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Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia Dia 29 - das 13h30 às 17h Como Realizar Audiências Públicas Dia 30 - das 9h às 12h Estudo dos Atos Legislativos na Câmara Municipal Dia 30 - das 13h30 às 17h Temas Especiais: Convocações, Afastamentos, Recesso e Vereador/Servidor Dia 1 - das 9h às 11h Trabalho em Equipe e Relacionamento Interpessoal Nome:

Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia · Rotinas do Dia-a-Dia Dia 29 - das 13h30 às 17h Como Realizar Audiências Públicas Dia 30 - das 9h às 12h ... públicos atuantes em áreas

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Câmaras Municipais

Rotinas do Dia-a-Dia

Dia 29 - das 13h30 às 17h

Como Realizar Audiências Públicas

Dia 30 - das 9h às 12h

Estudo dos Atos Legislativos na Câmara Municipal

Dia 30 - das 13h30 às 17h

Temas Especiais: Convocações, Afastamentos,

Recesso e Vereador/Servidor

Dia 1 - das 9h às 11h

Trabalho em Equipe e Relacionamento Interpessoal

Nome:

A Unipública

Conceituada Escola de Gestão Municipal do sul do país, especializada em capacitação e treinamento de agentes

públicos atuantes em áreas técnicas e administrativas de prefeituras, câmaras e órgãos da administração indireta, como fundos,

consórcios, institutos, fundações e empresas estatais nos municípios.

Os Cursos

Com diversos formatos de cursos técnicos presenciais e à distância (e-learning/online), a escola investe na qualidade

e seriedade, garantindo aos alunos:

- Temas e assuntos relevantes e atualizados ao poder público

- Professores especializados e atuantes na área (Prática)

- Certificados de Participação digitalizado

- Material complementar de apoio (leis, jurisprudências, etc)

- Tira-dúvidas durante realização do curso

- Controle biométrico de presença (impressão digital)

- Atendimento personalizado e simpático

- Rigor no cumprimento de horários e programações

- Fotografias individuais digitalizadas

- Apostilas e material de apoio

- Coffee Breaks em todos os períodos

-Acesso ao AVA (Ambiente Virtual do Aluno)para impressão de certificado, grade do curso, currículo completo dos

professores, apostila digitalizada, material complementar de apoio de acordo com os temas propostos nos cursos, chat

entre alunos e contato com a escola.

Público Alvo

- Servidores e agentes públicos (secretários, diretores, contadores, advogados, controladores internos, assessores,

atuantes na área de licitação, recursos humanos, tributação, saúde, assistência social e demais departamentos) .

- Autoridades Públicas, Vereança e Prefeitos (a)

Localização

Nossa sede está localizada em local privilegiado da capital do Paraná, próximo ao Calçadão da XV, na Rua Des.

Clotário Portugal nº 39, com estrutura própria apropriada para realização de vários cursos simultaneamente.

Feedback

Todos os cursos passam por uma avaliação criteriosa pelos próprios alunos, alcançando índice médio de satisfação

9,3 no ano de 2014, graças ao respeito e responsabilidade empregada ao trabalho.

Transparência

Embora não possua natureza jurídica pública, a Unipública aplica o princípio da transparência de seus atos mantendo

em sua página eletrônica um espaço específico para esse fim, onde disponibiliza além de fotos, depoimentos, notas de

avaliação dos alunos e todas as certidões de caráter fiscal, técnica e jurídica.

Qualidade

Tendo como principal objetivo contribuir com o aperfeiçoamento e avanço dos serviços públicos, a Unipública

investe no preparo de sua equipe de colaboradores e com rigoroso critério, define seu corpo docente.

Missão

Preparar os servidores e agentes, repassando-lhes informações e ensinamentos gerais e específicos sobre suas

respectivas áreas de atuação e contribuir com:

a) a promoção da eficiência e eficácia dos serviços públicos

b) o combate às irregularidades técnicas, evitando prejuízos e responsabilizações tanto para a população quanto para

os agentes públicos

c) o progresso da gestão pública enfatizando o respeito ao cidadão

Visão

Ser a melhor referência do segmento, sempre atuando com credibilidade e seriedade proporcionando satisfação aos

seus alunos, cidadãos e entidades públicas.

Valores

Reputação ilibada

Seriedade na atuação

Respeito aos alunos e à equipe de trabalho

Qualidade de seus produtos

Modernização tecnológica de metodologia de ensino

Garantia de aprendizagem

Ética profissional

SEJA BEM VINDO, BOM CURSO!

Telefone (41) 3323-3131 / Whats (41) 8852-8898

www.unipublicabrasil.com.br

Programação:

Como Realizar Audiências Públicas

Dia 29 - das 13h30 às 17h

1 O que é Audiência Pública?

1.1 Conceito

1.2 Histórico

1.3 Importância

2 Quando é obrigatória?

3 Quem deve convocá-la?

4 Como deve ser o planejamento?

5 Como atrair público?

6 Como deve ser o Cerimonial de realização:

a) O Roteiro (checklist)

b) Montagem de Mesa (arranjos do móvel)

c) Apresentações

d) Vestimenta

e) A escolha do Mestre de Cerimônias

f) Símbolos Nacionais (Uso e disciplina)

g) A recepção de autoridades

h) Composição de mesa

i) Ordem de Precedência na solenidade:

j) Citações (uso dos pronomes de tratamento)

k) O controle do tempo

l) Fila de cumprimentos

7 Estudos de casos

8 Dinâmicas práticas

Estudo dos Atos Legislativos na Câmara Municipal

Dia 30 - das 9h às 12h

1 O que é ato legislativo?

2 Quais espécies existem na Câmara Municipal?

3 Quais as diferenças e objetivos desses atos?

a) Leis ordinárias

b) Leis complementares

c) Emenda à Lei Orgânica

d) Decreto legislativo

e) Resolução

f) Portaria

g) Ato da Mesa

h) Requerimento

i) Indicação

j) Moção

k) Títulos e comendas

l) Outros

4 Como devem ser confeccionados?

5 Modelos e Minutas (fornecidos no curso)

Temas Especiais: Convocações, Afastamentos, Recesso e Vereador/Servidor

Dia 30 - das 13h30 às 17h

1 Quais os procedimentos técnicos para as Convocações:

a) Do prefeito?

b) De secretários?

c) De particulares?

d) De autoridades de outros poderes?

e) De servidor público municipal?

f) Do suplente de vereador?

g) Do vice prefeito para assumir o cargo de prefeito?

h) Para sessão extraordinária?

2 Como proceder nos Afastamentos dos Vereadores:

a) Para tratamento de saúde?

b) Para assumir como secretário?

c) Por falecimento?

d) Por aposentadoria?

e) Por renúncia?

f) Por ordem judicial?

g) Por cassação pela própria câmara?

h) Preventivo (pelo judiciário ou pela própria câmara)?

3 Regras para os suplentes:

a) Quando e como deverá ser convocado?

b) Até quando permanece no cargo?

c) Quais serão seus direitos e obrigações?

d) Ele pode assumir comissões e Mesa Diretora?

4 Regras para o vice-presidente da Mesa:

a) Pode exercer atribuições de gestão?

b) Se o presidente for afastado terá novas eleições?

c) Os atos praticados por ele na interinidade prevalecerão?

d) Pode receber o subsídio diferenciado?

e) Pode assumir o Executivo se o prefeito for afastado?

f) Pode ser reeleito?

g) Pode ser destituído?

5 Regras do recesso

6 Regras para o Vereador que é servidor público

Trabalho em Equipe e Relacionamento Interpessoal

Dia 1 - das 9h às 11h

1 O Relacionamento Interpessoal

2 As boas maneiras:

a) Auto conhecimento

b) Cordialidade

c) Colaboração

d) Empatia

e) Assertividade

f) Harmonia

g) Comprometimento

h) Ética

3 A Comunicação Interpessoal:

a) Os canais diretos

b) Meios modernos de relacionamento à distância

c) As melhores técnicas de comunicação

4 Trabalho em Equipe

5 Gestão de Conflitos

6 Marketing Pessoal

7 Networking

Professores:

Lucymara de Andrade Correia: Mestre de Cerimônias – Pedagoga com Especialização em Gestão de Pessoas.

Jonias de O. e Silva: Advogado e Consultor - Especialista em Administração Pública e Direito Constitucional.

Elson de Mello: Professor e Consultor - Especialista em Gestão Empresarial e Marketing Político.

Sumário

COMO REALIZAR AUDIÊNCIAS PÚBLICAS .................................................................................... 1

ESTUDO DOS ATOS LEGISLATIVOS NA CÂMARA MUNICIPAL ............................................. 13

TEMAS ESPECIAIS: CONVOCAÇÕES, AFASTAMENTOS, RECESSO E

VEREADOR/SERVIDOR ....................................................................................................................... 19

TRABALHO EM EQUIPE E RELACIONAMENTO INTERPESSOAL .......................................... 23

1 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

COMO REALIZAR AUDIÊNCIAS PÚBLICAS Lucymara de Andrade Correia

I) O que é Audiência Pública?

a) Conceito

Essa prática representa um avanço democrático pois implica na mudança da democracia representativa para a

democracia participativa–cm a efetiva discussão dos problemas de relevante interesse social, exercendo-se um diálogo

com os diversos atores sociais. Essa maneira de agir só tende a fortalecer o regime democrático, onde a participação de

todos é valorizada na busca da solução dos problemas que afligem o dia-a-dia do cidadão.

A audiência pública administrativa é um instrumento colocado à disposição dos órgãos públicos para , dentro

de sua área de atuação, promover um diálogo com os atores sociais, com o escopo de buscar alternativas para a solução

de problemas que contenham interesse público relevante. Também pode servir como instrumento para colheita de mais

informações ou provas (depoimentos, opiniões de especialistas, documentos, etc) sobre determinados fatos.

Nesse evento, também podem ser apresentadas propostas e críticas.

Sem dúvida, esse diálogo democrático, promovido entre os atores sociais, torna mais fácil a solução do

conflito social. Com a participação de todos, é mais fácil encontrar um caminho que, se não agrada a todos, pelo menos

valorizou o diálogo social, os envolvidos tiveram a possibilidade de participação no debate e na construção de

alternativas para solucionar o problema que os aflige.

Esclareça-se que nas audiências públicas, os órgãos públicos não se submetem à vontade da sociedade, mas

estão abertos para ouvir a todos e também colaborar em na busca de uma solução que traga menos traumas.

Deve ser elaborado um regulamento para gerir a audiência pública, disciplinando a forma como se dará o

diálogo com a sociedade.

Assim, no despacho RVMD, Brasília, V. 5, nº 2, p. 356-384, Jul-Dez, 2011 360

Que define a necessidade da realização da audiência pública, deverá ser consignado:

quem presidirá a audiência pública;

data de início e término dos trabalhos;

pessoas que serão notificadas a comparecer à audiência pública;

número de pessoas que serão ouvidas (defensores e opositores em número igualitário) e respectivo prazo de cada um;

prazo para a indicação de pessoas a serem ouvidas;

2 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

forma como a população poderá se manifestar–se por escrito ou oralmente, neste caso, indicando o prazo de cada

um;

ampla divulgação pelos meios de comunicação;

a forma como será efetuado o registro dos trabalhos(ata, vídeo e áudio);

esclarecer se será entregue notificação recomendatória aos presentes;

a forma como será divulgada a conclusão da audiência pública; etc.

a audiência pública constitui uma importante contribuição para a passagem de uma democracia representativa para

uma democracia participativa. A primeira depositava toda a responsabilidade que deriva do exercício do governo

exclusivamente na parcela da sociedade integrada pelos governantes; os governados quedavam num tipo de posição passiva, de meros espectadores, carentes de capacidade de iniciativa, controle ou decisão. Já a audiência trata de tirar

os governados da letargia e de levá-los a tomar responsabilidades, a assumir um papel que deles exige protagonismo e que ajuda a compatibilizar posições adversas e gerar o melhor conhecimento recíproco entre os distintos setores da

sociedade; [...]pode-se concluir que as audiências públicas não só têm servido como resposta aos reclamos dos

cidadãos como também permitem que as autoridades melhorem a qualidade da gestão pública.

Daniel Alberto Sabsay e Pedro Tarak

A audiência pública é uma das formas de participação e de controle popular da Administração Pública no Estado

Social e Democrático de Direito. Ela propicia ao particular a troca de informações com o administrador, bem assim o

exercício da cidadania e o respeito ao princípio do devido processo legal em sentido substantivo. Seus principais traços

são a oralidade e o debate efetivo sobre matéria relevante, comportando sua realização sempre que estiverem em jogo

direitos coletivos. A legislação brasileira prevê a convocação de audiência pública para realização da função

administrativa, dentro do processo administrativo, por qualquer um dos Poderes da União, inclusive nos casos

específicos que versam sobre meio ambiente, licitações e contratos administrativos, concessão e permissão de serviços

públicos, serviços de telecomunicações e agências reguladoras. Constitui, ainda, instrumento de realização da missão

institucional do Ministério Público e subsídio para o processo legislativo e para o processo judicial nas ações de controle

concentrado da constitucionalidade das normas.

Audiência pública é um instrumento que leva a uma decisão política ou legal com legitimidade e transparência.

Cuida-se de uma instância no processo de tomada da decisão administrativa ou legislativa, através da qual a autoridade

competente abre espaço para que todas as pessoas que possam sofrer os reflexos dessa decisão tenham oportunidade de

se manifestar antes do desfecho do processo. É através dela que o responsável pela decisão tem acesso, simultaneamente

e em condições de igualdade, às mais variadas opiniões sobre a matéria debatida, em contato direto com os interessados.

Tais opiniões não vinculam a decisão, visto que têm caráter consultivo, e a autoridade, embora não esteja obrigada a

segui-las, deve analisá-las segundo seus critérios, acolhendo-as ou rejeitando-as.

Na Administração Pública a audiência pública – instrumento de conscientização comunitária - funciona como

veículo para a legítima participação dos particulares nos temas de interesse público. Então, de um lado, tem-se uma

metodologia de esclarecimento de determinadas questões através da presença dos interessados, e, de outro, uma

Administração que, anteriormente, se mantinha distante dos assuntos cotidianos dos cidadãos, e, agora, se preocupa com

o interesse comum, a exemplo do serviço público de eletricidade.

c) Histórico

d) Importância

É um instrumento de participação popular, garantido pela constituição federal de 1988 e regulado por Leis

Federais, constituições estaduais e leis orgânicas municipais. A realização de audiências públicas é um dever dos órgãos

públicos e um direito dos cidadãos. É uma forma importante da sociedade civil fazer parte das decisões do Estado,

influenciando-o e controlando-o. Por meio delas, o estado disponibiliza informações, esclarece dúvidas, abre debates e

presta contas à sociedade sobre ações e projetos públicos de relevante impacto ou interesse social.

É um espaço onde os poderes Executivo e legislativo ou o Ministério Público podem expor um tema e debater

com a população sobre a formulação de uma política pública, a elaboração de um projeto de lei ou a realização de

empreendimentos que podem gerar impactos à cidade, à vida das pessoas e ao meio ambiente. São discutidos também,

em alguns casos, os resultados de uma política pública, de leis, de empreendimentos ou serviços já implementados ou

em vigor.

Geralmente, a Audiência é uma reunião com duração programada, coordenada pelo órgão competente ou em

conjunto com entidades da sociedade civil que a demandaram. Nela apresenta-se um tema e a palavra é dada aos

cidadãos presentes para se manifestarem.

Convém, de logo, distinguir audiência pública de consulta pública. Embora ambas constituam formas de

participação popular na gestão e controle da Administração Pública, não se confundem.

A audiência pública propicia o "debate público e pessoal por pessoas físicas ou representantes da sociedade

civil", considerado "o interesse público de ver debatido tema cuja relevância ultrapassa as raias do processo

administrativo e alcança a própria coletividade" (30). Cuida-se, no fundo, de modalidade de consulta pública, com a

particularidade de se materializar através de "debates orais em sessão previamente designada para esse fim" (31). A

oralidade, portanto, é seu traço marcante.

3 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

A consulta pública, por seu turno, tem a ver com o interesse da Administração Pública em "compulsar a

opinião pública através da manifestação firmada através de peças formais, devidamente escritas, a serem juntadas no

processo administrativo"

2) Quando é obrigatória?

Todas as vezes que a Administração Pública resolve limitar o exercício de direitos individuais, deve assegurar

ao interessado o direito de ser previamente ouvido, relacionando-se essa garantia com o direito de defesa, o princípio do

contraditório e com o devido processo legal

Esse princípio clássico da audiência prévia se projeta para a audiência pública, como regra de validade quase

universal, expressando a garantia constitucional do devido processo legal em sentido substantivo (20), visto que ela deve

se realizar antes de ser adotada uma providência de caráter geral, tal a edição de normas jurídicas administrativas ou

mesmo legislativas e a aprovação de projetos de grande impacto ambiental.

Com efeito, além de efetivar a garantia de receber informações da Administração e de ser ouvido por ela, a

audiência pública também possibilita o pleno exercício da defesa e do contraditório pelo cidadão, individualmente ou

através de associações

De acordo com o a Constituição Federal de 1988:

O poder Executivo deve realizar Audiências Públicas durante o planejamento municipal, na gestão da seguridade

social, na gestão da saúde pública, na formulação

De acordo com algumas leis federais, deverá haver audiência pública quando:

No início de processo de licitação, sempre que o valor estimado for superior a 100 vezes o limite previsto para a

mesma lei (Lei Federal 8666/93)

Nos casos de processo de licenciamento ambiental, que provoquem significativo impacto ambiental, como, por

exemplo, para a construção de hidrelétricas, presídios, lixões, etc.... sempre que o órgão ambiental julgar necessário, ou

quando for solicitado por entidade civil, pelo Ministério Público ou por 50 ou mais cidadãos (Resolução nº 009/1987 do

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente).

Para debater os temas necessários para o poder público em qualquer momento de um processo administrativo (Lei

Federal nº 9784/99)

Na demonstração e avaliação do cumprimento das metas fiscais de responsabilidade do poder Executivo (prestação

de contas) para cada quadrimestre. Essas deverão acontecer no final dos meses de maio, setembro e fevereiro de cada

ano (Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei complementar nº 101/00)

No processo de elaboração do Plano Diretor e discussão de projetos de grande impacto (Estatuto da Cidade – Lei

Federal nº 10.257/01 e Resolução nº 25 do conselho Nacional das Cidades).

Para a garantia dos direitos difusos e coletivos junto aos órgãos públicos dos poderes Executivo e Legislativo,

realizadas pelo Ministério Público (Lei Federal nº 8.625/93).

3) Quem pode promover audiência pública

A qualquer tempo, a população pode solicitar aos seus representantes do poder Executivo ou Legislativo ou

do Ministério Público a realização de Audiências Públicas para debater questões polêmicas e resolver conflitos que

vivencia!

Somente os órgãos públicos –lato sensu–podem realizar audiência pública, pois a eles cabem o exercício da

administração pública, aí incluindo a resolução dos problemas de relevante interesse social que afetam a sociedade. Com

a audiência pública, possibilita-se a participação democrática dos atores sociais envolvidos na questão.

A Lei n. 8.625/93 (Lei Orgânica do Ministério Público dos Estados), prevê, em seu artigo 27, que cabe ao

Ministério Público exercer a defesa dos direitos assegurados nas Constituições Federal e Estadual, sempre que se cuidar

de garantir-lhes o respeito:

I - pelos poderes estaduais ou municipais;

II - pelos órgãos da Administração Pública Estadual ou Municipal, direta ou indireta;

III - pelos concessionários e permissionários de serviço público estadual ou municipal;

IV -por entidades que exerçam outra função delegada do Estado ou do Município ou executem serviço de relevância

pública.

O mesmo artigo acima citado, em seu parágrafo único, inciso IV, apregoa que o Ministério Público poderá

promover audiências públicas e emitir relatórios, anual ou especiais, e recomendações dirigidas aos órgãos e entidades

mencionadas no caput o referido artigo, requisitando ao destinatário sua divulgação adequada e imediata, assim como

resposta por escrito.

4) Como deve ser o planejamento?

O órgão competente tem a função de definir, por meio de edital, a data, o horário, a forma como será feita a

disponibilização de informações e o local acessível para a realização da audiência. Estas informações precisam ser

divulgadas com a máxima antecedência no diário Oficial e em outros meios de comunicação, como jornais, televisão, ...

O órgão público deve deixar disponível para consulta pública, com o máximo de antecedência e

acessibilidade, informações a respeito da questão a ser discutida na audiência. É responsável também por definir como

4 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

será a dinâmica da audiência, em que ordem os temas serão discutidos, quanto tempo será reservado para cada

intervenção dos participantes, qual será a duração da audiência, e garantir que os participantes tenham o direito de se

manifestar sobre o tema, expondo seus pontos de vista de maneira justa e adequada.

É importante lembrar que, para que seja pública, a Audiência deve se caracterizar pela manifestação dos

participantes. Estes não vão à audiência apenas para ouvir, mas para questionar, dar opiniões, buscar informações sobre

o tema e pressionar o estado para que este seja mais democrático na tomada de decisões, realizando assim o controle

social.

Além disso, durante a realização da Audiência, as discussões devem ser obrigatoriamente registradas em uma

ata. Também precisa ser elaborada uma lista de presenças. Em alguns casos, a audiência é gravada em áudio. Estas

informações devem tornar-se públicas em páginas oficiais na Internet, no Diário Oficial ou em outros meios.

A audiência pública e consequentemente, a decisão que foi tomada ou lei aprovada com base em sua

realização, poderão ser anuladas quando não forem garantidas as condições para a efetiva participação popular. Elas

podem ser anuladas quando:

A falta de divulgação prévia e em tempo razoável das informações sobre o tema a ser discutido;

A escolha de um local inadequado para a realização da audiência;

A falta de acessibilidade, por exemplo, se a audiência for realizada em um local em que não haja circulação de

transporte público ou que não seja acessível para pessoas com deficiência;

A restrição do número de participantes ou do direito de voz dos participantes de forma a impossibilitar um debate

amplo sobre o tema discutido.

O ministério Público pode ser acionado para invalidar uma audiência pública que tiver algum desses problemas,

antes ou depois de sua realização.

5) Como atrair público?

Todos os que quiserem podem e devem participar das Audiências. Entretanto é fundamental que o órgão que a

convoca priorize a presença das pessoas afetadas diretamente pela política pública ou projeto de lei a ser discutido. A

divulgação prévia, a localização adequada e a garantia do direito à informação compreensível e ao direito de voz são

pressupostos para a garantia do direito de participação.

Por isso, ao realizar a Audiência, o órgão público dever ficar atento para que todos os grupos possam ter

acesso ao local e as informações necessárias. Ou seja, a participação não deve ser restrita a grupos determinados, mas

aberta a todos e respeitando as diferenças e necessidades de cada grupo.

É muito importante também garantir a presença das autoridades competentes, do Ministério público e técnicos

especialistas no tema da audiência. A presença da imprensa é um fator que pode ajudar a dar visibilidade tanto para a

discussão como para os argumentos utilizados pela população. Além disso, os meios de comunicação, também auxiliam

a fiscalização e podem, dessa maneira, garantir o respeito aos resultados da Audiência.

6. Como deve ser o Cerimonial de realização:

O cerimonial de uma audiência pública é muito maleável, pois deve atender aos objetivos do ato, levando em

conta o bem-estar público, porém, jamais deve ferir preceitos de legalidade!

a) O Roteiro (checklist)

Como a audiência é divulgada, sua programação deve ser seguida rigorosamente, principalmente com relação

aos horários. Todos os avisos devem ser dados com clareza e de forma inteligível. As regras para a sequência do

momento devem ser claras e observadas.

Um mestre de cerimonias atento ajuda a manter a ordem e a garantir a validade do ato. O roteiro deve ser

escrito com cuidado e deve ser revisado.

O Cerimonial precisa observar a presença de autoridades para não incorrer em erros. Os textos devem ser

sucintos e objetivos, porém claros.

Visualizar a audiência pública como um evento tradicional é um erro, pois ela faz parte de um processo muito

mais amplo.

Etapas do serviço:

a) Planejamento –

a.1) Fase de levantamento de informações, definição das estratégias e elaboração do Plano de Comunicação e

Mobilização das Audiências Públicas:

a.2) Análise das normativas municipais, estaduais e/ou federais dos órgãos licenciadores, verificando as exigências

relativas a realização de audiências públicas.

a.3) Visita de campo para levantamento e análise, para escolha dos melhores locais para realização das audiências.

a.4) Levantamento do público-alvo e mailing dos convidados: autoridades, entidades e proprietários de terra.

a.5) Criação das artes (convite, anúncios, rádio, jornal, cartazes, faixas, etc).

a.6) Planejamento de divulgação (plano de mídia).

a.7) Cronograma

a.8) Plano de comunicação

5 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

PROVIDÊNCIAS

Publicação do edital de convocação, inclusive mediante divulgação nos meios de comunicação disponíveis;

Envio de convites para autoridades e lideranças que comporão a mesa;

Envio de convite para autoridades e lideranças em geral;

Fixação de cartazes em locais de intenso fluxo de pessoas, como unidades de saúde, escolas, terminais rodoviários,

prédios públicos;

Elaboração de listas de presença geral e de autoridades;

Lista dos inscritos para manifestação oral.

b) Divulgação – O Plano de Comunicação é colocado em prática seguindo a risca o cronograma:

b.1) Produção das peças de comunicação (convite, anúncios, rádio, jornal, cartazes, faixas, etc).

b.2) Envio dos convites via correios ou em mãos.

b.3) 2º visita de campo para divulgação de faixas, cartazes, folders etc.

b.4) Protocolo de ofícios aos órgãos de segurança do município PM e SAMU

b.5) Divulgação nas rádios, carro de som, jornal etc.

b.6) Relatório de divulgação

c) Organização – No dia das audiências a equipe organizadora atua no apoio à equipe do órgão licenciador, dos

empreendedores/palestrantes e na organização de toda infra-estrutura para realização da audiência:

c.1) Preparação do local: mesa diretora, recepção, cadeiras, banheiros, limpeza, fixação de banner, etc

Preparativos finais:

Organizar o material a ser utilizado no dia da audiência

( projeções, vídeos, fotos, papel, lista de presença, etc. )

Revisar com a equipe de apoio se as providências prévias à

realização da audiência foram realizadas (checagem de local e

estrutura, mobilização da comunidade e da imprensa, etc.)

Revisar as responsabilidades durante a realização da audiência:

coordenação, secretaria, recepção, controle de tempo das falas.

c.2) Recepção às autoridades, coleta de assinaturas dos presentes, formulários de perguntas, cerimonial do evento etc.

Recepção

Acolher o público no horário definido no edital de convocação;

Disponibilizar listas de presença;

Identificar e inscrever os participantes que desejarem fazer uso da palavra durante a audiência;

Solicitar que informem sobre o conteúdo da manifestação e proceder à análise de pertinência aos objetivos da

audiência;

Quando a demanda apresentada não fizer parte das competências do Ministério Público, o servidor deverá orientar o cidadão a procurar o órgão competente.

• Caso o tema apresentado seja pertinente ao MP e não faça parte da pauta da audiência, o servidor deverá orientar o cidadão a procurar a Promotoria em outro momento.

c.3) Equipe com coordenador, recepcionistas, seguranças, auxiliares etc.

c.4) Toda estrutura de áudio, vídeo, foto, projeção, iluminação e gerador de energia.

c.5) Coffee break

Providências: execução

Abertura solene e composição da mesa;

Informações gerais sobre a pauta e a dinâmica dos trabalhos;

Desenvolvimento dos trabalhos;

Coordenação- durante

Proceder à composição da mesa e abertura dos trabalhos;

Presidir a mesa e mediar os debates;

Informar sobre a dinâmica dos trabalhos, especialmente sobre:

a) os temas que serão discutidos;

b) o tempo para realização das inscrições para manifestação oral;

c) definição da ordem de manifestações para os que farão uso da palavra;

d) as regras de utilização do tempo; e) as autoridades que farão o uso da palavra;

f) outras informações necessárias ao bom andamento do evento

Proceder à leitura dos encaminhamentos realizados na audiência;

Encerrar a audiência pública.

6 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

** cuidar para que o número de oradores seja proporcional ao tempo disponível para o debate;

Encaminhamentos finais;

Encerramento da audiência pública;

d) Relatório Final – Posteriormente às audiências é elaborado um relatório final impresso e digital com toda

documentação comprobatória da divulgação e organização da audiência pública para ser protocolado no órgão

licenciador.

ROTEIRO BÁSICO PARA REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA

Para definição de questões básicas da realização da audiência, à luz da resolução nº 965/2012: objetivos,

pauta, convidados, composição da mesa, local, data, horário e dinâmica da reunião, definição do coordenador,

elaboração da lista de providências e responsabilidades, identificação de parceiros para apoio na infraestrutura e

mobilização da comunidade.

Participantes: Lembrando que a dinâmica dos trabalhos deve favorecer a manifestação da

comunidade.

Pauta

Reunião com os Parceiros

Edital

Coordenação- antes

Antes da realização da audiência, cabe ao Coordenador o acompanhamento das decisões relativas à organização

da reunião e eventuais medidas necessárias para contornar imprevistos

Coordenação- após

Assegurar as seguintes providências: a- Lavratura da ata, no prazo ;

b- divulgação apropriada da ata,

Após a realização da audiência cabe à Coordenação assegurar as seguintes providências

Definição da forma e procedimentos a serem adotados para análise e encaminhamento das manifestações e

sugestões colhidas durante a audiência;

Inclusão das sugestões pertinentes no plano de ação do Município

Outras medidas cabíveis,

b) Montagem de Mesa (arranjos do móvel):

Lembrando que é um evento de trabalho. Móvel com altura compatível, com espaço para todos os

componentes (não fazer extensão de mesa). Cuidados especiais, com microfone de mesa, e arranjos, para que não

escondam os componentes da mesa. Cuidado com o que vai sobre a mesa (rótulos).

Lembrar da questão segurança:

Estabelecer regras claras, para uso de palavra, atendimentos e etc..

c) Apresentações:

Lembrando que em Audiências deve-se dar voz à plateia. Cuidados com as apresentações, e com tempo

regulado. Um bom contrato com os apresentadores é essencial!

d) Vestimenta

Respeito, cuidado, asseio e bom senso são as regras principais para quaisquer profissionais que se apresentam

em público. Optar pelo clássico e tradicional é sempre bom. Leve em conta o conforto e o bem-estar!

e) A escolha do Mestre de Cerimônias:

Lembrando que mestre de cerimonias não é apresentador e nem animador de auditório.

f) Símbolos Nacionais (Uso e disciplina):

As regras de uso de símbolos, bandeiras e brasão são regidos por decreto oficial. Bandeiras não são enfeites,

hinos não são músicas de fundo... Toalhas de mesa, panos de placa, cortinas, não devem ser estampados com símbolos

oficiais.

g) A recepção de autoridades:

Sempre importante ter um local adequado para que os participantes possam identificar-se.... mesa de

assinaturas, de inscrição, para identificação de autoridades são bastante práticas. Cuidado com as armadilhas!

7 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

h) Composição de mesa:

Qualquer evento público e oficial deve seguir a ordem de precedência oficial (ordem de precedência);

Mesa diretiva e/ou Mesa de Honra

O suspense da composição afeta a estrutura física da mesa de honra, e é por isso que se deve ficar muito

atento. De uma hora para outra, uma mesa par pode ficar ímpar, e vice-versa. Além da alteração no roteiro de locução,

as cadeiras terão que ser reposicionadas, e a pessoa que conduz a autoridade até o lugar na mesa deverá ser avisada.

Mesa ímpar é aquela cujo número total de autoridades é ímpar. Nesse tipo de mesa, o presidente do ato é

posicionado no centro; a segunda maior autoridade, à direita; a terceira, à esquerda, e assim vão-se alternando os lados

conforme a ordem de precedência. É importante lembrar que se considera direita de mesa de honra a direita de uma

pessoa sentada nela e voltada para a platéia.

Similarmente, mesa par é aquela cujo número total de autoridades é par. Nesse tipo de mesa, o presidente do

ato é posicionado mais próximo do centro, à direita; a segunda maior autoridade, mais próxima do centro, à esquerda; e

assim alternam-se os lados conforme a ordem de precedência.

Quando o presidente da mesa for outra autoridade que não seja o anfitrião, e existir um homenageado, o

presidente ficará no lugar de honra (1), seguido do homenageado (2) e do anfitrião (3). As demais autoridades serão

posicionadas de acordo com a ordem geral de precedência.

Sempre montar as mesas com as autoridades que possam dar soluções, viabilizar os trabalhos, ou gerenciar as

normas! Por mais interessantes, atrativas ou simpáticas, colocar na mesa personalidades que não venham a contribuir

para o momento é passo certo para a falta de credibilidade do ato! Se houverem pronunciamentos, também devem ser

dirigidos ao assunto tratado, sendo histórico, construção do trabalho, apresentações, etc...

Mesa de trabalho:

As mesas de trabalho e atendimento devem ser pensadas para dar vazão ao trabalho!

i) Ordem de Precedência na solenidade:

No momento, no Brasil vigora o Decreto nº 70274 de 09/03/1972, com alterações feitas pelo Decreto nº 83186, de

19/02/1979, que determina as normas do cerimonial público e a ordem geral de precedência, instrumento indispensável

para quem atua na área de eventos.

ii) Critérios gerais de precedência

iii) Segundo o caráter do ato, costuma-se ceder, por cortesia, a precedência aos representantes estrangeiros e

autoridades visitantes.

iv) Anfitrião é o ponto de partida para organizar a precedência.

v) Idade: o mais velho tem precedência sobre o mais novo.

vi) Sexo: a mulher tem precedência sobre o homem.

vii) Antigüidade histórica: antigüidade no credenciamento (representantes diplomáticos), data de criação da instituição.

viii) Ordem alfabética.

ix) Titulação: organizada com base nos títulos (Bacharel, Mestre, Doutor).

Nos municípios, os prefeitos presidem as cerimônias, salvo as dos Poderes Legislativo e Judiciário e as de

caráter exclusivamente militar. Similarmente, vice-prefeito preside a solenidade na ausência do prefeito. Entretanto, se o

governador ou vice-governador comparecer ao evento, estes terão precedência porque os municípios são parte integrante

do estado.

Mas em relação a outras autoridades estaduais, o prefeito, o vice-prefeito, o presidente da Câmara Municipal e

o juiz de direito têm preferência, cada qual na sua ordem.

j) Citações (uso dos pronomes de tratamento)

Pronomes de Tratamento

Pronomes de Tratamento: são pronomes empregados no trato com as pessoas, familiarmente ou

respeitosamente. Embora o pronome de tratamento se dirija à segunda pessoa, toda a concordância deve ser feita com a

terceira pessoa. Usa-se Vossa, quando conversamos com a pessoa, e Sua, quando falamos da pessoa.

Ex. Vossa Senhoria deveria preocupar-se com suas responsabilidades e não com as de Sua Excelência, o Prefeito, que se

encontra ausente.

Pronome de tratamento:

Usa-se Vossa Excelência para as seguintes autoridades:

Poder Judiciário

Ministros de Tribunais Superiores

Membros de Tribunais

Desembargadores

Juízes

Auditores da Justiça Militar

Poder Legislativo

Deputados Federais

Senadores da República

8 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

Ministros do TCU

Deputados Estaduais e Distritais

Membros das Assembléias Legislativas

Presidentes das Câmaras Legislativas

Municipais

Vereadores

Conselheiros dos Tribunais de Contas

Estaduais

Poder Executivo

Presidente da República

Vice-presidente da República

Ministros de Estado

Embaixadores

Oficiais-Generais das Forças Armadas

Governadores e Vice-governadores de Estado e do Distrito Federal

Secretários-Executivos de Ministérios

Secretários de Estado dos Governos Estaduais

Prefeitos Municipais

EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO - PODER EXECUTIVO

Destinatário Tratamento Abrev Vocativo Envelope

Presidente da República Vossa

Excelência Não se usa

Excelentíssimo

Senhor Presidente da

República,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Presidente da

República Endereço

Vice-Presidente da

República

Vossa

Excelência V.Exa.

Senhor Vice-

Presidente,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Vice-

Presidente da República

Ministros de Estado Vossa

Excelência V.Exa. Senhor Ministro,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Ministro...

Secretário-Geral da

Presidência da República

Vossa

Excelência V.Exa. Senhor Secretário,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Secretário-

Geral da Presidência

Consultor-Geral da

República

Vossa

Excelência V.Exa. Senhor Consultor,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Consultor-

Geral da República

Chefe do Estado-Maior das

Três Armas

Vossa

Excelência V.Exa. Senhor Chefe,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Chefe do

Estado-Maior das Três

Armas

Oficiais-Generais das

Forças Armadas

Vossa

Excelência V.Exa.

Senhor + Cargo

respectivo,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Oficial-

General das Forças

Armadas

Chefe do Gabinete Militar

da Presidência da

República

Vossa

Excelência V.Exa. Senhor Chefe,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Chefe do

Gabinete Militar da

Presidência da República

Chefe do Gabinete Pessoal

do Presidência da

República

Vossa

Excelência V.Exa. Senhor Chefe,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Chefe do

Gabinete Pessoal do

Presidência da República

Secretários da Presidência

da República

Vossa

Excelência V.Exa. Senhor Secretário

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Secretário da

Presidência da República

9 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

Secretário Executivo e

Secretário Nacional de

Ministérios

Vossa

Excelência V.Exa. Senhor Secretário

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Secretário

Executivo ou Secretário

Nacional de Ministérios

Procurador-Geral da

República

Vossa

Excelência V.Exa. Senhor Procurador,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Procurador-

Geral da República

Governador de Estado Vossa

Excelência V.Exa. Senhor Governador,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Governador

do Estado

Vice-Governador de Estado Vossa

Excelência V.Exa.

Senhor Vice-

Governador,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Vice-

Governador do...

Secretário de Estado dos

Governos Estaduais

Vossa

Excelência V.Exa. Senhor Secretário,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Secretário de

Estado de

Prefeitos Municipais Vossa

Excelência V.Exa. Senhor Prefeito,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Prefeito do

Município

Embaixador Vossa

Excelência V.Exa. Senhor Embaixador,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Embaixador

do...

EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO - PODER LEGISLATIVO

Destinatário Tratamento Abrev trong>Vocativo Envelope

Presidente do Congresso

Nacional

Vossa

Excelência Não se usa

Excelentíssimo

Senhor Presidente do

Congresso Nacional,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Presidente

do Congresso Nacional

Presidente da Câmara Vossa

Excelência V.Exa. Senhor Presidente,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Presidente da

Câmara

Vice-Presidente da Câmara Vossa

Excelência V.Exa.

Senhor Vice-

Presidente,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Vice-

Presidente da Câmara

Membros da Câmara dos

Deputados

Vossa

Excelência V.Exa. Senhor Deputado,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Deputado

Membros do Senado

Federal

Vossa

Excelência V.Exa. Senhor Senador,

Excelentíssimo Senhor

Senador Fulano de Tal

Senado Federal endereço

Presidente e Membros do

Tribunal de Contas da

União e dos Tribunais de

Contas Estaduais

Vossa

Excelência V.Exa.

Senhor + cargo

respectivo,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal cargo

respectivo,

Presidente e Membros das

Assembléias Legislativas

Estaduais

Vossa

Excelência V.Exa.

Senhor + cargo

respectivo,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal cargo

respectivo,

Presidentes das Câmaras

Municipais

Vossa

Excelência V.Exa.

Senhor + cargo

respectivo,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal cargo

respectivo,

10 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO - PODER JUDICIÁRIO

Destinatário Tratamento Abrev Vocativo Envelope

Presidente do Supremo

Tribunal Federal

Vossa

Excelência Não se usa

Excelentíssimo

Senhor Presidente do

Supremo Tribunal

Federal

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Presidente

Supremo Tribunal Federal

Membros do Supremo

Tribunal Federal

Vossa

Excelência V.Exa.

Senhor + cargo

respectivo,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Cargo

respectivo

Presidente e Membros do

Superior Tribunal de

Justiça

Vossa

Excelência V.Exa.

Senhor + cargo

respectivo,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Cargo

respectivo

Presidente e Membros do

Tribunal Superior Militar

Vossa

Excelência V.Exa.

Senhor + cargo

respectivo,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Cargo

respectivo

Presidente e Membros do

Tribunal Superior Eleitoral

Vossa

Excelência V.Exa.

Senhor + Cargo

respectivo,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Cargo

respectivo

Presidente e Membros do

Tribunal Superior do

Trabalho

Vossa Excelência V.Exa. Senhor + Cargo

respectivo,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Cargo

respectivo

Presidente e Membros dos

Tribunais de Justiça Vossa Excelência V.Exa.

Senhor + Cargo

respectivo,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Cargo

respectivo

Presidente e Membros do

Tribunais Regionais

Federais

Vossa Excelência V.Exa. Senhor + Cargo

respectivo,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Cargo

respectivo

Presidente e Membros dos

Tribunais Regionais

Eleitorais

Vossa Excelência V.Exa. Senhor + Cargo

respectivo,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Cargo

respectivo

Presidentes e Membros dos

Tribunais Regionais do

Trabalho

Vossa Excelência V.Exa. Senhor + Cargo

respectivo,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Cargo

respectivo

Juízes Vossa Excelência V.Exa. Senhor Juiz,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Cargo

respectivo

Desembargadores Vossa Excelência V.Exa. Senhor

Desembargador,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Cargo

respectivo

Auditores da Justiça Militar Vossa Excelência V.Exa. Senhor + cargo

respectivo,

Excelentíssimo Senhor

Fulano de Tal Cargo

respectivo

11 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO - OUTROS CASOS

Destinatário Tratamento Abrev Vocativo Envelope

Reitor de Universidade Vossa

Magnificência Não se usa Magnífico Reitor,

A vossa Magnificência o

Senhor Fulano de Tal

Reitor da Universidade

Presidentes e diretores de

empresas Vossa Senhoria V.Sa.

Senhor Fulano de Tal

ou Senhor + cargo

respectivo,

Ao Senhor Fulano de Tal

Cargo Respectivo

Cônsul Vossa Senhoria V.Sa. Senhor Cônsul,

Ao Senhor Fulano de Tal

Cônsul da Embaixada

Local

Outras autoridades Vossa Senhoria V.Sa. Senhor + cargo

respectivo,

Ao Senhor Fulano de Tal

Cargo respectivo Endereço

EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO - HIERARQUIA ECLESIÁSTICA

Destinatário Tratamento Abrev Vocativo Envelope

Papa Vossa Santidade Não existe Santíssimo Padre, Santíssimo Padre Fulano de

Tal Endereço

Cardeais

Vossa Eminência

ou Vossa

Eminência

Reverendíssima

Não existe

Eminentíssimo

Senhor Cardeal, ou

Eminentíssimo e

Reverendíssimo

Senhor Cardeal,

Senhor Cardeal Fulano de

Tal Endereço

Arcebispos e Bispos Vossa Excelência

Reverendíssima Não existe

Excelentíssimo e

Reverendíssimo

Senhor Arcebispo (ou

Bispo),

Senhor Arcebispo (ou

Bispo) Fulano de Tal

Endereço

Monsenhores, Cônegos e

superiores religiosos

Vossa

Reverendíssima

ou Vossa

Senhoria

Reverendíssima

Não existe

Reverendíssimo

Monsenhor (ou

Cônegos, etc.), ou

Reverendíssimo

Senhor Cônego,

Senhor Monsenhor (ou

Cônego, etc.) Fulano de Tal

Endereço

Sacerdotes, Cléricos e

demais religiosos Vossa Reverência Não existe

Reverendo Sacerdote

(ou Clérico , etc.),

Senhor Sacerdote (ou

Clérico, etc.) Fulano de Tal

Endereço

n) Dinâmicas práticas

REFERENCIAS:

CAMPOS, Ronaldo Cunha.

Ação Civil Pública. Rio de Janeiro

Mauro e GARTH, Bryant.

NORTHFLEET,Ellen Gracie. (trad.)

Acesso à Justiça.Porto Alegre: Fabris, 1988.

SOARES, Evanna. A audiência pública no processo administrativo. Jus Navigandi, Teresina, ano 7, n. 58, 1 ago.

2002.

Disponível em:

<http://jus.uol.com.br/revista/texto/3145>. Acesso em: 9 ago. 2011.

http://portalrevistas.ucb.br/index.php/rvmd/article/viewFile/3124/1933

AUDIÊNCIA PÚBLICA NO PROCESSO ADMINISTRATIVO. 3.1 Lei nº 9.784, de 1999.

Lei nº 8.666, de 1993 (licitações e contratos administrativos).

Lei nº 8.987, de 1995 (concessão e permissão de serviços públicos).

Lei nº 9.427, de 1996 (concessões de energia elétrica).

12 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

Lei nº 9.478, de 1997 (agências reguladoras).

Lei nº 10.257, de 2001 (Estatuto da Cidade)

JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos,

OLIVEIRA, Gustavo Henrique Justino de. As audiências públicas e o processo administrativo brasileiro

BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo, 12. ed., São Paulo: Malheiros, 2000.

BASTOS, Celso Ribeiro e MARTINS, Ives Gandra da Silva. Comentários à Constituição do Brasil, São Paulo: Saraiva,

1995, 4. vol., tomo I.

BORGES, Alice Gonzalez. Processo Administrativo e Controle, Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro:

Renovar, vol. 226, p. 177-186, out/dez-2001.

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BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resoluções CONAMA. Disponível na

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BUENO, Vera Cristina Caspari Monteiro Scarpinella. As leis de procedimento administrativo. Uma leitura operacional

do princípio constitucional da eficiência, Revista de Direito Constitucional e Internacional, São Paulo: RT, vol. 39,

p. 267-288, abr/jun-2002.

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Processo Administrativo Federal (Comentários à Lei nº 9.784 de 29/1/1999),

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DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo, 14. ed., São Paulo: Atlas, 2002.

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FERRAZ, Sérgio e DALLARI, Adilson Abreu. Processo Administrativo, 1. ed., 2. tiragem, São Paulo: Malheiros, 2002.

FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Estatuto da Cidade Comentado, São Paulo: RT, 2002.

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2000, Tomo 2. Disponível na Internet em <http://www.gordillo.com/Pdf/2-4/2-4ªxi.pdf. Acessado em 09.Jul.2002.

JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 7. ed., São Paulo: Dialética,

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MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro, 7. ed., 2. tiragem, São Paulo: Malheiros, 1999.

RAMOS, Elival da Silva. A valorização do processo administrativo. O poder regulamentar e a invalidação dos atos

administrativos, As Leis de Processo Administrativo Lei Federal 9.784/99 e Lei Paulista 10.177/98, coordenação de

Carlos Ari Sundfeld e Guillermo Andrés Muñoz, São Paulo: Malheiros, p. 75-93, 2000.

Decreto n° 70.274, de 9 de março de 1972 - Presidência da República

13 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

ESTUDO DOS ATOS LEGISLATIVOS NA CÂMARA

MUNICIPAL

Jonias de O. e Silva

Processo Legislativo Municipal

O processo legislativo é toda a tramitação que o assunto terá que ter, para a criação de uma lei (ou outra

norma de aprovação na Câmara Municipal).

Para ter legitimidade, a criação de uma lei deverá obedecer as regras do processo legislativo, que indica os

atos ordenados, pelas seguintes etapas, obrigatoriamente:

- iniciativa

- discussão

- votação

- sanção

- veto

- promulgação

- publicação

Indicado de forma genérica na LOM, o Processo Legislativo é mais detalhado no Regimento Interno de cada

Câmara de Vereadores.

Compreende a elaboração de:

I – emendas à Lei Orgânica do Município;

II – leis complementares;

III – leis ordinárias;

IV – decretos legislativos;

V – resoluções; e

VI – Emendas à Constituição do Estado (excepcionalmente).

14 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

PROPOSIÇÃO

Além desses Projetos específicos, outras matérias que dependam da deliberação da Câmara Municipal

(moções-veto-indicações-emenda-requerimento-recursos-representações), são denominados de PROPOSIÇÃO.

DA INICIATIVA DOS PROJETOS

Para se dar início ao Processo Legislativo, o assunto precisa ser apresentado mediante algumas regras e

formalidades.

Podem apresentar Projetos de Leis:

I – Vereador;

II – comissões da Casa;

III – cidadãos (5% do eleitorado);

IV – Prefeito Municipal.

A Lei Orgânica Municipal define quais assuntos são de iniciativa exclusiva do Prefeito, dos Vereadores, ou

concorrentes entre ambos.

DA TRAMITAÇÃO

O rito, ou procedimento de tramitação de cada matéria, é definido no RI, podendo ser ordinário, sumário

(urgência), ou especial (Leis Orçamentárias, p.e.).

DA DISCUSSÃO

Após tramitar nos órgãos internos da Casa, e receber os devidos pareceres, a matéria é encaminhada ao

Plenário, para a Discussão.

Na sessão em Plenário, os Vereadores debatem sobre o assunto em pauta e emitem seu posicionamento

individual.

É momento de formalidade e as manifestações dos presentes deverá seguir as regras do RI, como, por

exemplo:

- Uso da palavra (no momento correto e com prazo determinado)

- aparte (pedir espaço na fala de outro)

- pela ordem (reclamar desobediência ao RI)

- questão de ordem (dúvidas na aplicação do RI)

VOTAÇÃO

A votação é a fase de deliberação em Plenário, quando os Vereadores emitem seus votos sobre determinada

matéria, em forma de SIM, NÃO, ou ABSTENÇÃO, representando sua opinião pela APROVAÇÃO ou REJEIÇÃO

(desaprovação).

Para que uma proposição seja aprovada, será necessário apenas um turno, ou dois turnos (duas sessões de

votação), dependendo da previsão do Regimento Interno.

DO QUORUM DE VOTAÇÃO

Para se aprovar uma matéria, é necessário se obter certa proporção de votos; esse é o quórum.

Mas vale dizer que até para se instalar a Sessão, é necessário ter quórum (pelo menos metade dos Vereadores

da Casa, arredondando-se para cima)

Pois bem:

Quando a matéria exige os votos da maioria dos vereadores da Câmara, diz-se que exige quórum absoluto.

Quando exige apenas a maioria dos presentes na sessão, o quórum é simples (ou relativo).

Em alguns casos específicos, como por exemplo, o julgamento do Prefeito ou de Vereador, o quórum exigido

é o qualificado (dois terços).

DA FORMA DE VOTAÇÃO

As votações poderão ser abertas ou secretas, de acordo com a indicação de cada Regimento Interno.

DA SANÇÃO

Os Projetos de Lei, após serem aprovados pela Câmara Municipal, devem ser submetidos ao Prefeito, para sua

manifestação sobre o mesmo, antes de serem transformados em lei.

Sancionar significa concordar que o Projeto se torne lei, porque admite que ele seguiu o processo legislativo

correto, que não possui pontos de inconstitucionalidade, nem é contrário ao interesse da população local.

Mesmo independentes os poderes, com atribuições específicas, esse sistema segue os preceitos do filósofo e

escritor Frances, que viveu nos séculos XVII e XVIII, Charles-Louis de Secondat, ou simplesmente Charles de

Montesquieu.

15 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

No livro “O Espírito das Leis, escrito em 1748, Montesquieu propos a existência de três poderes

independentes e harmônicos entre si, porém, afirmava que "só o poder freia o poder".

Por isso, propos o chamado “Sistema de Freios e Contrapesos".

Embora a Constituição Monarquista de 1824 tenha previsto o quarto poder o Moderador (exercido pelo Rei),

desde a 1ª Constituição da República, de 1891, o Brasil adotou o sistema de 3 poderes.

E delá pra cá, a CF prevê que um Poder “freia” o outro...

Assim, mesmo que a aprovação de leis seja uma atribuição específica do Legislativo, o Executivo realiza o

controle pela sanção e promulgação.

PROMULGAÇÃO

Promulgar significa confirmar a existência e regularidade de uma lei.

É um ato derivado daquele em que se proclamava um decreto do rei, para dar-lhe legitimidade.

DO VETO

No entanto, o Chefe do Poder Executivo Municipal poderá discordar daquele Projeto de Lei.

A discordância poderá ser motivada pela interpretação da existência de inconstitucionalidade ou falta de

interesse público.

Daí, nasce o veto.

O veto poderá recair sobre o projeto completo ou parte dele (artigo, parágrafo, inciso, alínea, item...)

A Câmara poderá derrubar o veto e promulgar a Lei...

PUBLICAÇÃO

Última fase de uma lei, a publicação é obrigatória, para dar conhecimento a todos da existência daquela nova

regra.

Segundo o Decreto-Lei nº 4.657/42, ainda em vigor, e que dá introdução ao nosso Código Civil, mesmo que a

pessoa não ler a publicação, ela não poderá alegar desconhecimento da lei (art. 3º).

VIGÊNCIA

A partir da entrada em vigor de uma lei, seus efeitos só deixarão de existir por:

- revogação (expressa ou tácita) através de outra lei de poder idêntico ou superior;

- por declaração judicial.

CONSIDERAÇÕES ESPECÍFICAS DA TRAMITAÇÃO:

Tipos de Projetos Legislativos de Competência da Câmara Municipal:

a) – Emenda à Lei Orgânica

b) – Lei Complementar

c) – Lei Ordinária

d) – Decreto Legislativo

e) – Resolução

f) – Emendas à Constituição do Estado

Peculiaridades de Cada Um:

a) - Emenda à Lei Orgânica Municipal:

- Proposição que altera o texto da LOM

- Aprovação por quorum de dois terços

b) - Lei Complementar:

- Trata de algumas matérias especificadas na Lei Orgânica Municipal

- Aprovação por quorum de maioria absoluta

c) - Lei Ordinária:

- Trata de assuntos diversos

- Aprovação por quorum de maioria simples

16 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

d) - Decreto Legislativo:

- Regula matéria de exclusiva competência do Poder Legislativo (Câmara Municipal) e destina-se a gerar efeitos no

âmbito externo.

- Tem força de Lei e independe de sanção do Chefe do Executivo

- Aprovação por quorum de maioria simples

e) - Resolução:

- Regula matérias de natureza administrativa, política ou legislativa, de exclusiva competência do Poder Legislativo

(Câmara Municipal), destinando-se a gerar efeitos no âmbito interno.

- Têm força de lei e independem de sanção do Chefe do Executivo

- Aprovação por quorum de maioria simples

f) - Emendas à Constituição do Estado do Paraná:

- Aprovada na Câmara Municipal, a proposta de emenda à CE necessita de unir-se a outras do Estado, para valer como

iniciativa...

“Art. 64. A constituição poderá ser emendada mediante proposta:

I – de um terço, no mínimo, dos membros da Assembléia Legislativa;

II – do Governador do Estado;

III – de um terço das Câmaras Municipais do Estado, manifestando-se cada uma delas pela maioria relativa de seus

membros.”

FLUXOGRAMA

Exemplo de Fluxograma da Câmara de Maringá-PR (http://www.cmm.pr.gov.br/redacao/fluxograma.pdf)

TRÂMITE BÁSICO DO PROCESSO LEGISLATIVO:

- Protocolo

- Apresentação (Comissão ou Plenário)

- Admissibilidade (CCJ – autoriza tramitar ou determina o arquivamento)

- Definição do Rito Ordinário, Sumário (regime de urgência...), ou Especial (ELOM, Códigos, Leis Orçamentárias,

Prestação de Contas, Julgamentos)

- Pareceres das Comissões Respectivas ao Assunto

- Inclusão na Ordem do Dia (pauta)

- Redação Final (comissão de Redação)

EMENDAS:

- São modificações nos Projetos, realizadas no período da tramitação.

Podem ser apresentadas nas Comissões ou no Plenário por vereador, Mesa, Prefeito.

- As regras não são as mesmas para o momento de apresentação de EMENDAS (nas Comissões: qualquer vereador - em

Plenário, 1º turno: vereador – em Plenário, 2º turno: maioria...- Prefeito: mensagem aditiva)

TIPOLOGIA

• Emendas aditivas

• Emendas modificativas

• Emendas supressivas

• Emendas substitutivas

• Emendas aglutinativas

• Substitutivo: nome dado à emenda modificativa global.

PARECER:

• É a proposição em que uma Comissão se pronuncia sobre qualquer matéria sujeita a seu estudo (escrito ou oral).

• Parecer escrito: duas partes – relatório e voto do relator.

• Importância da verificação dos requisitos de iniciativa e de competência legislativas (controle prévio de

constitucionalidade).

COMISSÕES (permanentes, temporárias, especiais):

São formadas via de regra por número ímpar de vereadores.

Têm prazo para emitir pareceres.

Seu papel principal é realizar o debate inicial sobre a admissibilidade da pauta e instruir sua tramitação.

17 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

Devem adensar o debate e promover, sempre que necessário e possível, negociações preliminares.

Elas têm um papel técnico, visto que são divididas de acordo com temas, mas também são instâncias políticas.

Por isso a legislação recomenda que sua composição seja feita de forma equitativa, respeitando as proporções

das bancadas.

Elas preparam e instruem o trabalho de plenário.

Com as exceções previstas no regimento, tudo que vai a plenário deve passar pelas comissões.

Nem tudo que chega às comissões vai a plenário.

Elas devem filtrar as matérias.

Há situações de inadmissibilidade jurídica, por exemplo.

NOMENCLATURAS:

a) – De existência Obrigatória (ao nosso ver)

- Constituição

- Justiça

- Redação

- Orçamento

- Finanças

- Educação

- Cultura

- Esporte

- Saúde

- Meio Ambiente

- Obras

- Viação

- Serviços Públicos

- Desenvolvimento Econômico

- Urbanismo

- Assistência Social

- Segurança Pública

- Habitação

- Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo,

- Lazer

b) - De Decisão Local

- Cidadania

- Turismo

- Agricultura

- Pecuária

- Desenvolvimento Social

- Direitos e Deveres do Consumidor

- Comissão de Planejamento

- Cooperativismo

- Veto

- Economia

- Defesa Consumidor

- Trabalho

- Legislação Social

- Assuntos Internacionais

- Legislação Participativa

- Política Metropolitana

- Administração Pública

- Trânsito

- Transporte

- Gastronomia

- Mulher

- Direitos Humanos

- Relações Internacionais

- Criança e do Adolescente

- Juventude

- Idoso

18 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

19 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

TEMAS ESPECIAIS: CONVOCAÇÕES,

AFASTAMENTOS, RECESSO E

VEREADOR/SERVIDOR

Jonias de O. e Silva

01 Quais os procedimentos técnicos para as Convocações:

a) Do prefeito? Segundo a doutrina e a jurisprudência dominante, é mais cabível o CONVITE ao Prefeito, do que a

CONVOCAÇÃO.

O entendimento é no sentido de que a Câmara não tem poder constitucional para convocá-lo.

Porém, poderá convidá-lo com justificativas, para esclarecimentos.

Caso ele não atenda, haverá apenas conseqüências políticas a ele...

Mesmo em caso de CPI...

b) De secretários?

Diferentemente, ocorrerá na CONVOCAÇÃO de Secretários Municipais, para fins de esclarecimentos, pois

estes devem atender, sob pena de responderem por crime de responsabilidade, por previsão da Lei Orgânica Municipal.

Além disso, podem ser intimados como testemunhas...

c) De particulares?

Particulares também não têm obrigação de comparecer à Câmara por convocação desta, para esclarecimentos,

a não ser em sede de Comissão Parlamentar (Especial) de Inquérito (investigação).

No entanto, fora isso, podem ser convidados...

Ou, em caso de CPI, serem intimados como testemunhas...

d) De autoridades de outros poderes? Idem aos particulares...

e) De servidor público municipal?

Com exceção dos Secretários Municipais (agentes políticos), os servidores municipais só têm obrigação de

atender convocação do Legislativo local em processo de CPI.

20 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

f) Do suplente de vereador?

O suplente de Vereador deverá ser convocado no prazo previsto no Regimento Interno, para substituir

vereador afastado.

O regramento local também deverá prever prazo para que o suplente assuma o cargo.

E, em situações justificadas, tal prazo poderá ser ultrapassado, sem que isso cause a perda do direito.

g) Do vice prefeito para assumir o cargo de prefeito?

Ao Vice prefeito aplica-se as mesmas regras do suplente de vereador.

h) Para sessão extraordinária? As sessões extraordinárias da Câmara podem ser convocadas pelo presidente ou pelo prefeito (este, em

período de recesso).

Vereador devidamente convocado tem a obrigação de comparecer à sessão, ou justificar sua ausência.

02 Como proceder nos Afastamentos dos Vereadores:

a) Para tratamento de saúde?

O interessado comunica o estado de necessidade à presidência, requerendo a licença.

Nos primeiros 15 dias o Legislativo assume a remuneração, passando, a partir do 16º dia, para o INSS.

O tempo da convocação do suplente (ou não) deve estar previsto no Regimento Interno local.

Independe de autorização de plenário!

Deverá ser convocado o suplente da coligação.

b) Para assumir como secretário?

É uma licença regular, geralmente prevista na Lei Orgânica e no Regimento Interno.

Nesse caso, não possui tempo determinado, ficando a critério do vereador licenciado a definição do tempo do

retorno ao cargo.

Independe de autorização de plenário!

Deverá ser convocado o suplente da coligação.

c) Por falecimento? O tempo da convocação do suplente (ou não) deve estar previsto no Regimento Interno local.

Independe de autorização de plenário!

Deverá ser convocado o suplente da coligação.

d) Por aposentadoria?

O vereador só será afastado, se o motivo da aposentação houver sido por deficiência mental...

O tempo da convocação do suplente (ou não) deve estar previsto no Regimento Interno local.

Independe de autorização de plenário!

Deverá ser convocado o suplente da coligação.

e) Por renúncia? O tempo da convocação do suplente (ou não) deve estar previsto no Regimento Interno local.

Independe de autorização de plenário!

Deverá ser convocado o suplente da coligação.

f) Por ordem judicial?

“Manda quem pode, obedece quem tem juízo”!

O tempo da convocação do suplente (ou não) deve estar previsto no Regimento Interno local.

Independe de autorização de plenário!

Deverá ser convocado o suplente da coligação.

g) Por cassação pela própria câmara?

O tempo da convocação do suplente (ou não) deve estar previsto no Regimento Interno local.

Independe de autorização de plenário!

Deverá ser convocado o suplente da coligação.

h) Preventivo (pelo judiciário ou pela própria câmara)? Se o afastamento for preventivo (tempo determinado ou não), deve se observar o Regimento Interno, quanto a

convocar ou não o suplente.

Na imprevisão, convoca-se...

Deverá ser convocado o suplente da coligação.

Enfim:

21 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

Apenas na hipótese de cassação por infidelidade partidária é que se convoca o suplente d partido.

3 Regras para os suplentes:

a) Quando e como deverá ser convocado? Apenas no tempo e modo previsto na R.I.

b) Até quando permanece no cargo?

Pelo tempo em que o titular estiver afastado.

c) Quais serão seus direitos e obrigações?

Os mesmos do titular.

Quando o R.I. restringe, é inconstitucional.

d) Ele pode assumir comissões e Mesa Diretora?

Sendo o suplente de partido diverso do do titular, deverá ocorrer nova composição das Comissões, para

obediência à proporcionalidade partidária.

04 Regras para o vice-presidente da Mesa:

a) Pode exercer atribuições de gestão? Sim. Desde que devidamente previstas e delimitadas as competências no R.I.

b) Se o presidente for afastado terá novas eleições? Depende. Se houver previsão regimental pelo sim ou pelo não...

No caso da Câmara Federal, o R.I. prevê que haverá novas eleições em caso do o presidente ser afastado

definitivamente.

Se for temporária, o vice termina o mandato.

Assim, cada Legislativo Municipal deverá regular essa questão em seu R.I., pois se trata de assunto interna

corporis...

c) Os atos praticados por ele na interinidade prevalecerão? Sim.Desde que tenham sido firmados nos moldes legais.

d) Pode receber o subsídio diferenciado?

Sim. Nos mesmos moldes do presidente.

e) Pode assumir o Executivo se o prefeito for afastado?

Sim.

f) Pode ser reeleito? Depende do que o R.I. prever.

g) Pode ser destituído?

Sim. Pelo mesmo processo de destituição previsto no R.I. para o presidente.

05 Regras do recesso

O recesso parlamentar não se confunde com férias, pois é apenas um período no qual as atividades do

PLENÁRIO são suspensas, para que os representantes do povo voltem a atenção para suas bases, em busca de recursos

práticos e experiências para sua atuação.

Durante o período, a Câmara mantém uma Comissão Representativa, que substitui as atribuições da Mesa

Diretora apenas na atribuição de funcionamento do Plenário.

Com isso, é essa Comissão Representativa que convoca a edilidade para eventual sessão extraordinária.

Porém, os demais atos da Casa, permanecem sob o comando da Mesa Diretora (administrativo, financeiro,

funcional, etc.).

Lembrando que as convocações durante o recesso devem ser realizadas formal e expressamente, com prazo

suficiente para a reunião de seus membros.

Por regra, o Regimento Interno prevê tanto a composição da Comissão Representativa de recesso, quanto as

suas atribuições.

Vale lembrar que as regras da convocação, como quem tem a legitimidade para convocar, estarão previstas na

Lei Orgânica Municipal e no Regimento Interno do órgão Legislativo local.

Ressaltando ainda que todos os membros da comissão Representativa responderão por seus atos, nos limites

da competência e atribuição de cada um.

22 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

06 Regras para o Vereador que é servidor público

A Constituição Federal prevê:

“Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo,

aplicam-se as seguintes disposições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua

remuneração;

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo,

emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a

norma do inciso anterior;

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será

contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no

exercício estivesse.”

Inclusive, pela previsão da Instrução Normativa 72/2012, do TCE/PR, pode ser Servidor e Presidente da

Câmara.

Outros casos de acumulação:

• VEREADOR E ADVOGADO...

• VEREADOR E CONTADOR...

• VEREADOR E CONTROLADOR...

• VEREADOR E SECRETÁRIO...

• VEREADOR

Não pode ser removido desmotivadamente:

MANDADO DE SEGURANÇA N° 398.218-7 DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO

METROPOLITANA DE CURITIBA. (12 de junho de 2007)

Servidor Vereador pode viajar e ter faltas abonadas:

Acórdão 351/2006 do Tribunal Pleno - 30/03/2006 – TCE/PR

Vereador é contribuinte obrigatório do INSS, a partir de 18 de setembro de 2004 (lei nº 10.887/2004)

E mais:

• VEREADOR NÃO PODE OCUPAR CARGO COMISSIONADO...

• VEREADOR NÃO PODE RECEBER GRATIFICAÇÃO...

• VEREADOR NÃO PODE OCUPAR CARGO NO EXECUTIVO, MESMO SEM ÔNUS...

• VEREADOR NÃO PODE NEGOCIAR COM O MUNICÍPIO...

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TRABALHO EM EQUIPE E RELACIONAMENTO

INTERPESSOAL Elson de Mello

1.1 O QUE É TRABALHO EM EQUIPE

Trabalho em equipe é quando um grupo ou uma sociedade resolve criar um esforço coletivo para resolver um

problema. O trabalho em equipe pode ser descrito como um conjunto ou grupo de pessoas que se dedicam a realizar

uma tarefa ou determinado trabalho, por obrigação, ou não.

A denominação “trabalho em equipe” ou trabalho de grupo surgiu após a Primeira Guerra Mundial, e é um

método muitas vezes usado no âmbito político e econômico como um sistema para resolver problemas.

O trabalho em equipe possibilita a troca de conhecimento e agilidade no cumprimento de metas e objetivos

compartilhados, uma vez que otimiza o tempo de cada pessoa e ainda contribui para conhecer outros indivíduos e

aprender novas tarefas.

Um bom exemplo de uma atuação de trabalho em equipe são os esportes, onde os atletas precisam uns dos

outros para conseguir fazer gols ou pontos, a maioria dos esportes são formados por equipes, onde cada um desempenha

um papel, para atingir o todo. Muitas pessoas dizem que trabalhar em equipe é mais divertido e fácil do que trabalhar

individualmente, pois contribui muito para melhorar o desempenho de todos. Outro bom exemplo de trabalho em equipe

é o das formigas e gafanhotos, que dividem-se para pegar alimentos e se um não faz a sua parte, todo o resto fica

comprometido, dando um modelo de união e força.

Saber trabalhar em equipe é outro fator importante, e uma característica essencial para profissionais e

estudantes, as empresas valorizam muito pessoas que não pensam apenas na sua própria tarefa, e sim naqueles que

pensam nos colegas e na empresa em si.

1.1.2 Trabalho em Equipe nas Organizações

O trabalho em equipe é essencial no contexto empresarial. Quase todos os projetos apresentam melhores

resultados quando são desenvolvidos por uma equipe e não apenas por um indivíduo.

Pessoas diferentes pensam de formas diferentes, o que é essencial para estabelecer diferentes soluções para

problemas. Algumas técnicas como o brainstorming são muito usuais no âmbito do trabalho em equipe. Além disso, as

empresas aplicam diferentes dinâmicas de grupo para potenciar o trabalho em equipe.

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1.1.3 Trabalho em Equipe, Personalidade e Relacionamento

O bom funcionamento de uma equipe vai depender da personalidade de cada elemento da equipe e do

relacionamento entre eles. Alguns tipos de personalidade são mais compatíveis com outros e quando dois tipos de

personalidade compatíveis trabalham juntos, a equipe sai beneficiada.

Um ambiente saudável e agradável é também essencial para o trabalho em equipe. Desta forma, cada

elemento deve colocar a equipe em primeiro lugar e não procurar os seus próprios interesses. Além disso, é importante

haver empatia para que trabalho exercido seja o mais eficaz e prazeroso possível. Trabalhar em equipe requer muitas

horas de convivência, e por isso, a harmonia e respeito devem ser cultivados em todas as ocasiões.

1.2 DEFINIÇÃO DE GRUPO

Grupo é um conjunto de indivíduos que reunidos formam um todo. São diversas as expressões que

caracterizam os grupos, por exemplo: multidão, plateia, público, bando, marcha, panelinha, associação, equipe etc.

Em Sociologia a palavra grupo se aplica indiscriminadamente a conjuntos diferentes de pessoas, cujas

relações se fundem numa série de papeis interligados, e que interagem de modo mais ou menos padronizado e formam

os mais diversos grupos sociais, por exemplo: membros de uma igreja, grupo de professores, sócios de um clube, alunos

de uma escola etc.

A unidade de ação de um grupo social é fundamental e se produz em virtude da conduta de seus membros, a

fim de que a ação do grupo, como um todo, tenha um propósito. Por exemplo: uma equipe de futebol onde os membros

ajustam e coordenam de tal modo às atividades de cada um deles, e a equipe inteira atua como se fosse uma máquina em

busca de resultados.

A Sociologia, na análise dos grupos, classifica os grupos sociais em grupo primário e grupo secundário:

1.2.1 Grupo Primário

Grupo primário é aquele cujos componentes, em número relativamente pequeno, estão associados de maneira

íntima. Os contatos são predominantemente pessoais, visando uma convivência estreita e integral de seus membros. O

principal grupo primário é a família, e inclui também os amigos e em alguns casos a vizinhança e em certas

circunstâncias, uma sociedade inteira, necessariamente pequena.

1.2.2 Grupo Secundário

Grupo secundário é o grupo social cujos membros, geralmente em número elevado, estão associados em

virtude de interesses comuns, ou para atingir metas pré-estabelecidas. Neles os contatos são predominantemente

impessoais. O grupo secundário é um macro grupo onde predominam as formas de controle social indireto, chefiado,

geralmente, por pessoas ou instituições especializadas. Entre os grupos secundários estão a grande empresa, os

sindicatos, as associações, os partidos políticos etc.

1.2.3 Grupos Étnicos

Grupos étnicos são grupos formados de pessoas que compartilham de uma tradição cultural comum, que as

une numa entidade social isolada. De certo ponto de vista, qualquer sociedade com sua cultura particular, constitui um

grupo étnico. Mesmo no interior de muitas sociedades politicamente unificadas do mundo moderno alguns grupos

étnicos se destacam por suas práticas, crenças, religião ou linguagem, e em certos casos, também por características

físicas particulares.

2 O RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

Um dos fatores que impulsionam o sucesso da maioria das carreiras é a forma pela qual se relacionam com as

pessoas.

Não basta ser competente, é preciso saber se relacionar no trabalho e fora dele. O que parece ser uma tarefa

fácil, tem-se tornado um desafio cada vez maior para os profissionais.

A concorrência, as comunicações virtuais e as mudanças comportamentais criaram obstáculos para a chamada

relação interpessoal. A pergunta é: como superá-los para atingir equilíbrio nos relacionamentos? Essa e outras respostas

são apontadas no decorrer de nosso tema.

Neste cenário, a valorização dos relacionamentos vem tomando força no perfil profissional que as

organizações exigem. Onde se priorizava, anteriormente, experiência técnica, hoje ganhou espaço à habilidade

profissional e flexibilidade, inteligência emocional, criatividade, entre as pessoas. Não basta apenas ser um excelente

técnico, o bom profissional deve sobre tudo respeitar as diferenças de cada membro da equipe. Desta forma, refletir a

maneira de agir com as pessoas que estão diretamente a ele subordinados. Portanto, como os seus colaboradores e

líderes, como eles o percebem e avaliam.

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2. 1 CONCEITO DE RELACIONAMENTOS

O que é Relacionamento Intrapessoal e Interpessoal? Relações Intrapessoais: Nessa categoria podemos falar

de autoconhecimento, auto reflexão a fim de estudar os sentimentos e emoções, análise do processo de reações

cognitivas . Comunicação intrapessoal é a comunicação que uma pessoa tem consigo mesma – corresponde ao diálogo

interior onde debatemos as nossas dúvidas, perplexidades, dilemas, orientações e escolhas. Está de certa forma,

relacionada com a reflexão. Este é um tipo de comunicação em que o emissor e o receptor são a mesma pessoa, e pode

ou não existir um meio por onde a mensagem é transmitida. Um exemplo do primeiro tipo é a criação de diários.

Relação Interpessoal: Já a relação interpessoal é um método de interação que promove a troca de informações

entre duas ou mais pessoas. Cada pessoa, que passamos a considerar como interlocutor, troca informações e

experiências, baseadas em seu repertório cultural, sua formação educacional, vivências, emoções, toda a bagagem que

traz consigo. Na relação interpessoal uma grande ferramenta é a comunicação. Sendo assim, a comunicação

interpessoal é uma ferramenta, comunicação que permite e promove a troca de informações entre duas ou mais pessoas.

Cada pessoa, que passamos a considerar como interlocutor, troca informações baseadas em seu repertório cultural, sua

formação educacional, vivências, emoções, toda a bagagem que traz consigo. Quando uma pessoa começa a conhecer

seus pensamentos e sentimentos um novo universo se abre o que proporciona a compreensão do mundo ao redor onde

vive, pois nosso estado interno reflete diretamente em nosso mundo externo.

2.2 O IMPACTO NAS ORGANIZAÇÕES

A forma de pensar e agir dos colaboradores, sem dúvidas, influencia diretamente os relacionamentos nas

organizações. Uma vez propiciado um clima harmônico, positivo e de respeito, recebemos de volta um ambiente sadio e

sem grandes turbulências. Se ao invés disso, for criado um ambiente negativo, competitivo e pesado, terá como retorno

natural, inimizade, antipatia e desconfiança. Os resultados impactam diretamente sobre os resultados do desempenho e

crescimento organizacional e profissional da equipe.

2.2.1 As Consequências do mau humor na produtividade da equipe

À medida que as pessoas trabalham mal humoradas, perdem o foco da cooperação e integração de equipe.

Dificultando assim, a comunicação e a motivação de seus componentes. Se ao contrário disso, for usado de maturidade

emocional, como autoconhecimento, e bom senso nas ações, a auto estima se eleva e participação aumenta. Colaborando

desta forma para, um ambiente de troca e crescimento.

2.2.2 A visão de algumas organizações “canibalistas”

A cultura atual de algumas organizações com visão “canibalistas”, não utiliza essa prática de forma

profissional. Impedindo assim o crescimento e a transferência nos relacionamentos.

Desta forma, passam a maior parte do tempo, procurando consertar situações conflituosas, criadas por

inabilidades nos relacionamentos. Isso é uma constante entre colaboradores, clientes e fornecedores, prejudicando desta

forma o crescimento da organização. Ou ela muda sua política, ou sua equipe se muda de empresa. Mudando assim o

crescimento dos lucros, e uma visão menos focada no mercado.

Para evitar esse tipo de situação, é necessário investir fortemente em estratégias que possibilitem a mudança

física e cultural em toda a esfera organizacional, investindo em programas de melhoramento na área de gestão de

pessoas. Com o intuito de preparar liderança e colaboradores para uma cultura favorável à administração de conflitos.

2.2.3 Os benefícios do bom relacionamento entre a equipe

Desenvolver um bom nível de relacionamento com todas as pessoas é uma responsabilidade pessoal e

organizacional. Um bom clima organizacional, que incentiva o relacionamento saudável entre os colaboradores, torna a

competição e concorrência benéficas.

Para que cada membro da equipe possa se conhecer melhor, é preciso um ambiente de confiança, uma troca

constante de experiências.

3 O RESPEITO PELAS PESSOAS

O QUE É UM ASSÉDIO MORAL- Lei Contra o Assedio Moral - Lei 12250/06 | Lei nº 12.250, de 9 de fevereiro

de 2006

a. Conceito: É um sentimento de ser ofendido/a, menosprezado/a, rebaixado/a,

inferiorizado/a, submetido/a, vexado/a, constrangido/a e ultrajado/a pelo outro/a. É sentir-se um ninguém, sem valor,

inútil. Magoado/a, revoltado/a, perturbado/a, mortificado/a, traído/a, envergonhado/a, indignado/a e com raiva. A

humilhação causa dor, tristeza e sofrimento.

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3.1.1 E o que é assédio moral no trabalho

É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras,repetitivas e

prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas

autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de

um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de

trabalho e a organização,forçando-o a desistir do emprego.

Caracteriza-se pela degradação deliberada das condições de trabalho em que prevalecem atitudes e

condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados, constituindo uma experiência subjetiva que acarreta

prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a organização. A vítima escolhida é isolada do grupo sem

explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos pares.

Estes, por medo do desemprego e a vergonha de serem também humilhados associado ao estímulo constante à

competitividade, rompem os laços afetivos com a vítima e, frequentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos do

agressor no ambiente de trabalho, instaurando o ’pacto da tolerância e do silêncio’ no coletivo, enquanto a vitima vai

gradativamente se desestabilizando e fragilizando, ’perdendo’ sua auto estima.

b. O QUE NÃO É UM ASSÉDIO MORAL

Situações eventuais - A principal diferença entre assédio moral e situações eventuais de humilhação,

comentário depreciativo ou constrangimento contra o trabalhador é a frequência, ou seja, para haver assédio moral é

necessário que os comportamentos de quem assedia sejam repetitivos. Um comportamento isolado ou eventual não é

assédio moral, embora possa produzir dano moral.

4. O BOM SENSO ACIMA DE APENAS RESULTADOS –BOAS MANEIRAS

Infelizmente, ainda existem gestores que utilizam a antiga frase: “o problemas pessoais, ficam atrás da porta,

aqui somos profissionais”. Esse tipo de pensamento já perdeu força no mercado, uma vez que não existe “ profissional

máquina”, afinal somos seres humanos dotados de sentimentos e emoções e que nos relacionamos com outras pessoas,

que também possuem essas mesmas características. Os colabores motivados, já está comprovado, têm maiores

resultados produtivos. Os gestores, têm um desafio, aprender a cada momento, equilibrar, canalizar a motivação para a

alta produtividade.

a) Auto – Conhecimento - Em filosofia, o autoconhecimento ou conhecimento de si é um objeto de

investigação epistemológica ou é a finalidade de uma busca de natureza ética. Quando visto como objeto da

investigação epistemológica, o que se busca é a explicação de como e o que é conhecido. Quando visto como projeto

ético, o que se busca é a realização de algo que leve o sujeito a ser mestre de si mesmo e, consequentemente, um ser

humano melhor. O autoconhecimento algumas vezes é obtido através da meditação, que é uma prática oriunda da ioga, e

da psicoterapia (como a psicanálise, entre outras).

b) Cordialidade – Cortesia, hospitalidade – Antônimo = Desacolhido, descortesia, inospitalidade.

c) Colaboração - O termo colaboração remete à ideia de uma atividade realizada de forma cooperativa entre dois ou

mais indivíduos. Com o advento da internet, diversos sistemas colaborativos especializados puderam ser criados e/ou

aprimorados, em especial após o surgimento da Web 2.0 e a disseminação de licenças livres.

d) Empatia - Na psicologia e nas neurociências contemporâneas a empatia é uma "espécie de inteligência emocional" e

pode ser dividida em dois tipos: a cognitiva - relacionada com a capacidade de compreender a perspectiva psicológica

das outras pessoas; e a afetiva - relacionada com a habilidade de experimentar reações emocionais por meio da

observação da experiência alheia.

Pesquisas indicam que a empatia tem uma resposta humana universal, comprovada fisiologicamente. Dessa forma pode

ser tomada como causa do comportamento altruísta, uma vez que predispõe o indivíduo a tomar atitudes altruístas.

e) Assertividade - É a qualidade de algo ou alguém de fazer uma afirmação enfática sobre algo, e por ser uma

afirmação, não significa que esteja correta ou errada, apenas que é defendida fortemente por uma pessoa.

f) Assertividade Segundo as doutrinas Corporativas - É a habilidade social de fazer afirmação dos próprios direitos

e expressar pensamentos, sentimentos e crenças de maneira direta, clara, honesta e apropriada ao contexto, de modo a

não violar o direito das outras pessoas.[2]

A postura assertiva é uma virtude, pois se mantém no justo meio-termo entre

dois extremos inadequados, um por excesso (agressão), outro por falta (submissão). Ser assertivo é dizer "sim" e "não"

quando for preciso.

Pessoas com comportamento mais assertivo sentem menos ansiedade, tem maior grau de internalidade segundo o

critério de locus de controle de Levenson e melhor auto estima.[4]

Conviver com pessoas assertivas também aumenta a

autoestima e diminui a agressividade.

g) Harmonia - É também um conceito musical relacionado com a emissão simultânea de diferentes frequências. Ela

trabalha com as sonoridades resultantes da sobreposição de diferentes notas. Na harmonia tradicional, geralmente esses

resultados são separados em consonantes ou dissonantes, porém essa classificação tem-se tornado cada vez menos maniqueísta. A harmonia pode ser entendida como o relacionamento vertical do som num pentagrama, enquanto a

melodia e o contraponto cuidam do relacionamento horizontal das notas.

h) Comprometimento Organizacional - É a identificação e envolvimento do indivíduo com uma determinada

organização[1]

. Segundo Mowday et al. (1979) comprometimento organização é definido (1) como forte crença e

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aceitação dos valores da empresa; (2) vontade de usar suas habilidades e esforço em benefício da organização; e (3)

intensa disposição de permanecer na organização.

i) Ética - A palavra "ética" vem do grego ethos e significa aquilo que pertence ao "bom costume", "costume superior",

ou "portador de caráter". Princípios universais, ações que acreditamos e não mudam independentemente do lugar onde

estamos.

Diferencia-se da moral pois, enquanto esta se fundamenta na obediência a costumes e hábitos recebidos,

a ética, ao contrário, busca fundamentar as ações morais exclusivamente pela razão.

5 A COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL

É um método de comunicação que promove a troca de informações entre duas ou mais pessoas. Cada pessoa,

que passamos a considerar como, interlocutor, troca informações baseadas em seu repertório cultural, sua formação

educacional, vivências, emoções, toda a "bagagem" que traz consigo. O processo de comunicação prevê,

obrigatoriamente, a existência mínima de um emissor e de um receptor. Cada qual tem seu repertório cultural exclusivo

e, portanto, transmitirá a informação segundo seu conjunto de particularidades e o receptor agirá da mesma maneira,

segundo o seu próprio filtro cultural.

4.1 FERRAMENTOS OTIMISSAM A COMUNICAÇÃO

A fim de minimizar esses choques culturais, convencionou-se ferramentas e meios de múltiplas utilizações que

passam a ser usados pelas pessoas na comunicação interpessoal. Como exemplo de ferramenta, podemos considerar a

fala, a mímica, os computadores, a escrita, a língua, os telefones e o rádio.

4.2 A IMPORTÂNCIA DAS REDES SOCIAIS E DE TRABALHO – MOBILIDADE

O acesso digital no Brasil tem evoluído de forma gigantes, considerando isso uma grande inclusão social para

todas as classes que aspiram essa inclusão. É um caminho sem volta, um sucesso! Através dele podemos alugar,

comprar, vender, transferir, obter segundas vias de contas a pagar, certidões negativos e até nos graduar. Redes

profissionais se formam, se orientam e sobre tudo, indicam novos serviços.

6 GESTÃO DE CONFLITOS

Gestão de conflitos é a parte da gestão de uma organização especializada na administração dos conflitos entre

indivíduos, entre indivíduos e grupos internos à organização, entre grupos pertencentes à organização ou conflitos da

organização com outras organizações, através de utilização de técnicas, práticas e processos. Para determinar como esta

gestão deve ser feita, existe a necessidade de estudar o processo do conflito, seu início e estágios.

Os conflitos existem desde o início da humanidade, fazem parte do processo de adaptação e desenvolvimento

dos seres humanos e são necessários para o crescimento de qualquer sistema familiar, social, político e organizacional.

É possível pensar as inúmeras alternativas para indivíduos e grupos lidarem com os conflitos. Estes podem ser

ignorados ou abafados, ou sanados e transformados num elemento auxiliar no desenvolvimento e crescimento de uma

sociedade ou organização.

Se observarmos a história, até há pouco tempo a ausência de conflitos era encarada como expressão de bom

ambiente, boas relações e, no caso das organizações, como sinal de competência.

Alguns profissionais viam o conflito de forma negativa, como resultante da ação e do comportamento de

pessoas indesejáveis, associado à agressividade, ao confronto físico e verbal e a sentimentos negativos, os quais eram

considerados prejudiciais ao bom relacionamento entre as pessoas e, consequentemente, ao bom funcionamento das

organizações.

6.1 UMA VISÃO POSITIVA DO CONFLITO

O conflito é fonte de ideias novas, podendo levar a discussões abertas sobre determinados assuntos, o que se

revela positivo, pois permite a expressão e exploração de diferentes pontos de vista, interesses e valores.

Em alguns momentos, e em determinados níveis, o conflito pode ser considerado necessário se não se quiser

entrar num processo de estagnação. Desta forma, os conflitos não são necessariamente negativos; a maneira como

lidamos com eles é que pode gerar algumas reações.

A gestão de conflitos consiste exatamente na escolha de estratégias mais adequadas para se lidar com cada

tipo de situação.

Para entender um pouco mais a visão positiva de conflito melhor conceituá-lo aqui como um processo onde

uma das partes envolvidas percebe que a outra parte frustrou ou irá frustrar os seus interesses. Isto quer dizer que no dia-

a-dia vivemos o conflito de diferentes maneiras: quantas vezes as pessoas não atravessam nosso caminho, dificultando

ou mesmo impedindo o sucesso de nossos objetivos? Assim, o conflito não deve ser visto apenas como impulsionador

de agressões, disputas ou ataques físicos, mas como um processo que começa na nossa percepção e termina com a

adoção de uma ação adequada e positiva.

28 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

6.2 CAUSAS POSSÍVEIS DO CONFLITO

Para a correta administração do conflito é importante que sejam conhecidas as possíveis causas que levaram ao seu

surgimento. Dentre elas, é possível cita como segue.

6.2.1 Experiência de frustração de uma ou ambas as partes

Incapacidade de atingir uma ou mais metas e/ou de realizar e satisfazer os seus desejos, por algum tipo de

interferência ou limitação pessoal, técnica ou comportamental;

6.2.2 Diferenças de personalidade

São invocadas como explicação para as desavenças tanto no ambiente familiar como no ambiente de trabalho,

e reveladas no relacionamento diário através de algumas características indesejáveis na outra parte envolvida;

6.2.3 Metas diferentes

É muito comum estabelecermos e/ou recebermos metas/objetivos a serem atingidos e que podem ser

diferentes dos de outras pessoas e de outros setores, o que nos leva à geração de tensões em busca de seu alcance;

A administração de conflitos consiste exatamente na escolha das estratégias mais adequadas para se lidar com

cada tipo de situação. As diferenças em termos de informações e percepções: costumeiramente tendemos a obter

informações e analisá-las à luz dos nossos conhecimentos e referenciais, sem levar em conta que isto ocorre também

como outro lado com quem temos de conversar e/ou apresentar nossas ideias, e que este outro lado pode ter uma forma

diferente de ver as coisas.

6.3 COMO ADMINISTRAR OS CONFLITOS

Para uma eficaz resolução dos conflitos é preciso compatibilizar alguns passos a ser seguido, conhecer e

aplicar alguns saberes e, também,

E desta forma, definir o estilo a ser adotado.

Os seguintes passos são considerados de suma importância:

a) criar uma atmosfera afetiva;

b) esclarecer as percepções;

c) focalizar em necessidades individuais e compartilhadas;

d) construir um poder positivo e compartilhado;

e) olhar para o futuro e, em seguida, aprender com o passado;

f) gerar opções de ganhos mútuos;

g) desenvolver passos para a ação a ser efetivada;

h) estabelecer acordos de benefícios mútuos.

6.3.1 Saber comunicar

Para que a negociação possa ocorrer, é necessário que ambas as partes tenham as seguintes capacidades. Saber

comunicar, porque sem diálogo, não há comunicação nem solução possível para os problemas. A maioria dos erros,

omissões, irritações, atrasos e conflitos são causados por uma comunicação inadequada.

6.3.2 Saber ouvir

Ouvir atentamente, pois metas e intenções não compreendidas levam sempre a uma resolução sem sucesso.

Demonstrar interesse genuíno pela pessoa que fala e pelo assunto, evita a crítica ou tentar dirigir a conversa.

Adotar uma posição afirmativa, mostrando respeito pela outra pessoa.

6.3.3 Saber perguntar

Saber perguntar é outra faceta do ouvir ativamente, pois quem faz boas perguntas, conduz a conversa. Quanto

ao estilo a ser adotado, é recomendável adotar um estilo que leve à solução do conflito da forma mais pacífica possível.

O que vai definir seu atual estilo de administrar conflitos está diretamente ligado a duas importantes características de

comportamento: assertividade e cooperação.

6..4 POSSIBILIDADES DE ENCAMINHAMENTOS

No processo de resolução do conflito podem ocorrer diferentes encaminha- mentos, que tendem a levar a

diferentes resultados.

29 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

6.4.1 Formas de condução e Resultados para as partes conflitantes

a) Fuga: o conflito é reprimido ou negado, em virtude do sofrimento que, ao assumi-lo, pode representar; ou a busca de

sua solução é evitada, através de afastamento, recuo, dentre outros.

Solução possível: Desenvolver um ambiente afetivo, onde gere respeito pelas ideias, e atitudes. Não desistir na

primeira tentativa.

b) Impasse: quando se dá uma paralisia, devido a uma incapacidade de qualquer natureza, ou quando pelo menos uma

das partes não se dispõe a fazer concessões.

Desistência da resolução do conflito.

Solução possível: Ao gestor cabe, apresentar uma condição de negociação, ensinando as etapas dessa negociação

para ambas as partes. Considerar uma visão de futuro para ambos os lados.

c) Processo de negociação mal conduzido: dificuldade em colocar-se no lugar da outra parte, abrir mão de vantagens ou

pontos de vista pessoais, de conceder, negociar, cooperar.

Solução possível: Para resolver esse impasse o gestor deve antes estudar com cada grupo os benefícios e

consequências que impactará a cada grupo no sentido organizacional. Entender que os processos devem ser respeitados.

d) Processo de conciliação em que ambas as partes foram fazendo concessões, negociando perdas e ganhos de forma

mais equitativa possível.

e) Processo de integração em que se deu um alargamento da visão do conflito, levando as partes a analisar novas

perspectivas, superar os seus interesses e cooperar, em benefício de um bem coletivo maior ou do alcance de resultados

que irão beneficiar o trabalho conjunto e a cooperação entre si.

Resultados para as partes conflitantes

a) Perde-perde.

b) Frustração para ambas as partes.

c) Perde-ganha ou vitória-derrota: Resultado insatisfatório; inviabiliza ou dificulta um relacionamento aberto e sem

ressentimentos; ruptura, frustração para as partes.

d) Ganha-ganha: Resultado satisfatório em que as partes saem satisfeitas do acordo;

e) Consolidação do relacionamento e abertura para futuras negociações.

7 MARKETING PESSOAL

Marketing Pessoal é uma estratégia atual cujo objetivo é orientar os profissionais de qualquer categoria a

manter sua posição no emprego que têm ou a conquistar nova posição no mercado de trabalho, utilizando técnicas

adequadas e atuais, que sejam esclarecidas, competitivas e levem, de fato, à vitória desejada. Essas técnicas incluem sua

formação profissional, experiência, boa apresentação de seu currículo até sua forma de vestir, de falar, sua postura, sua

entrevista com o selecionador, seu comportamento pessoal.

Resumindo: Marketing Pessoal é um conjunto de estratégias programadas de forma consciente para (a) manter

a própria situação profissional; (b) conquistar a posição desejada no mercado de trabalho; (c) manter a empregabilidade

de forma permanente.

Hoje, não há mais lugar para a passividade, para manter a expectativa de que a empresa continuará

paternalista nos protegendo e nos conduzindo a posições mais altas e com melhor remuneração. Esse tempo acabou. O

que vale agora é a competitividade. Cada um de nós é responsável pelo seu sucesso pessoal e profissional. Somos

solicitados a ser empreendedores, a ser vencedores onde quer que estejamos. Para isso, necessitamos conhecer o

mercado, entender as mudanças e empregar técnicas também competitivas e adequadas. Para meditar Houve uma época

em que você era contratado para trabalhar em uma grande empresa, em uma carreira para toda a vida. Não havia

necessidade de se preocupar muito com sua carreira. A empresa faria isso para você. Bem, as coisas eram assim no

passado. No mundo de hoje, de competição acirrada, o lema é cada um por si. Você não pode confiar que a empresa

tome conta de você orque ela mesma não pode estar segura de que continuará a existir por tempo suficiente para isso.

Você tem de tomar conta de si mesmo (All Ries, 1991, p. 1). Portanto, para competir é preciso abandonar velhos

paradigmas, a forma tradicional de pensar que tudo continuará como no passado. As mudanças estão acontecendo com

rapidez incrível e quem não perceber isso e não procurar se adaptar à nova realidade ficará a ver navios ou vivendo de

modo nefelibático (nas nuvens).

Conclusão: “você não pode ficar esperando que a sua empresa tome conta de você. Ela está lutando pela sua

própria sobrevivência. Para ter sucesso hoje, você deve ver a si mesmo como um produto e não como um empregado. A

sua carreira está em suas próprias mãos e não nas mãos do simpático gerente de recursos humanos” (All Ries, 1991,p.2).

Bibliografias

http://www.significados.com.br/trabalho-em-equipe/ - acesso em 08.06.2016 – 15:32h.

http://www.significados.com.br/grupo/ - acesso em 08.06.2016. – 15:25h.

Disponível em: <http://dicionariocriativo.com.br/sinonimos-e-antonimos/cordialidade>. Acesso em: 13/06/2016.

Disponível em: <http://dicionariocriativo.com.br/sinonimos-e-antonimos/cordialidade>. Acesso em: 13/06/2016.

MELLO, Elson de – Apostila Gestão de Conflitos nas Organizações – 2014 – Unipublica Brasil.

MELLO, Elson de, - Apostila A Relação Interpessoais nas Organizações – 2014 – Unipublica Brasil.

30 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

Parabéns por estudar!

Agora você faz parte da classe capacitada, que contribui para o progresso nos

serviços públicos, obrigado por escolher a Unipública!

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ANOTAÇÕES:

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EM CASO DE EMERGÊNCIA

35 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR

Se preferir, escreva seu nome:_______________________Cidade:___________________

Por favor, registre sua sincera opinião quanto à escola, queremos fazer ainda melhor!

1º Qual sua avaliação geral (seriedade, acomodações, valor de matrícula, etc.) da escola?

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

2º Qual sua avaliação para aula do professora Lucymara de Andrade Correia?

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

3º Qual sua avaliação para aula do professor Jonias de O. e Silva?

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

4º Qual sua avaliação para aula do professor Elson de Mello?

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

5º Qual sua avaliação geral para este curso:

( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100

6º Por favor, deixe sua sugestões, crítica ou elogio à escola e/ou Professores:

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7º Quais outros temas podemos lhe atender? Toda semana avaliamos esta demanda e

viabilizamos os próximos cursos:

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Muito Obrigado! Com certeza vamos levar em consideração sua opinião, faremos nosso melhor sempre!