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Chico, estão querendo separar a partecientífica, filosófica e religiosa da dout-rina, dizendo que o Espiritismo não éreligião, isto é, estão querendo tirarJesus do Espiritismo. O que você achade tudo isso?A resposta não se fez esperar:- Se tirarmos Jesus do Espiritismo, viracomédia. Se tirarmos religião doEspiritismo, vira um negócio. A DoutinaEspírita é ciência, filosofia e religião. Setirarmos a religião, o que é que fica?A filosofia humana, embora seja uma con-versa sem fim, tem ajudado a clarear opensamento, mas não consola perante ador de um filho morto.A ciência humana, embora seja uma per-gunta infindável, está aí em nome deDeus.Antigamente tínhamos a varíola, masDeus, inspirando a inteligência humana,nos deu a vacina e hoje a varíola estáquase eliminada da face da Terra.Sofríamos com o problema da distância,mas a bondade divina, inspirando acabeça dos cientistas, nos trouxe o motor.hoje temos o barco, o carro, o avião supri-mindo distâncias... o telefone aliviandoansiedades... a televisão colocou o mundodentro de nossas casas...Tínhamos medo da escuridão, mas aMisericórdia Divina nos enviou a lâmpa-da, através da criatividade humana.A dor nos atormentava, mas a compaixãodivina nos enviou a anestesia.Há, porém, uma coisa em que a ciêncianão tem conseguido ajudar. Ela não temconseguido eliminar o ódio do coraçãohumano. Não há farmácias vendendoremédios contra o egoísmo, o orgulho, avaidade, a inveja, o ciúme... Nãopodemos pedir misericórdia a um com-putador.

Jesus, porém, está na nossa vivênciadiária, porquanto em nossas dificuldadese provações, o primeiro nome de que noslembramos, capaz de nos proporcionaralívio e reconforto, é Jesus.De maneira que se tirarmos religião ficaum corpo sem coração, se tirarmos aciência fica um corpo sem cabeça e setirarmos a filosofia um corpo sem mem-bros.

*Caminhávamos durante a peregrinação,quando uma senhora lhe fez o seguintepedido:- Chico, fale alguma coisa que me recon-forte. tenho sofrido muito com o meu mari-do.- Há muitos anos, começou ele, uma sen-hora contou-me que seu marido aprocurou e disse:- Eu queria lhe dizer que estou com umcaso. Trata-se de uma jovem. Não sei oque há. Sei que gosto é de você, mas nãoconsigo desvencilhar dela. Vou ausentar-me e quando me tornar digno de vocênovamente, voltarei, se ainda me quiser.A esposa prometeu pensar e no diaseguinte lhe deu a resposta:- Olha, o homem com quem eu mais que-ria me casar era você; casamo-nos; sem-pre sonhei ter uma casa, você me deu umlar; meu maior sonho era ter um filho, vocême deu dois. Faça o que quiser, eu nãovou abandonar o meu lar e nem dizernada aos nossos filhos. Não há necessi-dade de três sofrerem quando basta osofrimento de um. vou continuar honrandonosso lar e, quando tudo passar, volte.E o Chico acrescentou:- Não preciso lhe dizer que o caso do mari-do com a jovem terminou ali mesmo.

Aprendendo com Chico Xavier

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SUMÁRIO Em “O EVANGELHO SEGUNDO O

ESPIRITISMO”, Item 17

“Os mundos regeneradores servemde transição entre os mundos deexpiação e os mundos felizes; aalma que se arrepende nelesencontra a calma e o repouso,acabando de se depurar. Semdúvida, nesses mundos, o homemestá ainda sujeito às leis que regema matéria; a Humanidade experimentaas vossas sensações e os vossosdesejos, mas está livre das paixõesdesordenadas, das quais soisescravos; neles nada mais deorgulho que faz calar o coração, deinveja que o tortura, de ódio que osufoca; a palavra amor está escritasobre todas as frontes; umaperfeita eqüidade regula asrelações sociais; todos se elevandoa Deus, e tentando ir a ele,segundo suas leis”.

COMUNICAÇÃOANTES QUE VENHA OARRASTÃO

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SERVIÇOSÉRIE ACONTECEU COM...

(5ª PARTE)

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CIÊNCIAREALIDADES DA VIDA

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PANORAMAO CENTRO ESPÍRITA

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JUVENTUDEO JOVEM E SEUS PROBLEMAS

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EDUCAÇÃOA OPÇÃO PELOS POBRES

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Conversa BreveKardec AfirmaA Vida ContinuaChico e EmmanuelAs Lições de Chico XavierMensagens

ASSUNTOS

OUTROS...

REVISTA ESPÍRITA MENSALANO XXVIII Nº333

JULHO 2004

Kardec Afirma

Mensagem da capa

EXPE

DIE

NTE

“INFORMAÇÃO”:é registrada na D.C.D.P. Do D.P.F. sob n.1702(Portaria 209/73) - publicada pelo Grupo Espírita“Casa do Caminho” - Jornalista responsável:Zancopé Simões (Reg. 10.162) - Redação: Rua Souza Caldas, 343 - Fone: (11) 6097-5700Correspondência:Cx Postal: 45.307 - Ag. VI. Mariana/São Paulo (SP),

“INFORMAÇÃO” não se responsabiliza pelosconceitos e opiniões emitidos pelos seusentrevistados ou articulistas

Edição, Fotolito e Impressão: VAN MOORSEL,ANDRADE & CIA. LTDA.Rua Souza Caldas, 343 - São Paulo - SP

“Quando problemas apareçam, não sedeixe arrastar nas labaredas daangústia. Você pode ficar em paz. Paraisso, basta que você trabalhe e deixeDeus decidir”.

Emmanuel

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A nossa petição pode parecer estranha: “compadece-te daqueles que mais amas”.Entretanto, o apelo não pode ser outro naquilo que pretendemos dizer, porquanto, no PlanoFísico, não raro, externamos a capacidade afetiva com enorme peso de autoridade.

Compadece-te de teus pais no mundo.Nem sempre pairam eles na altura espiritual que desejas. Doaram-te, no entanto, o corpoem que vives. Protegeram-te carinhosamente na infância. E se não puderam sustentar aharmonia recíproca ou se foram defrontados por lutas e conflitos que se viram incapazesde sobrestar, ama-os, mesmo assim, fora de exigências e críticas, porque também eles seacham a caminho do Entendimento Maior.

Compadece-te de teus filhos.Se não conseguiram abraçar experiências semelhantes às tuas ou se não dispõem derecursos para te concretizarem os planos de família é que carregam no mundo encargosdiferentes. Ama-os na estrutura espiritual com que te vieram aos braços, conforme asinduções das Leis Divinas e liberta-os de qualquer cativeiro afetivo, conquanto auxiliando-os tanto quanto se te faça possível, para que se realizem nas tarefas que os trouxeram denovo à existência.

Compadece-te dos familiares e dos amigos.Embora te respeitem e te estimem, no curso de muitas ocasiões, encontram empeços etribulações que desconheces. E, em muitos casos, precisam de tua paz a fim de que seentrosem no campo de determinadas obrigações.

Compadece-te dos corações queridos a que te vinculas.Apesar do imenso afeto que te consagram, em certos lances da estrada humana, são eleschamados a resgates e provas, por vezes difíceis, e de que nem sempre se desvencilhamsenão com largas coberturas de trabalho e de tempo.

Amar é servir, compreender, auxiliar, abençoar, libertar...

Que o teu amor seja a paz e vida, alegria e esperança naqueles a quem ofertas dedicaçãoe carinho.Não te permitas entravar os passos dos entes queridos com grilões psicológicos, porquetoda afeição possessiva é sinônimo de sofrimento.Ama e obterás a benção do amor.Compreende e colherás compreensão.E se em teu devotamento surgirem crises de apreensão e medo, perante as lutas dos seresamados, procura esquecer receios e inquietações, amparando a cada um, na fonte viva daprece, a recordar, antes de tudo, que eles e nós pertencemos a Deus.

Emmanuel (Psicografia F. C. Xavier)

CONVERSA BREVE

COMPREENSÃO SEMPRE

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Ao tempo de Jesus era usado no Marda Galiléia o arrastão, uma forma depescaria.Os pescadores preparavam redesquadradas, bem grandes, quepermaneciam numa posição verticaldentro d’água, mediante e utilizaçãode pesos e flutuadores. Eramlevadas pelos barcos e deixadas emdeterminada localização. A partir dalieram puxadas para a praia, porcordas, colhendo todos os tipos depeixes, suficientemente grandes paraficarem presos em suas malhas.Havia proibições de consumo, pelalei judaica, como está na orientaçãomosaica, em Levítico (11:12):

Tudo o que não tem barbatana nemescama, nas águas, será para vósabominável.

Juntamente com os peixes nãocomestíveis de mau sabor, eramjogados de volta no mar ou iam parao lixo.

...

Jesus usa a imagem do arrastãopara transmitir um de seusensinamentos sobre o Reino doCéus.

(...) é semelhante a uma redelançada ao mar, que apanha todaespécie de peixes.Quando está cheia, os pescadores aretiram e, sentados na praia,escolhem os bons para os cestos, e oque não presta, deitam fora.Assim será na consumação dos

séculos: virão os anjos e separarãoos maus dentre os justos, e oslançarão na fornalha ardente, ondehaverá choro e ranger de dentes.

No aspecto físico, o Reino de Deusabrange o Universo. O Criador estáem tudo e em todos .No aspecto individual é umacondição íntima, aquele momento deiluminação em que nos integramosplenamente na Vida, cidadãos doUniverso.No aspecto coletivo seria ainstalação formada por Espíritosiluminados.Com o crescimento espiritual daHumanidade amplia-se o contingentedos que realizaram o Reino em seuscorações.Hoje uma minoria.Em alguns séculos, talvez, a maioria.Acontecerá, então, o arrastão daparábola.Colhidos pelas malhas da Justiça,aqueles que não se enquadrarem nanova ordem serão jogados nafornalha ardente...Naturalmente, trata-se de umsimbolismo, uma imagem forte, que ateologia medieval levou ao pé daletra, concebendo a idéia do infernode fogo, onde as almas comprometidasqueimam sem se consumir, emperenes sofrimentos.

...

O Espiritismo oferece idéia diferente.Não estarão irremissivelmentecondenados os recalcitrantes. Serãosimplesmente degregados em

COMUNICAÇÃO

ANTES QUE VENHA O ARRASTÃO

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planetas inferiores, onde enfrentarãodificuldades e dissabores, soborientação da mestra Dor, lá bemmais severa.Isso, somado às saudades da Terra edos afeiçoados que aqui ficarão,quebrará a rebeldia, favorecendo suarenovação.Redimidos, ainda que isso exija oconcurso dos milênios, retornarão aonosso mundo.Segundo Emmanuel, no livro ACaminho da Luz, há alguns milênioshavia um planeta no sistema deCapela, uma estrela, na constelaçãodo Cocheiro, cuja população atingiraum estágio de evolução quepermitiria a promoção daqueleplaneta.Deixaria de ser um mundo deexpiação e provas, como é a Terra,cujos habitantes são orientados peloegoísmo, e passaria a mundo deregeneração, com uma populaçãodisposta a assumir a cidadania doreino de Deus.Ocorre que uma parcela dapopulação não estava sintonizadacom os novos rumos. Então, houve oarrastão, envolvendo milhões derecalcitrantes. A direção espiritual doplaneta os tranferiu para um mundode evolução primária.Você pode imaginar qual seria, amigoleitor?Se pensou em nosso planeta,acertou.Os capelinos encarnaram no seiodas raças humanas, promovendodesde logo cedo grandes transformações,já que mentalmente eram muitoevoluídos, embora moralmente emestágio semelhante ao dosterrestres.

Os antropólogos espantam-se com acivilização neolítica. Em algumascentenas de anos grandes conquistasforam obtidas - a domesticação dosanimais, a descoberta da agricultura,a formação da escrita, a utilização demetais, a vida urbana...O Homem, que estava praticamentena idade da pedra, repentinamentese viu em meio a grandesconquistas.Foram iniciativas dos capelinos quederam origem, inclusive, às grandescivilizações, como a egípcia, a hindu,a indo-européia e a hebraica.Detalhe importante. Não estão bemdefinidos para os antropólogos osfatores que determinaram suaextinção.Mas, à luz do Espiritismo, é simplesexplicar.Na medida em que os degredados,renovados e redimidos, retornaramao planeta de origem, as civilizaçõesque edificaram entraram emdecadência.Imaginemos uma família rica eabastada, que construa modernopalacete numa favela. Depois dealguns anos, o proprietário muda-see deixa o imóvel para os favelados.Estes, sem condição para cuidaradequadamente dele, deixam que sedeteriore, até transformar-se emruínas.Foi o que aconteceu com aquelascivilizações. Morreram porque ohomem terrestre não tinhacompetência para preservá-las.

...

Algo semelhante ocorrerá com aTerra, no grande arrastão.

COMUNICAÇÃO

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Seitas petencostais o anunciam parabreve, ainda neste século.Proclamam seus arautos:- Arrependam-se! Jesus está chegando!O Espiritismo confirma que issoacontecerá, não como umacondenação eterna, mas como umdegredo transitório para aqueles quenão realizarem o reino em suasalmas.Parece-me, amigo leitor, que nãoocorrerá em tempo breve. Fácilentender a razão. No Sermão daMontanha Jesus nos dá uma pista dequem ficará, ao proclamar:

Bem aventurados os mansos, porqueherdarão a Terra.

Significa que ficarão aqueles quehouverem conquistado a mansuetude.Se acontecesse agora, certamente,nosso planeta seria transformadonum deserto, porquanto raraspessoas efetuaram essa conquista.Estamos tão longe da mansidão, emface do caráter agressivo quecaracteriza o homem, orientado peloegoísmo, que o termo manso guardauma conotação pejorativa.Chamar alguém de manso é xingá-lo,equivalente a dizer que corre sanguede barata em suas veias.No entanto, é apenas alguém quevenceu a agressividade; que nãoreage ao mal com o mal; que guardaas raízes de sua estabilidade nopróprio íntimo.Se bem observamos, verificaremosque muitos males que conturbam asrelações humanas, em todos osníveis, inspiram-se na agressividade,sempre como propósito de favorecer

o interesse pessoal.

...

Podemos fazer um teste ligeiro, a fimde verificar se estamos conquistandoa mansidão, habilitando-nos aoReino, ou se corremos perigo noarrastão.

1 - Somos submetidos a umacirurgia e permanecemos acamadospor alguns dias.a) Cultivamos a oração e aserenidade, procurando nãoincomodar ninguém, nem aumentar apreocupação dos familiares.b) Perturbamos a todos com gemidose reclamações, como se estivéssemossob tortura num leito de faquir, sobreum colchão de pregos.

2 - Um conhecido passa por nóssem cumprimentar.a) Consideramos que não nos viu ouestava distraído.b) Ficamos possessos: - Pretensioso!Julga que tem um rei na barriga!

3 - O cônjuge está meio quieto,fechado, poucas palavras.a) Imaginamos que deve estarcansado, querendo um pouco desossego.b) Estressamos e logo clamamosque está querendo nos levar àloucura com seu mutismo.

4 - No trânsito, um motoristabuzina atrás, assim que abre osinal.a) Consideramos que deve estar compressa. Engatamos a primeira e

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seguimos em frente.b) Castigamos o atrevido, demorandopara avançar. Se tornar a buzinar,fazemos um sinal mal-criado,mandando-o passar por cima.

5 - Cruzamos uma rua preferencial,inadvertidamente. Um motorista,cujo carro quase foi atingido, fazgesto pejorativo, sugerindobarbeiragem.a) Admitimos que precisamos estarmais atentos.b) Gritamos a plenos pulmões,recomendando-lhe que vá procuraraquela senhora, que o pôs no mundo.

6 - O chefe nos adverte quanto auma falha.a) Desculpamo-nos, com adisposição de melhorar nossodesempenho.b) Mal contemos o desejo de pularem seus pescoço, e, intimamente,formulamos ardentes votos de queele vá para o diabo que o carregue.

7 - O subordinado comete umafalha.a) Tratamos de orientá-lo para umamelhor condução do serviço.b) Lembramos-lhe de que se não derum jeito na sua atuação profissionalhá dezenas de desempregados quepodem fazer o dobro do que faz, pelametade do ordenado.

8 - Os vizinhos envolvem-se numadiscussão, pondo-se a gritar uns

com os outros.a) Consideramos que devem estarcom algum problema e oramos poreles.b) Chamamos a polícia para dar umjeito naqueles malucos.

9 - O filho vai mal na escola.a) Dispomo-nos a acompanhá-lo nastarefas, ajudando-o.b) Damos-lhe uma surra homérica,prometendo fazer pior se voltar a tirarnotas baixas.

10 - Num grupo de trabalho, ematividade religiosa, não aceitamnossa sugestão.a) Ficamos tranqüilos, considerandoque muitas cabeças pensam melhorque uma só.b) Reclamamos que é uma cambadade pretensiosos que não deixaespaço para ninguém, e nosafastamos.

Se nossas respostas envolvem namaioria a opção “a”, podemos ficartranqüilos. Estamos bem em nossoaprendizado espiritual.Se as respostas mais freqüentesenvolvem a opção “b”, hádeficiências comprometedoras.É preciso cuidado, torcendo para quenão venha o arrastão antes devencermos os arrastamentos daagressividade.

FONTE: Reformador, nº 2103

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SERVIÇO

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... JOÃO NASCIMENTOO caso se passou com o filho, de 7 anos,do Tenente do Estado Maior, JuvenalRodopiano Gonçalvez dos Santos,morador do Rio de Janeiro.A criança já estava desenganada porproeminentes médicos, quandoaconselharam o pai a procurar o médiumJoão Nascimento. Administrados osremédios obtidos por via mediúnica, omenino, dentro de poucos dias estavacurado!O fato extraordinário ligado a esta curaverificou-se posteriormente.O tenente Juvenal levou seu filho paraapresentá-lo ao médium. Esteproporcionou ao ex-enfemo mais ummedicamento para tonificá-lo. À saída, omenino pergunta ao pai quem era osenhor de preto que sentara junto aoNascimento. O pai responde não tervisto ninguém. A criança volta a afirmar apresença do tal senhor, asseverandoque ele até os acompanhara até à porta.O tenente Juvenal Rodopiano vai, no diaseguinte, à casa do médium Nascimentoe lhe conta essas coisas. Pela descriçãodo menino, fica tudo esclarecido: o talhomem vestido de preto era o espírito doDr. Francisco de Menezes Dias da Cruz,que assinava as receitas recebidas porNascimento.

... ANTÔNIO LUIS SAYÃODamos a seguir, pela própria pena deSayão, a narração que ele fêz sobre asua conversão ao Espiritismo, e que foipublicada em Reformador de Junho de1891.

“Meu caro irmão:

Vós me pedistes e eu vos prometi anarração de qualquer fato escrupulosamenteverdadeiro que se tenha dado comigo,

para que o meu testemunho sirva degarantia à verdade da Doutrina Espírita,para convencer os incrédulos porignorância ou por sistema.

Corria o ano de 1878, para mim triste,cheio de aflições e amarguras, que sóme dava lenitivo o verter das lágrimas.Eu não cessava de implorar amisericórdia divina, crença que aodespertar da razão achei implantada emmeu Ser. Ao mesmo tempo, aprontava-me para, logo depois do dia fatal, queesperava, retirar-me para a Europa commeu filho, então de treze anos de idade,em busca de resignação. os sofrimentosde minha mulher, que, mais ou menos,datavam de seis anos, haviam-seagravado ao ponto de seu médicoassistente afirmar-me que o termo fatalse aproximava - Igual juízo e prognósticofez o meu íntimo amigo Dr. GeraldoMotta.Imagina-se o estado de meu pobreespírito, passando noites inteiras a velarà cabeceira da mulher a quem idolatro,cheio de apreensões - No dia 11 desetembro daquele mesmo ano em que,exausto de forças, transido de amarguras,procurava respirar o ar da manhã naPraça da Constituição, encontrei-mecom o Sr. Cândido de Mendonça,empregado no Foro, que penalizado deme ver chorando, aconselhou-me queprocurasse um meu colega, que, natravessa do Ouvidor,oferecia remédioshomeopáticos para as moléstiasconsideradas incuráveis, com resultadosespantosos. Agradecendo-lhe a parteque tomava na minha dor, respondi-lheque não podia submeter minha mulherao tratamento de um homem distinto, éverdade, como o conhecia, porémestranho completamente à ciênciamédica, quando eu tinha os recursos

SÉRIE ACONTECEU COM...(5ª PARTE)

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SERVIÇO

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que me podiam oferecer notabilidadesque já a tinham desenganado. O Sr.Cândido de Mendonça, como umenviado da Providência, insistiu com uminteresse que me surpreendeu, dizendo-me afinal que, se nos casosdesesperados e desenganados peloshomens da ciência, era descupáveldarmos os remédios de um sertanejoignorante, quanto mais tratando de umhomem conhecido, notável e já afamadopor curas em casos idênticos; pedido-meque pelo menos me certificasse dessaverdade para justificação do que mereferia.

Pois bem, no dia seguinte (12 desetembro), às onze horas da manhã,compareci à travessa do Ouvidor, ondeencontrei aquele colega e mais algunsque o ajudaram, havendo grandenúmero de pessoas, umas recebendoremédios, outros à espera de sua vez,todos alegres e contentes, referindo osmilagres das aplicações que fazia comcaridade evangélica o homem assazconhecido, por ser um literato distinto,titulado com carta de Bacharel emDireito, porém completa e absolutamenteestranho à ciência médica.

Esse espetáculo, preciso confessar,porque é meu propósito dizer toda averdade, edificou-me no meu espírito,aniquilado então, com tais proporções,que o sorriso de mofa e de crençatornou-se-me em uma contemplaçãomística, que só pode ter um espírito defé, em um Templo de Caridade,presidido por um Ente divino.Ao tocar a minha vez, eu disse que iaprocurar remédios para minha mulher.Respondeu-se-me que só se davamremédios aos pobres, e a esses mesmosquando desenganados por moléstiasjulgadas incuráveis.

Insisti, pedindo que se valesse porcaridade, porque minha mulher estavadesenganada, certificando-lhes que eraessa a última esperança, e sem que medeixassem referir a moléstia de quesofria minha mulher, tendo-se-me pedidosó o seu nome, eu vi deitar em doisvidros, cheios de água, algumas gotasde tintura homeopática, que me foramentregues para dar à enferma.Ainda me revoltei, a principio, pelo fatode não se querer averiguar dossofrimentos e nem ao menos indagar dodiagnóstico, mas era com efeito a minhaúltima esperança e fui portador dessepresente do Céu, que, ao ser administradoà enferma, deu-lhe logo alíviosextraordinários e, depois de alguns anosde aplicações emanadas da mesmafonte, obteve como resultado a vida e asaúde que até hoje desfruta; até hoje, hádoze anos!Diante de fato tão extraordinário e tãoreal, fato corroborado por muitíssimosoutros que fui presenciando dia a dia,tomei o firme propósito de só formarjuízo depois de estudo sério e refletido.E assim que tratei de estudar com oslivros do Mestre, e com muitos outros, aRevelação da Revelação.E assim, meu irmão, para não abusarpor mais tempo da vossa benevolência,finalizo esta já tão extensa carta,asseverando-vos que dessa época emdiante, convencido da verdade da SantaDoutrina Espírita, professo-a porconvicção feita pelo meu estudo e pelaminha experiência de doze anos, semme embaraçar o juízo que de mim possafazer este ou aquele sábio. Não longevem o tempo de, confirmação de tudoque se nos disse e de tudo que se nosmostrou a respeito da sagrada Doutrinado Justo: e bem-aventurado os que nahora suprema tiverem o Cristo em seucoração, porque esses verão a luz emtodo o seu explendor.

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De vosso humilde irmão,o advogado ANTÔNIO LUIZ SAYÃO.

... DOMINGOS FILGUEIRASDomingos Filgueiras voltou ao planomaterial com a missão árdua, mas bela,de beneficiar a saúde orgânica dopróximo através da mediunidade,indiretamente concorrendo para odespertamento espiritual de muitos.Seus serviços de médium curador,receitista, como intermediário do Espíritodo Dr. Francisco de Menezes Dias daCruz, que fora professor cated´ratico naFaculdade de Medicina e que desencarnouem 1878, iniciou-os em 1886, prestando-os interruptamente até o fim de suaexistência.A princípio, apenas alguns consulentespaupérrimos o procuram mas as curasconseguidas são tão extraordinárias queo nome do médium rapidamente sepropala de boca em boca, e em poucotempo, o humilde medianeiro de Alto sevê quase que perseguido por multidõesde todas as classes socias, em todos oscantos em que aparecia, até mesmo noseu lar.E com que carinho e solicitude a todosatendia! Como se lhe iluminava o rostode um largo sorriso de bondade esatisfação todas as vezes que umdoente grave desenganado pelosmédicos lhe era confiado, e que de seuamoroso mentor recebia animadoresprognósticos! Ele compreendia que todotriunfo em tal sentido conquistado eraum triunfo não para ele, modesto eobscuro, de si mesmo nada podendo,mas para a Doutrina, que amava comenternecido carinho.Quantas vezes foi visto a chorar deternura e de reconhecimento pelo êxitode uma cura dificílima! Regozijava-secom as curas, como vitórias palpáveispara o Espiritismo, de quem era apóstolo

fiel, e também por todos os seusdoentes, cujas dores aliviadas eramtambém alívio para a sua própria alma.Diariamente, como era seu costume,levantava-se às cinco da manhã e já aessa hora, o pequeno jardim de suaresidência recebia os primeirosnecessitados que vinham pedir receitas,antes de o médium sair para o seutrabalho na Alfândega.Conta-se que por intermédio doMarechal Bittencourt, o então Presidenteda República, Prudente de Morais foiconsulente de Filgueiras. O fato passou-se desta maneira:O Dr. Prudente de Morais achava-semuito doente, em tratamento, quandonum certo dia, o enfermo piorasensivelmente, assustando os familiarese, quando correm em busca do seumédico, sabem que este se encontravano momento em viagem a Petrópolis.O Marechal Carlos Bittencourt, grandeamigo do Presidente, enquanto envia ummensageiro à procura do Dr. Murtinho,vai aflito, no encalço do médiumFilgueiras, já dele conhecido e lhe pedeuma receita urgênte, em vista dagravidade do caso.Os remédios prescritos foram imediatamenteministrados ao doente.Só muitas horas depois chega o médicopreocupadíssimo com as alarmantesnotícias, e vai varando os quartos atéchegar junto ao enfermo. Após examiná-lo,declarou sorrindo que tudo lhe parecianormal, ao mesmo tempo que numa folhade papel receitava dois produtoshomeopáticos. O assombro de tudoocorreu aí: os medicamentos eramEXATAMENTE os mesmos que o Espíritoo Dr. Dias da Cruz transmitira a Filgueiras,horas antes!

FONTE: Caso 1 e 3, do livro “GRANDES ESPÍRITAS DOBRASIL”, de Zeus Wantuic, FEB

SERVIÇO

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CIÊNCIA

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O espírito André Luiz, via psicográfica,transmitiu-nos valiosos e inúmerosensinamentos que confirmam as realidadesdo corpo espiritual, das consequênciasdanosas do mau uso do livre-arbítrio emdecorrência do rigor da Lei de Causa e Efeito,e dos comprometimentos futuros ante anecessidade da Reencarnação.Por isso, passo, a seguir, a sintetizá-lo e aanalisá-los para que possamos incorporá-losem nossa consciência e em nova vida diária,evitando atitudes doentias e buscando apreservação da saúde e da felicidade.O PERISPÍRITO INFLUI NO ESTADO DOCORPO FÍSICO. O corpo físico espelha asituação do perispírito. Este, por sua vez,reflete o mundo interior e mental da alma.Assim, tanto as doenças, como as curas e asaúde podem surgir no corpo físico comodecorrência de alterações nos estados daalma e do perispírito.“As melhoras adquiridas pela organizaçãoperispirítica serão apressadamenteassimiladas pelas células do equipamentofisiológico.” (F.C Xavier/Ação e Reação. Cap.13). “De modo geral, porém, a etiologia dasmoléstias perduráveis, que afligem o corpofísico e o dilaceram, guardam no corpoespiritual as suas causas profundas.” (F.CXavier e Waldo Vieira/Evolução em DoisMundos, Cap. XIX).MUITAS DOENÇAS RESTRINGEM, DEFORMAS BENÉFICAS, A LIBERDADE DEAÇÃO DO ESPÍRITO INCONSEQÜENTE.Assim, muitos corpos físicos disformes edoentes servem de prisão para espíritosperigosos, ainda vinculados ao mal.“... ante a perquirição da ciência terrestrevulgar, Sabino será o idiota paralítico, surdo emudo de nascença... Para nós, no entanto, éum prisioneiro ainda perigoso, engaioladonos ossos físicos, de cuja tessitura, poragora, não tem qualquer noção, tal egoísmoque ainda lhe turva a alma, em processo deincontrolável hipertrofia...” (Ação e Reação,Cap. 13).OS DESVIOS NAS FUNÇÕES SEXUAISSUBLIMES CAUSAM DESEQUILÍBRIOSPROFUNDOS NOS CORPOS DA ALMA. Odesvirtuamento das faculdades genésicasacarreta grandes desequilíbrios interiores,afetando doentiamente o corpo espiritual,

comprometendo a saúde do novo corpo físicona próxima reencarnação.“... os delinqüentes do sexo, que operaram ohomicídio, o infanticídio, a loucura, o suicídio,a falência e o esmagamento dos outros,voltam à carne, sob o impacto das vibraçõesdesequilibrantes que puseram em açãocontra si próprios, e são, muitas vezes, asvitímas da mutilação congênita, da alienaçãomental, da paralisia, da senilidade precoce,da obsessão enquistada, do câncer infantil,das enfermidades nervosas de variadaespécie, dos processos patogênicosinabordáveis e de todo um cortejo de males,decorrentes do trauma perispirítico que,provocando desajustes nos tecidos sutis daalma, exige longos e complicados serviços dereparação a se exteriorizarem com o nome deinquietação, agústia, doença, provocação,desventura, idiotia, sofrimento e miséria.”(Ação e reação, Cap. 15).O ABORTO ACARRETA MALES SÉRIOSPARA O ESPÍRITO CRIMINOSO. A prática doaborto criminoso determina conseqüênciasfísicas e morais danosas, exigindo amargasreparações.“Arrancar uma criança ao materno seio éinfanticídio confesso. A mulher que o promoveou que venha a coonestar semelhante delitoé constrangida, por leis irrevogáveis, a sofreralterações deprimentes no centro genésicode sua alma, predispondo-se geralmente adolorosas enfermidades, quais sejam ametrite, o vaginismo, a metralgia, o enfarteuterino, a tumoração cancerosa, flagelosesses com as quais, muita vez, desencarna,demandando o Além para responder, perantea Justiça Divina, pelo crime praticado. (...)A mulher que corrompeu voluntariamente oseu centro genésico receberá de futuro almasque viciaram a forma que lhes é peculiar, eserá mãe de criminosos e suicidas, no campoda reencarnação, regenerando as energiassutis do perispírito, através do sacrifícionobilitante com que se devotará aos folhostorturados de sua carne, aprendendo a orar, aservir com nobreza e a mentalidade amaternidade pura e sadia, que acabaráreconquistando ao preço de sofrimento etrabalho justos...” (Ação e Reação, Cap. 15).“Impermeável às sugestões da própria alma,provocou o aborto com rebeldia e violência.

REALIDADES DA VIDAGEZIEL ANDRADE

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CIÊNCIA

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Essa frustração foi a brecha que favoreceumais ampla influência do adversário inisívelno círculo conjugal.” (F.C. Xavier/ NosDomínios da Mediunidade, Cap. 10).O ALCOOLISMO, A TOXICOMANIA E AGULA FAZEM SUGIR DOENÇAS GRAVES EPROCESSOS OBSESSIVOS. Os víciosrepresentados pela ingestão de alimentos emexcesso ou de produtos impróprios à saúde,determinam efeitos nefastos para o espírito.“Aqueles que por vezes diversas perderamvastas oportunidades de trabalho na Terra,pela ingestão sistemática de elementoscorrosivos, como sejam o álcool e outrosvenenos das forças orgânicas, tanto quantoos inveterados cultores da gula, quasesempre atravessam as águas da morte comosuicidas indiretos e, despertando para a obrade reajuste que lhes é indispensável,imploram o regresso à carne em corposdesde a infância inclinados à estenose dopiloro, à ulceração gástrica, ao desequilíbriodo pâncreas, à colite e às multiplasenfermidades do intestino que lhes impõemtorturas sistemáticas, embora suportáveis, decurso da existência inteira. “ (Ação e Reação,Cap. 19). “Observando os beberrões, cujastaças eram partilhadas pelos sócios que lheseram invisíveis, Hilário recordou: (...) Aqui,vemos Entidades viciosas valendo-se depessoas que com elas se afinam numaperfeita comunhão de forças inferiores... (NosDomínios da Mediúnidade, Cap. 15).OS PERIGOS DAS DESVIRTUDES, DACÓLERA E DOS DESCONTROLESMENTAIS EMOCIONAIS DEVEM SERCORRETAMENTE AVALIADOS. Éimprescindível atentarmos para os efeitos dafalta de virtudes nos atos, dos desequilíbriosnas emoções, nos sentimentos e nospensamentos por influirem em nossa saúde.“Orgulho, vaidade, tirania, egoísmo, preguiçae crueldade são vícios da mente, gerandoperturbações e doenças em seusinstrumentos de expressão.” (F.C.Xavier/Entre a Terra e o Céu, Cap. 21).. “Temosmilhões de pessoas irascíveis que, pelohábito de se encolerizarem facilmente, viciamos centros nervosos fundamentais pelosexcessos da mente sem disciplina,convertendo-se em portadores do “pequenomal”, em dementes precoces, emneurastênicos de tipos diversos ou em

doenças de franja epilépticas, que andam poraí, submetidos à hipoglicemia insulínica ou aomatrezol;” (No Mundo Maior, Cap. 8).O MAU USO DAS FACULDADES E DASPOSSIBILIDADES MENTAIS ORGÂNICASIMPLICA EM EFEITOS DANOSOS PARA ASAÚDE. O uso, para o mal, os vícios e para acriminalidade, da inteligência e dasfaculdades intelectuais; da beleza e dos dotesfísicos; dos olhos, dos ouvidos e da fala; dasexualidade e das faculdades artísticasimplicam, para a próxima reencarnação, emlesões e formas orgânicas deficientes eparalíticas, além de inibições e deficiênciaque impeçam reincidências.“A cegueira, a mudez, a idiota, a surdez, aparalisia, o câncer, a lepra,a epilepsia, odiabete, o pênfigo, a loucura e todo oconjunto das moléstias dificilmente curáveissignificam sanções instituídas pelaMisericórdia Divina, portas a dentro daJustiça Universal, atendendo-nos aospróprios rogos, para que não venhamos aperder as bençãos eternas do espírito a trocode lamentáveis ilusões humanas.” (Ação eReação, Cap. 19).MUITAS DOENÇAS SÃO PREVENTIVAS,PREPARATÓRIAS PARA SITUAÇÕESFUTURAS OU PROCESSOS DE CURA.Muitas enfermidades são determinadas peloplano espiritual para evitar nossa queda nomal ou para preparar-nos para melhorenfrentarmos situações inevitáveis no futuro,ou para obtermos a cura pela provação.“... pela intercessão de amigos devotados ànossa felicidade e à nossa vitória, recebemosa benção de prolongadas e dolorosasenfermidades no envoltório físico, seja paraevitar-nos a queda no abismo dacriminalidade, seja, mais freqüentemente,para o serviço preparatório dadesencarnação, a fim de que não sejamoscolhidos por supresas arrasadoras, natransição da morte. O enfarte, a trombose, ahemiplegia, o câncer penosamente suportado,a senilidade prematura e outras calamidadesda vida orgânica constituem, por vezes,dores-auxílio, para que a alma se recupere decertos enganos em que haja incorrido naexistência do corpo denso, habilitando-se,através de longas reflexões e benéficasdisciplinas, para o ingresso respeitável naVida Espiritual.” (Ação e Reação, Cap. 19).

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CIÊNCIA

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“Temos, por exemplo, o mongolismo, ahidrocefalia, a paralisia, a cegueira, aepilepsia secundária, o idiotismo, o aleijão denascença e muitos outros recursos,angustiosos embora, mas necessários, quepodem funcionar, em benefício da mentedesequilibrada, desde o berço, em plena faseinfantil. Na maioria das vezes, semelhantesprocessos de cura prodigalizam bonsresultados pelas provações obrigatórias queoferecem...” (Nos Domínios da Mediunidade,Cap. 15).O REMORSO E O ARREPENDIMENTOLEVAM A DESEQUILÍBRIOS DOENTIOS. Osproblemas de consciência, decorrentes dasmás atitudes praticadas, desequilibramprofundamente o mundo íntimo; geramlesões, disturbios e mutilações no corpoespiritual, e determinadas doenças esofrimentos físicos no futuro. Por isso, éindispensável a consciência do deverretamente cumprido.“Tendo sofrido, por longo tempo, o traumaperispirítico do remorso, por haver incendiadoo corpo do próprio pai, nutriu em si mesmoestranhas labaredas mentais que, como jalhes disse, o castigaram intensamente além-túmulo... Renasceu, por isso, com a epidermeatormentada por vibrações calcinantes que,desde cedo, se lhe expressaram na novaforma física por eczema de mau caráter...”(Ação e Reação, Cap. 16). “Conservando noimo dalma a lembrança da vítima, através dapercussão mental do arrependimento sobreos centros perispiríticos, enlouqueceu de dor,vagueando por vários lustros, em tenebrosaspaisagens, até que, recolhido à nossainstituição, foi convenientemente tratado parao reajuste preciso. Não ostante recuperado,porém, as reminiscências do crimeabsorviam-lhe o espírito de tal sorte que, parao retorno à marcha evolutiva normal, implorouo regresso à carne, a fim de experimentar amesma vergonha a mesma penúria e asmesmas provas por ele infligidas ao irmãoindefeso, pacificando, desse modo, aconsciência intranqüila. (...) tornou ao campofísico, carregando na própria alma osdesequilíbrios que assimilou além dosepulcro, com os quais renasceu alienadomental...”(Ação e Reação, Cap. 17). “Emexistências passadas, errou em múltiplosmodos, e o remorso, imperiosa força a

serviço da Divina Lei, guardou-lhe aconsciência, qual sentinela vigilante,entregando-o aos seus inimigos nos planosinferiores e conduzindo-o à colheita deespinhos que semeara, logo após a perda dovaso físico, num dos seus períodos maisintensos de queda espiritual. (...) Desarranjouos centros perispirituais, enfermando-os paramuito tempo.”(F.C. Xavier/ No Mundo Maior,Cap. 8) “... o remorso provoca distoniasdiversas em nossas forças recônditas,desarticulando as sinergias do corpoespiritual, criando predisposições mórbidaspara essa ou aquela enfermidade, entendendo-se, ainda, que essas desarmonias são,algumas vezes, singularmente agravadaspelo assédio vindicativo dos seres a quemferimos, quando imanizamos a nós emprocessos de obsessão.” (Evolução em DoisMundos, Cap. XIX).SOMOS OS CONTRUTORES DOSPRÓPRIOS DESTINOS. Com o livre-arbítrio,regido pela Lei de Causa e Efeito, e com aReencarnação, concretizada com base nosregistros do perispírito, determinamos-nosum destino sadio e feliz ou doente e cheio desofrimentos. Daí a importância de sempretrillharmos as sendas so bem.“Nossas assertivas não excluem, decerto, anecessidade da assepsia e da higiene, damedicação e do cuidado preciso, notratamento dos enfermos de qualquerprocedência. Desejamos simplesmenteacentuar que a alma ressurge no equipamentofísico transportando consigo as própriasfalhas a se lhe refletirem na veste canal,como zonas favoráveis à eclosão dedeterminadas moléstias, oferecendo campopropício ao desenvolvimento de vírus, bacilose bactérias inúmeros, capazes de conduzi-laaos mais graves padecimentos, de acordocom os débitos que haja contraído, mastambém carreia consigo as faculdades decriar no próprio cosmo orgânico todas asespécies de anticorpos, imunizando-se contraas exigências da carne, faculdades essas quepode ampliar consideravelmente pela oração,pelas disciplinas retificadoras a que seafeiçoe, pela resistência mental ou peloserviço ao próximo com que atrai preciososrecursos em seu favor.” (Ação e Reação, Cap. 19).

FONTE: Andrade, Jeziel; “DOENÇAS, CURAS E SAÚDE À LUZDO ESPIRITISMO”, ed. EME

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PANORAMA

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Não devemos encarar o Centro Espírita comosendo apenas mais uma casa de orações dentretantas que já existem pelo mundo religioso de hojeem dia!É ele uma casa de orações, sim, porque em seurecinto o Espírito se eleva até Deus, erguendo aoCriador os seus pensamentos e o seu coração. Aprece é sempre agradável ao Pai Celestial, quandoditada pelo coração, porque a intenção é tudo parao Criador. Os homens reunidos por uma comunhãode bons pensamentos e de sentimentos puros têmmuito mais força para atrair os bons Espíritos e aí,sem dúvida alguma, o coração aflito é beneficiadomercê da misericórdia divina, através do socorroamoroso dos amigos da Espiritualidade, mediantea recepção do passe, da obtenção de receitasmediúnicas, do uso da água fluidificada, atémesmo das curas espirituais.Então - o Centro Espírita é também uma casa deorações. Mas não há-de ser apenas isso e nada mais.Há-de ser também um hospital... Uma escola... Euma oficina...Hospital ele é, talvez não no sentido material dapalavra, mas em seu aspecto espiritual. Pois asdores da Alma, os dramas da consciência, osproblemas emocionais, as carências afetivas, asangústias do coração são bem mais crusciantes doque as mazelas que atingem o corpo somático.Quantos buscam o Centro Espírita ávidos detranqüilidade para os seus corações emdesassossego, diante da desencarnaçãoinesperada de um ente querido! Ou então, porqueestão sentindo os efeitos massacrantes de umremorso profundo! Ou ainda, porque estãovertendo o amargo pranto de uma grandedesilusão!Quantos procuram no recolhimento da CasaEspírita o refrigério para sua Alma, sofrida no lar,diante de parentes difíceis, problemáticos,irritadiços e odientos!Quantos batem às portas da Casa Espírita naquelasede de paz à maneira do viandante do deserto,que vai anelante procurando daqui e dali orefrescante oásis na secura do tórrido ambienteem derredor!O Centro Espírita há-de ser também uma escola.Não escola no sentido tradicional deestabelecimento de ensino, administrando noçõesde ciência, rudimentos de letras, coisas assim. Masescola para análise das Leis que regem a vida.Escola para a meditação acerca dos postuladosdas obras espíritas. Escola para a vivência dosensinamentos de Jesus.Escola onde todos nós somos alunos - o único

Mestre é Jesus!Escola onde quem sabe um pouco mais está naobrigação de distribuir do que tem e do que sesabe com os demais companheiros de romagemterrena.Educandário da Alma, que educa os sentimentos.Que burila as emoções. Que amplia os horizontes.Que aprofunda os conhecimentos relativos aoporquê das lutas que enfrentamos, das dores quesofremos, das lágrimas que vertemos, dasdificuldades que faceamos.Educandário que disciplina inclusive omediunismo, transformando-o em mediunidadegloriosa, encarada e vivida como ferramenta útil detrabalho cristão, no consolo e na orientação tantode encarnados como de desencarnados.O Centro Espírita é, pois, uma escola. E não sóescola. Mas também uma oficina. Oficina de laborfraternal. De trabalho para o Bem comum. Deatividades conjugadas em construção de umaHumanidade mais feliz!Labora em equívoco quem supõe apenastrabalhe num Centro Espírita aquele que sejamédium. Sem dúvida, o médium que emprestaseus inestimáveis serviços à Casa Espírita, estátrabalhando na seara do Cristo, desde que secoloque na posição de intérprete fiel dos amorososmensageiros do Grande Além. Todavia, háatividades outras no movimento espirita nacionalque independem das faculdades medianímicas; esão de igual maneira atividades importantes,necessárias, inadiáveis...Vejamos exemplos mais claros.Há atividades adminsitrativas de cujodesempenho depende de uma boa condução dostrabalhos de instituição. Para executá-las, há umadiretoria, com presidente, secretário, tesoureiro,etc. Ora, do perfeito desempenho de suasatribuições, resulta a regularidade dos horários,a execução dos programas traçados, amanutenção dos serviços de assistência social aosnecessitados, o cumprimento das obrigaçõeslegais do Centro, como pessoas jurídica, junto àsautoridades constituídas, enfim, o Centro Espíritacumpre com suas obrigações e deveres sociais nocontexto da comunidade em que está inserido.E o simples fato de não pertencermospessoalmente à diretoria não nos impede deemprestar também aí a nossa colaboração, dentrode nossas possibilidades e habilidades, para que oCentro possa cumprir com o seu programa a frentede encarnados e de desencarnados a que sepropõe a servir.Há atividades doutrinárias como a realização desessões de estudos, de aulas sobre mediunidade

O CENTRO ESPÍRITACELSO MARTINS

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PANORAMA

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(nos cursos de educação mediúnica), como asreuniões de evangelização infantil e preparaçãodos jovens para a vida, como a realização desemanas espíritas, as tardes fraternas, assolenidades em homenagem a Kardec, a Bezerrade Menezes, ao LIVRO DOS ESPÍRITOS (18 deabril)... São atividades através das quais se difundeo Espiritismo, podendo tal trabalho sercomplementado com a venda de livros, ainstalação de Clube do Livro, a edição de jornais, arepresentação de periódicos com a cobrança deassinatura e obtenção de novos assinantes, etc.Ainda existem as atividades assistenciais com adistribuição de vestes, de remédios, demantimentos, de calçados,a famílias carentes.Neste particular, a família espírita do Brasil dáadmiráveis exemplos de beneficiência com fartarede de hospitais, de gabinetes médico-dentários,de escolas de alfabetização, de lares-asilo, dealbergues noturnos, dando o pão do corpo e o pãoda Alma a criaturas de ambos os sexos e de todasas idades.Não esquecer, no entanto, de estruturar taisatividades de modo que tenham elas auto-suficiência; quer dizer, sejam todas dotadas deuma infra-estrutura financeira que as mantenha enão venham a depender das verbas oficiais. Emmuitos casos (lamentáveis, diga-se de passagem)há até a ingerência indébita de políticos quequerem obter vantagens pessoais às custas doEspiritismo, levando os dirigentes da CasaEspiritista a envolvimentos perfeitamente dispensáveis.Por fim, há as atividades mediúnicas, as únicascapazes de aliviar dores para as quais a Medicinaoficial não raro se vê praticamente ineficaz,impotente, como é caso específico das obsessões,só passíveis de cura (ou pelo menos de alívio)mediante os recursos da terapêutica espiritual.Pois bem, para que tudo isso seja realizado comsegurança, e alcance o êxito desejado por todos,dois aspectos não devem ser esquecidos.Vejamos:O primeiro diz respeito à necessidade de que otrabalho seja feito em regime de equipe. Nada deficar um só indivíduo enfeixando nas mãos todo opoder decisório!Que a presença de um líder é importante, é umponto pacífico. Não se discute seu poder decongregar forças, de somar esforços, de coordenarelementos. Mas nem por isso o líder irá abraçar omundo com as pernas, como se diz na linguagemcomum. Quero dizer, ele agirá de tal modo quedará liberdade de iniciativa a seus companheirospara que estes produzam dentro de suaspossibilidades. Só assim o rendimento será maior:não se sobrecarrega a ninguém e todos têm

oportunidade de dar o seu quinhão de boa-vontade. E para que isso seja realidade, cadaelemento se revista do espírito de humildade nosereno propósito de trabalhar e de servir.Então, O Centro Espírita funciona, sim, como umhospital, lembrando bem aquele ninhoagasalhador amparando a ave que foge,espavorida, da fúria do temporal. Ali aparece afigura de Jesus, a repetir mansamente aquelasfrases milenares:- Vinde a mim, ó vós que sofreis, que estaiscansados e oprimidos, que eu vos aliviarei.Aprendei de mim que sou manso. Tomai sobrevós o meu jugo que é suave e leve...Neste aspecto, quantos casais se reconciliaram!Quantos jovens se reajustaram com a vida!Quantos companheiros não desistiram das idéiasde suicídio! Só porque encontraram no CentroEspírita uma palavra de consolo e de orientação!...E se isto se dá em relação aos homens, outrotambém ocorre relativamente aos Espíritossofredores. Até ali sempre acorrem em grupossedentos de paz, famintos de sossego,encontrando aí repouso para suas almasdoloridas!...O segundo aspecto que merece nossa atenção dizrespeito à formação de sucessores . Ninguém tema pretensão de que ficará para sempre. Lá umbelo dia, sem que ele mesmo espere, a morte osurpreende! É lei natural da vida! Se não é a morte,pelo menos pode ser um impedimento sérioimposto, por exemplo, por uma doença grave. Poisbem, este afastamento do confrade que estava àfrente da obra, caso não tenho sido providenciadaa formação de sucessores, poderá fazer com quea atividade do grupo sofra solução decontinuidade. Claro que o Plano Espiritual supre asnossas deficiências. A rigor é ele mesmo quemcomanda nossos empreendimentos terrenos,sugerindo-nos medidas, apontando-nos iniciativas,mostrando caminhos (sem que, às vezes, isto nóspercebemos). Mas isto não quer dizer devamosdeixar tudo à conta da ajuda do Alto. A nossaparticipação também conta porque, senão, onde onosso mérito individual? Onde a nossa parcelahumana na obra que é de Deus e que, de certaforma, depende de nosso trabalho pessoal?Muita coisa pode e deve ser feita em benefício daHumanidade encarnada e desencarnada, emtermos de consolação de dores e deesclarecimento das mentes. E é justamente oCentro Espírita, na atualidade, aquele ambienteonde este trabalho de amor tem condições de serrealizado desde que todos nos dediquemos decorpo e alma ao amor próximo, como Jesus nosamou.

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JUVENTUDE

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A CRIANÇA E A LEI DE CAUSA E EFEITO"Segundo o Espiritismo não existe Lei deCausa e Efeito para as crianças e para osdoentes mentais?" (Cristiano RicardoAlves, Vera Cruz- SP)Não existe exceção para as leis naturais.Pela Lei de Causa e Efeito - tambémconhecida por Lei de Causalidade - todaação corresponde a uma reação. Se umapessoa, quem quer que seja, pensando agircorretamente, comete um erro, ela sofre asconseqüências desse erro. Não se trataapenas de um preceito moral, mas de umalei no seu mais amplo sentido, que funcionasegundo um automatismo da natureza. Seuma criança ou um deficiente mental - pordesconhecer o perigo que corre - enfia odedo numa tomada elétrica, certamentelevará um choque. A lei não " vê" a quematinge: ela responde sempre que acionada.Portanto, não há exceção para nenhumcaso. Entretanto, há uma diferençafundamental entre se cometer um erro porignorância e cometer-se um erro de formaconsciente e deliberada. O aspecto moral dalei está diretamente relacionado ao grau deconsciência de quem pratica o ato. Jesus, noseu tempo, já dizia: "A quem muito foi dado,muito será pedido". O erro, cometido porignorância, embora traga seu efeito, nãogera a consciência culpada. Ao contrário, oerro deliberado, consciente - aquele quecometemos, sabendo de suasconseqüências nefastas - esse, sim, vaitrazer dois tipos de efeito: o que deriva doerro em si e o que deriva da decisão decometê-lo. No primeiro caso - que é o casoda criança ou do deficiente mental - nãoexiste conseqüência moral para o agente; nosegundo, contudo, quando foi deliberado, apessoa que o cometeu sofrerá as afliçõesmorais que, na grande maioria das vezes,são bem mais penosas que os danos físicosimediatos.

BUDA E DEUSZilda Domingues (SP) pergunta se Budaera ateu. Ela diz que não existe Deus noBudismo.Prezada Zilda. O deus pessoal, que nos foipassado pelo pensamento religioso do

ocidente, a partir da proposta de Moisés noJudaísmo, de fato, não existe para oBudismo, porque talvez Buda, em lugardisso, concebesse apenas um princípiouniversal, uma espécie de consciênciacósmica. Buda não quis penetrar nessecampo que parece, de fato, inacessível àinteligência humana. Mas, se formos buscarajuda do Espiritismo, talvez possamosentender melhor essa questão, porém, sempretendermos decifrá-la de todo. QuandoKardec perguntou aos Espíritos que é Deus,ele próprio (Kardec) - já na formulação dapergunta - cuidou para não definir Deusantes de ter uma resposta. Abra O LIVRODOS ESPÍRITOS, na primeira pergunta, eveja você mesmo. Kardec não perguntaQUEM É DEUS, como era de se esperardentro da concepção judaico-cristã. Seusasse o demonstrativo QUEM, já estariadando a Deus uma conotação de pessoa.Ele pergunta simplesmente QUE É DEUS?,ou seja, QUE COISA É DEUS? O QUE ÉISSO? DE QUE SE TRATA? Os Espíritos, aoresponderem a pergunta de Kardec, tambémnão dão a Deus a conotação de pessoa: "ÉA INTELIGÊNCIA SUPREMA, CAUSAPRIMÁRIA DE TODAS AS COISAS".Observe, portanto, que eles também nãodizem que Deus é uma pessoa ou que Deusé um Espírito, e ao conceituarem Deus comoINTELIGÊNCIA SUPREMA, também nãodeixam claro o que Deus é. Mais adiante,nas questões seguintes, quando Kardecinsiste em saber mais a respeito, os Espíritospedem cautela e paciência, afirmando queainda não estamos em condições decompreender a natureza de Deus; basta quesaibamos que Ele existe, porque não háefeito sem causa: o Universo deve ter umacausa primária - se não, como se justificariasua existência? . Como - sendo infinitamentepequenos, - nós, humanos, poderemosentender o infinitamente grande? Como -sendo imperfeitos - poderemos compreendera Perfeição? Como - sendo relativos -poderemos entender o Absoluto? Talvezfosse o mesmo que pretender que umasimples minhoca, que vive enfurnada naescuridão da terra, possa vir a entender oque é o homem. Trata-se de uma questão de

O JOVEM E SEUS PROBLEMAS

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alta indagação, de que o comum daspessoas comuns nunca se ocupou e não vaise ocupar, mas tão somente os intelectuais,os pensadores e filósofos. Por enquanto,como ainda nos sentimos incapazes de lidarcom a idéia da Perfeição, devemos trata-lapor comparação, de acordo com a nossacapacidade conceitual, razão pela qual,ainda hoje, preferimos ficar com o conceitoque Jesus nos deu, quando simplesmentechamou Deus de Pai.

CAUSA E EFEITO" O Espiritismo diz que aquele que matar

um homem com um tiro de revolver nocoração, na sua própria existência seráportador de um grave problema docoração. Eu pergunto: aquele que fizer omesmo, porém matar em legítima defesa,também será portador dessa gravedoença?" (C R A - Vera Cruz - SP)Primeiro, vamos fazer um pequeno reparonessa afirmação. A Doutrina Espíritareafirma o que a ciência sempre disse: existeuma Lei de Causa e Efeito. Mas essa lei,aplicada à nossa vida moral, tanto quanto àvida biológica, não funciona segundo ummodelo matemático preciso. Essa relação,que você estabelece, entre matar com umtiro no coração e sofrer uma doença cardíacana próxima existência, pode acontecer, masé apenas uma probabilidade, e não um fatocerto, inevitável. Existem uma infinidade deefeitos provenientes de uma mesma causa:isso quer dizer que a doença cardíaca éapenas um dos possíveis efeitos daquelacausa. Assim, quando falamos que "todoefeito tem uma causa" ou que "toda causaderiva de um efeito", trata-se de uma regrageral, pois, uma causa pode gerar váriosefeitos ou vários efeitos podem decorrer deuma única ou de uma série de causas. Cadacaso é um caso. Feito o reparo, voltamos aafirmar o seguinte: nenhum de nossos atosescapa à lei natural; bom ou mal, ele sempretem retorno, que não é o mesmo para todaspessoas ou para todas as situações. Mas,quando praticamos um ato danoso - ou seja,um ato que traz prejuízo para alguém -podemos sofrer dois tipos de conseqüênciaspara o ato cometido. A primeiraconseqüência deriva da natureza do próprio

ato; por exemplo, matar alguém. Claro, queisso tem um custo para nós, umaconseqüência ou uma repercussão emnossa vida futura - e nem poderia ser deoutro modo. A segunda conseqüência,Cristiano, é de ordem moral, ou seja, em quecircunstâncias cometemos o ato? O crime foipremeditado? Matamos porque queríamosmatar? Ou matamos por mero acidente? ouapenas para nos defender? Esta questão deordem moral é a mais importante para onosso mundo íntimo. Como todo ato trazconseqüência, claro que o simples fato dematar ou provocar a morte de alguém teráconseqüência em nossa vida. Mas, aconseqüência será mais drástica se ofizemos com a intenção de matar, se opraticamos consciente e deliberadamentepara provocar aquela morte, se matamosporque queríamos matar, porque odiamos apessoa naquele momento e desejamos asua morte. No entanto, se o resultado queprovocamos, ainda que seja a morte dealguém, não dependeu de nossa vontade; seo fizemos porque não havia outra alternativa,se não pudemos ou não conseguimos evitarporque estava além de nossas forças, comcerteza, não ter uma atenuante a nossofavor. O mecanismo responsável pelaschamadas "doenças cármicas" ( doençasderivadas de atos praticados em encarnaçõesanteriores ) decorre da condição moral doEspírito. É ele que, atormentado pelo ódio oupelo sentimento de culpa diante do mal quefez, volta-se contra si mesmo, como numaespécie de autopunição, provocandoenfermidades ou deficiências no própriocorpo. São as doenças mais difíceis, muitasvezes incuráveis, porque elas emergem dofundo da alma, maculando o perispírito edeixando uma marca profunda naconsciência. Portanto, caro leitor, ascondições de quem praticou o crimedeliberadamente e quem o fez apenas poruma determina circunstância da vida sãocompletamente diferentes. Não podemossaber, evidentemente, quais serão suasconseqüências, mas podemos assegurarque elas terão conseqüências diferentes.

CIENTOLOGIA E ESPIRITISMOExiste alguma relação entre o Espiritismo

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e a Cientologia? (Antonio MarquesFigueira - Garça - SP) O que vem a ser Cientologia? Com certeza,muitos leitores ainda não ouviram falar dessadoutrina, porque ela só surgiu em 1955, nosEstados Unidos; portanto, tem apenas 49anos. Trata-se de um sistema filosófico-religioso baseado na obra do escritor L.RonHubbard, que viveu de 1911 a 1986. A Igrejada Cientologia originou-se de umapsicoterapia chamada dianética. Seusensinamentos mesclam elementos depsicoterapia com aspectos do cristianismo,do hinduismo e do budismo. A Cientologiaensina a imortalidade da alma e a evoluçãoespiritual através do mecanismo nareencarnação. Neste ponto específico, ela separece com o Espiritismo. Mas difere emoutros pontos que o Espiritismo não aceita.Por exemplo: a fim de descobrir o seu Serimortal interior, seus adeptos se submetem aum rigoroso processo de entrevistas, queinclui testes com detector de mentira,visando aumentar seu autoconhecimento. Aigreja também exige de seus adeptos altassomas como contribuição financeira. Muitosastros do cinema americano pertencem aessa igreja, conforme já tivemos ocasião deconstatar pelos seus própriospronunciamentos. Embora a Cientologiatenha a reencarnação como ponto comumcom o Espiritismo, ela nada tem a ver com oEspiritismo e nem o Espiritismo com ela. ADoutrina Espírita não está voltada apenas etão somente para solução de problemasparticulares, mas, sobretudo, para osgrandes problemas da Humanidade. Porisso, busca sua base moral na doutrina deJesus e entende que os problemas humanosserão equacionados, pouco a pouco, àmedida que o homem, independente dereligião, for se adequando aos padrões decomportamento ensinado por Jesus deNazaré.

CORPO FLUÍDICODiz a Bíblia que todo espírito, que nãoconfessa que Jesus Cristo não veio emcarne, não é de Deus; mas aquele queconfessa que Jesus veio na carne, esse éde Deus", palavras de João, primeiraepístola, capítulo 4, versículo 3.Naturalmente, ele quer uma explicação

sobre isso. Pergunta ainda sobre osEspíritos que se comunicam nos centrosespíritas, se eles não estariam noesquecimento para retornarem no dia daressurreição. (Silvério Jacomini - GARÇA-SP)Vamos à primeira parte da pergunta. Essaquestão sobre o corpo de Jesus, se ele erauma pessoa comum ou não - ou seja, se eletinha ou não um corpo de carne - é muitoantiga e há aqueles que ainda hoje discutemessa questão. Nessa passagem, que vocêcita, João está tratando justamente desseassunto. Quando correu a notícia de queJesus havia aparecido, depois de morto,reavivaram os ânimos entre seus seguidores.O mestre de Nazaré havia falado daressurreição - ou seja, ele havia dito que avida continua após a morte, que ressurgimosdepois. Com certeza, muito poucosacreditaram nisso. Basta considerar adecepção que sentiram quando ele foicrucificado e morto. No entanto, a notícia deseu reaparecimento depois da morte causouespanto e, ao mesmo, tempo uma inusitadaalegria entre aqueles que já tinham perdido aesperança na sua palavra. Então, Jesustinha razão - concluíram: o Espírito nãomorre! A vida continua!... É claro que,naquela época, a ignorância era muito maiorque hoje. A partir dos relatos das primeirasaparições de Jesus - ou às mulheres junto aotúmulo, ou aos discípulos na casa de Pedroe na estrada de Emaús, ou na praia para ospescadores - começaram as cogitações e asespeculações a respeito da sua morte e deseu corpo. Ora, muita gente viu que Jesus foirealmente crucificado, que ele havia morridona cruz e que fora sepultado, como oscadáveres de todas as pessoas quemorriam. Então, como foi que ele apareceu?Surgiram, então, entre seus seguidores,duas grandes interpretações sobre o fato. Aprimeira interpretação, a mais simples - quedizia que Jesus efetivamente tinha morrido -mas que, por um milagre de Deus, seu corpocarnal se reconstituiu e retornou à vida, talcomo era antes. Talvez tenha sido estainterpretação a que mais caiu na confiançano povo e, por isso, muitos passaram aacreditar na ressurreição da carne, hojedogma da Igreja. Mas havia uma outrainterpretação. Os partidários de uma

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corrente chamada docetismo passaram aafirmar que Jesus não morrera de verdade,porque o corpo dele não era um corpocomum como o nosso. Era um corpo celestialou espiritual, que não estava sujeito àsvicissitudes da carne - ou seja, ao mesmodesgaste, à doença ou à morte - e que,portanto, era um corpo que não podia morrer.Esta foi uma das primeiras questões quedividiram os cristãos, causando muitadiscussão. Com certeza, João, que conviveracom Jesus - pois lhe fora um dos discípulos -não podia concordar com a idéia de queJesus não tivera um corpo como o nosso,porque se isso, realmente, tivesseacontecido, tudo o que aconteceu com ele -sofrimento e morte - não teria passado deuma mera encenação. Na verdade, se seucorpo não fosse de carne, ele não teriasofrido como se pensava; o sangue - quejorrara de seu corpo por ocasião do martírio -também não era verdadeiro, e tanto o seumartírio quanto a sua morte eram, portanto,puro fingimento. Essa idéia absurda deve terchocado João. Ele não podia concordar comisso, razão pela qual ele passou a combaterardorosamente quem afirmasse que Jesusnão tinha um corpo de carne. Foi por essarazão, caro leitor, que João escreveu quetodo espírito, que não reconhece que Jesusveio num corpo de carne, não pode ser deDeus - isto, não pode ser verdadeiro. Mas,por que será que João, na sua primeira carta,fala de Espíritos e não de pessoas? Porque,naquela época, eram comuns asmanifestações de Espíritos nas reuniões doscristãos. Repare que, na época em queesses textos foram escritos, já haviampassado várias décadas da morte de Jesus,mas os seus seguidores - incluindo Paulo -recebiam orientação de Espíritos, através demanifestações que, hoje, chamamos demediúnicas. Paulo, inclusive, em suas cartas,referindo-se a tais manifestações, fala dosdons espirituais - que nada mais que são quehoje o Espiritismo chama de faculdadesmediúnicas. À propósito, João, neste mesmocapítulo, chega a prevenir as pessoas,alertando para que não sejam enganadaspor qualquer Espírito; deveriam verificarquais eram os Espíritos que vinham de Deus,ou seja, quais aqueles em que realmente se

podia confiar, porque havia muitosenganadores, que traziam idéias e teoriasfalsas. Foi Paulo de Tarso quem deu amelhor interpretação do fenômeno daressurreição. E isso está em uma de suascartas aos Coríntios. Paulo não concordou,nem com aqueles que achavam que Jesusressuscitou no mesmo corpo carne, nem comaqueles que diziam que Jesus viveu na Terranum corpo celestial. Ele, Paulo, diz queJesus teve um corpo carnal (como o nosso),mas ressuscitou num corpo espiritual ( que,no Espiritismo, chamamos de perispírito). EPaulo vai mais longe, quando diz que todosnós ressuscitaremos com esse corpoespiritual, " porque não morreremos, masseremos transformados" - diz ele. Essasconclusões de Paulo são muito importantespara podermos compreender que aressurreição não é um fenômeno distante,mas um fenômeno que acontece com todasas pessoas logo que desencarnam, poistodas têm um corpo espiritual e é, com ele,que ressurgem para a vida espiritual, logoapós a morte. Respondendo a segunda partede sua pergunta, Silvério, podemos dizer queos Espíritos, que se comunicam no centro,são aqueles que viveram conosco aqui naTerra - familiares, parentes, amigos oupessoas estranhas. Na verdade, comoJesus, eles ressurgiram após a morte docorpo, embora nem todos se manifestemcomo Jesus se manifestou. A aparição deJesus se deu através de um fenômeno quechamamos de materialização, uma vez que ocorpo espiritual ( ou perispírito) é invisível noseu estado normal, mas pode, emcircunstâncias muito especiais, se fazervisível e até mesmo palpável, como aaparência de um corpo comum. Outroexemplo típico de materialização na Bíbliaestá no aparecimento dos Espíritos deMoisés e Elias para Jesus, no Monte Tabor,fenômeno que foi presenciado por três dosdiscípulos. Pesquisas realizadas poreminentes cientistas já foram capazes deobter materializações perfeitas de Espíritos.Se você quiser ler alguma coisa nessesentido e obter um testemunho extraordináriode materialização de um ente querido,consulte o livro "MATERIALIZAÇÕESLUMINOSAS", autoria de R. A. Ranieri.

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Há uma preocupação, até certo ponto justa,com os pobres, no que diz respeito a valoreseconômicos. Alguns irmãos espiritualistasestão preocupados com os que nada possuem(do ponto de vista econômico). Pensam nosque possuem dinheiro. Mas serão pobres,apenas, os que não possuem riquezasmateriais? Não são terrivelmente pobres osque não desenvolveram o potencial nacompreensão da arte de bem-viver? Não sãoigualmente necessitados os que não se amam,os mergulhados nas drogas, nos grandespalacetes, vivendo de forma improdutiva, osanulados por terríveis depressões, os queestão deitados em camas luxuosas, perdendohoras preciosas, olhando o tempo passar,imcapazes de se interessarem por algo útil?Como desconhecer o grande número deindivíduos improdutivos, estéreis nacapacidade de auxiliar o próximo, figueirassecas que não produzem frutos, embora seuscofres estejam abarrotados de dólares epossuam mansões luxuosas em várias partesdo mundo!Continuaremos com o pensamento terrível epreconceituoso, desenvolvido no capitalismoselvagem, de que o dinheiro exclui o indivíduode qualquer necessidade existencial?Continuaremos a considerar, apenas, ohomem de carne e as necessidades e desejosdesse ser, achando que o pobre é sempre onecessitado e esquecendo que todo Serhumano merece e precisa de amor,valorização, educação (não apenas escola),visão correta de si mesmo e do mundo?Preocupados, apenas, com os marginalizados,os deserdados e revoltados que se entregamao banditismo, apoiando só o desequilibrado,esquecemos os ricos e pobres de bensmateriais e espirituais que sofrem no nossoquerido e ainda necessitado Planeta.José Herculano Pires, meu pai, lembra no seulivro “O Reino”, que não entrarão no Reino dosCéus o rico de bens materiais, egoístas eimprodutivo e o pobre, igualmente, egoísta eimprodutivo. São figueiras secas semelhantesao rico, que só vive ele mesmo e sua pequenafamília, e ao pobre que age da mesma forma.Esquecer o sofrimento dos pais que perderamum filho assassinado por um pobre revoltado éinjustiça tão grande quanto a que se comete

penalizando um pobre de forma monstruosapelo roubo de um pão. Mas pobre ou rico todoindivíduo que mata, lesa, fere o seu irmão,precisa ser educado, afastado da sociedade,quando necessário, para conseguir atenuar ouvencer os seus desequilíbrios.Uma posição radical não se resolve com outraposição radical. Não podemos desculpar o juizque roubou os cofres públicos, bem como nãopodemos deixar passar em branco, afagando acabeça do pobre que matou alguém em umassalto. O crime é sempre um erro contra opróximo, o qual exige correção.Os livros espíritas falam de ricos e pobrescorrigidos, educados da mesma forma, pois afinalidade da existência é o desenvolvimentodas luzes interiores; luz, harmonia, disciplina,capacidade de viver em meio aossemelhantes, só surgem, através de educaçãoespecial que se faz, através da conscientizaçãode nossa origem luminosa, nossa origemdivina, e nosso futuro de “anjos”.O Espírita, que se deixa envolver pela visãomaterialista e imediatista da opção injusta eincoerente dos pobres infratores da lei,esquece que ser pobre ou rico é um momentoexistencial, mas ser digno e produtivoindepende da condição econômica.O Espiritismo faz a sua grande opção pelo Serhumano; pela valorização do Ser humano, pelacompreensão da necessidade de permitirmosa qualquer indivíduo o acesso ao estudo, aocrescimento espiritual, pela compreensão doque somos e para que viemos à Terra.No “Programa Livre”, do SBT, acompanhei aqueixa de um pai que perdeu o filhoassassinado, e viu o indivíduo que matou seufilho amparado pelos direitos humanos; ele e amulher chorando, sozinhos, sem ninguém paraapoiá-los. Que mundo terrível estamoscriando? Como em nosso lar, todo aquele quefere ou lesa deve ser corrigido? Com amor emuita disciplina! E o lesado precisa de apoio,assistência espiritual, amor, para conseguirsuportar o momento terrível que atravessa.Será que a dor dos bons e equilbrados é menordo que a dor dos revoltados e criminosos? Oindivíduo que desenvolveu a sensibilidade ecaminha entre os bons, é incapaz de magoar eferir, não merece consolo e atenção?Novamente não entenderemos Jesus no convite

A OPÇÃO PELOS POBRESHELOÍSA PIRES

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a amarmos o próximo como a nós mesmos?Quem é o nosso próximo? Só os que praticam omal precisam de apoio? Os que trabalhamarduamente, vivendo uma vida de exemplificaçãoe amor, devem ser abandonados?Outrora, só considerávamos os ricos de bensmateriais, cheios de complexos de culpa,estéreis, vamos agora só amar osdesajustados, os que contrariam a Lei de Deuse a lei dos homens?Nesse novo milênio estamos aptos a agir commais equilíbrio, respeitando o Ser humano,pobre ou rico, bonito ou feio, inteligente ou comdificuldades intelectuais, independentementede seu status social ou econômico; exijamos detodos o respeito ao semelhante. O rico ou opobre que deixa de fazê-lo, deve passar pelaterapia educacional de que necessita, para queconsiga a expressão de luzes que possui emseu interior.Muitas vezes, como lemos nos livros espíritas e

verificamos o mundo a nossa volta, o indivíduonecessita do remédio amargo, para conseguira harmonia interior. Omissão nunca foi amor.Erra o pai que passa a mão na cabeça do filhoque magoou o irmão. Erra a sociedade que,apenas, passa a mão na cabeça do filho quematou o irmão. Faz parte da Lei de Amor que omais forte ampare o mais fraco. Amparar écorrigir.Só educando os elementos da sociedade,fazendo com que compreendam anecessidade do amor ao próximo e do “fazerao outro o que desejamos para nósmesmos”, iniciaremos a construção de ummundo melhor, sonhado por todos nós...Como lembra Herculano: o rico que nada fazem favor do próximo não entrará no Reino dosCéus. O pobre revoltado e egoísta também nãoentrará no Reino dos Céus...

FONTE: Pires, Heloísa; EDUCAR PARA SER FELIZ, EME

“Assim como não podes tomar alimento individual, através de umsubstituto, e nem podes aprender a lição, guardando-lhe os caracteresna memória alheia, não conseguirás comparecer, ante as forçassupremas da sabedoria e do Amor, em realizações e vitórias que nãotenham sido vividas e conquistadas por ti mesmo”.

Emmanuel

Mensagens

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Certa senhora procurou o Chicocom uma criança nos braços e lhedisse:- Chico, meu filho nasceu surdo,mudo, cego e sem os dois braços.Agora está com uma doença naspernas e os médicos queremamputar as duas para salvar a vidadele. Há uma resposta para mimno Espiritismo?Foi com a intervenção deEmmanuel que a resposta veio:- Chico, explique à nossa irmã queeste nosso irmão em seus braçossuicidou-se nas dez ultimas encar-nações e pediu, antes de nascer,que lhe fossem retiradas todas aspossibilidades de se matar nova-mente. Mas, agora que está aprox-imadamente com cinco anos,procura um rio, um precipício parase atirar. Avise nossa irmã que osmédicos amigos estão com arazão. As duas pernas dele vão seramputadas, em seu próprio bene-fício, para que ele fique maisalgum tempo na Terra, a fim deque diminua a idéia do suicídio.

É verdade que Lívia, a esposa dePúblis Lêntulus - nosso querido

Emmanuel no livro “Há Dois MilAnos” - não mais reencarnou?- Assim é dito por Emmanuel. Euacredito com certeza, porque deminha parte eu nunca tive contatocom o espírito de Lívia e sei que elatrabalha muito e inspira Emmanuele outros Amigos da Vida Superiorpara continuidade da Obra doCristo.Em 1940, estive às portas de umatuberculose. Embora febril, nuncadeixei de comparecer ao trabalho,quendo certo dia, ao dirigir-me paraa repartição nas primeiras horas damanhã, notei que uma estrela meenviava de longe certos raios quenão sei classificar. Desde este diacomeçaram as minhas melhoraspositivas. Perguntei ao nossoamigo Emmanuel quanto ao signifi-cado daquela estrela que brilhavade longe, como uma luz maispotente do que a luz do Sol - pois aocorrência se deu às sete horas damanhã - e ele me explicou que aestrela cujo clarão me trouxe a curado corpo era a própria Lívia, que sedesvelava em me auxiliar.

(extraído de CHICO DE FRANCISCO de Adelino da Silveira (CEU).

Chico e Emmanuel

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