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Campo Grande - MS | Terça-feira, 2 de junho de 2015 o Estado Mato Grosso do Sul A3 [email protected] Política Todos os deputados estaduais, federais, senadores e eu vamos sentar e conversar nos municípios sobre os pleitos de 2016 André Puccinelli, ex-governador de Mato Grosso do Sul Enxugamento A ordem na Prefeitura de Campo Grande é “apertar os cintos”, o que deve gerar economia em salários na ordem de R$ 800 mil apenas na Funsat (Fundação Social do Trabalho) neste ano. Esta, ao menos, é a expectativa do diretor-presidente da instituição, Cícero Ávila, que prestou depoimento à CPI das Contas Públicas da Câmara da Capital, ontem. Segundo ele, a cifra poderá ser atingida após uma série de cortes em gratificações e demissões de servidores comissionados, que, de uma despesa de R$ 3,6 milhões com pessoal até o final do ano, já projeta gastos de R$ 2,8 milhões. Resultados Ontem, a gestão de Olarte divulgou relatório no qual reforça o momento ruim das finanças, mas lembra que a demissão de 230 comissionados reduziu em quase R$ 12 milhões as despesas com pessoal. Com isso, a folha de pagamento recuou de R$ 108,6 milhões para R$ 96,8 milhões em abril Sinal Que Nelsinho Trad e o irmão Marquinhos estão descontentes no PMDB não é novidade. Contudo, fala de André Puccinelli deixou claro ontem o desembarque dos Trads da legenda: questionado sobre a atuação de Nelsinho no partido, o ex-governador afirmou que ele “vai embora”. Expectativa Apesar da fala de André, a saída de Nelsinho e Marquinhos ainda é contemporizada no PMDB. O presidente regional do partido, Junior Mochi disse que a decisão é pessoal e há expectativa de que eles não saiam. “Faz falta, pois não discutimos somente Campo Grande, mas todo o Estado” Ausência Na reunião convocada pelo PMDB, ontem, houve quem sentisse a falta de Marquinhos –que não faz parte da Executiva estadual do partido, porém, conforme Mochi, foi convidado. O ex-deputado Fábio Trad, irmão de Nelsinho e Marquinhos, já deixou o PMDB disparando contra os rumos dados à legenda. Ele também criticou a falta de apoio do partido a Nelsinho na eleição para o governo. De volta... Único “sem partido” da Câmara da Capital, o vereador José Chadid parece ter resolvido a questão. Ao menos foi o que disse ontem o governador Reinaldo Azambuja, ao dizer que o parlamentar acertou as bases para voltar ao PSDB … para casa Reinaldo entregou a filiação ao comentar a posição do PSDB sobre o pedido de comissão processante aberto contra Gilmar Olarte. “Sobre o prefeito Olarte, hoje temos o Chadid e o João Rocha (vereador tucano). Será uma decisão deles”. Motivo Suplente de vereador que assumiu no lugar da vice- governadora Professora Rose, Chadid foi alvo de processo de expulsão no PSDB quando aceitou convite do prefeito cassado Alcides Bernal para assumir a Secretaria de Educação. Aniversariante O prefeito da Capital comemorou aniversário sábado, em um culto de ação de graças em uma das sedes da Assembleia de Deus Nova Aliança, fundada por Olarte e na qual congrega com a mulher, Andreia. A festa atraiu vereadores, secretários, funcionários e muitos fiéis, e mostrou que, ao contrário do que se tenta ilustrar, Olarte segue com muitos aliados. Aldeias 1 Zeca do PT acompanhou domingo (31) a comitiva do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Paulo Pimenta (PT-RS) a áreas que os guaranis-kaiowás reivindicam em Caarapó e Juti. Representantes do Ministério Público, Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, Funai e Polícia Federal também foram ao local, entre outras entidades Aldeias 2 A intenção de Zeca foi expor a situação em que os indígenas vivem na região, sobretudo por dificuldades no acesso à saúde –muitas vezes ignorados pela Secretaria de Saúde Indígena e a Missão Cauiá. No vermelho O friozinho que chegou em junho trouxe também uma conta de energia que se manterá mais cara: a Aneel man- teve a bandeira vermelha nas tarifas, o que significa acrés- cimo de R$ 5,50 na conta a cada 100 kWh consumidos. Colaboraram Liziane Berrocal, Mariana Anjos, Danilo Galvão e Humberto Marques DE ROBERTO DURÃES, suplente de vereador de Campo Grande pelo PT, sobre sua posição acerca de votação na Câmara Municipal do pedido de comissão processante contra o prefeito Gilmar Olarte. Não posso me basear só em clamor público e no que sai no jornal Parlamentares trabalham com a possibilidade de convocação ocorrer só na semana que vem Câmara Municipal Convocação de ‘novos vereadores’ atrasa votação sobre processante Thais Helena reforçou que cabe ao Tribunal Regional Eleitoral determinar trâmites para a convocação dos suplentes Liziane Berrocal e Danilo Galvão O suspense sobre a aber- tura ou não da comissão pro- cessante contra o prefeito Gilmar Olarte (PP) proposta pelos vereadores petistas Thais Helena e Alex e por Luiza Ribeiro (PPS) deverá durar até a próxima semana, devido à burocracia que cerca a posse dos suplentes Aldo Do- nizeti (PPS), Roberto Durães e Elbio dos Santos (ambos do PT). Eles deverão votar no lugar dos autores do pedido de investigação, que por apre- sentarem o documento estão impedidos de participar da análise do caso. O requerimento foi protoco- lado em 12 de maio, durante tumultuada sessão ordinária que quase foi interrompida por incômodo dos vereadores, em virtude da “visita do barulho” de profissionais da educação em greve. A oposição entregou em mãos ao presidente da Câ- mara, Mario Cesar (PMDB), o documento que cobrava inves- tigações do chefe do Executivo por sete acusações –variando de uso de aeronave particular para viagem a Brasília a falha na divulgação de dados, e incluindo ainda investigações Izaias Medeiros/CMCG/Divulgação do Ministério Público sobre troca de cheques nas eleições de 2012, fato já rebatido por Olarte e outros investigados. Pedido de diplomação e convocação de servidor atrasam cronograma A votação sobre a abertura da investigação, pelos planos da oposição, deveria acontecer nesta terça-feira (2), mas fi- cará para 9 de junho. Isso porque o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) recebeu so- mente na sexta-feira (29) o pedido de diplomação de Elbio dos Santos. A demora na con- vocação de Donizeti, que é servidor público da Justiça Estadual e, por isso, precisa se licenciar do cargo antes de votar, além de uma sessão co- munitária na quarta-feira (3) no Jardim Botafogo e o feriado de Corpus Christi na quinta (4) também interfeririam no cronograma da oposição. Thais Helena e Luiza se dizem indignadas com a de- mora. “Eu assinei o pedido pela (comissão) processante, sei quem é o meu suplente (quem vota), mas quem pre- cisa responder o ofício da Câmara é o TRE”, diz Thais. Luiza, por sua vez, man- tinha na manhã da segunda- -feira (1) fé cega sobre a vo- tação do pedido em 24 horas. “Como assim diplomação dos suplentes? Todos já foram definidos após o término da eleição. Se colocarem entrave teremos de questionar a presi- dência da Câmara Municipal. Não pode haver dois pesos e duas medidas”, avalia a ve- readora, que não descarta à Justiça quando for oficializada a necessidade de 20 votos para a autorização. O próprio Aldo Donizetti explica. “Pelo Estatuto do Ser- vidor eu preciso ser convocado e pedir a afastamento do meu cargo 48 horas antes, ou o meu voto pode até ser nulo. Não tem como ser convocado na hora, igual falaram”, disse o suplente de vereador, que é oficial de Justiça. Os suplentes dos verea- dores Thais Helena, Luiza Ribeiro e Alex do PT, que deverão assumir o cargo por apenas algumas horas para votar o pedido para instalação de comissão pro- cessante contra o prefeito Gilmar Olarte na Câmara da Capital, declararam que apesar de estarem na opo- sição, terão posturas inde- pendentes em seus votos. É o caso de Aldo Donizete. “A ten- dência é votar pela abertura da comissão processante, pois foi um pedido do PPS. No entanto, ainda não tive acesso à denúncia e preciso saber qual o teor para falar com certeza”, declarou. Já o petista Roberto Du- rães tem o discurso de que é “101% a favor da abertura da comissão processante”, no entanto, adota a mesma postura quando a opinião é sobre uma possível cassação. “Tive acesso à denúncia, mas temos de ter a responsa- bilidade à luz do direito, e não posso me basear só em clamor público e no que sai no jornal. Sou independente e não tenho grilhões”. Partidário, o petista Elbio dos Santos prefere ouvir as lideranças da sigla. Tanto que está em Brasília, onde deve se reunir nesta terça- -feira com o senador Delcídio do Amaral e os deputados fe- derais Vander Loubet e Zeca do PT. “Eu sou partidário e sigo o que eles decidirem”, afirmou o suplente, que ainda não foi convocado para a di- plomação e declarou que está sendo informado do processo somente pela imprensa. (LB) Procuradoria Jurídica fez análise legal de requerimento Humberto Marques Os trâmites para votação do pedido para instalação de comissão processante na Câmara Municipal de Campo Grande, com o intuito de inves- tigar o prefeito Gilmar Olarte (PP), precisou, primeiro, ser analisado pela Procuradoria Jurídica da Casa de Leis, res- ponsável por identificar se o pedido atende às exigências legais para ir a votação. O aval foi dado na semana passada e, em seguida, o do- cumento seria distribuído aos vereadores para, finalmente, ser colocado em apreciação do plenário. Para isso, contanto, é necessário que sejam defi- nidos os suplentes de vereador que votarão, conforme o pro- curador da Câmara Fernando Pineis, chefe de Gabinete da Presidência da Casa. No entanto, alguns vere- adores dizem que ainda não tiveram acesso ao documento –embora suplentes digam que já acessaram os papéis. Além disso, houve um impasse en- volvendo a convocação de um dos suplentes: Lúcio Maciel (PT) seria convocado no lugar de Elbio dos Santos, mas teve as contas da campanha de 2012 rejeitadas pela Justiça Eleitoral, o que, em tese, im- pede sua posse na Câmara. Oposição precisa de 20 votos, mas apenas 9 já declararam apoio Para o pedido ser aprovado, a oposição precisa de 20 dos 29 votos do plenário. Até aqui con- tabiliza nove –faltando, assim 11 vereadores, um a menos que o total de parlamentares que se declaram indecisos ou se negam a antecipar o voto. Contudo, destes, a expecta- tiva é de um maior número de vereadores contrários à apro- vação da processante, seja por análise técnica ou política dos fatos. A necessidade de juntar tantos votos é vista como um “desafio” pelos opositores de Olarte. A vereadora Thais He- lena, que reconhece as difi- culdades em atingir o placar, espera que os vereadores se atenham a pontos técnicos das acusações –já rebatidas pelo prefeito. (Com DG) Suplentes dizem que estão livres de ‘grilhões’ sobre votação na Câmara Assinando O Estado você recebe em sua casa, todos os dias, um jornal que trabalha para proporcionar informação com credibilidade 67 3345-9000 Assine já.

Campo Grande - MS | Terça-feira, 2 de junho de 2015 A3 ... · ontem. Segundo ele, a cifra poderá ser atingida após uma ... Chadid parece ter resolvido a questão. Ao menos foi

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Page 1: Campo Grande - MS | Terça-feira, 2 de junho de 2015 A3 ... · ontem. Segundo ele, a cifra poderá ser atingida após uma ... Chadid parece ter resolvido a questão. Ao menos foi

Campo Grande - MS | Terça-feira, 2 de junho de 2015 o EstadoMato Grosso do Sul

A3

[email protected]ítica Todos os deputados estaduais, federais, senadores e eu vamos

sentar e conversar nos municípios sobre os pleitos de 2016André Puccinelli, ex-governador de Mato Grosso do Sul

EnxugamentoA ordem na Prefeitura de Campo Grande é “apertar os

cintos”, o que deve gerar economia em salários na ordem de R$ 800 mil apenas na Funsat (Fundação Social do Trabalho) neste ano. Esta, ao menos, é a expectativa do diretor-presidente da instituição, Cícero Ávila, que prestou depoimento à CPI das Contas Públicas da Câmara da Capital, ontem. Segundo ele, a cifra poderá ser atingida após uma série de cortes em gratificações e demissões de servidores comissionados, que, de uma despesa de R$ 3,6 milhões com pessoal até o final do ano, já projeta gastos de R$ 2,8 milhões.

ResultadosOntem, a gestão de Olarte divulgou relatório no qual reforça

o momento ruim das finanças, mas lembra que a demissão de 230 comissionados reduziu em quase R$ 12 milhões as despesas com pessoal. Com isso, a folha de pagamento recuou de R$ 108,6 milhões para R$ 96,8 milhões em abril

SinalQue Nelsinho Trad e o irmão Marquinhos estão

descontentes no PMDB não é novidade. Contudo, fala de André Puccinelli deixou claro ontem o desembarque dos Trads da legenda: questionado sobre a atuação de Nelsinho no partido, o ex-governador afirmou que ele “vai embora”.

ExpectativaApesar da fala de André, a saída de Nelsinho e Marquinhos

ainda é contemporizada no PMDB. O presidente regional do partido, Junior Mochi disse que a decisão é pessoal e há expectativa de que eles não saiam. “Faz falta, pois não discutimos somente Campo Grande, mas todo o Estado”

AusênciaNa reunião convocada pelo PMDB, ontem, houve quem

sentisse a falta de Marquinhos –que não faz parte da Executiva estadual do partido, porém, conforme Mochi, foi convidado. O ex-deputado Fábio Trad, irmão de Nelsinho e Marquinhos, já deixou o PMDB disparando contra os rumos dados à legenda. Ele também criticou a falta de apoio do partido a Nelsinho na eleição para o governo.

De volta...Único “sem partido” da Câmara da Capital, o vereador José

Chadid parece ter resolvido a questão. Ao menos foi o que disse ontem o governador Reinaldo Azambuja, ao dizer que o parlamentar acertou as bases para voltar ao PSDB

… para casaReinaldo entregou a filiação ao comentar a posição do

PSDB sobre o pedido de comissão processante aberto contra Gilmar Olarte. “Sobre o prefeito Olarte, hoje temos o Chadid e o João Rocha (vereador tucano). Será uma decisão deles”.

MotivoSuplente de vereador que assumiu no lugar da vice-

governadora Professora Rose, Chadid foi alvo de processo de expulsão no PSDB quando aceitou convite do prefeito cassado Alcides Bernal para assumir a Secretaria de Educação.

AniversarianteO prefeito da Capital comemorou aniversário sábado, em

um culto de ação de graças em uma das sedes da Assembleia de Deus Nova Aliança, fundada por Olarte e na qual congrega com a mulher, Andreia. A festa atraiu vereadores, secretários, funcionários e muitos fiéis, e mostrou que, ao contrário do que se tenta ilustrar, Olarte segue com muitos aliados.

Aldeias 1Zeca do PT acompanhou domingo (31) a comitiva do

presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Paulo Pimenta (PT-RS) a áreas que os guaranis-kaiowás reivindicam em Caarapó e Juti. Representantes do Ministério Público, Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, Funai e Polícia Federal também foram ao local, entre outras entidades

Aldeias 2A intenção de Zeca foi expor a situação em que os

indígenas vivem na região, sobretudo por dificuldades no acesso à saúde –muitas vezes ignorados pela Secretaria de Saúde Indígena e a Missão Cauiá.

No vermelhoO friozinho que chegou em junho trouxe também uma

conta de energia que se manterá mais cara: a Aneel man-teve a bandeira vermelha nas tarifas, o que significa acrés-cimo de R$ 5,50 na conta a cada 100 kWh consumidos.

Colaboraram Liziane Berrocal, Mariana Anjos, Danilo Galvão e Humberto Marques

DE ROBERTO DURÃES, suplente de vereador de Campo Grande pelo PT, sobre sua posição acerca de votação na Câmara Municipal do pedido de comissão processante contra o prefeito Gilmar Olarte.

Não posso me basear só em clamor público e no que sai no jornal

Parlamentares trabalham com a possibilidade de convocação ocorrer só na semana que vem

Câmara Municipal

Convocação de ‘novos vereadores’ atrasa votação sobre processante

Thais Helena reforçou que cabe ao Tribunal Regional Eleitoral determinar trâmites para a convocação dos suplentes

Liziane Berrocal e Danilo Galvão

O suspense sobre a aber-tura ou não da comissão pro-cessante contra o prefeito Gilmar Olarte (PP) proposta pelos vereadores petistas Thais Helena e Alex e por Luiza Ribeiro (PPS) deverá durar até a próxima semana, devido à burocracia que cerca a posse dos suplentes Aldo Do-nizeti (PPS), Roberto Durães e Elbio dos Santos (ambos do PT). Eles deverão votar no lugar dos autores do pedido de investigação, que por apre-sentarem o documento estão impedidos de participar da análise do caso.

O requerimento foi protoco-lado em 12 de maio, durante tumultuada sessão ordinária que quase foi interrompida por incômodo dos vereadores, em virtude da “visita do barulho” de profissionais da educação em greve. A oposição entregou em mãos ao presidente da Câ-mara, Mario Cesar (PMDB), o documento que cobrava inves-tigações do chefe do Executivo por sete acusações –variando de uso de aeronave particular para viagem a Brasília a falha na divulgação de dados, e incluindo ainda investigações

Izaias Medeiros/CMCG/Divulgação

do Ministério Público sobre troca de cheques nas eleições de 2012, fato já rebatido por Olarte e outros investigados.

Pedido de diplomação e convocação de servidor atrasam cronograma

A votação sobre a abertura da investigação, pelos planos da oposição, deveria acontecer nesta terça-feira (2), mas fi-cará para 9 de junho. Isso porque o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) recebeu so-mente na sexta-feira (29) o pedido de diplomação de Elbio dos Santos. A demora na con-vocação de Donizeti, que é servidor público da Justiça

Estadual e, por isso, precisa se licenciar do cargo antes de votar, além de uma sessão co-munitária na quarta-feira (3) no Jardim Botafogo e o feriado de Corpus Christi na quinta (4) também interfeririam no cronograma da oposição.

Thais Helena e Luiza se dizem indignadas com a de-mora. “Eu assinei o pedido pela (comissão) processante, sei quem é o meu suplente (quem vota), mas quem pre-cisa responder o ofício da Câmara é o TRE”, diz Thais.

Luiza, por sua vez, man-tinha na manhã da segunda--feira (1) fé cega sobre a vo-tação do pedido em 24 horas. “Como assim diplomação dos

suplentes? Todos já foram definidos após o término da eleição. Se colocarem entrave teremos de questionar a presi-dência da Câmara Municipal. Não pode haver dois pesos e duas medidas”, avalia a ve-readora, que não descarta à Justiça quando for oficializada a necessidade de 20 votos para a autorização.

O próprio Aldo Donizetti explica. “Pelo Estatuto do Ser-vidor eu preciso ser convocado e pedir a afastamento do meu cargo 48 horas antes, ou o meu voto pode até ser nulo. Não tem como ser convocado na hora, igual falaram”, disse o suplente de vereador, que é oficial de Justiça.

Os suplentes dos verea-dores Thais Helena, Luiza Ribeiro e Alex do PT, que deverão assumir o cargo por apenas algumas horas para votar o pedido para instalação de comissão pro-cessante contra o prefeito Gilmar Olarte na Câmara da Capital, declararam que apesar de estarem na opo-sição, terão posturas inde-pendentes em seus votos. É o caso de Aldo Donizete. “A ten-dência é votar pela abertura da comissão processante, pois foi um pedido do PPS. No entanto, ainda não tive acesso à denúncia e preciso saber qual o teor para falar com certeza”, declarou.

Já o petista Roberto Du-rães tem o discurso de que é “101% a favor da abertura da comissão processante”,

no entanto, adota a mesma postura quando a opinião é sobre uma possível cassação. “Tive acesso à denúncia, mas temos de ter a responsa-bilidade à luz do direito, e não posso me basear só em clamor público e no que sai no jornal. Sou independente e não tenho grilhões”.

Partidário, o petista Elbio dos Santos prefere ouvir as lideranças da sigla. Tanto que está em Brasília, onde deve se reunir nesta terça--feira com o senador Delcídio do Amaral e os deputados fe-derais Vander Loubet e Zeca do PT. “Eu sou partidário e sigo o que eles decidirem”, afirmou o suplente, que ainda não foi convocado para a di-plomação e declarou que está sendo informado do processo somente pela imprensa. (LB)

Procuradoria Jurídica fez análise legal de requerimentoHumberto Marques

Os trâmites para votação do pedido para instalação de comissão processante na Câmara Municipal de Campo Grande, com o intuito de inves-tigar o prefeito Gilmar Olarte (PP), precisou, primeiro, ser analisado pela Procuradoria Jurídica da Casa de Leis, res-ponsável por identificar se o pedido atende às exigências legais para ir a votação.

O aval foi dado na semana passada e, em seguida, o do-cumento seria distribuído aos

vereadores para, finalmente, ser colocado em apreciação do plenário. Para isso, contanto, é necessário que sejam defi-nidos os suplentes de vereador que votarão, conforme o pro-curador da Câmara Fernando Pineis, chefe de Gabinete da Presidência da Casa.

No entanto, alguns vere-adores dizem que ainda não tiveram acesso ao documento –embora suplentes digam que já acessaram os papéis. Além disso, houve um impasse en-volvendo a convocação de um dos suplentes: Lúcio Maciel

(PT) seria convocado no lugar de Elbio dos Santos, mas teve as contas da campanha de 2012 rejeitadas pela Justiça Eleitoral, o que, em tese, im-pede sua posse na Câmara.

Oposição precisa de 20 votos, mas apenas 9 já declararam apoio

Para o pedido ser aprovado, a oposição precisa de 20 dos 29 votos do plenário. Até aqui con-tabiliza nove –faltando, assim 11 vereadores, um a menos que o total de parlamentares que se declaram indecisos ou

se negam a antecipar o voto. Contudo, destes, a expecta-tiva é de um maior número de vereadores contrários à apro-vação da processante, seja por análise técnica ou política dos fatos.

A necessidade de juntar tantos votos é vista como um “desafio” pelos opositores de Olarte. A vereadora Thais He-lena, que reconhece as difi-culdades em atingir o placar, espera que os vereadores se atenham a pontos técnicos das acusações –já rebatidas pelo prefeito. (Com DG)

Suplentes dizem que estão livres de ‘grilhões’ sobre votação na Câmara

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