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ESTATUTO ORGÂNICO DO MINISTÉRIO DA ASSISTÊNCIA E REINSERÇÃO SOCIAL CAPÍTULO I Natureza e atribuições Artigo 1.º (Natureza) O Ministério da Assistência e Reinserção Social, adiante designado por MINARS é o órgão do Governo encarregue de dirigir e coordenar a execução da política social relativa aos grupos mais vulneráveis da população, garantindo os seus direitos e a promoção do seu desenvolvimento através de medidas que reportam a implementação de políticas sociais básicas da reinserção e da assistência social Artigo 2.º (Atribuições) Para a prossecução dos objectivos que se propõe, o Ministério da Assistência e Reinserção Social tem como atribuições principais: a) Propor políticas e estratégias específicas no quadro da assistência e reinserção social das populações carentes e desprotegidas; b) Assegurar assistência ao idoso, a infância e ao adolescente, a pessoa portadora de deficiência que não esteja abrangida pela segurança social; c) Propor a implementação de estratégias de promoção e desenvolvimento comunitário; d) Promover e dinamizar o desenvolvimento de acções que visem o surgimento de serviços de apoio e promoção do bemestar das famílias carentes; e) Promover programas de atendimento a pessoa portadora de deficiência, garantindo e acompanhando a sua reinserção social;

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ESTATUTO ORGÂNICO DO MINISTÉRIO DA ASSISTÊNCIA E REINSERÇÃO SOCIAL

CAPÍTULO I Natureza e atribuições

Artigo 1.º (Natureza)

O Ministério da Assistência e Reinserção Social, adiante designado por MINARS é o órgão do Governo encarregue de dirigir e coordenar a execução da política social relativa aos grupos mais vulneráveis da população, garantindo os seus direitos e a promoção do seu desenvolvimento através de medidas que reportam a implementação de políticas sociais básicas da reinserção e da assistência social

Artigo 2.º (Atribuições)

Para a prossecução dos objectivos que se propõe, o Ministério da Assistência e Reinserção Social tem como atribuições principais:

a) Propor políticas e estratégias específicas no quadro da assistência e reinserção social das populações carentes e desprotegidas;

b) Assegurar assistência ao idoso, a infância e ao adolescente, a pessoa portadora de deficiência que não esteja abrangida pela segurança social;

c) Propor a implementação de estratégias de promoção e desenvolvimento comunitário;

d) Promover e dinamizar o desenvolvimento de acções que visem o surgimento de serviços de apoio e promoção do bem­estar das famílias carentes;

e) Promover programas de atendimento a pessoa portadora de deficiência, garantindo e acompanhando a sua reinserção social;

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f) Apoiar as diferentes acções multi­sectoriais no domínio da reabilitação integral da pessoa podadora de deficiência;

g) Coordenar a execução da política de assistência e reassentamento das populações deslocadas e repatriadas;

h) Dinamizar o repatriamento livre e consentido dos refugiados, proceder a sua recepção, recenseamento, controlo estático e apoio a sua reintegração socio­económica;

i) Coordenar e gerir o sistema de apoio a criança em situação de risco;

j) Promover programas de prevenção e combate à delinquência juvenil, bem como programas adequados à reeducação de menores;

k) Assegurar as condições necessárias para a protecção, sobrevivência, desenvolvimento e educação integral das crianças em situação particularmente difícil;

l) Propor a aprovação pelo Governo de disposições legais que favoreçam o desenvolvimento da assistência e da reinserção social, bem como zelar pelo seu cumprimento;

m) Promover a cooperação com outros países e instituições congéneres, bem como organismos internacionais especializados;

n) Promover e apoiar a constituição de associações de defesa aos grupos vulneráveis;

o) Promover e coordenar a formação, superação e especialização dos quadros sociais em colaboração com os demais órgãos de administração do Estado e com o sector privado;

p) Orientar e controlar a execução do plano nacional de acção contra as minas;

q) Propor e controlar políticas de integração social e formação profissional dos ex – militares;

r) Coordenar e controlar a recepção das ajudas e doações de bens e valores provenientes das entidades estrangeiras e organizações internacionais, bem como a sua distribuição;

s) Controlar e apoiar as actividades de entidades singulares e colectivas reconhecidas, que prossigam fins idênticos ao do Ministério;

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t) Representar a República de Angola junto dos organismos internacionais, assegurando os compromissos do sector no plano internacional;

u) Controlar e orientar metodologicamente a actividade da ajuda humanitária â população necessitada;

v) Exercer as demais tarefas que lhe forem acometidas superiormente;

CAPITULO II Organização cm Geral

Artigo 3.º (Direcção)

O Ministério da Assistência e Reinserção Social é dirigido pelo Ministro que coordena toda a actividade e funcionamento dos órgãos e serviços que o integram.

No exercício das suas funções o Ministro é coadjuvado por Vice­ Ministros aos quais poderá delegar competências para acompanhar, tratar e decidir os assuntos relativos à actividade e ao funcionamento dos serviços que lhes forem atribuídos.

Artigo 4. ° (Competência do Ministro)

1. O Ministro tem as seguintes competências:

a) Orientar, coordenar e fiscalizar a execução da política e estratégia do Ministério;

b) Assegurar a execução das leis e outros diplomas legais que, em especial, incidam sobre as atribuições do Ministério;

c) Representar o Ministério nos fóruns nacionais e internacionais;

d) Dirigir e superintender as actividades dos Vice­Ministros, directores nacionais, directores dos órgãos tutelados e demais responsáveis dos órgãos centrais e locais do Ministério;

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e) Supervisionar a gestão do orçamento do Ministério;

f) Estabelecer relações com as demais entidades e serviços de acordo com a conveniência do Ministério;

g) Nomear, exonerar, promover o pessoal do Ministério e dos órgãos tutelados;

h) Exercer as demais funções que lhe forem determinadas por lei ou decisão superior.

Artigo 5. ° (Competência dos Vice­Ministros)

1. Os Vice­Ministros sob a orientação do Ministro superintendem as actividades dos órgãos ou serviços que lhes forem indicados.

2. No exercício das suas funções compete aos Vice – Ministros:

a) Coadjuvar o Ministro no exercício das competências, bem como na coordenação das áreas que lhes forem delegadas;

b) Por designação expressa, substituir o Ministro nas suas ausências e impedimentos;

c) Praticar os demais actos que lhes forem determinados por lei ou decisão superior.

CAPÍTULO III Serviços em Especial

Artigo 6° (Estrutura orgânica)

1. A estrutura orgânica do Ministério da Assistência Reinserção Social compreende:

a) Serviços de apoio consultivo;

b) Serviços de apoio técnico;

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c) Serviços de apoio instrumental;

d) Serviços executivos centrais;

e) Órgãos tutelados.

1.1São serviços de apoio consultivo:

a) Conselho Consultivo;

b) Conselho de Direcção.

1.2São serviços de apoio técnico:

a) Gabinete Jurídico;

b) Secretaria Geral;

c) Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística;

d) Gabinete de Inspecção.

1.3São serviços de apoio instrumental:

a) Gabinete do Ministro;

b) Gabinete dos Vice Ministros;

c) Gabinete de Intercâmbio Internacional;

d) Centro de Documentação e Informação.

1.4São serviços executivos centrais:

a) Direcção Nacional da Assistência e Promoção Social;

b) Direcção Nacional da Criança e do Adolescente;

c) Direcção Nacional da Integração da Pessoa Portadora de Deficiência;

d) Direcção Nacional de Logística.

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1.5São órgãos tutelados:

a) Unidade Técnica de Coordenação da Ajuda Humanitária (UTCAH);

b) Instituto Nacional de Reintegração Socioprofissional dos Ex­ Militares (IRSEM);

c) Instituto Nacional de Remoção de Obstáculos e Engenhos Explosivos (INAROEE).

SECÇAO I Serviços de Apoio Consultivo

Artigo 7.º (Conselho consultivo)

1. O Conselho Consultivo é o órgão de consulta do Ministro com vista à tomada de decisões concretas sobre questões de desenvolvimento político, económico c social do Ministério.

2. O Conselho Consultivo é presidido pelo Ministro e tem a seguinte composição:

a) Vice­Ministros;

b) Directores nacionais;

c) Directores nacionais equiparados;

d) Chefes de departamento.

3. O Ministro poderá, quando necessário, convidar ou convocar outras entidades para participar em sessões do Conselho Consultivo.

4. O Conselho Consultivo reúne ordinariamente uma vez por ano e extraordinariamente sempre que convocado pelo Ministro.

5. O funcionamento do Conselho Consultivo rege­se por um regimento a aprovar pelo Ministro.

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Artigo 8.º (Conselho de Direcção)

1. O Conselho de Direcção é o órgão de apoio ao Ministro na coordenação e execução das actividades correntes dos diversos órgãos e serviços.

2. O Conselho de Direcção é presidido pelo Ministro e tem a seguinte composição:

a) Vice­Ministros;

b) Directores nacionais;

c) Directores nacionais equiparados;

d) Chefes de departamento.

3. O Ministro poderá, quando necessário, convidar ou convocar outras entidades para participar com sessões do Conselho de Direcção.

4. O funcionamento do Conselho de Direcção rege­se por um regimento a aprovar pelo Ministro.

SECÇÃO II Serviços de Apoio Técnico

Artigo 9.º (Gabinete Jurídico)

1. O Gabinete Jurídico é o serviço de apoio e assessoria e de controlo das acções técnico­jurídicas do Ministério da Assistência e Reinserção Social.

2. O Gabinete Jurídico tem as seguintes competências:

a) Apoiar a direcção do Ministério, a Fim de que as suas acções se enquadrem no âmbito do estabelecido pela lei;

b) Participar nos trabalhos preparatórios ligados ã celebração de acordos, protocolos, convenções e contratos de âmbito nacional e internacional, bem como de outros documentos de carácter jurídico relacionados com as actividades do Ministério;

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c) Elaborar diplomas legais e demais documentos de natureza jurídica a emitir pelo Ministério;

d) Velar pelo cumprimento das leis e regulamentos aplicáveis, dando a conhecer os casos de violações ou incumprimentos;

e) Representar o Ministério nos actos jurídicos para os quais sejam especialmente designados;

f) Desempenhar outras funções que lhe forem acometidas superiormente.

3­ O Gabinete Jurídico exerce as suas atribuições através da seguinte estrutura orgânica:

a) Departamento Técnico­Jurídico;

b) Departamento de Contrato e Contencioso.

4­ O Gabinete Jurídico é dirigido por um director com a categoria equivalente a de director nacional e os departamentos que o integram por chefes de departamento nacional.

5­ O Gabinete Jurídico rege­se por um regulamento interno a aprovar pelo Ministro.

Artigo 10.º (Secretaria Geral)

1. A Secretaria Geral é o órgão dos serviços de apoio que se ocupa das questões administrativas comuns a todos os órgãos e serviços, da gestão do pessoal, do orçamento, do património e das relações públicas do Ministério da Assistência e Reinserção Social.

2. A Secretaria­geral tem as seguintes competências:

a) Assegurar e coordenar a gestão da força de trabalho e todas as questões administrativas financeiras e logísticas relativas ao Ministério;

b) Elaborar, acompanhar e executar o projecto de orçamento em articulação com o plano de actividades do Ministério;

c) Participar nos concursos públicos para aquisição de produtos para o Ministério e efectuar a respectiva liquidação;

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d) Elaborar o relatório de prestação de contas e remetê­lo à apreciação das entidades competentes;

e) Assegurar a aquisição e manutenção dos bens e equipamentos necessários ao bom funcionamento do Ministério e gerir o seu património;

f) Assegurar a recolha e tratamento da documentação de interesse para os diversos serviços do Ministério;

g) Desempenhar outras funções que lhe forem acometidas superiormente.

3­ A Secretaria Geral exerce as suas competências través da seguinte estrutura orgânica:

a) Departamento de Administração, Gestão do Orçamento e Controlo da Gestão Patrimonial;

b) Departamento de Relações Públicas e Protocolo;

c) Centro de Formação Social.

4­ A Secretaria Geral é dirigida por um secretário gerai com a categoria equivalente a de director nacional e os departamentos que a integram por chefes de departamento nacional.

5­ A Secretaria Geral rege­se por um regulamento interno a aprovar pelo Ministro.

Artigo 11.º (Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística)

1­ O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística, abreviadamente designado por (GEPE), é o serviço de apoio e assessoria técnica, de natureza interdisciplinar, que tem a função de elaborar estudos e análises, planificar e programar as actividades económicas, financeiras e sociais do Ministério da Assistência e Reinserção Social.

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2­ O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística tem as seguintes competências:

a) Propor e acompanhar a execução da estratégia política de desenvolvimento do Ministério, procedendo à avaliação global do seu cumprimento;

b) Estudar e analisar os projectos de desenvolvimento global da assistência e da reinserção social emitindo os respectivos pareceres;

c) Elaborar o estudo do mercado dos bens produzidos no País e outros do interesse do Ministério e parceiros humanitários;

d) Coordenar e acompanhar a realização dos projectos de investimentos públicos sob tutela do Ministério com a colaboração dos demais órgãos do sector;

e) Colaborar com os órgãos e serviços do sector e de outros Ministérios na articulação técnica e elaboração de planos e programas anuais de médio e longo prazos relativos ao sector;

f) Elaborar estudos técnico­económicos com vista ã melhoria do funcionamento do Ministério;

g) Elaborar estudos e promover a recolha e divulgação de informação estatística de acompanhamento e caracterização da evolução sectorial;

h) Colaborar com os demais serviços do Ministério na programação do orçamento geral do Ministério e das ajudas externas criadas ao abrigo dos projectos e programas do Ministério;

i) Desempenhar outras funções que lhe forem acometidas superiormente.

3. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística exerce as suas competências através da seguinte estrutura orgânica:

a) Departamento de Programas e Projectos;

b) Departamento de Estudos e Investigação;

c) Departamento de Informação e Estatística.

4­ O Gabinete de Estudos, Planeamento c Estatística é dirigido por um director, com a categoria equivalente a de director nacional e os departamentos que o integram por chefes de departamento nacional.

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5­ O Gabinete de Estudos e Planeamento rege­se por um regulamento interno a aprovar pelo Ministro.

Artigo 12. ° (Gabinete de Inspecção)

1­ O Gabinete de Inspecção, abreviadamente designado por «G.I.» é o serviço de apoio do Ministério da Assistência e Reinserção Social encarregue do acompanhamento, controlo e fiscalização dos serviços, bem como dos demais órgãos tutelados tendo em vista o comprimento das leis, regulamentos e instruções vigentes.

2­ O Gabinete de Inspecção tem as seguintes competências:

a) Realizar inspecções e auditorias por determinação superior;

b) Proceder à inspecção, inquéritos e sindicâncias aos serviços internos e órgãos tutelados pelo Ministério envolvidos em programas de acção social sempre e quando para tal for mandatado;

c) Verificar o grau de cumprimento pelos diversos órgãos e serviços do Ministério, das leis, regulamentos em vigor no País e compromissos do sector superiormente definidos pelo Governo;

d) Efectuar estudos, pareceres e exames sobre a gestão económico­ financeira e patrimonial no âmbito das suas atribuições, sempre que mandatado;

e) Elaborar relatórios, propondo medidas tendentes a corrigir as deficiências e irregularidades detectadas;

f) Cooperar estreitamente com organismos afins;

g) Acompanhar o cumprimento das orientações e instruções dos órgãos superiores sobre os programas aprovados e as disposições legais competentes;

h) Prestar todos os esclarecimentos e informações solicitadas pela Inspecção Geral da Administração do Estado;

i) Desempenhar outras funções que Ilie forem acometidas superiormente.

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3­ O Gabinete de Inspecção exerce as suas competências através da seguinte estrutura orgânica:

a) Departamento de Auditoria;

b) Departamento de Inspecção e Fiscalização.

4­ O Gabinete de Inspecção é dirigido por uni inspector com a categoria equivalente a de director nacional e os departamentos que o integram por chefes de departamento nacional.

5­ O Gabinete de Inspecção rege­se por um regulamento interno a aprovar pelo Ministro.

SECÇÃO III Serviços de Apoio Instrumental

Artigo 13. ° (Gabinete do Ministro)

O Gabinete do Ministro tem a composição, atribuições, forma de provimento e categoria do pessoal definidas pelo Decreto n.º 26/97, de 4 de Abril.

Artigo 14. ° (Gabinete dos Vice­Ministros)

Os Gabinetes dos Vice­Ministros têm a composição, atribuições, competências, forma de provimento e categorias do pessoal definidas pelo Decreto n.º 26/97, de 4 de Abril.

Artigo 15. ° (Gabinete de Intercâmbio Internacional)

1­ O Gabinete de Intercâmbio Internacional, abreviadamente designado por «G.I.I.» é o serviço de apoio que assegura o relacionamento e cooperação entre O Ministério da Assistência e Reinserção Social e os organismos homólogos de outros países e organizações internacionais, nacionais e não governamentais.

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2­ O Gabinete de Intercâmbio Internacional tem as seguintes competências:

a) Estudar e elaborar propostas com vista a assegurar a estratégia de cooperação internacional no âmbito da assistência e da reinserção social em articulação com os demais órgãos do Ministério e acompanhar a execução dessa cooperação

b) Assegurar a coordenação do estabelecimento de relações de cooperação com Ministérios homólogos de outros países, organismos internacionais e organizações não governamentais no âmbito das actividades do Ministério;

c) Acompanhar e assegurar a implementação das obrigações internacionais da República de Angola no domínio da assistência e da reinserção social com respeito aos organismos internacionais especializados;

d) Propor e acompanhar as negociações de programas e projectos no âmbito da assistência sócio­humanitária e de emergência;

e) Participar nas negociações dos acordos e convenções com outros países e organismos internacionais em colaboração com o Gabinete Jurídico;

f) Desempenhar as demais funções que lhe forem acometidas superiormente.

3­ O Gabinete de Intercâmbio Internacional exerce as suas competências através da seguinte estrutura orgânica:

a) Departamento para a Cooperação;

b) Departamento para as Organizações Internacionais.

4­ O Gabinete de Intercâmbio Internacional é dirigido por um director com a categoria equivalente a de director nacional e os departamentos que o integram por chefes de departamento nacional.

5­ O Gabinete de Intercâmbio Internacional rege­se por um regulamento interno a aprovar pelo Ministro.

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Artigo 16. ° (Centro de Documentação e Informação)

1­ O Centro de Documentação e Informação, abreviadamente designado por «C.D.I.», é o serviço de apoio do Ministério da Assistência e Reinserção Social encarregue da recolha, tratamento, selecção e difusão da documentação e informação em geral.

2­ O Centro de Documentação e Informação tem as seguintes competências:

a) Estabelecer laços de cooperação com os órgãos de comunicação social no sentido de facilitar a difusão das actividades do Ministério;

b) Compilar, processar e arquivar as informações produzidas pelos meios de comunicação social, nacionais e internacionais de modo a assegurar ao Ministério o conhecimento actualizado da realidade nacional e internacional;

c) Organizar e coordenar a biblioteca e o arquivo histórico do Ministério;

d) Colocar à disposição dos trabalhadores do Ministério a documentação técnico­científica necessária ao apoio da actividade do sector e a elevação do nível técnico e profissional do mesmo;

e) Elaborar e publicar o boletim do sector com a colaboração dos demais órgãos e serviços do Ministério;

f) Desempenhar outras funções que lhe forem acometidas superiormente.

3­ O Centro de Documentação e Informação exerce as suas competências através da seguinte estrutura orgânica:

a) Secção de Comunicação e Informação;

b) Secção de Informação e Divulgação.

4­ O Centro de Documentação e Informação é dirigido por um chefe de departamento com categoria equivalente a de chefe de departamento nacional e as secções que o integram por chefes de secção.

5­ O Centro de Documentação e Informação rege­se por um regulamento interno a aprovar pelo Ministro.

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SECÇÃO IV Serviços Executivos Centrais

Artigo 17.º (Direcção Nacional da Assistência Promoção Social)

1. A Direcção Nacional da Assistência e Promoção Social, abreviadamente designada por «DNAPS», é o serviço executivo encarregue da protecção, promoção dos direitos do cidadão, no domínio da sobrevivência e promoção social das comunidades, famílias carenciadas e sinistradas através de acções de desenvolvimento no meio rural, perí­urbano, urbano e nas instituições públicas e do Estado.

2. A Direcção Nacional da Assistência e Promoção Social tem as seguintes competências:

a) Participar na preparação da definição das políticas destinadas a promover a assistência social a favor dos grupos mais vulneráveis da sociedade e estabelecer estratégias para a sua aplicação;

b) Garantir assistência aos idosos que não estejam abrangidos pelo sistema de segurança social;

c) Licenciar e fiscalizar o funcionamento de instituições de assistência para idosos;

d) Garantir o apoio multiforme, a integração social das famílias carenciadas e de baixo rendimento através de acções com outros actores sociais;

e) Dinamizar a criação de centros sociais na comunidade em colaboração com outras instituições com vista à integração das famílias com níveis de pobreza mais baixos;

f) Promover o regresso e a integração social das populações deslocadas para as suas áreas de origem;

g) Promover o repatriamento dos angolanos no exterior e proceder ã sua inserção social nas comunidades de origem;

h) Assistir os refugiados residentes no Pais em estreita colaboração com outros órgãos do Estado e organismos internacionais especializados;

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i) Desempenhar outras funções que lhe forem acometidas superiormente.

3­ A Direcção Nacional da Assistência e Promoção Social exerce as suas competências através da seguinte estrutura orgânica:

a) Departamento da Assistência e Integração Social; b) Departamento de Acção Comunitária; c) Departamento de Refugiados.

4­ A Direcção Nacional da Assistência e Promoção Social é dirigida por um director nacional e os departamentos que o integram por chefes de departamento nacional.

5­ A Direcção Nacional da Assistência e Promoção Social rege­se por um regulamento interno a aprovar pelo Ministro.

Artigo 18.º (Direcção Nacional da Criança e do Adolescente)

1­ A Direcção Nacional da Criança e do Adolescente, abreviadamente designada por «DNCA»>, é o serviço executivo encarregue da protecção e promoção dos direitos da criança e do adolescente dentro dos parâmetros de actuação no domínio da sobrevivência, educação e desenvolvimento dos grupos mais vulneráveis.

2­ A Direcção Nacional da Criança e do Adolescente tem as seguintes competências:

a) Participar na definição de políticas nacionais e estratégias a favor da criança e do adolescente;

b) Proteger os direitos da criança e do adolescente;

c) Promover alternativas de atendimento de baixo custo para as crianças da primeira infância e adolescentes em situação difícil;

d) Desenvolver e coordenar o programa de localização familiar e a reintegração social de crianças em colaboração com outras estruturas governamentais e não governamentais;

e) Colaborar com os Tribunais de Menores ou estruturas afins na aplicação de medidas sócio­educativas em meio aberto ou fechado destinadas aos menores infractores;

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f) Organizar, garantir e supervisionar o enquadramento socioprofissional do adolescente desprotegido;

g) Licenciar e fiscalizar instituições infanto­juvenis;

h) Estudar formas de alargamento e atendimento à criança e aos adolescentes no meio rural, urbana e periurbano;

i) Colaborar com o Ministério da Educação e Cultura na implementação de programas, metodologias e normas para o desenvolvimento do trabalho pedagógico com crianças da primeira infância;

j) Colaborar com Ministério da Saúde e outras instituições afins na aplicação de programas de cuidados primários de saúde e de atendimento às necessidades nutricionais da criança;

k) Estabelecer programas de protecção sócio­educativos destinados às crianças e aos adolescentes vítimas de abuso sexual ou prostituídos;

l) Desempenhar outras tarefas que lhe forem acometidas superiormente.

3­ A Direcção Nacional da Criança e do Adolescente exerce as suas competências através da seguinte estrutura orgânica:

a) Departamento de Atendimento à Primeira Infância;

b) Departamento de Atendimento à Criança em Risco;

c) Departamento de Atendimento a Criança em conflito com a lei.

4­ A Direcção Nacional da Criança e do Adolescente é dirigida por um director nacional e os departamentos que o integram por chefes de departamento.

5­ A Direcção Nacional da Criança e do Adolescente rege­se por um regulamento interno a aprovar pelo Ministro.

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Artigo 19. ° (Direcção Nacional de Integração da Pessoa Portadora de Deficiência)

1­ A Direcção Nacional de Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, abreviadamente designada por «DNIPPD», é o serviço executivo encarregue da assistência, orientação, reinserção e promoção socio­ económica do deficiente.

2­ A Direcção Nacional de Integração da Pessoa Portadora de Deficiência tem as seguintes competências:

a) Participar na preparação da definição das políticas nacionais e estratégias a favor da pessoa portadora de deficiência;

b) Coordenar e promover a implementação política da prevenção, reabilitação e imigração da pessoa portadora de deficiência;

c) Colaborar na elaboração de toda legislação relacionada com a pessoa portadora de deficiência;

d) Garantir o apoio multiforme e a integração social da pessoa portadora de deficiência através de acções com outros actores sociais;

e) Garantir a atribuição de subsídios e assistência à pessoa portadora de deficiência;

f) Apoiar a pessoa portadora de deficiência e desprotegida com atribuição de dispositivos de compensação;

g) Desempenhar outras funções que lhe forem acometidas superiormente.

3­ A Direcção Nacional de Integração da Pessoa Portadora de Deficiência exerce as suas competências através da seguinte estrutura orgânica:

a) Departamento de Análise e Orientação;

b) Departamento de Integração Social.

4­ A Direcção Nacional de Integração da Pessoa Portadora de Deficiência é dirigida por um director nacional e os departamentos que o integram por chefes de departamento nacional.

5­ A Direcção Nacional de Integração da Pessoa Portadora de Deficiência rege­se por um regulamento interno a aprovar pelo Ministro.

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Artigo 20. ° (Direcção Nacional de Logística)

1­ A Direcção Nacional de Logística, abreviadamente designada por «DNL», é o serviço executivo encarregue de garantir a execução das tarefas relacionadas com a recepção, desalfandegamento, transportes, registo, armazenamento e distribuição dos bens destinados aos diversos programas e projectos de acção do Ministério.

2­ A Direcção Nacional de Logística tem as seguintes competências:

a) Coordenar com os operadores a chegada dos produtos consignados ao Ministério, bem como o seu levantamento nos portos, aeroportos e outros locais;

b) Coordenar e controlar as actividades relacionadas com a transportação, armazenamento e distribuição dos bens afectos aos diferentes programas;

c) Colaborar com outros órgãos e serviços afins do Ministério no estudo do mercado nacional e internacional, participando nos concursos públicos para aquisição de produtos de interesse;

d) Garantir a operacionalidade e conservação dos meios logísticos, assim como as necessidades do abastecimento técnico e material;

e) Instalar e acondicionar o material de projectos e outros afectos ao Ministério, providenciando a sua distribuição atempada e em condições de utilização;

f) Desempenhar outras funções que lhe forem acometidas superiormente.

3­ A Direcção Nacional de Logística exerce as suas competências através da seguinte estrutura orgânica:

a) Departamento de Aprovisionamento e Gestão de Stocks;

b) Departamento de Transportes.

4­ A Direcção Nacional de Logística é dirigida por um director nacional e os departamentos que o integram por chefes de departamento nacional.

5­ A Direcção Nacional de Logística rege­se por um regulamento interno a aprovar pelo Ministro.

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CAPITULO IV Órgãos Tutelados

Artigo 21.º (Unidade Técnica de Coordenação da Ajuda Humanitária)

1­ A Unidade Técnica de Coordenação da Ajuda Humanitária, abreviadamente designada por «UTCAH», é o órgão tutelado do Ministério da Assistência e Reinserção Social responsável pela coordenação das actividades de todas as entidades nacionais e internacionais de projectos de auxilio humanitário às populações carenciadas.

2­ A Unidade Técnica de Coordenação da Ajuda Humanitária é dirigida por um director geral e directores gerais adjuntos nomeados por despacho do Ministro.

Artigo 22.º (Instituto de Reintegração Socioprofissional dos Ex­Militares)

1­ O Instituto de Reintegração Socioprofissional dos Ex­Militares, abreviadamente designado por «IRSEM» é o órgão tutelado pelo Ministério da Assistência e Reinserção Social encarregue da execução da política de reinserção e integração socioprofissional dos Ex­Militares.

2­ O Instituto de Reintegração Socioprofissional dos Ex­Militares é dirigido por um director geral e directores gerais adjuntos nomeados por despacho do Ministro.

Artigo 23. ° (Instituto de Remoção de Obstáculos e Engenhos Explosivos)

1­ O Instituto Nacional de Remoção de Obstáculos e Engenhos Explosivos, abreviadamente designado por «INAROEE» é o órgão tutelado pelo Ministério da Assistência e Reinserção Social encarregue da coordenação e execução da actividade de desminagem nas áreas de assentamento populacional e de implementação de projectos socio­económicos.

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CAPÍTULO V Pessoal

Artigo 24.º (Quadro do pessoal)

1­ O quadro de pessoal do Ministério da Assistência e Reinserção Social é o constante do anexo I do presente diploma do qual é parte integrante.

2­ O quadro de pessoal referido no número anterior poderá ser alterado por decreto executivo conjunto dos Ministérios da Assistência e Reinserção Social e da Administração Pública, Emprego e Segurança Social.

Artigo 25.º (Ingresso e acesso)

1­ As condições de ingresso, progressão e acesso nas categorias e carreiras são regidas pelas disposições constantes do Decreto n.º 24/91, de 29 de Junho.

2­ As figuras de mobilidade ou de permuta do pessoal tais como comissão de serviços, destacamento e requisição são regidas pelas disposições do Decreto n ° 25/91,de 29 de Junho.

CAPÍTULO VI Disposições Finais

Artigo 26.º (Orçamento)

1­ O Ministério da Assistência e Reinserção Social disporá de orçamento próprio, consignado no Orçamento Oficial do estado para o seu funcionamento, cuja gestão obedecerá as regras estabelecidas na legislação em vigor.

2­ Os órgãos tutelados disporão de orçamento próprio, autonomia administrativa e financeira de acordo com a legislação em vigor.

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Artigo 27.º (Organigrama)

O organigrama do Ministério da Assistência e Reinserção Social é o constante do anexo II a este diploma do qual é pane integrante.

Artigo 28.º (Estatutos e regulamentos)

Os serviços de apoio consultivo, técnicos, instrumentais, executivos centrais, e unidades orgânicas criadas por este diploma regem­se por regimentos e regulamentos internos a serem aprovados no prazo de 90 dias a contar da data da publicação do presente decreto­lei.