadas; controlar recursos provenientes da promoção de
campanhas escolares e de outras fontes; fomentar as atividades pedagógicas, a manutenção e
conservação física de equipamentos e a aquisição de materiais necessários ao funcionamento
da escola; e prestar contas dos recursos repassados, arrecadados e doados.
Os movimentos contábeis das unidades executoras (caixa escolar), desde a sua
prestação de contas até as Declarações de Imposto de Renda e a Declaração da RAIS (Relação
Anual de Informações Sociais) mesmo que negativa, é da competência do Presidente da
Unidade Executora (Caixa Escolar) conforme o Manual de Orientação para constituição de
Unidade Executora:
“Presidente: convocar e presidir reuniões e assembleias; administrar, juntamente
com o tesoureiro, os recursos financeiros da entidade; e promover o entrosamento
entre os membros da Unidade Executora, acompanhando o desempenho de suas
funções”.
209
Diante deste contexto, esta pesquisa busca responder à seguinte pergunta: Como as
unidades executoras, Caixa Escolar Municipal de Ribeirão das Neves, estão organizadas
para apresentar a Declaração de Isenção do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e
Relação Anual de Informações Sociais- RAIS?
Para tanto, pretende-se analisar as Caixa Escolares, apoiada em dados coletados sobre
as obrigações das unidades executoras mediante as Leis, Decretos, Resoluções e Manual de
Orientações Nacional e Municipais além dos documentos internos da Secretaria Municipal de
Educação de Ribeirão das Neves, para identificar os elementos estudados na teoria, para a
partir daí, entender as obrigações de cada órgão e o comportamento das unidades executoras
com essa obrigação e propor um Manual de Orientações no âmbito Municipal e um mini
curso de capacitação para a Gestão das mesmas.
Desta forma, o presente trabalho utiliza, quanto à abordagem, a pesquisa qualitativa. A
pesquisa qualitativa oferece descrições ricas, bem fundamentadas, além de oferecer um maior
grau de flexibilidade ao pesquisador para adequação da estrutura teórica ao estudo do
fenômeno administrativo e organizacional que deseja.
Sendo assim, esta pesquisa tem por objetivo geral analisar como as unidades
executoras – Caixa Escolar - administra as obrigações legais com a Receita Federal. Além
deste, tem como objetivos específicos apresentar as normativas legais que determina as
obrigatoriedades e as datas limites de cada obrigação; verificar como são acompanhadas essas
obrigações pela Secretaria Municipal de Educação e, por fim, identificar onde houve a falha
que causou a baixa dos CNPJ das unidades executoras municipais de Ribeirão das Neves-
MG.
O presente trabalho utiliza, quanto à abordagem, a pesquisa qualitativa. Conforme
Vieira e Zouain (2006), este tipo de pesquisa é fundamentada principalmente em análises
qualitativas, caracterizando-se, em princípio, pela não-utilização de instrumental estatístico na
análise dos dados. Marconi; Lakatos (2004, p. 272) ressaltam que “na pesquisa qualitativa,
primeiramente faz-se a coleta de dados a fim de elaborar a teoria de base, ou seja, o conjunto
de conceitos, princípios e significados. ” E a segunda fase, uma pesquisa quantitativa,
coletando e analisando os dados numéricos. Collis; Hussey (2005, p.26) afirmam que “a
pesquisa quantitativa envolve coletar e analisar dados numéricos e aplicar testes estatísticos.”
210
Para analisar como é organizada e administrada as caixas escolares municipais de
Ribeirão das Neves, foi realizada uma pesquisa descritiva, buscando informações e
descrevendo sobre o problema em questão. Na pesquisa descritiva, o objeto é estudado em sua
totalidade; descreve-se o tempo de permanência da Diretoria das Caixas Escolares e o tempo
de Omissão das Declarações de Inserção de Imposto de Renda e da RAIS. Quanto aos meios,
utilizou-se pesquisas documental e dois estudos de caso, levantando conceitos teóricos, Leis
Federais e Municipais, Instrumentalizações Nacionais e Manuais de Orientações no âmbito
Federal e atualizados por meio de livros, artigos científicos e, assim, enriquecendo e
direcionando o desenvolvimento deste trabalho.
Quanto aos meios, adota-se nesta pesquisa a análise documental que tem como
objetivo principal a geração de informações sobre as normativas, obrigações, deveres,
organização, direitos, e documentos internos e externos, que possam ser atualizados sempre
que necessário e que permitam inclusive sua informatização a qualquer momento.
Neste tipo de pesquisa, de acordo com Almeida, Guindani e Sá-Silva (2009), o
documento como fonte de pesquisa pode ser escrito e não escrito, tais como filmes, vídeos,
slides, fotografias ou pôsteres. Esses documentos são utilizados como fontes de informações,
indicações e esclarecimentos que trazem seu conteúdo para elucidar determinadas questões e
servir de prova para outras, de acordo com o interesse do pesquisador (apud FIGUEIREDO,
2007). Portanto, a pesquisa documental se apresenta como a pesquisa principal deste projeto,
enriquecendo e possibilitando a geração de informações mais detalhadas sobre o tema
proposto.
2 CAIXA ESCOLAR E A RECEITA FEDERAL
2.1 Conceitos e o contexto da unidade executora (caixa escolar) como personalidade
jurídica
Em Minas Gerais surgiu como Taxa Escolar em 1870, pelo deputado alagoano
Tavares Bastos, como um mecanismo de financiamento da instrução e, em 1872, o ministro
João Alfredo, inspirado neste instrumento criou a Caixa Escolar. Esse dispositivo tinha como
objetivo auxiliar a inserção da população pobre na escola. Já em 1879, o ministro Leôncio de
211
Carvalho, criou um mecanismo baseado na Caixa e na referência política das Caixas
Escolares francesas.
Contudo, apenas em 1911, a Caixa Escolar foi regulamentada em Minas Gerais, com a
promulgação do decreto nº 3.191, assinado por Delfim Moreira, cinco anos após a criação dos
grupos escolares no estado, com o intuito de garantir vestuário, material didático e merenda às
crianças pobres. Posteriormente a sua regulamentação, o trajeto trilhado por este instrumento,
mostrou a participação da sociedade em ação conjunta com o município que, juntos,
financiaram esta associação para oferecer a população pobre, em idade escolar, a
oportunidade de frequentar a escola.
Para San Tiago Dantas1 instrui que personalidade jurídica é “uma ossatura destinada a
ser revestida de direitos”. Sem dúvida, a personalidade é parte integrante da pessoa
permitindo que o titular venha adquirir, exercitar, modificar, substituir, extinguir ou defender
interesses.
Já para Francisco Amaral2 consagra a personalidade jurídica como valor jurídico que
se reconhece nos indivíduos e em grupos legalmente constituídos materializando-se na
capacidade jurídica.
Para Ulhoa3, sujeito de direito é gêneros e pessoa é espécie, ou seja, nem todo sujeito
de direito é pessoa, embora toda pessoa seja sujeita de direito, titular dos interesses em sua
forma jurídica; é o centro de imputação de direitos e obrigações, se referindo as normas
jurídicas com a finalidade de orientar a superação de conflitos de interesses que envolvem,
direta ou indiretamente, homens e mulheres.
As escolas não possuem natureza jurídica próprias. As unidades executoras (caixa
escolar) possuem natureza jurídica própria, conforme previsto no Manual de Orientações para
constituição de Unidades Executoras. A Constituição Federal do Brasil, no seu art. 70,
1 Francisco Clementino de San Tiago Dantas, (30/08/11 a 06/09/64), foi um jornalista, advogado, professor e
político brasileiro. Suas aulas entre 1942 e 1945 foram taquigrafadas pelo estudante Victor Bourhis Jürgens e
tornam-se referência no estudo do direito civil brasileiro. Sua aula inaugural na Faculdade Nacional de Direito,
em 1955, é até hoje referência nos debates sobre a educação jurídica no Brasil. 2 Francisco Amaral: Doutor Honoris Causa da Universidade de Coimbra e Católica Portuguesa. Professor Titular
de Direito Civil e Romano na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Da Academia
Brasileira de Letras Jurídicas e Da Accademia dei Giusprivatisti Euripei. 3 Prof. Dr. Fábio Ulhoa Coelho é advogado formado em 1981 pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC-SP), instituição pela qual obteve os títulos de Mestre, com a dissertação "Desconsideração da
Personalidade Jurídica" (1985), Doutor, com a tese "Direito e Poder" (1991), e Livre-docente, com a tese "O
Empresário e os direitos do consumidor" (1993).
212
parágrafo único, rege que: prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou
privada, que utilize e arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores
públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de
natureza pecuniária. (CF, BRASIL/88).
2.1.1 Imposto de Renda Pessoa Jurídica
O imposto sobre a renda ou imposto sobre o rendimento é um imposto existente em
vários países, em que cada contribuinte, seja ele pessoa física ou pessoa jurídica, é obrigado a
deduzir uma certa porcentagem de sua renda média anual para o governo federal. A dedução é
realizada com base nas informações financeiras de cada contribuinte, obedecendo a tabela do
organismo fiscalizador de cada país. (SILVA, 2008).
2.1.2 Declaração de Isenção do Imposto de Renda Pessoa Jurídica
É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir imposto
sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem
fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. (CF/88, art. 150,VI, ‘c’).
2.1.3 Relação Anual de Informações Sociais- RAIS
De acordo com o Decreto 76.900/75 todos os empregadores são obrigados a entregar,
no prazo estipulado por cronograma de entrega do Ministério do Trabalho e Emprego, a RAIS
(Relação Anual de Informações Sociais) devidamente preenchida, com as informações
referentes a cada um de seus empregados, o seu objetivo é o suprimento às necessidades de
controle da atividade trabalhista no País; o provimento de dados para a elaboração de
estatísticas do trabalho e a disponibilização de informações do mercado de trabalho à entidade
governamentais.
2.1.3.1 RAIS negativa
A RAIS negativa é de obrigação aos estabelecimentos inscritos no Cadastro Nacional
de Pessoa Jurídica – CNPJ – do Ministério da Fazenda que não mantiveram empregados ou
que permaneceram inativos no ano-base, preenchendo apenas os dados necessários.
213
Deverão ser fornecidas e enviadas por meio da Internet, isenta de qualquer tarifa -
mediante utilização do programa gerador de arquivos da RAIS (GDRAIS), utilizando dos
endereços eletrônicos do Ministério do Trabalho.
2.2 Constituição do Caixa escolar – unidade executora
Independentemente da denominação que a escola e sua comunidade escolham, a ideia
é a participação de todos na sua constituição e gestão pedagógica, administrativa e
financeira.
O importante é que ao constituir sua Unidade Executora, a escola congregue pais,
alunos, funcionários, professores e membros da comunidade, de modo que esses segmentos
sejam representados em sua composição. As suas atribuições dentre outros, é administrar
recursos transferidos por órgãos federais, estaduais, distritais e municipais além de prestar
contas dos recursos repassados, arrecadados e doados.
A Constituição Federal define que os recursos públicos dever ser gerenciados por meio
dos princípios democráticos e participativos, para isso, as pessoas envolvidas na constituição
da UEx deverão convocar a Assembleia Geral de professores, pais, alunos, funcionários e
demais membros da comunidade interessados no desenvolvimento das atividades
pedagógicas, administrativas e financeiras da escola.
Para que a Unidade Executora possa ter conta bancária e ser contemplada com
benefícios, tais como: subvenções, assinatura de convênios com órgãos governamentais, entre
outros, é necessário que esteja inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), do
Ministério da Fazenda. O Presidente da Unidade Executora, de posse do registro, deve
apresentar-se à Delegacia, Agência ou Inspetoria da Receita Federal, em data previamente
agendada no sítio da Receita Federal, munido dos documentais tais como: a Ficha de inscrição
do estabelecimento com o formulário próprio da Receita Federal; a Ata da Assembleia Geral
de constituição da Unidade Executora; Registro da Unidade Executora no Cartório e o CPF do
Presidente.
2.3 A composição e a organização das Unidades Executoras (Caixa Escolar)
As unidades executoras é constituída por todos os associados e administrada pela
Assembleia Geral, pela Diretoria e pelos Conselhos Deliberativo Fiscal.
2.3. 1 Assembleia Geral
214
É a reunião de todos os sócios para deliberar acerca dos assuntos que dizem respeito
ao funcionamento da Unidade da Executora. É convocada e instalada na forma da lei (Código
Civil - Lei nº 10.406, de 10 de Janeiro de 2002) e do estatuto.
Cabe à Assembleia Geral: fundar a Unidade Executora; eleger e dar posse à Diretoria e
aos Conselhos Deliberativo e Fiscal; nomear e destituir os membros da Diretoria, dos
Conselhos Deliberativo e Fiscal; analisar anualmente as contas da Diretoria e deliberar sobre
o balanço por ela apresentado; alterar ou reformular o estatuto; e examinar outros assuntos
de interesse da Unidade Executora e da escola.
A Assembleia Geral tem dois tipos: a Ordinária e a Extraordinária. É na Assembleia
Geral Ordinária que se aprecie as contas e os relatórios contábeis entre outras atividades. A
Assembleia Geral Extraordinária convocada pelo presidente para casos especiais e necessário,
desde que estejam presentes a maioria simples dos sócios.
2.3.2. Conselho Deliberativo
Deverá ser constituído por no mínimo sete membros, escolhidos, democraticamente,
por meio de processo eletivo, contendo obrigatoriamente: presidente; secretário; e
conselheiros (no mínimo cinco, podendo variar esse número quando a unidade executora não
dispor de membros suficientes para tal formação).
Dentre outras funções, é do Conselho Deliberativo: apreciar a programação anual, o
plano de aplicação de recursos e os balancetes; promover sindicâncias, quando necessário;
emitir pareceres de mérito em assuntos de sua apreciação e convocar assembleias.
2.3.3. Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal deverá ser constituído de acordo com o estatuto da entidade.
Normalmente, sua constituição possui os seguintes membros efetivos: um presidente, dois
titulares e seus respectivos suplentes, todos escolhidos por meio processo eletivo.
A função do Conselho Fiscal: é fiscalizar a movimentação financeira da Unidade
Executora: entrada, saída e aplicação de recursos; examinar e julgar a Programação Anual,
sugerindo alterações, se necessário e analisar e julgar a prestação de contas da Unidade
Executora.
2.3.4. Diretoria
215
A Diretoria, de acordo com o estatuto da entidade e com o tamanho da escola,
normalmente é assim constituída: um presidente, um vice-presidente, um secretário e um
tesoureiro, escolhidos por meio de processo eletivo, com as suas funções explicitadas a seguir:
2.3.4.1. Presidente
Convocar e presidir reuniões e assembleias; administrar, juntamente com o tesoureiro,
os recursos financeiros da entidade; e promover o entrosamento entre os membros da
Unidade Executora, acompanhando o desempenho de suas funções.
2.3.4.2. Vice- Presidente
Auxiliar o presidente nas atribuições pertinentes ao cargo e, quando necessário,
responder pela caixa escolar.
2.3.4.3. Secretário
Elaborar toda a correspondência e documentação: atas, carta, ofícios, convocações,
estatuto etc.; ler as atas em reuniões e assembleias; manter a organização e a atualização de
arquivos e livros de atas; e elaborar, em conjunto com a Diretoria, o relatório anual.
2.3.4.4. Tesoureiro
Assumir a responsabilidade de toda a movimentação financeira (entrada e saída de
valores); assinar, junto com o presidente, todos os cheques, recibos e balancetes; prestar
contas (no prazo estabelecido pelo estatuto) à Diretoria e ao Conselho Fiscal e, anualmente,
em assembleia geral, aos associados e manter os livros contábeis (caixa e tombo) em dia e
sem rasuras.
2.3.4.5. Sócios
As caixas escolares (UExs) será constituída com número ilimitados de sócios
pertencentes às categorias: Efetivos – serão sócios efetivos os pais de alunos, o diretor e o
vice - diretor do estabelecimento de ensino, os professores e os alunos; Colaboradores –
serão sócios colaboradores o pessoal técnico administrativo, os pais de ex-alunos, os ex-
diretores do estabelecimento de ensino, os ex- professores, os ex-alunos e os demais membros
da comunidade, desde que interessados em prestar serviços à unidade escolar ou acompanhar
o desenvolvimento e suas atividades pedagógicas, administrativas e financeiras.
216
Os sócios terão direitos de: votar e ser votado; participar de atividades sociais e
culturais promovidas pela escola; apresentar sugestões e oferecer colaboração à Caixa
Escolar; e solicitar, em assembleia geral, esclarecimentos sobre as atividades da Caixa
Escolar e sobre os atos da Diretoria e dos Conselhos Deliberativo e Fiscal.
2.3.5 A organização das unidades executoras – caixa escolar
Para que as atividades da Unidade Executora sejam realizadas de forma organizada
são necessários os livros abaixo indicados:
2.3.5.1. Livro Ata
É o livro em que se registram as reuniões ordinárias e as Assembleias Gerais da
Unidade Executora; compete ao Secretário a lavratura das atas. Sua redação deve ser clara,
sem rasuras, sem espaços em branco e os números escritos por extenso. Cada ata lavrada
deverá ser assinada pelos participantes da reunião.
2.3.5.2. Livro Caixa
É o livro em que se registram todas as entradas (receitas) e saídas (despesas) dos
recursos financeiros que estão sob a responsabilidade e gestão da Unidade Executora, não
devendo conter rasuras.
2.3.5.3. Livro Tombo
É o livro utilizado para registrar o patrimônio sob responsabilidade da Unidade
Executora, como equipamentos e móveis, e para registrar baixas, devidamente comprovadas,
se houver trocas, inutilizações ou perda de bens. Esses registros devem ser feitos pelo
Tesoureiro.
2. 4 Das obrigações legais
Para os públicos, as autarquias e fundações públicas a dispensa da apresentação da
declaração não desobriga os órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas de efetuarem
o recolhimento dos impostos e contribuições que constariam da DIPJ, nem do cumprimento
das demais obrigações tributárias, assim também as unidades executoras das escolas públicas
das redes municipal, estadual e do Distrito Federal deverão apresentar, anualmente,
Declaração de Isenção do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Relação anual de Informações
217
Sociais- RAIS ainda que negativa na forma e nos prazos estabelecidos, respectivamente pela
Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda e pela Secretaria de Políticas de
Emprego e Salário do Ministério do Trabalho.
As que não possuem unidades executoras próprias, deverão ser feitas pelas Prefeituras
Municipais e Secretarias de Educação dos Estados e do Distrito Federal. (Resolução FNDE
08/2000).
2.5 Criação da caixa escolar
Em 1995 com o objetivo principal de agilizar a assistência financeira aos sistema de
ensino foi criando o Programa Nacional Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).
(Brasil, 1995, p. 1). A partir de 1997 o PDDE passou a exigir como condição para o repasse
dos recursos financeiros às escolas a constituição de Unidade Executora, “uma sociedade civil
com personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, que pode ser instituída por
iniciativa da escola, da comunidade ou de ambas”(Brasil, 2009, p. 3), organizada como
associação e composta pelos membros do colegiado, do conselho escolar, da associação de
pais e mestres, da caixa escolar, ou de agremiações similares que representassem a
comunidade escolar.
As unidades executora do município em estudo, foi implantada após a criação do
Programa de Manutenção da Escola – PME (Lei Municipal de n.2273 de 31/12/99), com as
mesma condições do programa PDDE, a obrigatoriedade de se constituir uma sociedade civil
com personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos.
Com a Ata da Assembleia Geral da Fundação assinada e com os demais documentos
constitutivos da entidade, o presidente da entidade deve registra-la devidamente no Cartório
de Registro Civil de Pessoas Jurídicas da comarca da sede da entidade, para obter
personalidade jurídica e passar a ser reconhecida como sujeito de direitos e de deveres. O
registro deverá ser pedido em requerimento preparado de acordo com o padrão do cartório e
assinado pelo representante legal da entidade, na forma do estatuto e apresentar as
documentações que são pertinentes de cada Cartório.
2.5.1 A definição do Presidente e as obrigações contábeis
218
Com as novas orientações do Programa PDDE, o diretor da escola passa se constituir
membro nato, presidente do conselho e representante legal da Unidade Executora (caixa
escolar), tornando -se, neste sentido, responsável pela declaração de informações à Receita
Federal, ao INSS, além do recolhimento e do pagamento de tributos que incidiram sobre as
movimentações financeiras do Conselho, que passou a atuar na gestão como entidade de
direito privado sem fins lucrativos.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES
Como vimos no decorrer da pesquisa as caixas escolares, assim denominadas no
Município de Ribeirão das Neves para as escolas municipais, tem personalidade jurídica e
como tal tem as obrigações fiscais a serem cumpridas. A Lei de Introdução às normas do
Direito Brasileiro deixa claro em seu art. 3º que ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando
que não a conhece. Partindo desse princípio fundamentando com a Lei Municipal de 1999 que
cria o Programa de Manutenção da Escola que normatiza a criação das caixas escolares e da
sua obrigação, principalmente a de apresentar anualmente nos documentos e prazos
estabelecidos, a Declaração de Isenção de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e Relação
Anual de Informações Sociais.
As razões da baixa do CNPJ das caixas escolares foi por Oficio de Omissão
Contumaz, ou seja, ficar sem fazer o que é de dever fazer por cinco ou mais exercícios. Esse
não cumprimento ocasionou o bloqueio dos recursos do qual as Escola depende para fazer a
manutenção necessária do dia a dia escolar. Além desse transtorno alguns programas não
puderam ser iniciado, como o Mais Educação, programa de Educação em Tempo Integral,
pois depende dos recursos federais, e com a baixa do CNPJ, as caixas escolares ficaram
impossibilitadas de fazerem qualquer movimentação financeira. Foi argumentado que a
Secretaria Municipal também foi omissa em não avisar, orientar ou não apresentar as
declarações devidas, ou seja, fazer que é de obrigação dos caixas escolares. Em Oficio a
Secretaria Municipal de Educação pronunciou que, por se tratar de pessoa jurídica e
autônoma, os caixas escolares não se submete a administração direta da Secretaria Municipal
de Educação, mesmo assim, se colocaria como parceira para resolver a situação colocando à
disposição veículos para conduzir o presidente a Receita Federal e recursos financeiros para
219
que as mesma pudessem quitar todas as taxas e multas oriundas do descumprimento das
obrigações.
As entrevista realizadas com três diretoras com mais tempo como presidente da caixa
escolar, sendo treze, dez e três anos respectivamente, podemos averiguar que todas
desconhece das leis, normas e instrumentação que dita obrigações e direitos das unidades
executoras, no caso, as caixas escolares. A entrevista também possibilitou averiguar que as
mesmas desconhece o que é Livro Caixa e Livro Tombo, conhecendo somente o Livro Ata,
pois registram as reuniões. Verificou também que são desconstituída do Conselhos
Deliberativo e Conselho Fiscal, ficando o presidente sobrecarregado com as atividades
características da pessoa jurídica, tais como: entrada e saída dos recursos, atualizar o Livro
Caixa, relacionar todo o patrimônio no Livro Tombo, organizar as notas fiscais e prestar
contas dos gastos além de anualmente fazer o balanço e apresentar as declarações de Isenção
de Imposto de Renda e a RAIS dentro do prazo estabelecido pela Receita Federal. Essas
atribuições, conforme colocadas pela gestão escolar, não são a priori, preocupação delas
sendo que, a vida escolar requer delas a maior atenção. Há uma cultura, diagnosticada
mediante as entrevista, de deixar tudo para última hora e deixar para o Setor Financeiro da
Secretaria Municipal de Educação fazê-lo, contudo, conforme o Manual Federal de
Orientação das UExs do MEC, as Secretarias Municipais de Educação deverá monitorar as
prestações de contas do PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) e de outros recursos de
transferências, para outras atividades de características contábeis, poderá ser consultada assim
como o Setor de contabilidade da Prefeitura Municipal, para tanto, esses Setores prestará
assistência se provocados.
Diante deste contexto, este trabalho respondeu a pergunta tema do trabalho: como as
unidades executoras, Caixa Escolar Municipal de Ribeirão das Neves, estão organizadas para
apresentar a Declaração de Isenção do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e Relação Anual de
Informações Sociais- RAIS. Saber o papel do presidente da caixa escolar e saber das normas
federais e municipais que a rege e a regulamenta, é de suma importância para o bom
andamento das mesmas, principalmente das obrigações perante aos órgãos federais, estaduais
e municipais no que tange as obrigações tributárias, uma vez que a sua existência se dar para
receber os recursos públicos e movimentá-los nas atividades fins da educação. E se tratando
de recursos públicos nenhuma instituição federal, estadual e municipal deverá deixar de
cumprir as normativas pertinentes a pessoa jurídica, nem tão pouco alegar que não a conhece.
220
Diante das análises dos dados e o conhecimento sobre o tema em questão, verificou-se
que a gestão escolar, logo presidente das unidades executoras, estão despreparadas e
desorganizadas com suas atividades contábeis. Verificou-se também que a Secretaria
Municipal de Educação não tem um setor especifico com um profissional contábil, para
orientações e auxilio nas atividades contábeis, uma vez que a formação dos gestores são da
área pedagógica e não administrativas, e o setor de contabilidade do município não conta com
contadores suficientes para atendimento exclusivo às caixas escolares, e não conta com um
sistema contábil que possa vir facilitar as informações e as prestações contábeis.
Sugere-se que a Secretaria Municipal de Educação oferta um mini curso contábil a
todas caixas escolares e crie um sistema contábil que facilita o recolhimento das informações
auxiliando as nas prestações e nas obrigações perante a Receita Federal, além de criar um
setor com profissionais da área contábil que monitora as prestações de conta de todas as
caixas escolares, evitando assim que as mesmas perdem os prazos e tenha uma vida útil
financeira sem nenhum contra tempo, permitindo assim a continuação das atividades
escolares.
REFERÊNCIAS
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica. 4. ed. São
Paulo: Atlas, 2004. 305 p.
SÁ-SILVA, J. R.; ALMEIDA, C. D.; GUINDANI, J. F. Pesquisa documental. Revista
Brasileira de História & Ciências Sociais, n. 1, 2009.
YIN, Robert (1994). Case Study Research: Design and Methods (2ª Ed) Thousand Oaks,
CA: SAGE Publications.
VIEIRA, m. F. V.; ZoUain, D. m. (org.). Pesquisa qualitativa em administração. 2. ed. rio
de Janeiro: FgV, 2006.
COLLIS, Jill; HUSSEY, Roger. Pesquisa em administração: Um guia prático para alunos
de graduação e pós – graduação. 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2005. 349 p.;
221
FIGUEIREDO, N.M.A. Método e metodologia na pesquisa cientifica. 2ª.ed. São Caetano
do Sul, São Paulo, Yendis Editora, 2007
RIBEIRÃO DAS NEVES. MG. Secretaria Municipal de Educação. Ofício Circular SMED
n.260, de 31 de maio de 2015. Que informa as competências das caixas escolares e coloca os
veículos a disposição e se compromete com os recursos para auxiliar nas taxas. Arquivo
interno. Acesso: 31 de maio de 2015;
_________________________. Lei Municipal de n.2273, de 13 de dezembro de 1999.
Dispõe sobre a criação do Programa Manutenção da Escola – PME, da criação das unidades
executora e suas obrigações. Arquivo interno da Prefeitura Municipal de Ribeirão das Neves.
Acesso: 31 de maio de 2015;
BRASIL. Secretaria Nacional da Fazenda. Instrução Normativa Receita Federal do Brasil
nº 1.470, de 30 de maio de 2014, Art. 52, no DOU nº 104, de 3 de junho de 2014. Seção 1,
págs. 23. Disponível < http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta> Acesso: em 8 de
maio de 2015.
_______. Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
Manual de Orientação para constituir unidades executoras (UExs), de 14 de abril de 2009.
Disponível:<http://ftp.fnde.gov.br/web/pdde/manual_de_orientacao_para_constituicao_de_ue
x.pdf> Acesso: em 8 de maio de 2015.
_______. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada
em 5 de outubro de 1988. Art. 70, parágrafo único. Redação dada pela Emenda Constitucional
n. 19 de 1998. Organização do texto: Juarez de Oliveira. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 1990. 168
p. (Série Legislação Brasileira).
________. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto Lei n. 4.657, de 4 de
setembro de 1942. Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro. Redação dada pela Lei
n. 12.376, de 2012. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
2010/2010/Lei/L12376.htm#art2>. Acesso em: 8 de maio de 2015;
________. Lei 9394, de 20/12/1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
1997.
222
_______. Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação. Conselho Deliberativo.
Resolução nº 12 de 10 de maio de 1995.Brasília, DF. FNDE: 1995
________. CONSELHO DELIBERATIVO DO FUNDO NACIONAL DE
DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. MEC – FNDE. Determina que todas as unidades
executoras das escolas públicas da rede municipal, estadual e do Distrito Federal deverão
apresentar anualmente as suas declarações. Decreto nº 008 de 08 de março de 2000, art. 14.
_________. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto Lei n. 76.900, de 23 de
dezembro de 1975. Institui a Relação Anual de Informações Sociais – RAIS e dá outras
providências. Disponível em <http://planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d76900.htm>.
Acesso em 8 de maio de 2015;
MINAS GERAIS. Estado. Decreto Lei n. 3191, de 9 de junho de 1911. Aprova o
regulamento Geral da Instrução do Estado. Lex: br; minas.gerais:estadual:decreto:1911-06-
09;3191;
ASSUNÇÃO. Noe. PDDE - Prestando conta. Curso de PDDE 2013. Trabalho não
publicado. Disponível em <http.pt.slideshare.net/noeassuncao1/pdde-prestando-contas-prof-
noe-assuno>. Acesso em 10 de maio de 2015.
CONGRESSO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM SOCIAIS E
HUMANIDADES. I,2012, Niterói RJ. Novos desafios para os diretores escolares:
gerencialismo, responsabilização e democratização da gestão escolar. ANINTER-SH/
PPGSD-UFF, 21.p;