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Ano 5 | Número 13 | Janeiro/Abril de 2008 | 19 CANCER DE MAMA TL017 MULTIVITAMÍNICOS NÃO MELHORAM A FADIGA INDUZIDA POR RADIOTERAPIA EM MULHERES COM CÂNCER DE MAMA: RESULTADOS DE UM ESTUDO RANDOMIZADO DUPLO-CEGO Fêde ABS, Bensi CG, Trufelli DC, Campos MPO, Pecorini PG, Ranzatti RP, Kalik R, del Giglio A Faculdade de Medicina da Fundação ABC. Multivitamínicos são largamente utilizados por pacientes com câncer para melhorar seu estado geral e nível de ener- gia. A fadiga é um sintoma comum em pacientes com câncer, incluindo os que são tratados com radioterapia. Nós condu- zimos um estudo duplo-cego, randomizado, com cruzamento dos braços experimentais, comparando multivitamínicos ver- sus placebo em pacientes com câncer de mama em tratamen- to radioterápico (RxT) para avaliar se os multivitamínicos afetariam a incidência da fadiga e a sua qualidade de vida. Nós aleatorizamos pacientes no início da Rxt para receber placebo ou Centrum Silver® (Laboratório Wyeth-Whitehall) 1 cápsula ao dia. No meio da Rxt os pacientes passaram a re- ceber placebo se tivessem inicialmente recebido multivitamí- nicos e vice-versa. Os pacientes responderam ao questionário de qualidade de vida (QOL) EORTC QLQ C-30 e o questionário Chalder de fadiga no início, meio (antes da troca de trata- mentos) e fnal da RxT. Ao analisarmos o mesmo grupo de pacientes ao longo da RxT, encontramos que ambos os grupos tiveram signifcativas diminuições nas pontuações de fadiga geral (p = 0.009; p = 0.001) e física (p = 0.031; p = 0.029) após terem terminado a fase com placebo, quando compara- dos com suas pontuações imediatamente antes do placebo ser iniciado. Observamos também melhora signifcativa na escala funcional (p = 0.026) e de sintomas (p = 0.016) do questionário de QOL nos pacientes em uso do placebo. Não houve mudanças signifcativas com o uso de multivitamíni- cos. Quando comparamos pacientes dos dois grupos experi- mentais nos diferentes momentos do estudo, observamos pontuações signifcativamente menores para fadiga física e geral em pacientes que acabaram seu período de uso do pla- cebo quando comparados com aqueles que terminaram o pe- ríodo de multivitamínicos (0 vs 25%, p = 0.035 para ambos). Concluímos que multivitamínicos não melhoram a fadiga re- lacionada à RxT, podendo inclusive piorá-la, assim como a QOL destes pacientes. Estudos futuros são necessários para confrmar nossos achados. TL021 SITUAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA DAS MULHERES ACOMETIDAS POR CÂNCER DA MAMA NO MUNICÍPIO DE CARATINGA – MG Pereira PAM, Magalhães COM, Ladeira BLL, Pereira MG Centro Universitário de Caratinga - UNEC, Caratinga - MG. O câncer da mama é o tumor invasivo do aparelho reprodu- tor feminino que representa a principal causa de morte por câncer nas mulheres brasileiras desde 1980. De acordo com as estimativas dos casos novos de câncer no Brasil, no ano de 2006, em relação ao câncer da mama feminino, este ocu- pa o 2 º lugar em todo o território brasileiro, com estimativas de 48.930 casos novos. O presente estudo teve como objetivo principal conhecer a situação sociodemográfca das mulheres acometidas pelo câncer da mama no município de Caratinga - MG, no ano de 2006. Tratou-se de um estudo descritivo do tipo transversal com amostra não aleatória, aprovado pelo comitê de ética, onde foram triadas 20 mulheres de feverei- ro a maio de 2006, no município de Caratinga. As mesmas foram argüidas quanto às questões de um formulário basea- do no estudo de Batiston (2003), adaptado pelos autores do presente estudo. Analisando os dados obtidos, observou-se que 95% das pacientes avaliadas residiam na zona urbana do município de Caratinga; quanto à alfabetização, 50% das mu- lheres declararam ter cursado o ensino fundamental; entre as demais, 20% cursaram o ensino médio, 20%, o ensino superior e 10% declararam ser analfabetas. Em se tratando da profssão exercida, 50% declararam ser aposentadas, 30% declararam ser professoras, costureiras e advogada e 20% declararam ser do lar. Quanto ao estado civil, nota-se que 50% eram casadas, 25% divorciadas, 15% viúvas e apenas 10% eram solteiras; em relação à cor da pele, 85% das mulheres acometidas apresenta- vam pele clara (branca ou amarela) e apenas 15% apresentava a pele negra; quanto à idade média das pacientes no momento do diagnóstico do câncer da mama, foi de 48,7 anos, variando de 25 a 71 anos. Os resultados obtidos são importantes devido ao conhecimento da própria mulher em relação aos cuidados de saúde, informações referentes à importância do diagnóstico precoce, sinais e sintomas e fatores de risco. Além do acesso aos serviços de saúde, podendo assim relacionar a ocorrência do câncer da mama com a difculdade e falta de informação quanto à saúde, já que as condições socioeconômicas desfa- voráveis levam às difculdades de acesso ao sistema de saúde. Conseqüentemente, o diagnóstico de patologias pode ocorrer tardiamente, inclusive o câncer. Esses dados podem também nortear tanto os Sistemas Públicos e Privados de Saúde como empresas privadas, ONGs e a população em geral na busca de uma detecção e diagnóstico precoce. TL022 IMPORTÂNCIA DO AUTO-EXAME DAS MAMAS NO RASTREAMENTO DO CÂNCER DA MAMA Pereira PAM, Magalhães COM, Ladeira BLL, Pereira MG Centro Universitário de Caratinga - UNEC, Caratinga - MG. O câncer da mama é um dos problemas de saúde pública da atualidade, sendo que a educação através do auto-exame ma- mário (AEM) é uma das etapas na identifcação de alterações nas mamas. Diante da escassez de recursos com a inadequa- ção de mamógrafos para atender às mulheres acima de 35 anos, preconizado pelo Consenso do câncer da mama; e na impossibilidade de destinar profssionais treinados para rea- lizar o exame físico em todo o país, o AEM pode representar uma importante forma, talvez a única, para rastrear precoce- mente o câncer de mama. Visto que o diagnóstico do câncer de mama no Brasil ainda tem sido feito quando a neoplasia já atinge estádios avançados. Atualmente, as formas para a de- tecção precoce do câncer de mama são o AEM, o exame clíni- co, a ultra-sonografa e a mamografa. Porém, a mamografa e a ultra-sonografa apresentam alto custo e não fornecem resul- tados operacionais para serem aplicados em grandes massas populacionais. O que faz do AEM mensal uma estratégia de escolha, uma vez que se caracteriza como “prevenção” secun- dária, sem custos e segura, registrando-se tumores primários menores e menor número de linfonodos axilares invadidos pelo tumor (ou por células neoplásicas) nas mulheres que fazem o exame regularmente, além de haver também a per- cepção de pequenas mudanças nas propriedades físicas das mamas, diminuindo assim a probabilidade de metástase e aumentando a sobrevida. O presente teve como objetivo prin- cipal identifcar a importância do AEM como uma das formas de detecção precoce do câncer da mama das mulheres aco- metidas por este câncer no município de Caratinga – MG, no ano de 2006. A pesquisa tratou-se de um estudo descritivo do tipo transversal com amostra não aleatória, previamente aprovado pelo comitê de ética, onde foram triadas 20 mulhe- res de fevereiro a maio de 2006, que foram argüidas através de um formulário, adaptado pelos autores deste estudo. As alterações nas mamas, com posterior confrmação de neopla- sia, foram detectadas pela própria paciente em 80% dos casos através do AEM; 15% pelo exame de imagem e 5% pelo exame clínico. O que evidencia a importância da estimulação, cons- cientização e aprendizado da prática correta do AEM, sendo importante arma na detecção da doença. O AEM também ser- ve para a difusão e divulgação de informações a respeito do câncer de mama, desde os seus fatores de risco até a redução dos mitos a respeito do seu tratamento. Assim, utilizando- -o para chamar a atenção das mulheres, é possível que elas adquiram interesse pelo tema, tendo acesso às informações e aprendendo sobre o câncer de mama.

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  • Ano 5 | Nmero 13 | Janeiro/Abril de 2008 | 19

    CANCER DE MAMA

    TL017MULTIVITAMNICOS NO MELHORAM A FADIGA INDUZIDA POR RADIOTERAPIA EM MULHERES COM CNCER DE MAMA: RESULTADOS DE UM ESTUDO RANDOMIZADO DUPLO-CEGOFde ABS, Bensi CG, Trufelli DC, Campos MPO, Pecorini PG, Ranzatti RP, Kalik R, del Giglio A .Faculdade de Medicina da Fundao ABC.

    Multivitamnicos so largamente utilizados por pacientes com cncer para melhorar seu estado geral e nvel de ener-gia. A fadiga um sintoma comum em pacientes com cncer, incluindo os que so tratados com radioterapia. Ns condu-zimos um estudo duplo-cego, randomizado, com cruzamento dos braos experimentais, comparando multivitamnicos ver-sus placebo em pacientes com cncer de mama em tratamen-to radioterpico (RxT) para avaliar se os multivitamnicos afetariam a incidncia da fadiga e a sua qualidade de vida. Ns aleatorizamos pacientes no incio da Rxt para receber placebo ou Centrum Silver (Laboratrio Wyeth-Whitehall) 1 cpsula ao dia. No meio da Rxt os pacientes passaram a re-ceber placebo se tivessem inicialmente recebido multivitam-nicos e vice-versa. Os pacientes responderam ao questionrio de qualidade de vida (QOL) EORTC QLQ C-30 e o questionrio Chalder de fadiga no incio, meio (antes da troca de trata-mentos) e fnal da RxT. Ao analisarmos o mesmo grupo de pacientes ao longo da RxT, encontramos que ambos os grupos tiveram signifcativas diminuies nas pontuaes de fadiga geral (p = 0.009; p = 0.001) e fsica (p = 0.031; p = 0.029) aps terem terminado a fase com placebo, quando compara-dos com suas pontuaes imediatamente antes do placebo ser iniciado. Observamos tambm melhora signifcativa na escala funcional (p = 0.026) e de sintomas (p = 0.016) do questionrio de QOL nos pacientes em uso do placebo. No houve mudanas signifcativas com o uso de multivitamni-cos. Quando comparamos pacientes dos dois grupos experi-mentais nos diferentes momentos do estudo, observamos pontuaes signifcativamente menores para fadiga fsica e geral em pacientes que acabaram seu perodo de uso do pla-cebo quando comparados com aqueles que terminaram o pe-rodo de multivitamnicos (0 vs 25%, p = 0.035 para ambos). Conclumos que multivitamnicos no melhoram a fadiga re-lacionada RxT, podendo inclusive pior-la, assim como a QOL destes pacientes. Estudos futuros so necessrios para confrmar nossos achados.

    TL021SITUAO SOCIODEMOGRFICA DAS MULHERES ACOMETIDAS POR CNCER DA MAMA NO MUNICPIO DE CARATINGA MGPereira PAM, Magalhes COM, Ladeira BLL, Pereira MG .Centro Universitrio de Caratinga - UNEC, Caratinga - MG.

    O cncer da mama o tumor invasivo do aparelho reprodu-tor feminino que representa a principal causa de morte por cncer nas mulheres brasileiras desde 1980. De acordo com as estimativas dos casos novos de cncer no Brasil, no ano de 2006, em relao ao cncer da mama feminino, este ocu-pa o 2 lugar em todo o territrio brasileiro, com estimativas de 48.930 casos novos. O presente estudo teve como objetivo principal conhecer a situao sociodemo grfca das mulheres acometidas pelo cncer da mama no municpio de Caratinga - MG, no ano de 2006. Tratou-se de um estudo descritivo do tipo transversal com amostra no aleatria, aprovado pelo comit de tica, onde foram triadas 20 mulheres de feverei-ro a maio de 2006, no municpio de Caratinga. As mesmas foram argidas quanto s questes de um formulrio basea-do no estudo de Batiston (2003), adaptado pelos autores do presente estudo. Analisando os dados obtidos, observou-se que 95% das pacientes avaliadas residiam na zona urbana do municpio de Caratinga; quanto alfabetizao, 50% das mu-lheres declararam ter cursado o ensino fundamental; entre as

    demais, 20% cursaram o ensino mdio, 20%, o ensino superior e 10% declararam ser analfabetas. Em se tratando da profsso exercida, 50% declararam ser aposentadas, 30% declararam ser professoras, costureiras e advogada e 20% declararam ser do lar. Quanto ao estado civil, nota-se que 50% eram casadas, 25% divorciadas, 15% vivas e apenas 10% eram solteiras; em relao cor da pele, 85% das mulheres acometidas apresenta-vam pele clara (branca ou amarela) e apenas 15% apresentava a pele negra; quanto idade mdia das pacientes no momento do diagnstico do cncer da mama, foi de 48,7 anos, variando de 25 a 71 anos. Os resultados obtidos so importantes devido ao conhecimento da prpria mulher em relao aos cuidados de sade, informaes referentes importncia do diagnstico precoce, sinais e sintomas e fatores de risco. Alm do acesso aos servios de sade, podendo assim relacionar a ocorrncia do cncer da mama com a difculdade e falta de informao quanto sade, j que as condies socioeconmicas desfa-vorveis levam s difculdades de acesso ao sistema de sade. Conseqentemente, o diagnstico de patologias pode ocorrer tardiamente, inclusive o cncer. Esses dados podem tambm nortear tanto os Sistemas Pblicos e Privados de Sade como empresas privadas, ONGs e a populao em geral na busca de uma deteco e diagnstico precoce.

    TL022IMPORTNCIA DO AUTO-EXAME DAS MAMAS NO RASTREAMENTO DO CNCER DA MAMAPereira PAM, Magalhes COM, Ladeira BLL, Pereira MG .Centro Universitrio de Caratinga - UNEC, Caratinga - MG.

    O cncer da mama um dos problemas de sade pblica da atualidade, sendo que a educao atravs do auto-exame ma-mrio (AEM) uma das etapas na identifcao de alteraes nas mamas. Diante da escassez de recursos com a inadequa-o de mamgrafos para atender s mulheres acima de 35 anos, preconizado pelo Consenso do cncer da mama; e na impossibi lidade de destinar profssionais treinados para rea-lizar o exame fsico em todo o pas, o AEM pode representar uma importante forma, talvez a nica, para rastrear precoce-mente o cncer de mama. Visto que o diagnstico do cncer de mama no Brasil ainda tem sido feito quando a neoplasia j atinge estdios avanados. Atualmente, as formas para a de-teco precoce do cncer de mama so o AEM, o exame clni-co, a ultra-sonografa e a mamografa. Porm, a mamografa e a ultra-sonografa apresentam alto custo e no fornecem resul-tados opera cionais para serem aplicados em grandes massas populacionais. O que faz do AEM mensal uma estratgia de escolha, uma vez que se caracteriza como preveno secun-dria, sem custos e segura, registrando-se tumores primrios menores e menor nmero de linfonodos axilares invadidos pelo tumor (ou por clulas neoplsicas) nas mulheres que fazem o exame regularmente, alm de haver tambm a per-cepo de pequenas mudanas nas propriedades fsicas das mamas, diminuindo assim a probabilidade de metstase e aumentando a sobrevida. O presente teve como objetivo prin-cipal identifcar a importncia do AEM como uma das formas de deteco precoce do cncer da mama das mulheres aco-metidas por este cncer no municpio de Caratinga MG, no ano de 2006. A pesquisa tratou-se de um estudo descritivo do tipo transversal com amostra no aleatria, previamente aprovado pelo comit de tica, onde foram triadas 20 mulhe-res de fevereiro a maio de 2006, que foram argidas atravs de um formulrio, adaptado pelos autores deste estudo. As alteraes nas mamas, com pos terior confrmao de neopla-sia, foram detectadas pela prpria paciente em 80% dos casos atravs do AEM; 15% pelo exame de imagem e 5% pelo exame clnico. O que evidencia a importncia da estimulao, cons-cientizao e aprendizado da prtica correta do AEM, sendo importante arma na deteco da doena. O AEM tambm ser-ve para a difuso e divulgao de informaes a respeito do cncer de mama, desde os seus fatores de risco at a reduo dos mitos a respeito do seu tratamento. Assim, utilizando--o para chamar a ateno das mulheres, possvel que elas adquiram interesse pelo tema, tendo acesso s informaes e aprendendo sobre o cncer de mama.

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    TL053MORFIA MAMRIA DE APARECIMENTO TARDIO APS TRATAMENTO CIRRGICO CONSERVADOR DE CNCER DE MAMAFernandes HZ, Alves FV, Pinto CF, Turci CF, Mendes AD, Taborda MF .Instituto de Oncologia do Vale, So Jos dos Campos - SP.

    Esclerodermia localizada uma doena cutnea incomum e de etiologia desconhecida. Admite-se que as alteraes do colge-no possam ser resultantes da ao de traumas, fatores gen-ticos, imunolgicos, hormonais e vasculares. A incidncia de morfia induzida por radiao gira em torno de 0,2% e mais comum em mulheres. Relataremos a ocorrncia de morfia na mama de uma paciente que recebeu radioterapia ps-operat-ria para cncer de mama. Relato do caso: Mulher de 61 anos, com queixa de dor e endurecimento de toda a mama esquerda, de trs meses de evoluo. H seis anos foi submetida a qua-drantectomia e esvaziamento axilar esquerda devido a um carcinoma ductal invasivo, estdio T2N0M0, receptor de es-trgeno e progesterona negativos. Recebeu quimioterapia ad-juvante (8xCMF) e aps o quinto ciclo de quimioterapia iniciou tratamento radioterpico adjuvante concomitante na mama. Recebeu 50,4Gy, administrados em 28 sesses de 180cGy, se-guidos de Boost de 900cGy em 5 sesses. A paciente permane-ceu assintomtica e sem evidncia de doena durante todo o perodo de vigilncia, quando recorreu a atendimento mdico. A pele da mama esquerda apresentava-se com uma placa in-durada, espessada e de tom mais rseo, com padro superfcial tipo peau dorange envolvida por um halo eritematoviolceo. A bipsia cutnea e os achados clnicos confrmaram a suspeita de morfia. Discusso: Morfia ps-irradiao uma compli-cao rara do tratamento radioterpico da mama. A freqncia foi de 1:500 em um estudo que incluiu 3.000 pacientes irra-diadas com diagnstico de cncer de mama. A injria induzida pela radioterapia no est correlacionada com a dose da radia-o ou com a severidade da reao tecidual aguda radiao. Vrios fatores podem estar envolvidos com a etiologia da mor-fia ps-irradiao, incluindo injria s clulas endoteliais e fbroblastos, resposta imu nolgica irregular ou produo anor-mal de colgeno. Dentre os diagnsticos diferenciais, o mais importante a recorrncia local do cncer com infltrao da pele. Como a apresentao clnica da esclerodermia localizada ps-radioterapia pode mimetizar malignidade, importante a interao entre cirurgio, oncologista clnico e radioterapeuta para que o diagnstico de recorrncia tumoral no seja dado de forma errnea.

    TL057O PERFIL SOCIOECONMICO DE MULHERES COM CNCER DE MAMA ATENDIDAS EM UM SERVIO DE MASTOLOGIA (UBERABA - MG)Alves LGF, Martins ABA, Andrade MM, Pachon KC, Querino RA, Ventura AA, de Vito LOF .Universidade de Uberaba - MG..

    O cncer de mama tem sido objeto de estudo de diversos pesqui-sadores da rea da sade devido freqncia com que atinge as mulheres. A presente pesquisa teve como objetivo central anali-sar o perfl socioeconmico das mulheres com cncer de mama e o atendimento prestado pelo Centro de Apoio Integrado Sade da Mulher (CAISM) e pelo Hospital do Cncer (Hospital Dr. Hlio Angotti), ambos situados em Uberaba - MG. Mtodos: A anlise conjugou as dimenses biopsicossociais, econmicas e familia-res das mulheres que interferem e sofrem infuncia do processo de adoecimento e cuidado. Utilizou-se das metodologias quan-titativa e qualitativa. A qualitativa permitiu o acompanhamento do funcionamento dos servios de sade e um primeiro contato com as mulheres. O corte temporal da pesquisa foi julho/2005 a julho/2006, perodo no qual 506 mulheres estiveram em trata-mento. A metodo logia quantitativa foi aplicada na construo do perfl socioeconmico das mulheres atendidas e a metodo-logia qualitativa foi aplicada na anlise dos impactos do diag-nstico e tratamento sobre as mulheres. Entrevistou-se uma amostra de 44 mulheres que estiveram nos servios de sade

    no ms de julho/2006. Resultados: Das 44 mulheres entrevis-tadas, a maioria tinha mais de 50 anos de idade (79,5%), eram da cor branca (79,5%), da religio catlica (61,3%), viviam em unio (45,4%), moravam com o marido (45,4%), possuam esco-laridade at o ensino fundamental incompleto (45,5%). A renda predominante foi de at 1 salrio mnimo (41,4%) e a ocupao foi de aposentada e dona de casa (63,6%). Das usurias, 70,4% utilizam os servios de sade do Sistema nico de Sade (SUS), embora 40,9% possuem algum tipo de plano de sade priva-do. Quanto s atividades realizadas aps o conhecimento da doena, a maioria (47.6%) continuava trabalhando apenas no lar, sendo que 40,8% estavam em afastamento e/ou aposentada. Concluses: A pesquisa revelou os impactos do diagnstico e do processo de tratamento sobre as mulheres e, tambm, nos diversos arranjos familiares. Do ponto de vista econmico, o tratamento, mesmo quando realizado no SUS, demanda uma reorganizao da famlia, especialmente naquelas cujo trabalho feminino contribua com a renda. As fragilidades da mulher re-velam-se, especialmente, em relao ao prognstico e recidiva tumoral. As principais queixas referem se previdncia social, tanto em relao demora quanto suspenso das penses. O trabalho indicou a urgente necessidade de atuao em rede para garantir ateno integral mulher em tratamento de cncer de mama.

    TL069CARACTERSTICAS DA PARIDADE E LACTAO EM MULHERES COM CNCER DE MAMASchettino RC, Solha LDFG, Lopes RGPA, Hbner TC, Alves GM, Gomes NF, Cassali GD .Universidade Federal de Minas Gerais - Laboratrio de Patologia Comparada.

    O tempo de amamentao ao longo da vida est associado a uma reduo signifcativa do risco de desenvolver cncer de mama. A maioria das mulheres que amamentam se encontra em um nvel psicolgico e estado fsico melhores do que aque-las que no amamentam. Isso pode ter um efeito em sua sade futura e bem-estar. O risco de desenvolver cncer de mama est fortemente associado ao ovrio e suas funes endcrinas, alm de fatores reprodutivos, como paridade e lactao. Estudos re-latam que a amamentao ao longo da vida acima de 109 meses e paridade superior a 5 confere fator protetor para o cncer de mama. Objetivo: Descrever fatores de paridade e lactao em as-sociao ao cncer de mama. Mtodos: Levantamento de dados de 76 pacientes atendidas no projeto de extenso Assistncia fsioteraputica s pacientes ps-cirurgia do cncer de mama do HC-UFMG, a partir de entrevista e pronturios. Os seguintes da-dos foram analisados: idades das pacientes, nmeros de gravide-zes, partos e abortos, lactao e diagnstico anatomopatolgico. Resultados: A idade das pacientes variou entre 33 e 84 anos (m = 55,4 anos). Das 76 pacientes estudadas, 88,2% engravidaram e tiveram em mdia 3,32 flhos. Somente 8 (10,5%) pacientes re-lataram perodo total de amamentao ao longo da vida superior a 109 meses. Em 16,0% (n = 12) das pacientes foi diagnosticado carcinoma in situ; em 68,0% (n = 51) carcinoma ductal invasor e em 6,7% (n = 5) carcinoma lobular invasor. Concluso: Nas condies em que foi realizado este estudo, podemos concluir que a maioria das pacientes analisadas amamentou tempo inferior a 109 meses e apresentou paridade inferior a 5, o que sugere que essas mulheres apresentavam fator de risco aumentado para o desenvolvimento do cncer de mama.

    TL084ESTUDO RETROSPECTIVO DE CNCER DE MAMA DUCTAL INVASIVO: EXPERINCIA DA ONCOCAMPRamalho SB, Martucci O, Redi G, Garcia AR, Oliveira E, Britto AG, Oliveira Filho JA .Oncocamp - Campinas - SP.

    Estudo retrospectivo dos casos de cncer da mama acompanha-dos na clnica de oncologia Oncocamp, nos ltimos 18 anos. Material e Mtodos: Foram avaliados 415 pacientes, sendo estratifcados por histologia e identifcados 318 ductais invasi-vos (76,63%), com o objetivo de estabelecer a sobrevida global

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    e a livre de doena usando o mtodo de Kaplan-Meyer e o teste log-rank para as estratifcaes. Consideramos como signifcativo p50a>63%(p=0,001);porREpositivofoi70%enegativo52%(p=0,006). A sobrevida livre de doena em 10 anos foi 50% (95% IC: 42-58%) e por status linfonodal N0 foi 55%; N1 e N2: 48% e N3: 34% (p = 0,009). Concluses: Estes dados confrmam os resultados da literatura e sugerem estudos prospectivos para analisar com deta-lhes a infuncia do RE e do status linfonodal na sobrevida livre de doena e global.

    TL085ESTUDO RETROSPECTIVO DE CNCER DE MAMA INFLAMATRIO: EXPERINCIA DA ONCOCAMPMartucci O, Ramalho SB, Redi G, Garcia AR, Oliveira E, Britto AG, Oliveira Filho JA .Oncocamp - Campinas - SP.

    Estudo retrospectivo dos casos de cncer da mama acompanha-dos na clnica de oncologia Oncocamp, nos ltimos 18 anos. Material e Mtodos: Foram avaliados 415 pacientes, sendo identifcados 16 (3,8%) carcinomas infamatrios com o objetivo de estabelecer a sobrevida global e a livre de doena usando o mtodo de Kaplan-Meyer e o teste log-rank para as estratifca-es. Consideramos como signifcativo p< 0.05. Usamos o sof-tware SPSS 13.0. Resultados: Dos 16 infamatrios, a mediana de idade foi 46 anos (34-85); destas, 9 (56,3%) estavam na pr--menopausa. A distribuio por estdio foi: III-93,3% e IV-6,7% e tinham doena N3-71,4% e N2 28,6%. O receptor de estrgeno (RE) foi negativo em 53,8% e o grau III em 62,5%. Foram sub-metidos a quimioterapia neo-adjuvante 43,8%. A mediana de seguimento foi de 31 meses (6-54). A sobrevida global em cerca de 4,5 anos foi de 16% e se RE positivo foi de 50%, enquanto o RE negativo se aproxima do zero (p = 0,059). A sobrevida livre de doena em 12 e 24 meses foi 48% e 24%. Concluses: Nossa incidncia apresentou-se maior que a literatura, ainda assim confrmando o prognstico ruim e um ndice de recidiva impor-tante entre 12 e 24 meses, sendo a sobrevida global maior nas pacientes com RE positivo.

    TL086ANLISE DE UM GRUPO RETROSPECTIVO DE CNCER DE MAMA TRIPLO NEGATIVO: EXPERINCIA DA ONCOCAMPRedi G, Ramalho SB, Martucci O, Garcia AR, Oliveira E, Britto AV, Oliveira Filho JA .Oncocamp - Campinas - SP.

    Estudo retrospectivo dos casos de cncer da mama acompanha-dos na clnica de oncologia Oncocamp, nos ltimos 18 anos. Material e Mtodos: Foram avaliados 415 pacientes, sendo identifcados 37 (9%) triplo negativo (carcinomas de mama com receptor de estrgeno e progesterona negativos e c-erb2 nega-tivo ou 1+) com o objetivo de estabelecer a sobrevida global e a sobrevida livre de doena usando o mtodo de Kaplan-Meyer e o teste log-rank para as estratificaes. Consideramos como significativo p< 0.05. Usamos o software SPSS 13.0. Resulta-dos: Dos 37 triplos negativos, a mediana de idade foi 47 anos (38-77); destas, 21 (56,8%) estavam na pr-menopausa. A dis-tribuio por estdio foi: I-30,6%, II-41,7% ,III-25% e IV-2,8% e 42,4% tinham doena N0, 57,6% N1, 24,2% N2, 12,1% N3. A distribuio histolgica foi: 72,2% de ductais invasivos, 8,3% de carcinomas medulares e infamatrios, respectivamente, e 11,2% de outros tipos. A mediana de seguimento foi de 47 meses (8-186). A sobrevida global em 5 anos e 10 anos foi de 73% e 46%

    eporidadede36-50a:76%e67%;>50a:68%e23%(p=NS).A sobrevida livre de doena em 5 e 10 anos foi 65% e 29%. Con-cluses: Embora nossa casustica seja pequena, os resultados evidenciaram que os pacientes acima de 50 anos possuam pior prognstico aps o 5 ano, inclusive recidivando. Estes dados confrmam a necessidade de um estudo especfco a este grupo com perfl triplo negativo.

    TL089ANTES TARDE DO QUE NUNCA NEM SEMPRE A MELHOR ESTRATGIA: AVALIAO DO ATRASO NO DIAGNSTICO E TRATAMENTO DO CNCER DE MAMA EM UM HOSPITAL PBLICOTrufelli DC, Miranda VC, Santos MBB, Fraile NMP, Pecoroni PG, Gonzaga SFR, Kaliks RA, del Giglio A .Faculdade de Medicina do ABC.

    O diagnstico e o tratamento precoce de cncer de mama podem reduzir mortalidade especfca; porm, segundo o INCA, 50% dos tumores de mama so diagnosticados nos estdios III e IV. Ob-jetivo: Identifcar as possveis fases de atraso na conduo das pa cientes dentro do Servio de Oncologia do Hospital Estadual Mrio Covas. A partir desses resultados poder ser realizado um plano de ao para minimizar os perodos de atraso neste servio. Mtodo: Estudo retrospectivo no qual foram extrados e analisados dados dos pronturios de pacientes com cncer de mama atendidas, desde o diagnstico at o tratamento, consecu-tivamente, pelo Servio de Oncologia do Hospital Estadual Mrio Covas, no ano de 2006. Resultados: Foram obtidos pronturios de 68 pacientes do sexo feminino, com mdia de idade de 56,34 anos. Destas, 83,1% realizaram a mamografa como exame inicial. A maioria (68,2%) se encontrava nos estdios II e III da doena. O maior intervalo no diagnstico do cncer de mama ocorreu entre a mamografa e a bipsia (mediana de 72 dias), sendo este sig-nifcativamente maior quando comparado aos outros intervalos (p < 0,001); tambm foi observado que o estdio IV da doena est relacionado a um maior intervalo entre a mamografa e a bi-psia (p = 0,014). Concluso: Prover mamografa para mulheres da populao geral poder no diminuir a mortalidade por cncer de mama, a no ser que tenhamos recursos para atuar sobre as anormalidades encontradas neste exame.

    TL093INTER-RELAO ENTRE AS VIAS DE SINALIZAO INSULNICA E ESTROGNICA EM LINHAGEM CELULAR DE ADENOCARCINOMA DE MAMADias MM, Oliveira JC, Rocha GZ, Costa FO, Carvalheira JBC .Faculdade de Cincias Mdicas, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP - SP.

    O cncer de mama a neoplasia maligna de maior incidncia e prevalncia, bem como a segunda em mortalidade, entre mulhe-res de todo o mundo. A obesidade est relacionada ao aumen-to da predisposio de alguns cnceres, incluindo o cncer de mama, sendo freqen temente associada hiperinsulinemia. A inter-relao entre as vias de sinalizao insulnica e estrogni-ca apenas parcialmente conhecida e pode ser importante fator de associao entre cncer de mama e obesidade. A via IRS/PI3K/Akt/mTOR a principal via de sinalizao da insulina e vem sendo relacionada carcinognese. Neste estudo investiga-mos o envolvimento da via IRS/PI3K/Akt/mTOR na transmisso do sinal da insulina e do estrgeno atravs do estmulo de clu-las de adenocarcinoma de mama MCF-7 com ambos os horm-nios. Nossos resultados demonstram que tanto a administrao de estrgeno como de insulina ativam as protenas PI3K, Akt e mTOR em clulas MCF-7. A administrao conjunta de ambos os hor mnios, entretanto, no apenas gera hiperestimulao dessas protenas, mas acarreta aumento signifcativo da proli-ferao celular, que revertido pela adio de rapamicina. O trabalho mostra, portanto, a presena de cross-talk entre as vias de sinalizao insulnica e estrognica e implica a convergncia de sinais como possvel explicao fsiopatolgica para as obser-vaes epidemiolgicas acerca da maior incidncia de cncer de mama na obesidade.

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    TL105RADIOTERAPIA POR FRACIONAMENTO NO CONVENCIONAL NO CNCER DE MAMALeite MTT, Mafra A, Guidoux JRO .Instituto de Radioterapia So Francisco - BH - MG.

    A radioterapia utiliza tradicionalmente no tratamento dos tu-mores de mama, fraes dirias, cinco vezes por semana, por um perodo de cinco a seis semanas. No hipofracionamento reduz-se o nmero de fraes, mantendo-se a mesma efccia teraputica. Estudos ra diobiolgicos recentes tm permitido de-terminar a equivalncia de diferentes esquemas radioterpicos, considerando-se a radiossensibilidade especifca dos tumores mamrios (alfa/beta = 3). O objetivo do presente trabalho avaliar a tolerncia a um esquema de hipofracionamento. M-todos: Entre 12/2004 e 12/2006, foram tratadas no Instituto de Radioterapia So Francisco, em Belo Horizonte, 128 pacientes, com a tcnica de hipofra cionamento, empregando-se 18 fraes de 250 cGy em trs semanas e meia, com irradiao do corpo da mama. Os critrios de eleio foram: pacientes do sexo feminino portadoras de cncer de mama; submetidas a cirurgias conser-vadoras; com tumor nico operado com margem de segurana, dos estdios 0, I e II; axila histologicamente no acometida e no concomitncia de quimioterapia sistmica. A idade media-na foi de 69,0 anos. Estdios: 0: 26; T1a: 18; T1b: 26; T1 c: 48 e T2: 10 casos. O resultado esttico avaliado pelas pacientes foi considerado bom em 87,5% (112/128); regular em 9,5% (12/128) e ruim em 3% (4/128) dos casos. Foram tratadas em um acele-rador linear de 6 Mev e planejadas no sistema computadorizado Platon 3D. Todas as pacientes esto em seguimento, com um perodo mediano de observao de 19 meses. Resultados: As reaes agudas ao tratamento foram avaliadas de acordo com a tabela da EORTC. Reao grau I, eritema folicular em 123 casos; reao grau II, eritema brando em trs pacientes e reao grau III, epitelite mida descamativa em dois casos. O nmero me-diano de dias para completar a radioterapia foi de 29 dias. No foi observada recorrncia local em nenhum caso at a presente observa o. Concluso: Houve plena tolerncia ao tratamento hipofracionado, que se mostrou uma opo atraente em relao ao fracionamento convencional em casos selecionados. Em ape-nas dois pacientes foi necessrio interromper temporariamente a radioterapia em decorrncia de reao de pele grau III.

    TL111FISIOTERAPIA NA ASSISTNCIA DO CNCER DE MAMA MASCULINO: RELATO DE CASOSolha LDFG, Schettino RC, Lopes RGPA, Gomes NF, Cassali GD .Universidade Federal de Minas Gerais - Belo Horizonte - MG.

    O cncer de mama no homem raro, confgurando 0,2% de todos os cnceres masculinos. Muito do que se sabe sobre cncer de mama em homens extrapolado do tratamento realizado em mulheres, havendo, assim, necessidade de se pesquisar esta pa-tologia e suas complicaes especifcamente na populao mas-culina. Mtodos: Paciente M.J.P., do sexo masculino, 59 anos, foi encaminhado para avaliao e acompanhamento ao servio de fsioterapia do pro jeto de extenso Assistncia fsioteraputi-ca s pacientes ps-cirurgia do cncer de mama HC-UFMG. Apresentou diagnstico anatomopatolgico de carcinoma ductal invasivo moderadamente diferenciado (grau II), estadiamento T2N4M0 e metasttico para 4 de 13 lin fonodos axilares nveis I e II. A imunoistoqumica foi positiva para os receptores de estr-geno e progesterona. Resultados: Utilizando o protocolo espe-cfco de avaliao fsioterpica, o paciente queixou-se de difcul-dades para elevar o brao, no informou nenhum caso de cncer na famlia, apresentou pele ressecada, linfedema grau 0, fbrose na poro medial da cicatriz cirrgica, retrao do msculo pei-toral, limitao de ADM de moderada a grave, em todos os mo-vimentos avaliados (fexo anterior, abduo, extenso, aduo, rotao interna e externa), realizou seis ciclos de quimioterapia adjuvante, se encontra em radioterapia e hormonioterapia. A interveno fsioterpica ocorreu uma vez por semana, na qual se utilizaram recursos para preveno do linfedema, melhora da condio cicatricial e ganho de funo. Concluso: Apesar do

    cncer de mama masculino ser uma condio rara, importan-te considerar, alm do tratamento oncolgico, a necessidade da reabilitao no intuito de prevenir e tratar as complicaes que so similares s do cncer de mama feminino.

    TL114PROGNSTICO DO CNCER DE MAMA ASSOCIADO A GRAVIDEZ OU LACTAO: ESTUDO CASO-CONTROLE PAREADOMoreira WB1,2, Brando EC1,2, Soares AN1,2, Lucena CEM1, Antunes CMF .1 Santa Casa de Belo Horizonte1 e Hospital Belo Horizonte2- MG

    Objetivos: Avaliar o prognstico de pacientes com cncer (CA) de mama associado a gravidez e estudar a possvel infuncia de outros fatores. Material e Mtodo: Trata-se de estudo ob-servacional, longitudinal, retrospectivo, do tipo caso-controle pareado. Oitenta e sete pacientes com CA de mama associado gravidez ou lactao (casos) foram recuperadas de uma popula-odepacientescomdiagnsticodeCAdemama,comidade45 anos e registradas no Servio de Oncologia Clnica da Santa Casa de Belo Horizonte e no Hospital Belo Horizonte, no pero-do entre janeiro/1980 e dezembro/2000 (1.521 pacientes). Cada caso foi pareado com trs pacientes com CA de mama no as-sociado a gravidez recente (controles), baseado na instituio, idade ( 2 anos) e ano do registro ( 2 anos), totalizando 252 controles. Fatores prognsticos potenciais avaliados foram o tipo histolgico, grau histolgico, tamanho tumoral, metstase axilar, metstase a distncia, receptor hormonal, tempo entre o primeiro sintoma e o diagnstico, alm da ocorrncia de gravi-dez. A varivel de resultado utilizada para a comparao foi a sobrevida global. Na anlise univariada foram construdas curvas de sobrevida pelo mtodo de Kaplan-Meier, e na comparao en-tre elas, foi usado o mtodo de log-rank (Cox-Mantel). Na anlise multivariada foi usado o mtodo de risco proporcional de Cox. Re-sultados: A idade mediana dos casos foi 35 anos e dos controles foi 36 anos. A mediana da sobrevida foi de 30,1 meses (IC 95% = 19,4-40,9 meses) nos casos e de 53,1 meses (IC 95% = 35,1-71,0 meses) nos controles (p = 0,005). Pela anlise univariada, as va-riveis que infuenciaram signifcativamente o prognstico foram o tipo histolgico (p = 0,004), o tamanho do tumor primrio (p = 0,057), a presena de metstase a distncia (p = 0,022), o grau histolgico de malignidade (p = 0,0005), a dosagem de receptor hormonal (p = 0,003), a durao dos sintomas at o diagnstico (p = 0,0009) e a presena de gravidez (p = 0,005). A anlise mul-tivariada, pelo modelo de Cox, demonstrou signifcncia estatstica para tamanho tumoral (p < 0,0001), metstase a distncia (p < 0,0001), grau histolgico (p < 0,0001) e a presena da gravidez (p = 0,011). Concluso: A presena de gravidez foi um fator signif-cativamente condicionante de pior prognstico em pacientes com diagnsticodecncerdemamacomidade45anos,independen-te da ocorrncia de outros fatores.

    TL124RABDOMIOSSARCOMA DE MAMA: RELATO DE CASOMarques EQ, Tavares CL, Jnior EQM, Rocha S, Costa ZC, Botelho CS, Chousinho LMD, Trigueiro EO, Mattos CA .Sequipe - Servio de Quimioterapia de Pernambuco - Recife - PE.

    Introduo: O rabdomiossarcoma uma neoplasia maligna originria de clulas mesenqui mais primitivas, podendo ocor-rer em qualquer lugar do corpo. mais freqente na cabea e pescoo, seguido pelo trato geniturinrio e extremidades. Pre-domina no sexo masculino na 1 e 2 dcada de vida. No pre-sente relato descrevemos um caso raro de rabdomiossarcoma de mama em mulher de 41 anos. Material e Mtodos: reviso de um pronturio mdico de paciente atendida no Sequipe no pe-rodo de outubro de 2005 a janeiro de 2007. Resultados: A pa-ciente foi admitida com histria de tumorectomia em 29-09-05, cujo anatomopatolgico evidenciava carcinoma indiferenciado amplamente infltrante, com reas de necrose de mama direita. Realizou quimioterapia com docetaxel 75 mg/m e doxorrubicina 50 mg/m, 1 ciclo neo-adjuvante e posterior mastectomia radical

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    com esvaziamento axilar. Estdio inicial IIIb. O AP associado ao exame imunoistoqumico da pea cirrgica revelou neoplasia maligna indiferenciada de pequenas clulas redondas, compat-vel com rabdomiossarcoma embrionrio. Realizou radioterapia no plastro, fossa supraclavicular e regio axilar direita. Poste-riormente foi encaminhada para quimioterapia com ifosfamida 1,8 g/m D 1 a D5, mesna e farmorrubicina 60 mg/m D 1 e D2 a cada 21 dias associado proflaxia com fator de crescimento de colnias. Como a toxicidade mostrou-se mais acentuada aps o 3 ciclo, chegando a neutropenia grau 3 e 4, optou-se pela troca do esquema para cisplatina 60 mg/m e farmorrubicina 60 mg/m, ambos no D 1 a cada 21 dias. Completou 5 ciclos da adjuvn-cia. Cinco meses depois apresentava eleva o da desidrogenase lctea (DHL = 2570) e do CA 125 = 106. A tomografa computa-dorizada de trax descrevia volumoso processo expansivo sli-do de 11,0 cm x 6,5 cm visualizado em topografa da regio ma-mria direita, comprometendo a parede torcica ntero-lateral direita, envolvendo os arcos costais adjacentes, ocupando toda a face anterior do hemitrax desse lado, tambm mantendo re-lao com o esterno. Inferiormente a massa ocupava o recesso pericrdico do lado direito. Havia outra massa slida localizada anteriormente ao apndice xifide. Foi pro gramada gencitabina 1 g/m semanal por 7 semanas, mas aps a primeira semana de tratamento detectou-se infltrao da medula ssea por clulas neoplsicas. Foi a bito aps duas semanas. Concluso: O ra-bdomiossarcoma embrionrio de mama raro e de rpida pro-gresso, sendo difcil seu manejo na adjuvncia e na paliao.

    TL141ESTUDO EPIDEMIOLGICO DO CNCER DE MAMA EM 10 ANOS DO MAIOR CENTRO DE ONCOLOGIA DO ESTADO DE SERGIPERibeiro DP, Alves MFS, Costa EC, Lima CA, Dantas KOF .Universidade Federal de Sergipe - Aracaju - SE.

    O cncer de mama um dos tipos mais prevalentes de neopla-sias entre as mulheres, sendo o segundo tipo de cncer mais freqente no mundo. No Brasil, estudos recentes vm mostran-do um aumento progressivo do nmero de casos de cncer de mama em mulheres com mais de 60 anos, bem como a elevao da taxa de mortalidade nos referidos casos, revelando-se dessa forma um importante fator na morbimortalidade da populao brasileira. Portanto, faz-se bastante vlida a elaborao de um perfl epidemiolgico desta doena a fm de avaliar o seu impacto na populao, permitindo assim a projeo de casos novos e mortes previstas, alm de possibilitar o planejamento de pro-gramas de preveno e controle. Com esse intuito optamos por analisar os casos de cncer de mama do maior servio de onco-logia da rede pblica de sade do Estado de Sergipe. Para tanto, foram analisados 200 casos de cncer de mama feminino, em pacientes com uma faixa etria entre 29 e 88 anos, submetidas cirurgia conservadora ou no conservadora, do setor de On-cologia do Hospital Governador Joo Alves Filho (HGJAF), no perodo de junho de 1996 a junho de 2005, no municpio de Ara-caju - SE. Constituindo-se assim um estudo consecutivo, trans-versal, observacional, individualizado e prospectivo, de srie de casos. Primeiramente foram analisados os pronturios de todas as pacientes que foram submetidas a um dos tratamentos ci-rrgicos: mastectomia radical, mas tectomia radical modifcada ou quadrantectomia com linfadenectomia em trs nveis. Numa segunda etapa foi realizada uma busca ativa das pacientes que constavam nos pronturios selecionados, a fm de preenchermos um questionrio com as seguintes variveis: data de nascimen-to, exame fsico, diagnstico, estadiamento clnico, tipo de abor-dagem cirrgica. Os resultados foram analisados utilizando-se os testes t-Student e Anova, com uma signifcncia de 5%. Obser-vamos assim que a maioria dos casos (31%) foi diagnosticada na faixa etria entre 50 e 59 anos. Das 200 pacientes analisa-das no nosso estudo, 148 (74%) foram submeti das a cirurgia no conservadora (mastectomia radical e modifcada). Percebe-mos ainda que a mama esquerda foi a mais acometida (55% dos casos). Observamos tambm a predominncia do carcinoma ductal infltrante (171 casos), seguido pelo carcinoma lobular infltrante (17 casos). Em relao ao estadiamento, verifcamos que a maioria dos casos de cncer de mama foi diagnosticada no estdio II (70%), seguido pelo estdio III (17%).

    TL143METSTASE GASTROINTESTINAL COMO APRESENTAO INICIAL DE CNCER DE MAMA: RELATO DE CASORibeiro DP, Dantas KOF, Alves MFS, Arajo ML .Clnica Vitta. Aracaju - SE.

    Cncer de mama a neoplasia mais comum em mulheres e a principal causa de morte por malignidade nesse grupo. Apesar do diagnstico precoce, cerca de 60% dessas mulheres j apre-sentam metstases ao tempo do diagnstico, mais freqente-mente no esqueleto, pulmo, fgado e SNC. Metstases gastroin-testinais so raras e no so mencionadas na maioria dos livros--texto de oncologia, sendo o cncer de mama o segundo maior responsvel. Reportamos aqui um caso de carcinoma lobular de mama com apresentao inicial como massa abdominal. Pacien-te do sexo feminino, 50 anos, apresentava-se em dezembro de 2005 com queixa de mal-estar abdominal h aproximadamente dois meses. Ao exame apresentava abdome fcido, indolor, com tumorao de 5 ou 6 cm ao nvel de cicatriz umbilical. A ultra--sonografa de abdome revelou ascite e presena de tumorao abdominal a esclarecer. Foi realizada ento laparotomia, sendo verifcada na ocasio extensa tumorao infltrativa em piloro, carcino matose peritoneal, implantes ovarianos e ascite. Foi rea-lizada bipsia do tumor, do epplon e dos ovrios, alm de uma gastroenteroanastomose paliativa. O laudo anatomopatolgico indicou adenocarcinoma de clulas em anel de sinete infltran-do epplon e ovrio direito. Aps anlise imunoistoqumica da amostra, os resultados apontaram para carcinoma metast tico, com painel fortemente sugestivo de stio primrio em mama, provavelmente carcinoma lobular. Aps reviso de mamografa anterior, cujo laudo prvio no indicava alteraes, foi encon-trada leso fortemente suspeita de neoplasia, sendo ento reali-zada uma PAAF que foi positiva para malignidade com o mesmo padro de clulas em anel de sinete presente na amostra do estmago, sugestivo de carcinoma lobular. O painel hormonal da pea cirrgica revelou positividade para o receptor de estr-geno (90%) e de progesterona (90%) e ausncia de reatividade ao Her-2. Como conduta inicial realizou-se trs ciclos de quimio-terapia com docetaxel e cisplatina, sendo ento realizada nova TC, que indicava doena estvel; a partir da foi realizada nova avaliao cirrgica em que, durante o ato, foi observada boa resposta quimioterapia, com reduo signifcativa da massa tumoral. Neste estudo ns mostramos que uma massa abdo-minal com caractersticas defnidas de tumor primrio pode ter um diagnstico diferente quando acompanhado de um exame clnico rigoroso e de um estudo anatomopatolgico com anlise imunoistoqumica apurado. Em pacientes com diagnstico pr-vio de cncer de mama, as queixas gstricas de incio recente e evoluo rpida devem ser pesquisadas exaustivamente para que se possa intervir precocemente.

    TL144AVALIAO DE FATORES PROGNSTICOS EM PACIENTES COM CNCER DE MAMA DO HOSPITAL GOVERNADOR JAO ALVES FILHO (HGJAF)Alves MFS, Ribeiro DP, Costa EC, Lima CA .Universidade Federal de Sergipe - Aracaju - SE.

    Introduo: O cncer de mama considerado a mais freqente neoplasia que acomete mulheres em todo o mundo. A identi-fcao de marcadores de melhor ou pior evoluo da doena ajuda o oncologista a guiar sua abordagem teraputica. Recen-temente tem ocorrido um grande interesse na identifcao de marcadores tumorais de valor prognstico, alm da queles j bem conhecidos. Objetivos: Estudar o valor prognstico dos marcadores tumorais (c-erb-2, p53, KI67, CD34, RE e RP), grau histolgico, tamanho do tumor e status axilar em pacientes com cncer de mama no maior servio oncolgico do estado de Ser-gipe. Metodo logia: Foi realizada anlise de pronturios e bus-ca ativa de todas as pacientes com cncer de mama atendidas no perodo de 1996 e 2005 no HGJAF. Foram excludas aquelas que no possuam dados sufcientes em pronturio. Em seguida, os resultados foram analisados pelo Excel e SPSS 11.0, utili-zando-se o teste t-Student e Anova, considerando signifcante

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    TL203EXPERINCIA BRASILEIRA DE PACIENTES COM CNCER DE MAMA LOCALMENTE AVANADO TRATADAS COM TAXOTERE APS QUIMIOTERAPIANEO-ADJUVANTE COM ACFeijoo LB, Hercules RO, Allan SE, Mello ECB, Costa MADL, Andrade CAV, Gil RA, Teixeira VLFS .Oncoclnica Centro de Tratamento Oncolgico Ltda.

    O objetivo do tratamento neo-adjuvante em pacientes com cn-cer de mama, doena local mente avanada, baseia-se em obter: respostas patolgicas completas (pRC), na tentativa de melhorar o prognstico e a sobrevida dos pacientes; remisses clnicas, levando reduo da doena inicial, permitindo cirurgia con-servadora; avaliao in vivo da sensibilidade aos quimioterpi-cos. Baseada no estudo do NSABP B-27 e no descrito acima, a Oncoclnica do Rio de Janeiro iniciou um acompanhamento de 32 mulheres com doena localmente avanada de mama no pe-rodo de julho de 2003 a maio de 2005. Com o objetivo primrio de avaliar a experincia do servio em relao taxa de resposta clnica e patolgica completa com a adio do taxotere seqencial ao esquema clssico de antraciclina e ciclofosfamida. Crit rios de incluso: Mulheres com diagnstico de carcinoma ductal infltran-te ou carcinoma lobular infltrante; estadiamento T2,T3 NX M0; au-sncia de diagnstico prvio de neoplasia; avaliadas previamente por mastologistas. Tratamento: Foram administrados 4 ciclos de AC (doxorrubicina 60 mg/m2 e ciclofosfamida 600 mg/m2), segui-dos de 4 ciclos de taxotere (100 mg/m2), com intervalo de 21 dias. Objetivos: Primrio: Avaliar as taxas de resposta clnica e patol-gica completa. Secundrio: Avaliar toxicidade ao esquema; avaliar nmero de cirurgias conservadoras; confrontar a resposta clnica e patolgica correlacionando-a com mtodo de imagem (ressonncia nuclear magntica). Discusso: O grupo apresentado obteve uma taxa de resposta clnica completa de 61%, resposta parcial de 19% e progresso de doena de 3%, que so respostas semelhantes s encontradas no NSABP B-27. Quando analisamos as respostas pa-tolgicas no grupo da Oncoclnica, foi obtida pRC em 34% das pa-cientes, diver gindo dos dados obtidos no NSABP B-27. A partir des-te fato, houve questionamento por parte dos autores se a melhora das taxas de resposta estaria associada a um subgrupo de pacien-tes receptores hormonais negativas. Com relao s opes cirr-gicas, aproximadamente 87% das pacientes foram mastectomia, fato justifcado por um subgrupo de pacientes com doena multifo-cal. A tcnica de linfonodo sentinela no foi utilizada, pelo fato de serem necessrios mais estudos incluindo pacientes submetidos quimioterapia neo-adjuvante. O mtodo de imagem utilizado foi a RNM, que obteve boa correlao com os resultados encontrados na patologia. Concluso: A adio do taxotere promoveu um au-mento na taxa de resposta clnica e patolgica, quando adicionado seqencialmente ao AC, no tratamento neo-adjuvante de cncer de mama, no sendo evidenciado aumento na toxicidade.

    TL216PERFIL DESCRITIVO DE MULHERES COM CNCER DE MAMA EM SCSchneider IJC, dOrsi E, Borges CM, Baramarchi FM, Furtado CMR, ViannaAH, Silva TSM, Lopes SMS, Souza RA .Programa de Ps-Graduao em Sade Pblica, Universidade Federal de Santa Catarina.

    Introduo: O cncer de mama a neoplasia mais freqente entre as mulheres no mundo. Apresenta alta incidncia e alta prevalncia. Apesar da reduo da mortalidade, ainda a cau-sa mais comum de morte relacionada ao cncer. Metodologia: Trata-se de estudo des critivo cujo objetivo foi analisar o perfl de mulheres com diagnstico de cncer de mama catalogadas no Registro Hospitalar de Cncer do Cepon, perodo de 1999 a 2003. Utilizou-se anlise descritiva simples com o teste 2 de Pearson para testar associaes entre as variveis atravs do software SPSS 15.0 Evaluation Version. Resultados: A amostra fnal consistiu em 1.001 mulheres. A idade mdia foi de 53,78 anos (DP: 13,23 anos); o percentil 25 foi de 42 anos, e 75 de 63 anos. A distribuio por faixa etria mostrou-se da seguinte maneira: 13,2% menores de 40 anos, 28,6% entre 40 e 49 anos,

    27,8% entre 50 e 59 anos, 15,4% entre 60 e 69 anos, 11,7% entre 70 e 79 anos e 3,4% acima de 80 anos. A etnia mais freqente foi a branca (90,5%). A escolaridade distribui-se da seguinte manei-ra: 6,2% analfabetos, 49,1% 1 grau incompleto, 17,1% 1 grau completo, 18,8% 2 grau completo, 8,8% nvel superior. Os tipos histolgicos mais freqentes foram o carcinoma ductal invasivo (82,6%), outros tipos de carcinoma (7,2%) e carcinoma lobular in situ (4,5%). A distribuio por estadiamento foi a que se segue: EC 0: 1,9%, EC I: 17%, EC II: 46,3%, EC III: 23% e EC IV: 11,8%. A lateralidade apresentou-se 48% direita, 49,5% esquerda e 2,5% bilateral. A varivel primeiro tratamento recebido no hos-pital (tratamentos recebidos nos ltimos 4 meses) mostrou-se da seguinte maneira: 22,7% hormonioterapia exclusiva, 16,9% QT exclusiva, 10,6% RxT e QT, 6,6% QT, RxT e hormonioterapia, 6,6% RxT e hormoniotera pia. A faixa etria ao diagnstico associou--se com a escolaridade (p

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    TL222SARCOMA PHYLLODES DE MAMA E REVISO DA LITERATURA Costa LCM, Lima MPF, Souza MGA .Centro Oncolgico do Hospital Nossa Senhora das Dores - Ponte Nova - MG.

    Paciente, 72 anos, apresentando-se com massa volumosa em mama D, medindo cerca de 19 cm, de crescimento rpido, foi submetida bipsia da leso, que mostrou tumor Phyllodes maligno. Exames de estadiamento no mostraram doena a distncia e a paciente foi submetida a mastectomia total e esvaziamento axilar em janeiro/07, cujo anatomopatolgico evidenciou tumor Phyllodes maligno de alto grau, com com-ponente sarcomatoso e contedo hemorrgico, sem compro-metimento de linfonodo axilar e encaminhada radioterapia. Aps sete meses evoluiu com recidiva local em partes moles com leso dolorosa e irressecvel em hemitrax D, estenden-do para ombro D. No foi oferecido tratamento quimioterpi-co paliativo devido ao baixo status performance da paciente e cardiopatia prvia, que impediu o uso de antracclico. Sarco-mas de partes moles da mama so leses raras e pouco estu-dadas devido sua raridade. So responsveis por menos de 1% dos tumores malignos da mama. Raramente metastatizam para linfonodos axilares. No existe consenso sobre o trata-mento quimioterpico do sarcoma primrio da mama. Estu-dos sugerem que pela histria natural do sarcoma de mama ser se melhante ao sarcoma de partes moles de outros stios, a terapia sistmica utilizada deve ser a mesma empregada para sarcoma de partes moles de outros stios.

    TL224UTILIZAO DE TRASTUZUMABE INTRATECAL PARA TRATAMENTO DE METSTASES LEPTOMENNGEAS DE NEOPLASIA DE MAMAScattolin G, Chicski F, Oliveira MSR, Lima Jr CGB .Ncleo de Estudos Oncolgicos - Curitiba - PR.

    Introduo: Em geral, o desenvolvimento de metstases em SNC de cncer de mama depende de uma srie de fatores prognsticos, incluindo idade jovem, receptores hormo nais negativos, presena de mutao BRCA1 e superexpresso de HER-2. Para escolha do tratamento mais apropriado nesta situao, deve-se levar em con-siderao o desempenho clnico da paciente, o nmero de mets-tases e a presena concomitante de doena sistmica em outros stios. Os autores descrevem dois relatos de caso de utilizao de trastuzumabe via intratecal para tratamento de cncer de mama com metstases leptomenngeas, dando nfase toxicidade e resposta clnica. Materiais e Mtodos: Caso 1: LYAW, 32 a, foi admitida em 07/04 com histria de cefalia progressiva h oito me-ses, os exames de ima gem evidenciando metstases sseas e lepto-menngeas. Havia histria de tumor de mama T1N0M0, HER-2 3+, RE+/RP+ tratado com mastectomia radical e hormonioterapia, h dois anos. Aps tentativas de tratamento com metotrexato intrate-cal e radioterapia cerebral total foi iniciado trastuzumabe intrate-cal na dose de 10 mg, semanalmente. Com esta abor dagem, a pa-ciente permaneceu neurologicamente estvel por 45 dias, com LCR negativo. No houve toxicidade grave relacionada quimioterapia intratecal. Em setembro de 2006 a paciente foi a bito por sepse de foco urinrio. Caso 2: LCSF, 33 a, com diagnstico de tumor de cncer de mama T4bN2aM0 HER-2 3+, RE/RP-, tratada com mastectomia radical e quimioterapia adjuvante at junho/04. Em agosto do mesmo ano evoluiu com recidiva da doena em fgado e leptomeninges, sendo administrados quimioterapia sistmica e metotrexato intratecal, porm em maio de 2005 houve novamente progresso em leptome ninges, sendo instituda quimioterapia com trastuzumabe intratecal, o qual a paciente usou por seis semanas (duas aps negativao do LCR). Como toxicidade apresentou di-sartria e alteraes cognitivas leves. Permaneceu com quimiotera-pia sistmica at setembro de 2006, quando foi a bito por encefa-lopatia heptica (implantes em fgado). Concluso: Trastuzumabe intratecal pode ser considerado uma opo nos casos de cncer de mama metasttico para leptomeninges. Em maro de 2007 o FDA aprovou lapatinibe, o qual penetra a barreira hematoenceflica e tambm uma boa opo nestas situaes, porm ainda no est disponvel no Brasil.

    TL231SARCOMA MAMRIO BILATERAL EM PACIENTE JOVEM: RELATO DE CASOHyeda A, Pasquini R, Padilha SL, Vianna KCM, Albini L, Valmont MCG, Figueira JC, Moura GL .Hospital de Clnicas da Universidade Federal do Paran - Curitiba - PR.

    Os sarcomas mamrios so neoplasias incomuns. Representam menos do que 1% das ma lignidades de mama e menos de 5% de todos os sarcomas de tecidos moles. Relatamos o caso de uma paciente jovem com sarcoma estromal primrio de mama bilateral e metstase pulmonar isolada na apresentao. Pa-ciente feminina, 19 anos, GII P0AII, sendo o segundo aborto com 37/38 semanas por hidrocefalia fetal. Durante o puerprio evoluiu com mastodinia e tumorao em mamas de crescimen-to rapidamente progressivo. Ao exame fsico apresentava uma massa slida, mvel, dolorosa, de +/- 5 cm em QIE de mama D e outra massa com as mesmas caractersticas, com +/- 15 cm ocupando quadrante externo, sem linfonodomegalia palp-vel. A bipsia das duas massas revelou uma neoplasia malig-na fusocelular pleomrfca de alto grau em mama E e neoplasia maligna com necrose tumoral extensa em mama D. O estudo imunoistoqumico com VIM, Actina 1 a 4 e HHF-35 foram posi-tivos na neoplasia, condizentes com sarcoma estromal de mama de alto grau. Apresentava tomografa de abdome/ pelve, crnio normais e trax com um ndulo de contornos lobulados no seg-mento posterior do lobo superior direito com 21 mm, alm da tumorao slida em mamas, com ntimo contato com a parede torcica, sem eroso ou destruio de arcos costais. Submetida a setorectomia da mama E + com ndulo de 15 x 11x 8 cm, condizente com neoplasia maligna fusocelular, pleomrfca de alto grau, ausncia de metstase em 23 LN ressecados em n-vel 1, margens cirrgicas radiais multifocalmente comprome-tidas. Setorectomia da mama D, com ndulo bem delimitado com 5 x 5x 4,5 cm, com necrose e mnima proliferao celular atpica residual. Foi caracterizado como um sarcoma estromal primrio de mama, bilateral, com metstase pulmonar (ECIV) na apresentao. Recebeu ifosfamida 10 g/m2 isolada e poste-riormente mais dois ciclos de ifosfamida na mesma dose com doxorrubicina 75 mg/m2. Tomografas de trax, abdome e crnio normais aps trs ciclos de quimioterapia. Evoluiu com bito por complicaes relacionadas ao tratamento no quarto ciclo de quimioterapia. Sarcoma estromal de mama representa um gru-po de tumores raros que, diferente do cistossarcoma Phyllodes, caracteriza-se por escassez de componente epitelial e formado inteiramente dentro do tecido mamrio. O melhor esquema de tratamento ainda est para ser defnido. Descrevemos um caso de sarcoma estromal primrio de mama submetido a cirurgia e quimioterapia adjuvante com resposta completa aps trs ciclos de tratamento.

    TL243ANLISE DOS PRONTURIOS DE PACIENTES COM CNCER DE MAMA ATENDIDAS NO CEPON DE ITAJA - SCBatschauer APB, Couto HG, Scortegonha LC, Borges GS, Ribeiro MAS, Carvalho MG .UNIVALI - Universidade do Vale do Itaja - SC.

    Objetivo: Investigar o perfl clnico das pacientes com cncer de mama. Materiais e Mtodos: Anlise descritiva dos pron-turios de 187 pacientes com cncer de mama, no perodo de 03/2005 a 02/2007. Os dados foram analisados e tabulados quanto s caractersticas clnicas, como tipo histolgico do tu-mor, imunoistoqumica, teraputica e procedimentos cirrgicos, alm de sinais, sintomas e bitos. Resultados: Foi observada uma taxa de mortalidade de 15%, em uma faixa etria mdia de 55 anos. Quanto ao tipo histolgico do tumor 57,84% apresen-taram carcinoma ductal invasivo (CDI), 22,7% carcinoma ductal (CD), 8,65% carcinoma lobular (CL) e 2,70% carcinoma lobular (CL). Os marcadores de imunoistoqumica positivos foram HER2 (23,53%), p53 (30,34%), receptor de estrognio (RE) (82,52%) e receptor de progesterona (RP) (72,55%). Tratamento cirr-gico foi observado em 37,99% (mastectomia radical), 31,84% (quadrantecto mia), 25,14% (nodulectomia) e 5,03% (neo-adju-

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    vncia). Os esquemas quimioterpicos mais utilizados foram FAC (52,38%), CMF (23,8%), taxol (8.57%), AC (3,81%), Xeloda (4,77%) e Ostac (2,86%). Os sinais e sintomas relatados foram diversos, porm os mais freqentes relacionaram-se especifcamente com os medicamentos, como alopecia e dor no local da infuso para o esquema quimioterpico FAC, nuseas e mucosite para o CMF. A hormonioterapia foi utilizada em 50,26% das pacientes. Con-cluso: As pacientes analisadas no decorrer deste estudo apre-sentaram um excelente curso clnico durante o tratamento quan-do comparado com os dados da literatura. Caractersticas como diagnstico precoce e qualidade do servio de oncologia na regio podem ter sido determinantes para este resultado.

    TL244AVALIAO DO D-DMERO PLASMTICO EM PACIENTES COM CNCER DE MAMA RECEPTOR HORMONAL NEGATIVO ANTES DO TRATAMENTO QUIMIOTERPICOBatschauer APB, Ribeiro MAS, Soares AL, Carvalho MG .UNIVALI - Faculdade de Farmcia, Universidade do Vale do Itaja, Itaja - SC.

    Objetivo: Determinar os nveis plasmticos de dmero D em pacientes com cncer de mama com receptores hormonais ne-gativos antes do incio do tratamento quimioterpi co. Mate-riais e Mtodos: Foram analisadas 21 pacientes com cncer de mama antes de qualquer tratamento e 25 mulheres sem cncer de mama, aparentemente normais (grupo controle). As mulhe-res com cncer de mama foram classifcadas como receptoras hormonais negativas utilizando-se de mtodos histoqumi-cos. Foram coletadas amostras de sangue em citrato de sdio a 3,2% de todas as participantes para a obteno de amostras de plasma, as quais foram congeladas a -80C at o momento da determinao dos nveis de dmero D utilizando-se a meto-dologia de ELISA (IMUNOCLONE, American Diagnostica inc). A comparao entre os grupos foi realizada por meio do teste de Mann Whitney. Resultados e Discusso: Foi observada uma diferena estaticamente signifcativa entre o grupo com cncer de mama e o grupo controle (p

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    queles com o gentipo combinado CT + TT (p=0,68) e em con-troles com o gentipo combinado C/C + C/T comparados queles com o gentipo T/T (p=0,21). Os valores de VEGF em pacientes (378,2 pg/mL; 124,0 pg/mL-1320- ,3pg/mL) foram similares ao verifcado em controles (376,4 pg/mL; 81,4 pg/mL-1132,5 pg/mL) (p=0,76). Concluso: Os resultados desse estudo sugerem que os alelos selvagem e variante do polimorfsmo VEGF 936 C/T: 1) no alteram produo do VEGF em normais e pacientes com CM e 2) no alteram o risco de CM em mulheres da nossa regio. Apoio fnanceiro: FAPESP e CNPq.

    TL253CARACTERSTICAS EPIDEMIOLGICAS DE PACIENTES PORTADORAS DE CNCER DE MAMA ADMITIDAS NO CENTRO DE QUIMIOTERAPIA DO HOSPITAL BELO HORIZONTE ENTRE JANEIRO DE 2001 E DEZEMBRO DE 2005Junior EQM, Brant WM, Souza CEK,Arruda LM, Batista RD, Hassan AM .Centro de Quimioterapia Antiblstica e Imunoterapia do Hospital Belo Horizonte - MG.

    Objetivo: Avaliar as caractersticas epidemiolgicas, fatores prognsticos e preditivos de pacientes portadoras de cncer de mama admitidas no Hospital Belo Horizonte no perodo de 1 de janeiro de 2001 a 31 de dezembro de 2005. Pacientes e M-todos: Foram avaliados os pronturios de 558 pacientes porta-doras de cncer de mama admitidas no Centro de Quimioterapia do Hospital Belo Horizonte entre 01/01/2001 e 31/12/2005. Fo-ram avaliadas as seguintes caractersticas: idade, tipo histol-gico, grau de malignidade, tamanho tumoral, status axilar, pre-sena de metstases ao diagnstico, estadiamento, dosagem de receptores hormonais e expresso da oncoprotena c-erbb2 neu. Resultados: Quanto ao tipo histolgico, 93,9% das pacientes apresentaram histologias comuns (ductal, lobular, medular tpi-co), 2,86% histologias especiais, 0,17% carcinoma infamatrio, 0,17% ignorado e 2,86% outros tipos histolgicos. Grau de ma-lignidade, 18,6% eram G1, 40,1% G2, 29,03% G3 e 12% grau ig-norado. Tamanho tumoral, 39,4% T1, 31,8% T2, 8,6% T3, 13,7% T4, 5% T0, 0,35% Tx e em 0,89% o T foi ignorado. Status axilar, 54,65% com 0 LF acometidos, 21,1% com 1 a 3 LF, 8,2% com 4 a 9 LF, 4,8% com mais de 10 LF, 9,1% com axila positiva SOE e em 1,97% o status axilar foi ignorado. Estadiamento clnico, 3,76% EC0, 29,92% ECI, 37,63% ECII, 19,35% ECIII, 7,34% ECIV e 1,97% no tinham informao em relao ao estadiamento. Recep-tor de estrgeno, 71,86% positivos para receptor de estrgeno, 22,22% negativos e 5,91% ignorados. Receptor de progesterona, 45,51% positivos para receptor de progesterona, 25,80% negati-vos e 28,67% ignorados. HER2, 22,58% positivos para hiperex-presso de HER2 (IHQ+++ e/ou FISH +), 6,63% negativos (IHQ score 0, 1 e ++ com FISH-), duvidoso em 5,73% (IHQ++ com FISH desconhecido) e em 64,87% dos casos o HER2 foi ignora-do. Concluso: Os dados coletados so compatveis com a lite-ratura vigente, a predominncia de estdios clnicos precoces possivelmente est relacionada ao maior acesso da populao a exames de screening. Embora reconhecido como fator progns-tico de grande importncia, a maioria dos pacientes no teve acesso realizao da dosagem da oncoprotena c-erbb2 neu.

    TL257SOBREVIDA DE 6 ANOS APS DIAGNSTICO DE METSTASE CEREBRAL NO CNCER DE MAMA RELATO DE CASOMarques Jr . EQ, Alves Jr . JG, Costa ES, Marques EQ, Tavares CL, Chouzinho LMD, Trigueiro EO, Mattos CA, Oliveira SR, Costa ZC .Servio de Quimioterapia de Pernambuco - Recife - PE.

    O cncer de mama representa o tipo de cncer mais comum en-tre as mulheres e a segunda causa de morte por cncer entre as mesmas. A incidncia de metstases cerebrais varia entre 5,9 a 39%, conferindo um prognstico reservado na maioria dos ca-sos. Trata-se do relato de caso de AEO, 59 anos, solteira, advo-gada, natural de Recife, que em 1994 foi admitida no SE QUIPE

    com queixas de retrao mamilar, USG mamria e mamografa apresentando imagens sugestivas de neoplasia. Em fevereiro de 1995 submetida a mastectomia radical modifcada direita e ooforectomia bilateral. O histopatolgico evidenciou carcino-ma ductal infltrante mal diferenciado, margens e bases livres, mbolos tumorais em vasos linfticos e metstase em 5 de 11 linfonodos. Exames de estadiamento foram normais. Programa-do esquema FEC 100, 6 ciclos, e tamoxifeno por dois anos. Em 2001 a paciente apresentou quadro de confuso mental, cefalia e sinais de hipertenso intracraniana. RNM enceflica mostrou formaes nodulares e massa resultando em efeitos compres-sivos no terceiro ventrculo e hidrocefalia. Aps colocao de vlvula intracraniana foram programados seis ciclos do esque-ma cispla tino, Becenum e inibidor de aromatase aps quimiote-rapia. A paciente evoluiu assintomtica e com RNM enceflica inalterada at maro de 2003, quando surgiu ndulo subcut-neo em plastro mamrio, diagnosticando-se carcinoma ductal de mama aps sua exrese. O painel imunoistoqumico mostrou FISH positivo para amplifcao do gene HER-2/neu. Optado por esquema com seis ciclos de docetaxel, associado a trastuzuma-be e fulvestranto aps trmino da quimioterapia. Atualmente, em junho de 2007, a paciente encontra-se em uso de hormonio-terapia (fulvestranto) mensal e trastuzumabe. Apresenta exa-me fsico, TC de trax, USG de abdome total, cintilografa ssea normais, e RNM enceflica evidenciando mltiplas leses en-volvendo compartimento supratentorial, regio frontal direita, mesencfalo e temporal esquerda, permanecendo inalteradas ao longo dos ltimos nove meses. A paciente permanece assinto-mtica e desenvolvendo suas atividades laborativas. Sobrevida global de 13 anos, sendo seis anos aps diagnstico da mets-tase cerebral.

    TL263CISTOSSARCOMA FILIDES DE MAMA METASTTICO PARA FMUR: RELATO DE CASOFrana MVS, Rodrigues CO, Neto JNM, Longhinoti LB .Hospital Universitrio de Braslia. Braslia - DF.

    O cistossarcoma flides de mama um tumor mamrio raro. Possui habitualmente compor tamento benigno, tendo sido re-portados alguns casos de metstases a distncia. Material e Mtodos: Relato do caso de paciente com cistossarcoma flides de mama com metstase para fmur e reviso de literatura. Re-sultados: Paciente do sexo feminino, 36 anos, com diagnstico de tumor flides de mama direita, tratado com resseco cirr-gica da mama. Aps quatro anos de seguimento clnico apre-sentou surgimento de tumor em difse do fmur direito. Aps resseco da leso ssea foi comprovada metstase do tumor flides de mama. Paciente est em seguimento, sem evidncia de novos implantes tumorais. Concluso: O cistossarcoma fli-des um tumor raro da mama, que pode apresentar comporta-mento agres sivo, com metstases a distncia.

    TL264DIAGNSTICO DE MLTIPLAS NEOPLASIAS MALIGNAS PRIMRIAS: CARCINOMA DUCTAL INVASOR DE MAMA, CARCINOMA PAPILFERO DE TIREIDE E TUMOR ESTROMAL GASTROINTESTINAL (GIST): RELATO DE CASOFrana MVS, Rodrigues CO, Neto JNM, Teixeira DM .Hospital Universitrio de Braslia. Braslia - DF.

    Introduo: A associao de mltiplas neoplasias primrias infreqente, com in cidncia entre 1 e 11%, com estes maiores valores observados apenas em relatos de autpsia. Os stios tumorais envolvidos so variados, mas com maior prevaln-cia da concomitncia de cncer de mama e tireide. Material e Mtodos: Relato do caso, com reviso de literatura, de pacien-te do sexo feminino com diagnstico sincrnico de carcinoma ductal invasor na mama direita, carcinoma papilar de tireide e surgimento metacrnico de tumor estromal gastrointestinal (GIST). Resultado: Paciente foi tratada cirurgicamente da leso da mama e da tireide, seguido de tratamento quimioterpico adjuvante da neoplasia mamria. Durante seguimento da pa-

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    ciente, em conseqncia da investigao de quadro de hemor-ragia digestiva alta, foi feito o diagnstico de sarcoma estromal gastrointestinal de estmago, irressecvel. Iniciado tratamento com imatinibe. Paciente apresentou recidiva da neoplasia ma-mria. Realizada quimioterapia paliativa para cncer de mama metasttico. Paciente apresentou progresso da doena em mama, seguida de bito. Concluso: No existem dados na li-teratura de pacientes com estas trs neoplasias. A conduo do caso em relao ao tratamento (associao de quimioterapia e imatinibe) relatada pelos autores.

    TL269METSTASE GSTRICA DE CARCINOMA LOBULAR DE MAMA-RELATO DE CASO E REVISO DA LITERATURAVieira PC, Chadid TT, Galafassi F, Moraes DR, Siqueira NS, Cruz MRS, Prestes JC .Pontifcia Universidade Catlica de Campinas/PUC - Campinas - SP.

    Objetivo: O cncer de mama a neoplasia mais comum em mu-lheres. O carcinoma lobular de mama invasivo o segundo tipo histolgico de cncer depois do carcinoma ductal, tem maior tendncia de ser multifocal e bilateral. Metstases geralmen-te acometem ossos, pulmes, fgado e sistema nervoso central; metstases envolvendo o trato gastrointestinal so incomuns e inesperadas. Mtodos: Relatamos caso de uma paciente femini-na de 42 anos com queixa de epigastralgia por dois meses. Aps realizao de endoscopia digestiva alta, com bipsia da leso gstrica encontrada, verifcou-se o diagnstico de metstase de carcinoma lobular de mama com positividade para receptores de estrgeno. Ao ser examinada verifcou-se comprometimento de ambas as mamas, linfonodomegalia supraclavicular e axilar bilaterais. Tomografa de trax e abdome: metstases em lin-fonodos mediastinais; sem metstases hepticas. Cintilografa ssea mostrava mltiplas metstases sseas em arcos costais, ilaco e vrtebras toracolombares. Ressonncia nuclear magn-tica de coluna evidenciava leses osteolticas e osteoblsticas difusas, com tamanhos variando entre 0,3 e 3,0 cm desde a re-gio cervical at a coluna lombar; a maior leso identifcada em T9. Resultados: Metstase gstrica de cncer de mama rara. Em pesquisa no MEDLINE/PubMed utilizando a ferra menta Me-dical Subject Headings (MeSH) foram encontrados 12 artigos internacionais sobre metstases gstricas de cncer de mama. comum o achado de clulas em anel de sinete, o que ini-cialmente pode indicar origem gastrointestinal da neoplasia. Confrmao por IH deve ser realizada em pacientes com leses tumorais mltiplas e em rgos no comumente acometidos por metstases.

    TL277QUIMIOTERAPIA PRVIA SEQENCIAL COM DOXORRUBICINA E CICLOFOSFAMIDA (AC), SEGUIDA DE PACLITAXEL E CARBOPLATINA SEMANAIS (TC), EM PACIENTES PORTADORAS DE CNCER DE MAMA LOCALMENTE AVANADO AVALIAO DE RESPOSTA COMPLETA PATOLGICARodriguez JM, Gabriel AR, Marchiari A, Borges Filho FP, Souza JA .Hospital Materno Infantil de Goinia e HEMOLABOR Oncologia - Goinia - GO.

    Objetivo: Avaliar a taxa de resposta completa patolgica (RCp) em pacientes portadoras de cncer de mama localmente avanado, estgio clnico IIB a IIIC, submetidas a quimiote-rapia neo-adjuvante com esquema seqencial com doxorru-bicina e ciclofosfamida, seguido de paclitaxel e carboplatina. Metodologia: Pacientes portadoras de cncer de mama em estgio clnico IIB a IIIC foram submetidas a quimioterapia neo-adjuvante com esquema seqencial com AC (doxorrubici-na 60 mg/m2 + ciclofosfamida 600 mg/m2) por 4 ciclos, com intervalos de 21 dias, seguido de 4 ciclos de TC (paclitaxel 80 mg/m2 + carboplatina AUC2 d1, d8 e d15 a cada 28 dias) e posteriormente cirurgia conforme indicada, sendo ento ava-liada a RCp na pea cirrgica. Resultados: 40 mulheres, com

    idade variando de 32 a 65 anos (mdia de 43,4 anos), foram analisadas. 17 pacientes com receptores hormonais negati-vos (42,5%), 9 com HER2 + (22,5%) e 11 com triplo negativo (27,5%). 2 pacientes com carcinoma lobular invasor, 1 com carcinoma medular de alto grau, 1 com carcinoma indiferen-ciado, e as demais com carcinoma ductal invasor. 2 pacientes estdio IIB (5%), 14 pacientes estdio IIIA (35%), 18 pacientes estdio IIIB (45%) e 6 pacientes estdio IIIC (15%). 27 pacien-tes atingiram res posta clnica completa (67,5%), 13 pacien-tes atingiram resposta patolgica completa tumoral e axilar (32,5%) e 20 pacientes com linfonodos clinicamente positivos atingiram resposta patolgica axilar completa (50%). 5 das 11 pacientes com tumores triplo negativo atingiram resposta patolgica completa (45,5%). O tratamento foi bem tolerado, sem toxicidades graus 3 e 4 signifcativas. Concluses: O tratamento neo-adjuvante neste grupo de pacientes jovens, com tumores localmente avanados, atingiu 32,5% de respos-ta patolgica completa e 50% de resposta axilar patolgica completa, com baixa toxicidade. Aguardamos agora dados de sobrevida livre de doena e sobrevida global para avaliar o impacto deste regime de alta atividade neste grupo de pacien-tes com mau prognstico.

    TL282OSTEOSSARCOMA DE MAMA - RELATO DE CASOMatias DA, Sousa SC, Vitorino LN, Medeiros CR, Emerenciano KA, Santos EM, Lira GA, Oliveira TCA, Aquino MAA, Faheina DFT .LNRCC - Liga Norte-Rio-Grandense Contra o Cncer, Natal - RN.

    Introduo: O osteossarcoma primrio de mama uma rara patologia, cuja freqncia difcil de ser determinada. A maio-ria das referncias sobre esta doena vem de descries de ca-sos isolados. A apresentao inicial mais comum a de uma massa de crescimento progressivo, algumas vezes associada a dor, ou ndulo de longa data estvel que repentinamente ini-cia crescimento progressivo. Mamografcamente so leses bem circunscritas, densas e com calci fcaes focais ou extensas, al-gumas vezes taxadas como alteraes benignas (fbroadenoma). A leso pode ser to grande a ponto de ocupar toda a mama. Pode apresentar amplo espectro de caractersticas histolgicas. O diagnstico diferencial com carcinoma metaplsico deve ser feito, bem como com sarcomas osteognicos provenientes das estruturas sseas subjacentes. Dada a raridade desta nosolo-gia, no h tratamento padro estabelecido. Deve-se garantir margens de segurana. Como so leses com alto potencial de recorrncia, seguimento regular para deteco de recidiva preco-ce indicado. O papel do uso da quimioterapia neo e adjuvante no est claro. Em geral, o prognstico descrito como pobre, com o tamanho da leso sendo o principal preditor de sobrevi-da. Material e Mtodos: Relato de caso atravs de dados de pronturio. Relato de caso: GMC, sexo feminino, 57 anos, com histria de ndulo em mama direita h dois anos. A bipsia in-cisional da leso revelou a presena de uma patologia benig na. Cerca de um ano e meio aps o primeiro procedimento, novo ndulo surgiu no lugar do primeiro, agora com crescimento progressivo. O exame ultra-sonogrfco da mama evidenciou uma imagem nodular, slida e calcifcada em mama direita (3,6 cm) e a mamografa, imagem nodular e slida de 2,1 cm. Reali-zada exrese da leso, cujo anatomopatolgico mostrou tratar--se de osteossarcoma primrio de mama. Estadiamento inicial: T2N0M0. Procedida a mastectomia radical modifcada com re-construo imediata, que confrmou o diagnstico de osteos-sarcoma de mama com tamanho de 4,5 cm; invaso vascular e da derme e hiperplasia reativa em 16 linfonodos. Em seguida, recebeu tratamento quimioterpico adjuvante com cisplatina e adriamicina, num total de cinco ciclos. Atualmente, a pa-ciente encontra-se em seguimento clnico e imagenolgico. Ressonncia nuclear magntica e PET- SCAN CT no mos-traram evidncia de recorrncia aps trs meses de seguimen-to. Concluso: Relatar a importncia da patologia na deciso do tratamento oncolgico, sendo esta uma histologia rara de tumor de mama, a conduta permanece individualizada, qui-mioterapia com esquema para osteossarcoma, com cisplatina e adriamicina, foi o tratamento adjuvante proposto.

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    ciente, em conseqncia da investigao de quadro de hemor-ragia digestiva alta, foi feito o diagnstico de sarcoma estromal gastrointestinal de estmago, irressecvel. Iniciado tratamento com imatinibe. Paciente apresentou recidiva da neoplasia ma-mria. Realizada quimioterapia paliativa para cncer de mama metasttico. Paciente apresentou progresso da doena em mama, seguida de bito. Concluso: No existem dados na li-teratura de pacientes com estas trs neoplasias. A conduo do caso em relao ao tratamento (associao de quimioterapia e imatinibe) relatada pelos autores.

    TL269METSTASE GSTRICA DE CARCINOMA LOBULAR DE MAMA-RELATO DE CASO E REVISO DA LITERATURAVieira PC, Chadid TT, Galafassi F, Moraes DR, Siqueira NS, Cruz MRS, Prestes JC .Pontifcia Universidade Catlica de Campinas/PUC - Campinas - SP.

    Objetivo: O cncer de mama a neoplasia mais comum em mu-lheres. O carcinoma lobular de mama invasivo o segundo tipo histolgico de cncer depois do carcinoma ductal, tem maior tendncia de ser multifocal e bilateral. Metstases geralmen-te acometem ossos, pulmes, fgado e sistema nervoso central; metstases envolvendo o trato gastrointestinal so incomuns e inesperadas. Mtodos: Relatamos caso de uma paciente femini-na de 42 anos com queixa de epigastralgia por dois meses. Aps realizao de endoscopia digestiva alta, com bipsia da leso gstrica encontrada, verifcou-se o diagnstico de metstase de carcinoma lobular de mama com positividade para receptores de estrgeno. Ao ser examinada verifcou-se comprometimento de ambas as mamas, linfonodomegalia supraclavicular e axilar bilaterais. Tomografa de trax e abdome: metstases em lin-fonodos mediastinais; sem metstases hepticas. Cintilografa ssea mostrava mltiplas metstases sseas em arcos costais, ilaco e vrtebras toracolombares. Ressonncia nuclear magn-tica de coluna evidenciava leses osteolticas e osteoblsticas difusas, com tamanhos variando entre 0,3 e 3,0 cm desde a re-gio cervical at a coluna lombar; a maior leso identifcada em T9. Resultados: Metstase gstrica de cncer de mama rara. Em pesquisa no MEDLINE/PubMed utilizando a ferra menta Me-dical Subject Headings (MeSH) foram encontrados 12 artigos internacionais sobre metstases gstricas de cncer de mama. comum o achado de clulas em anel de sinete, o que ini-cialmente pode indicar origem gastrointestinal da neoplasia. Confrmao por IH deve ser realizada em pacientes com leses tumorais mltiplas e em rgos no comumente acometidos por metstases.

    TL277QUIMIOTERAPIA PRVIA SEQENCIAL COM DOXORRUBICINA E CICLOFOSFAMIDA (AC), SEGUIDA DE PACLITAXEL E CARBOPLATINA SEMANAIS (TC), EM PACIENTES PORTADORAS DE CNCER DE MAMA LOCALMENTE AVANADO AVALIAO DE RESPOSTA COMPLETA PATOLGICARodriguez JM, Gabriel AR, Marchiari A, Borges Filho FP, Souza JA .Hospital Materno Infantil de Goinia e HEMOLABOR Oncologia - Goinia - GO.

    Objetivo: Avaliar a taxa de resposta completa patolgica (RCp) em pacientes portadoras de cncer de mama localmente avanado, estgio clnico IIB a IIIC, submetidas a quimiote-rapia neo-adjuvante com esquema seqencial com doxorru-bicina e ciclofosfamida, seguido de paclitaxel e carboplatina. Metodologia: Pacientes portadoras de cncer de mama em estgio clnico IIB a IIIC foram submetidas a quimioterapia neo-adjuvante com esquema seqencial com AC (doxorrubici-na 60 mg/m2 + ciclofosfamida 600 mg/m2) por 4 ciclos, com intervalos de 21 dias, seguido de 4 ciclos de TC (paclitaxel 80 mg/m2 + carboplatina AUC2 d1, d8 e d15 a cada 28 dias) e posteriormente cirurgia conforme indicada, sendo ento ava-liada a RCp na pea cirrgica. Resultados: 40 mulheres, com

    idade variando de 32 a 65 anos (mdia de 43,4 anos), foram analisadas. 17 pacientes com receptores hormonais negati-vos (42,5%), 9 com HER2 + (22,5%) e 11 com triplo negativo (27,5%). 2 pacientes com carcinoma lobular invasor, 1 com carcinoma medular de alto grau, 1 com carcinoma indiferen-ciado, e as demais com carcinoma ductal invasor. 2 pacientes estdio IIB (5%), 14 pacientes estdio IIIA (35%), 18 pacientes estdio IIIB (45%) e 6 pacientes estdio IIIC (15%). 27 pacien-tes atingiram res posta clnica completa (67,5%), 13 pacien-tes atingiram resposta patolgica completa tumoral e axilar (32,5%) e 20 pacientes com linfonodos clinicamente positivos atingiram resposta patolgica axilar completa (50%). 5 das 11 pacientes com tumores triplo negativo atingiram resposta patolgica completa (45,5%). O tratamento foi bem tolerado, sem toxicidades graus 3 e 4 signifcativas. Concluses: O tratamento neo-adjuvante neste grupo de pacientes jovens, com tumores localmente avanados, atingiu 32,5% de respos-ta patolgica completa e 50% de resposta axilar patolgica completa, com baixa toxicidade. Aguardamos agora dados de sobrevida livre de doena e sobrevida global para avaliar o impacto deste regime de alta atividade neste grupo de pacien-tes com mau prognstico.

    TL282OSTEOSSARCOMA DE MAMA - RELATO DE CASOMatias DA, Sousa SC, Vitorino LN, Medeiros CR, Emerenciano KA, Santos EM, Lira GA, Oliveira TCA, Aquino MAA, Faheina DFT .LNRCC - Liga Norte-Rio-Grandense Contra o Cncer, Natal - RN.

    Introduo: O osteossarcoma primrio de mama uma rara patologia, cuja freqncia difcil de ser determinada. A maio-ria das referncias sobre esta doena vem de descries de ca-sos isolados. A apresentao inicial mais comum a de uma massa de crescimento progressivo, algumas vezes associada a dor, ou ndulo de longa data estvel que repentinamente ini-cia crescimento progressivo. Mamografcamente so leses bem circunscritas, densas e com calci fcaes focais ou extensas, al-gumas vezes taxadas como alteraes benignas (fbroadenoma). A leso pode ser to grande a ponto de ocupar toda a mama. Pode apresentar amplo espectro de caractersticas histolgicas. O diagnstico diferencial com carcinoma metaplsico deve ser feito, bem como com sarcomas osteognicos provenientes das estruturas sseas subjacentes. Dada a raridade desta nosolo-gia, no h tratamento padro estabelecido. Deve-se garantir margens de segurana. Como so leses com alto potencial de recorrncia, seguimento regular para deteco de recidiva preco-ce indicado. O papel do uso da quimioterapia neo e adjuvante no est claro. Em geral, o prognstico descrito como pobre, com o tamanho da leso sendo o principal preditor de sobrevi-da. Material e Mtodos: Relato de caso atravs de dados de pronturio. Relato de caso: GMC, sexo feminino, 57 anos, com histria de ndulo em mama direita h dois anos. A bipsia in-cisional da leso revelou a presena de uma patologia benig na. Cerca de um ano e meio aps o primeiro procedimento, novo ndulo surgiu no lugar do primeiro, agora com crescimento progressivo. O exame ultra-sonogrfco da mama evidenciou uma imagem nodular, slida e calcifcada em mama direita (3,6 cm) e a mamografa, imagem nodular e slida de 2,1 cm. Reali-zada exrese da leso, cujo anatomopatolgico mostrou tratar--se de osteossarcoma primrio de mama. Estadiamento inicial: T2N0M0. Procedida a mastectomia radical modifcada com re-construo imediata, que confrmou o diagnstico de osteos-sarcoma de mama com tamanho de 4,5 cm; invaso vascular e da derme e hiperplasia reativa em 16 linfonodos. Em seguida, recebeu tratamento quimioterpico adjuvante com cisplatina e adriamicina, num total de cinco ciclos. Atualmente, a pa-ciente encontra-se em seguimento clnico e imagenolgico. Ressonncia nuclear magntica e PET- SCAN CT no mos-traram evidncia de recorrncia aps trs meses de seguimen-to. Concluso: Relatar a importncia da patologia na deciso do tratamento oncolgico, sendo esta uma histologia rara de tumor de mama, a conduta permanece individualizada, qui-mioterapia com esquema para osteossarcoma, com cisplatina e adriamicina, foi o tratamento adjuvante proposto.

    Ano 5 | Nmero 13 | Janeiro/Abril de 2008 | 31

    TL293EXPERINCIA INSTITUCIONAL COM A-CMF NO TRATAMENTO ADJUVANTE DO CNCER DE MAMA EC II (+4 LINFONODOS POSITIVOS) E EC IIIZanoni HF, Alves FV, Mendes ADB, Turci CF, Taborda MF, Marotta EAS, Albino GR, DeBaere GB, Pinto CF .Hospital Regional do Vale do Paraba e Instituto de Oncologia do Vale.

    Introduo: O tratamento adjuvante seqencial no cncer de mama ganhou impulso nos ltimos anos e vem demonstrando consistente superioridade em relao s combinaes no se-qenciais. Desde o ano 2000 nosso servio realiza o tratamento seqencial com doxorru bicina e CMF para pacientes com doena considerada regionalmente extensa: pacientes com EC III ou EC II com 4 ou mais linfonodos positivos na axila. Material e M-todos: Os dados de 130 pacientes tratadas entre janeiro de 2000 e abril de 2005 foram analisados retrospec tivamente; desses, 6% foram perdidos de seguimento; 73% foram mastectomizadas e 27% foram submetidas a tratamento conservador. O tratamen-to foi realizado com doxorrubicina 75 mg/m2 a cada 21 dias x 4 seguido de CMF a cada 21 dias x 8 ciclos; 98% das pacientes receberam a dose proposta de doxorrubicina e 78% a dose de CMF. Tratamento com radiote rapia adjuvante quando indicado e hormonioterapia para pacientes com RE+ com tamoxifeno por cin-co anos. Idade mediana do grupo: 52 anos. Mediana de linfonodos positivos na axila: 6; estagiamento axilar: N0 = 4%, N1 = 20%, N2 = 49%, e N3 = 27%. Status hormonal: 68% com RE positivo, 32% RE negativo. Grau histopatolgico: Grau 1 = 8%, Grau 2 = 57%, e Grau 3 = 36%. Resultados: A sobrevida global de 82% aos 36 meses e de 75% aos 50 meses pelo mtodo de Kaplan-Meier, com sobrevida mediana no alcanada. Sobrevida Livre de Recidiva de 70% aos 36 meses e de 61% aos 50 meses. At o momento, 22% dos pacientes apresentaram recidiva e 15% morreram da doena. A toxicidade foi considerada dentro dos padres usuais e no houve bito por toxicidade. Discusso: Comparando os dados atuais com os dados da literatura, a expectativa de sobrevida global para pa-cientes com EC II com 4 ou mais linfonodos positivos na axila ou ECIII, independente do status hormonal ou do HER-2, nossos re-sultados so comparveis aos resultados em estudo retrospectivo similar: Sobrevida global a 2 e 5 anos (91 e 70%, respectivamente) comparados com Cameron, BJC 2002 (92% aos 2 anos e 70% aos 5 anos). Estudos similares fazendo uso da seqncia AC taxol, como Henderson (2003), com sobrevida a 5 anos de 80% (versus 70% no estudo atual), e Citron (2003) com sobrevida a 4 anos de 81% (ver-sus 75% no estudo atual) apresentam resultados superiores, mas com um perfl de pacientes de melhor prognstico (pacientes com 1 a 3 linfonodos no EC II). Os autores concluem que os resultados com A-CMF em pacientes EC II e com 4 ou mais linfonodos compro-metidos na axila e EC III so consistentes com a literatura atual.

    TL298EFEITOS DO GUARAN NOS SINTOMAS DE FADIGA E DEPRESSO INDUZIDOS POR RADIOTERAPIA: UM ESTUDO PROSPECTIVO, RANDOMIZADO, COM CRUZAMENTO DE GRUPOSMiranda VC, Trufelli DC, Del Giglio A, Santos J, Campos MP, Nobuo M, Miranda MC, Schlinder F .Faculdade de Medicina do ABC.

    Introduo: Fadiga um dos mais prevalentes efeitos colaterais da radioterapia. Estudos demonstram que o guaran (Paullinia cupana), um estimulante ftoterpico amplamente difundido, me-lhora a fadiga em pacientes no-oncolgicos. Objetivo: Avaliar o efeito do guaran na fadiga induzida por radioterapia em pa-cientes com cncer de mama submetidas a tratamento adjuvan-te. Material e Mtodo: As pacientes foram randomizadas para receber cpsulas de extrato de guaran 75 mg/dia ou placebo por 15 dias, seguido por cruzamento dos grupos para receberem o tratamento alternativo por mais 15 dias. A fadiga foi avaliada a partir de dois questionrios (Escala de Fadiga de Chalder e Bre-ve Inventrio de Fadiga) e a depresso a partir do Inventrio de Depresso de Beck. Estas avaliaes foram realizadas no incio, cruzamento e fm do tratamento. Resultados: At o momento fo-ram includas 33 de 40 pacientes, o que impossibilita a abertu-

    ra do duplo-cego. Os resultados estaro disponveis na poca do COMUABC. Concluso: Mostra-se de fundamental importn cia a avaliao de novas estratgias teraputicas para os sintomas de fadiga e depresso induzidos por cncer.

    TL300ATIVIDADE DE GENCITABINA ISOLADA OU EM COMBINAO COM DERIVADOS DA PLATINA, NO TRATAMENTO DE CARCINOMA MAMRIO METASTTICO: ANLISE RETROSPECTIVA DOS PACIENTES TRATADOS NO HOSPITAL DO CNCER A C CAMARGOTeixeira HM, Givigi CEN, Sanches SM, Gadelha APG, Lima VCC, Matias CN, Gimenes DL .Departamento de Oncologia Clnica - Hospital do Cncer A C Camargo - So Paulo - SP.

    Introduo: O carcinoma de mama representa a neoplasia mais prevalente no mundo entre as mulheres. Para o ano de 2006 no Brasil, foram estimados 48.930 novos casos. A doena me-tasttica representa ainda hoje um desafo para o oncologista clnico, a despeito dos avanos obtidos recentemente, uma vez que ainda no dispomos de tratamento capaz de promover a cura dos pacientes. A gencitabina (Gemzar) um anlogo de citosina ciclo especfco com atividade antineoplsica que tem demonstrado atividade contra o cncer de mama, principalmen-te quando usado em associao com outras drogas. Objetivo: Avaliar a atividade da gencitabina isolada ou em combinao com derivados de platina no tratamento do cncer de mama metasttico. Pacientes e Mtodos: Realizou-se uma anlise retrospectiva das pacientes que receberam quimioterapia sist-mica para o tratamento de carcinoma mamrio metasttico no Hospital do Cncer A C Camargo, no perodo de agosto de 2003 a maio de 2005, com esquemas empregando gencitabina isolada (GEM) ou em combinao com derivados de platina (cisplati-na ou carboplatina) (GEMPLAT), a partir dos dados registrados em pronturio. Foram avaliados dados clnicos e laboratoriais regis trados em um formulrio especfco e realizada anlise des-critiva apropriada. Resultados: Foram analisados 67 pacien-tes. A idade mediana foi de 48,5 anos (33,7-75,0). Vinte e seis pacientes receberam monoquimioterapia com gencitabina e 41 receberam gencitabina + um derivado de platina. A TR obje-tiva foi de, respectivamente, 43,9% e 15,4% para GEMPLAT e GEM (GEMPLAT x GEM, p=0,016, qui-quadrado). A SG no se mostrou diferente entre os dois grupos (13,95 x 10,16 meses, GEMPLAT x GEM, p=0,60, log-rank). A associao GEMPLAT apresentou uma maior SLP (5,49 meses) em relao a GEM (2,76 meses), (p=0,0082, log-rank). Aps ciclo 1, constatou-se que GEMPLAT apresentou uma maior freqncia de toxicidade medular grau III/IV: leucopenia (17,1% x 11,5%, p=0,51), neu-tropenia (19,5% x 11,5%, p=0,50), plaquetopenia (4,9% x 3,8%, p=1,0) e leucopenia febril (4,9% x 3,8%, p=1,0). Concluso: Os resultados demonstram que a combinao GEMPLAT esteve as-sociada a maior taxa de resposta e sobrevida livre de progres-so, embora custa de maior toxicidade medular.

    TL305USO DE FULVESTRANTO EM CNCER DE MAMA METASTTICO: EXPERINCIA DO HOSPITALA C CAMARGOMello CAL, Matias CN, Silva SCS, Levy ACS, Fregnani JH, Chinen LTD, Chen RKL, Fanelli MF .Hospital A. C. Camargo - So Paulo - SP.

    Introduo: O fulvestranto um antagonista do receptor de estrognio sem efeitos agonistas conhecidos. Estudos de fase III demonstraram efccia semelhante do fulvestranto e inibido-res de aromatase em pacientes ps-menopausa portadoras de cncer de mama metasttico em terapia de segunda e terceira linha. Pacientes e Mtodos: Avaliao do tempo para progres-so de 75 pacientes portadoras de cncer de mama metasttico tratadas com fulvestranto 250 mg IM/ms em primeira (n=14), segunda (n=44) ou terceira (n=17) linha de hormonioterapia no Hospital A. C. Camargo de agosto de 2003 a dezembro de

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    2006. A mediana de idade foi de 54 anos (34 - 96 anos); 51 casos positivos para receptor de estrognio (RE) e progesterona (RP); 21 pacientes com RE positivo e RP negativo. Trs pacientes apresentavam RE negativo e RP positivo. CerbB2 foi positivo em 17,3% dos casos (n=13). A mediana do nmero de stios de metstase foi de 2 (1-5), 60% metstases em ossos, 36% em pulmo, 16% em pleura, 16% em linfonodos, 13,3% em fgado, 9,3% em pele, 5,3% locorregional e 2,6% em crebro; 36 pacien-tes (48%) apresentavam metstase visceral e 39 (52%) metsta-se no-visceral; 41 mulheres (54,6%) realizaram quimioterapia prvia para doena metasttica, com mediana de 1 (1-5) linha de QT prvia. Resultados: O tempo mediano para progresso (TTP) foi de 8 meses (2-41 meses), sendo de 8,6 meses (2-23 meses) para primeira linha, 6,4 meses (2-35 meses) para segun-da linha e 12 meses (2-41 meses) para terceira linha, p=0,88. TTP para pacientes com RE e RP positivos foi de 11 meses (2-41 meses), para RE positivo e RP negativo foi de 6 meses (2-27 meses) e para RE negativo RP positivo foi de 3 meses (3-8 me-ses), p=0,02. TTP de acordo com cerbB2 foi de 8 meses (cerb positivo) e 9 meses (cerb negativo), p=0,84. O TTP para as pa-cientes que apresentavam metstase visceral foi de 7,9 meses (2-35 meses) e de 11 meses (2-41 meses) para as pacientes sem metstase visceral, p=0,86. TTP para as pacientes com menos de 50 anos foi de 8,5 meses (2-35 meses) e para as pacien-tes com mais de 50 anos de 8 meses (2-41 meses), p=0,78. Nenhum evento grau 3 e 4 foi observado; 23 pacientes ainda estavam em uso do fulvestranto em junho de 2007. Concluso: O fulvestranto uma hormonioterapia efcaz e segura no trata-mento de cncer de mama metasttico em primeira, segunda ou terceira linha, sendo uma opo no prolonga mento do tempo de terapia endcrina nestas pacientes. Neste estudo, as pacientes com RE e RP positivos tiveram maior TTP com mediana superior relatada na literatura.

    TL312DETECO INTRA-OPERATRIA DE METSTASE DE CNCER DE MAMA EM LINFONODOS, POR UMA TCNICA MOLECULAR RPIDA DENOMINADAAMPLIFICAO DE CIDOS NUCLICOS EM UMA ETAPA (OSNA)Andi Braun e Grupo de Estudos Clnicos Internacionais OSNA.

    Introduo: A bipsia do linfonodo sentinela um procedimen-to padro no estadiamento de cncer de mama inicial. Relatos mostram que os atuais procedimentos intra-operatrios corte por congelao e preparao em parafna, apresentam desvan-tagens, como baixa sensibilidade e dependncia da habilidade do patologista. Mesmo as seces permanentes apresentam signifcativa variabilidade e subjetividade. Devido ao crescente interesse em tecnologias moleculares capazes de detectar me-tstases, a Sysmex desenvolveu uma tecno logia de deteco e amplifcao de cidos nuclicos inovadora, totalmente automa-tizada, que detecta clulas de cncer de mama em linfonodos em menos de 30 minutos. Materiais e Mtodos: Os estudos clnicos foram conduzidos no Japo, Europa e Amrica do Norte com pacientes com diagnstico pr-cirrgico de cncer de mama em estgio inicial, que iriam para cirurgia com disseco de linfonodo. Aps remoo cirrgica dos linfonodos, foram feitos cortes de 1 a 2 mm de espessura. Cortes alternados foram uti-lizados para a amplifcao e deteco, pela tcnica OSNA, do CK19 mRNA, um marcador molecular altamente patognomni-co das clulas de cncer de mama em linfonodos. Nos demais cortes foram realizados exame histolgico aps colorao por hematoxilina-eosina (H&E) e por tcnica imunoistoqumica com pancitoqueratina. Resultados: Neste estudo multicntrico fo-ram analisados 729 linfonodos. Destes,117 linfonodos foram identifcados, tanto pelo exame patolgico como pela anlise OSNA, como macro ou micrometastticos. Dos 607 linfonodos classifcados pela anlise patolgica como negativos ou apenas com clulas tumorais isoladas, 585 tambm foram classifcados como negativos pela metodologia OSNA, com taxa de concor-dncia de 96,3%. Na avaliao de 27 amostras discordantes, os resultados discrepantes podem ser atribudos a vis na localiza-o de metstases nos cortes de linfonodos usados para OSNA ou para patologia. Concluso: Com esses estudos foi validado o procedimento OSNA para rpida deteco de metstases de cn-

    cer de mama em linfonodos. Baseados nos resultados promis-sores, estamos conduzindo um estudo clnico comparativo, com aproximadamente 900 linfonodos sentinelas, usando o OSNA e a histopatologia convencional ps-cirrgica como padro ouro. Acreditamos que a tcnica OSNA represente uma nova oportu-nidade para avaliar de forma rpida e precisa o status dos linfo-nodos durante a cirurgia de cncer de mama.

    TL313QUIMIOTERAPIA NO CARCINOMA DE MAMA DO HOMEM Evangelista NB, Uemura G, Lima FO, Marques MEA .Unesp Botucatu e Santa Casa de Misericrdia de Avar.

    O cncer de mama no homem, embora seja patologia rara, im-pedindo estudos de grandes sries, apresenta os mesmos carac-teres clnicos e anatomopatolgicos que o cncer de mama na mulher. Igualmente os fatores prognsticos e preditivos tambm so semelhantes, assim como as armas teraputicas (cirurgia, radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia). Revisamos dois casos tratados na Unesp Botucatu e um caso tratado na Santa Casa de Avar. Todo o manejo teraputico desse tumor no homem deriva do conhecimento e experincia obtidos com o comportamento desse tumor na mulher. A determinao do sexo de paciente com cncer de mama dada pela identifcao da requisio, uma vez que os achados anatomopatolgicos so exatamente iguais em ambos os sexos. O fato que ele ocorre e se ocorre devemos estar alertas, especialmente quando recebe-mos os pacien