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Capacitação para competir Ensino pós-secundário e sustentabilidade empresarial na América Latina Um relatório da Economist Intelligence Unit patrocinado pela Dell e pela FedEx

Capacitação para competir Ensino pós-secundário e ...graphics.eiu.com/upload/eb/DellFedEx_Skills_Print_BrPt2_web.pdf · relatório, inclue áreas de conhecimento tradicionais,

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Capacitação para competirEnsino pós-secundário e sustentabilidade empresarial na América Latina

Um relatório da Economist Intelligence Unit patrocinado pela Dell e pela FedEx

© Economist Intelligence Unit Limited 2009

Capacitação para competirEnsino pós-secundário e sustentabilidade

empresarial na América Latina

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Prefácio

Capacitação para competir: ensino pós-secundário e sustentabilidade empresarial na América Latina é um relatório elaborado pela Economist Intelligence Unit e patrocinado pela Dell e pela FedEx. A Economist Intelligence Unit conduziu a análise e redigiu o relatório. As conclusões e pontos de vista expressos no relatório não refletem necessariamente os dos patrocinadores.

O relatório se baseia em uma enquete entre 192 executivos sênior na América Latina, entrevistas aprofundadas com executivos sênior da região e pesquisa interna. O autor é Thierry Ogier e a editora, Katherine Dorr Abreu. Mike Kenny é o responsável pela diagramação. A Economist Intelligence Unit gostaria de agradecer a todos que contribuíram com seu tempo e observações ao projeto.

Outubro de 2009

© Economist Intelligence Unit Limited 2009

Capacitação para competirEnsino pós-secundário e sustentabilidade empresarial na América Latina

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Introdução

Profundas mudanças na economia mundial nos últimos 20 anos integraram as empresas latino-americanas ainda mais estreitamente à rede de relacionamentos que se estende pelo mundo afora. Para competir com

eficiência em um ambiente em que a agilidade, flexibilidade e baixo custo fazem a diferença, as empresas da região precisam de funcionários habilitados a trabalhar em um ambiente profissional interligado, globalizado e colaborativo.

Recém-formados na América Latina muitas vezes entram no mercado de trabalho sem estar preparados para essas exigências, o que corrói as chances de sucesso da empresa no longo prazo, segundo a enquete da Economist Intelligence Unit, conduzida em junho de 2009 e patrocinada pela Dell e pela FedEx. Na enquete, executivos identificaram falta tanto de “hard skills” (competência técnica) quanto de “soft skills” (habilidades sociais) entre funcionários novos. (Consulte a barra lateral na página 5 para saber as definições de “soft skills” e “hard skills” usadas neste relatório.)

“As empresas geralmente precisam começar do zero e ajudar os funcionários a se tornar bons profissionais”, diz Martin Gutierrez, diretor executivo da Intrabase, uma empresa de marketing brasileira,

“As empresas geralmente precisam começar do zero e ajudar os funcionários a se tornar bons profissionais…O custo acaba sendo transferido para as empresas.”Martin Gutierrez, diretor executivo, Intrabase.

Uma mão de obra com um melhor nível de escolaridade contribui com o crescimento e a eficiência(Principais formas como a mão de obra com um melhor nível de escolaridade pode aumentar a competitividade empresarial, em porcentagem de respostas)

Crescimento Aumenta a capacidade de inovar 58 %

Aumenta a capacidade de identificar novas oportunidades 48 %

Melhora a compreensão das necessidades do cliente 36 %

Aumenta a consciência sobre o mercado global 25 %

Amplia o acesso ao capital 5 %

Eficiência Melhora a eficiência 43 %

Aumenta a produtividade 39 %

Aumenta a capacidade de trabalhar com equipes internacionais 24 %

Governança Melhora a consciência sobre riscos emergentes 12 %

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empresarial na América Latina

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confirmando uma preocupação disseminada entre executivos na América Latina. As deficiências são especialmente graves no tocante a habilidades sociais como pensamento crítico, capacidade para solucionar problemas e habilidades pessoais (por exemplo, negociação, networking e o lidar com diversidade cultural). A demanda por essas habilidades cresceu à medida que a globalização obrigou as empresas a mudar suas práticas comerciais.

Os executivos concordam que o setor privado tem papel importante na preparação de estudantes e reconhecem plenamente o papel da educação no aumento da competitividade empresarial. Eles veem a educação como especialmente importante para as perspectivas de crescimento das empresas: 58% dos participantes dizem que a educação aumenta a capacidade de inovação da firma e 48% dizem que ela contribui para a identificação de novas oportunidades.

Em décadas anteriores, a região fez avanços significativos na ampliação do acesso à educação, de acordo com um relatório publicado em 2006 pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Education, Science and Technology in Latin America and the Caribbean. O nível de escolaridade da mão de obra aumentou de 3,5 anos em 1960 para 6 anos em média em 2000. Contudo, ainda que 71% dos jovens latino-americanos estejam matriculados no ensino médio, apenas 34% chegam ao terceiro grau, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Essa discrepância é importante: segundo o relatório do BID, “o trabalhador em uma economia baseada na informação precisa de 12 anos de educação formal para garantir um padrão de vida decente e se manter apto diante das exigências e mudanças de um mercado de trabalho cada vez mais globalizado”. Apesar do progresso e do considerável desempenho de alguns países, a América Latina em geral fica muito atrás de países mais desenvolvidos nessa área. Algumas de suas principais economias também estão bem distantes

Quem participou da enquete?

A enquete foi realizada entre executivos sênior baseados na América Latina e no Caribe. Os 192 participantes representam 22 países, sendo os maiores contingentes provenientes do Brasil (32% do total) e do México (16%). Suas empresas têm sede em 33 países ao redor do mundo: 22% no Brasil, 11% nos Estados Unidos e 10% no México.

Suas organizações vão desde empresas pequenas com receita anual de até US$ 250 mil (56% dos participantes) até empresas de grande porte com receita superior a US$ 400 mil (44%). Todas as empresas de grande porte operam em mais de um país, e 75% delas estão presentes em mais de dez países.

Os participantes representam uma ampla gama de setores e compõem um leque

abrangente de funções: 43% atuam no desenvolvimento de negócios e estratégia, 36% em administração geral, 29% no financeiro e 23% em marketing e vendas. 42%

são executivos diretores.Para saber mais detalhes, consulte o

Apêndice deste relatório.

31

16

10

8

7

27

Brasil

México

Argentina

Colômbia

Chile

Outros

Fonte: Enquete da Economist Intelligence Unit, julho de 2009

Em que país você está fisicamente localizado? (% de respostas)

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dos países emergentes da Ásia.Essa fragilidade representa atraso para o setor privado da região, minando sua competitividade global

e perspectivas de crescimento futuro. Nossa enquete mostra que as empresas, que muitas vezes têm que compensar por essa falta de capacitação, estão dispostas a se aliar a instituições de ensino pós-secundário para enfrentar esse desafio e acabar com as discrepâncias. Isso confirma a conclusão de um relatório publicado pela Economist Intelligence Unit em 2008 de que “corporações que operam na região estão se envolvendo diretamente com o ensino (primário e secundário), não por caridade, mas porque elas percebem sua importância para os negócios”.1

Escolaridade média em anos da população acima dos 15 anos de idade

Fonte: Banco Interamericano de Desenvolvimento

Coreia do Sul

Irlanda

México

ChinaAmérica Latina

Brasil

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000

1. Economist Intelligence Unit, In search of business sustainability: Latin American education and the role of the private sector, junho de 2008, patrocinado pela FedEx Express.

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Segundo os dados da enquete, pensamento crítico, comunicação oral e escrita e habilidades pessoais encabeçam a lista de qualificações que faltam na América Latina, o que vai ao encontro do que os

participantes consideram as qualificações mais necessárias no ambiente corporativo global. Mais de 70% dos participantes dizem que pensamento crítico, capacidade para solucionar problemas e habilidades pessoais são muito importantes no local de trabalho (76%, 73% e 72% respectivamente). A globalização é o que da ímpeto à crescente importância das habilidades sociais, à medida que executivos latino-americanos perceberam que precisam de mão de obra mais culturalmente sofisticada – a equipe deve ser capaz de interagir com outros profissionais do mundo inteiro.

Algumas instituições de ensino têm levado isso em conta. “Algumas universidades já exigem que o estudante passe pelo menos um semestre no exterior. Isso certamente os ajuda a compreender a economia global em que vivem e o que é preciso para ter sucesso nesse mercado”, diz Didier Mena, diretor financeiro da Financiera Independencia, uma empresa de microcrédito da Cidade do México, e ex-diretor gerente do Credit Suisse para a América Central. A firma de Mena exige dos funcionários o conjunto de qualificações necessário ao trato com o sistema financeiro internacional, onde a Financiera Independencia obtém recursos para empréstimos, e também com seus clientes, segmentos urbanos de baixa renda da população mexicana.

Estudar no exterior é um grande passo para obter uma perspectiva mais ampla, mas nem todo profissional

Procura-se: capacitação técnica e social

Competência técnica x habilidades sociais

Nesse relatório, usamos a seguinte terminologia: “Competência técnica” refere-se ao que em inglês é chamado “hard” skills. “Habilidades sociais” referem-se ao que em inglês é chamado “soft” skills.

Competência técnica é específica e pode ser ensinada facilmente. É conhecimento real, técnico ou intelectual, e normalmente pode ser quantificado e medido. Neste relatório, inclue áreas de conhecimento tradicionais, como

ciência, tecnologia, engenharia e matemática, mas também outras qualificações mensuráveis, como fluência em idiomas e qualificação tecnológicas.

Habilidades sociais são mais difíceis de medir e quantificar. Muitas vezes chamadas aptidões pessoais ou interpessoais, incluem pensamento crítico, liderança, capacidade para solucionar problemas e “habilidades pessoais” (“life skills”, em inglês) que abrangem negociação, networking e trabalho com diversidade cultural.

“A chave para o futuro para os países emergentes é dar ao povo capacitação tecnológica, caso contrário logoprecisaremos importar capacitação.”Didier Mena, diretor financeiro, Financiera Independencia.

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tem essa oportunidade, nem ela garante o desenvolvimento dessas aptidões críticas. “Alguns diplomados não possuem nenhuma capacidade de pensamento crítico”, diz Gutierrez, da Intrabase. “O custo [do treinamento] acaba sendo transferido para as empresas”. Gutierrez, que estudou em universidades no Brasil e nos Estados Unidos, chama atenção para um certo paradoxo latino-americano: “As relações pessoais são críticas para um acordo comercial aqui. É importante formar uma rede de relacionamentos e mantê-la em funcionamento. Eu ainda não vi esse tipo de estímulo nas universidades locais.”

Nos próximos cinco anos a importância das habilidades sociais aumentará, especialmente pensamento crítico (de acordo com 81% das respostas), habilidades pessoais (80%) e capacidade para solucionar problemas (78%). “A experiência técnica é obviamente importante no setor industrial, mas também achamos fundamental que a equipe tenha aptidões comportamentais, no tocante a relações, negociação, flexibilidade e capacidade de ter uma visão abrangente”, explica Hanna Meirelles, gerente de recrutamento global da Vale SA, uma gigante brasileira da mineração.

Essa é uma tendência global, destacada pela pesquisa publicada em março de 2009 pela Economist Intelligence Unit2. Participantes da América Latina tendem, mais que seus colegas de outras regiões, a citar competência técnica como uma área que também precisa melhorar: vários idiomas, proficiência tecnológica e conhecimentos em ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

A AeroMéxico, companhia aérea mexicana com receita anual de US$ 1,9 bilhões, enfrentou a carência de competência técnica quando decidiu estabelecer uma base de manutenção em Guadalajara, segunda maior cidade do país, em 2006. Para prover as instalações de última geração criadas para atender à própria frota e também as de outras companhias, precisavam de mais técnicos aeronáuticos qualificados. “Tivemos que

Fonte: Enquete da Economist Intelligence Unit, julho de 2009

Pensamento crítico

Aptidões pessoais, como negociação, networking, colaboração e o lidar com diversidade cultural

Capacidade para solucionar problemas

Liderança

Comunicação oral e escrita

Compreensão das implicações financeiras de decisões de negócios

Vários idiomas

Ciência, tecnologia, engenharia e matemática

Proficiência tecnológica

Análise estatística

Habilidades sociais são imprescindíveis, mas a competência técnica vêm ganhando terreno (% de respostas que consideraram cada qualificação “Muito importante” hoje e daqui a cinco anos.)

76 81

72 80

73 78

66 73

65 66

60 65

49 63

43 55

40 53

23 27

HojeEm cinco anos

Diferença

2. Global education 20/20: What role for the private sector?, Economist Intelligence Unit, março de 2009. Um relatório patrocinado pela Cisco, com base em uma enquete global com 123 executivos do setor privado e 88 integrantes de instituições educacionais.

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contratar e treinar o pessoal para fazer o trabalho”, diz Ricardo Sanchez Baker, diretor financeiro da companhia.A empresa adotou uma abordagem colaborativa para resolver o problema. Para ampliar o conjunto de

pessoal qualificado disponível, ela trabalhou com o governo do estado de Jalisco, informando as qualificações necessárias e os tipos de carreiras disponíveis para aqueles que participassem do treinamento. Três anos depois, a Universidade Tecnológica de Jalisco, em parceria com o governo do estado e com apoio do Alas de America, um centro de treinamento que tem participação da AeroMéxico, já tem um curso para treinar profissionais especializados.

“Nós definitivamente precisamos nos sair melhor em termos de competência técnica, como engenharia e matemática”, diz Mena, da Financiera Independencia. “A chave para o futuro nos países emergentes é dar capacitação tecnológica ao povo, caso contrário logo precisaremos importar capacitação.” Para que a América Latina possa atender às demandas do novo ambiente de negôcios global, o desafio de dar às pessoas competência técnica e habilidades sociais é particularmente relevante.

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Não há dúvida entre os participantes da enquete de que o setor privado precisa se envolver na educação.Mas a atual forma de cooperação do setor privado não é adequada. De fato, a enquete mostra grande

discrepância entre o papel que as empresas têm hoje e aquele que deveriam assumir. Segundo 53% dos participantes, a principal função do setor privado hoje é a de estabelecerinstituições de ensino de propriedade e operação privadas, assumindo efetivamente uma função tradicional do governo. Instituições de ension pós-secundárias privadas são comuns no mundo todo, uma vez que os governos frequentemente se concentram nos ensinos fundamental e médio. Mas na América Latina, essas faculdades não costumam ser melhores do que as faculdades públicas na preparação para o mercado de trabalho. Andrés Bernasconi, da Universidad de Talca, no Chile, admite que o setor de ensino pós-secundário na América Latina muitas vezes sofre da “proliferação de instituições privadas sem compromisso com propósitos acadêmicos convencionais, instrutores em meio período e pouco qualificados, baixos padrões de admissão e avaliação, infraestrutura inadequada, bibliotecas pobres e programas concentrados em áreas de baixo custo.”3

Em vez de operar instituições de ensino, o setor privado deve trabalhar em parcerias público-privadas voltadas à educação, compartilhar práticas recomendadas de gerenciamento de mudanças, proporcionar suporte financeiro para programas de qualificação de professores e compartilhar novas soluções tecnológicas, de acordo com a enquete. Através da cooperação, as empresas podem ajudar a enfrentar as deficiências identificadas na enquete: professores qualificados para habilidades sociais e matérias específicas (77% e 59% dos participantes, respectivamente, acham que essas áreas precisam melhorar “significativamente”), estudantes qualificados em habilidades sociais (67%) e tecnologia em classe (67%).

A AeroMéxico exemplifica o potencial dessa cooperação. Depois de trabalhar com o governo para desenvolver um curso especializado, ela agora tem acesso a um quadro de funcionários qualificados e gera empregos na região. “A comunicação com as autoridades é a chave”, diz Sanchez Baker.

O setor privado pode promover diálogos com as instituições de ensino e ajudar a moldar o conteúdo do ensino. “As empresas deveriam dar mais informações às universidades sobre as qualificações necessárias a médio e longo prazo”, diz Mena. Ele observa que as empresas devem encontrar os canais de comunicação para

Ficando atrás da marca

3. Private higher education with an academic focus: Chile’s new exceptionalism, Centro Internacional para o Ensino Superior, Boston College, 2003.

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Fonte: Enquete da Economist Intelligence Unit, julho de 2009

Estabelecer instituições de ensino de propriedade e operação privadas

Fornecer contribuições financeiras

Informar deliberação de políticas

Aumentar a qualidade do ensino através de produtos e serviços

Informar ao sistema educacional sobre tendências no mercado de trabalho

Não deve haver espaço para o setor privado na educação

Elaborar currículo educacional

Compartilhar novas soluções tecnológicas

Suporte financeiro para programas de qualificação de professores

Desenvolver um roteiro para lideranças

Trabalhar em parcerias público-privadas voltadas à educação

Compartilhar práticas recomendadas para gerenciamento de mudanças

O setor privado deve mudar seu papel no ensino pós-secundário na América Latina(% de respostas)

53 13

34 27

17 18

19 21

18 21

2 5

23 29

18 28

16 32

9 28

16 35

11 32

Realiza hojeDeveria realizar

Diferença

Qualificação para professores no ensino de habilidades sociais, como pensamento crítico e liderança

Qualificação de alunos em habilidades sociais, como pensamento crítico e liderança

Tecnologia na sala de aula

Qualificação de professores em matérias específicas

Currículos

Qualificação de novos alunos em matérias específicas

Materiais de ensino

Infraestrutura (edifícios, etc.)

Carência de habilidades sociais em professores e alunos(% de participantes que acham que a área precisa melhorar significativamente)

77

67

67

59

54

45

40

37 Fonte: Enquete da Economist Intelligence Unit, julho de 2009

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fornecer informações sobre o conteúdo e as habilidades que devem ser ensinadas.Um terço dos participantes brasileiros diz que o setor privado deveria participar na elaboração do currículo

educacional (a maior proporção na amostra). Mas apenas uns poucos realmente colocam isso em prática. A Vale é uma dessas empresas: estabeleceu parcerias com 200 escolas e universidades no Brasil para garantir o fluxo constante de mão de obra qualificada. “Acreditamos nas parcerias com instituições públicas e privadas”, diz Hanna Meirelles. (Consulte “A Vale investe em pessoas” acima.)

ESTUDO DE CASO: A Vale investe em pessoas

A Vale SA, uma companhia mineradora brasileira com receita de US$ 38

bilhões em 2008 e mais de 57 mil funcionários no mundo todo, deu um

grande salto ao adquirir a Inco, um gigante da mineração canadense, em

2006. A Vale se tornou assim a segunda maior companhia de mineração

diversificada no mundo e a maior empresa privada da América Latina.

As regiões muito distantes onde se localizam algumas de suas minas

e outras operações costumam ser carentes da infraestrutura básica de

que a mão de obra da Vale precisa: moradia, educação e saúde. Para

atender a essas necessidades, a Vale fez parcerias com escolas privadas,

por exemplo, para proporcionar ensino fundamental e médio às famílias

dos trabalhadores..

Mas a Vale também precisa assegurar a disponibilidade de

profissionais altamente qualificados e portanto implementou parcerias

com instituições de ensino públicas e privadas. A Vale se aproximou

com sucesso de universidades públicas nos estados de Minas Gerais e

Maranhão, onde opera, para lançar programas de formação em logística

e engenharia de minas, de portos e ferroviária, áreas diretamente

relacionadas às suas atividades. A iniciativa envolveu consultores,

professores universitários e os próprios executivos da Vale, que lecionam

em meio período. Ao influir sobre o currículo, a empresa melhorou seu

acesso a mão de obra qualificada.

Em 2003, a Vale criou um departamento formal de educação

interna, chamado Valer. Ele é parte da estratégia da empresa para

garantir a sustentabilidade dos negócios e é responsável por disseminar

conhecimento e valores da Vale interna e externamente. Em seus

cinco anos, Valer investiu US$ 12 milhões em centros de treinamento

profissional fora da empresa e atingiu cerca de 19 mil pessoas. Hoje a

empresa tem acordo com algo em torno de 200 escolas e universidades no

Brasil, incluindo as do estado do Pará, rico em minérios, onde a Vale já

patrocinou 84 mestrados e doutorados.

“É melhor ser parceiro do que criar uma instituição”, diz Hanna

Meirelles, gerente de recrutamento global da Vale. “Alguns desses

estudantes poderão influenciar políticas públicas no futuro. O poder de

influência é muito maior do se fizéssemos tudo apenas internamente”.

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Abílio Diniz, 72 anos, presidente do Pão de Açúcar, a maior cadeia de supermercados da América Latina, e respeitado homem de negócios no Brasil, está lançando uma iniciativa inovadora para influir no modo

como o estudante é preparado para o mercado de trabalho. Ele propôs se unir a duas famosas faculdades de administração em São Paulo para criar um novo curso para jovens formandos. “Não há cursos de liderança no Brasil”, afirma Diniz ao Valor Econômico, o jornal de negócios, na entrevista de agosto de 2009. “Eu sou um líder e posso transmitir essa experiência”. Os cursos de quatro ou seis meses treinariam líderes e dariam aos alunos uma pequena prova do mundo real.

Talvez seja esse o melhor modo de dar aos alunos as aptidões de que precisam, de acordo com nossa enquete. Quase 70% dos participantes dizem que “os programas de pesquisa universitários que exploram problemas e situações do mundo real” são mais eficazes na melhoria do acesso a qualificações importantes. Trazer o local de trabalho para a sala de aula (recrutando professores em meio período junto a profissionais corporativos, por exemplo) é outra ferramenta eficaz para treinar estudantes. Mas apenas 28% dos participantes parecem estar dispostos a “estimular funcionários a interagir através do ensino em meio período e outros” como meio de ajudar programas de nível pós-secundário a preparar estudantes para o mercado de trabalho (talvez porque suas equipes qualificadas são pequenas).

Mas o investimento em treinamento não para por aqui: 78% das respostas indicam que as empresas devem investir ainda em programas internos de treinamento especializado. Mais da metade revela que suas firmas já implementam programas internos dirigidos ao treinamento de pessoal recém-contratado em determinadas qualificações. As empresas também investem cada vez mais nos funcionários: 39% subsidiam especializações em instituições locais, enquanto 30% proporcionam acesso a programas de ensino virtual. De fato, a enquete aponta um alto grau de aceitação do e-learning: 43% dos participantes escolhem o surgimento do ensino virtual, como o e-learning, como uma das três tendências mais importantes para o ensino pós-secundário nos próximos cinco anos.

Caindo na real

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A luz no fim do túnel para empresas grande e pequenas na América Latina*

O que uma empresa com rendimento anual de US$ 10 bilhões tem em comum com outra que vende US$ 200 milhões por ano? No tocante às opiniões de executivos sobre qualificações necessárias à competição e qualidade potencial do trabalhador, as semelhanças são surpreendentes. A enquete com grandes e pequenas empresas na América Latina mostrou um alinhamento evidente entre os dois grupos nas principais tendências do ensino pós-secundário na região, a importância da educação no aumento da competitividade empresarial e os desafios de encontrar candidatos qualificados entre recém-formados em programas de ensino pós-secundário.

Contudo, há diferenças de ênfase. Habilidades sociais, especialmente pensamento crítico e aptidões pessoais, são

desejáveis independente do tamanho da empresa e ainda terão demanda dentro de cinco anos. Mas as empresas pequenas dão valor também a comunicação oral e escrita, bem como conhecimentos em ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Para grandes empresas, compreensão das implicações financeiras de decisões empresariais e liderança estão entre as quatro principais qualificações necessárias no ambiente de negócios atual.

A enquete mostra ainda que o tamanho influencia opiniões sobre como as empresas podem ajudar programas de ensino pós-secundário a preparar estudantes para o mercado de trabalho. As pequenas empresas se concentram em trazer os estudantes ao local de trabalho, através de estágios ou programas de estudo/trabalho, ao passo que grandes empresas costumam trabalhar dentro das instituições, ajudando a desenvolver currículos ou patrocinando programas especiais de desenvolvimento de habilidades sociais nas escolas.

Todas as empresas reconhecem que precisam investir nos novos contratados.

Empresas pequenas tendem a preparar esses funcionários através de treinamento pelo supervisior. Ainda que essa seja uma ferramenta importante para empresas grandes, elas costumam ter programas internos dirigidos ao treinamento de novos contratados em qualificações específicas e “universidades” internas. Ambas representam investimentos consideráveis em tempo e recursos. Programas onde mentores são designados para jovens profissionais também são mais comuns em grandes empresas, mas exigem tempo dedicado por funcionários sênior.

Contudo as diferenças não são absolutas, mas sim relativas. Podem refletir questões como a capacidade de a empresa atrair candidatos mais qualificados, os recursos disponíveis para investir em treinamento interno e o papel que a empresa desempenha na comunidade.

*Dos 192 executivos inquiridos na América Latina, 107 trabalham em pequenas empresas com rendimento anual de no máximo US$ 250 milhões, e 85 em grandes empresas com rendimento superior a US$ 400 milhões anuais.

Como o setor privado pode ajudar a educação? Pequenas e grandes empresas não entram em acordo(Os três principais modos como as empresas podem ajudar programas de ensino pós-secundário a preparar estudantes para o mercado de trabalho, por tamanho da empresa)

Classi-ficação

Total América Latina Pequenas empresas Grandes empresas

1 Desenvolver programas de estudo/trabalho que introduzem o estudantes ao ambiente de trabalho (46%)

Desenvolver programas de estudo/trabalho que introduzem o estudantes ao ambiente de trabalho (51%)

Trabalhar com instituições de ensino pós-secundário para desenvolver currículos (44%)

2 Patrocinar programas especiais para desenvolver habilidades sociais nas instituições de ensino pós-secundário (40%)

Patrocinar programas especiais para desenvolv-er habilidades sociais nas instituições de ensino pós-secundário (39%)

Patrocinar programas especiais para desenvolv-er habilidades sociais nas instituições de ensino pós-secundário (41%)

3 Trabalhar com instituições de ensino pós-secundário para desenvolver currículos (40%)

Estágios para estudantes em cursos pós-secundários (37%)

Desenvolver programas de estudo/trabalho que introduzem o estudantes ao ambiente de trabalho (39%)

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Para empresas que disputam espaço no altamente competitivo mercado mundial, o acesso a mão de obra totalmente capaz de operar em um ambiente de negócios interligado e cada vez mais colaborativo é crucial.

Mas a carência de qualificações na América Latina minam a competitividade das empresas da região. Essas carências são tanto de competência técnica, necessárias ao desenvolvimento, produção e distribuição de bens e serviços cobiçados por empresas e consumidores no mundo todo, quanto de habilidades sociais (pensamento crítico, capacidade para solucionar problemas e aptidões pessoais) que permitirão à empresa responder a um mercado em evolução. O custo de trabalhadores sem preparo adequado cai diretamente sobre a empresa: ela se torna menos apta a competir e deve gastar tempo e dinheiro para preparar novos contratados.

Embora o setor privado reconheça os desafios, ainda se discute a melhor maneira de influir na qualidade do profissional formado pelas das instituições de ensino pós-secundário. Nossa pesquisa sugere que o modo mais eficiente para as empresas reduzirem a carência de qualificações é ajudar as instituições de ensino pós-secundário a criar uma ponte entre programas educacionais e o mundo real.

l Derrubar paredes. “Não dá para perder a oportunidade de criar um elo entre o mundo corporativo e a universidade” diz Gutierrez, da Intrabase. As empresas podem estimular instituições de ensino pós-secundário a explorar situações do mundo real com esforços para encorajar a participação de funcionários em programas educacionais e oferecer experiências práticas aos estudantes, através de programas de estágio e residência.

l Investir em parcerias. As empresas devem apoiar parcerias público-privadas voltadas à educação. Isso inclui desde equipamento necessário para elevar a capacitação técnica do estudante até contribuir para desenvolver currículos, com o intuito de preparar o estudante para o mercado de trabalho.

l Métodos tradicionais ainda podem funcionar. Sempre que possível, as empresas devem pressionar o governo ou autoridades locais para aumentar a qualidade da educação, de acordo com Sanchez Baker, da AeroMéxico.

Ao influir sobre a estrutura do sistema de educação, as empresas podem ampliar o alcance para além dos seus muros, para a comunidade. O setor privado pode ainda causar impacto direto. A criação de parcerias inovadoras com o setor público pode ajudar a garantir que as instituições de ensino pós-secundário tenham os recursos físicos e humanos necessários à formação de estudantes com uma ampla gama de conhecimentos e habilidades - técnicas e sociais - necessárias para o século 21. Os benefícios atingem tanto a empresa quanto a comunidade em que ela opera.

Conclusão

14 Economist Intelligence Unit 2009

ApêndiceResultados da enquete

Capacitação para competirEnsino pós-secundário e sustentabilidade empresarial na América Latina

Apêndice: Resultados da enqueteObserve que os totais podem não perfazer 100% devido a arredondamentos.

1 Muito importante 2 Importante 3 Não importante Não sei / Não se aplica

Ciência, tecnologia, engenharia e matemática

Análise estatística

Comunicação oral e escrita

Compreensão das implicações financeiras de decisões empresariais

Pensamento crítico

Proficiência tecnológica

Liderança

Habilidades pessoais, como negociação, networking, colaboração e trabalho com diversidade cultural

Vários idiomas

Capacidade para solucionar problemas

Na sua opinião, quais são as qualificações com maior demanda hoje? Classifique em uma escala de 1 a 3, sendo 1 = muito importante e 3 = não importante. (% de respostas)

43 44 8 4

23 55 19 3

65 32 3 1

60 37 3 1

76 19 5 1

40 54 6

66 30 3 1

72 26 2 1

49 43 7 1

73 23 2 2

Ciência, tecnologia, engenharia e matemática

Análise estatística

Comunicação oral e escrita

Compreensão das implicações financeiras de decisões empresariais

Pensamento crítico

Proficiência tecnológica

Liderança

Habilidades pessoais, como negociação, networking, cooperação e trabalho com diversidade cultural

Vários idiomas

Capacidade para solucionar problemas

Na sua opinião, quais serão as qualificações com maior demanda dentro de cinco anos? Classifique em uma escala de 1 a 3, sendo 1 = muito importante e 3 = não importante.(% de respostas)

1 Muito importante 2 Importante 3 Não importante Não sei / Não se aplica

55 36 6 2

27 53 18 2

66 30 4 0

65 31 3 1

81 19 0 0

53 41 6 1

73 24 3 0

80 17 3 0

63 34 2 1

78 21 1 0

Economist Intelligence Unit 2009

ApêndiceResultados da enquete

Capacitação para competirEnsino pós-secundário e sustentabilidade

empresarial na América Latina

15

Aumenta a capacidade de inovar

Aumenta a capacidade de identificar novas oportunidades

Aumenta a eficiência

Aumenta a produtividade

Aumenta a compreensão das necessidades do cliente

Aumenta a consciência sobre o mercado global

Aumenta a capacidade de trabalhar com equipes internacionais

Amplia o acesso ao capital

Aumenta a percepção sobre riscos emergentes

Outro

Uma educação melhor não leva a maior competitividade empresarial

Quais são os principais modos como uma melhor educação da mão de obra aumenta a competitividade empresarial?Selecione no máximo três.(% de respostas)

58

48

43

39

36

25

24

5

12

2

1

12

72

14

2

Grande parte delas

Algumas

Nenhuma

Não sei / Não se aplica

No seu país, até que ponto formandos de programas de ensino pós-secundário possuem as qualificações que os empregadores buscam? (% de respostas)

Pensamento crítico

Comunicação oral e escrita

Habilidades pessoais, como negociação, networking,colaboração e trabalho com diversidade cultural

Ciência, tecnologia, engenharia e matemática

Liderança

Vários idiomas

Compreensão das implicações financeiras de decisões empresariais

Capacidade para solucionar problemas

Análise estatística

Proficiência tecnológica

Outro

Quais qualificações faltam?(% de respostas)

50

34

33

27

27

22

21

18

16

8

1

Maior atenção ao desenvolvimento profissional

O surgimento do ensino virtual, como o e-learning

Uso de tecnologia na sala de aula

Maior colaboração do setor privado com instituições públicas

Comoditização do ensino superior

Investimento crescente do governo em educação

Intercâmbio crescente de estudantes e professores entre países

Queda da qualidade do ensino pós-secundário

Novas mudanças normativas

Menor investimento público em educação

Outro

Não sei / Não se aplica

Quais devem ser as tendências mais importantes para o ensino pós-secundário nos próximos cinco anos no país em que você está localizado? Selecione no máximo três.(% de respostas)

44

43

36

35

29

28

22

16

11

10

2

2

16 Economist Intelligence Unit 2009

ApêndiceResultados da enquete

Capacitação para competirEnsino pós-secundário e sustentabilidade empresarial na América Latina

1 Necessário grande aprimoramento 2 Necessário aprimoramento 3 Não é necessário aprimoramento Não sei / Não se aplica

Tecnologia na sala de aula

Currículos

Materiais de ensino

Qualificação de professores em matérias específicas

Qualificação para professores no ensino de habilidades sociais, como pensamento crítico e liderança

Qualificação de novos alunos em matérias específicas

Qualificação de alunos em habilidades sociais, como pensamento crítico e liderança

Infraestrutura (edifícios, etc.)

Na sua opinião, quais áreas do ensino superior precisam dos maiores aprimoramentos no país em que você está localizado? Classifique em uma escala de 1 a 3, sendo 1 = Necessário grande aprimoramento e 3 = Não é necessário aprimoramento.(% de respostas)

67 29 4 0

54 41 3 2

40 52 6 2

59 36 5 1

77 21 2 0

45 48 7 1

67 30 2 1

37 49 12 2

Realiza hoje Deveria realizar

Informar deliberação de políticas

Elaborar currículo educacional

Fornecer contribuições financeiras

Compartilhar novas soluções tecnológicas

Estabelecer instituições de ensino de propriedade e operação privadas

Trabalhar em parcerias público-privadas voltadas à educação

Aumentar a qualidade do ensino através de produtos e serviços

Compartilhar práticas recomendadas para gerenciamento de mudanças

Desenvolver um roteiro para lideranças

Informar ao sistema educacional sobre tendências no mercado de trablho

Suporte financeiro para programas de qualificação de professores

Outro

Não deve haver espaço para o setor privado na educação

Não sei / Não se aplica

Que papel o setor privado desempenha hoje no ensino pós-secundario no país em que você está localizado e que papel deveria desempenhar? Selecione no máximo três em cada coluna.(% de respostas)

17 18

23 29

34 27

18 28

53 13

16 35

19 21

11 32

9 28

18 21

16 32

2

2 5

2 1

Economist Intelligence Unit 2009

ApêndiceResultados da enquete

Capacitação para competirEnsino pós-secundário e sustentabilidade

empresarial na América Latina

17

Programas de pesquisa universitários que exploremproblemas ou situações do mundo real

Professores em meio período recrutados entre profissionais corporativos

Programas de intercâmbio no exterior

Participação das universidades em programas de pesquisa internacionais

Programas de intercâmbio internacional para professores

Competições interescolares centradas em questões realistas

Fóruns nas universidades para discutir carreiras e requisitos para o sucesso

Cursos on-line suplementares a currículos pós-secundários

Materiais de ensino desenvolvidos para mercados globais

Outro

Não sei / Não se aplica

Na sua opinião, qual das seguintes ações mais ampliaria o acesso dos estudantes às qualificações necessárias para que uma organização seja competitiva globalmente? Selecione as três mais importantes.(% de respostas)

69

47

36

32

32

24

21

11

17

3

1

Programas internos dirigidos ao treinamento de novos contratados em qualificações específicas

Treinamento pelo supervisor

Subsídios para especialização de funcionários em instituições de ensino locais

Programa onde mentores são designados para jovens profissionais

Acesso a programas de ensino virtual

"Universidade" internas

Outro (especificar)

Minha empresa só contrata funcionários totalmente qualificados

Minha empresa não fornece nenhum programa de treinamento para novos funcionários

Não sei / Não se aplica

Que medidas a sua empresa toma para aumentar a qualificação de funcionários saídos diretamente de programas do ensino pós-secundário? Selecione todas as aplicáveis.(% de respostas)

52

47

39

36

30

28

1

5

8

7

Desenvolver programas de estudo/trabalho que introduzem o estudante ao ambiente de trabalho

Patrocinar programas especiais para desenvolver habilidades socials (por exemplo, workshops de liderança) nas instituições de ensino pós-secundário

Trabalhar com instituições de ensino pós-secundario para desenvolver currículos

Parcerias com instituições de ensino pós-secundario para fornecer infraestrutura tecnológica

Estágios para estudantes de nível pós-secundário

Patrocinar programas especiais para desenvolver competência técnica de estudantes (por exemplo, workshops sobre conceitos financeiros básicos, aptidões tecnológicas)

Estimular funcionários a interagir com instituições de ensino pós-secundario lecionando em meio período, fazendo palestras e de outros modos

Patrocinar programas para treinar professores no uso de novas técnicas e ferramentas de ensino

Programas onde mentores são designados para estudantes de nível pós-secundário

Outro

Não sei / Não se aplica

Quais são os principais modos como as empresas podem ajudar programas de ensino pós-secundário a preparar estudantes para o mercado de trabalho? Selecione as três mais importantes.(% de respostas)

46

40

40

32

32

32

28

24

13

1

1

18 Economist Intelligence Unit 2009

ApêndiceResultados da enquete

Capacitação para competirEnsino pós-secundário e sustentabilidade empresarial na América Latina

Concordo Não concordo Não sei

O aumento da qualidade da educação é importante para a sustentabilidades das empresas no meu país

A globalização torna mais importante que os estudantes desenvolvam aptidões como colaboração, negociação e networking

O setor privado deve oferecer programas internos de treinamento especializado para superar carências de qualificação

O surgimento de métodos de ensino como e-learning e salas de aula virtuais podem minar a qualidade do ensino superior

Métodos de ensino como projetos em equipe, estudos de casos e e-learning são essenciais para complementar as ferramentas tradicionais de ensino

As empresas devem investir em atividades que aumentem a qualificação geral de seus fornecedores, clientes e outras partes interessadas

É responsabilidade das instituições de ensino pós-secundario treinar estudantes em habilidades sociais

Indique se você concorda ou não com as seguintes afirmações.(% de respostas)

99 1 0

97 2 1

78 15 7

26 65 8

92 5 3

73 18 8

64 27 9

Brasil

México

Argentina

Colômbia

Chile

Uruguai

Equador

Peru

Trinidad e Tobago

Venezuela

Bolívia

El Salvador

Guatemala

Panamá

Honduras, Jamaica, Bahamas, Ilhas Virgens Britânicas, Costa Rica, Nicarágua, Paraguai, Porto Rico

Em que país você está fisicamente localizado?(% de respostas)

31

16

10

8

7

4

3

3

3

3

2

2

2

2

1

Membro do conselho

Diretor executivo / Presidente / Diretor gerente

Diretor financeiro / Tesoureiro / Controlador

Diretor de informática / Diretor de tecnologia

Outro executivo diretor

Vice-presidente sênior / Vice-presidente / Diretor

Chefe da unidade de negócios

Chefe de departamento

Gerente

Outro

Qual das seguintes melhor descreve a sua função?(% de respostas)

3

28

4

1

6

9

4

9

21

16

Economist Intelligence Unit 2009

ApêndiceResultados da enquete

Capacitação para competirEnsino pós-secundário e sustentabilidade

empresarial na América Latina

19

11

14

75

De 2 a 3

De 4 a 9

Mais de 10

Em quantos países sua empresa opera?Em quantos países sua empresa opera?

Brasil

Estados Unidos

México

Argentina

Colômbia

Chile

Alemanha

Suíça

Uruguai

Equador

Espanha

Trinidad e Tobago

Peru

Bolívia

Guatemala

Reino Unido

Venezuela

El Salvador, Honduras, Noruega, Panamá, Suécia, Ilhas Virgens Britânicas, Canadá, Comores, França, Jamaica, Japão, Luxemburgo, Maiote, Porto Rico, Arábia Saudita, Togo

Em que país fica a matriz da sua empresa?(% de respostas)

22

11

10

8

6

4

4

3

3

3

3

3

2

2

2

2

2

1

56

8

9

8

18

250 milhões ou menos

De 400 milhões a 1 bilhão

De 1 bilhão a 5 bilhões

De 5 a 10 bilhões

10 bilhões ou mais

Qual é a receita anual global da sua organizaçãoem dólares americanos? (% de respostas)

Serviços financeiros

Serviços profissionais

Educação

Energia e recursos naturais

Manufatura

TI e tecnologia

Setor público / Governo

Bens de consumo

Telecomunicações

Construção e imóveis

Agricultura e agronegócios

Transportes, viagens e turismo

Entretenimento, mídia e editoração

Saúde, farmacêuticos e biotecnologia

Varejo

Químico

Logística e distribuição

Automotivo

Aeroespacial / Defesa

Qual é o seu principal setor?(% de respostas)

14

14

9

9

8

6

5

5

5

4

4

4

3

3

3

2

2

1

1

20 Economist Intelligence Unit 2009

ApêndiceResultados da enquete

Capacitação para competirEnsino pós-secundário e sustentabilidade empresarial na América Latina

Desenvolvimento de negócios e estratégia

Gerenciamento geral

Finanças

Marketing e vendas

Serviços ao cliente

Informações e pesquisa

Risco

Operações e produção

Recursos humanos

P&D

Gerenciamento de rede de fornecimento

TI

Jurídico

Aprovisionamento

Outro

Quais são suas principais posições funcionais? Escolha no máximo três posições. (% de respostas)

43

36

29

23

10

10

10

8

7

6

5

4

3

2

9

45

9

10

9

12

15

Menos de 500

De 500 a 1.000

De 1.000 a 5.000

De 5.000 a 10.000

De 10.000 a 50.000

Mais de 50.000

Quantos funcionários aproximadamente suaorganização emprega mundialmente? (% de respostas)

Apesar de todos os esforços na verificação da exatidão dessas informações, não caberá a The Economist Intelligence Unit Ltd. nem aos patrocinadores deste relatório nenhuma obrigação nem responsabilidade para o uso por qualquer pessoa deste informativo ou qualquer informação, opinião ou conclusão definida neste informativo.Im

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