Upload
lykiet
View
213
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Câmaras Municipais
Rotinas do Dia-a-Dia
Dia 29 - das 13h30 às 17h
Como Realizar Audiências Públicas
Dia 30 - das 9h às 12h
Estudo dos Atos Legislativos na Câmara Municipal
Dia 30 - das 13h30 às 17h
Temas Especiais: Convocações, Afastamentos,
Recesso e Vereador/Servidor
Dia 1 - das 9h às 11h
Trabalho em Equipe e Relacionamento Interpessoal
Nome:
A Unipública
Conceituada Escola de Gestão Municipal do sul do país, especializada em capacitação e treinamento de agentes
públicos atuantes em áreas técnicas e administrativas de prefeituras, câmaras e órgãos da administração indireta, como fundos,
consórcios, institutos, fundações e empresas estatais nos municípios.
Os Cursos
Com diversos formatos de cursos técnicos presenciais e à distância (e-learning/online), a escola investe na qualidade
e seriedade, garantindo aos alunos:
- Temas e assuntos relevantes e atualizados ao poder público
- Professores especializados e atuantes na área (Prática)
- Certificados de Participação digitalizado
- Material complementar de apoio (leis, jurisprudências, etc)
- Tira-dúvidas durante realização do curso
- Controle biométrico de presença (impressão digital)
- Atendimento personalizado e simpático
- Rigor no cumprimento de horários e programações
- Fotografias individuais digitalizadas
- Apostilas e material de apoio
- Coffee Breaks em todos os períodos
-Acesso ao AVA (Ambiente Virtual do Aluno)para impressão de certificado, grade do curso, currículo completo dos
professores, apostila digitalizada, material complementar de apoio de acordo com os temas propostos nos cursos, chat
entre alunos e contato com a escola.
Público Alvo
- Servidores e agentes públicos (secretários, diretores, contadores, advogados, controladores internos, assessores,
atuantes na área de licitação, recursos humanos, tributação, saúde, assistência social e demais departamentos) .
- Autoridades Públicas, Vereança e Prefeitos (a)
Localização
Nossa sede está localizada em local privilegiado da capital do Paraná, próximo ao Calçadão da XV, na Rua Des.
Clotário Portugal nº 39, com estrutura própria apropriada para realização de vários cursos simultaneamente.
Feedback
Todos os cursos passam por uma avaliação criteriosa pelos próprios alunos, alcançando índice médio de satisfação
9,3 no ano de 2014, graças ao respeito e responsabilidade empregada ao trabalho.
Transparência
Embora não possua natureza jurídica pública, a Unipública aplica o princípio da transparência de seus atos mantendo
em sua página eletrônica um espaço específico para esse fim, onde disponibiliza além de fotos, depoimentos, notas de
avaliação dos alunos e todas as certidões de caráter fiscal, técnica e jurídica.
Qualidade
Tendo como principal objetivo contribuir com o aperfeiçoamento e avanço dos serviços públicos, a Unipública
investe no preparo de sua equipe de colaboradores e com rigoroso critério, define seu corpo docente.
Missão
Preparar os servidores e agentes, repassando-lhes informações e ensinamentos gerais e específicos sobre suas
respectivas áreas de atuação e contribuir com:
a) a promoção da eficiência e eficácia dos serviços públicos
b) o combate às irregularidades técnicas, evitando prejuízos e responsabilizações tanto para a população quanto para
os agentes públicos
c) o progresso da gestão pública enfatizando o respeito ao cidadão
Visão
Ser a melhor referência do segmento, sempre atuando com credibilidade e seriedade proporcionando satisfação aos
seus alunos, cidadãos e entidades públicas.
Valores
Reputação ilibada
Seriedade na atuação
Respeito aos alunos e à equipe de trabalho
Qualidade de seus produtos
Modernização tecnológica de metodologia de ensino
Garantia de aprendizagem
Ética profissional
SEJA BEM VINDO, BOM CURSO!
Telefone (41) 3323-3131 / Whats (41) 8852-8898
www.unipublicabrasil.com.br
Programação:
Como Realizar Audiências Públicas
Dia 29 - das 13h30 às 17h
1 O que é Audiência Pública?
1.1 Conceito
1.2 Histórico
1.3 Importância
2 Quando é obrigatória?
3 Quem deve convocá-la?
4 Como deve ser o planejamento?
5 Como atrair público?
6 Como deve ser o Cerimonial de realização:
a) O Roteiro (checklist)
b) Montagem de Mesa (arranjos do móvel)
c) Apresentações
d) Vestimenta
e) A escolha do Mestre de Cerimônias
f) Símbolos Nacionais (Uso e disciplina)
g) A recepção de autoridades
h) Composição de mesa
i) Ordem de Precedência na solenidade:
j) Citações (uso dos pronomes de tratamento)
k) O controle do tempo
l) Fila de cumprimentos
7 Estudos de casos
8 Dinâmicas práticas
Estudo dos Atos Legislativos na Câmara Municipal
Dia 30 - das 9h às 12h
1 O que é ato legislativo?
2 Quais espécies existem na Câmara Municipal?
3 Quais as diferenças e objetivos desses atos?
a) Leis ordinárias
b) Leis complementares
c) Emenda à Lei Orgânica
d) Decreto legislativo
e) Resolução
f) Portaria
g) Ato da Mesa
h) Requerimento
i) Indicação
j) Moção
k) Títulos e comendas
l) Outros
4 Como devem ser confeccionados?
5 Modelos e Minutas (fornecidos no curso)
Temas Especiais: Convocações, Afastamentos, Recesso e Vereador/Servidor
Dia 30 - das 13h30 às 17h
1 Quais os procedimentos técnicos para as Convocações:
a) Do prefeito?
b) De secretários?
c) De particulares?
d) De autoridades de outros poderes?
e) De servidor público municipal?
f) Do suplente de vereador?
g) Do vice prefeito para assumir o cargo de prefeito?
h) Para sessão extraordinária?
2 Como proceder nos Afastamentos dos Vereadores:
a) Para tratamento de saúde?
b) Para assumir como secretário?
c) Por falecimento?
d) Por aposentadoria?
e) Por renúncia?
f) Por ordem judicial?
g) Por cassação pela própria câmara?
h) Preventivo (pelo judiciário ou pela própria câmara)?
3 Regras para os suplentes:
a) Quando e como deverá ser convocado?
b) Até quando permanece no cargo?
c) Quais serão seus direitos e obrigações?
d) Ele pode assumir comissões e Mesa Diretora?
4 Regras para o vice-presidente da Mesa:
a) Pode exercer atribuições de gestão?
b) Se o presidente for afastado terá novas eleições?
c) Os atos praticados por ele na interinidade prevalecerão?
d) Pode receber o subsídio diferenciado?
e) Pode assumir o Executivo se o prefeito for afastado?
f) Pode ser reeleito?
g) Pode ser destituído?
5 Regras do recesso
6 Regras para o Vereador que é servidor público
Trabalho em Equipe e Relacionamento Interpessoal
Dia 1 - das 9h às 11h
1 O Relacionamento Interpessoal
2 As boas maneiras:
a) Auto conhecimento
b) Cordialidade
c) Colaboração
d) Empatia
e) Assertividade
f) Harmonia
g) Comprometimento
h) Ética
3 A Comunicação Interpessoal:
a) Os canais diretos
b) Meios modernos de relacionamento à distância
c) As melhores técnicas de comunicação
4 Trabalho em Equipe
5 Gestão de Conflitos
6 Marketing Pessoal
7 Networking
Professores:
Lucymara de Andrade Correia: Mestre de Cerimônias – Pedagoga com Especialização em Gestão de Pessoas.
Jonias de O. e Silva: Advogado e Consultor - Especialista em Administração Pública e Direito Constitucional.
Elson de Mello: Professor e Consultor - Especialista em Gestão Empresarial e Marketing Político.
Sumário
COMO REALIZAR AUDIÊNCIAS PÚBLICAS .................................................................................... 1
ESTUDO DOS ATOS LEGISLATIVOS NA CÂMARA MUNICIPAL ............................................. 13
TEMAS ESPECIAIS: CONVOCAÇÕES, AFASTAMENTOS, RECESSO E
VEREADOR/SERVIDOR ....................................................................................................................... 19
TRABALHO EM EQUIPE E RELACIONAMENTO INTERPESSOAL .......................................... 23
1 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
COMO REALIZAR AUDIÊNCIAS PÚBLICAS Lucymara de Andrade Correia
I) O que é Audiência Pública?
a) Conceito
Essa prática representa um avanço democrático pois implica na mudança da democracia representativa para a
democracia participativa–cm a efetiva discussão dos problemas de relevante interesse social, exercendo-se um diálogo
com os diversos atores sociais. Essa maneira de agir só tende a fortalecer o regime democrático, onde a participação de
todos é valorizada na busca da solução dos problemas que afligem o dia-a-dia do cidadão.
A audiência pública administrativa é um instrumento colocado à disposição dos órgãos públicos para , dentro
de sua área de atuação, promover um diálogo com os atores sociais, com o escopo de buscar alternativas para a solução
de problemas que contenham interesse público relevante. Também pode servir como instrumento para colheita de mais
informações ou provas (depoimentos, opiniões de especialistas, documentos, etc) sobre determinados fatos.
Nesse evento, também podem ser apresentadas propostas e críticas.
Sem dúvida, esse diálogo democrático, promovido entre os atores sociais, torna mais fácil a solução do
conflito social. Com a participação de todos, é mais fácil encontrar um caminho que, se não agrada a todos, pelo menos
valorizou o diálogo social, os envolvidos tiveram a possibilidade de participação no debate e na construção de
alternativas para solucionar o problema que os aflige.
Esclareça-se que nas audiências públicas, os órgãos públicos não se submetem à vontade da sociedade, mas
estão abertos para ouvir a todos e também colaborar em na busca de uma solução que traga menos traumas.
Deve ser elaborado um regulamento para gerir a audiência pública, disciplinando a forma como se dará o
diálogo com a sociedade.
Assim, no despacho RVMD, Brasília, V. 5, nº 2, p. 356-384, Jul-Dez, 2011 360
Que define a necessidade da realização da audiência pública, deverá ser consignado:
quem presidirá a audiência pública;
data de início e término dos trabalhos;
pessoas que serão notificadas a comparecer à audiência pública;
número de pessoas que serão ouvidas (defensores e opositores em número igualitário) e respectivo prazo de cada um;
prazo para a indicação de pessoas a serem ouvidas;
2 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
forma como a população poderá se manifestar–se por escrito ou oralmente, neste caso, indicando o prazo de cada
um;
ampla divulgação pelos meios de comunicação;
a forma como será efetuado o registro dos trabalhos(ata, vídeo e áudio);
esclarecer se será entregue notificação recomendatória aos presentes;
a forma como será divulgada a conclusão da audiência pública; etc.
a audiência pública constitui uma importante contribuição para a passagem de uma democracia representativa para
uma democracia participativa. A primeira depositava toda a responsabilidade que deriva do exercício do governo
exclusivamente na parcela da sociedade integrada pelos governantes; os governados quedavam num tipo de posição passiva, de meros espectadores, carentes de capacidade de iniciativa, controle ou decisão. Já a audiência trata de tirar
os governados da letargia e de levá-los a tomar responsabilidades, a assumir um papel que deles exige protagonismo e que ajuda a compatibilizar posições adversas e gerar o melhor conhecimento recíproco entre os distintos setores da
sociedade; [...]pode-se concluir que as audiências públicas não só têm servido como resposta aos reclamos dos
cidadãos como também permitem que as autoridades melhorem a qualidade da gestão pública.
Daniel Alberto Sabsay e Pedro Tarak
A audiência pública é uma das formas de participação e de controle popular da Administração Pública no Estado
Social e Democrático de Direito. Ela propicia ao particular a troca de informações com o administrador, bem assim o
exercício da cidadania e o respeito ao princípio do devido processo legal em sentido substantivo. Seus principais traços
são a oralidade e o debate efetivo sobre matéria relevante, comportando sua realização sempre que estiverem em jogo
direitos coletivos. A legislação brasileira prevê a convocação de audiência pública para realização da função
administrativa, dentro do processo administrativo, por qualquer um dos Poderes da União, inclusive nos casos
específicos que versam sobre meio ambiente, licitações e contratos administrativos, concessão e permissão de serviços
públicos, serviços de telecomunicações e agências reguladoras. Constitui, ainda, instrumento de realização da missão
institucional do Ministério Público e subsídio para o processo legislativo e para o processo judicial nas ações de controle
concentrado da constitucionalidade das normas.
Audiência pública é um instrumento que leva a uma decisão política ou legal com legitimidade e transparência.
Cuida-se de uma instância no processo de tomada da decisão administrativa ou legislativa, através da qual a autoridade
competente abre espaço para que todas as pessoas que possam sofrer os reflexos dessa decisão tenham oportunidade de
se manifestar antes do desfecho do processo. É através dela que o responsável pela decisão tem acesso, simultaneamente
e em condições de igualdade, às mais variadas opiniões sobre a matéria debatida, em contato direto com os interessados.
Tais opiniões não vinculam a decisão, visto que têm caráter consultivo, e a autoridade, embora não esteja obrigada a
segui-las, deve analisá-las segundo seus critérios, acolhendo-as ou rejeitando-as.
Na Administração Pública a audiência pública – instrumento de conscientização comunitária - funciona como
veículo para a legítima participação dos particulares nos temas de interesse público. Então, de um lado, tem-se uma
metodologia de esclarecimento de determinadas questões através da presença dos interessados, e, de outro, uma
Administração que, anteriormente, se mantinha distante dos assuntos cotidianos dos cidadãos, e, agora, se preocupa com
o interesse comum, a exemplo do serviço público de eletricidade.
c) Histórico
d) Importância
É um instrumento de participação popular, garantido pela constituição federal de 1988 e regulado por Leis
Federais, constituições estaduais e leis orgânicas municipais. A realização de audiências públicas é um dever dos órgãos
públicos e um direito dos cidadãos. É uma forma importante da sociedade civil fazer parte das decisões do Estado,
influenciando-o e controlando-o. Por meio delas, o estado disponibiliza informações, esclarece dúvidas, abre debates e
presta contas à sociedade sobre ações e projetos públicos de relevante impacto ou interesse social.
É um espaço onde os poderes Executivo e legislativo ou o Ministério Público podem expor um tema e debater
com a população sobre a formulação de uma política pública, a elaboração de um projeto de lei ou a realização de
empreendimentos que podem gerar impactos à cidade, à vida das pessoas e ao meio ambiente. São discutidos também,
em alguns casos, os resultados de uma política pública, de leis, de empreendimentos ou serviços já implementados ou
em vigor.
Geralmente, a Audiência é uma reunião com duração programada, coordenada pelo órgão competente ou em
conjunto com entidades da sociedade civil que a demandaram. Nela apresenta-se um tema e a palavra é dada aos
cidadãos presentes para se manifestarem.
Convém, de logo, distinguir audiência pública de consulta pública. Embora ambas constituam formas de
participação popular na gestão e controle da Administração Pública, não se confundem.
A audiência pública propicia o "debate público e pessoal por pessoas físicas ou representantes da sociedade
civil", considerado "o interesse público de ver debatido tema cuja relevância ultrapassa as raias do processo
administrativo e alcança a própria coletividade" (30). Cuida-se, no fundo, de modalidade de consulta pública, com a
particularidade de se materializar através de "debates orais em sessão previamente designada para esse fim" (31). A
oralidade, portanto, é seu traço marcante.
3 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
A consulta pública, por seu turno, tem a ver com o interesse da Administração Pública em "compulsar a
opinião pública através da manifestação firmada através de peças formais, devidamente escritas, a serem juntadas no
processo administrativo"
2) Quando é obrigatória?
Todas as vezes que a Administração Pública resolve limitar o exercício de direitos individuais, deve assegurar
ao interessado o direito de ser previamente ouvido, relacionando-se essa garantia com o direito de defesa, o princípio do
contraditório e com o devido processo legal
Esse princípio clássico da audiência prévia se projeta para a audiência pública, como regra de validade quase
universal, expressando a garantia constitucional do devido processo legal em sentido substantivo (20), visto que ela deve
se realizar antes de ser adotada uma providência de caráter geral, tal a edição de normas jurídicas administrativas ou
mesmo legislativas e a aprovação de projetos de grande impacto ambiental.
Com efeito, além de efetivar a garantia de receber informações da Administração e de ser ouvido por ela, a
audiência pública também possibilita o pleno exercício da defesa e do contraditório pelo cidadão, individualmente ou
através de associações
De acordo com o a Constituição Federal de 1988:
O poder Executivo deve realizar Audiências Públicas durante o planejamento municipal, na gestão da seguridade
social, na gestão da saúde pública, na formulação
De acordo com algumas leis federais, deverá haver audiência pública quando:
No início de processo de licitação, sempre que o valor estimado for superior a 100 vezes o limite previsto para a
mesma lei (Lei Federal 8666/93)
Nos casos de processo de licenciamento ambiental, que provoquem significativo impacto ambiental, como, por
exemplo, para a construção de hidrelétricas, presídios, lixões, etc.... sempre que o órgão ambiental julgar necessário, ou
quando for solicitado por entidade civil, pelo Ministério Público ou por 50 ou mais cidadãos (Resolução nº 009/1987 do
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente).
Para debater os temas necessários para o poder público em qualquer momento de um processo administrativo (Lei
Federal nº 9784/99)
Na demonstração e avaliação do cumprimento das metas fiscais de responsabilidade do poder Executivo (prestação
de contas) para cada quadrimestre. Essas deverão acontecer no final dos meses de maio, setembro e fevereiro de cada
ano (Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei complementar nº 101/00)
No processo de elaboração do Plano Diretor e discussão de projetos de grande impacto (Estatuto da Cidade – Lei
Federal nº 10.257/01 e Resolução nº 25 do conselho Nacional das Cidades).
Para a garantia dos direitos difusos e coletivos junto aos órgãos públicos dos poderes Executivo e Legislativo,
realizadas pelo Ministério Público (Lei Federal nº 8.625/93).
3) Quem pode promover audiência pública
A qualquer tempo, a população pode solicitar aos seus representantes do poder Executivo ou Legislativo ou
do Ministério Público a realização de Audiências Públicas para debater questões polêmicas e resolver conflitos que
vivencia!
Somente os órgãos públicos –lato sensu–podem realizar audiência pública, pois a eles cabem o exercício da
administração pública, aí incluindo a resolução dos problemas de relevante interesse social que afetam a sociedade. Com
a audiência pública, possibilita-se a participação democrática dos atores sociais envolvidos na questão.
A Lei n. 8.625/93 (Lei Orgânica do Ministério Público dos Estados), prevê, em seu artigo 27, que cabe ao
Ministério Público exercer a defesa dos direitos assegurados nas Constituições Federal e Estadual, sempre que se cuidar
de garantir-lhes o respeito:
I - pelos poderes estaduais ou municipais;
II - pelos órgãos da Administração Pública Estadual ou Municipal, direta ou indireta;
III - pelos concessionários e permissionários de serviço público estadual ou municipal;
IV -por entidades que exerçam outra função delegada do Estado ou do Município ou executem serviço de relevância
pública.
O mesmo artigo acima citado, em seu parágrafo único, inciso IV, apregoa que o Ministério Público poderá
promover audiências públicas e emitir relatórios, anual ou especiais, e recomendações dirigidas aos órgãos e entidades
mencionadas no caput o referido artigo, requisitando ao destinatário sua divulgação adequada e imediata, assim como
resposta por escrito.
4) Como deve ser o planejamento?
O órgão competente tem a função de definir, por meio de edital, a data, o horário, a forma como será feita a
disponibilização de informações e o local acessível para a realização da audiência. Estas informações precisam ser
divulgadas com a máxima antecedência no diário Oficial e em outros meios de comunicação, como jornais, televisão, ...
O órgão público deve deixar disponível para consulta pública, com o máximo de antecedência e
acessibilidade, informações a respeito da questão a ser discutida na audiência. É responsável também por definir como
4 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
será a dinâmica da audiência, em que ordem os temas serão discutidos, quanto tempo será reservado para cada
intervenção dos participantes, qual será a duração da audiência, e garantir que os participantes tenham o direito de se
manifestar sobre o tema, expondo seus pontos de vista de maneira justa e adequada.
É importante lembrar que, para que seja pública, a Audiência deve se caracterizar pela manifestação dos
participantes. Estes não vão à audiência apenas para ouvir, mas para questionar, dar opiniões, buscar informações sobre
o tema e pressionar o estado para que este seja mais democrático na tomada de decisões, realizando assim o controle
social.
Além disso, durante a realização da Audiência, as discussões devem ser obrigatoriamente registradas em uma
ata. Também precisa ser elaborada uma lista de presenças. Em alguns casos, a audiência é gravada em áudio. Estas
informações devem tornar-se públicas em páginas oficiais na Internet, no Diário Oficial ou em outros meios.
A audiência pública e consequentemente, a decisão que foi tomada ou lei aprovada com base em sua
realização, poderão ser anuladas quando não forem garantidas as condições para a efetiva participação popular. Elas
podem ser anuladas quando:
A falta de divulgação prévia e em tempo razoável das informações sobre o tema a ser discutido;
A escolha de um local inadequado para a realização da audiência;
A falta de acessibilidade, por exemplo, se a audiência for realizada em um local em que não haja circulação de
transporte público ou que não seja acessível para pessoas com deficiência;
A restrição do número de participantes ou do direito de voz dos participantes de forma a impossibilitar um debate
amplo sobre o tema discutido.
O ministério Público pode ser acionado para invalidar uma audiência pública que tiver algum desses problemas,
antes ou depois de sua realização.
5) Como atrair público?
Todos os que quiserem podem e devem participar das Audiências. Entretanto é fundamental que o órgão que a
convoca priorize a presença das pessoas afetadas diretamente pela política pública ou projeto de lei a ser discutido. A
divulgação prévia, a localização adequada e a garantia do direito à informação compreensível e ao direito de voz são
pressupostos para a garantia do direito de participação.
Por isso, ao realizar a Audiência, o órgão público dever ficar atento para que todos os grupos possam ter
acesso ao local e as informações necessárias. Ou seja, a participação não deve ser restrita a grupos determinados, mas
aberta a todos e respeitando as diferenças e necessidades de cada grupo.
É muito importante também garantir a presença das autoridades competentes, do Ministério público e técnicos
especialistas no tema da audiência. A presença da imprensa é um fator que pode ajudar a dar visibilidade tanto para a
discussão como para os argumentos utilizados pela população. Além disso, os meios de comunicação, também auxiliam
a fiscalização e podem, dessa maneira, garantir o respeito aos resultados da Audiência.
6. Como deve ser o Cerimonial de realização:
O cerimonial de uma audiência pública é muito maleável, pois deve atender aos objetivos do ato, levando em
conta o bem-estar público, porém, jamais deve ferir preceitos de legalidade!
a) O Roteiro (checklist)
Como a audiência é divulgada, sua programação deve ser seguida rigorosamente, principalmente com relação
aos horários. Todos os avisos devem ser dados com clareza e de forma inteligível. As regras para a sequência do
momento devem ser claras e observadas.
Um mestre de cerimonias atento ajuda a manter a ordem e a garantir a validade do ato. O roteiro deve ser
escrito com cuidado e deve ser revisado.
O Cerimonial precisa observar a presença de autoridades para não incorrer em erros. Os textos devem ser
sucintos e objetivos, porém claros.
Visualizar a audiência pública como um evento tradicional é um erro, pois ela faz parte de um processo muito
mais amplo.
Etapas do serviço:
a) Planejamento –
a.1) Fase de levantamento de informações, definição das estratégias e elaboração do Plano de Comunicação e
Mobilização das Audiências Públicas:
a.2) Análise das normativas municipais, estaduais e/ou federais dos órgãos licenciadores, verificando as exigências
relativas a realização de audiências públicas.
a.3) Visita de campo para levantamento e análise, para escolha dos melhores locais para realização das audiências.
a.4) Levantamento do público-alvo e mailing dos convidados: autoridades, entidades e proprietários de terra.
a.5) Criação das artes (convite, anúncios, rádio, jornal, cartazes, faixas, etc).
a.6) Planejamento de divulgação (plano de mídia).
a.7) Cronograma
a.8) Plano de comunicação
5 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
PROVIDÊNCIAS
Publicação do edital de convocação, inclusive mediante divulgação nos meios de comunicação disponíveis;
Envio de convites para autoridades e lideranças que comporão a mesa;
Envio de convite para autoridades e lideranças em geral;
Fixação de cartazes em locais de intenso fluxo de pessoas, como unidades de saúde, escolas, terminais rodoviários,
prédios públicos;
Elaboração de listas de presença geral e de autoridades;
Lista dos inscritos para manifestação oral.
b) Divulgação – O Plano de Comunicação é colocado em prática seguindo a risca o cronograma:
b.1) Produção das peças de comunicação (convite, anúncios, rádio, jornal, cartazes, faixas, etc).
b.2) Envio dos convites via correios ou em mãos.
b.3) 2º visita de campo para divulgação de faixas, cartazes, folders etc.
b.4) Protocolo de ofícios aos órgãos de segurança do município PM e SAMU
b.5) Divulgação nas rádios, carro de som, jornal etc.
b.6) Relatório de divulgação
c) Organização – No dia das audiências a equipe organizadora atua no apoio à equipe do órgão licenciador, dos
empreendedores/palestrantes e na organização de toda infra-estrutura para realização da audiência:
c.1) Preparação do local: mesa diretora, recepção, cadeiras, banheiros, limpeza, fixação de banner, etc
Preparativos finais:
Organizar o material a ser utilizado no dia da audiência
( projeções, vídeos, fotos, papel, lista de presença, etc. )
Revisar com a equipe de apoio se as providências prévias à
realização da audiência foram realizadas (checagem de local e
estrutura, mobilização da comunidade e da imprensa, etc.)
Revisar as responsabilidades durante a realização da audiência:
coordenação, secretaria, recepção, controle de tempo das falas.
c.2) Recepção às autoridades, coleta de assinaturas dos presentes, formulários de perguntas, cerimonial do evento etc.
Recepção
Acolher o público no horário definido no edital de convocação;
Disponibilizar listas de presença;
Identificar e inscrever os participantes que desejarem fazer uso da palavra durante a audiência;
Solicitar que informem sobre o conteúdo da manifestação e proceder à análise de pertinência aos objetivos da
audiência;
Quando a demanda apresentada não fizer parte das competências do Ministério Público, o servidor deverá orientar o cidadão a procurar o órgão competente.
• Caso o tema apresentado seja pertinente ao MP e não faça parte da pauta da audiência, o servidor deverá orientar o cidadão a procurar a Promotoria em outro momento.
c.3) Equipe com coordenador, recepcionistas, seguranças, auxiliares etc.
c.4) Toda estrutura de áudio, vídeo, foto, projeção, iluminação e gerador de energia.
c.5) Coffee break
Providências: execução
Abertura solene e composição da mesa;
Informações gerais sobre a pauta e a dinâmica dos trabalhos;
Desenvolvimento dos trabalhos;
Coordenação- durante
Proceder à composição da mesa e abertura dos trabalhos;
Presidir a mesa e mediar os debates;
Informar sobre a dinâmica dos trabalhos, especialmente sobre:
a) os temas que serão discutidos;
b) o tempo para realização das inscrições para manifestação oral;
c) definição da ordem de manifestações para os que farão uso da palavra;
d) as regras de utilização do tempo; e) as autoridades que farão o uso da palavra;
f) outras informações necessárias ao bom andamento do evento
Proceder à leitura dos encaminhamentos realizados na audiência;
Encerrar a audiência pública.
6 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
** cuidar para que o número de oradores seja proporcional ao tempo disponível para o debate;
Encaminhamentos finais;
Encerramento da audiência pública;
d) Relatório Final – Posteriormente às audiências é elaborado um relatório final impresso e digital com toda
documentação comprobatória da divulgação e organização da audiência pública para ser protocolado no órgão
licenciador.
ROTEIRO BÁSICO PARA REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA
Para definição de questões básicas da realização da audiência, à luz da resolução nº 965/2012: objetivos,
pauta, convidados, composição da mesa, local, data, horário e dinâmica da reunião, definição do coordenador,
elaboração da lista de providências e responsabilidades, identificação de parceiros para apoio na infraestrutura e
mobilização da comunidade.
Participantes: Lembrando que a dinâmica dos trabalhos deve favorecer a manifestação da
comunidade.
Pauta
Reunião com os Parceiros
Edital
Coordenação- antes
Antes da realização da audiência, cabe ao Coordenador o acompanhamento das decisões relativas à organização
da reunião e eventuais medidas necessárias para contornar imprevistos
Coordenação- após
Assegurar as seguintes providências: a- Lavratura da ata, no prazo ;
b- divulgação apropriada da ata,
Após a realização da audiência cabe à Coordenação assegurar as seguintes providências
Definição da forma e procedimentos a serem adotados para análise e encaminhamento das manifestações e
sugestões colhidas durante a audiência;
Inclusão das sugestões pertinentes no plano de ação do Município
Outras medidas cabíveis,
b) Montagem de Mesa (arranjos do móvel):
Lembrando que é um evento de trabalho. Móvel com altura compatível, com espaço para todos os
componentes (não fazer extensão de mesa). Cuidados especiais, com microfone de mesa, e arranjos, para que não
escondam os componentes da mesa. Cuidado com o que vai sobre a mesa (rótulos).
Lembrar da questão segurança:
Estabelecer regras claras, para uso de palavra, atendimentos e etc..
c) Apresentações:
Lembrando que em Audiências deve-se dar voz à plateia. Cuidados com as apresentações, e com tempo
regulado. Um bom contrato com os apresentadores é essencial!
d) Vestimenta
Respeito, cuidado, asseio e bom senso são as regras principais para quaisquer profissionais que se apresentam
em público. Optar pelo clássico e tradicional é sempre bom. Leve em conta o conforto e o bem-estar!
e) A escolha do Mestre de Cerimônias:
Lembrando que mestre de cerimonias não é apresentador e nem animador de auditório.
f) Símbolos Nacionais (Uso e disciplina):
As regras de uso de símbolos, bandeiras e brasão são regidos por decreto oficial. Bandeiras não são enfeites,
hinos não são músicas de fundo... Toalhas de mesa, panos de placa, cortinas, não devem ser estampados com símbolos
oficiais.
g) A recepção de autoridades:
Sempre importante ter um local adequado para que os participantes possam identificar-se.... mesa de
assinaturas, de inscrição, para identificação de autoridades são bastante práticas. Cuidado com as armadilhas!
7 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
h) Composição de mesa:
Qualquer evento público e oficial deve seguir a ordem de precedência oficial (ordem de precedência);
Mesa diretiva e/ou Mesa de Honra
O suspense da composição afeta a estrutura física da mesa de honra, e é por isso que se deve ficar muito
atento. De uma hora para outra, uma mesa par pode ficar ímpar, e vice-versa. Além da alteração no roteiro de locução,
as cadeiras terão que ser reposicionadas, e a pessoa que conduz a autoridade até o lugar na mesa deverá ser avisada.
Mesa ímpar é aquela cujo número total de autoridades é ímpar. Nesse tipo de mesa, o presidente do ato é
posicionado no centro; a segunda maior autoridade, à direita; a terceira, à esquerda, e assim vão-se alternando os lados
conforme a ordem de precedência. É importante lembrar que se considera direita de mesa de honra a direita de uma
pessoa sentada nela e voltada para a platéia.
Similarmente, mesa par é aquela cujo número total de autoridades é par. Nesse tipo de mesa, o presidente do
ato é posicionado mais próximo do centro, à direita; a segunda maior autoridade, mais próxima do centro, à esquerda; e
assim alternam-se os lados conforme a ordem de precedência.
Quando o presidente da mesa for outra autoridade que não seja o anfitrião, e existir um homenageado, o
presidente ficará no lugar de honra (1), seguido do homenageado (2) e do anfitrião (3). As demais autoridades serão
posicionadas de acordo com a ordem geral de precedência.
Sempre montar as mesas com as autoridades que possam dar soluções, viabilizar os trabalhos, ou gerenciar as
normas! Por mais interessantes, atrativas ou simpáticas, colocar na mesa personalidades que não venham a contribuir
para o momento é passo certo para a falta de credibilidade do ato! Se houverem pronunciamentos, também devem ser
dirigidos ao assunto tratado, sendo histórico, construção do trabalho, apresentações, etc...
Mesa de trabalho:
As mesas de trabalho e atendimento devem ser pensadas para dar vazão ao trabalho!
i) Ordem de Precedência na solenidade:
No momento, no Brasil vigora o Decreto nº 70274 de 09/03/1972, com alterações feitas pelo Decreto nº 83186, de
19/02/1979, que determina as normas do cerimonial público e a ordem geral de precedência, instrumento indispensável
para quem atua na área de eventos.
ii) Critérios gerais de precedência
iii) Segundo o caráter do ato, costuma-se ceder, por cortesia, a precedência aos representantes estrangeiros e
autoridades visitantes.
iv) Anfitrião é o ponto de partida para organizar a precedência.
v) Idade: o mais velho tem precedência sobre o mais novo.
vi) Sexo: a mulher tem precedência sobre o homem.
vii) Antigüidade histórica: antigüidade no credenciamento (representantes diplomáticos), data de criação da instituição.
viii) Ordem alfabética.
ix) Titulação: organizada com base nos títulos (Bacharel, Mestre, Doutor).
Nos municípios, os prefeitos presidem as cerimônias, salvo as dos Poderes Legislativo e Judiciário e as de
caráter exclusivamente militar. Similarmente, vice-prefeito preside a solenidade na ausência do prefeito. Entretanto, se o
governador ou vice-governador comparecer ao evento, estes terão precedência porque os municípios são parte integrante
do estado.
Mas em relação a outras autoridades estaduais, o prefeito, o vice-prefeito, o presidente da Câmara Municipal e
o juiz de direito têm preferência, cada qual na sua ordem.
j) Citações (uso dos pronomes de tratamento)
Pronomes de Tratamento
Pronomes de Tratamento: são pronomes empregados no trato com as pessoas, familiarmente ou
respeitosamente. Embora o pronome de tratamento se dirija à segunda pessoa, toda a concordância deve ser feita com a
terceira pessoa. Usa-se Vossa, quando conversamos com a pessoa, e Sua, quando falamos da pessoa.
Ex. Vossa Senhoria deveria preocupar-se com suas responsabilidades e não com as de Sua Excelência, o Prefeito, que se
encontra ausente.
Pronome de tratamento:
Usa-se Vossa Excelência para as seguintes autoridades:
Poder Judiciário
Ministros de Tribunais Superiores
Membros de Tribunais
Desembargadores
Juízes
Auditores da Justiça Militar
Poder Legislativo
Deputados Federais
Senadores da República
8 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
Ministros do TCU
Deputados Estaduais e Distritais
Membros das Assembléias Legislativas
Presidentes das Câmaras Legislativas
Municipais
Vereadores
Conselheiros dos Tribunais de Contas
Estaduais
Poder Executivo
Presidente da República
Vice-presidente da República
Ministros de Estado
Embaixadores
Oficiais-Generais das Forças Armadas
Governadores e Vice-governadores de Estado e do Distrito Federal
Secretários-Executivos de Ministérios
Secretários de Estado dos Governos Estaduais
Prefeitos Municipais
EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO - PODER EXECUTIVO
Destinatário Tratamento Abrev Vocativo Envelope
Presidente da República Vossa
Excelência Não se usa
Excelentíssimo
Senhor Presidente da
República,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Presidente da
República Endereço
Vice-Presidente da
República
Vossa
Excelência V.Exa.
Senhor Vice-
Presidente,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Vice-
Presidente da República
Ministros de Estado Vossa
Excelência V.Exa. Senhor Ministro,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Ministro...
Secretário-Geral da
Presidência da República
Vossa
Excelência V.Exa. Senhor Secretário,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Secretário-
Geral da Presidência
Consultor-Geral da
República
Vossa
Excelência V.Exa. Senhor Consultor,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Consultor-
Geral da República
Chefe do Estado-Maior das
Três Armas
Vossa
Excelência V.Exa. Senhor Chefe,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Chefe do
Estado-Maior das Três
Armas
Oficiais-Generais das
Forças Armadas
Vossa
Excelência V.Exa.
Senhor + Cargo
respectivo,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Oficial-
General das Forças
Armadas
Chefe do Gabinete Militar
da Presidência da
República
Vossa
Excelência V.Exa. Senhor Chefe,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Chefe do
Gabinete Militar da
Presidência da República
Chefe do Gabinete Pessoal
do Presidência da
República
Vossa
Excelência V.Exa. Senhor Chefe,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Chefe do
Gabinete Pessoal do
Presidência da República
Secretários da Presidência
da República
Vossa
Excelência V.Exa. Senhor Secretário
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Secretário da
Presidência da República
9 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
Secretário Executivo e
Secretário Nacional de
Ministérios
Vossa
Excelência V.Exa. Senhor Secretário
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Secretário
Executivo ou Secretário
Nacional de Ministérios
Procurador-Geral da
República
Vossa
Excelência V.Exa. Senhor Procurador,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Procurador-
Geral da República
Governador de Estado Vossa
Excelência V.Exa. Senhor Governador,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Governador
do Estado
Vice-Governador de Estado Vossa
Excelência V.Exa.
Senhor Vice-
Governador,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Vice-
Governador do...
Secretário de Estado dos
Governos Estaduais
Vossa
Excelência V.Exa. Senhor Secretário,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Secretário de
Estado de
Prefeitos Municipais Vossa
Excelência V.Exa. Senhor Prefeito,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Prefeito do
Município
Embaixador Vossa
Excelência V.Exa. Senhor Embaixador,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Embaixador
do...
EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO - PODER LEGISLATIVO
Destinatário Tratamento Abrev trong>Vocativo Envelope
Presidente do Congresso
Nacional
Vossa
Excelência Não se usa
Excelentíssimo
Senhor Presidente do
Congresso Nacional,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Presidente
do Congresso Nacional
Presidente da Câmara Vossa
Excelência V.Exa. Senhor Presidente,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Presidente da
Câmara
Vice-Presidente da Câmara Vossa
Excelência V.Exa.
Senhor Vice-
Presidente,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Vice-
Presidente da Câmara
Membros da Câmara dos
Deputados
Vossa
Excelência V.Exa. Senhor Deputado,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Deputado
Membros do Senado
Federal
Vossa
Excelência V.Exa. Senhor Senador,
Excelentíssimo Senhor
Senador Fulano de Tal
Senado Federal endereço
Presidente e Membros do
Tribunal de Contas da
União e dos Tribunais de
Contas Estaduais
Vossa
Excelência V.Exa.
Senhor + cargo
respectivo,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal cargo
respectivo,
Presidente e Membros das
Assembléias Legislativas
Estaduais
Vossa
Excelência V.Exa.
Senhor + cargo
respectivo,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal cargo
respectivo,
Presidentes das Câmaras
Municipais
Vossa
Excelência V.Exa.
Senhor + cargo
respectivo,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal cargo
respectivo,
10 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO - PODER JUDICIÁRIO
Destinatário Tratamento Abrev Vocativo Envelope
Presidente do Supremo
Tribunal Federal
Vossa
Excelência Não se usa
Excelentíssimo
Senhor Presidente do
Supremo Tribunal
Federal
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Presidente
Supremo Tribunal Federal
Membros do Supremo
Tribunal Federal
Vossa
Excelência V.Exa.
Senhor + cargo
respectivo,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Cargo
respectivo
Presidente e Membros do
Superior Tribunal de
Justiça
Vossa
Excelência V.Exa.
Senhor + cargo
respectivo,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Cargo
respectivo
Presidente e Membros do
Tribunal Superior Militar
Vossa
Excelência V.Exa.
Senhor + cargo
respectivo,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Cargo
respectivo
Presidente e Membros do
Tribunal Superior Eleitoral
Vossa
Excelência V.Exa.
Senhor + Cargo
respectivo,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Cargo
respectivo
Presidente e Membros do
Tribunal Superior do
Trabalho
Vossa Excelência V.Exa. Senhor + Cargo
respectivo,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Cargo
respectivo
Presidente e Membros dos
Tribunais de Justiça Vossa Excelência V.Exa.
Senhor + Cargo
respectivo,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Cargo
respectivo
Presidente e Membros do
Tribunais Regionais
Federais
Vossa Excelência V.Exa. Senhor + Cargo
respectivo,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Cargo
respectivo
Presidente e Membros dos
Tribunais Regionais
Eleitorais
Vossa Excelência V.Exa. Senhor + Cargo
respectivo,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Cargo
respectivo
Presidentes e Membros dos
Tribunais Regionais do
Trabalho
Vossa Excelência V.Exa. Senhor + Cargo
respectivo,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Cargo
respectivo
Juízes Vossa Excelência V.Exa. Senhor Juiz,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Cargo
respectivo
Desembargadores Vossa Excelência V.Exa. Senhor
Desembargador,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Cargo
respectivo
Auditores da Justiça Militar Vossa Excelência V.Exa. Senhor + cargo
respectivo,
Excelentíssimo Senhor
Fulano de Tal Cargo
respectivo
11 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO - OUTROS CASOS
Destinatário Tratamento Abrev Vocativo Envelope
Reitor de Universidade Vossa
Magnificência Não se usa Magnífico Reitor,
A vossa Magnificência o
Senhor Fulano de Tal
Reitor da Universidade
Presidentes e diretores de
empresas Vossa Senhoria V.Sa.
Senhor Fulano de Tal
ou Senhor + cargo
respectivo,
Ao Senhor Fulano de Tal
Cargo Respectivo
Cônsul Vossa Senhoria V.Sa. Senhor Cônsul,
Ao Senhor Fulano de Tal
Cônsul da Embaixada
Local
Outras autoridades Vossa Senhoria V.Sa. Senhor + cargo
respectivo,
Ao Senhor Fulano de Tal
Cargo respectivo Endereço
EMPREGO DOS PRONOMES DE TRATAMENTO - HIERARQUIA ECLESIÁSTICA
Destinatário Tratamento Abrev Vocativo Envelope
Papa Vossa Santidade Não existe Santíssimo Padre, Santíssimo Padre Fulano de
Tal Endereço
Cardeais
Vossa Eminência
ou Vossa
Eminência
Reverendíssima
Não existe
Eminentíssimo
Senhor Cardeal, ou
Eminentíssimo e
Reverendíssimo
Senhor Cardeal,
Senhor Cardeal Fulano de
Tal Endereço
Arcebispos e Bispos Vossa Excelência
Reverendíssima Não existe
Excelentíssimo e
Reverendíssimo
Senhor Arcebispo (ou
Bispo),
Senhor Arcebispo (ou
Bispo) Fulano de Tal
Endereço
Monsenhores, Cônegos e
superiores religiosos
Vossa
Reverendíssima
ou Vossa
Senhoria
Reverendíssima
Não existe
Reverendíssimo
Monsenhor (ou
Cônegos, etc.), ou
Reverendíssimo
Senhor Cônego,
Senhor Monsenhor (ou
Cônego, etc.) Fulano de Tal
Endereço
Sacerdotes, Cléricos e
demais religiosos Vossa Reverência Não existe
Reverendo Sacerdote
(ou Clérico , etc.),
Senhor Sacerdote (ou
Clérico, etc.) Fulano de Tal
Endereço
n) Dinâmicas práticas
REFERENCIAS:
CAMPOS, Ronaldo Cunha.
Ação Civil Pública. Rio de Janeiro
Mauro e GARTH, Bryant.
NORTHFLEET,Ellen Gracie. (trad.)
Acesso à Justiça.Porto Alegre: Fabris, 1988.
SOARES, Evanna. A audiência pública no processo administrativo. Jus Navigandi, Teresina, ano 7, n. 58, 1 ago.
2002.
Disponível em:
<http://jus.uol.com.br/revista/texto/3145>. Acesso em: 9 ago. 2011.
http://portalrevistas.ucb.br/index.php/rvmd/article/viewFile/3124/1933
AUDIÊNCIA PÚBLICA NO PROCESSO ADMINISTRATIVO. 3.1 Lei nº 9.784, de 1999.
Lei nº 8.666, de 1993 (licitações e contratos administrativos).
Lei nº 8.987, de 1995 (concessão e permissão de serviços públicos).
Lei nº 9.427, de 1996 (concessões de energia elétrica).
12 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
Lei nº 9.478, de 1997 (agências reguladoras).
Lei nº 10.257, de 2001 (Estatuto da Cidade)
JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos,
OLIVEIRA, Gustavo Henrique Justino de. As audiências públicas e o processo administrativo brasileiro
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo, 12. ed., São Paulo: Malheiros, 2000.
BASTOS, Celso Ribeiro e MARTINS, Ives Gandra da Silva. Comentários à Constituição do Brasil, São Paulo: Saraiva,
1995, 4. vol., tomo I.
BORGES, Alice Gonzalez. Processo Administrativo e Controle, Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro:
Renovar, vol. 226, p. 177-186, out/dez-2001.
BRASIL. Câmara dos Deputados. Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Disponível na Internet em
<http://www.camara.gov.br/Internet/Regimento/RegInterno.pdf. Acessado em 09/7/2002.
BRASIL. Senado Federal. Regimento Interno do Senado Federal. Disponível na Internet em
<http://www.senado.gov.br/bdtextual/regSF/rsf93_77.htm#E31E6. Acessado em 18/7/2002.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resoluções CONAMA. Disponível na
Internet em <http://www.mma.gov.br/port/conama/res. Acessado em 09/7/2002
BUENO, Vera Cristina Caspari Monteiro Scarpinella. As leis de procedimento administrativo. Uma leitura operacional
do princípio constitucional da eficiência, Revista de Direito Constitucional e Internacional, São Paulo: RT, vol. 39,
p. 267-288, abr/jun-2002.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Processo Administrativo Federal (Comentários à Lei nº 9.784 de 29/1/1999),
Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2001.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo, 14. ed., São Paulo: Atlas, 2002.
_______. Participação Popular na Administração Pública, Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro:
Renovar, n. 191, p. 26-39, jan-mar/1993.
FERRAZ, Sérgio e DALLARI, Adilson Abreu. Processo Administrativo, 1. ed., 2. tiragem, São Paulo: Malheiros, 2002.
FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Estatuto da Cidade Comentado, São Paulo: RT, 2002.
_______ e RODRIGUES, Marcelo Abelha. Manual de Direito Ambiental e Legislação Aplicável, 2. ed., São Paulo:
Max Limonad, 1999.
GORDILLO, Agustín. Tratado de Derecho Administrativo, 4. ed., Buenos Aires: Fundación de Derecho Administrativo,
2000, Tomo 2. Disponível na Internet em <http://www.gordillo.com/Pdf/2-4/2-4ªxi.pdf. Acessado em 09.Jul.2002.
JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 7. ed., São Paulo: Dialética,
2000.
MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro, 7. ed., 2. tiragem, São Paulo: Malheiros, 1999.
RAMOS, Elival da Silva. A valorização do processo administrativo. O poder regulamentar e a invalidação dos atos
administrativos, As Leis de Processo Administrativo Lei Federal 9.784/99 e Lei Paulista 10.177/98, coordenação de
Carlos Ari Sundfeld e Guillermo Andrés Muñoz, São Paulo: Malheiros, p. 75-93, 2000.
Decreto n° 70.274, de 9 de março de 1972 - Presidência da República
13 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
ESTUDO DOS ATOS LEGISLATIVOS NA CÂMARA
MUNICIPAL
Jonias de O. e Silva
Processo Legislativo Municipal
O processo legislativo é toda a tramitação que o assunto terá que ter, para a criação de uma lei (ou outra
norma de aprovação na Câmara Municipal).
Para ter legitimidade, a criação de uma lei deverá obedecer as regras do processo legislativo, que indica os
atos ordenados, pelas seguintes etapas, obrigatoriamente:
- iniciativa
- discussão
- votação
- sanção
- veto
- promulgação
- publicação
Indicado de forma genérica na LOM, o Processo Legislativo é mais detalhado no Regimento Interno de cada
Câmara de Vereadores.
Compreende a elaboração de:
I – emendas à Lei Orgânica do Município;
II – leis complementares;
III – leis ordinárias;
IV – decretos legislativos;
V – resoluções; e
VI – Emendas à Constituição do Estado (excepcionalmente).
14 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
PROPOSIÇÃO
Além desses Projetos específicos, outras matérias que dependam da deliberação da Câmara Municipal
(moções-veto-indicações-emenda-requerimento-recursos-representações), são denominados de PROPOSIÇÃO.
DA INICIATIVA DOS PROJETOS
Para se dar início ao Processo Legislativo, o assunto precisa ser apresentado mediante algumas regras e
formalidades.
Podem apresentar Projetos de Leis:
I – Vereador;
II – comissões da Casa;
III – cidadãos (5% do eleitorado);
IV – Prefeito Municipal.
A Lei Orgânica Municipal define quais assuntos são de iniciativa exclusiva do Prefeito, dos Vereadores, ou
concorrentes entre ambos.
DA TRAMITAÇÃO
O rito, ou procedimento de tramitação de cada matéria, é definido no RI, podendo ser ordinário, sumário
(urgência), ou especial (Leis Orçamentárias, p.e.).
DA DISCUSSÃO
Após tramitar nos órgãos internos da Casa, e receber os devidos pareceres, a matéria é encaminhada ao
Plenário, para a Discussão.
Na sessão em Plenário, os Vereadores debatem sobre o assunto em pauta e emitem seu posicionamento
individual.
É momento de formalidade e as manifestações dos presentes deverá seguir as regras do RI, como, por
exemplo:
- Uso da palavra (no momento correto e com prazo determinado)
- aparte (pedir espaço na fala de outro)
- pela ordem (reclamar desobediência ao RI)
- questão de ordem (dúvidas na aplicação do RI)
VOTAÇÃO
A votação é a fase de deliberação em Plenário, quando os Vereadores emitem seus votos sobre determinada
matéria, em forma de SIM, NÃO, ou ABSTENÇÃO, representando sua opinião pela APROVAÇÃO ou REJEIÇÃO
(desaprovação).
Para que uma proposição seja aprovada, será necessário apenas um turno, ou dois turnos (duas sessões de
votação), dependendo da previsão do Regimento Interno.
DO QUORUM DE VOTAÇÃO
Para se aprovar uma matéria, é necessário se obter certa proporção de votos; esse é o quórum.
Mas vale dizer que até para se instalar a Sessão, é necessário ter quórum (pelo menos metade dos Vereadores
da Casa, arredondando-se para cima)
Pois bem:
Quando a matéria exige os votos da maioria dos vereadores da Câmara, diz-se que exige quórum absoluto.
Quando exige apenas a maioria dos presentes na sessão, o quórum é simples (ou relativo).
Em alguns casos específicos, como por exemplo, o julgamento do Prefeito ou de Vereador, o quórum exigido
é o qualificado (dois terços).
DA FORMA DE VOTAÇÃO
As votações poderão ser abertas ou secretas, de acordo com a indicação de cada Regimento Interno.
DA SANÇÃO
Os Projetos de Lei, após serem aprovados pela Câmara Municipal, devem ser submetidos ao Prefeito, para sua
manifestação sobre o mesmo, antes de serem transformados em lei.
Sancionar significa concordar que o Projeto se torne lei, porque admite que ele seguiu o processo legislativo
correto, que não possui pontos de inconstitucionalidade, nem é contrário ao interesse da população local.
Mesmo independentes os poderes, com atribuições específicas, esse sistema segue os preceitos do filósofo e
escritor Frances, que viveu nos séculos XVII e XVIII, Charles-Louis de Secondat, ou simplesmente Charles de
Montesquieu.
15 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
No livro “O Espírito das Leis, escrito em 1748, Montesquieu propos a existência de três poderes
independentes e harmônicos entre si, porém, afirmava que "só o poder freia o poder".
Por isso, propos o chamado “Sistema de Freios e Contrapesos".
Embora a Constituição Monarquista de 1824 tenha previsto o quarto poder o Moderador (exercido pelo Rei),
desde a 1ª Constituição da República, de 1891, o Brasil adotou o sistema de 3 poderes.
E delá pra cá, a CF prevê que um Poder “freia” o outro...
Assim, mesmo que a aprovação de leis seja uma atribuição específica do Legislativo, o Executivo realiza o
controle pela sanção e promulgação.
PROMULGAÇÃO
Promulgar significa confirmar a existência e regularidade de uma lei.
É um ato derivado daquele em que se proclamava um decreto do rei, para dar-lhe legitimidade.
DO VETO
No entanto, o Chefe do Poder Executivo Municipal poderá discordar daquele Projeto de Lei.
A discordância poderá ser motivada pela interpretação da existência de inconstitucionalidade ou falta de
interesse público.
Daí, nasce o veto.
O veto poderá recair sobre o projeto completo ou parte dele (artigo, parágrafo, inciso, alínea, item...)
A Câmara poderá derrubar o veto e promulgar a Lei...
PUBLICAÇÃO
Última fase de uma lei, a publicação é obrigatória, para dar conhecimento a todos da existência daquela nova
regra.
Segundo o Decreto-Lei nº 4.657/42, ainda em vigor, e que dá introdução ao nosso Código Civil, mesmo que a
pessoa não ler a publicação, ela não poderá alegar desconhecimento da lei (art. 3º).
VIGÊNCIA
A partir da entrada em vigor de uma lei, seus efeitos só deixarão de existir por:
- revogação (expressa ou tácita) através de outra lei de poder idêntico ou superior;
- por declaração judicial.
CONSIDERAÇÕES ESPECÍFICAS DA TRAMITAÇÃO:
Tipos de Projetos Legislativos de Competência da Câmara Municipal:
a) – Emenda à Lei Orgânica
b) – Lei Complementar
c) – Lei Ordinária
d) – Decreto Legislativo
e) – Resolução
f) – Emendas à Constituição do Estado
Peculiaridades de Cada Um:
a) - Emenda à Lei Orgânica Municipal:
- Proposição que altera o texto da LOM
- Aprovação por quorum de dois terços
b) - Lei Complementar:
- Trata de algumas matérias especificadas na Lei Orgânica Municipal
- Aprovação por quorum de maioria absoluta
c) - Lei Ordinária:
- Trata de assuntos diversos
- Aprovação por quorum de maioria simples
16 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
d) - Decreto Legislativo:
- Regula matéria de exclusiva competência do Poder Legislativo (Câmara Municipal) e destina-se a gerar efeitos no
âmbito externo.
- Tem força de Lei e independe de sanção do Chefe do Executivo
- Aprovação por quorum de maioria simples
e) - Resolução:
- Regula matérias de natureza administrativa, política ou legislativa, de exclusiva competência do Poder Legislativo
(Câmara Municipal), destinando-se a gerar efeitos no âmbito interno.
- Têm força de lei e independem de sanção do Chefe do Executivo
- Aprovação por quorum de maioria simples
f) - Emendas à Constituição do Estado do Paraná:
- Aprovada na Câmara Municipal, a proposta de emenda à CE necessita de unir-se a outras do Estado, para valer como
iniciativa...
“Art. 64. A constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I – de um terço, no mínimo, dos membros da Assembléia Legislativa;
II – do Governador do Estado;
III – de um terço das Câmaras Municipais do Estado, manifestando-se cada uma delas pela maioria relativa de seus
membros.”
FLUXOGRAMA
Exemplo de Fluxograma da Câmara de Maringá-PR (http://www.cmm.pr.gov.br/redacao/fluxograma.pdf)
TRÂMITE BÁSICO DO PROCESSO LEGISLATIVO:
- Protocolo
- Apresentação (Comissão ou Plenário)
- Admissibilidade (CCJ – autoriza tramitar ou determina o arquivamento)
- Definição do Rito Ordinário, Sumário (regime de urgência...), ou Especial (ELOM, Códigos, Leis Orçamentárias,
Prestação de Contas, Julgamentos)
- Pareceres das Comissões Respectivas ao Assunto
- Inclusão na Ordem do Dia (pauta)
- Redação Final (comissão de Redação)
EMENDAS:
- São modificações nos Projetos, realizadas no período da tramitação.
Podem ser apresentadas nas Comissões ou no Plenário por vereador, Mesa, Prefeito.
- As regras não são as mesmas para o momento de apresentação de EMENDAS (nas Comissões: qualquer vereador - em
Plenário, 1º turno: vereador – em Plenário, 2º turno: maioria...- Prefeito: mensagem aditiva)
TIPOLOGIA
• Emendas aditivas
• Emendas modificativas
• Emendas supressivas
• Emendas substitutivas
• Emendas aglutinativas
• Substitutivo: nome dado à emenda modificativa global.
PARECER:
• É a proposição em que uma Comissão se pronuncia sobre qualquer matéria sujeita a seu estudo (escrito ou oral).
• Parecer escrito: duas partes – relatório e voto do relator.
• Importância da verificação dos requisitos de iniciativa e de competência legislativas (controle prévio de
constitucionalidade).
COMISSÕES (permanentes, temporárias, especiais):
São formadas via de regra por número ímpar de vereadores.
Têm prazo para emitir pareceres.
Seu papel principal é realizar o debate inicial sobre a admissibilidade da pauta e instruir sua tramitação.
17 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
Devem adensar o debate e promover, sempre que necessário e possível, negociações preliminares.
Elas têm um papel técnico, visto que são divididas de acordo com temas, mas também são instâncias políticas.
Por isso a legislação recomenda que sua composição seja feita de forma equitativa, respeitando as proporções
das bancadas.
Elas preparam e instruem o trabalho de plenário.
Com as exceções previstas no regimento, tudo que vai a plenário deve passar pelas comissões.
Nem tudo que chega às comissões vai a plenário.
Elas devem filtrar as matérias.
Há situações de inadmissibilidade jurídica, por exemplo.
NOMENCLATURAS:
a) – De existência Obrigatória (ao nosso ver)
- Constituição
- Justiça
- Redação
- Orçamento
- Finanças
- Educação
- Cultura
- Esporte
- Saúde
- Meio Ambiente
- Obras
- Viação
- Serviços Públicos
- Desenvolvimento Econômico
- Urbanismo
- Assistência Social
- Segurança Pública
- Habitação
- Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo,
- Lazer
b) - De Decisão Local
- Cidadania
- Turismo
- Agricultura
- Pecuária
- Desenvolvimento Social
- Direitos e Deveres do Consumidor
- Comissão de Planejamento
- Cooperativismo
- Veto
- Economia
- Defesa Consumidor
- Trabalho
- Legislação Social
- Assuntos Internacionais
- Legislação Participativa
- Política Metropolitana
- Administração Pública
- Trânsito
- Transporte
- Gastronomia
- Mulher
- Direitos Humanos
- Relações Internacionais
- Criança e do Adolescente
- Juventude
- Idoso
18 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
19 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
TEMAS ESPECIAIS: CONVOCAÇÕES,
AFASTAMENTOS, RECESSO E
VEREADOR/SERVIDOR
Jonias de O. e Silva
01 Quais os procedimentos técnicos para as Convocações:
a) Do prefeito? Segundo a doutrina e a jurisprudência dominante, é mais cabível o CONVITE ao Prefeito, do que a
CONVOCAÇÃO.
O entendimento é no sentido de que a Câmara não tem poder constitucional para convocá-lo.
Porém, poderá convidá-lo com justificativas, para esclarecimentos.
Caso ele não atenda, haverá apenas conseqüências políticas a ele...
Mesmo em caso de CPI...
b) De secretários?
Diferentemente, ocorrerá na CONVOCAÇÃO de Secretários Municipais, para fins de esclarecimentos, pois
estes devem atender, sob pena de responderem por crime de responsabilidade, por previsão da Lei Orgânica Municipal.
Além disso, podem ser intimados como testemunhas...
c) De particulares?
Particulares também não têm obrigação de comparecer à Câmara por convocação desta, para esclarecimentos,
a não ser em sede de Comissão Parlamentar (Especial) de Inquérito (investigação).
No entanto, fora isso, podem ser convidados...
Ou, em caso de CPI, serem intimados como testemunhas...
d) De autoridades de outros poderes? Idem aos particulares...
e) De servidor público municipal?
Com exceção dos Secretários Municipais (agentes políticos), os servidores municipais só têm obrigação de
atender convocação do Legislativo local em processo de CPI.
20 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
f) Do suplente de vereador?
O suplente de Vereador deverá ser convocado no prazo previsto no Regimento Interno, para substituir
vereador afastado.
O regramento local também deverá prever prazo para que o suplente assuma o cargo.
E, em situações justificadas, tal prazo poderá ser ultrapassado, sem que isso cause a perda do direito.
g) Do vice prefeito para assumir o cargo de prefeito?
Ao Vice prefeito aplica-se as mesmas regras do suplente de vereador.
h) Para sessão extraordinária? As sessões extraordinárias da Câmara podem ser convocadas pelo presidente ou pelo prefeito (este, em
período de recesso).
Vereador devidamente convocado tem a obrigação de comparecer à sessão, ou justificar sua ausência.
02 Como proceder nos Afastamentos dos Vereadores:
a) Para tratamento de saúde?
O interessado comunica o estado de necessidade à presidência, requerendo a licença.
Nos primeiros 15 dias o Legislativo assume a remuneração, passando, a partir do 16º dia, para o INSS.
O tempo da convocação do suplente (ou não) deve estar previsto no Regimento Interno local.
Independe de autorização de plenário!
Deverá ser convocado o suplente da coligação.
b) Para assumir como secretário?
É uma licença regular, geralmente prevista na Lei Orgânica e no Regimento Interno.
Nesse caso, não possui tempo determinado, ficando a critério do vereador licenciado a definição do tempo do
retorno ao cargo.
Independe de autorização de plenário!
Deverá ser convocado o suplente da coligação.
c) Por falecimento? O tempo da convocação do suplente (ou não) deve estar previsto no Regimento Interno local.
Independe de autorização de plenário!
Deverá ser convocado o suplente da coligação.
d) Por aposentadoria?
O vereador só será afastado, se o motivo da aposentação houver sido por deficiência mental...
O tempo da convocação do suplente (ou não) deve estar previsto no Regimento Interno local.
Independe de autorização de plenário!
Deverá ser convocado o suplente da coligação.
e) Por renúncia? O tempo da convocação do suplente (ou não) deve estar previsto no Regimento Interno local.
Independe de autorização de plenário!
Deverá ser convocado o suplente da coligação.
f) Por ordem judicial?
“Manda quem pode, obedece quem tem juízo”!
O tempo da convocação do suplente (ou não) deve estar previsto no Regimento Interno local.
Independe de autorização de plenário!
Deverá ser convocado o suplente da coligação.
g) Por cassação pela própria câmara?
O tempo da convocação do suplente (ou não) deve estar previsto no Regimento Interno local.
Independe de autorização de plenário!
Deverá ser convocado o suplente da coligação.
h) Preventivo (pelo judiciário ou pela própria câmara)? Se o afastamento for preventivo (tempo determinado ou não), deve se observar o Regimento Interno, quanto a
convocar ou não o suplente.
Na imprevisão, convoca-se...
Deverá ser convocado o suplente da coligação.
Enfim:
21 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
Apenas na hipótese de cassação por infidelidade partidária é que se convoca o suplente d partido.
3 Regras para os suplentes:
a) Quando e como deverá ser convocado? Apenas no tempo e modo previsto na R.I.
b) Até quando permanece no cargo?
Pelo tempo em que o titular estiver afastado.
c) Quais serão seus direitos e obrigações?
Os mesmos do titular.
Quando o R.I. restringe, é inconstitucional.
d) Ele pode assumir comissões e Mesa Diretora?
Sendo o suplente de partido diverso do do titular, deverá ocorrer nova composição das Comissões, para
obediência à proporcionalidade partidária.
04 Regras para o vice-presidente da Mesa:
a) Pode exercer atribuições de gestão? Sim. Desde que devidamente previstas e delimitadas as competências no R.I.
b) Se o presidente for afastado terá novas eleições? Depende. Se houver previsão regimental pelo sim ou pelo não...
No caso da Câmara Federal, o R.I. prevê que haverá novas eleições em caso do o presidente ser afastado
definitivamente.
Se for temporária, o vice termina o mandato.
Assim, cada Legislativo Municipal deverá regular essa questão em seu R.I., pois se trata de assunto interna
corporis...
c) Os atos praticados por ele na interinidade prevalecerão? Sim.Desde que tenham sido firmados nos moldes legais.
d) Pode receber o subsídio diferenciado?
Sim. Nos mesmos moldes do presidente.
e) Pode assumir o Executivo se o prefeito for afastado?
Sim.
f) Pode ser reeleito? Depende do que o R.I. prever.
g) Pode ser destituído?
Sim. Pelo mesmo processo de destituição previsto no R.I. para o presidente.
05 Regras do recesso
O recesso parlamentar não se confunde com férias, pois é apenas um período no qual as atividades do
PLENÁRIO são suspensas, para que os representantes do povo voltem a atenção para suas bases, em busca de recursos
práticos e experiências para sua atuação.
Durante o período, a Câmara mantém uma Comissão Representativa, que substitui as atribuições da Mesa
Diretora apenas na atribuição de funcionamento do Plenário.
Com isso, é essa Comissão Representativa que convoca a edilidade para eventual sessão extraordinária.
Porém, os demais atos da Casa, permanecem sob o comando da Mesa Diretora (administrativo, financeiro,
funcional, etc.).
Lembrando que as convocações durante o recesso devem ser realizadas formal e expressamente, com prazo
suficiente para a reunião de seus membros.
Por regra, o Regimento Interno prevê tanto a composição da Comissão Representativa de recesso, quanto as
suas atribuições.
Vale lembrar que as regras da convocação, como quem tem a legitimidade para convocar, estarão previstas na
Lei Orgânica Municipal e no Regimento Interno do órgão Legislativo local.
Ressaltando ainda que todos os membros da comissão Representativa responderão por seus atos, nos limites
da competência e atribuição de cada um.
22 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
06 Regras para o Vereador que é servidor público
A Constituição Federal prevê:
“Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo,
aplicam-se as seguintes disposições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua
remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo,
emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a
norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será
contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no
exercício estivesse.”
Inclusive, pela previsão da Instrução Normativa 72/2012, do TCE/PR, pode ser Servidor e Presidente da
Câmara.
Outros casos de acumulação:
• VEREADOR E ADVOGADO...
• VEREADOR E CONTADOR...
• VEREADOR E CONTROLADOR...
• VEREADOR E SECRETÁRIO...
• VEREADOR
Não pode ser removido desmotivadamente:
MANDADO DE SEGURANÇA N° 398.218-7 DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO
METROPOLITANA DE CURITIBA. (12 de junho de 2007)
Servidor Vereador pode viajar e ter faltas abonadas:
Acórdão 351/2006 do Tribunal Pleno - 30/03/2006 – TCE/PR
Vereador é contribuinte obrigatório do INSS, a partir de 18 de setembro de 2004 (lei nº 10.887/2004)
E mais:
• VEREADOR NÃO PODE OCUPAR CARGO COMISSIONADO...
• VEREADOR NÃO PODE RECEBER GRATIFICAÇÃO...
• VEREADOR NÃO PODE OCUPAR CARGO NO EXECUTIVO, MESMO SEM ÔNUS...
• VEREADOR NÃO PODE NEGOCIAR COM O MUNICÍPIO...
23 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
TRABALHO EM EQUIPE E RELACIONAMENTO
INTERPESSOAL Elson de Mello
1.1 O QUE É TRABALHO EM EQUIPE
Trabalho em equipe é quando um grupo ou uma sociedade resolve criar um esforço coletivo para resolver um
problema. O trabalho em equipe pode ser descrito como um conjunto ou grupo de pessoas que se dedicam a realizar
uma tarefa ou determinado trabalho, por obrigação, ou não.
A denominação “trabalho em equipe” ou trabalho de grupo surgiu após a Primeira Guerra Mundial, e é um
método muitas vezes usado no âmbito político e econômico como um sistema para resolver problemas.
O trabalho em equipe possibilita a troca de conhecimento e agilidade no cumprimento de metas e objetivos
compartilhados, uma vez que otimiza o tempo de cada pessoa e ainda contribui para conhecer outros indivíduos e
aprender novas tarefas.
Um bom exemplo de uma atuação de trabalho em equipe são os esportes, onde os atletas precisam uns dos
outros para conseguir fazer gols ou pontos, a maioria dos esportes são formados por equipes, onde cada um desempenha
um papel, para atingir o todo. Muitas pessoas dizem que trabalhar em equipe é mais divertido e fácil do que trabalhar
individualmente, pois contribui muito para melhorar o desempenho de todos. Outro bom exemplo de trabalho em equipe
é o das formigas e gafanhotos, que dividem-se para pegar alimentos e se um não faz a sua parte, todo o resto fica
comprometido, dando um modelo de união e força.
Saber trabalhar em equipe é outro fator importante, e uma característica essencial para profissionais e
estudantes, as empresas valorizam muito pessoas que não pensam apenas na sua própria tarefa, e sim naqueles que
pensam nos colegas e na empresa em si.
1.1.2 Trabalho em Equipe nas Organizações
O trabalho em equipe é essencial no contexto empresarial. Quase todos os projetos apresentam melhores
resultados quando são desenvolvidos por uma equipe e não apenas por um indivíduo.
Pessoas diferentes pensam de formas diferentes, o que é essencial para estabelecer diferentes soluções para
problemas. Algumas técnicas como o brainstorming são muito usuais no âmbito do trabalho em equipe. Além disso, as
empresas aplicam diferentes dinâmicas de grupo para potenciar o trabalho em equipe.
24 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
1.1.3 Trabalho em Equipe, Personalidade e Relacionamento
O bom funcionamento de uma equipe vai depender da personalidade de cada elemento da equipe e do
relacionamento entre eles. Alguns tipos de personalidade são mais compatíveis com outros e quando dois tipos de
personalidade compatíveis trabalham juntos, a equipe sai beneficiada.
Um ambiente saudável e agradável é também essencial para o trabalho em equipe. Desta forma, cada
elemento deve colocar a equipe em primeiro lugar e não procurar os seus próprios interesses. Além disso, é importante
haver empatia para que trabalho exercido seja o mais eficaz e prazeroso possível. Trabalhar em equipe requer muitas
horas de convivência, e por isso, a harmonia e respeito devem ser cultivados em todas as ocasiões.
1.2 DEFINIÇÃO DE GRUPO
Grupo é um conjunto de indivíduos que reunidos formam um todo. São diversas as expressões que
caracterizam os grupos, por exemplo: multidão, plateia, público, bando, marcha, panelinha, associação, equipe etc.
Em Sociologia a palavra grupo se aplica indiscriminadamente a conjuntos diferentes de pessoas, cujas
relações se fundem numa série de papeis interligados, e que interagem de modo mais ou menos padronizado e formam
os mais diversos grupos sociais, por exemplo: membros de uma igreja, grupo de professores, sócios de um clube, alunos
de uma escola etc.
A unidade de ação de um grupo social é fundamental e se produz em virtude da conduta de seus membros, a
fim de que a ação do grupo, como um todo, tenha um propósito. Por exemplo: uma equipe de futebol onde os membros
ajustam e coordenam de tal modo às atividades de cada um deles, e a equipe inteira atua como se fosse uma máquina em
busca de resultados.
A Sociologia, na análise dos grupos, classifica os grupos sociais em grupo primário e grupo secundário:
1.2.1 Grupo Primário
Grupo primário é aquele cujos componentes, em número relativamente pequeno, estão associados de maneira
íntima. Os contatos são predominantemente pessoais, visando uma convivência estreita e integral de seus membros. O
principal grupo primário é a família, e inclui também os amigos e em alguns casos a vizinhança e em certas
circunstâncias, uma sociedade inteira, necessariamente pequena.
1.2.2 Grupo Secundário
Grupo secundário é o grupo social cujos membros, geralmente em número elevado, estão associados em
virtude de interesses comuns, ou para atingir metas pré-estabelecidas. Neles os contatos são predominantemente
impessoais. O grupo secundário é um macro grupo onde predominam as formas de controle social indireto, chefiado,
geralmente, por pessoas ou instituições especializadas. Entre os grupos secundários estão a grande empresa, os
sindicatos, as associações, os partidos políticos etc.
1.2.3 Grupos Étnicos
Grupos étnicos são grupos formados de pessoas que compartilham de uma tradição cultural comum, que as
une numa entidade social isolada. De certo ponto de vista, qualquer sociedade com sua cultura particular, constitui um
grupo étnico. Mesmo no interior de muitas sociedades politicamente unificadas do mundo moderno alguns grupos
étnicos se destacam por suas práticas, crenças, religião ou linguagem, e em certos casos, também por características
físicas particulares.
2 O RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Um dos fatores que impulsionam o sucesso da maioria das carreiras é a forma pela qual se relacionam com as
pessoas.
Não basta ser competente, é preciso saber se relacionar no trabalho e fora dele. O que parece ser uma tarefa
fácil, tem-se tornado um desafio cada vez maior para os profissionais.
A concorrência, as comunicações virtuais e as mudanças comportamentais criaram obstáculos para a chamada
relação interpessoal. A pergunta é: como superá-los para atingir equilíbrio nos relacionamentos? Essa e outras respostas
são apontadas no decorrer de nosso tema.
Neste cenário, a valorização dos relacionamentos vem tomando força no perfil profissional que as
organizações exigem. Onde se priorizava, anteriormente, experiência técnica, hoje ganhou espaço à habilidade
profissional e flexibilidade, inteligência emocional, criatividade, entre as pessoas. Não basta apenas ser um excelente
técnico, o bom profissional deve sobre tudo respeitar as diferenças de cada membro da equipe. Desta forma, refletir a
maneira de agir com as pessoas que estão diretamente a ele subordinados. Portanto, como os seus colaboradores e
líderes, como eles o percebem e avaliam.
25 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
2. 1 CONCEITO DE RELACIONAMENTOS
O que é Relacionamento Intrapessoal e Interpessoal? Relações Intrapessoais: Nessa categoria podemos falar
de autoconhecimento, auto reflexão a fim de estudar os sentimentos e emoções, análise do processo de reações
cognitivas . Comunicação intrapessoal é a comunicação que uma pessoa tem consigo mesma – corresponde ao diálogo
interior onde debatemos as nossas dúvidas, perplexidades, dilemas, orientações e escolhas. Está de certa forma,
relacionada com a reflexão. Este é um tipo de comunicação em que o emissor e o receptor são a mesma pessoa, e pode
ou não existir um meio por onde a mensagem é transmitida. Um exemplo do primeiro tipo é a criação de diários.
Relação Interpessoal: Já a relação interpessoal é um método de interação que promove a troca de informações
entre duas ou mais pessoas. Cada pessoa, que passamos a considerar como interlocutor, troca informações e
experiências, baseadas em seu repertório cultural, sua formação educacional, vivências, emoções, toda a bagagem que
traz consigo. Na relação interpessoal uma grande ferramenta é a comunicação. Sendo assim, a comunicação
interpessoal é uma ferramenta, comunicação que permite e promove a troca de informações entre duas ou mais pessoas.
Cada pessoa, que passamos a considerar como interlocutor, troca informações baseadas em seu repertório cultural, sua
formação educacional, vivências, emoções, toda a bagagem que traz consigo. Quando uma pessoa começa a conhecer
seus pensamentos e sentimentos um novo universo se abre o que proporciona a compreensão do mundo ao redor onde
vive, pois nosso estado interno reflete diretamente em nosso mundo externo.
2.2 O IMPACTO NAS ORGANIZAÇÕES
A forma de pensar e agir dos colaboradores, sem dúvidas, influencia diretamente os relacionamentos nas
organizações. Uma vez propiciado um clima harmônico, positivo e de respeito, recebemos de volta um ambiente sadio e
sem grandes turbulências. Se ao invés disso, for criado um ambiente negativo, competitivo e pesado, terá como retorno
natural, inimizade, antipatia e desconfiança. Os resultados impactam diretamente sobre os resultados do desempenho e
crescimento organizacional e profissional da equipe.
2.2.1 As Consequências do mau humor na produtividade da equipe
À medida que as pessoas trabalham mal humoradas, perdem o foco da cooperação e integração de equipe.
Dificultando assim, a comunicação e a motivação de seus componentes. Se ao contrário disso, for usado de maturidade
emocional, como autoconhecimento, e bom senso nas ações, a auto estima se eleva e participação aumenta. Colaborando
desta forma para, um ambiente de troca e crescimento.
2.2.2 A visão de algumas organizações “canibalistas”
A cultura atual de algumas organizações com visão “canibalistas”, não utiliza essa prática de forma
profissional. Impedindo assim o crescimento e a transferência nos relacionamentos.
Desta forma, passam a maior parte do tempo, procurando consertar situações conflituosas, criadas por
inabilidades nos relacionamentos. Isso é uma constante entre colaboradores, clientes e fornecedores, prejudicando desta
forma o crescimento da organização. Ou ela muda sua política, ou sua equipe se muda de empresa. Mudando assim o
crescimento dos lucros, e uma visão menos focada no mercado.
Para evitar esse tipo de situação, é necessário investir fortemente em estratégias que possibilitem a mudança
física e cultural em toda a esfera organizacional, investindo em programas de melhoramento na área de gestão de
pessoas. Com o intuito de preparar liderança e colaboradores para uma cultura favorável à administração de conflitos.
2.2.3 Os benefícios do bom relacionamento entre a equipe
Desenvolver um bom nível de relacionamento com todas as pessoas é uma responsabilidade pessoal e
organizacional. Um bom clima organizacional, que incentiva o relacionamento saudável entre os colaboradores, torna a
competição e concorrência benéficas.
Para que cada membro da equipe possa se conhecer melhor, é preciso um ambiente de confiança, uma troca
constante de experiências.
3 O RESPEITO PELAS PESSOAS
O QUE É UM ASSÉDIO MORAL- Lei Contra o Assedio Moral - Lei 12250/06 | Lei nº 12.250, de 9 de fevereiro
de 2006
a. Conceito: É um sentimento de ser ofendido/a, menosprezado/a, rebaixado/a,
inferiorizado/a, submetido/a, vexado/a, constrangido/a e ultrajado/a pelo outro/a. É sentir-se um ninguém, sem valor,
inútil. Magoado/a, revoltado/a, perturbado/a, mortificado/a, traído/a, envergonhado/a, indignado/a e com raiva. A
humilhação causa dor, tristeza e sofrimento.
26 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
3.1.1 E o que é assédio moral no trabalho
É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras,repetitivas e
prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas
autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de
um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de
trabalho e a organização,forçando-o a desistir do emprego.
Caracteriza-se pela degradação deliberada das condições de trabalho em que prevalecem atitudes e
condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados, constituindo uma experiência subjetiva que acarreta
prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a organização. A vítima escolhida é isolada do grupo sem
explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos pares.
Estes, por medo do desemprego e a vergonha de serem também humilhados associado ao estímulo constante à
competitividade, rompem os laços afetivos com a vítima e, frequentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos do
agressor no ambiente de trabalho, instaurando o ’pacto da tolerância e do silêncio’ no coletivo, enquanto a vitima vai
gradativamente se desestabilizando e fragilizando, ’perdendo’ sua auto estima.
b. O QUE NÃO É UM ASSÉDIO MORAL
Situações eventuais - A principal diferença entre assédio moral e situações eventuais de humilhação,
comentário depreciativo ou constrangimento contra o trabalhador é a frequência, ou seja, para haver assédio moral é
necessário que os comportamentos de quem assedia sejam repetitivos. Um comportamento isolado ou eventual não é
assédio moral, embora possa produzir dano moral.
4. O BOM SENSO ACIMA DE APENAS RESULTADOS –BOAS MANEIRAS
Infelizmente, ainda existem gestores que utilizam a antiga frase: “o problemas pessoais, ficam atrás da porta,
aqui somos profissionais”. Esse tipo de pensamento já perdeu força no mercado, uma vez que não existe “ profissional
máquina”, afinal somos seres humanos dotados de sentimentos e emoções e que nos relacionamos com outras pessoas,
que também possuem essas mesmas características. Os colabores motivados, já está comprovado, têm maiores
resultados produtivos. Os gestores, têm um desafio, aprender a cada momento, equilibrar, canalizar a motivação para a
alta produtividade.
a) Auto – Conhecimento - Em filosofia, o autoconhecimento ou conhecimento de si é um objeto de
investigação epistemológica ou é a finalidade de uma busca de natureza ética. Quando visto como objeto da
investigação epistemológica, o que se busca é a explicação de como e o que é conhecido. Quando visto como projeto
ético, o que se busca é a realização de algo que leve o sujeito a ser mestre de si mesmo e, consequentemente, um ser
humano melhor. O autoconhecimento algumas vezes é obtido através da meditação, que é uma prática oriunda da ioga, e
da psicoterapia (como a psicanálise, entre outras).
b) Cordialidade – Cortesia, hospitalidade – Antônimo = Desacolhido, descortesia, inospitalidade.
c) Colaboração - O termo colaboração remete à ideia de uma atividade realizada de forma cooperativa entre dois ou
mais indivíduos. Com o advento da internet, diversos sistemas colaborativos especializados puderam ser criados e/ou
aprimorados, em especial após o surgimento da Web 2.0 e a disseminação de licenças livres.
d) Empatia - Na psicologia e nas neurociências contemporâneas a empatia é uma "espécie de inteligência emocional" e
pode ser dividida em dois tipos: a cognitiva - relacionada com a capacidade de compreender a perspectiva psicológica
das outras pessoas; e a afetiva - relacionada com a habilidade de experimentar reações emocionais por meio da
observação da experiência alheia.
Pesquisas indicam que a empatia tem uma resposta humana universal, comprovada fisiologicamente. Dessa forma pode
ser tomada como causa do comportamento altruísta, uma vez que predispõe o indivíduo a tomar atitudes altruístas.
e) Assertividade - É a qualidade de algo ou alguém de fazer uma afirmação enfática sobre algo, e por ser uma
afirmação, não significa que esteja correta ou errada, apenas que é defendida fortemente por uma pessoa.
f) Assertividade Segundo as doutrinas Corporativas - É a habilidade social de fazer afirmação dos próprios direitos
e expressar pensamentos, sentimentos e crenças de maneira direta, clara, honesta e apropriada ao contexto, de modo a
não violar o direito das outras pessoas.[2]
A postura assertiva é uma virtude, pois se mantém no justo meio-termo entre
dois extremos inadequados, um por excesso (agressão), outro por falta (submissão). Ser assertivo é dizer "sim" e "não"
quando for preciso.
Pessoas com comportamento mais assertivo sentem menos ansiedade, tem maior grau de internalidade segundo o
critério de locus de controle de Levenson e melhor auto estima.[4]
Conviver com pessoas assertivas também aumenta a
autoestima e diminui a agressividade.
g) Harmonia - É também um conceito musical relacionado com a emissão simultânea de diferentes frequências. Ela
trabalha com as sonoridades resultantes da sobreposição de diferentes notas. Na harmonia tradicional, geralmente esses
resultados são separados em consonantes ou dissonantes, porém essa classificação tem-se tornado cada vez menos maniqueísta. A harmonia pode ser entendida como o relacionamento vertical do som num pentagrama, enquanto a
melodia e o contraponto cuidam do relacionamento horizontal das notas.
h) Comprometimento Organizacional - É a identificação e envolvimento do indivíduo com uma determinada
organização[1]
. Segundo Mowday et al. (1979) comprometimento organização é definido (1) como forte crença e
27 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
aceitação dos valores da empresa; (2) vontade de usar suas habilidades e esforço em benefício da organização; e (3)
intensa disposição de permanecer na organização.
i) Ética - A palavra "ética" vem do grego ethos e significa aquilo que pertence ao "bom costume", "costume superior",
ou "portador de caráter". Princípios universais, ações que acreditamos e não mudam independentemente do lugar onde
estamos.
Diferencia-se da moral pois, enquanto esta se fundamenta na obediência a costumes e hábitos recebidos,
a ética, ao contrário, busca fundamentar as ações morais exclusivamente pela razão.
5 A COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL
É um método de comunicação que promove a troca de informações entre duas ou mais pessoas. Cada pessoa,
que passamos a considerar como, interlocutor, troca informações baseadas em seu repertório cultural, sua formação
educacional, vivências, emoções, toda a "bagagem" que traz consigo. O processo de comunicação prevê,
obrigatoriamente, a existência mínima de um emissor e de um receptor. Cada qual tem seu repertório cultural exclusivo
e, portanto, transmitirá a informação segundo seu conjunto de particularidades e o receptor agirá da mesma maneira,
segundo o seu próprio filtro cultural.
4.1 FERRAMENTOS OTIMISSAM A COMUNICAÇÃO
A fim de minimizar esses choques culturais, convencionou-se ferramentas e meios de múltiplas utilizações que
passam a ser usados pelas pessoas na comunicação interpessoal. Como exemplo de ferramenta, podemos considerar a
fala, a mímica, os computadores, a escrita, a língua, os telefones e o rádio.
4.2 A IMPORTÂNCIA DAS REDES SOCIAIS E DE TRABALHO – MOBILIDADE
O acesso digital no Brasil tem evoluído de forma gigantes, considerando isso uma grande inclusão social para
todas as classes que aspiram essa inclusão. É um caminho sem volta, um sucesso! Através dele podemos alugar,
comprar, vender, transferir, obter segundas vias de contas a pagar, certidões negativos e até nos graduar. Redes
profissionais se formam, se orientam e sobre tudo, indicam novos serviços.
6 GESTÃO DE CONFLITOS
Gestão de conflitos é a parte da gestão de uma organização especializada na administração dos conflitos entre
indivíduos, entre indivíduos e grupos internos à organização, entre grupos pertencentes à organização ou conflitos da
organização com outras organizações, através de utilização de técnicas, práticas e processos. Para determinar como esta
gestão deve ser feita, existe a necessidade de estudar o processo do conflito, seu início e estágios.
Os conflitos existem desde o início da humanidade, fazem parte do processo de adaptação e desenvolvimento
dos seres humanos e são necessários para o crescimento de qualquer sistema familiar, social, político e organizacional.
É possível pensar as inúmeras alternativas para indivíduos e grupos lidarem com os conflitos. Estes podem ser
ignorados ou abafados, ou sanados e transformados num elemento auxiliar no desenvolvimento e crescimento de uma
sociedade ou organização.
Se observarmos a história, até há pouco tempo a ausência de conflitos era encarada como expressão de bom
ambiente, boas relações e, no caso das organizações, como sinal de competência.
Alguns profissionais viam o conflito de forma negativa, como resultante da ação e do comportamento de
pessoas indesejáveis, associado à agressividade, ao confronto físico e verbal e a sentimentos negativos, os quais eram
considerados prejudiciais ao bom relacionamento entre as pessoas e, consequentemente, ao bom funcionamento das
organizações.
6.1 UMA VISÃO POSITIVA DO CONFLITO
O conflito é fonte de ideias novas, podendo levar a discussões abertas sobre determinados assuntos, o que se
revela positivo, pois permite a expressão e exploração de diferentes pontos de vista, interesses e valores.
Em alguns momentos, e em determinados níveis, o conflito pode ser considerado necessário se não se quiser
entrar num processo de estagnação. Desta forma, os conflitos não são necessariamente negativos; a maneira como
lidamos com eles é que pode gerar algumas reações.
A gestão de conflitos consiste exatamente na escolha de estratégias mais adequadas para se lidar com cada
tipo de situação.
Para entender um pouco mais a visão positiva de conflito melhor conceituá-lo aqui como um processo onde
uma das partes envolvidas percebe que a outra parte frustrou ou irá frustrar os seus interesses. Isto quer dizer que no dia-
a-dia vivemos o conflito de diferentes maneiras: quantas vezes as pessoas não atravessam nosso caminho, dificultando
ou mesmo impedindo o sucesso de nossos objetivos? Assim, o conflito não deve ser visto apenas como impulsionador
de agressões, disputas ou ataques físicos, mas como um processo que começa na nossa percepção e termina com a
adoção de uma ação adequada e positiva.
28 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
6.2 CAUSAS POSSÍVEIS DO CONFLITO
Para a correta administração do conflito é importante que sejam conhecidas as possíveis causas que levaram ao seu
surgimento. Dentre elas, é possível cita como segue.
6.2.1 Experiência de frustração de uma ou ambas as partes
Incapacidade de atingir uma ou mais metas e/ou de realizar e satisfazer os seus desejos, por algum tipo de
interferência ou limitação pessoal, técnica ou comportamental;
6.2.2 Diferenças de personalidade
São invocadas como explicação para as desavenças tanto no ambiente familiar como no ambiente de trabalho,
e reveladas no relacionamento diário através de algumas características indesejáveis na outra parte envolvida;
6.2.3 Metas diferentes
É muito comum estabelecermos e/ou recebermos metas/objetivos a serem atingidos e que podem ser
diferentes dos de outras pessoas e de outros setores, o que nos leva à geração de tensões em busca de seu alcance;
A administração de conflitos consiste exatamente na escolha das estratégias mais adequadas para se lidar com
cada tipo de situação. As diferenças em termos de informações e percepções: costumeiramente tendemos a obter
informações e analisá-las à luz dos nossos conhecimentos e referenciais, sem levar em conta que isto ocorre também
como outro lado com quem temos de conversar e/ou apresentar nossas ideias, e que este outro lado pode ter uma forma
diferente de ver as coisas.
6.3 COMO ADMINISTRAR OS CONFLITOS
Para uma eficaz resolução dos conflitos é preciso compatibilizar alguns passos a ser seguido, conhecer e
aplicar alguns saberes e, também,
E desta forma, definir o estilo a ser adotado.
Os seguintes passos são considerados de suma importância:
a) criar uma atmosfera afetiva;
b) esclarecer as percepções;
c) focalizar em necessidades individuais e compartilhadas;
d) construir um poder positivo e compartilhado;
e) olhar para o futuro e, em seguida, aprender com o passado;
f) gerar opções de ganhos mútuos;
g) desenvolver passos para a ação a ser efetivada;
h) estabelecer acordos de benefícios mútuos.
6.3.1 Saber comunicar
Para que a negociação possa ocorrer, é necessário que ambas as partes tenham as seguintes capacidades. Saber
comunicar, porque sem diálogo, não há comunicação nem solução possível para os problemas. A maioria dos erros,
omissões, irritações, atrasos e conflitos são causados por uma comunicação inadequada.
6.3.2 Saber ouvir
Ouvir atentamente, pois metas e intenções não compreendidas levam sempre a uma resolução sem sucesso.
Demonstrar interesse genuíno pela pessoa que fala e pelo assunto, evita a crítica ou tentar dirigir a conversa.
Adotar uma posição afirmativa, mostrando respeito pela outra pessoa.
6.3.3 Saber perguntar
Saber perguntar é outra faceta do ouvir ativamente, pois quem faz boas perguntas, conduz a conversa. Quanto
ao estilo a ser adotado, é recomendável adotar um estilo que leve à solução do conflito da forma mais pacífica possível.
O que vai definir seu atual estilo de administrar conflitos está diretamente ligado a duas importantes características de
comportamento: assertividade e cooperação.
6..4 POSSIBILIDADES DE ENCAMINHAMENTOS
No processo de resolução do conflito podem ocorrer diferentes encaminha- mentos, que tendem a levar a
diferentes resultados.
29 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
6.4.1 Formas de condução e Resultados para as partes conflitantes
a) Fuga: o conflito é reprimido ou negado, em virtude do sofrimento que, ao assumi-lo, pode representar; ou a busca de
sua solução é evitada, através de afastamento, recuo, dentre outros.
Solução possível: Desenvolver um ambiente afetivo, onde gere respeito pelas ideias, e atitudes. Não desistir na
primeira tentativa.
b) Impasse: quando se dá uma paralisia, devido a uma incapacidade de qualquer natureza, ou quando pelo menos uma
das partes não se dispõe a fazer concessões.
Desistência da resolução do conflito.
Solução possível: Ao gestor cabe, apresentar uma condição de negociação, ensinando as etapas dessa negociação
para ambas as partes. Considerar uma visão de futuro para ambos os lados.
c) Processo de negociação mal conduzido: dificuldade em colocar-se no lugar da outra parte, abrir mão de vantagens ou
pontos de vista pessoais, de conceder, negociar, cooperar.
Solução possível: Para resolver esse impasse o gestor deve antes estudar com cada grupo os benefícios e
consequências que impactará a cada grupo no sentido organizacional. Entender que os processos devem ser respeitados.
d) Processo de conciliação em que ambas as partes foram fazendo concessões, negociando perdas e ganhos de forma
mais equitativa possível.
e) Processo de integração em que se deu um alargamento da visão do conflito, levando as partes a analisar novas
perspectivas, superar os seus interesses e cooperar, em benefício de um bem coletivo maior ou do alcance de resultados
que irão beneficiar o trabalho conjunto e a cooperação entre si.
Resultados para as partes conflitantes
a) Perde-perde.
b) Frustração para ambas as partes.
c) Perde-ganha ou vitória-derrota: Resultado insatisfatório; inviabiliza ou dificulta um relacionamento aberto e sem
ressentimentos; ruptura, frustração para as partes.
d) Ganha-ganha: Resultado satisfatório em que as partes saem satisfeitas do acordo;
e) Consolidação do relacionamento e abertura para futuras negociações.
7 MARKETING PESSOAL
Marketing Pessoal é uma estratégia atual cujo objetivo é orientar os profissionais de qualquer categoria a
manter sua posição no emprego que têm ou a conquistar nova posição no mercado de trabalho, utilizando técnicas
adequadas e atuais, que sejam esclarecidas, competitivas e levem, de fato, à vitória desejada. Essas técnicas incluem sua
formação profissional, experiência, boa apresentação de seu currículo até sua forma de vestir, de falar, sua postura, sua
entrevista com o selecionador, seu comportamento pessoal.
Resumindo: Marketing Pessoal é um conjunto de estratégias programadas de forma consciente para (a) manter
a própria situação profissional; (b) conquistar a posição desejada no mercado de trabalho; (c) manter a empregabilidade
de forma permanente.
Hoje, não há mais lugar para a passividade, para manter a expectativa de que a empresa continuará
paternalista nos protegendo e nos conduzindo a posições mais altas e com melhor remuneração. Esse tempo acabou. O
que vale agora é a competitividade. Cada um de nós é responsável pelo seu sucesso pessoal e profissional. Somos
solicitados a ser empreendedores, a ser vencedores onde quer que estejamos. Para isso, necessitamos conhecer o
mercado, entender as mudanças e empregar técnicas também competitivas e adequadas. Para meditar Houve uma época
em que você era contratado para trabalhar em uma grande empresa, em uma carreira para toda a vida. Não havia
necessidade de se preocupar muito com sua carreira. A empresa faria isso para você. Bem, as coisas eram assim no
passado. No mundo de hoje, de competição acirrada, o lema é cada um por si. Você não pode confiar que a empresa
tome conta de você orque ela mesma não pode estar segura de que continuará a existir por tempo suficiente para isso.
Você tem de tomar conta de si mesmo (All Ries, 1991, p. 1). Portanto, para competir é preciso abandonar velhos
paradigmas, a forma tradicional de pensar que tudo continuará como no passado. As mudanças estão acontecendo com
rapidez incrível e quem não perceber isso e não procurar se adaptar à nova realidade ficará a ver navios ou vivendo de
modo nefelibático (nas nuvens).
Conclusão: “você não pode ficar esperando que a sua empresa tome conta de você. Ela está lutando pela sua
própria sobrevivência. Para ter sucesso hoje, você deve ver a si mesmo como um produto e não como um empregado. A
sua carreira está em suas próprias mãos e não nas mãos do simpático gerente de recursos humanos” (All Ries, 1991,p.2).
Bibliografias
http://www.significados.com.br/trabalho-em-equipe/ - acesso em 08.06.2016 – 15:32h.
http://www.significados.com.br/grupo/ - acesso em 08.06.2016. – 15:25h.
Disponível em: <http://dicionariocriativo.com.br/sinonimos-e-antonimos/cordialidade>. Acesso em: 13/06/2016.
Disponível em: <http://dicionariocriativo.com.br/sinonimos-e-antonimos/cordialidade>. Acesso em: 13/06/2016.
MELLO, Elson de – Apostila Gestão de Conflitos nas Organizações – 2014 – Unipublica Brasil.
MELLO, Elson de, - Apostila A Relação Interpessoais nas Organizações – 2014 – Unipublica Brasil.
30 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
Parabéns por estudar!
Agora você faz parte da classe capacitada, que contribui para o progresso nos
serviços públicos, obrigado por escolher a Unipública!
Acesse nosso face e veja suas fotos
31 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
ANOTAÇÕES:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
32 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
33 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
34 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
EM CASO DE EMERGÊNCIA
35 Curso: Câmaras Municipais Rotinas do Dia-a-Dia– 29 e 30 de Junho e 1º de Julho de 2016/Curitiba-PR
Se preferir, escreva seu nome:_______________________Cidade:___________________
Por favor, registre sua sincera opinião quanto à escola, queremos fazer ainda melhor!
1º Qual sua avaliação geral (seriedade, acomodações, valor de matrícula, etc.) da escola?
( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100
2º Qual sua avaliação para aula do professora Lucymara de Andrade Correia?
( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100
3º Qual sua avaliação para aula do professor Jonias de O. e Silva?
( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100
4º Qual sua avaliação para aula do professor Elson de Mello?
( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100
5º Qual sua avaliação geral para este curso:
( ) 50 ( ) 70 ( ) 80 ( ) 90 ( ) 100
6º Por favor, deixe sua sugestões, crítica ou elogio à escola e/ou Professores:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
7º Quais outros temas podemos lhe atender? Toda semana avaliamos esta demanda e
viabilizamos os próximos cursos:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
Muito Obrigado! Com certeza vamos levar em consideração sua opinião, faremos nosso melhor sempre!