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Camerata Nov’Arte
28 outubro 2017Pequeno Auditório / 21h / M/6 anosDuração aproximada 75 minutos
PArceiro media teMPorADA 2017
PArceiro institucionAl
Camerata Nov’ArteLuís Carvalho direção musical
Raquel Lima flauta
Luís Alves oboé
Ricardo Alves clarinete
Virgílio Oliveira fagote
Henrique Portovedo saxofone
Jaime Resende trompa
Pedro Silva trompete
Ricardo Antão eufónio
Carisa Marcelino acordeão
Angelica Salvi harpa
Mário Teixeira percussão
Marcelo Pinho percussão
Augusto Trindade violino
Tiago Santos violino
Vítor Vieira violino
Suzanna Lidegran violino
Hugo Diogo viola
Ana Sofia Sousa viola
Ângela Carneiro violoncelo
Carina Albuquerque violoncelo
Samuel Abreu contrabaixo
Susana Cordeiro coordenadora de produção
José Fernando Vieira técnico de produção
Gustav Mahler sinfonia n.º 10, em Fá sustenido maior (1910, inacabada) | reinvenção
dos esboços para grande ensemble por luís carvalho (2011-2012/rev. 2013-2014)
I. adagio-andante
II. Scherzo i
III. Purgatorio
IV. Scherzo ii
V. Finale: adagio-allegro-adagio
Foto De cAPA: luís cArvAlho © susAnA neves
CCB > CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ELíSIO SuMMAVIELLE PresiDente / ISAbEL CORDEIRO vogAl / LuíSA TAVEIRA vogAl / secretAriADo JOÃO CARé / LuíSA INêS FERNANDES / RICARDO CERquEIRA
DIREÇÃO DE ARTES PERFORMATIVAS ProgrAMAção ANDRé CuNHA LEAL / FERNANDO LuíS SAMPAIO / DePArtAMento De oPerAções / coorDenADorA PAuLA FONSECA / ProDução INêS CORREIA / PATRíCIA SILVA / HuGO CORTEz / JOÃO LEMOS / VERA ROSA / Direção De cenA PATRíCIA COSTA / JOSé VALéRIO / TÂNIA AFONSO / CATARINA SILVA / FRANCISCA RODRIGuES / SOFIA SANTOS / secretAriADo Do DePArtAMento De oPerAções SOFIA MATOS
DEPARTAMENTO TéCNICO coorDenADor PEDRO RODRIGuES / cheFe técnico De PAlco RuI MARCELINO / ADjunto DA coorDenAção técnicA PEDRO CAMPOS / técnicos PrinciPAis LuíS SANTOS / RAuL SEGuRO / técnicos executivos F. CÂNDIDO SANTOS / CéSAR NuNES / JOSé CARLOS ALVES / HuGO CAMPOS / MáRIO SILVA / RICARDO MELO / RuI CROCA / HuGO COCHAT / DANIEL ROSA / JOÃO MOREIRA / FábIO RODRIGuES / cheFe técnico De AuDiovisuAis NuNO GRáCIO / cheFe De equiPA De AuDiovisuAis NuNO bIzARRO / técnicos De AuDiovisuAis EDuARDO NASCIMENTO / PAuLO CACHEIRO / NuNO RAMOS / MIGuEL NuNES / cheFe De MAnutenção PAuLO SANTANA / técnicos De MAnutenção LuíS TEIxEIRA / VíTOR HORTA / secretAriADo Do DePArtAMento técnico YOLANDA SEARA
“Pode dizer-se que a que a Décima sinfonia é (ou viria a ser) mais grandiosa do que a nona.”
Michael Kennedy, in Mahler [Master Musicians Series], 1990
nos últimos anos de vida gustav Mahler compõe intensamente, criando uma trilogia final de obras que nunca chegou a ouvir, e que nunca chegou a ter hipótese de rever, como era seu hábito. no entanto, e enquanto para das Lied von der erde e para a sinfonia n.º 9 deixou duas partituras completamente acabadas e orquestradas, em suma, prontas para serem estreadas, da sinfonia n.º 10, composta no último ano de vida, deixou apenas, ainda que bastante elaborado, um esboço contínuo de uma obra em cinco andamentos. das Lied von der erde foi estreada em Munique logo após a morte de Mahler (20 de novembro de 1911), e a sinfonia n.º 9 em viena, no ano seguinte (26 de junho de 1912), ambas as apresentações dirigidas por Bruno Walter, antigo discípulo e protegido do compositor. A sinfonia n.º 10, por motivos óbvios, ficou de fora destas manifestações póstumas, mas a palavra foi passando dando conta que o compositor havia deixado consistentes rascunhos finais para uma derradeira sinfonia. A história da recuperação da décima começa, por isso, logo em 1924, quando ernst Křenek, coadjuvado por Alban Berg e Alexander Zemlinsky, cria, a pedido da viúva do compositor, Alma, uma primeira versão de concerto do adagio inicial e do Purgatorio (terceiro andamento). esta versão é estreada ainda nesse mesmo ano em viena, mas apenas em 1951 é finalmente publicada, e em nova iorque, pela Associated Music Publishers (AMP). Por esta altura, já clinton carpenter, um norte-americano de chicago, havia iniciado o seu trabalho sobre os rascunhos da sinfonia n.º10 (1946-1966), tentando a sua orquestração/recuperação na totalidade. seguiram-se-lhe dois britânicos, joseph [joe] Wheeler (1953-1965) e Deryck cooke (1960-1976), ainda que em completo desconhecimento um do outro. Mas é esta última versão, a de cooke, que se veio a tornar praticamente standard por todo o mundo nas últimas décadas, sendo, nomeadamente, a mais gravada até ao presente. este facto não impediu, porém, que outras propostas de recuperação da obra viessem a público mais recentemente,
e assim foram aparecendo novas leituras dos esboços por remo Mazzetti jr., norte-americano (1.ª versão de 1983-85; 2.ª versão de 1997-99), rudolf Barshai, russo (2000), a dupla italiana nicola samale e giuseppe Mazzuca (2001), e ainda o israelo-americano Yoel gamzou (1.ª versão de 2003-10; 2.ª versão de 2012). todas estas realizações da décima são para a tradicional grande orquestra sinfónica mahleriana, mas mais recentemente (2012) Michelle castelletti, uma maltesa radicada no reino unido, propôs uma abordagem alternativa a recuperação da obra, inspirada no conceito de redução orquestral de grandes obras do repertório sinfónico que havia sido introduzido por schoenberg e seus discípulos na sociedade Privada de concertos em viena, ainda na década de 1920. A presente “reinvenção dos esboços” deixados por Mahler para a sinfonia n.º 10 em Fá sustenido maior foi realizada entre 2011 e 2012, e impulsionada pelas comemorações do jubileu do compositor: 150 anos do nascimento (1860 – 2010) e 100 anos da morte (1911 – 2011). Pensada de raiz para um grande ensemble de 21 instrumentistas, praticamente todos solistas, toma também a perspectiva de recriar o universo musical mahleriano através de em formato instrumental mais condensado, mas tentando, ainda assim, salvaguardar uma certa grandiosidade sonora ao diversificar os timbres instrumentais utilizados, em linha com práticas mais atuais. sonoridades tão inusuais a música do romantismo como o acordeão, o saxofone, o clarinete-contrabaixo ou as mais variadas percussões são aqui utilizadas para criar ambiências sonoras mais modernas e dar maior riqueza ao discurso musical. Mahler foi ele próprio um grande inovador na arte da orquestração do seu tempo, e é precisamente essa sua curiosidade, essa sua procura pela originalidade tímbrica que se pretende transportar para os nossos dias, tomando assim uma abordagem a recuperação da obra que pode considerar-se pós-moderna.
luís cArvAlho MAio, 2014
o Autor escreve segunDo o Antigo AcorDo ortográFico
C A M E R A T A N O V ’ A R T Ecamerata nov’Arte é um projeto musical de base
no Porto que, numa perspetiva de salutar troca de
experiências, integra desde instrumentistas e cantores
de reconhecida carreira no panorama artístico nacional,
a jovens freelancers no início do seu percurso, bem
como professores do ensino especializado da Música. o
ponto unificador é o mérito e o talento, aliados a uma
vontade de (re)criar a arte dos sons em cada concerto.
Propondo-se como uma estrutura leve e flexível,
a camerata nov’Arte insere-se numa filosofia de
formação de geometria variável. em cada momento
e em cada espetáculo, assume o efetivo instrumental
específico para o projeto que está a desenvolver, sendo
no entanto a formação ideal um ensemble onde a
maioria dos naipes da orquestra está representada,
ao mesmo tempo que se aposta também em timbres
instrumentais mais modernos e inusuais. o objetivo é,
por um lado, proporcionar maior diversidade tímbrica
ao grupo, possibilitando ao mesmo tempo que cada
elemento assuma igualmente uma posição solística, o
que propicia ao ouvinte uma experiência auditiva mais
rica. Por outro, alarga-se o leque de repertório alvo,
que se pretende seja vasto, eclético e representativo
das mais variadas estéticas da história da música, do
barroco a contemporaneidade, onde, com inegável
sentido de missão, especial atenção é dada a música
portuguesa, quer ao nível de compositores, quer dos
intérpretes. sob a direção artística e musical de luís
carvalho, seu fundador, o grupo tem desenvolvido
projetos artísticos diferenciados e inovadores,
nomeadamente cruzamentos disciplinares com teatro
e programas temáticos como os ciclos Romantismo
à lupa e impressionismo à lupa, onde se abordam
obras do grande repertório sinfónico em formatos
instrumentais mais concentrados (no espírito da
sociedade Privada de concertos, fundada por Arnold
schoenberg e seus seguidores nos anos 1920, em
viena), ou Classicismo, Neoclassicismo, Revivalismo
e Barroco/Neo-Barroco, onde compositores clássicos
são justapostos com outros mais modernos.
A camerata nov’Arte estreou-se em 2011 no âmbito
do xix cistermúsica – Festival de Música de Alcobaça,
e desde então tem-se apresentando em importantes
eventos de dimensão nacional e internacional, como
o Festival jovens Músicos da rDP/Antena 2 (lisboa),
os Festivais de outono (Aveiro) ou o Festival
internacional de Música de verão de Paços de Brandão,
e em salas como o grande Auditório da Fundação
calouste gulbenkian (lisboa), o cine-teatro joão
d’oliva Monteiro (Alcobaça) ou o Museu Amadeo
de souza-cardoso (Amarante). Pontos altos do seu
percurso incluem a estreia absoluta da “reinvenção
dos esboços para grande ensemble” gizada
por luís carvalho para a sinfonia n.º 10 (inacabada)
de gustav Mahler, a primeira audição mundial da obra
Septeto, de sérgio Azevedo, a estreia portuguesa de
all the echoes listen, do compositor espanhol eduardo
soutullo, e ainda uma aclamada digressão no Brasil
(estado do espírito santo) em julho de 2013.
L u í S C A R V A L H OMaestro, compositor e clarinetista, luís carvalho
distingue-se como um dos mais versáteis músicos
portugueses da sua geração. Apresentou-se em
recitais e concertos um pouco por todo o mundo,
muitas vezes estreando as suas próprias obras e de
outros compositores contemporâneos portugueses
e estrangeiros, várias das quais tendo-lhe sido
expressamente dedicadas. Doutorado em Música
pela universidade de Aveiro, foi galardoado em
diversos concursos, destacando-se o Prémio para
o Melhor Aluno do curso (esMAe/1994), e os
prémios obtidos no concurso de interpretação do
estoril (2001) e no 4.º concurso internacional de
composição da Póvoa de varzim, pela sua obra
orquestral metamorphoses… hommage à m. C.
escher (2009). Foi ainda vencedor da Audição
para jovens Maestros organizada pela orquestra
Metropolitana de lisboa (2010), e nomeado para
o Prémio Autores da sPA (sociedade Portuguesa
de Autores) por outra sua obra orquestral, Nise
Lacrimosa, em 2012. já em 2013, foi distinguido
pelo jornal nortenho audiência com o troféu
Prestígio, pela sua carreira dedicada a música.
Dirige as mais importantes orquestras nacionais,
como a sinfónica Portuguesa (lisboa), a nacional
do Porto, a Metropolitana de lisboa, a orquestra
do Algarve, a Filarmonia das Beiras (Aveiro), a
clássica da Madeira, a orquestra de câmara
Portuguesa (lisboa), a sinfónica da Póvoa de
varzim, a sinfónica da universidade de Aveiro, a
sinfónica da esArt (castelo Branco), a sinfónica do
conservatório de Música do Porto, a sinfónica da
ePMvc (viana do castelo), a clássica de espinho
ou a Banda sinfónica Portuguesa, e no estrangeiro
aparece com agrupamentos vários na rússia,
itália, hungria, espanha e Finlândia. é fundador e
diretor artístico e musical da camerata nov’Arte,
com a qual tem desenvolvido projetos artísticos
inovadores, incluindo uma aclamada digressão no
Brasil (2013).
igualmente reconhecido como compositor, obras
suas têm sido apresentadas em Portugal, espanha,
França, Alemanha, holanda, venezuela e Brasil,
por intérpretes e agrupamentos de renome,
portugueses e estrangeiros. recebeu encomendas
de importantes instituições como o cistermúsica –
Festival de Música de Alcobaça, a Banda sinfónica
Portuguesa, o simantra – grupo de Percussão,
a Associação Portuguesa da viola d’Arco [APvdA],
e solistas como Abel Pereira (trompa), sérgio
carolino (tuba) e victor Pereira (clarinete).
Participa em cerca de uma vintena de cD, quer
como clarinetista, maestro ou compositor,
e em etiquetas como numérica, casa da Música,
Afinaudio ou Public Art.
é docente da universidade de Aveiro.
www.luiscarvalho.com
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#ccbelem#amigoccb
A não perder2 novembrosala luís de Freitas Branco / 19h / M/6
coprodução ccB/Antena 2 quintas às 7integral da Música de câmara de joly Braga santos (1924-1988)quarteto lopes-graça
Joly braga Santos quarteto n.º 1, op. 4, em ré quarteto n.º 2, op. 29, em lá
este é o primeiro de uma série de concertos no ccB em que será interpretada a música de câmara integral de joly Braga santos. joly Braga santos (1924 –1988) é uma das principais figuras da música portuguesa do século xx. sinfonista fecundo e inspirado, chefe de orquestra, diretor de gravação da rDP, crítico musical e pedagogo, a sua ação multiforme foi um fator impulsionador da atividade musical da sua época e a sua obra de compositor estará para sempre considerada entre as grandes realizações artísticas de matriz autoral portuguesa.o quarteto lopes-graça, constituído por músicos com notáveis carreiras solísticas e camerísticas, professores da escola de Música do conservatório nacional, reuniu a música de câmara instrumental de joly Braga santos para este concerto no quintas Às 7, bem como para uma posterior edição discográfica.
OuTROS DESCONTOSSó aplicados a bilhetes superiores a 12€ para espetáculos com Produção CCb• 30% Desconto cartão Amigo ccB (individual, sénior, jovem e Família) • 50% para bilhetes de última hora, a partir de 30 minutos antes do início do espetáculo (apenas para bilhetes adquiridos na bilheteira do ccB)• 20% para menores de 25 anos e maiores de 65 ( exceto 1ª Plateia no grande Auditório)• 10% para titulares do cartão FnAc (apenas para bilhetes adquiridos nos postos de atendimento) • 25% para clientes da cP (apenas para bilhetes adquiridos nos postos de atendimento)• 50% para desempregados (contra apresentação de comprovativo do ieFP; apenas para bilhetes adquiridos nos postos de atendimento) • quota limitada de bilhetes a 5€ para estudantes e profissionais de espetáculo. Desconto válido exclusivamente para o 2.º balcão do grande Auditório e para laterais no Pequeno Auditório (apenas para bilhetes adquiridos na bilheteira ccB)