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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE MINAS COLEGIADO DO CURSO DE ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO - CECAU TIAGO LUCAS PEREIRA VIEIRA CIM MANUFATURA INTEGRADA POR COMPUTADOR MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO Ouro Preto, 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

ESCOLA DE MINAS

COLEGIADO DO CURSO DE ENGENHARIA DE

CONTROLE E AUTOMAÇÃO - CECAU

TIAGO LUCAS PEREIRA VIEIRA

CIM – MANUFATURA INTEGRADA POR COMPUTADOR

MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE CONTROLE E

AUTOMAÇÃO

Ouro Preto, 2013

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TIAGO LUCAS PEREIRA VIEIRA

CIM – MANUFATURA INTEGRADA POR

COMPUTADOR

Monografia apresentada ao Curso de

Engenharia de Controle e Automação

da Universidade Federal de Ouro Preto

como parte dos requisitos para a

obtenção do Grau de Engenheiro de

Controle e Automação.

Orientador: Profª Drª Karla Boaventura

Pimenta Palmieri

Ouro Preto

Escola de Minas – UFOP

Setembro/2013

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Fonte de catalogação: [email protected]

V658c Vieira, Tiago Lucas Pereira.

CIM – manufatura integrada por computador. [manuscrito] / Tiago

Lucas Pereira Viera. – 2013.

44f. : il., color.

Orientador: Prof. Dr. Karla Boaventura Pimenta Palmieri.

. Monografia (Graduação) – Universidade Federal de Ouro

Preto. Escola de Minas. Colegiado do Curso de Engenharia de Controle

e Automação.

Área de concentração: Engenharia de Controle e Automação.

1.Automação industrial. 2. Banco de dados. 3. Produtos

industrializados. 4. Sistemas integrados. I. Universidade Federal de

Ouro Preto. II. Título.

CDU: 681.5

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais pela dedicação e confiança ao longo desses anos. Meus heróis!

A toda minha família que me apoiou nos momentos mais difíceis.

A Universidade Federal de Ouro Preto pelo ensino público de qualidade.

A professora Karla Boaventura Pimenta Palmieri e aos mestres da Escola de Minas de

Ouro Preto pelos ensinamentos.

A república Federal Vira Saia pela formação pessoal e irmandade conquistada.

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“O sábio não é o homem que fornece as verdadeiras respostas, é o que formula as

verdadeiras perguntas.”

Claude Lévi-Strauss

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RESUMO

A evolução da produção tem se apoiado em novas tecnologias, na automação e nos

sistemas de informação. Aliando-se essas ferramentas, elas podem ajudar no

desenvolvimento de novos produtos, no aumento da qualidade e produtividade, na

diminuição dos custos e nos prazos de entrega, resultando em um melhor desempenho

operacional das organizações. Esse é objetivo do CIM (Computer Integrated

Manufacturing), integrar, por meio de ferramentas computacionais, todos os setores

industriais. Devido à evolução dos sistemas de automação, tornou-se possível conectar

todas as linhas de produção por meio de controladores lógicos digitais, sistemas de

aquisição de dados e redes industriais. Neste trabalho são conceituados todos os sub-

sistemas que compõe a Manufatura Integrada por Computador, de forma que sejam

analisados todos os benefícios e empecilhos de implantação. Considerado como uma

filosofia de gerenciamento, a aplicação do CIM é gradual, buscando reduzir os custos

operacionais de uma planta e permitindo um melhor desempenho dos padrões

produtivos.

Palavras-chave: CAx, CIM, banco de dados, gerenciamento de ativos, sistemas

flexíveis de manufatura.

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ABSTRACT

The evolution of production has been supported by new technologies, automation and

information systems. Combining these tools, they can help in the developing of new

products, increasing quality and productivity, reducing costs and deadline, resulting in a

better organization’s operational performance. This is the goal of CIM (Computer

Integrated Manufacturing), to integrate, through computational tools, all industrial

sectors. Due the evolution of automation systems, it became possible to connect all

production lines using digital logic controllers, data acquisition systems and industrial

networks. In this article all the sub-systems that define the Computer Integrated

Manufacturing are conceptualized, in order to analyze all the benefits and drawbacks of

its implementation. Considered as a management philosophy, the deployment of CIM is

gradual, seeking the reduction of the plant’s operational costs and allowing a better

productive performance.

Key Words: CAx, CIM, database, asset management, flexible manufacturing systems.

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LISTA DE ABREVIATURAS

AGV Automated Guided Vehicle

CAD Computer-Aided Design

CAE Computer-Aided Engineering

CAL Computer-Aided Logistics

CAM Computer-Aided Manufacturing

CAPP Computer-Aided Process Planning

CAQ Computer Aided Quality

CASA Automation Systems Association

CAx Computer-Aided “anything”

CEP Controle Estatístico de Processo

CIM Computer Integrated Manufacturing

CLP Controlador Lógico Programável

CNC Computerized Numerical Control

DAS Data Acquisition System

DCS Distributed Control System

DNC Distributed Numerical Control

ERP Enterprise Resources Planning

FMC Flexible Manufacturing Cell

FMS Flexible Manufacturing System

ICAM Integrated Computer Aided Manufacturing

JIT Just-In-Time

MEF Método dos Elementos Finitos

MRP Material Requirement Planning

MRPII Manufacturing Resources Planning

PCP Planejamento e Controle de Produção

RH Recursos Humanos

SME Society of Manufacturing Engineers

TG Tecnologia de Grupo

WAN Wide area network

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1: Modelo do Sistema CIM ...................................................................................... 2

Figura 2. 1: Modelo Organizacional proposto por Eugene Merchant. ..................................... 9

Figura 2. 2: Modelo Organizacional ICAM .......................................................................... 10

Figura 2. 3: Modelo Organizacional CASA-SME. ................................................................ 11

Figura 2. 4: O Modelo em Y proposto pelo Prof. A. W. Scheer ............................................ 12

Figura 3. 1: Visualização da deformação do casco de um navio obtida por elementos

finitos no CAE ..................................................................................................................... 16

Figura 3. 2: Exemplo de analise de tensão em uma peça por sistema CAE. ........................... 17

Figura 3. 3: Modelo tridimensional realizado por ferramenta CAD. ...................................... 19

Figura 3. 4: Modelo tridimensional realizado por ferramenta CAD. ...................................... 19

Figura 3. 5: Melhorias acumuladas pela adoção da Tecnologia de Grupo. ............................ 23

Figura 3. 6: Modelos típicos de Sistema de Transporte. ........................................................ 26

Figura 3. 7: Hierarquia do CIM e suas tecnologias correntes. ............................................... 27

Figura 3.8: Representação típica da estrutura de redes de computador usadas na

indústria ............................................................................................................................... 33

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1

1.1. Objetivo ................................................................................................................. 2

1.2. Justificativa ............................................................................................................ 3

1.3. Metodologia ........................................................................................................... 3

1.4. Estrutura do trabalho .............................................................................................. 4

2. MANUFATURA INTEGRADA POR COMPUTADOR....................................... 5

2.1. Histórico ................................................................................................................ 5

2.2. Evolução do CIM ................................................................................................... 6

2.2.1. Eugene Merchant – International Institute for Production Engineering (1975) ..... 8

2.2.2. The U.S. Air Force’s Integrated Computer Aided Manufacturing - ICAM

(1976) ......................................................................................................................... 9

2.2.3. CASA-SME ...................................................................................................... 10

2.2.4. Modelo Y de Scheer (1991) ............................................................................... 12

3. ELEMENTOS QUE COMPÕE O CIM ............................................................... 15

3.1. Ferramentas computacionais ................................................................................ 15

3.1.1. Engenharia Auxiliada por Computador - (Computer Aided Engineering) -

CAE ............................................................................................................................ 15

3.1.2. Projeto Auxiliado por Computador - (Computer Aided Design) - CAD ............. 17

3.1.3. Planejamento do Processo Auxiliado por Computador - (Computer Aided Process

Planning) - CAPP........................................................................................................ 19

3.1.4. Manufatura Auxiliada por Computador - (Computer Aided Manufacturing) -

CAM........................................................................................................................... 21

3.1.5. Qualidade Auxiliada por Computador - (Computer Aided Quality) - CAQ ........ 22

3.1.6. Tecnologia de Grupo - TG ................................................................................. 22

3.2. Transporte como elemento de integração .............................................................. 24

3.3. Gestão hierarquizada ............................................................................................ 27

3.4. Comunicação ....................................................................................................... 32

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 35

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 37

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1

1 - INTRODUÇÃO

A necessidade de inovação se tornou essencial no mercado, hoje, cada vez mais

competitivo. A busca constante pelo aumento de produtividade e qualidade dos

produtos reduzindo seu custo de produção é um fator presente em todas as empresas.

Buscando elevar o nível de eficiência na produção, surgiu o conceito de Manufatura

Integrada por Computador – CIM (Computer Integrated Manufacturing).

Considerada como uma filosofia de gerenciamento o CIM tem como objetivo a

integração e otimização de todos os setores de produção através de sistemas de

informação, computação, controle de produção e automação.

Segundo Vieira (1996), o CIM pode ser definido como a integração de todas as

atividades envolvidas na manufatura, tais como compras, vendas, projetos,

planejamento, administração, finanças, marketing e produção. Essa integração ocorre

por meio de uma rede de comunicação e de um software de gerenciamento com o

objetivo de melhorar a eficiência organizacional, pessoal e produtiva. A Manufatura

Integrada por Computador é responsável pela administração da execução, supervisão e

controle das atividades nos diversos setores da empresa, possibilitando o

interfaceamento desses setores de maneira que eles possam estar perfeitamente

integrados.

Neste trabalho procura-se introduzir, ordenar e resumir os diversos conceitos associados

à manufatura atual, pela forma que é empregada do chão de fábrica até o nível

gerencial. Essa integração se torna possível através de diversas ferramentas

computacionais que são utilizadas em conjunto por meio de uma constante troca de

informação.

Uma peça fundamental para a implantação e sucesso do sistema CIM é o banco de

dados. Um recurso que possibilita uma tomada de decisões mais rápida. Uma vez que,

uma mudança no processo já seja conhecida, caso essa seja solicitada novamente, todas

as informações necessárias estão à disposição dos operadores para as devidas atitudes à

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2

serem tomadas. Isso possibilita uma maior flexibilidade no processo produção, que é

outro benefício proporcionado pela implantação da Manufatura Integrada por

Computador.

A arquitetura CIM é complexa. Sua implantação nas empresas só é possível após todo

um planejamento de produção. É necessário todo um estudo prévio antes de adotar essas

ferramentas. Esse texto busca esclarecer as medidas tecnológicas do sistema.

A figura 1 representa esquematicamente o conceito da Manufatura Integrada por

Computador.

Figura 1.1: Modelo do sistema CIM, Fonte: VIEIRA, 1996.

1.1 – OBJETIVO

Estudar a arquitetura típica dos sistemas CIM e como sua aplicação em ambiente

industrial pode beneficiar uma linha de produção.

Explorar as ferramentas computacionais utilizadas em diferentes níveis organizacionais

de uma empresa e analisar suas prioridades de implantação.

Analisar os conceitos e aplicações de todos os elementos que copões a Manufatura

Integrada por Computador detalhando seus benefícios e dificuldades de implantação.

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1.2 JUSTIFICATIVA

A competitividade do mercado exige uma evolução do setor produtivo. As exigências

crescentes dos clientes, o aumento do nível de desempenhos dos concorrentes e as

frequentes novidades impostas pela tecnologia criam a necessidade de atualização e

agilidade nos processos de produção.

A busca pelo aumento de produtividade com menores gastos em menor tempo são os

princípios para o sucesso da produção. O CIM faz uso das ferramentas necessárias para

que isso ocorra. Demonstrar que a automação não é só mais um sistema de operação

como também parte integrante do nível gestão industrial.

1.3– METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do trabalho será pesquisadas as mais importantes e comumente

encontradas ferramentas computacionais e subsistemas que compõe o CIM nos

processos produtivos.

Foi utilizada a pesquisa bibliográfica como metodologia baseada em material composto

por livros, artigos, dissertações, revistas e pesquisas eletrônicas (disponibilizado pela

Internet).

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1.4 – ESTRUTURA DO TRABALHO

No capítulo 1 é feita uma introdução sobre o assunto abordado durante o trabalho, assim

como o objetivo, a metodologia adotada e a justificativa para tal estudo.

No capítulo 2 tem-se um breve histórico da manufatura e sistemas de produção. A

evolução do CIM é tratada de forma cronológica, de acordo com os avanços

tecnológicos a filosofia da Manufatura Integrada por Computador se tornava mais

acessível.

No capítulo 3 faz-se uma abordagem aprofundada sobre o sistema CIM e os elementos

que o compõe. São definidas e detalhadas as ferramentas computacionais que fazem

parte dessa arquitetura. Serão abordados também os recursos que possibilitam a

integração de todo o sistema de produção.

No capítulo 4 são mostradas as considerações finais a respeito do trabalho e

posteriormente as referências bibliográficas.

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2 – MANUFATURA INTEGRADA POR COMPUTADOR

2.1 – HISTÓRICO

A transição da era da agricultura para a era industrial foi acompanhada de profundas

transformações no mundo comercial. No início do século XX o pensamento científico

expandiu por todos os processos produtivos. Tornou-se necessário criar um plano de

produção. A necessidade de se organizar foi o fator que revolucionou o mundo

industrial. Surgiram inúmeras estratégicas de produção, algumas foram seguidas e

outras melhoradas.

A ideia de produção em massa revolucionou o pensamento na forma de produção. De

acordo com Martins (1993), a era da produção em massa pode ser divida em três fases:

a primeira se dá com o surgimento da indústria têxtil britânica por meio da mecanização

dos teares; a segunda fase reflete o surgimento da administração científica difundida por

Taylor e sua aplicação por Henry Ford na criação das linhas de montagem. Por fim, a

consolidação por meio da criação das grandes corporações, com Alfred Sloan na

General Motors, criando divisões descentralizadas e gerenciadas por índices de controle

emitidos por meio de relatórios.

Esse novo modelo de produção, em largas escalas, trouxe outras necessidades e

descobertas para o mundo industrial. Veio a necessidade de investir em tecnologia,

mudar a linha de produção, antigamente manual, restrita, para uma produção

mecanizada, mais dinâmica e com maiores potenciais.

A produção em grandes escalas derivou em uma série de decisões organizacionais, tais

como maior especialização das linhas e das atividades de suporte, estoques e qualidade.

E que, na verdade, a introdução de tais aperfeiçoamentos não estaria necessariamente

ligada a plantas maiores.

A ampliação de uma linha produção requer um gasto inicial muito alto. A busca pela

redução de custos e implantação da qualidade durante a produção gerou a idéia de

fábricas automatizadas.

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Tornou-se necessário utilizar toda tecnologia disponível para permanecer no mercado

competitivo. Criaram o CIM (Computer Integrated Manufacturing). O seu objetivo;

Padronizar a forma de produção, aumentar o fluxo de trocas de informação entre os

setores, aumentar a qualidade, controlar estoque, ou seja, integrar todos os níveis

operacionais da empresa e mantê-los conectados durante toda produção.

2.2 – EVOLUÇÃO DO CIM

O CIM pode ser descrito como sendo uma filosofia gerencial. Segundo Agostinho

(2007), é um agrupamento de todas as técnicas, os hardwares, os componentes, as

estruturas de dados, a programação, equipamentos, e se estende até o nível gerencial

com o objetivo de integrar toda uma linha de produção. A Manufatura Integrada por

computador, na maior parte das empresas, continua sendo mais um conceito do que uma

técnica comprovada. Hoje, ainda limitados pelo nível tecnológico, se torna quase

impossível manter uma integração completa de toda uma linha de produção. Existem

inúmeras variáveis que precisam de tempo para ser calculadas, tratadas e respondidas.

Cabe lembrar que para criar um sistema de produção integrado muitas teorias de

planejamento e controle de produção são levadas em considerações. O estudo de

produtividade e competitividade é muito mais complexo e essencial para inicio de

qualquer tipo de atividade industrial. As estratégias de manufatura têm que,

forçosamente levar estes aspectos em consideração.

No inicio da industrialização, nas décadas de 30 e 40, o nível de organização era

relativamente simples. As empresas estavam iniciando o processo de formação de

grandes corporações, após a sedimentação dos conceitos gerenciais de Taylor, Fayol,

Ford entre outros (PALMIERI, 2006).

A passagem da informação era feita na forma escrita, de departamento a departamento.

Os cargos (Jobs) foram amplamente difundidos, e os recursos de especialização

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cresceram, de forma a suportar através de sistemas essencialmente burocráticos a

organização necessária.

Esta época foi caracterizada pela produção em massa, grandes organizações, uso de mão

de obra intensiva, operações repetidas e contínuas. Até o fim da década de 50 todas as

atividades do sistema de manufatura eram feitas essencialmente com algum dispositivo

ou aparelho de origem mecânica, máquinas operatrizes, esteiras rolantes, limitadores de

curso, pastas, pranchetas, réguas, esquadros, calculadoras mecânicas, tabelas, dentre

outros equipamentos desprovidos de tecnologia digital.

Durante os anos 60, 70 e 80, com o aparecimento dos computadores de grande porte,

caracterizou-se a época do processamento de dados, o foco, nesse caso, era automatizar

o fluxo de informações (dados) transformado ou arquivado manualmente.

Cada departamento da organização necessitava de um computador (ou terminais) para

suportar suas atividades; finanças com contabilidade, controladoria, chão de fábrica com

controle de inventários, programação da produção, engenharia com apoio

computacional para projeto e desenho. Essas funções deveriam ser transplantadas para

um conjunto hardware-software, sempre, porém com os softwares escritos

manualmente. Naturalmente, esta automação de atividades, espalhadas em

departamentos diferentes, de maneira aleatória, procurava a automação aleatória das

atividades e sub-atividades do Sistema de Manufatura.

De acordo com as tendências alguns pesquisadores já anteviam o que geralmente

designam como “Manufatura Integrada por Computador”. Porém, devido às limitações

tecnológicas da época foram inúmeros os problemas que surgiram antes de atingir o

CIM atual.

Foram automatizadas via computador operações tal como eram feitas manualmente; ou

seja, havia-se automatizado as contradições, confusões e inconsistências das atividades

existentes. Nas áreas de chão-de-fábrica, muitos aplicativos de Planejamento de

Controle de Produção (PCP) não tinham desempenho adequado devido à falta de

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ligação com atividades e dados importantes. Dentre esses problemas deve-se lembrar da

falta de flexibilidade dos computadores (hardwares) e dos programas (softwares).

Diante dos problemas apontados, iniciou-se na década de 70 a apresentação de modelos

funcionais que pudessem representar as principais atividades de manufatura, com suas

respectivas integrações, utilizando-se a tecnologia da informação como recursos de

automação.

Várias definições sobre Manufatura Integrada por Computador foram apresentadas.

2.2.1 – EUGENE MERCHANT – INTERNATIONAL INSTITUTE FOR PRODUCTION

ENGINEERING (1975)

Durante a década de 70 e 80, foi o principal cientista no setor de Pesquisa de

Manufatura, Merchant começou a estudar a forma de trazer o poder dos computadores

para suportarem os problemas de fabricação. Analisando uma linha de produção ele

percebeu que os produtos gastavam muito mais tempo esperando ou sendo

transportados do que realmente passando por algum processo de usinagem. Ele

visualizou o Sistema de Manufatura Integrada por Computador muito antes que os

outros acreditassem que esse poder poderia ser prático (GROOVER, 2001).

Baseou-se na ideia de sistemas computacionais na automação de Sistema de Manufatura

completo. Um sistema que se inicia com o modelamento geométrico e projeto de

produto, e envolve todos os estágios da atividade industrial. A figura 2.1 ilustra a

divisão e as ligações entre as atividades proposta por Eugene Merchant. Esse modelo

possibilita uma avalição mais específica de cada processo. Pode-se apontar os erros

específicos em cada etapa e corrigi-los conforme a demanda, levando-se em

consideração os custos e as capacidades disponíveis.

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Figura 2.1: Modelo Organizacional proposto por Eugene Merchant Fonte: PALMIERI, 2006.

2.2.2 –THE U.S. AIR FORCE’S INTEGRATED COMPUTER AIDED MANUFACTURING –

ICAM (1976)

O programa ICAM foi visionário em mostrar que uma nova abordagem seria necessária

para alcançar a integração em empresas de manufatura. Mudou o foco da produção de

uma série de operações sequenciais para processamentos paralelos. Nesta nova

concepção, observa-se a integração da arquitetura do chão-de-fábrica, por base de

dados, que deve centralizar todo o esforço de integração. Os dados deveriam ser comuns

e partilhados entre as diversas funções e atividades, como pode ser observado na figura

2.2 (PALMIERI, 2006).

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Figura 2. 2: Modelo organizacional ICAM Fonte: PALMIERI, 2006.

2.2.3 – CASA-SME

O modelo proposto pela Automation Systems Association (CASA), da Society of

Manufacturing Engineers (SME); CASA-SME; evoluiu na visão de automação da

Engenharia e Chão-de-Fábrica, incluindo atividades de toda a organização. Esse modelo

inclui não somente as atividades citadas, mas também outras atividades como:

marketing, suprimentos, finanças, planejamento estratégico, gerenciamento de RH e

gerência geral (REHG, 1994).

A estrutura base é dividida em 5 setores:

Gerenciamento Geral do Negócio: Marketing, finanças, gerenciamento de RH,

planejamento estratégico;

Planejamento e Controle de Manufatura: Chão-de-fábrica, suprimento de

matérias, programação, planejamento de qualidade e facilidades;

Definição de Processos e Produtos: Projeto do produto, simulação e análise,

documentação;

Automação da Fábrica: Manuseio de matérias, montagem, inspeção e testes,

processamento de materiais;

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11

Gerenciamento de Informações e Dados: Base de dados comuns, trânsito de

informações, ferramenta de informação.

Figura 2. 3: Modelo Organizacional CASA-SME, Fonte: PALMIERI, 2006.

Essa departamentalização, ilustrada pela figura 2.3, mudou o pensamento científico da

produção. Eram vários setores buscando trabalhar em conjunto com alto fluxo de

informação. A ideia da filosofia CIM estava implantada.

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2.2.4 – MODELO Y DE SCHEER - 1991

O Modelo em Y proposto pelo Prof. A. W. Scheer, da Universidade de Saarbrucken, na

Alemanha, descreve o conceito moderno do CIM. Um conceito funcional, onde a

integração global da manufatura precisa ser entendida como um objetivo.

Figura 2. 4: O Modelo em Y proposto pelo Prof. A. W. Scheer, Fonte: SCHEER, 1993.

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O modelo Y representa a integração de todos os sistemas de produção, de forma que, do

lado esquerdo estão as atividades de planejamento e controle de produção e do lado

direito as atividades técnicas do processo. Os dois segmentos superiores apresentam o

nível de planejamento e a parte inferior as atividades de implementação dos programas.

O topo é representado pela parte gerencial e de finanças, responsável pelas tomada de

decisões e recursos. O centro do modelo Y se resume na arquitetura CIM, composta por

um banco de dados integrando todos os sistemas produção através de um sistema único

de informação.

As atividades componentes do sistema obedecem a uma sequência e a uma articulação

interna que Pereira e Erdmann (1995) assim apresentam:

O sistema de produção inicia pela elaboração do projeto (especificação de

materiais, dimensões, análises, etc.) mediante o auxílio de sistemas CAE e CAD;

Geração de lista de materiais e respectivos custos;

A partir do projeto do produto e de forma interativa com esse, passa-se à

definição do processo (operações necessárias, sequências possíveis, máquinas

necessárias) através do CAPP, gerando os roteiros de produção;

O CAM, com as informações armazenadas no banco de dados pelo projeto do

produto e do processo, gera os programas para as máquinas CNC/Robôs para

serem utilizados no momento oportuno;

O PCP, com o produto já projetado, recebe os pedidos, fixa o preço com base no

banco de dados e estima o prazo de entrega (mediante consulta ao módulo de

capacidade);

Gera-se um plano de fabricação (tipos de produto, respectivas quantidades e

prazos), considerando os estoques existentes;

Emissão de ordens de fabricação, montagem e compras e respectiva inserção no

módulo de planejamento de capacidade;

Ajuste de capacidade e sequenciamento para determinação da data de entrega do

produto;

Envio da programação à produção para processamento, segundo o estabelecido

anteriormente, com a utilização do CAM e suas diversas possibilidades;

Execução dos controles mediante coleta de dados da produção e realimentação

das etapas anteriores.

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14

Todas as atividades seguem uma linha lógica de ligações. Essa integração das atividades

será compreendida mais claramente no próximo capitulo, uma vez que será abordado

um conceito mais aprofundado dos subsistemas da Manufatura Integrada por

Computador.

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15

3 – ELEMENTOS QUE COMPÕE O CIM

3.1 – FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS

3.1.1 – ENGENHARIA AUXILIADA POR COMPUTADOR - (COMPUTER AIDED

ENGINEERING) - CAE

Uma vez definido o produto que será produzido torna-se necessário um estudo mais

detalhado do material que está em questão.

Engenharia Auxiliada por Computador – CAE é baseada na construção e teste de

protótipos virtuais através de alguns softwares, onde é possível a simulação de

resistência dos materiais por meio da variação de temperatura e força, minimizando os

custos e o tempo de projeto, ao passo que se aprimora a qualidade do produto

(PEREIRA ; ERDMANN, 1998).

Esse estudo prévio é de suma importância para o projeto do produto que será produzido.

São depois dos testes de resistências e durabilidade que se pode definir os parâmetros

do produto final. O tamanho da peça, as propriedades específicas do material e sua

geometria são simuladas em situações reais de uso. Após os teste computacionais é

possível ver o comportamento da peça e definir se precisa ou não modificar alguma

variável ou propriedade do material.

De acordo com Costa (1995), o CAE auxilia na determinação de especificações

tecnológicas do produto, tais como sua resistividade, dimensões e análise de tensões,

proporcionando um considerável ganho de tempo no desenvolvimento dos produtos e

levando à vantagem competitiva decorrente do lançamento de produtos mais

rapidamente.

O CAE é um importante apoio ao CAD, uma ferramenta muito útil que será a próxima

ferramenta estudada nesse trabalho, pois evita sobrecargas com protótipos e testes, que

passam a ser simulados computacionalmente. Esses dois sistemas trabalham em

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16

conjunto. É necessário que haja troca de informações constantes entre os profissionais

que desenvolvem e projetam o produto. Geralmente, a construção do modelo no CAE é

feita através do modelo construído no CAD. É por isso que vários softwares CAE

possuem agregados um CAD mais simplificado para evitar transferências de um

software para outro. Afora esse aspecto, o CAE não influencia diretamente no contexto

da manufatura.

Entre os tipos de CAE existe o mais comumente utilizado é CAE baseado nos Métodos

de Elementos Finitos (MEF) que permite simular diversos fenômenos físicos em

engenharia tais como deformação de estruturas mecânicas sujeitas a um determinado

carregamento, distribuição de temperaturas em um motor, campo acústico gerado no

interior de um ambiente, escoamento de ar ao redor das asas de um avião, etc. (SILVA,

2001).

As figuras 3.1 e 3.2 são exemplos de projetos utilizados pelas ferramentas CAE para

simular situações em que os materiais estariam submetidos às atividades cotidianas.

Podem ser simuladas também situações extremas para definir pontos máximos de

resistência, deformação do material, entre outras propriedades do produto em teste.

Figura 3.1: Visualização da deformação do casco de um navio obtida por elementos finitos no CAE

Fonte: SCIARRA, 2007.

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17

Figura 3.2: Exemplo de analise te tensão em uma peça por sistema CAE. Fonte: MIONI, 2012.

3.1.2 – PROJETO AUXILIADO POR COMPUTADOR - (COMPUTER AIDED DESIGN) -

CAD

O CAD pode ser definido como qualquer atividade de projeto que envolva efetivamente

o uso de computadores para criar, modificar ou documentar um projeto.

Relacionado com a parte física do produto, o uso de softwares para a criação e

detalhamento está diretamente relacionado com a sua produção. É necessário que

projeto do produto tenha todas as informações necessárias, tais como: modelagem

geométrica e uma documentação a fim de desenvolver uma descrição matemática da

geometria do projeto e preparar rapidamente desenhos de alta precisão (MOREIRA,

1993).

É de extrema importância o conhecimento dessas funções para os processos posteriores

de produção. São essas variáveis que irão definir a forma do produto trabalhado. Uma

vez que o modelo 3D esteja concluído, o calculo estrutural do produto se torna

teoricamente fácil. É necessário ter o conhecimento de tensões, escoamento,

temperatura, volume e propriedades físicas da matéria para a produção de qualquer

componente da peça.

Outro aspecto relevante no sistema CAD é o banco de dados. Devido ao grande número

de variáveis relacionadas ao dimensionamento do produto, é providencial, que todos os

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18

detalhes sejam armazenados em um banco de dados para que os outros departamentos

ou fornecedores possam acessa-los para seu próprio uso (BLACK, 1998).

Com o auxilio do computador, os sistemas CAD possibilitam criar e modificar desenhos

de produtos. Permitem adicionar formas tais como pontos, arcos, linhas, círculos e

textos, para representação do produto na tela do computador. Essas formas podem ser

copiadas, transferidas de lugar, giradas, aumentadas ou alongadas. Usualmente, o

sistema pode utilizar o zoom para ampliar e reduzir, revelando diferentes níveis de

detalhes no desenho. Esses projetos podem ser armazenados na memória do sistema e

utilizados posteriormente, dando a liberdade de construir uma biblioteca de desenhos

padronizados de peças e componentes (MOREIRA, 1993).

Segundo Lepikson (2008), o uso do CAD se justifica pelas seguintes razões principais:

Aumento da produtividade do projetista, conseguido pelo apoio oferecido, no

caso da aplicação em mecânica, à concepção do produto e seus componentes e

pela redução do tempo para sintetizar, analisar, detalhar e documentar o projeto;

Aumento da qualidade do projeto, dadas às ferramentas de análise disponíveis e

pela opção de analisar várias alternativas de forma prática e efetiva;

Melhoria da documentação de projeto, pela possibilidade de padronizar

procedimentos, macros de projeto e intercâmbio de informações;

Criação das bases de dados de projeto e manufatura, pela organização de

estruturas de arquivos, especificações e listas de materiais, dados de processo e

outros mais.

As figuras 3.3 e 3.4 são exemplos de projetos criados pelo CAD para determinar as

dimensões específicas de cada peça do projeto. Essas definições serão essenciais para

determinar as programações posteriores na produção.

Page 30: cam cim

19

Figura 3.3: Modelo tridimensional realizado por ferramenta CAD Fonte: SEIXAS FILHO, 2004a.

Figura 3. 4: Modelo tridimensional realizado por ferramenta CAD Fonte: REVISTA MECATRÔNICA ATUAL, 2001.

3.1.3 – PLANEJAMENTO DO PROCESSO AUXILIADO POR COMPUTADOR -

(COMPUTER AIDED PROCESS PLANNING) - CAPP

Os sistemas CAPP são ferramentas de grande importância no processo produtivo. Após

a criação do projeto do produto ele é o responsável por criar uma forma de executa-lo.

Esse tipo de sistema permite gerar planos de processos de manufatura e definir as

operações sequenciais de cada tarefa de produção. Permite definir os tempos envolvidos

em cada operação, determinar as máquinas ou células que são capazes de executar certo

conjunto de operações, sua sequencia e definir as ferramentas necessárias durante o

processo de manufatura do produto. O CAPP é o elo entre o CAD e o CAM, subsistema

que será abordado a seguir (FERREIRA, 1998).

O sistema CAPP pode ser baseado nos princípios da Tecnologia de Grupo (TG). A

identificação de similaridade das peças define qual linha de produção será seguida. A

definição da família do produto pode ser utilizada para identificar grupos de máquinas e,

Page 31: cam cim

20

finalmente, podem ser utilizadas para projetar as células de montagem e de fabricação

(BLACK, 1998).

Os procedimentos em um sistema CAPP, segundo (PEREIRA ; ERDMANN,1998), são:

Definição dos dados necessários para a descrição do processo (prazos totais,

funcionários e setores envolvidos);

Listagem dos processos que a empresa é capaz de realizar;

Determinar a sequências de operações que o produto irá seguir;

Distribuição dos trabalhos pelas máquinas, visando a um aproveitamento

equilibrado dos recursos;

Determinação de nível de operador, modo de preparação do recurso e a forma

como vão ser utilizados;

Cálculo dos tempos de fabricação, especificando as fórmulas e tabelas;

Cálculo das sobras de material;

Ilustração das operações de preparação e dos estágios e formas de execução de

cada etapa;

Programação da máquina para a execução do processo estabelecido.

Page 32: cam cim

21

3.1.4 – MANUFATURA AUXILIADA POR COMPUTADOR - (COMPUTER AIDED

MANUFACTURING) - CAM

O sistema CAM auxilia a produção das atividades pré-estabelecidas pelo CAE, CAD e

CAPP. Geralmente baseado no controle de máquinas de controle numérico,

comandadas por computador. É a aplicação da informática e da tecnologia das

comunicações ao sistema de produção, no sentido de eliminar a perda de tempo inerente

à manipulação e decisões do ser humano.

Segundo Black (1998), o CAM consiste principalmente na preparação e remessa de

programas de controle numérico para serem transmitidas às máquinas-ferramentas

CNC, centro de usinagem, equipamentos de movimentação e manipulação de materiais

e outros equipamentos de suporte.

O CAM, segundo Sciarra (2007), atua na área de planejamento da manufatura em que o

computador participa indiretamente da produção: cálculos dos parâmetros ótimos de

rotação e velocidade de avanço da ferramenta, número de passes, as forças e momentos

a serem aplicados, simula e programa a trajetória da ferramenta durante a usinagem.

Algumas formas de utilização do CAM são listadas por (COSTA, 1995):

Máquinas de Controle Numérico - são máquinas controladas por dados

numéricos, o que possibilita a fabricação de peças complexas e em pequenos

lotes;

Robôs - são equipamentos que podem apoiar (manipular, transportar, aferir

qualidade) ou intervir diretamente, assumindo o processo em funções

geralmente insalubres ou perigosas, como soldagem, fundição e pintura;

Gerenciamento de sistemas flexíveis de produção - são formas organizacionais

baseadas na combinação de vários sistemas informatizados, orientados para a

diversificação da produção, com a manutenção da produtividade.

Page 33: cam cim

22

3.1.5 – QUALIDADE AUXILIADA POR COMPUTADOR - (COMPUTER AIDED QUALITY)

- CAQ

Representa o nível mais alto da estrutura hierárquica do CIM, uma vez que está presente

em todos os setores de produção mantendo sempre um padrão definido de qualidade.

O sistema de garantia da qualidade se baseia no acompanhamento desde a chegada da

matéria prima, passando pelo processo produtivo, e estendendo até a saída do produto

acabado. O CAQ é auxiliado pela informática através de instrumentos de análise,

sensores e contadores automatizados, bem como no planejamento do controle

(PEREIRA e ERDMANN, 1998).

3.1.6 –TECNOLOGIA DE GRUPO - TG

De acordo com Lepikson (2008), TG é uma filosofia, já antiga, que busca tirar

vantagens através das similaridades das peças, agrupando-as em famílias sendo por

reconhecimento por similaridades ou através da memória dos problemas passados com

suas soluções definidas.

Levando em consideração um sistema integrado, a memória dos problemas e suas

soluções é a forma ideal de aperfeiçoar um processo integrado e continuamente

atualizado, uma vez que a tomada de decisões seria feita unicamente com informações

já contidas no banco de dados.

O agrupamento em família, que se baseia no reconhecimento de similaridade, pode ser:

Pela forma geométrica;

Pelo processo de fabricação;

Pela combinação dos dois primeiros.

O agrupamento em família pode ser realizado utilizando a inspeção visual, ou,

utilizando a automatização e integração dos processos pela classificação e codificação,

via ferramentas CAD ou através da análise de fluxo de fábrica, via CAPP.

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23

São inúmeros os benefícios obtidos após a implantação da TG em um sistema

produtivo, a figura 3.5 exemplifica isso.

:

Figura 3.5: Melhorias acumuladas pela adoção da Tecnologia de Grupo Fonte: LEPIKSON, 2008.

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24

3.2 – Transporte como Elemento de Integração

A praticidade e valorização do tempo nos processos produtivos são sempre levadas em

consideração. Em um processo automatizado o transporte de peças se torna um fator de

suma importância para o desempenho de uma linha de produção. A cada dia são

desenvolvidos diferentes sistemas de transporte para otimização de processos, para que

fiquem mais dinâmicos e seguros.

Os sistemas de manuseio, transporte e estocagem de materiais nos Sistemas Flexíveis de

Manufatura é composto por elementos responsáveis pelos materiais quando estes não se

encontram nas estações de trabalho, seja quando estão em armazenamento temporário,

em armazéns automatizados ou sendo transportados (FERNANDES, 2004).

Deve-se considerar no projeto desses sistemas, potencialidades para entrega aleatória

das peças, capacidade de carga, velocidade, etc.. É possível que uma linha produção

opere com congestionamento no sistema devido às paradas das estações de trabalho por

quebra e/ou excesso de carga, ou outras irregularidades que possam aparecer. Essa série

de fatores exige que o sistema trabalhe de forma flexível.

As esteiras rolantes são o sistema de transporte mais popularmente usado no setor

industrial. A necessidade de ligação entre um setor e outro pode ser suprida com esteiras

facilmente. Porém existem tipos de produtos que não podem ser transportados por esse

sistema, precisam de um nível de segurança maior, ou mesmo por necessitar de um

espaço físico maior, inviabilizando o uso das esteiras.

De acordo com Ferreira (1998), o sistema de manuseio de matérias é composto por

depósitos, estoques de matérias e peças, esteiras, veículos de transporte, alimentadores

de peças e manipuladores. Entretanto, esse conceito pode ser estendido para outros

sistemas que atualmente se tornam mais comum no plano industrial, tais como: robôs e

os próprios armazéns automatizados.

Buscando autonomia e flexibilidade no setor de manuseio de materiais, vários tipos de

sistemas de transporte estão sendo utilizados, ou já foram propostos para futuras

instalações. Segundo Agostinho (2007), os principais tipos são:

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25

Sistemas com Linhas Fixas: As peças são transportadas por carros individuais

guiados por correntes abaixo do solo. Os carros são direcionados por rasgos no

chão;

Sistemas de Veículos Guiados Automaticamente (AGV): São sistemas de carros

autopropelidos, equipados com sistemas próprios de potência. São guiados por

trilhos, tendo percursos definidos (com fixação abaixo do solo);

Sistemas de Transportador de Roletes: “pallets” equipados com dispositivos de

fixação de peças são conduzidos por transportadores de rolos autopropelidos;

Sistemas de Transportadores Elevados: As peças são fixadas em dispositivos

suspensos em suportes aéreos, seguindo percursos definidos e específicos;

Sistemas de Pontes/Pórticos: As pontes/pórticos rolantes servem como dispositivos

transportadores de peças, que fazem interface com estações de trabalho e de

estocagem;

Sistemas de Robôs: Os robôs programáveis movimentam as peças ente as

estações conforme uma programação pré-estabelecida pelo operador.

Dos sistemas acima, as linhas fixas e os transportadores de roletes são os sistemas mais

empregados atualmente.

A aplicação dos sistemas de robôs está crescendo, principalmente pela sua flexibilidade

no sistema de produção. A função do transporte de peças entre as estações de trabalho

pode ser programada de acordo com demanda e necessidades momentâneas. Os

movimentos das peças no sistema geralmente são automáticos, sendo que o seu controle

é feito por um computador central.

Na figura 3.6 são esquematizados os tipos de sistemas de manuseio e transporte de peças.

Pode-se observar que os sistemas de manuseio e transporte aleatórios são mais flexíveis

que os sistemas em circuito fechado ou sequenciais.

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26

Figura 3.6: Modelos típicos de Sistemas de Transporte, Fonte: AGOSTINHO, 2007.

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27

3.3 – GESTÃO HIERARQUIZADA

De acordo com Lepikson (2008), o conceito CIM abrange todas as funções de

engenharia representadas pelas siglas CAx, mas extrapola, abrangem também as

atividades administrativas da empresa. Idealmente, conceitua-se CIM como a

incorporação de todas as funções direta ou indiretamente relacionadas com a produção,

em um ambiente computacional integrado para auxiliar, otimizar e/ou automatizar as

operações.

Figura 3.7: Hierarquia do CIM e suas tecnologias correntes, Fonte: LEPIKSON, 2007.

A figura 3.7 representa a clássica representação da estrutura hierárquica do sistema

CIM. Vale a pena lembrar que o setor de chão de fabrica é o que efetivamente produz.

Essa informação é importante para que se tenham claras as prioridades para automação

quando se inicia um planejamento das estratégias de produção.

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28

Os conceitos e aplicações dos elementos que compõe a hierarquia do sistema CIM é

descrito como: (LEPIKSON, 2007)

ERP – Enterprise Resources Planning (planejamento dos recursos da empresa) é

uma evolução dos sistemas MRP e MRPII, que vincula a estes, grande variedade

de outras áreas funcionais diretamente ligadas à manufatura, tais como

administração de materiais, vendas e análise do mercado, distribuição, finanças,

contabilidade, controladoria, cadeia de suprimentos, serviços e pessoal.

CAD: Computer-Aided Design (projeto auxiliado por computador): é uma

tecnologia que se implementa na área de projetos, baseada na aplicação de

computadores e softwares gráficos para ajudar ou melhorar o projeto de

produtos desde sua concepção até sua documentação. A tecnologia CAD suporta

todos os níveis ou estados no processo do projeto do produto. Estes programas

permitem transformações geométricas, projeções, rotações, aumentos de escala,

e níveis diferenciados de vistas em partes e em suas relações com as demais.

CAE: Computer-Aided Engineering (engenharia auxiliada por computador): é

voltado à análise e avaliação do projeto de engenharia utilizando técnicas

baseadas em computadores para calcular as operações do produto ou de suas

partes e parâmetros de manufatura demasiado complexos para os métodos

clássicos de solução. Inclui todos os pacotes computacionais utilizados na

análise e avaliação do projeto (no CAD, preferencialmente). CAE intervém no

processo de projeto na análise, síntese e níveis de avaliação, além de dispor de

recursos para assistir na otimização dos processos produtivos, através das

chamadas ferramentas de simulação.

MRPII: Manufacturing Resources Planning (planejamento dos recursos de

manufatura): essencialmente está projetado para integrar todas as funções

operacionais de uma organização de manufatura no que se refere à alocação de

recursos (materiais, equipamentos, pessoal, energia, capital), desde a engenharia

até a produção e considerando a capacidade disponível.

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29

CAL: Computer-Aided Logistics (logística auxiliada por computador): refere- se

a todo o conjunto de processo envolvendo alocação de recursos, transportes de

materiais e organização da informação realizada para assegurar a execução

efetiva dos processos em manufatura.

CAQ: Computer-Aided Quality (qualidade auxiliada por computador): A

utilização de computadores nas ações de controle e administração da qualidade,

além de facilitar o uso de métodos estatísticos, oferece grande capacidade de

armazenamento de dados, fácil acesso e integração dos dados da qualidade para

efeito de rastreabilidade de produto e de processo.

FMS: Flexible Manufacturing System (sistema flexível de manufatura): conjunto

de 2 ou mais FMCs. Liga um só conjunto, de maneira integrada, estações de

trabalho (usinagem), sistema automatizado de manuseio de materiais e o

controle computacional.

MRP: Material Requirement Planning (planejamento dos requisitos de

materiais): começa com o calendário principal de produção (planejamento

mestre), proporcionando a quantidade de produtos ou partes necessárias por

período estabelecido para ajustar a produção demandada à lista de materiais e o

estoque às necessidades atuais e futuras da manufatura. Leva em consideração,

para calcular as necessidades de materiais finais, o tamanho dos lotes, os níveis

de estoque e os tempos previstos de entrega. A informação proporcionada pelo

MRP (ordens planejadas) orienta os setores de compras e de manufatura para

que se tomem as ações pertinentes.

JIT: Just-in-time (bem-a-tempo): é uma filosofia de manufatura baseada na

eliminação planejada de todo o desperdício e na melhoria contínua da

produtividade, abraçando a execução com êxito de todas as atividades de

manufatura, desde o projeto de engenharia, até a entrega do produto final na

produção (em alguns casos, até na distribuição). Os principais elementos da

filosofia JIT são: ter somente o estoque requerido quando seja necessário;

melhorar a qualidade a zero defeitos; reduzir os tempos de entrega, diminuir os

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30

tempos de preparação de máquinas, os tempos de espera e os tamanhos de lote; e

conseguir tudo isto ao custo mínimo. Em um sentido amplo, se aplica a quase

todos os sistemas de manufatura.

CAM: Computer-Aided Manufacturing (manufatura auxiliada por computador):

usa computadores para programar, gerenciar e controlar os equipamentos de

produção. Em geral, parte da informação extraída diretamente dos dados de

projeto e de processo. A geometria da parte criada com o CAD na engenharia de

projeto e o plano de processo gerado no CAPP são utilizados pelo CAM para

criar programas - código que acionarão as máquinas CNC.

CAPP: Computer-Aided Process Planning (planejamento do processo auxiliado

por computador): método de planejamento de processos no qual um sistema de

computadores é usado para auxiliar o desenvolvimento dos planos do processo

de manufatura (definindo sequências de operação, equipamentos e ferramentas

requeridas, parâmetros de corte, tolerâncias das peças, e critérios de inspeção).

Pode ser utilizado na geração do plano do processo, inteligência artificial e na

classificação e codificação de sistemas de chaves (em geral, oriundos da

tecnologia de grupo).

CEP: Controle Estatístico de Processo: ferramenta de uso manual ou

automatizado que gera gráficos de controle a partir de informações estatísticas

que permitem monitorar ou controlar o processo por meio de critérios

estabelecidos que indicam quando o processo está fora de controle ou tendendo a

sair dele, de forma a se permitir uma atuação rápida de correção das possíveis

fontes de erro.

CNC: Computer Numerical Control (Controle Numérico Computadorizado):

pode-se definir como um dispositivo de automação de uma máquina que

controla seu funcionamento mediante uma série de instruções codificadas

(programas). Os elementos básicos de um CNC são: o programa, o computador,

o CLP dedicado que interpreta as informações do computador e a máquina.

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31

DAS: Data Acquisition System: (sistema de aquisição de dados).

PLC: Programmable Logical Controller (controlador lógico programável):

computador dedicado que executa funções de controle de processos. O PLC

dispõe de várias entradas e saídas que, a partir da aquisição de sinais dos

sensores, executam algoritmos pré-programados e realimentam o sistema com

sinais de correção para execução pelos elementos finais de controle.

DCS: Distributed Control System (sistema de controle distribuído): engloba

também os SDCDs (sistemas digitais de controle distribuído).

DNC: Distributed Numerical Control (controle ou comando numérico

distribuído).

FMC: Flexible Manufacturing Cell (célula flexível de manufatura): É o modulo

do FMS onde há efetivamente manufatura de produtos, é a unidade básica da

produção. Ela é o elemento chave na implementação de métodos da manufatura

flexível. É formada a partir da integração de máquinas, sistemas de transporte,

sistema de medição, e um computador central, onde executa o supervisório ou

software de gerenciamento da célula.

Page 43: cam cim

32

3.4 – Comunicação

A arquitetura de um sistema CIM é baseada na integração de todos os setores

produtivos. Essa conectividade de sistemas exige um grande e constante fluxo de

informação. Os sistemas de controle até inicio dos anos 90 eram constituídos de ilhas de

automação. Cada sistema controlava suas variáveis e seu banco de dados que eram

tratados separadamente, o grande desejo de todos era unificar essas informações num

banco de dados único onde os engenheiros de processos ficariam independentes da

gerência da automação e da informática.

O conceito de redes industriais tem como objetivo eliminar essas ilhas de automação.

Tornou-se possível aumentar a velocidade de processamento das informações tornando

a tomada de decisões mais ágeis e, portanto, aumentar os níveis de produtividade e

eficiência do processo produtivo dentro das premissas da excelência operacional.

Para permitir o intercâmbio de informações entre equipamentos e computadores de

fabricantes distintos, tornou-se necessário definir uma arquitetura única, e para garantir

que nenhum fabricante levasse vantagem em relação aos outros a arquitetura teria que

ser aberta e pública. Foi com esse objetivo que a International Organization for

Standardization (ISO) definiu o modelo denominado Reference Model for Open Systems

(OSI), que propõe uma estrutura com sete níveis como referência para a arquitetura dos

protocolos de redes de computadores (LEPIKSON, 2008).

A ideia de integração do modelo CIM exige que todos os setores, do chão de fabrica até

os setores administrativos, estabeleçam comunicação. A gestão hierarquizada do

sistema visto no capitulo anterior estabelece essa comunicação devido à criação de

protocolos, que por sua vez pode ser compreendida pela figura 3.8.

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33

Figura 3.8: Representação típica da estrutura de redes de computadores usadas na indústria Fonte: LEPIKSON, 2007.

Redes Sensorbus: as redes sensorbus conectam equipamentos simples e pequenos

diretamente à rede. Os equipamentos deste tipo de rede necessitam de comunicação

rápida em níveis discretos e são tipicamente sensores e atuadores de baixo custo. Estas

redes não almejam cobrir grandes distâncias, sua principal preocupação é manter os

custos de conexão tão baixos quanto possível. Exemplos típicos de rede sensorbus

incluem Seriplex, ASI e INTERBUS Loop (SMAR EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS

LTDA,1998).

Redes Devicebus: As redes devicebus preenchem o espaço entre redes sensorbus e

fildbus e podem cobrir distâncias de até 500m. Os equipamentos conectados a esta rede

possuem mais pontos discretos, alguns dados analógicos ou uma mistura de ambos.

Além disso, algumas destas redes permitem a transferência de blocos com menor

prioridade comparados aos dados da rede de sensorbus, mas consegue gerenciar mais

equipamentos e dados. Alguns exemplos de redes deste tipo são DeviceNet, Smart

Distributed System (SDS), Profibus PA, LONWorks. (SMAR EQUIPAMENTOS

INDUSTRIAISLTDA,1998).

Page 45: cam cim

34

Redes Fildbus: As redes fildbus interligam os equipamentos de I/O mais inteligentes e

podem cobrir distâncias maiores. Alguns equipamentos acoplados à rede podem possuir

inteligência para desempenhar funções especificas de controle tais como loops PID,

controle de fluxo de informações e processos. Os tempos de transferência podem ser

longos, mas a rede deve ser capaz de comunicar-se por vários tipos de dados (discreto,

analógico, parâmetros, programas e informações do usuário). Exemplo de redes fildbus

incluem IEC/ISA SP50, Fildbus Fundation, Porfibus DP e HART (SMAR

EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS LTDA,1998).

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35

4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na atualidade, as ferramentas que gerenciam as informações industriais estão inseridas

no plano estratégico e eficaz na indústria em geral. A conectividade entre as atividades

de uma linha de produção, hoje, é fundamental. O sistema CIM, por mais que seja

conceituado como uma filosofia gerencial tem a tendência de ser implantado em todos

os ramos industriais.

Os benefícios proporcionados pela Manufatura Integrada por Computador são

inquestionáveis. Entretanto, como toda medida empresarial, há de ser discutida.

Implantar um sistema integrado de informação tem um alto custo inicial. Por meio de

planejamentos de produção devem-se priorizar quais setores devem receber uma

preocupação diferenciada em relação à sua automatização, assim de forma gradual

alcançar a integração completa dos processos.

De acordo com o objetivo proposto por esse trabalho, conclui-se que a Manufatura

Integrada por Computador é um conceito que está em processo de difusão dentro das

empresas. Com a evolução da tecnologia, o mundo industrial está cada vez mais

conectado. A tendência é buscar, por meio de ferramentas computacionais uma linha de

produção integrada e flexível, sujeita à alterações constantes sem prejudicar a

continuidade do processo, mantendo um padrão de confiabilidade e alta qualidade.

Benefícios de Implantação

São inúmeros os benefícios proporcionados pela implantação do CIM, dentre os mais

relevantes vale a pena ser citados: o aumento de produtividade, a redução nos tempos

planejamento e execução de processos, a flexibilidade de toda linha, a facilidade de

diagnosticar erros na produção, a redução na elaboração de novos projetos e maior

controle da qualidade dos produtos fabricados.

Dificuldades de Implantação

Como todo processo de atualização industrial, a implantação do CIM requer um alto

investimento. O alto custo inicial faz a instalação ser gradual. Deve-se priorizar quais

setores industriais passarão primeiramente pelo processo de integração. A instalação de

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um sistema de informação adequado é essencial, esse, será a base de toda conectividade

dos processos. O principal fator é a mão de obra qualificada. Os profissionais que

atuarão no processo de produção devem estar capacitados para operar com as

ferramentas computacionais à sua disposição.

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37

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