Camus Por Murilo Mendes

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  • 7/24/2019 Camus Por Murilo Mendes

    1/15

    A n o

    3.

    N.

    13 3

    LetramArtes

    f:

    tt-

    O or t vnr j o ,

    7-0-1919

    Almprcaaao

    Inesquecvel

    da

    l e i t ura

    ha

    m u i t o s

    anos

    at ras

    est

    liga-

    da

    l e m b r a n a

    d e

    m a d r u g a d a

    de Inve rno

    n u m a

    Igreja

    fran-

    cea a ,

    q u a n d o

    o

    p adre

    a e

    a p r o -

    xln iou

    d o

    a l t a r

    p a r a

    c elebrar

    a

    p rime ira

    missa

    d o

    d ia :

    "In-

    tro lbo

    a d

    a l tere

    DeL..".

    Aa -

    sUt i ndo

    aa

    s a n t o

    sacrifcio.

    *.

    quele

    reci nt o

    frio.

    e s curo

    o

    quas e

    vasio.

    est vamos

    fo r a

    d o

    m u n d o .

    M as

    depoi s

    d o

    "H e.

    missa

    e a t * "

    er a

    preci so sair

    p a r a

    r e c o m e a r

    mais

    um

    d ia

    de

    uma

    v id a

    d i ferente,

    lios-

    Via

    * este

    meamo

    o

    "D rama

    d r

    J e a n

    Barois " ( Li vrari a

    d o

    G l o -

    h o ,

    T r a d u o

    d e

    Vid a l

    d e

    O H-

    vei ra) ,

    que

    J

    foi

    d e n u n c i a d o ,

    ce rta

    v e z ,

    c o m o

    "livro

    subver-

    e i v o * *

    (um

    ami go

    cat l i co

    c o n -

    fessou-me

    que

    a

    leitura

    d a

    bra

    o

    fei

    p e rde r

    a

    f).

    Jean

    B a r o l s

    t ambm

    p e rde u

    a f .

    a t r a v s

    d as

    lutas

    d a

    p oca

    d a

    - A f f a l r e

    Dreyfus"

    p o c a

    que

    J

    nos

    p are ce

    i m e n s a m e n -

    te

    re mota ,

    assim

    como

    tu d o

    o

    qae

    se

    passou

    ant es

    d o

    an o

    si-

    -nlstro

    d e

    1 9 1 4

    q u a n d o

    "n e

    a p a g a r a m

    p a r a

    sempre

    a s lu -

    xcs

    n a

    Eur opa *.

    Dos

    a r g u m e n -

    tos

    c ient f i c os

    (e

    em

    p a r t e

    p s e u d o - d e n t f i e o s )

    que

    Jean

    B arol s

    e

    o s

    seus

    ami gos

    ale-

    a m

    c o n t r a

    o

    C r ed o ,

    m u i t o s

    3*

    p e rde ram

    a

    val i dade.

    E

    q u a n t o

    mais

    f toUdame nte

    Ro -

    K e r

    M a r t i n

    D u

    G ar d

    funda-

    m e n t o u

    sua

    obra,

    e n c h e n d o -

    de

    d o c u m e n t o s

    autnt ic os

    (in-

    clusive

    o famoso

    "J'accuse"

    d e

    Zol a) ,

    t a n d

    mais

    a c h a r i a m

    t ambm

    leitores

    descrent es ,

    so-

    c la l l s tas

    por

    exempl o,

    que

    a

    nos s a

    p oca ,

    a g i t a d a

    p o r

    p r e o -

    cupaes

    mais

    "reais"

    d o

    qu e

    a

    d a

    d v i d a

    religiosa,

    n o

    te m

    n a d a

    com

    aque le

    te mp o

    ja

    hi s t ri co

    da

    "not re

    jeunesse"

    i"?.d-*r

    d

    P^uy).

    So,

    d o s

    dois

    lados

    d a

    b a r r i c a d a ,

    p o n -

    w >

    d e

    viste

    h i s t r i c o s .

    M as

    - J e a n

    B arol s"

    - c o n t i n u a

    g r a n d e

    livro

    de

    Roger

    M a r -

    tin

    d u

    G ar d ,

    ta lvei

    super ior

    aos

    p rp rios

    "Th ibaul t"

    pela

    c o n c e n t r a o

    d r a m t i c a .

    C om

    efeito,

    r o m a n c e

    d i a l o g a d o :

    o

    d r a m a

    d a

    c o n s c i n c i a

    de

    J e a n

    Barols ,

    r e p r e s e n t a d o

    no

    p a l c o

    da

    hi s t ri a

    francesa.

    Imps-se

    ao

    r o m a n c i s t a

    a f orma

    drama-x

    c a ,

    ap e s ar

    d o

    in tu i to

    d e

    a p r e -

    sent ar

    um

    d o c u m e n t o

    r ig oro-

    sament e

    hi s t ri co,

    p orque

    s

    o

    m o d o

    ant i t t i c o ,

    dramtica-

    ment e

    di al t i co ,

    da

    expresso

    Permi t i ri a

    re unir

    e

    c o n f r o n t a r

    as

    d u as

    "exper inc ias

    priml-

    tivas"

    (as

    "Ur-er lc lmisse",

    n o

    dizer

    d e

    Goet he)

    d a

    alma d e

    J e an

    Barois

    e de

    Roger

    M a r -

    tin

    Du

    Gard:

    o

    "Int roi bo

    a d

    altare

    Dei"

    e

    a

    d v i d a

    c a r -

    t es i ana

    que

    o s

    leVou

    a o la ic fs-

    m o

    e

    f

    n o

    dest i no

    d e m o -

    crt ico

    e

    soc ia l i s ta

    da numa-

    n i d a d e .

    R e c o n h e c e m - s e

    nessas

    d u a s

    exper inc ias

    o s

    pri nc pi os

    ir -

    rec onc l l iaveis

    d e

    Pascal

    e

    M o n -

    talffne,

    d e

    B ossuet

    e

    D i d e r o t ,

    J e

    R e nan

    e

    Pguy:

    das

    " d u a s

    ranas'*;

    cujo

    di l ogo

    p e r m a -

    ent e

    cul mi nou

    na

    " a f f a l r e

    d reyfus",

    cenri o

    em

    que

    se

    desenrol a

    o

    d r a m a

    e s p i r i t u a l

    e

    Jean

    Barois.

    O s

    a c o n t e c i -

    me ntos

    d a

    p oca

    f o r n e c e r a m

    a

    oooumeut acs i o

    d e p o s i t a d a

    no

    '***

    i a r a i * * * . m.

    &&

    a^J

    * "

    ] * ^ ^

    1*a* i

    V

    m r

    4 s m m

    ^s l b

    Camil le

    P i s s a r r o

    N o

    corao

    d a Frana .

    O

    D R A M A

    DE

    J E A N

    B A

    RIS

    O T T O

    M AR I A

    C A RP EA UX

    r o m a n c e ,

    e

    at

    mais

    d o

    que

    Is-

    s o .

    "Jen

    B aroi s" ,

    alm d e

    a p r e s e n t a r

    vrios

    p e r s o n a g e n s

    hi s t ri cos ,

    " r o m a n

    c le f" .

    O

    pad r e

    S c h e r t z ,

    no

    r o m a n c e ,

    o P .

    Mare e i

    Hbert

    ( a o

    q u a l

    a

    obr a

    est

    alis

    d e d i c a d a ) ,

    "dfroq ue"

    q u e

    foi

    u m

    d o s

    chefes

    d o

    "moderni smo",

    d o

    m o v i m e n t o

    d e

    re f orma

    d o u t r i -

    nria

    e

    di sci pl i nar

    d o

    catoli-

    cismo

    r o m a n o

    n o

    sent i do

    d e

    u m a

    rec onc i l iao

    com

    a cin-

    cia

    m o d e r n a ;

    movi ment o

    qu e

    fez

    sensa o

    n a

    i mprensa

    d a

    po c a .

    A

    re vis ta

    "Le

    semeur",

    no r o m a n c e ,

    so

    o s

    " C a h i e r s

    de

    Ia

    Qui nz ai ne".

    d e

    P g uy,

    em

    q u e

    Romai n

    R olland

    e o l a -

    b o r av a .

    Pguy

    e

    Rol l and:

    a i

    esto reuni dos

    o s

    nomes

    qu e

    r e p r e s e n t a r a m

    mais

    uma

    v ez

    aqueles

    "dois

    pri nc pi os". E

    bas ta

    c itar

    esses

    dois

    n o m e s

    p a r a

    ressurgir

    uma

    po c a

    In -

    telra,

    ta lve z

    meio

    e s que cida

    p e-

    I a s

    novas

    geraes

    d e

    h o j e .

    mas

    a i n d a

    viva,

    a po c a

    d e

    ".notre

    jeunesse".

    A

    lu ta

    p r

    e c o n t r a

    Dreyfus,

    c i n d i n d o

    n o

    meio

    o

    p a r l a m c n -

    t o ,

    o exrci t o ,

    a soci edade ,

    Pa-

    ris

    e

    a

    prov nci a ,

    as

    p r p r i a s

    famlias,

    a

    F r a n a

    i nt e i ra;

    o s

    r a d i c a i s

    e

    .os f r a n c o - m a o n s ,

    s e p a r a n d o

    o

    E s t a d o

    e a

    I g r e j a ,

    j

    s a c u d i d a

    pelas

    discusses

    dos

    mod ernistas

    com

    a

    auto-

    r i d a d e

    ec lesi st i c a ;

    e x p u t s a n -

    do-s e

    d o

    seu

    pal ci o

    o

    a r c e -

    bispo

    d e

    Paris,

    m a n d a n d o - s e

    i n f a n t a r i a

    - * - \ r a

    p rote ge r

    o

    mo -

    n u m e n t o

    u < s

    R e n a n

    em

    T r -

    guier

    c o n t r a

    o s

    c amponeses

    fa-

    n t ic os

    d a

    B r e t a g n e ;

    B a r r e s ,

    d e f e n d e n d o

    a

    "grande

    pit i

    des

    glises

    d e

    F r a n c e " .

    e P e-

    guy,

    i n i c i a n d o

    o

    " r e n o u v e a u

    c ath o l ique",

    a b a n d o n a n d o se u

    mestre soci al i s t a Jaurs;

    J a u -

    rs,

    d esl ig and o-se

    d o

    " t r a i d o r "

    B r i a n d

    q u e

    esmagou

    a s

    g reves

    dos

    ferrovi ri os ;

    So r el ,

    p r e g a n -

    d o

    n as

    ruas

    d o

    Quart i er

    Lat ln

    o

    sind ic a l i smo

    r e v o l u c i o n r i o ;

    nos

    boul evards .

    o s

    gritos

    d e

    r e-

    vol ue o

    e

    a s

    exibies

    d a

    mo -

    da

    e da

    l iber t inag em

    e n o s

    mesmos

    b o u l e v a r d s

    a

    a m a r g a

    p obre za

    d e (

    C harl es- Lous

    Pin-

    lippe.

    Foi

    uma

    po c a

    a g i t a d a .

    E m

    p a g i n a

    J

    famosa

    T h i b a u -

    d et

    e s t r a n h o u

    que

    no

    t e n h a

    sido

    escrito

    r o m a n c e

    digno

    d a

    srie

    d r a m t i c a

    dos

    i n c i d e n -

    tes

    d a

    "affa ire":

    "...

    p r o c s

    Zo la ,

    capt i vi t

    d e

    Picquart

    f aux

    He nry ,

    t r a h i s o n

    d e

    C h a -

    noine ,

    mort

    d e

    Flix

    F a u r e ,

    j o u r n e d*AuteuiI,

    j o u r n e d e

    L o n g c h a m p ,

    re tour

    d e

    Dreyfus,

    consei i

    d e

    guerre

    d e

    R e n n c s "

    N o

    f o i

    romance .

    Foi

    um

    g r a n -

    d e

    d r a m a ,

    q u e

    se

    c r i s t a l i z a r i a

    de p ois

    nas

    pgi nas d r a m t i -

    cas,

    d i a l o g a d a s ,

    d e

    "J e an

    Ba-

    r is".

    Ma s

    n o

    r o m a n c e ,

    o s

    aconte-

    c imentos

    a p e n a s

    refletem

    o

    d r a m a

    ntimo,

    a

    luta

    d o s

    " d o i s

    pri nc pi os"

    i r rec onc i l i veis

    n a

    alma.

    E

    no

    p o d e r i a

    ser

    m e-

    lh o r

    d e f i n i d a

    a

    i m p o r t n c i a

    f u n d a m e n t a l

    desse

    d r a m a

    d o

    c onsc inc ia

    d o

    que

    pelas

    p a l a *

    v r as

    d e

    P m v

    q U e

    Ror,or

    -\-far-

    tin

    Du

    G ar d

    c i ta

    no

    p r p r i o

    rr-r

    ja

    m

    r o m a n c e :

    "Tout

    1'appareil

    d n

    pul ssances .

    Ia

    r a iso n

    irn.n,

    les

    pnlsuuuui

    t emporel l cs ,

    le s

    p uls nance *

    pollt lques,

    les

    auto-

    rits

    d e

    tout

    ordre.

    I n t e l l e c -

    tuelles,

    menta les

    mme.

    n e

    p e-

    sent

    pas

    une

    o n c e

    d e v a m

    u-i

    mouvement

    d e

    Ia

    c o n s c i e n c e

    p r o p r e " .

    R

    d o

    livro

    "N otre

    Jeunesse- '

    esaa

    ci t a o.

    "Int roi bo

    a d

    ai-

    tare

    Del

    q u l

    lae t l f icat

    jav*n-

    tutem

    rae am".

    Que te mp o,

    e -

    t e ^

    O

    te mp o

    d e

    "notre

    Jcmi en-

    s e * " .

    l"ma

    po c a

    n a

    quil

    d i s -

    cusses

    em

    t o m o

    d e

    p r o b l e -

    mas

    teolgicos

    forneceram" m a n c h e t t e s "

    aos

    v e s p e r t i n o

    pr pr io

    d o

    e n v e l h e c i m e n t o

    a c h a r

    que

    o s

    te mp os

    d a

    " n o V -

    sa

    m o c id ad e**

    eram

    rclizcs.

    A

    f i gura

    d e

    Ch ar les-Lous

    Philip-

    P e .

    grande

    prol et ri o

    da s

    I r * ,

    trs,

    j

    nos

    lembrou

    q u e

    mi o

    e ram

    te mp os

    mais

    felizes

    d o

    que

    o s

    d e

    hoje.

    Ma is

    feli-es,

    no:

    mas

    melhores.

    A s

    p r e o -

    cupaes

    d a r u e l a

    po c a

    t * r ' n * - i

    ido

    menos

    "reais"

    d o

    q u e

    a i

    d o

    presenf?

    Assim

    p e n s a v a

    t ambm

    Jaurs.

    o

    g r a n d e

    so -

    elalista,

    n e g a n d o

    a

    interven-

    o

    d o

    seu

    p art ido

    n a

    " a f f a i r e

    Dreyfus"

    q u e

    se

    lhe

    a f i g u r a v a

    como

    luta

    d c

    interesses

    mate-

    riais

    entre

    d u as

    alas

    d a

    bt i r-

    guesia,

    atrs

    d e

    grandes

    c^ir-

    taze s

    Idcoljricos.

    Mas

    a

    lgi-

    c a

    dos

    a c o n t e c i m e n t o s obr ig ou-

    o

    a i nt ervi r

    a o

    lad o

    dos

    "d r c > -

    ^

    fusard s":

    r e c o n h e c e r a ,

    a t r o s

    dos

    conf l i t os

    > d e

    ordem

    mate-

    rial,

    a luta

    dos

    pri nc pi os

    m -

    rais

    e

    espirituais.

    S

    l u z

    u.-s-

    sa re s oluo

    comp re cnde -s r*

    q

    resul t ado

    p a r a d o x o

    da

    "aff. . t -

    re":

    o s

    cat l i cos ,

    qus

    se 11 -

    n h a m

    alia-'o

    i nj ust i a

    d a

    rais on

    d' t at " ,

    f oram

    v e n c i -

    dos;

    mas

    a ltima

    c o n s e c u - m -

    cia

    d a

    sua

    d e r r o t a

    f o i

    o*"re-

    n o u v e a u

    c a th o l ique"

    n a

    F r a n *

    a .

    A

    luz

    dessa

    c o m p r e e n s o

    j

    no

    p are ce

    to

    "subversivo"

    o r o m a n c e

    d r a m t i c o

    d e

    " J e a n

    B aroi s".

    Antes

    a j u d a

    para

    c o m p r e e n d e r ,

    h

    u

    m i

    1

    de me nf

    e

    que

    este

    m u n d o ,

    e mbora

    ci l a*

    m a n d o - s e

    cristo,

    no

    cns-

    to

    e

    p o r

    isso n o

    presta p a r a

    t e a t r o

    d e

    t r i unfos

    ext eri ores .

    O

    cri s t o

    deste

    te mp o

    p e r t e n c e

    "Eccl es i a

    militans"

    que

    so -

    ire

    e

    luta.

    Ma s

    o u

    d e v e r i a

    ser

    uma

    lu ta

    em

    nivel

    e l e v a -

    d o ,

    espi ri t ual ,

    e

    s

    n o

    mesmo

    nivel

    e l e v a d o

    p ode r

    a

    luta

    dos

    descrent es ,

    manei ra

    dl

    J e an

    Barois ,

    le var

    o

    g nero

    h u m a n o

    a o

    t r i unfo

    cm

    q u e

    s

    e n c o n t r a m

    a

    justia

    social

    e

    a

    l i b e r d a d e .

    Esse

    nivel

    ideal

    o

    t e r r e n o ,

    o nico

    possvel,

    em

    que

    t a m -

    bm

    se

    e n c o n t r a r i a m

    r e c o n r i -

    l i ados ,

    im

    dia ,

    o s

    "dois

    p r i n -

    cpios"

    i i rcconci l iave is

    q u e

    'u -

    t a r a m

    pela

    alma

    d e

    J e an Bi-

    ris.

    Ni ngum

    ve nce

    sem

    f ;

    mas

    t ambm

    no

    vale

    muito

    a

    f

    sem

    luta.

    Um

    p ago

    d a

    an-

    t i gui dade , p r e s e n c i a n d o

    a

    a-

    post s i a

    d e

    Jean

    Barois,

    ter ia

    dito:

    "Int roi t e ,

    nam

    et

    hic

    d il

    sunt".

    N a

    l i nguagem

    d a Ig-e-

    ja

    d ir -se- ia

    o

    mesmo

    com ou-

    trs

    p a l a v r a s :

    "Int roi bo

    a d

    a l t a r e

    dei.. ."

    l embrando

    a

    'si

    1

    1

    W m

    w

    r

    j

    t 8 a a B

    sy

    : ' ^ ' l - ' ' a v

    Mi

    fr ia

    *-,.,

    'i

    e * n r u - * s *

    *x -

    -O.S.

  • 7/24/2019 Camus Por Murilo Mendes

    2/15

    Ur ina

    IETRAS

    E

    'ARTES

    Do mi n g o ,

    7

    8 1949

    v O

    suplemento

    d a

    " F o l h a

    d e

    M i n a s "

    SEMPRE

    iamente

    confesso

    ini

    rnviam

    n u-

    U H

    lllrr.illus

    e

    i|ll-

    li-lllm

    K.llllin

    a lgum,

    cob re s

    v r n i l r u d u

    ao

    ho-

    iiirm

    d u boteq uim,

    p a r a

    u

    cm-

    liiulliii d u

    n a b o ,

    uiii.i

    p c m d r -

    r a v r l

    p or o

    deles.

    i'r las

    mi-

    * * . - > in.ins

    j

    p a s s a r a m

    suplr-

    lir llllis ll.ls

    Rt.lllllfs

    i.ipit.ns

    e

    fiass. il ,uu

    la mbem

    h u m i l d r s

    ra-

    ilimis l i t e r r i o*

    d r

    p e qu e n a* ,

    nda i . i - s

    do

    Inter ior ,

    K m Cauipi-

    ias.

    [ n u

    exemplo,

    que

    e s p e ro

    rm

    1 >

    n

    o

    g ct i g raf o

    Josu

    dc

    Cai-

    S ro

    n o Mim-

    em

    Pernambuco,

    'lia

    rm

    s u p l e m e n t o

    d e respeito.

    Ja

    r "

    j a ma is

    d e i x a r

    de

    p e d i r ,

    eme

    ps

    o sujeito

    na m esa

    pre-

    mai

    bn e?

    c i n i

    up

    DJALMA

    V I

    A S

    A

    r i c a m e n t e

    no i i i Nt an t e

    rm

    a u*

    d r v u r a v a ,

    r um

    J org e

    Cunha,

    um a

    ililltiiis.i

    p rl xar i a

    na F u r -

    na

    da O n a .

    Desconfiado

    como

    um

    c a b o c l o

    de

    m a l o c a ,

    o

    ml-

    n r i r o

    pr efer iu

    beber

    leite

    r

    fa-

    lar

    de

    " J o r n a l

    dr L etr a s",

    a

    r n t r a r

    f l r mr

    na

    c a c h a a

    prr-

    n a n i h u r a i i a

    qu r

    s o b r a r a

    da ade-

    ga

    do

    r i d a d o

    Ol i v i o

    Montrnr-

    gro.

    C om

    a

    intimidade

    qu r

    *r

    foi

    c r i a n d o ,

    p r r d r n d o

    o

    t i po

    as

    a r es ta s

    da s

    montanhas,

    aimrl-

    mr

    a

    p r r g u n t a r

    r n t r r

    nm

    r

    ou-

    tro

    golr

    da

    garapa:

    -

    Qur

    h o u v e

    r o m

    o

    suplr

    m r n l o

    d a

    -Folha"?

    O

    t ipo

    er gueu

    os

    olhos .

    Ab-

    s orve u

    o

    b i g o d r

    r o m

    os

    lbios.

    I n d a g o u ,

    s e co

    r isprro:

    Que

    "Folha"?

    A

    " F o l h a

    dr M i n a s " ,

    filho

    ru

    diss.

    S u j e i t o

    e n x u t o ,

    o m in eir o .

    Fl-

    t h i

    me

    r o m o

    um

    In t ru s o ,

    acrn-

    dr u

    o

    c h a r u t o

    r.

    s d e p oi s

    d r

    muito

    v a g a r ,

    r e s p o n d e u

    arras-

    indo;

    If,

    m e t e r a m

    o W al t e r

    n a

    -Folha"...

    Do n o m e

    p a r a

    o

    s o b r e n o m e

    o

    m i n e i r o

    ga s tou

    rstradas.

    Cabra

    seco,

    a q uele .

    Jo r ge

    C u n h a

    cn-

    t r ou

    na

    sobr emesa

    e u

    repeti

    o

    p r a t o ,

    Joo

    C o n d e

    f u m ou

    trs

    ciga r r os .

    E o

    tipo. seco.

    Afinal,

    q u e b r a n d o

    o mutismo

    que

    o

    p o e t a

    V incius

    dc

    M o r a i s

    ainda

    a d o r a

    u o

    c i n e m a ,

    o suje i to

    ex-

    plieou

    quem

    era

    o

    Wa lter .

    Mi-

    n e i ro .

    no

    e ra .

    M a s

    er a como

    se m i n e i ro

    fosse.

    Radicara-se

    na

    t er r a .

    E . ap s

    um

    esfor o

    de

    p a r t u r i e n t e

    que

    a c a b a

    na

    cesa-

    r i a n a

    o u

    dc

    p oe t a

    sem

    inspira-

    o.

    d e c l a r o u

    solenemente

    que

    o

    W a l t e r

    se

    c h a m a v a

    W a l t e r

    Alva-

    res.

    Homem

    d o

    sul e

    portanto

    de

    temperamento

    arrebatado,

    d v i d a s

    n o

    t i vr .

    Levei

    as

    mos

    ao

    peito

    do mineir o

    e cxcla-

    mel:

    M a s

    eu c o n h e o

    o Walter

    E

    c o n h e o m e s m o,

    no

    d u r o .

    B a c h a r e l

    d e

    b oa

    t a r i m b a ,

    crfa-

    t ur a

    e n t e n d i d a

    n a s leis

    t a n t o d e

    Deus

    q u a n t o

    dos

    h o m e n s ,

    po-

    d e ri a

    e s p e rar

    t u d o

    menos

    qu e

    W a l t e r

    Alva r es

    h o u v e s s e

    se

    In-

    t e g r a d o

    na literatura.

    Orientar,

    p or

    cima.

    um

    suplemento

    Ilte-

    r r i o .

    Ma s n o

    h a v i a

    flutua-

    es

    e

    ne m

    s e r i a

    mesmo

    poss-

    vcl

    o f luxo

    ou o

    r ef luxo.

    Na

    ba-

    t a t a .

    W a l l c r

    A l vare s

    mandara

    o s

    cdigos

    p a r a

    o

    i n f e r n o ,

    far-

    tar a-se

    d o

    estilo

    que

    seduzia

    Stendbal

    c

    e s t a v a

    a g o r a

    c o m o

    o n os s o

    diplomata

    Jorge

    L a c e r d a

    ou

    o

    n os s o

    pacientssi-

    mo

    Ra ul

    Limar

    a

    r e c r u t a r

    co-

    l a b o r a d o r e s

    e

    iiustradores.

    No

    me

    s u r p r e e n d i a ,

    p o r m .

    Nos

    t e m p o s

    dantanho

    (perde-me

    esta

    f lor

    da

    gramtica

    pel o

    m-

    t o d o

    c o n f u s o

    que

    c

    o sr. Joo

    L uso) ,

    q u a n d o

    W a l t e r

    Alvares

    a i n d a

    n o

    sc naturalizara

    ml-

    n e l ro

    d c

    q u a t r o

    c o s t a d o s ,

    mas

    vivi

    nos

    c a r t r i o s

    c a v a n d o

    a

    *

    f r u j a

    dr

    c a u s d i c o ,

    ja

    rir

    me

    a p a r r e i a

    r x l b i n d o

    im

    p o n t a s

    tia

    vocao.

    Tr a clu/ i i i

    mesmo

    um

    r o m a n c e .

    r,

    sr n o

    mr

    e s t r a g a

    a

    in.mo-

    ria ,

    um

    r o m a n r r

    dr Aldanor.

    Reu

    f or t e ,

    p ore m ,

    n o

    r r a

    o

    dl-

    rr i t o

    d a s

    gentes

    ou

    d o a

    "na-

    r lo n a is"

    r o m o

    d i r i a

    a q ur lr

    co-

    munisla.

    o

    b a r b a d o ,

    da

    ABDE.

    Seu

    ambiente

    n o

    r r a

    o

    batrntr

    dr

    advogado.

    M a s

    as

    lnguas,

    v i vas

    ou

    mor ta s ,

    m a s

    as

    lnguas

    dr

    Ba br l .

    Estudante

    a i n d a ,

    J

    f a l a v a

    q u a t r o

    pr osa s :

    o

    Ingls,

    o a l e m o ,

    o

    f r a n c s

    r o dialeto

    d o s

    patrcios.

    Seu ingls,

    qu e

    p os s o

    j u r a r

    n o

    veio

    d o

    "baslo

    rnglish"

    de

    R l c h a r d s .

    era

    to

    completo

    que

    a

    um

    s

    t e m p o

    se-

    ria

    c a p a x

    dc

    p a l e s t r a r

    c o m

    um

    p e r s o n a g e m

    d e

    C a l d w c l l

    ou

    com

    o

    ma is

    aristocrtico

    dos

    sditos

    de

    S u a

    M a j e s t a d e ,

    Jorge

    VI.

    Po l iglo ta ,

    dis t r ibua

    o

    t e m p o

    e

    e n t o

    os

    g r a n d e s

    d a s

    l e t ras

    se

    ilustravam

    no

    usque

    do

    Ama-

    r e l i n h o

    l e n d o

    Shakespeare

    p a r a

    escandalizar

    o

    juiz

    citan-

    do lago

    ou

    l e n d o

    Coethr

    p a r a

    s u r p r e e n d e r

    o

    t r ibuna l

    deela-

    m a n d o

    as

    artimanhas

    d o Fausto.

    Desapareceu,

    p orm ,

    quando

    c o m e c e i

    a captar

    e s t a

    melodia

    l i ter r ia

    de

    q ua se

    t od os

    os

    do-

    mlngos.

    Ju lgu ei

    m e s m o

    qu r

    h o u v r s s e

    a r r i b a d o

    p a r a

    as Am-

    r i cas

    ou

    que

    se h o u v e s s e

    refu-

    g i a d o

    em

    um

    moste ir o

    para

    aperfeioar

    o

    seu

    l a t im.

    E

    no

    me

    viesse

    J oo

    C o n d e

    c o m

    o

    m i n e i r o

    dc

    f a l a

    cu rt a ,

    e

    n o

    me

    viesse

    o m in eir o

    d i zer

    que

    o

    su-

    plemento

    l i ter r io

    da

    " F o l h a

    de

    M i n a s "

    e s t a v a

    e n t r e g u e

    ao Wal-

    ter

    Alva r es ,

    a ssegur o

    que

    do ad-

    v o g a d o

    poliglota

    n o

    t e r i a

    a

    m e n o r

    idia .

    Naturalmente,

    c o m

    um m in eir o

    ao

    l a d o ,

    e

    so-

    b r e t u d o

    d e p oi s

    dr

    u m a

    peixa-

    da esquentada

    a

    p i m e n t a

    e a

    cachaa,

    a

    conseqncia

    direta

    i

    um

    b at e

    p a p o

    sem

    limites.

    A o

    m i n e i r o ,

    pois.

    t r a ce i

    o relatrio.

    E ,

    p a r a

    espanto

    t a n t o

    meu

    q u a n t o

    do

    J oo

    C o n d e

    e

    do

    Jor-

    ge

    C u n h a ,

    o

    m i n e i r o

    se

    abriu.

    V i r o u

    u m a

    p e c a

    d e f a z e n d a

    na

    m o

    de um

    c a i x e i r o

    da

    Sea r s

    a

    sua

    prospia.

    Na

    c a c h o e i r a ,

    j

    e n t o

    falan-

    do

    pelos

    c o t o v e l o s ,

    o

    m i n e i r o

    me

    i n f o r m o u

    que

    W a l t e r

    Alva r es

    f ora

    b a t e r

    c o m

    as c o s t a s

    em

    B e l o

    H o r i z o n t e

    c o n d u z i d o

    pela

    " d o e n a

    de

    C a s i m i r o

    e Castro

    Alves"

    (um

    saudosista,

    o minei-

    ro ).

    A c a b a r a

    d e

    c o n s e g u i r a

    a l t a

    d o s

    esculpios.

    Divertia-se,

    no

    s a n a t r i o ,

    e s c r e v e n d o

    em

    a l e m o

    comentrios

    ao cdigo

    civi l

    da ustr ia .

    N o fosse

    Belo

    H o r i z o n t e

    a

    c i d a d e

    que

    e

    fa-

    l ar i a

    t a l v e z

    em

    d e g r e d o .

    Quises-

    se

    o u

    n o ,

    t e r i a

    que

    r es idir

    em

    B e l o

    H o r i z o n t e

    p a r a

    os restos

    d o s

    dia s .

    Ra z es ,

    n o

    de

    Estado

    e om o

    acontecera

    a

    Gonzaga,

    mas

    fsicas

    r a z es

    m e

    se

    per-'

    ( C o n c l u i

    na

    1 3 . "

    pg.)

    r A p e l o

    d e

    Jos

    Osrio

    d e

    Olive ira

    m

    o

    escritor

    portugus

    Jos

    O s ri o de

    Oliveira

    acaba

    de

    dirigir,

    em

    carta-cn-.

    pular

    um apelo

    aos

    intelectuais

    \brasileiros

    seus amigos,

    a

    fim

    j t l e

    que

    se

    interessem

    junto

    aos

    pws s os

    poderes

    pbl i cos

    no

    sen-

    $i do

    de

    lhe

    ser

    facilitada

    uma

    fsititio

    capaz

    de

    garantir-lhe

    l i o

    permanncia

    no. Brasil.

    Jos

    jPsvrio

    de

    Oliveira

    est

    decidi-

    po

    a

    transferir

    residncia

    para

    >

    n o s s o pais

    e

    explica

    na carta-

    Circular

    os mot ivos

    que

    o levam

    b

    isso.

    O

    empenho

    co m

    que

    se

    Wepi

    dedicando,

    de

    h

    muito

    ) o

    estudo

    e

    vulgarizao

    da

    mosm literatura

    em

    Portugal,

    tobrepondo-o

    at

    ateno

    que

    me

    merecem

    os

    problemas

    lu-

    %

    o

    contato

    to

    estreito

    auc

    tem

    mantido

    com

    os

    inteleo*

    tuals

    e

    as co i sas

    brasileiras,

    ea

    impossibilidade

    de

    encontrar

    em

    Portugal

    um cargo

    adequa-

    do

    a essa

    apaixonante

    tendn-

    cia

    do

    seu

    esprito,

    acabam

    por

    convenc-lo

    que

    em

    melhores

    condies

    poder

    viver

    e

    tra-

    balhar

    no

    Brasil.

    De

    falo,

    o

    permanente

    inte-

    resse

    desse

    escritor

    pela

    nossa

    cultura

    se

    Impe

    gratido

    da

    todos

    o s brasileiros.

    Pela im *

    prensa,

    pelo

    livro,

    pela

    tribuna,

    pelo

    rdio,

    desde

    os

    dezessete

    anos,

    constituiu-se

    le

    o

    mai%

    ardoro

    o

    propagandisla

    das

    nossas

    letras.

    Com

    isso

    tem

    segundo

    suas

    prprias

    palavras

    . v i v i

    to

    a t

    um

    p o u c o

    ma r'

    aem da

    vida

    temporal

    do

    pais

    a

    que pertence.

    Nada

    mais

    justo,

    portanto,

    do

    que

    o

    apelo

    que

    hoj e

    faz

    ao *

    intelectuais

    brasileiros.

    A

    pre-

    sena

    de Jos

    Osr io

    de

    Olivel*

    ra

    no Brasil

    ser

    mot ivo

    de

    enriquecimento

    para

    o

    quadra

    de nossa

    atividade

    cultural.

    El e

    lembra,

    a

    propsito,

    que

    aqui

    poderia

    ensinar

    o

    que

    sempre

    desejou

    ensinar

    em Portugal:

    Histria Comparada

    das

    Life-

    raturas

    Portuguesa

    e

    Brasileira.

    E'

    uma

    idia

    que

    encaramos

    mente,

    n o

    deixaro

    de

    aten-

    c o m

    muita

    simpatia

    e

    sugeri-

    mos

    ao

    Ministro

    da

    Educao.

    E

    os nossos

    intelectuais,

    igual-

    der

    ao apelo

    desse

    confrade

    lu-

    so-brasileiro,

    hipotecando-lhe

    o

    s e u

    apo i o .

    UM

    FILOSOFO

    FALA

    \

    "LETRAS

    E

    ARTES"

    ( C o n c l u s o

    da 4

    p g. )

    r ucter oiugi i i

    '

    o

    s e n h o r

    deve

    c o n h e c e r .

    De m an e i ra ,

    geral,

    p a r e o que

    n i n g u m

    e s c a p a

    influncia

    d a

    fenoinenologia,

    d o

    e x i s t e n e J a U s m o ,

    sob

    u m a

    de

    sua s

    for ma s.

    C e r t o s

    problemas

    clssicos

    d n

    filosofia

    t em

    sido

    ultimamente

    eclipsados,

    pois

    nesse

    t e r r e n o

    h a

    t a m b m

    a

    ti-

    r a n l a

    da

    m o d a . D e v o

    ci t a r

    ain-

    d a

    R n y m o n d

    A ron ,

    S ou rl cn u ,

    Da lblez ,

    c u j a

    r c p u t n o

    JA

    est

    fe i t a .

    O

    C o l g i o

    de

    Sociologln

    p r o c u r n

    reconstituir-se.

    M a s

    a

    filosofia

    francesa

    f i cou

    tam-

    bem

    desfalcada

    d c m u l t a s

    fi-

    gur a s

    de mr i to ,

    c o m o

    Cavai-

    l ls ,

    H a l w n c h s ,

    Po l i tu er ,

    Lan-

    dsber g , d u r a n t e

    a

    guer r a .

    No

    d e s c u b r o

    va lor es

    J ove n s ;

    o

    cer-

    to, entretanto,

    que

    j

    sc

    l

    e

    j se

    f a l a

    em

    filsofos

    multo

    moos ,

    c o m o

    B e l a

    va i

    e

    Ville-

    ain.

    V M A H I S T O R I A

    DO

    EXItTENCIALISMO

    Quais

    s u as

    o c u p a e s ,

    seus

    trabalhos

    atuais?

    Publiquei

    recentemente

    v r i o s

    l ivr os :

    um

    t r a t a d o

    d e

    filosofia

    em

    Ingls,

    escr i to

    dl-

    retamente

    n e s s a

    l ngua ;

    uma

    p e q u e n a

    his tr ia

    do

    existncia-

    l i smo;

    um e s t u d o

    s ob re

    La-

    quls.

    M e u s

    p o e m a s

    aparece-

    r a m

    d u r a n t e

    a

    guer r a ,

    m as

    te-

    n h o a i n d a

    p o e m a s

    em Ingls,

    inditos,

    e

    public-los-ei,

    sem

    d v i d a ,

    a lgum d i a .

    Trabalho

    n u m a

    g r a n d e

    histeria

    do exls-

    tencialismo,

    que

    me

    ocupar,

    certamente,

    m u i t o s

    a n o s

    ainda.

    F o r a

    disso,

    t e n h o

    os

    cur sos

    e

    os

    e x a m e s na

    S o r b o n n e ;

    os

    ca-

    d e r n o s de filosofia

    que

    dir i jo e

    se tliamiiin

    Doucalinn",

    e f|.

    nalmente,

    o colgio

    d o m , ) M , .

    f ia

    que

    f u n d e i ,

    no

    qu a l

    o o s t U -

    m n m

    fa la r

    filsofos,

    escritores,

    artistas,

    m d i c o s

    e

    h o m e n s

    d u

    cincia

    d c

    t o d o s

    os

    pui.scs

    cr edos .

    Q u a l q u e r

    co i s a

    assim

    c o m o

    na

    I d a d e

    M d i a .

    Serve

    ele

    p a r a

    a p r o x i m a r

    o s

    pensa-

    dores.

    Incentivar

    o

    Intercam*

    blo

    c

    manter

    um

    pensamento

    vivo.

    O

    c o l g i o

    publ ica

    um-

    bm

    cadernos,

    p o r

    mim

    dlrl-

    g l d os

    c

    nos

    q un l s

    c o l n b o r o ,

    com

    f r e q u n c i a . De vo ,

    d e n t r o

    a in

    p o u c o ,

    estampar

    um

    lmportan-

    te

    a r t i g o

    na

    r evis ta

    dc

    fenome-

    n o l o g l a

    frnnco-nmericnnn

    di *

    r l g l d n

    p or

    M a r v l n

    Faber.

    Aqui

    terminaram

    n s

    minhas

    p e rg u n t as - ,

    s

    qu ai s

    o

    profes-

    sor

    W u h l

    r e s p o n d e u

    c o m

    a

    m a i o r

    gentileza.

    A

    converso

    pr o ssegu iu

    a i n d n

    p o r

    alguns

    momentos.

    Vim

    a sa bo r

    qu o

    Hcdegerr

    f o r a

    o u t r o r a

    mar-

    xis ta

    e

    p or

    u m a

    cur iosa

    revi-

    r a v o l t a

    manifestara

    vag as

    ten-

    ci ncia s

    nacional-soci

    alistas

    n os

    lt im o s

    t empos .

    J e an

    Walil

    d iz-m e

    a i n d a

    que

    s u as

    relaes

    c o m

    a N.

    R. F.,

    as

    m a i s

    cor-

    dia is

    a n t e s

    d a

    g u e rra ,

    torna-

    ram-se

    as

    p i ore s

    atualmente,

    p or

    c a u s a

    do

    g os t o

    d o

    paradoxo

    manifestado

    e

    c u l t i v a d o

    po r

    J e a n Paulban.

    Interroga-me,

    afinal,

    s ob re

    o Br a s i l ,

    o n d e

    el o

    iria

    de

    bo m

    g r a d o

    l e c i o n a r e

    o n d e

    c o n t a

    b on s

    a migos ,

    ao-

    tadamente

    o

    prof.

    M i c h e l Si-

    m on ,

    tambm

    meu

    excelente

    a m i g o

    e antigo

    mestre.

    E

    a

    n o s s a

    palestra

    encerra-se

    com

    o

    ma is

    c o r d i a l

    a p e r t o

    de mo.

    JLelras

    eAries

    O R I E N T A Q

    DE

    O R G E

    L A C E R D A

    C O L A B O R A D O R E S :

    A d o n i a s

    Fi lho ,

    A f r n i o

    C o u t i n h o ,

    Alcntara

    S i l v e i r a , A l c e u

    A m o r o s o

    Lima,

    A l m e i d a

    F i s c h e r ,

    A l m e i d a

    S a l e s ,

    Alphonsus

    Guimaraens

    Pi lho ,

    l v a r o

    Gonalves,

    A n i b a l M a c h a d o , A n o r

    But ler

    M a c i e l ,

    A n t n i o

    R a n g e l

    Bandeira,

    A s c e n d i n o

    Leite

    Augusto

    F r e d e r i c o

    Schmidt,

    A u g u s t o

    M e y e r

    Batista

    d a C o s t a .

    B r e n o

    A ci o l i ,

    Br i to

    B r o c a ,

    C a r l o s

    Drummond

    de A n d r a d e ,

    C a s s i a n o

    R i c a r d o ,

    C e c l i a

    M eir e les ,

    Christiano

    M a r t i n s ,

    C i r o

    d o s

    Anjos ,

    Cla r isse

    L ispector ,

    C l u d i o

    T. B a r b o s a ,

    Dalton

    Trevsan,Dmaso

    R o c h a ,

    Dantas

    M o t a ,

    Dinah

    S.

    d e

    Q u e i r o z .

    E u g n i o

    Gomes ,

    E u r y a l o

    C a n a b r a v a ,

    Fernando

    F e r r e i r a

    d e

    iS S&

    * F r a n k L i n

    de

    O l i v e i r a ,

    Geraldo

    F e r r a z ,

    Gabriel

    M u n h o z

    d a

    R o c h a ,

    G u e r r e i r o

    R a m o s ,

    Gustavo

    B a r r o s o ,

    Gil-

    Kv*ra

    HerberTt

    Parentes

    For tes ,

    H e r m a n

    Lima, Jayme

    A d o u r

    da C m a r a ,

    J oo

    C o n d e ,

    J o a q u i m

    Ribeir o ,

    J .

    P.

    M o -

    p

    r r

    Jh/TnsC^

    Jo?

    Lins

    d0

    ^5-

    J or ee

    d e

    U m a ,

    Jos

    c^trn d?,f Serfl^

    Vi e i ra '

    Jos

    simea

    Leal.

    J osu

    d e

    t

    t

    v i

    J U

    M o n t e l l o ,

    Le on y

    de

    O l i v e i r a

    M a c h a d o . L e d o

    n

    'nS

    tafundes

    Teles,

    Lop e s

    de

    A n d r a d e ,

    Lci o

    C a r d o -

    SU, 11

    J ard i n l -

    Manuelito

    de

    O r n e l a s ,

    M a n u e l

    Ban-

    d e u

    a ,

    M a r c o s

    K o n d e r

    Reis,

    M a r i o

    da

    S i l v a

    B ri t o , M a r i o

    Quintana,

    M a r q u e s

    R e b e l o ,

    M u r i l o

    M e n d e s ,

    Nove l l l

    J n i o r ,

    Sra^U?'

    2favi0

    de

    F a r i a ,

    O l m p i o

    M o u r o

    F i l h o , O H-

    T n n L

    t

    a'.Ott0

    M a r i a

    C a r p e a u x ,

    P a u l o

    R o n a i , Peregrino

    iJSiw M a t S ,

    AlmeicJa,

    R e n z o

    Massarani,

    Ribeiro C o u t o .

    R o d r i g o

    M .

    F.

    de

    A n d r a d e ,

    Roger

    Bastlde,

    Rogr io C o r a o ,

    R o l a n d

    Cor bis ier ,

    Rosr io

    F u s co ,

    Rubem

    B i a f o r a .

    Santa

    K os a ,

    S r g i o M i l l ie t , S e r v u l o

    de

    M el o ,

    Si lv io

    El i a ,

    Sylvio

    d a

    *,}?'

    as s o

    d a

    silveira.

    Temistoeles

    L i n h a r e s , Thiers

    M a r t i n s

    M o r e i r a ,

    mberto

    P e r e g r i n o ,

    V i c e n t e

    Fer r e ir a

    d a

    S i l v a ,

    Wilson

    Figueir edo.

    Xavier Placert

    ILUSTRDORES

    :

    A l f r e d o

    Ceschiattl,

    A r m a n d o

    Pacheco,

    A t h o s

    B u l c o ,

    Mar-

    cier,

    F a y g a

    O s t r o w e r ,

    l ib er e

    C a m a r g o ,

    Luiz

    J a r d i m ,

    Noemia,

    O s w a l d o

    Goeldi ,

    P a u l o

    O .

    Flor es ,

    Pa ulq

    V l n c e n t ,

    Renina

    K a t z ,

    Per cy

    D e a n e ,

    S a n t a

    R os a ,

    V a n

    Rogger

    e

    Y U e n Kerr.

    *

  • 7/24/2019 Camus Por Murilo Mendes

    3/15

    Domingo.

    7-8-1949

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    Leony

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    Academia

    Brasileira

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    despertando

    grande

    Interesso

    a

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    que,

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    patrocnio de L E T R A S

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    ARTES

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    de

    Oliveira

    M a c h a d o

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    profer ir n,

    Act

    demla

    Brasileira

    de

    Letras,

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    dia

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    ,

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    a s r r n o

    com

    o u t r o l ivro

    de

    p o e ma s

    -

    - F b u la

    Sereni"

    edio

    Orfeu.

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    a i n d a

    esta s e m a na ,

    num. ,

    odieSlde

    luxo .

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    I lu s t ra e s

    de

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    da

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    p o e m a s ,

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    dos

    quais

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    livro

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    O

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    A r m a n d o

    Pacheco

    acaba

    d c

    reunir

    em

    livro

    suas

    mais

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    subordi-

    n a n d o - a s

    a o

    titulo

    geral

    de

    "Gctul io

    me

    disse"

    Kes-

    salvadas

    a s

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    do

    entrevistado,

    o livro

    d e

    Ar-

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    Pacheco

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    interesse,

    pela

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    assunto

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    tcnica

    m o v im e n ta d a

    com

    que

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    Ho r i zo nt e ,

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    M a r i a n o

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    N u me r o

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    excelente

    revis ta

    cu l t u ra l

    "Kritcrlon".

    ed t a d a

    pela

    F a c u l d a d e

    d e

    F i l o s o f i a

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    Letras

    da

    Universl-

    naue

    de Almas.

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    autor

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    procedente

    de

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    Lidia

    tfesouchefc,

    esposa

    do

    osso

    colaborador

    Newton

    de Freitas.

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    professor

    Lucicn

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    Brasil

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    Professor

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    atualmente

    se encontra

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    Educao

    sobre

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    Nacional

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    subord inado

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    Uni v e r s a l ,

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    ou

    J o t c p h

    C o n r a d ,

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    c r n i c a

    de

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    l l r a c a

    ou

    de

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    cultural

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    N a c i o n a l

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    pelo

    Pres i dent e

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    e

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    N a -

    ouo,

    c o n s i d e r a d o s

    d e

    maior

    i nt eresse

    social

    e

    p o p u -

    ar

    s e ndo

    par a

    isso

    reservados

    t rez ent os

    e

    c i n q e n t a

    mil

    cruze iros .

    O

    Mi ni s t ri o

    d a

    E d u c a o

    e n c a r r e g a r -

    sc- a

    d e

    o r g a n i z a r

    a s

    bases

    desses

    dois

    e m p r e e n d i -

    m e n t o s .

    U m

    mi l h o

    e

    q u i n h e n t o s

    mil

    cruze iros

    sero

    reser-

    vados

    p a r a

    a

    cri a o

    e

    o in ic io

    d o

    f u n c i o n a m e n t o

    d o

    inst i tuto

    Joaq ui m

    N abuc o' .

    na

    c i d a d e

    d e

    Recife .

    Ex p o s i o

    d e

    Bros

    Marl i m

    Gonal ves

    N o

    prximo

    dia

    1 0

    d o

    corrente,

    s 1 7 , 3 0

    horas,

    no

    salo

    do

    Instituto

    de

    Arquitetos

    do

    Brasil

    (altos

    da

    ^SaT%51).'

    pin tor

    e

    cenografo

    EROS

    MARTIM

    G O N A L V E S

    inaugurar

    a

    sua

    expos io

    de

    dese-

    nnos ,

    com

    trabalhos

    executados

    em P e r n a m b uco

    du-

    rante

    a sua

    permanncia

    naquele

    Estado

    nordestino.

    r^mmk

    m

    _AwmwR-'."E&9

    "O

    Cacto

    Vermelho",

    d e

    Lxyia

    Fagundes

    Telles

    Em

    c o n e x o

    c o m

    o

    C i r c u l o

    Litera-

    rio

    d o

    Brasi l ,

    a

    E d i t o r a

    .Mr i to

    S A.

    a c a b a

    dc

    l a n a r

    " O

    C a c t o

    Vermelho",

    l ivro

    de

    c o nt o s

    de

    Lygia

    Fagundes

    lei

    les.

    Esse

    v o l u m e

    conquistara

    h

    pouco

    J Pr mi o

    "A f o ns o

    A r i n o s " ,

    d a A e a r i e -

    mia

    B r a s i l e i r a

    d c

    Letras,

    e

    o seu

    apa-

    re c im e n t o

    em

    v o lu m e

    constitui,

    sem

    d u v i d a ,

    uma

    excelente

    oportunidade

    p a r a

    que

    o

    g r a n d e

    p bl i c o

    conhea

    a o r a ,

    na

    plenitude

    d e

    sua

    vocao

    ar t s t i ca ,

    u m a

    d a s

    mais

    e x p re s s iv as

    e

    f irmes

    f iguras

    r i a

    n o v a

    g e r a o

    de

    es-

    c r i t o r e s .

    Com

    a sua

    sensibilidade

    fe-

    m in in a

    e

    seu d o m n i o

    d a

    t c n i c a

    lite-

    rr ia,

    Lygia

    F a g u n d e s

    Telles

    escreveu

    u ma srie

    de

    c o n t o s

    que

    se

    definem

    n.i

    ,.

    ...

    pc,a

    sua

    l)reciSi"lo,

    pela

    sua

    atmosfe-

    V

    1 \ ,

    d e ,v , ' d a

    e

    Ba.

    e

    principalmente

    pelo

    seu

    incon-

    fundivel

    estilo A l g u ns

    dos

    c o n t o s

    deste

    l ivro

    se

    situam

    e nt r e

    o s

    m e lh o re s

    ja

    e s cr i t o s

    e nt r e

    ns

    nos

    ltimos

    anos,

    e

    a b r e m

    p a r a

    a a u t o r a

    de

    " O

    C a c t o

    Ve r m e l h o "

    um lugar

    de

    destaque

    e nt r e

    os mais

    exigentes

    cu l t o re s

    do

    gnero.

    Qui nt a

    edio

    d e

    "Escolhi

    a

    Liberdade"

    Esta

    semana,

    a

    Editora

    A Noite

    lanou

    a

    quinta

    edio

    de um

    livro

    que

    j

    se

    tornou

    clssico

    a o

    mo-

    ymento

    livreiro

    d o

    pais:

    o

    "Escolhi

    a

    Liberdade"

    de

    Victor

    Kravchenko

    que,

    desta

    forma,

    assume

    um

    ?^SFa??*cle

    maior

    relevo

    entre

    todos

    o s

    "best-

    sellers"

    j

    lanados

    entre

    ns.

    .

    D o m i n g o s

    Carvalho

    d a

    Silva

    n o Rio

    P a s s o u

    a lg u n s

    d i a s

    e nt r e

    ns.

    t e n d o

    v is i t ad o

    If iT RAS

    E

    arpes,

    c

    c o n h e c i d o

    p o e t a

    p au l i s t a

    Domingos

    C a r v a l h o

    da

    Si l v a ,

    a u t o r

    de

    "R o s a

    extinta".

    Em

    l ige ira

    p a l e s t r a conosco,

    D o m in g o s

    C a r v a l h o

    da

    S i l v a

    n o s

    in-

    f o r mo u

    que

    seu

    p r x i m o

    l ivro,

    " Praia

    O c u l t a " ,

    est

    no

    prelo

    d a

    Editora

    Bras t l i e n s e .

    A "R e v i s t a B r a s i l e i r a d e

    Poesia",

    da

    qual

    um dos

    diretores,

    vai

    l a n a r

    brevemente

    um n o v o

    nu-

    mero,

    e o

    Clube

    de

    Poesia

    reiniciou

    suas

    atividades,

    p u b l i c a n d o

    "A ng u l o

    n

    Face",

    dc

    A n d r

    C a r ne i r o ,

    o

    l der

    d o

    grupo

    Jovem da

    r e v i s t a

    "Tentativa"

    de

    A t l b i a .

    Finalizando,

    o no s s o

    en-

    t r e v i s t a d o

    acentuou

    que

    prosseguem

    far-Anom* - ,,

    ro'n

    xlto

    na

    ca*^

    pa"1'.^-.

    as cn-

    leroneias

    p r o m o v i d a s

    pe'o

    Clube

    r ' e

    P o e s i a

    soh a

    r i t r n p n n

    d o

    g r a n d e

    p o e t a

    C a s s l a u o

    Rcardo.

    a

    lrtca

    N o

    prximo

    nmero ,

    publicaremos

    a

    co n f e r n c i a

    d e

    Camus

    s o br e

    C h a m f o r t

    Si1

    n o t i ^ o

    P*r a

    o s

    nossos

    l ei tores:

    .

    OUc ar er n o i

    n o

    p rximo

    nme ro

    a

    c o n f e r n c i a

    auuindf

    or

    ,?""

    Camilt.

    o

    I t a m a a u

    s\.

    ginda-fena

    ultima,

    sbre

    C h a m f o r t .

    gentilmen-

    TR S

    Tahts1"91''

    M C r " r

    ^

    "

    LK '

    D

    j

    M ^ m

    g\

    , * i ^

    J

    cciso

    d o

    concurso

    para

    o

    m o n u m e n t o

    a Rui

    A

    respeito

    d o

    c o n c u r s o

    pa r a

    a

    e s tutua

    d e

    Rui

    Barbos a

    e s t a m o s

    i n f o r m a d o s

    d c

    que

    a

    de cis o

    da

    C omi ss o

    J u l g a d o r a

    foi

    a

    d e

    n o

    se

    c o n c e d e r

    p rmio

    a

    c a n d i d a t o

    algum.

    V e n c e d o r a

    esta

    p r e l i m i n a r

    1 > o r

    trs

    votos

    a

    dois,

    houve

    um

    voto

    v e n c i d o

    d o

    d r .

    Rodri go

    M e l o

    t r a n c o

    d e

    A n d r a d e ,

    c o n t r r i o

    a

    tal

    c o n c l u s o

    e i n d i c a n d o ,

    como

    dig-

    n o

    d e

    premi ac o.

    o

    proj et o

    assina.

    d o

    Rio.

    Tal

    voto

    foi

    subscri t o

    pelo

    s r .

    Amrico

    J a c o b i n a

    L a c o m b e .

    ^ V

    o

    r

    n

    a

    l

    d e

    Letra

    s"

    salrA^manhA^T

    brn',i in,t l-"l'

    que

    assinalou

    nu*

    estrala,

    sara

    a m a nh A .

    o

    secundo

    numero

    do

    "J o r na l

    de

    etras

    O

    s u m a r i o

    d e s * ,

    publicao

    de

    a r t e

    e

    cul'

    ^que

    se

    Imps

    C O m O

    um d o s

    mais srie*

    co tedStS

    do

    j o r n a l t e m o l i t e r r i o

    br a s i l e i r o ,

    o

    mais

    u t n

    en

    c

    ,

    ->T

    Bivel

    e

    c o n f i r m a

    perfeitamente

    o

    objetivo

    d a

    rTviu

    Se

    o

    de

    apresentar-te

    c o mo

    e s p e lh o

    fiei

    d o

    no s s o

    m

    "i-

    ddo

    n r;,0?"10

    rP(?a'

    G ilb e rt o

    Freyre.

    Antnio

    (

    .n-

    ldo .

    D

    C a v a l c a n t i .

    Eu r i t o

    N o g u e i r a

    F r a n c a

    M o n i z

    Via

    m

    yro

    Plmntel.

    H e l e n a

    silveira.

    P a u l o

    Rnai

    Lucto

    V

    nl

    gel.

    A c c l o l y

    Netto .

    G u s t av o

    Dorla

    c

    O t t o

    M a r i a

    C pe

    F i g u r a m

    a i n d a

    no t e x t o

    u ma

    entrevista

    de

    A P

    iro

    tS&Jfiaftl

    a

    L d 0

    I V o '

    umu

    nov,la

    completa

    d

    G a s p a r l n o

    D a m a t a .

    u m a

    minuciosa

    re p o rt ag e m ,

    na

    q

    ,al

    se faz

    o

    Ju lg am e n t o

    l i t e r r i o

    de

    C o e l h o

    N e t t o

    u ma

    ".

    n-

    " '01"

    u

    n o v s s im a

    gera&o,

    a l m

    de I n m e r a s

    e

    .a-

    teressantes

    sees

    especializadas.

    O

    prximo

    livro

    d e

    Brcno

    Acioli

    Aparecer

    dentro

    em

    p o u c o

    o

    novo

    livro

    de

    cornos

    d e

    Breno

    Acioli.

    "Cogumelos*,

    apresentado

    pela

    EU-

    tora

    A

    Noite.

    O

    autor,

    j

    laureado

    pela

    Acaden.ia.

    coogi

    * n C S S a

    a

    ^ a c u id a d c

    d e

    sua

    anaI^

    ps?

  • 7/24/2019 Camus Por Murilo Mendes

    4/15

    Pagint

    LBTR43

    *

    'ART*:*

    PAUI,

    (ullio

    ~

    puno*

    * "

    m i

    borboiuie,

    autor

    d e

    numerosa*

    obras

    de

    foiHrcussao,

    no

    s

    na

    Fran-

    u,

    como

    na

    Europa

    e

    em

    ou -

    troH

    continentes .

    Jean With l

    deve

    ser

    mui

    Justamento

    o o n -

    * i d umiicu*,.

    Nu m a

    srie

    d e

    entrevistas

    co m

    fil*ofcw.

    c o m o Heldegeir.

    Bar-

    tre

    Jti.|H*rs,

    procurarei

    dar no v

    -eitores

    de

    " L E T R A S

    E

    Arv

    TE;?"

    uma

    deia

    da situao

    da fUusofui

    europeu

    na

    hora

    pre

    ente.

    E tal

    srie

    no

    po -

    dia ler

    melhor

    in icio

    do

    qu e

    com

    Jean

    Wuhl,

    que

    l e c io n a

    na S o r b o n n e

    as

    filosofias

    con-

    Umporaneos

    e,

    principalmente.

    existcncial l smo.

    Jean

    W u h l .

    c o m o

    se

    sabe.

    j

    escreveu

    nu-

    morosos

    estudos:

    sobre

    o

    "Par-

    milde.s",

    de

    Plato;

    sobre

    Descartes; sobre

    o

    "Pensa-

    m o n to e

    a

    Percepo";

    sobre

    ft

    'Histria

    da Filosofia

    Rran-

    cosa**, e

    notadamente

    sobro

    K i

    rkeKnard.

    Seus

    estudos

    "ki-

    orkcgaard ianosM

    so

    conside-

    nulos

    a

    obra

    mais

    profunda

    ate

    agora

    escrita sobre

    o

    grnn-

    dc

    pensador

    escand inavo.

    Fu i

    alu

    1 0

    d e Jean

    Wuhl.

    e no

    paso

    deixar

    de confessar

    s

    em

    > & o

    com

    que

    o

    procurei n o

    B e u

    apartamento

    do

    boulevurd

    R n

    nt

    Germain .

    Jean

    W a h l

    um

    homem

    pequeno,

    d e

    tabe-

    los

    grisalhos

    embaraados.

    Gi

    mde

    pensador ,

    no

    p o d e

    aer

    considerado,

    entretanto.

    bo

    i

    orador.

    Na

    Sorbonne,

    c o s -

    tu

    'a

    dar

    as aulas

    d c

    p ,

    para

    qu

    toda

    a sala

    possa

    v-lo,

    ler.

    Io

    sempre

    as

    prelees.

    A

    au

    A c i a

    de seu

    pensamento

    c o :

    strangida,

    na

    expressfio,

    por

    uma

    certa

    timidez.

    M as

    logi

    que

    comea a

    falar,

    len-

    lai

    ente,

    uma I r rad iao

    pa-

    * e *"

    nneta dl,ernv

    d c

    p r o -

    t a & J SM l SP I V l

    D E

    -ho .

    ?^niN.

    ESPANo^

    d c

    im

    ;

    S *

    t m m -

    "

    nsIH.0tr

    "

    E * T a n c U , n

    e n t r e

    **

    V l abi odent al

    a l g u m a s

    p e -aoas

    d e m a s i a d o

    i n f l u d a s

    por

    preconeel i os

    ort ogrf i cos

    ou

    par t ic u larmente

    propensas

    a

    IItW Se"

    e mbargo ,

    o s

    es -

    p a n h o i s

    d e

    origem

    v a l e n c i a n a

    o n

    n w i o r q u h i a

    e

    o s

    d e

    a l g u m a s

    P*r teo

    d o

    Sul

    da

    C a t a l u n h a

    p r o n u n c i a m

    o

    V l a b i o d e n t a l

    fa -

    t a n d o

    e s p a n h o l ,

    no

    p o r

    nfa-

    sojiiem

    p o r

    cultisrao.

    sen o

    po t

    s p o n t n e a

    i nf l uenci a

    f o n t i c a

    d e

    sua

    l ngua

    r e g i o n a l " .

    #-5.

    *

    * * K U r '

    d h

    sratade

    f o n c t b t a

    e s p a n h o l :

    " O

    di s t i ngui r

    o

    V

    d o

    B n a o

    t d e

    n e n h u m

    m o d o

    u m

    req ui s i -

    Io reroment l vel

    n a

    p r o n u n c i a -

    o

    e s p a n h o l a .

    A

    t radi o

    lo-

    A

    VOZ

    E M

    ERGASTULo

    A

    P O E S I A

    no

    e l o q u n -

    cia ,

    eis

    uma

    a i i r m a a o

    j

    h o je

    comum

    nos

    c o -

    meiur ios

    dos

    cr t i cos .

    D e s d e

    o s

    simbolistas

    se

    vem

    p e n -

    s a n d o

    assim,

    e dia

    a

    dia

    m a i s .

    Porm,

    d e

    q u a n d o

    em

    q u a n d o ,

    ouvem- se

    vozes

    d e

    p r o t e s t o s

    c o n t r a

    esse

    de s p re zo

    pela

    e l o -

    q unci a.

    H

    tempos,

    C h a r l e s

    B a u d o w i n

    a l e r t a v a

    o s

    p o e t a s

    e

    o s

    a d v e r t i a

    d o

    perigo

    d e

    um a

    at i t ude

    que

    n o

    f undo

    t a l v e s

    escondesse

    a

    impotnc ia

    d e

    sentir

    for temente

    o u

    o

    m e d o

    ae

    m a l o g r a r

    na

    c o m u n i c a o

    dos

    sent imentos.

    A

    g r a n d e

    poesia

    n u n c a

    d e s d e n h o u

    a

    e lo-

    que ncia ,

    d iz ia .

    El oq ent e

    a

    Bblia ,

    el oq ent e

    S h a k e s p e a r e ,

    e

    D ant e ,

    e

    Came s ,

    e o s

    c lssi-

    cos

    d o

    sculo

    XVII

    francs...

    O

    h o r r o r

    a el oq nci a

    p r o -

    vem

    d o

    abuso

    que

    d ela

    f ize-

    r am

    o s

    rom nt i cos

    e o s

    p o e t a s

    opor tunistas ,

    o s

    d e m a g o g o s ,

    o s

    que

    a n d a r a m

    a

    c a t a

    d e

    efeitos

    fceis

    e

    d e

    t i rag en

    grandes . Q u a n d o

    tudo

    d e s m e n -

    te

    tudo,

    a

    todo

    i ns t ant e ,

    e

    no a

    fere

    d e

    tal

    m o d o

    que

    somos

    f o r a d o s

    a

    criar

    uma

    c o u r a a

    d e

    cet i c i smo

    par a

    a

    defesa

    d o

    p rp rio

    e u ,

    a

    el oq nci a

    se

    t o r -

    na r id cula ,

    a

    me nos

    que

    um a

    g r a n d e

    f

    a sustente.

    Despre-

    zamos

    a el oq nci a

    po r qu e

    a

    el oq nci a

    hoje

    simples

    d e-

    magogl a.

    Ma s

    q u a n d o

    surg e

    um

    p oe ta

    s ince ro ,

    p os s udo

    d e

    u m a

    convi c o

    e

    que

    tr az

    em

    si

    a

    u r g n c i a

    d e ^

    jogar

    anate

    mas c o n t r a

    o

    m u n d o

    ou

    d e

    profet i z ar

    novos

    tempos,

    a c o n -

    tece

    sermos

    e n v o l v i d o s

    pel a

    sua

    el oq nci a.

    Acont ece

    a c e i -

    tarmos

    a f rma

    a n t i g a

    d o

    p o e -

    ma

    e

    nos

    c o m o v e r m o s .

    Jos

    T a v a r e s

    d e

    M i r a n d a

    um

    desses

    p oe tas

    e l o q e n t e s

    que

    tm

    uma

    mensagem

    a

    c o-

    m u n i c a r

    e

    conseguem

    q u e b r a r

    o

    gelo

    d a

    d e s c o n f i a n a

    c om

    que

    ac o lh emos

    a s

    p a l a v r a s

    d e

    seus

    pares.

    E m

    "Voz

    n o

    er -

    gstulo"

    (Jos Olmp io ,

    ed .

    Rio,

    1 9 4 8 )

    le

    d i z

    com

    e l o q u n -

    c i a

    a ang st i a

    d o

    homem

    o j a e

    S I S R C I O

    MILLIET^

    acei t a

    o seu

    dest i no

    e s t i c a -

    mente,

    d esprend e-se

    dos

    v n -

    culos

    que

    o

    a m a r r a v a m

    ao

    p r o -

    c o n c e i t o

    d a

    l i berdade ,

    e n o j a -

    se

    d i a n t e

    d a

    i nj ust i a

    d o

    m u n -

    d o ,

    e

    foge

    par a

    a g u a r d a r

    c s

    d ias

    "mais felizes

    o u

    de &gra-

    ados

    que

    vi r o" ,

    file

    diz

    co m

    el oq nci a

    e no

    s o r r i m o s .

    Seu

    d r a m a

    assume

    a c e n t o s

    pat t i cos e

    t raduz - se

    por

    v -

    zes

    e m

    s e ve ras

    cr t i cas

    soc ia is ,

    e n t r e m e a d a s

    d e

    profeci as .

    O

    tom

    ,

    em

    v e r d a d e ,

    o

    da

    p o e -

    sia

    proft i ca , e

    o ritmo

    a d o t a d o

    o

    d o

    s e rmo,

    obedi ent e

    s

    in.

    tenes

    express i vas ,

    e

    por

    isso

    mesmo

    n a d a

    m o n t o n o ,

    n a d a

    c o n v e n c i o n a l .

    Alguns

    m o t i v o s ,

    i magens

    d e

    seu

    p e n s a m e n t o

    fi-

    losfico,

    d e s d o b r a m - s e

    em

    mo -

    dul aes

    v a r i a d a s ,

    v o l t a n d o

    c o -

    mo

    estribilhos

    pa r a

    reforar

    a

    c o m u n i c a o

    n e c e s s r i a .

    A

    idia

    pri nci pal a

    d e

    qu e

    somos

    prisione iros.

    Pri s i onei ros ,

    pri s i onei ros d o

    [Deus

    e

    d o

    m u n d o ,

    a a lm a

    e ntre

    fogos

    e a b i s -

    [mos.

    o

    n ao

    ser

    l ivre

    nem

    p a r a

    o n o

    ser .

    O

    po eta

    tem

    a c o n v i c o

    d e

    que

    o

    h o m e m

    obe de ce

    a

    um

    d eterminismo

    e

    que

    n o

    lh e

    possvel

    l ibertar-se,

    nem

    m e s -

    mo

    d e

    uma

    f orma

    negativa.

    E n G o n t r & ^ e _ a s s i m

    c o m S a r t r e

    q u a n d o

    este

    escreve

    que

    a

    re -

    c u sa

    em

    p a r t i c u l a r

    a f i n a l

    uma m a n e i r a

    d e

    p a r t i c i p a r .

    O

    espet cul o

    d o

    mundo

    n o

    po d e

    de ixar

    d e

    ser

    visto.

    B

    esse

    espet cul o

    caus a

    n o | o ,

    p r i n c i p a l m e n t e

    po r qu e

    p e r c e b o -

    mos

    a

    "e ros o

    das

    almas".

    "Pobres

    s f t o o s

    frutos

    d o

    t r a -

    (ba lbo

    e

    mais

    pobre

    e

    mais

    tr iste

    a

    l ass i d o

    d o

    homem,...

    Pouco

    Imp orta .

    Cor r *

    * * * % n y

    Oj-jo eta

    p e ns a q u e ,

    d ev e

    ser

    1 * 3 -

    v a d a

    a t

    o fim

    a

    "noble

    ei

    r u d e

    tache":

    homens ,

    corde iros

    o u

    lobo* ,

    sem

    temor

    d o

    q u e

    j

    d i t o ,

    sem temer

    o

    que

    j

    feito

    sem

    t e m o r

    n o v a m e n t e

    i ns i s t i ndo

    na

    a u-

    [ r o r a .

    M as

    par a

    Insistir

    nessa

    a u-

    r or a

    preciso

    largar

    tu d o ,

    p a r -

    r.

    Partir

    o

    no v o l tar ,

    q u e b r a n .

    [do

    par a

    s e m p r e

    o s

    grilhes

    em

    p le na

    t r e v a

    N u n c a

    mais

    vol t ar.

    P a r a

    [sempre

    ade us

    a

    in fnc ia ,

    j u v e n t u d e

    e

    s

    [ h o r a s difce is

    Viro

    o s

    dias

    mais

    fe l izes,

    Just i f i c ar-se-

    o

    sacri f c i o

    d s -

    se

    r o m p i m e n t o ?

    Na

    d u v i d a

    es -

    t

    a ang st i a ,

    o

    d r a m a

    c a n t a d o

    pelo

    poet a.

    A

    v o z

    em

    e r g s t u -

    Io.. .

    Ma s

    a

    simples

    reso luo

    t o m a d a

    tr az

    o

    repouso,

    p o r -

    q u a n t o

    com

    ela

    um

    dest i no

    se

    e s colhe ,

    um

    a lvo

    se

    ace ita ,

    um a

    r azo

    d e

    ser

    se

    c r i a .

    Er a

    possvel

    expri mi r

    d c

    o u tr a

    m a n e i r a

    essa

    f i losofia

    (digo

    fi losofia

    po r qu e

    Jos

    Ta-

    vares

    d e

    M i r a n d a

    um

    p o e t a

    d e

    p e n s a m e n t o

    e

    d o

    pensa-

    me nto

    que

    nas ce

    sua

    e m o -

    o).

    Outros

    p oe tas

    o

    f i z e r a m

    m e r g u l h a n d o

    n a

    alma

    e

    t r a -

    z e n d o

    to n a

    i magens

    mais

    ou

    me nos

    h erm t ic as

    d e

    sua v i d a

    i nt eri or.

    Jos

    T a v a r e s

    d e

    M l-

    r a n d a

    p re f e r iu

    a

    e l o q n c i a .

    O u

    me lhor ,

    sua

    express o

    na-

    tural

    a eloqnc ia .

    R i t m o s

    e

    p a l a v r a s

    c onjug am-se

    nele

    pa r a

    a f o r m a o

    d a

    frase

    elo-

    q uent e .

    E '

    um

    e x t r o v e r t i d o ,

    u m

    pl et ri co,

    mas

    a ra

    d e

    seus

    sent imentos

    e

    d e

    s u a s

    id ias

    est

    e x a t a m e n t e

    nessa

    e x t r o v e r s o

    e

    nessa

    p l e t o r a .

    So

    elas

    que

    lhe

    p e r m i t e m

    comp or

    a

    s ihf c ih ia

    par a grau-

    . (Conclui

    na

    1 0 * .

    pg.)

    n t t r a

    dest a

    h n g u a ,

    o

    e x e m p l e

    d o *

    bons

    aut ores

    e

    o r a d o r e s

    c

    a

    u-o

    geral

    so

    c o n t r r i o *

    d i t o

    d ist ino ,

    a maioria

    das

    p e s -

    a oa s

    culta* ,

    t a n t o

    em

    (a*ida

    como

    nas

    demai s

    regies

    auu,

    longe

    d e est i mar

    a

    pr u im n

    ..

    do

    V

    l abiod enta l

    como

    u r a s

    Plausvel

    perfeio.

    .

    cons.de-

    ram

    c o m o

    uma

    m er a

    p r e o c u p a -

    danie**?01*''

    d esnec ess r ia

    e

    Je-

    T?

    farc i i R A M A

    "t

    A

    CAS.

    # H- 1.ANA

    d r

    Ju an

    M o n e v s

    v

    Fuyol.

    C

    ol ecci n

    Labor,

    lS i

    Sli ,

    sobre

    a

    e s cr ita

    V :

    " S e u s

    funemas

    c o r r e l a t i v o s

    d e v e r i a m

    d e n t a ? '

    X

    V I *

    V O *

    >

    SC

    mo

    fi iologico

    c a s t e l h a n a

    sao

    - * < V

    B E ,

    BI,

    B O ,

    BU".

    fiiiil"**5

    * m

    lo d o

    d o m n i a

    B i ol gi co

    c astelh ano ,

    po r qu e

    o

    mem0

    se

    d

    n a

    Amrica

    E s p a -

    n h o l a .

    Num

    e ns aio

    sbre

    a

    ale-

    taco

    c

    a

    n a t u r a l i d a d e

    n a

    lin-

    guagen,

    (3).

    observou

    o

    m e n c i u -

    n a d o

    rilologo

    Angrl

    K o s e n b l a t

    que

    e m

    Bue nos

    Aires

    se

    ouve

    s

    vezes

    VIVIR

    com

    dois

    V

    l b i o -

    lenta}*

    ta lve z

    porque,

    alem

    ia

    presso escolar,

    uma

    g r a n d e

    Parte d a

    p o p u l a o

    procerie

    d e

    regioe*

    o n d e

    s*e

    som

    diste

    efet ivamente

    n o

    s i s p a r t i r u l a r

    Le mbrava

    Rosenhl al

    n o a l u d i d u

    n s a i o

    q u e

    S a r t e m a

    l ingui- . t ico .

    A

    i nf l uenci a

    i t al i ana

    se

    faz

    sen-

    t i r

    neste

    miento.

    e m

    1 8 4 3 .

    ie-

    v a n t a n d o - s e

    c o n t r a

    a d o u t r i n a

    d a

    Real

    A c a d e m i a

    E s p a n h o l a

    o

    d o

    a u t o r i z a d o

    gramt i co

    An-

    dres

    Bello,

    s u s t e n t a v a

    q u e

    er a

    necessri o

    suprimir

    o

    V d o

    sis-

    tem a

    ort ogrf i co

    po r qu e

    nin-

    guem o

    p r o n u n c i a v a .

    S u p u n h a

    t ra tar-se

    d e

    uma

    p e c u l i a r i d a d e

    p ros odica

    h i s p a n o - a m e r i c a n a

    S o

    algum

    te mp o

    depois,

    n u m a

    viage m

    q u e

    fz

    E s p a n h a ,

    ve-

    rifcou

    q u e

    LOS

    B U E N O S

    G O -

    DOS.

    c o m o

    t r a t a v a

    i r n i c a m e n -

    te

    o s

    peni nsul ares ,

    tambm

    n o

    o

    p r o n u n c i a v a m ,

    e

    Isso

    q u a n t o

    gente

    culta ,

    pois

    com

    relao

    a

    i ncul t a

    n u n c a

    t ive ra

    d v i d a s .

    o

    v , E m . E L

    B R L A D O R

    D E

    SE-

    ?

    ili.a.

    d e

    Tirso

    d e

    M o l i n a ,

    a c h a - s e

    u m

    jo go

    d e

    p a l a v r a s

    humor s t i co ,

    sugeri do

    ao

    a u t o r

    pelo

    adj et i vo

    portugus

    V E L H A ,

    que,

    p r o n u n c i a d o

    p o r

    quem

    t r o -

    9Lv

    Pr

    B

    soa

    o

    mesmo qu o

    HELLA

    a o

    ouvido

    castelhano

    E *

    n a

    c en a

    V .

    a to

    I I ,

    q u a n d o

    o i o t a

    escarnece

    d e

    uma

    d a m a

    que

    e n v e l h e c e u :

    E S

    L A S T I M A

    VELLA

    L A M P I N A

    DE

    F R E N T E

    T

    wiM

    CEJA

    LLAMALA

    E L

    P O R T U G U S

    ~

    .,..

    VIEJA

    *

    ELLA

    I M A G I N A

    O U E

    [B ELLA.:

    E

    d i z

    Don

    J u a n :

    S I ,

    QUE

    BELLA,

    E N

    P O R

    .Im TXJGUS

    S U E N A

    VI EJA

    E N

    C A S T L L -

    [ L A N O .

    O

    e s p a n h o l

    escreve

    V ACA

    e

    d i z

    BACA-

    . M a s

    isso

    j amai s

    ser

    vr,o^paia

    que

    ,he

    c h a m e m

    vukro,

    como

    n a

    a n e d o t a

    d o

    port ugus

    que

    corrige

    o u t r o

    p o r t u g u s .

    (

    ( 1 : 1

    K p M r > , i R m o

    d

    u

    l e t r a ,

    ir

    Revista

    Nacional

    dc

    C u ltu r a"

    C a r a c a s

    (Venezuela),

    N .

    6 6

    A n o '

    I X .

    p.

    38.

    (2 )

    'E'

    curioso

    q u e

    a

    A c ad em ia

    a e

    c o m o

    norma

    p a r a

    a

    b o a

    pr o -

    n u n c lao .

    em

    primeiro

    l u g a r ,

    o

    u s o

    d o s

    estrangeiros:

    l o g o ,

    o

    d o u

    valenclanoa.

    catales

    e

    malorqut-

    n o s

    (que

    aplicam

    ao

    c astelh an o

    ca

    hbitos

    de s u a

    lngua

    regional),

    ti

    em

    ultimo

    termo

    o

    u s o

    d e

    "alguns

    cas te lhanos

    cultos".

    N a

    edio

    d a

    Gramtica

    de

    1 8 8 3

    d i z :

    "Sendo,

    n a

    maior

    p a r t e de Espa nha ,

    igual

    a i n d a

    q u e

    n o

    devera,

    a

    p r o n u n -

    clao

    d o

    b

    e

    d o

    v..."

    ( p ,

    3 5 3 )

    E s s e

    "ainda

    q u e

    n o

    d e v e r a "

    n a o

    desaparece

    a t

    edio

    de

    1 9 1 1

    q u e

    f i x a

    o critrio

    atual:

    "Se ndo

    a

    m a i o r

    p a r t e

    de

    Espa nha

    igual

    a

    pr o n u n c iao

    d o b

    e

    d o v..."

    A

    Academia

    d - a e

    p o r

    vencida ,

    a i n d a

    q u e

    u m

    p o u c o

    a

    c o n

    tra-gosto.

    Res-

    ta

    e s s e

    " n a

    maior

    p a r t e

    d e

    E s p a -

    n h a ' (

    (deveria dizer

    " e m

    es->nnhol

    o u " e m

    cas te lhano) ,

    ressaibo

    d a

    velha

    d o u tr in a .

    Durante

    quase 2

    sculos

    a

    Academia

    esteve

    est i .au-

    l a ndo

    u m a

    falsa

    pr o n u n c iao

    H

    a inda ,

    depois

    de

    a t e r

    a b a n d o n a d o ,

    a

    m

    d o u tr in a

    persiste.

    E

    c o m o

    alsa,

    ascende

    c o m

    requneUi

    a a

    tablado

    d o s

    teatros.''

    (Angel

    Ro -

    senblat,

    lugar

    citado,

    p.

    40-41)

    (3) La N a c i o r i ,

    Buenos

    A i r e s ,

    2

    d e

    outubro

    ( i e

    1939.

    -

    \,'T

    i

  • 7/24/2019 Camus Por Murilo Mendes

    8/15

    FLASH

    J O S E '

    CERALDO

    V I E I RA

    E

    J O O

    CON DE'

    NOME:

    J O S E '

    G EP-U D O

    M A N O E L

    G E R M A N O

    C ORRE I A VIEIRA

    M A C H A D O

    DA

    C O S T A

    D R U M M O N D

    F ORT U NA .

    ( S O *

    FI C OU C O M

    OS

    E FE TI VOS PORQ UE

    OS

    O U T R O S

    t -RAM

    D : C R O M O S S O M O S

    D EMA SIA D O

    A NCEST RA IS)

    JOS E'

    G ERA L D O

    V I E I R A .

    NASC E U

    EM

    1 3 97

    NO

    D IST RIT O F ED ERA L .

    TE M

    CINCO FI LH OS

    E T R S

    N E T O S .

    CA L VO A N O

    S E R JU NT O

    D A S

    OREL HA S

    E DA NU CA . ( UM

    D O S

    S E U S COMPL EXOS

    DE

    ALTURA:

    166

    (OU T RO

    COMPL EXO

    DE

    I N F E R I O R I D A D E )

    U S A

    C ULOS

    E M

    EST U D A NT E

    USOU PORQUE

    A C H A V A B O N I T O

    P E S A

    63

    Q U I L O S .

    E'

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    A MI SSA

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    D U RA NT E

    O

    (S iNA SIO

    A SSIST IU

    MI SSA

    D U RA NT E

    A N O S

    SEGUDOS0WU

    GOSTA

    D O S

    VIZINHOS

    Q U E

    N O

    TE M

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    E

    Z E LADORE S

    C O M

    VIZINHOS

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    SE MPR TARDE

    E

    A CORD A

    CED O,

    S O '

    P O R

    CAUSA DE

    SUAS

    OBRIG A ES

    ^.ANH0

    DE E ME RSO

    DE

    NOI TE

    B E M

    Q UE NTE

    E PELA MANH,

    C H U V E I R O

    50' B E B E

    LARANJADA

    DE TE STA

    GILO.

    APESAR

    D E T E R

    P A I X O

    PELO

    JOGO,

    N U N C A

    J OGOU

    NO

    BICHO

    PSSPONDE

    CA RT A S R A R A M E N T E

    E C O M