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Capítulo 7 Capítulo 7 Usando o Código Genético Usando o Código Genético

Capítulo 7 Usando o Código Genético. 7.1 - Introdução Códons – trios de nucleotídeos organizados do 5 para o 3. Correspondem à seqüência de aminoácidos

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Capítulo 7Capítulo 7

Usando o Código GenéticoUsando o Código Genético

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7.1 - Introdução7.1 - Introdução

• Códons – trios de nucleotídeos organizados do 5’ para o 3’. Correspondem à seqüência de aminoácidos do N-terminal para o C-terminal

• Estudo do código:

Uso de ácido poliuridílico (poliU) polifenilalanina

Uso de um trinucleotídeo, que se liga ao ribossomo e a um tRNA.

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7.1 - Introdução7.1 - Introdução

• Há mais códons (61) do que aminoácidos

• Códons representando o mesmo ou aminoácidos similares tendem a ter seqüência similar

• Normalmente a terceira base não é significante. Algumas vezes distingue-se purina de pirimidina.

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7.1 - Introdução7.1 - Introdução

• O pareamento dos trinucleotídeos é potencializado pelo ambiente do sítio A ribossomal

Reações adicionais são permitidas na terceira base

Um mesmo tRNA pode reconhecer mais de um cédon

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7.1 - Introdução7.1 - Introdução

Aminoácidos similares

Códons similares

Efeitos de mutações são diminuídos

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7.1 - Introdução7.1 - Introdução

Universalidade do código Estabelecimento no começo da evolução

Pequeno número de códons representava pequeno número de aminoácidos

Códons mais específicos e maior número de aminoácidos

• Há exceções para o código universal

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7.2 – Reconhecimento códon-anticódon7.2 – Reconhecimento códon-anticódon

• Há 8 famílias de códons onde códons que tenham as duas primeiras bases têm o mesmo significado.

• Há sete pares de códons onde o significado é o mesmo independente de qual pirimidina está na terceira posição

• Há cinco pares de códons a purina na terceira posição não altera o aminoácido

• Há três casos em que uma base na terceira posição dá um significado único para um códon:

AUG – metionina

UGG – triptofano

UGA - terminação

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7.2 – Reconhecimento códon-anticódon7.2 – Reconhecimento códon-anticódon

Códon 5’ C A U 3’

Anticódon 3’ G U A 5’

1º 2º 3º

3º 2º 1º

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7.2 – Reconhecimento códon-anticódon7.2 – Reconhecimento códon-anticódon

Normalmente um tRNA reconhece mais de um códon

A base na primeira posição do anticódon pode parear com mais de uma base

Isso é chamado de wobbling, e ocorre porque a conformação do arco do anticódon dá flexibilidade à primeira base do anticódon

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7.2 – Reconhecimento códon-anticódon7.2 – Reconhecimento códon-anticódon

• É possível distinguir códons únicos apenas quando G e U estão na terceira posição

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7.3 – tRNAs são feitos a partir 7.3 – tRNAs são feitos a partir de precursores maioresde precursores maiores

• tRNAs são sintetizados como cadeias precursoras com material adicional nos dois lados

• O fim 5’ é gerado pela clivagem de uma enzima chamada ribonuclease P

• O fim 3’ começa a ser degradado por uma endonuclease que cliva o precursor. A essa seguem várias exonucleases que degradam no sentido 3’ – 5’.

• O CCA é adicionado como um processo meramente enzimático

• Quando um tRNA não é propriamente processado ele é degradado por um sistema de controe de qualidade.

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7.4 tRNAs contém bases modificadas

• tRNAs contém mais de 50 bases modificadas.

• Modificações a partir das bases A, G, C, U.

• mRNAs e rRNAs também sofrem modificações de

base, mas as alterações dos RNAs transportadores são

mais acentuadas.

• Modificações: metilação, reestruturação do anel...

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• Regiões com bases modificadas: resíduos D braço D ψ seqüência TψC

• Outras modificações específicas

para diferentes grupos:

bactérias, leveduras,

mamíferos, etc.

7.4 tRNAs contém bases modificadas

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• As enzimas modificadoras de tRNA variam amplamente em tipos e especificidade dentre os diferentes grupos de organismo.

• aparatos enzimáticos diferentes conjuntos de tRNAs diferentes

7.4 tRNAs contém bases modificadas

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7.5 Bases modificadas afetam o pareamento anticodon-codon

• Modificações de base em quaisquer partes do tRNA afetam sua especificidade.

• Quando as bases do anticodon são modificadas, tem-se novos padrões de pareamento entre as diferentes bases criadas e as bases A, C, U e G.

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• Inosina(I) pode ser pareada com A, C e U

Assim, a existência de I no anticodon de um tRNA permite o reconhecimento de codons de aminoácidos diferentes.

Degeneração do código genético

7.5 Bases modificadas afetam o pareamento anticodon-codon

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• Padrões de modificação:

Inosina, geralmente, é originada de Adenina. A primeira Uridina do anticodon, geralmente, tem suas

propriedades de pareamento alteradas.

7.5 Bases modificadas afetam o pareamento anticodon-codon

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• Modificações criam leituras preferenciais de alguns codons

• Codons utilizados freqüentemente tendem a serem lidos de modo mais eficiente

7.5 Bases modificadas afetam o pareamento anticodon-codon

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• Padrões de modificação diferentes diferentes famílias de tRNAs dentre os organismos.

7.5 Bases modificadas afetam o pareamento anticodon-codon

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LGCM URLGA

7.6- Há alterações esporáticas no código universal

Tipos de mudanças que podem ocorrer no código genético bacteriano ou no genoma nuclear de eucariotos:

1) Xaa YaaEx: CUG Leu Ser

Não é comum mudança de um aminoácido para outro. Esta mudança sofre uma forte seleção negativa.

2) Códon de terminação aaEx: UGA Stop Trp, Cys, Sel

Maioria das mudanças são deste tipo, pois não há troca de aminoácido. É necessário modificações no tRNA e nos fatores de terminação para que essa mudança possa acontecer.

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3) aa nenhumEx:AGA Arg nenhum

Todas as mudanças são esporáticas.

Fig. 7.10

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Devido as mitocôndrias sintetizarem um pequeno número de proteínas mudanças no seu código genético não seriam fortemente selecionadas.

Fig.7.11

A variedade de mudanças encontradas nas mitocôndrias de diferentes espécies sugerem que essas ocorreram separadamente e não em um descendente comum de um código mitocondrial ancestral.

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7.7 Novos aminoácidos podem ser inseridos no lugar de alguns códons de terminação

1- UGA seleno-cisteínasOcorrência: procariotos e eucariotosCondições para ocorrer: Presença de seleno-cys-tRNA Estrutura em forma de loop após o códon UGA

Fig.7.12

2- UAG pyrrolysineOcorrência: archaea e bactérias

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7.8- tRNA são modificados com aminoácido por sintetases

Fig. 7.13

1º aa reage com ATP, formando aminoacil-AMP e liberando pirofosfato2° aa ativado é transferido para o tRNA, liberando AMP

Há 20 tipos de tRNA

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7.9 Aminoacyl.tRNA synthetases fall into two groups

Grande variedade de enzimas:

Subunidades de 40-100 kD;

Monoméricas, diméricas ou tetraméricas.

Separação em dois grupos:

De acordo com a estrutura do domínio que contém o sítio ativo

Domínio catalítico: sítios de ligação para o ATP e aminoácido;

Interrompido por um domínio de ligação à hélice aceptora do tRNA

Domínio de ligação a região do anticódon do tRNA;

Enzimas multiméricas possuem o domíno de formação do oligômero.

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Variável (depende da enzima)

N.terminal C-terminal

Folhas- e -hélices.

Fig. 7.14 – Aminoacil-tRNA sintetase

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Especula-se que as sintetases ligam-se aos tRNAs pela lateral em

L da molécula, principalmente pelas extremidades e que a maior

parte da sequência do tRNA não é reconhecida pela enzima.

Fig. 7.15 – Aminoacil-tRNA sintetase (estrutura cristalina)

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Fig. 7.16 – tRNA sintetase classe I. Fig. 7.17 – tRNA sintetase classe II.

Ligações de hidrogênio(proteína-tRNA)

O contato com a enzima altera a estrutura do tRNA

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7.10 Synthetases use proofreading to improve accuracy

Cada sintetase deve ser capaz de distinguir 1 entre 20 aminoácidos e

associar-se a 1 tRNA (1-3) em um grupo de cerca de 100 tRNAs.

É especialmente difícil distinguir aminoácidos que diferem

entre si apenas pelo tamanho da cadeia de carbono

A discriminação entre tRNAs é mais fácil já que eles

oferecem uma maior superfície de contato.

A especificidade de reconhecimento tanto de aminoácidos quanto de tRNAs é

controlada pelas aminoacil-tRNA sintetases por reações de prova de leitura que

revertem as reações de catálise se um componente incorreto for incorporado.

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As reações de ligação de aminoácidos e tRNAs ocorrem em

vários estágios, sendo que os passos evoluem somente se os

substratos corretos estiverem ligados à enzima.

Fig. 7.18 –Reconhecimento do tRNA pela sintetase.

tRNA se liga ao sítio ativo da enzima

tRNA correto tRNA incorreto

Mudança conformacional

Aminoacilação

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Fig. 7.19 –Reconhecimento do tRNA pela sintetase.

A especificidade por aminoácidos varia de acordo com a enzima.

Algumas enzimas são altamente

específicas para a ativação dos

aminoácidos enquanto outras não.

Quando a sintetase liga um aminoácido

incorreto, a revisão requer a ligação do tRNA

correto. Pode ocorrer uma mudança

conformacional que causa a hidrólise do

aminoacil-adenilato incorreto ou então uma

transferência do aminoácido para o tRNA,

seguido de hidrólise.

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Exemplo: Discriminação entre aminoácidos dependente de tRNA em E. coli

Ile-tRNA sintetase pode ligar valina com AMP, mas hidrolisa o valil-adenilato quando tRNAIle é ligado.

A taxa de erro global depende da especificidade de passos individuais.

1,5 x 10-5

Taxa bem menor que a de substituição de valina por isoleucina.

Isto significa que erros de ligação de aminoácidos são responsáveis por uma fração muito pequena dos erros que

na verdade ocorrem durante a síntese protéica.

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Fig. 7.21- Sítios ativos da Ile-tRNA sintetase.

Fig. 7.22 – Ile-tRNA sintetase.

Ile-tRNA sintetase usa o tamanho como forma de discriminação entre

os aminoácidos.

Sítio de ativaçãoSítio de hidrólise

O aminoácido é tranportado do sítio de ativação para o de hidrólise da Ile-tRNA

sintetase por uma mudança de conformação do tRNA.

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7.11 - tRNAs supressores7.11 - tRNAs supressores

tRNAs supressores revertem o efeito de códons mutados

Possuem uma mutação no anticódon que altera o códon ao qual esse tRNA responde.

Reconhecendo-o como o códon original

Restaurando a função protéica

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tRNAs supressores

Nonsense Missense

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7.12 – Existem supressores nonsense para cada 7.12 – Existem supressores nonsense para cada códon de terminaçãocódon de terminação

Os supressores nonsense são divididos em 3 classes, uma para cada tipo de códon de terminação.

Supressores âmbar

Reconhecem UAGSupressores ocre

Reconhecem UAA ou UAG

Supressor UGA

Seqüência do anticódon não muda

Mutação permite o pareamento não usual de

C com A

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O pareamento códon-anticódon tanto de tRNAs selvagens quanto de mutantes não pode ser predito inteiramente da seqüência tripla relevante, mas é influenciado por outras

características da molécula.

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7.13 – Supressores competem com tRNA selvagem7.13 – Supressores competem com tRNA selvagem

Célula selvagem

Códon

Aminoácido particular

Sinal de terminação

Célula com mutação supressora

Códon mutante

tRNA supressor

Significado usual

Competição

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Extensão dessa competição vai influenciar a eficiência da supressão

Eficiência de um supressor vai depender:- Afinidade entre seu anticodon e o codon alvo;- Concentração na célula

A eficiência de leitura de um códon é influenciada pela sua localização

Bases vizinhas ao códon podem mudar a freqüência com a qual um códon é reconhecido por um tRNA particular

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Supressão nonsnese de terminações

naturais

Proteínas alteradas

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Supressores nonsense serão mais eficientes, quando o codon de terminação reconhecido por ele for relativamente infreqüente no sistema em questão

- Supressores âmbar em E. coli – códon (UAG) pouco frequente – 10-50% de eficiência

- Supressores ocre – códon (UAA) usado mais frequentemente – eficiência abaixo de 10%

- UGA – lido pelo Trp-tRNA com freqüência de 1 a 3% - usado mais comumente que o códon âmbar nos sistemas bacterianos

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Supressores missense

Dilema para a célula: suprimir o que é um códon mutante em um lugar e não alterar extensivamente seu significado normal em outros lugares

Mutações de uma cópia de um grupo redundante de tRNA

Não elimina o reconhecimento dos códons usuais

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7.14 – O ribossomo influencia a precisão da tradução

- A falta de variações detectáveis quando a sequência de uma proteína é analisada demonstra que a síntese proteica é bem precisa.

- Os poucos erros ocorrem como substituições de um aminoácido por outro.

- Existem dois estágios na síntese proteica onde erros podem aparecer:

1- ligação do t-RNA com o aminoácido correto

2- reconhecimento códon-anticódon

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Existem dois modelos básicos para explicar como o ribossomo discrimina entre pareamento correto ou incorreto entre aminoacil-tRNA:

1- A estrutura do ribossomo reconhece aminoacil-tRNAs que paream corretamente. Ou seja, o pareamento correto leva a pequenas mudanças conformacionais que possibilitam a tradução.

2- Existiria dois estágios nesse processo, assim o aminoacil-tRNA teria várias oportunidades de se desligar do ribossomo. Um pareamento errôneo impediria a passagem de um estado para o outro.

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O modelo atual incorpora elementos dos dois outros modelos propostos:

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7.15 – Recoding changes codon meanings

-A fase de leitura é geralmente invariável. Começa em AUG e continua em triplets até o códon de terminação.

- A leitura não reconhece senso. Ou seja, a inserção ou a deleção leva a um “frameshift”.

- Existem algumas exceções dos padrões de tradução que possibilitam que uma janela de leitura com interrupções – códon sem sentido ou frameshift – possa ser traduzida em uma proteína inteira.

- Mundando o sentido de um códon permite-se colocar um aminoácido em um códon de terminação, ou inserir um aminoácido no lugar de outro.

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Uma mutação em um tRNA (geralmente no anticódon) pode suprimir o sentido original do códon. Em um caso especial, um tRNA específico é acoplado por um fator de elongação para reconhecer um códon de terminação adjacente a um loop em grampo

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7.16 Frameshift ocorre em seqüências “escorregadias”

• Frameshifting está associado com tRNAs específicos:

– Supressores de tRNAs mutantes reconhecem um códon de 4 bases

– certas seqüências permitem o tRNA mover-se ao longo do mRNA no sítio A

• Mutações por frameshift ocorrem pela inserção ou deleção de uma

base e podem ser suprimidas restaurando a fase de leitura original

• O tipo mais simples de supressor de frameshift corrige a fase de

leitura quando houve uma inserção em um trecho de bases

repetidas

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• Em fagos e vírus, ocorrem

situações em que

frameshifting é um evento

normal

– esses eventos podem causar

a terminação ou continuação

da síntese protéica

– Ex. tradução em retrovírus

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• Frameshifting programado ocorre com freqüências 100-1000 x maiores

• seqüências escorregadias permitem o aminoacil-tRNA mover-se 1 base para frente ou para trás

• o ribossomo é atrasado para permitir o rearranjo

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7.17 Ultrapassagem envolve movimentação do ribossomo

• Algumas seqüências promovem evento de ultrapassagem

• evento mais raro, apenas 3 exemplos (Ex.: gene60 do fago T4)

• códons idênticos nas extremidades da seqüência omitida

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• Também depende de pausa do ribossomo

• maior probabilidade de dissociação do peptidil-tRNA quando há atraso na entrada de aminoacil-tRNA

• Gene 60 do fago T4: estrutura do mRNA reduz eficiência da terminação