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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Engenharia Ambiental FELIPE AUGUSTO FEDOZZI CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA: CONDOMÍNIO PLAZA DAS FLORES, EM CAMPINAS/SP Campinas 2013

CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVAlyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2585.pdf · mudar tudo o que pode e deve ser mudado. Mas, acima de tudo, dá-me sabedoria para distinguir

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Engenharia Ambiental

FELIPE AUGUSTO FEDOZZI

CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA:

CONDOMÍNIO PLAZA DAS FLORES, EM CAMPINAS/SP

Campinas 2013

FELIPE AUGUSTO FEDOZZI – R.A. 004200900052

CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA: CONDOMÍNIO PLAZA DAS FLORES, EM CAMPINAS/SP

Monografia apresentada ao Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade São Francis-co, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Ambiental e Sanitária.

Orientador: Prof Helton Salles de Oliveira

Campinas 2013

FELIPE AUGUSTO FEDOZZI

CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA: CONDOMÍNIO PLAZA DAS FLORES

Monografia aprovada pelo Programa de Graduação em Campinas da Universida-de São Francisco, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Ambiental e Sanitária. Data de aprovação: ___ / ___ / ___

Banca Examinadora

___________________________________________________________________

Prof.º Me. Helton Salles de Oliveira (Orientador)

Universidade São Francisco

___________________________________________________________________

Prof.º Dr. Wilson José Figueiredo Alves Junior (Examinador)

Universidade São Francisco

___________________________________________________________________

Prof.º Eng.º João Bosco Ribeiro de Siqueira (Examinador)

Universidade São Francisco

Ao condomínio Plaza das Flores e seus

moradores, pela preservação do meio ambiente.

AGRADECIMENTOS

Agradeço a minha família em primeiro lugar, por ter garantido os meus estudos des-

de infância até o momento atual com muita dedicação, principalmente minha avó Maria Apa-

recida, pois sem ela não teria a oportunidade de fazer a graduação.

Ao meu professor e orientador Helton Salles de Oliveira que me deu o suporte para o

desenvolvimento deste trabalho.

À minha professora e coorientadora Maria Cândida M. C. Baptista que instruiu a mi-

nha turma de engenharia ambiental desde início do curso sobre as metodologias e posturas

a serem utilizadas durante a elaboração e apresentação de trabalhos.

Ao professor Arnaldo Gomes que me guiou e mostrou os conceitos técnicos neces-

sários para conclusão do projeto.

À síndica Maite Paiva e o zelador Renir Simões do condomínio onde resido e foi ela-

borado o projeto, pelo tempo e compreensão dedicados a formulação do mesmo.

Aos meus pais, pela educação e pelo amor com que fui criado.

E também a minha namorada Karina Derigo, que me deu motivação e auxílio, além

de muita paciência durante todo o período de elaboração deste trabalho.

"Senhor dá-me serenidade para aceitar tudo aquilo

que não pode e não deve ser mudado. Dá-me força para

mudar tudo o que pode e deve ser mudado. Mas, acima

de tudo, dá-me sabedoria para distinguir uma coisa da

outra."

RESUMO

A conservação do meio ambiente tem sido uma preocupação maior a cada dia e a

água sendo um dos principais recursos da natureza, essencial à vida, a qual se deve ter

cuidados especiais a partir de equipamentos, técnicas e métodos voltados à sua conserva-

ção e preservação. Dada a importância foi elaborado um projeto para o bem comum do meio

ambiente e ao condomínio onde resido como pratica ecológica e econômica. Observado em

determinado momento, que no condomínio já haviam grandes potenciais instalados, mas

desativados e sem utilização, foi decidido elaborar uma intervenção. Então o seguinte traba-

lho se refere ao projeto de captação de água pluvial a partir desse potencial já existente, a

fim de elaborar um projeto de baixo custo. Utilizando o telhado e os condutores até a caixa

de passagem e a cisterna já existentes para o desenvolvimento do projeto para retenção de

água pluvial e uma determinada finalidade a ela. Primeiramente foi conversado com a síndi-

ca e o zelador do condomínio para estudo e conhecimento do local a ser implantado, e tam-

bém uma melhor alternativa de aplicação dessa água no condomínio. Além de pesquisa

eletrônica e consulta em livros e estudos de projetos, assim como a utilização e análise do

manual do condomínio. Com os resultados obtidos pode-se notar um investimento de baixo

custo e que pagará seu investimento inicial em pouco tempo, alem de colaborar com a redu-

ção do consumo de água. A finalidade será colocar em pauta para votação dos condôminos

em reunião de aprovação desse projeto.

Palavras-chave: conservação, meio ambiente, projeto, condomínio, captação de á-

gua da chuva, maior viabilidade, votação, aprovação.

ABSTRACT

The conservation of the environment has been a major concern every day and the

water being one of the main resources of nature, essential to life, which should take special

care from equipment, techniques and methods aimed at their conservation and preservation.

Given the importance of a project for the common good of the environment and the condo

where I live as ecological and economic practices was drawn up. Observed at one point that

the condo had great potential already installed but disabled and unused, it was decided to

draw up an intervention. Then the following labor refers to the project of capturing rainwater

from that existing potential in order to develop a low cost project. Using the roof and drivers

to the junction box and the existing development project for rainwater retention tank and a

determined purpose to it. It was first talked with the caretaker and Sindhi - ca condo for study

and local knowledge to be deployed, and also a better alternative to the use of this water in

the condo. In addition to electronic research and consultation in books and studies projects,

as well as the use and analysis of the condominium manual. With the results obtained, we

can notice a low cost investment and will pay your initial investment in a short time, in addi-

tion to collaborating with the reduction of water consumption. The purpose will be put on the

agenda for a vote at a meeting of the shareholders for approval of this project.

Key words: conservation, environment, design, condominium, capture rainwater,

higher viability, vote, approval.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 11

1 CAMPINAS ............................................................................................................. 12

1.1 História ................................................................................................................. 12

1.2 Localização e Acessos ......................................................................................... 12

1.3 Vegetação ............................................................................................................ 16

1.4 Hidrografia ............................................................................................................ 16

1.5 População ............................................................................................................ 17

1.6 Urbanização ......................................................................................................... 18

2 SISTEMA DE CAPTAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA ................................................ 20

2.1 Importância da água ............................................................................................. 20

2.2 Práticas Sustentáveis ........................................................................................... 21

2.2.1 Construções ecológicas..................................................................................... 23

2.2.2 Aproveitamento de águas da chuva .................................................................. 24

2.3 O Potencial Pluviométrico no Brasil ...................................................................... 25

2.3.1 O índice pluviométrico anual de Campinas ........................................................ 27

2.4 Coleta da Água Pluvial ......................................................................................... 28

2.5 Cisternas .............................................................................................................. 30

2.6 Bombeamento ...................................................................................................... 32

2.6.1 Características das bombas .............................................................................. 32

3 CONDOMÍNIO PLAZA DAS FLORES .................................................................... 33

3.1 Breve Histórico ..................................................................................................... 33

3.2 Condomínio .......................................................................................................... 33

3.4 Antiga ETE ........................................................................................................... 35

4 IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA ......... 37

4.1 Análise das tendências do condomínio................................................................. 37

4.2 Área da superfície de captação ............................................................................ 37

4.3 Cálculo Para Volume de Água Coletado............................................................... 38

4.4 Análise dos Materiais e Componentes Existentes ................................................ 39

4.4.1 Cobertura .......................................................................................................... 39

4.4.2 Telhado ............................................................................................................. 39

4.4.3 Calhas ............................................................................................................... 42

4.4.4 Condutores ........................................................................................................ 43

4.4.5 Caixa de passagem ........................................................................................... 43

4.4.6 Cisterna ............................................................................................................. 44

5 RESULTADOS........................................................................................................ 46

5.1 Tendências do Condomínio e Elaboração do Projeto ........................................... 46

5.2 Cálculo da Área da Superfície de Captação ......................................................... 46

5.3 Volume de Água Coletado .................................................................................... 46

5.4 Adaptações e Percurso ........................................................................................ 47

5.5 Lista de Materiais ................................................................................................. 48

5.5.1 Separador de folhas .......................................................................................... 48

5.5.2 Condutores ........................................................................................................ 48

5.5.3 Ventosa ............................................................................................................. 49

5.5.4 Separador de fluxo ............................................................................................ 50

5.5.5 Sensor de nível-d’água ...................................................................................... 50

5.5.6 Motor-Bomba ..................................................................................................... 50

5.5.7 Mangueira ......................................................................................................... 51

5.6 Área de irrigação .................................................................................................. 51

5.6.1 Cálculo anual ..................................................................................................... 52

5.7 Custo Financeiro .................................................................................................. 52

5.9 Balanço ................................................................................................................ 54

5.11 Tempo de Retorno do Investimento .................................................................... 55

CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 56

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 57

11

INTRODUÇÃO

Hoje em dia com o grande aumento da densidade demográfica e consequentemente

o aumento da procura por recursos naturais vem se tornando interesse de estudos. Morando

em um condomínio que reside uma grande quantidade de habitantes e com uma grande

área total, em que boa parte é área verde. A administração do condomínio e seus morado-

res demonstram preocupação com o meio ambiente o que me levou a elaboração deste

trabalho.

O curso de engenharia ambiental e sanitária incentiva e cativa cada vez mais pelos

seus princípios éticos, desde os primeiros anos de estudo. Isso incentiva à reflexão e pro-

moção ações com o intuito de melhorar o meio ambiente e conscientização das pessoas

mais próximas.

O trabalho tem como objetivo ser relevante tanto às pessoas que moram no condo-

mínio, para o meio ambiente e seres vivos, e para mim, tanto como morador, quanto como

estudante e futuro profissional da área. Pois vem a tratar a água “um bem em escassez”

com necessidade de estudos e cuidados especiais para sua preservação.

Esse tema contribui para a preservação da água e exemplo de preservação do re-

curso para os condôminos além de gerar economia financeira para o condomínio em longo

prazo.

Dentro dos amplos problemas ambientais, este trabalho é focado na parte pluvial em

que é buscado mostrar sua relevância em um período de fortes preocupações ambientais.

Este projeto buscou entender e mostrar a importância da água, seu aproveitamento

pluvial através de técnicas de captação e de armazenamento, para sua posterior utilização

de forma mais eficaz e sustentável.

Foi observado durante as pesquisas que este método vem sendo obrigatório em al-

guns municípios brasileiros, além desse tipo de projeto ser relativamente simples, podem

ser buscados novos métodos na aplicação e instalação a fim de melhorar ou tornar se mais

viável em diferentes localidades.

A escassez da água é um problema a ser pensado agora, para não haver grandes

problemas maiores futuramente.

12

1 CAMPINAS

1.1 História

Segundo IBGE (2013)1, o nome Campinas foi dado por volta de 1721/1730 pela exis-

tência de três “campinhos” em um Distrito de Jundiaí entre Jundiaí e Mogi-Mirim, onde era

um descanso de tropeiros que iam ou vinham de Goiás ou Cuiabá e ficou conhecida como

“Campinas do Mato-Grosso” na época do governo de D. Rodrigo Cesar de Menezes. E a

concessão da primeira sesmaria da terra foi datada em 1728.

A partir de 1739 iniciou-se o povoamento da terra com a chegada de Barreto Leme e

seu pessoal que formou um bairro rural. Em 1767 foi feito o primeiro recenseamento pelo

Governador da capitania de São Paulo, Morgado de Mateus que acusava esse bairro a exis-

tência de algumas famílias, que viviam em sua maioria na lavoura. Em 1772 os moradores

do bairro reclamam sua primeira capela por falta de assistência religiosa, que só era possí-

vel em Jundiaí.

Em 27 de maio de 1774 o Governador capitão General D. Luís Antônio de Souza Bo-

telho Mourão assinou um ato que outorgava a Barreto Leme o título de "fundador, adminis-

trador e diretor" do núcleo urbano a ser fundado e outro ato determinando a medida de ruas

e quadras, e instalação das casas, este foi o primeiro plano urbanístico de Campinas, embo-

ra rudimentar, as normas e diretrizes para o arruamento do povoado e construção das habi-

tações.

Logo a seguir, a 14 de julho de 1774, frei Antônio de Pádua, primeiro vigário da Pa-

róquia, rezou a missa, inaugurando-se assim a capela provisória coberta de palha e feita ás

pressas. Com isso, instalou-se a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição e fundou-se a

povoação.

1.2 Localização e Acessos

Segundo dados do (IBGE, 2013)2, Campinas tem uma área de 794 km². A ILUS-

TRAÇÃO 1, mostra o mapa referente à localização do município de Campinas.

1 IBGE Cidades@. Campinas-SP. Disponível em:

<http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=350950>. Acesso em: 11 mai. 2013. 2 IBGE Cidades@. Campinas-SP. Disponível em:

<http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=350950>. Acesso em: 11 mai. 2013

13

Fonte: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=350950#> ILUSTRAÇÃO 1 - Mapa da região de Campinas.

De acordo com (InfoGeo, 2013)3, latitude e longitude são coordenadas geográficas,

de um determinado lugar na Terra. A latitude é medida de 0 a 90º de norte a sul a partir da

linha do Equador, e a longitude é medida de 0 a 180º de leste a oeste (tendo referencia a

ILUSTRAÇÂO 2), tendo como referência o Meridiano de Greenwich. No mapa mostra que

Campinas está a 47,06º a oeste do Meridiano de Greenwich e 22,9º ao sul da linha do E-

quador. Para referência dos pontos cardeais, segue a representação da rosa dos ventos:

3 INFOGEO. Latitude e Longitude. Disponível em:

<http://geofontesdeinformacoa.blogspot.com.br/2012/11/latitude-e-longitude.html>. Acesso em: 11 mai. 2013.

14

Fonte: <http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://todanovidade.com.br/wp-content/gallery/rosa-dos-ventos/rosa-dos-ventos-1.jpg&imgrefurl=http://todanovidade.com.br/ciencia/rosa-dos-ven-tos/&h=800&w=900&sz=49&tbnid=LvDS1Sftk4JJSM:&tbnh=90&tbnw=101&prev=/search%3Fq%3Drosa%2Bdos%2Bventos%26tbm%3Disch%26tbo%3Du&zoom=1&q=rosa+dos+ventos&usg=__gdJB3smqfJYkTG754f9YjDXksAo=&docid=TXKMe7tkGulhhM&sa=X&ei=kT6hUYjoHbO50QGD3YCYAw&ved=0CCoQ9QEwAA&dur=5511> ILUSTRAÇÂO 2 - Rosa dos ventos

Conforme o mapa da ILUSTRAÇÃO 3, mostra a localização de outros municípios ao

redor de Campinas, são eles: Valinhos, Vinhedo, Hortolândia, Monte Mor, Paulínia, Morun-

gaba, Nova Odessa, Americana, Pedreira, Itatiba e Sumaré e é limitada de acordo com SA-

NASA (2013)4 pelas regiões e municípios:

Limite Norte: Jaguariúna

Limite Leste: Pedreira, Morungaba e Valinhos

Limite Sul: Itupeva e Indaiatuba

Limite Oeste: Monte Mor

Limite Noroeste: Sumaré, Hortolândia e Paulínia.

E tem como distrito: Sousas, Barão Geraldo, Joaquim Egídio e Nova Aparecida.

4 SANASA Campinas. Informações Gerais. Disponível em:

<http://www.sanasa.com.br/noticias/not_con3.asp?flag=PC&par_nrod=2>. Acesso em: 11 mai. 2013

15

Fonte: <http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=mapa+de+campinas&bav=on.2,or.r_qf.&bvm=bv.47008514,d.dmQ&biw=1024&bih=474&wrapid=tlif136951959043610&um=1&ie=UTF-8&sa=N&tab=lw> ILUSTRAÇÃO 3 - Ilustração de municípios ao redor de Campinas

Em seguida segue a ILUSTRAÇÃO 4, que mostra as principais rodovias que pas-

sam por Campinas e ao seu redor, são elas: Rodovia Washington Luís SP 310 localizada na

união das saídas 103 e 104, Rodovia Dom Pedro I SP 65, Rod Anhanguera SP 330, Rod

Santos Dumont SP 79, Rodovia Bandeirantes SP 348, Rodovia Dutra.

Fonte:<http://www.google.com.br/imgres?q=mapa+com+estradas+de+campinas&sa=X&hl=pt-BR&biw=1024&bih=474&tbm=isch&tbnid=M8UHEP4Xq3tguM:&imgrefurl=http://www.fcm.unicamp.br/fcm/institucional/localizacao&docid=gjxj7jspsbNqSM&imgurl=http://www.fcm.unicamp.br/fcm/sites/default/files/images/mapas/mapa-aces-so01.gif&w=497&h=459&ei=FjahUY_wCavE0AHRo4Bw&zoom=1&iact=rc&dur=156&page=1&tbnh=148&tbnw=160&start=0&ndsp=10&ved=1t:429,r:1,s:0,i:84&tx=143&ty=45> ILUSTRAÇÃO 4 - Mapa das rodovias em Campinas

16

1.3 Vegetação

De acordo com dados do (IBGE, 2013)5, o bioma de Campinas é composto de Cer-

rado e Mata Atlântica. Conforme em (CERRADO..., 2013)6 cerrado é caracterizado por a-

presentar duas estações bem definidas: verões quentes e chuvosos e invernos frios e se-

cos. Com solo de savana tropical, pobre em nutrientes e rica em ferro e alumínio. As plantas

dessa região apresentam aparência seca, como arbustos esparsos e gramíneas, e o cerra-

dão, um tipo mais denso de vegetação, de formação florestal. As árvores tendem a serem

pequenas com troncos torcidos e recurvados e de folhas grossas, geralmente misturam-se

em regiões de campos limpos ou vegetação rala e rasteira. Em árvores que caracterizam o

cerrado crescem diferentes tipos de capim, como o capim-flecha, que pode atingir uma altu-

ra de 2,5m.

Como pode se observar em (MATA..., 2013)7a Mata Atlântica é caracterizada por a-

presentar árvores de médio e grande porte, formando uma floresta fechada e densa, essas

árvores são responsáveis pelo clima da mata proporcionando sombra e umidade. A flora

dessa região é muito rica, sendo constituída por: palmeiras, bromélias, begônias, orquídeas,

cipós, briófitas, pau-brasil, jacarandá, peroba, jequitibá-rosa, cedro, tapiriria, andira, ananas,

figueiras.

1.4 Hidrografia

Quanto à hidrografia, de acordo com (SANASA, 2013)8, Campinas está localizada in-

tegralmente na bacia do rio Tietê, recebendo águas dos rios: Piracicaba e Capivari.Na parte

norte de Campinas o rio Piracicaba é formado pelos rios Jaguari e Atibaia, a partir das suas

confluências no município de Americana.

Na sua margem esquerda, ou seja, na parte oeste de Campinas após atravessar os

municípios de Sumaré, Nova Odessa e Americana, o rio que se destaca é o Ribeirão Qui-

lombo cujas nascentes se encontram entre os bairros do Chapadão e dos Amarais.

5 IBGE Cidades@. Campinas-SP. Disponível em:

<http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=350950>. Acesso em: 11 mai. 2013 6 CERRADO. O cerrado brasileiro. Disponível em: <http://www.portalbrasil.net/cerrado.htm>. Acesso

em: 12 mai. 2013. 7 SUA PESQUISA.COM. Mata Atlântica. Disponível em:

<http://www.suapesquisa.com/geografia/vegetacao/mata_atlantica.htm>. Acesso em: 12 mai. 2013. 8 SANASA Campinas. Informações Gerais. Disponível em:

<http://www.sanasa.com.br/noticias/not_con3.asp?flag=PC&par_nrod=2>. Acesso em: 11 mai. 2013

17

Na parte Sul, o rio Capivari atravessa Campinas, afluente direto do Rio Tietê, após

se desenvolver pelos municípios de Monte Mor, Capivari, Rafard e Mombuca.

Córregos e ribeirões fazem parte da rede de drenagem interna do município, sendo

bastante densa, toda convergente para as três grandes sub-bacias citadas (Atibaia/Jaguari,

Quilombo, Capivari), e responsável pelo esgotamento e transporte das águas pluviais e ser-

vidas.

1.5 População

Segundo dados do (IBGE,2013)9, Campinas é uma cidade que tem 1.080.113 habi-

tantes (censo 2010), sua evolução populacional foi registrada nos anos de 1991, 1996,

2000, 2007 e 2010, assim como segue o gráfico.

Fonte: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=350950# ILUSTRAÇÂO 5 - Censo populacional em 1991, 1996, 2000, 2007 e 2010.

Segundo o censo demográfico em 1991, consta que Campinas tinha 847.595 habi-

tantes. Em 1996 a contagem populacional mostra 903.462 habitantes; em 2000 o censo

demográfico marca 969.396 habitantes, em 2007 a contagem populacional foi para

1.030.297 habitantes. Em 2010 já registrava 1.080.113.

9 IBGE Cidades@. Campinas-SP. Disponível em:

<http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=350950>. Acesso em: 11 mai. 2013

18

1.6 Urbanização

Urbanização é o deslocamento de muitas pessoas que se transferem de sua área de

origem para povoar centros urbanos, ou seja, as cidades motivadas por interesse de melho-

rias de vida, como se vê no documento (BRASIL ESCOLA, 2013)10.

No caso de Campinas sua urbanização se da pelo seu grande desenvolvimento eco-

nômico e consequente melhora da infraestrutura, que desde o período da cana de açúcar

tem sido parte fundamental para o desenvolvimento econômico paulista, passando pelos

períodos da agra-indústria cafeeira, industrial e atualmente. Se destacando como maior pro-

dutor e irradiador de tecnologia, do Estado, após a região metropolitana de São Paulo, ba-

seadas na sua localização estratégica próxima ao centro industrial da capital e pela instala-

ção da rede ferroviária que permitiu o acesso a São Paulo e a outros municípios, benefici-

ando principalmente a cafeicultura na época. Com isso as indústrias de beneficiamento e

transformação do produto se instalaram dentro dessa rede urbana e com relativa concentra-

ção populacional.

Este desenvolvimento promoveu a valorização imobiliária e desenvolvimento das pe-

riferias onde os terrenos eram mais baratos. Foram feitas então importantes obras para a-

bastecimento de água e destinação de esgotos sanitários, melhoria na coleta e destinação

de lixo e a canalização de córregos, drenagem dos charcos e pavimentação, isso tudo para

a erradicação da febre amarela, em 1889. Isso proporcionou a Campinas excelentes condi-

ções de vida e afirmando-se como cidade limpa e saudável, o que trouxeram ainda mais

incentivo às atividades industriais que se desenvolveram, junto a introdução da energia elé-

trica como força motriz. A partir de 1925 a área urbana começa a se expandir e a dobrar

duas dimensões em poucos anos, tomando o lugar de chácaras e antigas fazendas de café

por uma nova demanda de habitações. Isso ocasionou a valorização de terrenos, explora-

ção de empresas de loteamento e a descoberta da especulação imobiliária. Sendo a região

configurada como um dos eixos da expansão industrial do estado, como é notado em (Scrip-

ta Nova..., 2000)11.

10

BRASIL ESCOLA. Urbanização. Disponível em:

<http://www.brasilescola.com/brasil/urbanizacao.htm>. Acesso em: 12 mai. 2013.

11

SCRIPTA NOVA. Revista Electrónica de Geografía y Ciencias Sociales. Universidade de Barcelo-na, 1 de agosto de 2000. Disponível em: <http://www.ub.edu/geocrit/sn-69-73.htm>. Acesso em: 14 mai. 2013.

19

A urbanização de Campinas acompanha o processo de urbanização brasileiro, trans-

formando se uma cidade corporativa em que seus interesses resultam em fragmentação,

periferização e o empobrecimento. Essa segregação do espaço urbano em Campinas e no-

tável pelas grandes diferenças na dinâmica da ocupação na região nordeste da cidade em

relação ao mesmo processo na região sudoeste, onde o ultimo é caracterizado pela precari-

edade dos assentamentos urbanos. 54,2% da população favelada e 72,9% da população

das ocupações estão concentradas nas regiões sul - sudoeste, enquanto 32,9% da popula-

ção favelada e 12,9% das ocupações encontram-se nas regiões norte-nordeste e na região

sul que ocorrem 44% das ocupações da cidade. Em 1990 é em que há maior taxa de de-

semprego e famílias sem renda, já em 1991 é são 47,9 mil desempregados, em 2000 são

173,5 mil e em 2006 275 mil pessoas, mantendo-se o crescimento do desemprego.

Hoje Campinas se destaca no território brasileiro como um polo tecnológico, há na

cidade mais de quinze faculdades em funcionamento, dez centros de pesquisa e sete colé-

gios técnicos, considerando os fixos públicos e privados juntos. Segundo Unicamp, a cidade

é responsável por pelo menos 15% da produção científica nacional e a cidade se torna, ca-

da vez mais, um espaço que se organiza para abrigar as grandes firmas, isso reduz os re-

cursos públicos possíveis de serem destinados à população, agravando a crise social.

Algumas políticas municipais impulsionam o adensamento da periferização da cidade

que por mecanismos de expansão urbana implantam loteamentos distantes da região cen-

tral que ficam com problemas de serviços e infraestrutura oferecidos nas áreas centrais ha-

bitadas da cidade que realimentam a especulação imobiliária, conforme em (FONSECA,

2013)12.

12

FONSECA, Helena Rizzarri, 2010. A urbanização contemporânea de Campinas e o processo de constituição da região do Jardim Campo Belo. Disponível em: <http://www.ige.unicamp.br/cact/semana2010/wp-content/uploads/2010/10/FONSECAHelena.pdf>. Acesso em: 14 mai. 2013.

20

2 SISTEMA DE CAPTAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA

2.1 Importância da Água

Para o autor, “A água é uma substância imprescindível à vida quanto o oxigênio, está

presente na troposfera em decorrência das propriedades físicas de mudança de estado que

possui” (Mendonça, 2007)13. De acordo com o autor, o ciclo da água está presente no ar, ou

seja, na litosfera, biosfera, hidrosfera e atmosfera. Por a água estar em constante transfor-

mação em seu ciclo ela é temporariamente variável na troposfera, assim, como o vapor, a

água pode corresponder a 1/1000 do peso do ar durante o inverno siberiano, por exemplo, e

a 18/1000 do peso do ar de um abafado dia da floresta amazônica, que traz a percepção da

sensação de conforto ou desconforto térmico que produz.

Para que a água seja evaporada a um consumo de 600 cal/gr retidas em forma de

energia por suas moléculas, essa energia é chamada de calor latente de evaporação, que é

responsável por manter a molécula de água como vapor. Por esse processo ao consumir

calor sensível e transformá-lo em latente, estará resfriando o ar, uma vez que essa energia

for consumida não estará mais sendo usada para aquecê-lo.

Segundo o autor Magalhães Junior (2007)14 a escassez da água tanto qualitativa,

quanto quantitativa estão entre as principais preocupações político ambientais atuais. A util i-

zação irracional dos recursos naturais incentivaram a busca por soluções que conciliassem

a exploração econômica com a utilização racional desses recursos, buscando a sustentabili-

dade que nessas circunstancias a gestão ambiental e da água tiveram sua importância re-

forçada nas políticas publicas de desenvolvimento em vários países.

Essa valorização da gestão da água em países como o Brasil exigiu um maior envol-

vimento, participação da sociedade e conscientização de social, levando a princípios de ges-

tão descentralizada e participativa. No século XXI então, iniciou-se como um forte elo mais

eficiente entre-esferas políticas publicas e acadêmica e a sociedade civil.

A expressão gestão da água é entendida por atividades voltadas a documentos ori-

entadores e normativos formados por princípios e diretrizes com o objetivo de promover o

inventario, uso, controle e proteção a água.

Com a gestão é possível fazer um melhor monitoramento da utilização da água, para

que seu uso seja feito de forma adequada e a demanda e oferta desse recurso possam ca-

13

MENDONÇA, Francisco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Vida e Consciência, 2007. 206 p 14

MAGALHÃES JÚNIOR, Antônio Pereira. Indicadores ambientais e recursos hídricos: Realidade e perspectivas para o Brasil a partir da experiência francesa. Rio de Janeiro: DFL, 2007. 686 p.

21

minhar em harmonia. Para isso é necessário um planejamento, uma sistemática de organi-

zação e compatibilização e um estudo aprofundado dos usos múltiplos da água juntamente

com o seu acompanhamento.

O princípio mais valorizado é a doação da bacia hidrográfica, fonte principal de for-

necimento de água, ou seja, unidade principal de planejamento e gestão. Essa gestão deve

ser incorporada numa gestão integrada onde deve se escolher uma unidade territorial ade-

quada, no qual o desafio é realizar uma transição demográfica econômica, social e ambien-

tal a um equilíbrio durável. Com isso é possível buscar respostas e soluções para problemas

específicos, levando em conta as interações sistêmicas. Porém esse processo ainda está

longe de uma realidade nacional, sendo portando, um desafio político e institucional.

2.2 Práticas Sustentáveis

Para o autor, algumas ações sustentáveis são:

• painéis solares para aquecimento de água - banho, cozinha, piscinas,

etc.; • geradores eólicos - armazenando energia dos ventos em baterias po-

dendo suprir parte da demanda do condomínio, por exemplo nas áreas de serviços;

• placas fotovoltaicas de produção de energia - iluminação externa, bom-bas-d’água, etc.;

• aquecimento de chuveiros a gás - garante que o consumo de energia elétrica será reduzido nos apartamento, maior conforto e economia ali-ados à responsabilidade ambiental.

• captação de água de chuva - ajuda na economia de água que pode ser utilizada para irrigação, lavagem de pisos e descarga;

• reuso de água - a incorporação em empreendimentos do reuso da água proveniente dos lavatórios e dos chuveiros passa por uma estação de tratamento de esgoto e é novamente armazenada, para uso exclusivo nos vasos sanitários.

• bacias sanitárias de duplo fluxo (3 ou 6 litros) - possibilitam economi-a/redução de até 60% do consumo no anual per capita anual ± 10 mil li-tros;

• telhados/lajes e jardins suspensos - impermeabilizados e adequada-mente drenados possibilitando captação de água de chuva e melhoria do conforto térmico-acústico, etc.;

• utilizar o ozônio para a tratamento de água da piscina - ao invés do clo-ro - existem diversos estudos que indicam que o cloro tem potencial cancerígeno, além dos efeitos já conhecidos como desgaste dos cabe-los ou poluição química;

• orientação de edificações - promove aumento da ventilação e luminosi-dade naturais;

• melhor aproveitamento da iluminação natural - levando-se em conta a necessidade do seu controle;

• medidores de água e gás individuais - proporcionando economia na medida que os usuários serão responsáveis pelo pagamento exato do consumo próprio;

22

• coleta seletiva - ajuda na reflexão dos princípios base da sustentabili-dade pelos condôminos: os 5 “Rs”: Repensar, Recusar, Reduzir, Reu-sar e Reciclar, além de poder gerar renda extra para o condomínio ou gerando oportunidade de trabalho para comunidades locais em associ-ações de reciclagem;

• tratamento de efluentes / esgotos e águas cinza - para o adequado lan-çamento no ambiente natural, evitando a contaminação do lençol freáti-co e corpos-d’água (rios, lagoas, mar, etc.), podendo auxiliar na redu-ção do uso para irrigação e lavagem de pisos;

• uso de alvenaria estrutural - um processo construtivo que não usa ma-deira a não ser nos acabamentos, produz o mínimo de entulho e resí-duos - entre 0 e 1% - economiza matéria-prima, entre outras vanta-gens;

• estrutura não armada - as paredes sustentam o peso da construção sem-necessidade de pilares e vigas e sem a utilização de ferros. Os re-forços metálicos são colocados apenas em cintas, vergas, na amarra-ção entre paredes e nas juntas com a finalidade de evitar fissuras;

• madeira certificada / reflorestada - só é utilizada em acabamentos e, mesmo assim, é exigido que seja reflorestada;

• pomar e herbário - além de possibilitar a criação de postos de trabalhos para a comunidade local, permite aos moradores, principalmente as crianças, tenham contato com frutas e verduras diretamente da nature-za, vendo-as crescer e aprendendo a cuidá-las, além do prazer de po-der colhê-las diretamente “no pé”;

• iluminação de baixo consumo energético nas áreas comuns de uso contínuo e iluminação com acionadores por sensor de presença nas áreas de uso esporádico ou intermitente - válido também, com maior to-lerância, para as unidades privadas;

• adoção preferencial de acabamentos claros em áreas de grande inci-dência de luz solar;

• equipamentos com menor consumo e melhor eficiência possível na uti-lização do gás natural para todos os fins;

• sensores de presença - seu uso representa uma substancial redução na conta de luz de cada apartamento e na taxa do condomínio;

• churrasqueira “ecológica” - possui o sistema de aquecimento a gás em rochas vulcânicas, não produz fuligem e não consome carvão vegetal;

• melhor condição de conforto térmico evitando a incidência da radiação solar direta através da adoção de soluções arquitetônicas tipo brises-soleil, venezianas, telas termo-screen externas, prateleiras de luz, vi-dros especiais que dispensam o uso de brises, etc.;

• pinturas reflexivas - para diminuir a absorção de calor para o edifício; • torneiras com acionamento eletrônico ou temporizador por pressão em

todas as aplicações passíveis; • evitar ao máximo a impermeabilização do solo; • evitar danos à fauna, flora, ecossistema local e ao meio ambiente; • evitar grandes movimentos de terra, preservando sempre que possível

a conformação original do terreno; • gruas e guindastes - no processo construtivo, são utilizadas gruas ou

guindastes para levantar lajes e outros itens mais pesados que antes necessitassem de andaimes;

• criar e promover curso de gestor ambiental do condomínio, envolvendo todo corpo de funcionários com treinamento adequado visando a edu-cação e a criatividade;

• construção com tijolos de solo-cimento - quando possível e adequa-do.(MOURÃO,2007)

15

15

MOURÂO, Roberto M.F. (2007). Condomínios Sustentáveis. Condomínio Sustentável ou Condomí-nio Ecológico.Disponível em: <http://ecobrasil.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=452&sid=68>. Acesso em: 17 mai. 2013.

23

Além disso, vale salientar conforme (VERDE VIDA, 2013)16que todos produtos e ma-

térias usados sejam de origem ecologicamente corretos que visam usar matérias primas

naturais renováveis obtidas de maneira sustentável, assim como reaproveitamento e reci-

clagem por processos tecnológicos mais limpos. Esses produtos recebem uma tarja ecológi-

ca a partir da análise de todo processo produtivo que deverá ser de matéria prima renovável

ou reaproveitada, priorizando baixo consumo energético, menos carga residual e com pos-

sibilidade máxima de recuperação ou reciclagem.

2.2.1 Construções ecológicas

Como o texto (MOURÃO,2007)17 dentro práticas sustentáveis é necessário um olhar mais

apurado nas construções civis, pois ela é responsável pelo consumo entre 15 e 50% dos

recursos naturais extraídos do planeta, resultado de todo processo desde fabricantes de

materiais ate processos finais. Sendo dentro deles 66% de toda a madeira, 40% da energia

consumida, 16% da água potável e o terceiro maior responsável pela emissão de gases que

causa o efeito estufa.

Com a implantação de práticas sustentáveis na construção civil podem ter uma redu-

ção na taxa de condomínio de 20 a 30% menor do que em edifícios convencionais, além de

melhor qualidade de vida e contribuição da preservação ao meio ambiente. Esses diferenci-

ais servem como argumentos de venda possibilitando maior sucesso na comercialização.

O primeiro passo para uma construção sustentável deve ser o diagnóstico ambiental

através de análises e simulações de insolação e ventilação natural, acessibilidade, especifi-

cação de tecnologias e materiais de baixo impacto ambiental, e um maior planejamento na

sua concepção, integração de materiais, tecnologias e outros sistemas para promover me-

lhor aproveitamento de recursos naturais, além da responsabilidade social.

16

VERDE VIDA. O que é ser ecologicamente correto?. Disponível em: <http://verdevida.wordpress.com/2007/08/20/o-que-e-ser-ecologicamente-correto/>. Acesso em: 14 mai. 2013.

17 MOURÂO, Roberto M.F. (2007).Condomínios Sustentáveis. Condomínio Sustentável ou Condomí-

nio Ecológico.Disponível em: <http://ecobrasil.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=452&sid=68>. Acesso em: 17 mai. 2013.

24

No Brasil não há normas para variação e certificação de produtos ambientalmente

corretos com exceção da madeira, mas aos poucos alguns diferenciais como práticas sus-

tentáveis começam a surgir em empreendimentos imobiliários.

Algumas características devem ser atendidas na construção sustentável, como: ges-

tão sustentável da implantação da obra, consumo mínimo de energia e água na implantação

e ao longo de sua vida útil, uso de matérias-primas eco-eficientes, gerar mínimo de resíduos

e contaminação, utilizar mínimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural, não provocar

ou reduzir impactos no entorno - paisagem, ventilação e temperatura, adaptar-se às neces-

sidades atuais e futuras dos usuários, criar um ambiente interior saudável.

2.2.2 Aproveitamento de águas da chuva

Atualmente conforme o texto (CETESB, 2013)18,a administração brasileira encara a

água da chuva como esgoto, pois ela é encarregada de carregar todo tipo de impureza dos

telhados e pisos até as bocas de lobo onde servem como “solvente universal” como diluidor

de todas as impurezas, até desbocar em córregos e posteriormente em um rio que vai aca-

bar suprindo na captação de tratamento de água potável. Mas segundo uma pesquisa da

Universidade da Malásia que evidenciou que após o início da chuva somente as primeiras

águas carregam ácidos, micro-organismos e outros poluentes, e pouco tempo depois a

mesma já adquire características de água destilada, que podem ser coletadas em reservató-

rios fechados e assim aproveitadas.

Se for para consumo humano a água deve passar pelo processo de filtração e cloração,

envolvem equipamentos baratos e simples. A sua utilização é indicada para uso no ambien-

te rural, chácaras, condomínios e indústrias para fins diversos, porém pelo baixo custo para

residências nas cidades inviabiliza qualquer aproveitamento econômico da água para beber.

Em compensação para as indústrias é viável, pois o custo da água é bem mais cara. No

semiárido nordestino, onde o índice de secas é muito elevado durante o ano, existem proje-

tos que visam à construção de cisternas para armazenar água para que seus habitantes

possam beber.

Conforme (ECOCASA, 2013)19, a água da chuva pode ser usada para diversas finali-

dades como:

Alimentação de bacias sanitárias e mictórios

Irrigação de jardins, pomares e outros cultivos

18

CETESB. Reuso de água. Disponível em: <http://www.cetesb.sp.gov.br/agua/%C3%81guas-Superficiais/39-Reuso-de-%C3%81gua>. Acesso em: 20 abr.2013. 19

Aproveitamento de Água de Chuva. Disponível em: <http://www.ecocasa.com.br/aproveitamento-de-agua-de-chuva.asp>. Acesso em: 2 jun. 2013.

25

Limpeza em geral

Reserva de incêndio

Sistemas de resfriamento (como ar condicionado)

Torneiras e fontes de água para fins não potáveis

Recarga de aqüíferos

Porém para seu uso a água deve ser captada antes que chegue ao solo, para evitar

sua contaminação e o uso de equipamentos mais complexos, é preciso alterar as tubula-

ções já existentes e construir um sistema paralelo ao da água potável. É indicado para util i-

zação residencial, em condomínios ou em instalações industriais e comerciais.

2.3 O Potencial Pluviométrico no Brasil

De acordo com Mendonça (2007)20, o Brasil é um país tropical, pois situa-se geogra-

ficamente na faixa tropical o que lhe confere algumas características naturais na sua imensa

extensão territorial. Há uma considerável insolação aliadas à pluviosidade que lhe confere o

clima quente e úmido.

O conhecimento científico da zona tropical somente veio a ser anexada recentemen-

te. Isso deu-se graças que a maioria dos países de expressivo desenvolvimento socioeco-

nômico localizava-se na zona temperada e a colonização da zona tropical tinha caráter ape-

nas expiratório e não de ocupação o que levou ao desinteresse de seus estudos científicos.

Após 1822 a representatividade econômica do Brasil se intensificou graças a sua in-

dependência oficial e se tornou um dos poucos países com acervo de documentos sobre a

caracterização de sua configuração atmosférica e climática, ocorrido nas primeiras décadas

do século XX.

A partir de 1960 os estudos passaram a enfocar-se sobre a interação do clima com

as atividades humanas que avançaram para o levantamento de diretrizes voltadas ao plane-

jamento urbano, agrícola, regional e ambiental, ressaltando o caráter pragmático do conhe-

cimento do clima.

De acordo com Ayoade (2007)21, em metrologia precipitação é definido como qual-

quer deposição em forma liquida ou sólida e derivada da atmosfera. Nos trópicos o termo

20

MENDONÇA, Francisco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Vida e

Consciência, 2007. 206 p 21

AYOADE, J.O..Introdução à climatologia para os trópicos: 12ª edição. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil LTDA, 2007. 382 p.

26

precipitação pluvial é sinônimo de precipitação, pois não há neve exceto em montanhas al-

tas.

A distribuição da precipitação sobre a superfície do planeta é muito mais complexa

do que a insolação ou da temperatura, pois quase toda precipitação ocorre devido à diminu-

ição da temperatura por causa do aumento de pressão nas massas de ar, por isso as chu-

vas são mais elevadas nas áreas de ascendência das massas de ar, na região equatorial,

os principais responsáveis são os ventos horizontais convergentes. Segundo Mendonça

(2007)22: “A distribuição e variabilidade das chuvas no Brasil estão associadas à atuação e a

sazonalidade dos sistemas convectivos de macro e mesoescala e, em especial, da frente

polar atlântica (FPA). Isso explica as diferenças dos regimes pluviométricos encontrados e

que se expressam na diversidade climática do país, com tipos chuvosos, semiáridos, tropi-

cais e subtropicais.” Ainda segundo ele nas regiões sudeste e sul as chuvas são bem distr i-

buídas ao longo do ano, já na região norte são abundantes e quase permanentes, enquanto

no nordeste há uma grande escassez, sendo a quantidade na região centro-oeste significa-

tivamente maior que nesta última.

A maior parte das terras brasileiras está inserida na faixa tropical-equatorial, que con-

fere chuvas sazonais com regimes pluviais variados. A variabilidade das chuvas podem o-

casionar problemas tanto na escassez, como nos sertões secos, quanto no excesso, como

as chuvas de verão que atingem a metrópole paulista, causando inundações e grandes con-

gestionamentos superiores a 100 km.

Conforme Ayoade (2007)23, também as áreas próximas a grandes corpos hídricos re-

cebem maior precipitação do que nos interiores dos continentes, enquanto na região equato-

rial a precipitação pluvial é abundante e ocorre durante todo o ano.

Um fator importante na precipitação são as variações sazonais com maior incidên-

cias nos trópicos do que nas áreas extratropicais. A precipitação ocorre principalmente no

verão e abrangendo metade do ano, sendo a outra estação relativamente mais seca, princi-

palmente no inverno. Também nos trópicos a precipitação é mais variável do que em regi-

ões temperadas e também mais sazonal durante o ano.

Há grandes dificuldades para medir a quantidade de precipitação pelo seu alto grau

de variação que é medido pelo grau de probabilidade média que se repete a cada ano, esta-

ção, ou mês dependendo do período considerado. Entre as medidas usadas nos estudos de

precipitação são usadas comumente a variabilidade relativa e o coeficiente de variação, está

última é mais eficiente.

22

MENDONÇA, Francisco. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Vida e

Consciência, 2007. 206 p 23

AYOADE, J.O..Introdução à climatologia para os trópicos: 12ª edição. Rio de Janeiro: Bertrand

Brasil LTDA, 2007. 382 p.

27

Existe uma relação inversa entre a quantidade de precipitação pluvial anual e a vari-

abilidade dessa precipitação, a quantidade é mais variável nas regiões secas e subúmidas,

como desertos e estepes nos trópicos, e na região temperada e terras frias das latitudes

mais altas. Já a variabilidade pluvial é pequena nas regiões úmidas dos trópicos e nas lati-

tudes médias ciclônicas. Nas áreas subúmidas e agrícolas, intensamente povoadas, a vari-

abilidade da precipitação, contudo, são mais sérias, causando um amplo fracasso das sa-

fras, e consequentemente fome.

A precipitação exerce considerável influência sobre o modo de vida das pessoas, li-

mitando algumas atividades ao ar livre, além de ser a base para a classificação dos climas

tropicais pelo fato de não ser tão uniforme quanto a temperatura e outros elementos climáti-

cos.

Embora nos trópicos, em qualquer época do ano a precipitação pluvial é efetiva para

o crescimento de plantas, nas latitudes médias somente à isenta de congelamento ou até

que venha a se derreter pode ser utilizada por elas.

2.3.1 O índice pluviométrico anual de Campinas

Segundo (SAEMA, 2013)24, o índice Pluviométrico é a quantidade de chuva por me-

tro quadrado em determinado local e em determinado período, calculado em milímetros. Por

exemplo, se o índice pluviométrico de um dia e local foi de 2 mm, significa que, se tivésse-

mos nesse local uma caixa aberta, com 1 metro quadrado de base, o nível da água dentro

dela teria atingido 2 mm de altura naquele dia.

Para essa medição é utilizado um aparelho conhecido como pluviômetro. Há vários

modelos diferentes, mas o instrumento constitui-se, basicamente, do funil de captação e

básculas que enviam sinais elétricos para uma estação meteorológica.

Pode-se levar em consideração um ou mais pontos de medição, podendo ser em bairros,

cidades, estados ou até países e também diferentes períodos de tempo de medição, como

dias, semanas, meses e anos, utilizando a média geral (a somados itens, dividida pela quan-

tidade de itens considerados) para o calculo, tanto de mais de um ponto de medição, quanto

para mais de um período de medição.

24

SAEMA Araras, Serviço de Água, Esgoto e Meio Ambiente do Município de Araras.Índice Pluvio-métrico. Disponível em: <http://www.saema.com.br/indice-pluviometrico.html>. Acesso em: Acesso em: 4 de nov. de 2013.

28

De acordo com (RESIDENCIAL ..,2010)25, em Campinas o índice pluviométrico anual é em

torno, de 1400 mm, sendo que no mês mais chuvoso, de janeiro, chove 240 mm e no mais

seco, de julho, chove 29 mm.

2.4 Coleta da Água Pluvial

Segundo (LORENZETE, 2011)26 as águas de chuva são vistas pela legislação brasi-

leira como esgoto, pois lavam as ruas, pisos e calçadas e levam todas impurezas com ela

para as bocas de lobo, onde acabam sendo descartadas no rio que posteriormente será

captada e passar por um processo de tratamento de água potável. Uma pesquisa da Uni-

versidade da Malásia concluiu que após o início da chuva, somente as primeiras águas car-

reiam ácidos, microrganismos, e outros poluentes atmosféricos, mas em pouco tempo essa

água já adquiri características de água destilada que pode ser coletada, ou seja, a água da

chuva sofre destilação natural eficiente e de forma gratuita, embora inviável o aproveitamen-

to da mesma para beber.

Em (COMO..., 2012)27, diz que é um grande desperdício de recursos naturais e di-

nheiro tratar uma água que não precisaria de tal potabilidade, para se lavar quintais, regar

jardins ou dar descarga. Além disso, essa a captação dessa água vai permitir um melhor

escoamento, evitando alagamento, erosão do solo e outros problemas.

O sistema funciona de maneira muito simples, pois geralmente sua residencial ou

empreendimento, se já construído, pode ser utilizada sem grandes mudanças quando já

possui uma estrutura composta por telhados e calhas, será necessário apenas direcionar

toda a água das calhas para um reservatório, onde poderá ou não ser ligado junto ao siste-

ma de abastecimento para fins não potáveis.

Se não for feito grandes investimentos, pode ser ter apenas o local para armazenar a

água e se posicionado em um lugar alto não precisara de uma bomba para ser utilizada para

lavar jardins, garagens, carros ou quintais. Ou com um investimento maior, poderá ser man-

dado por um sistema de recalque a água captada para uma outra caixa da água que alimen-

25

RESIDENCIAL PAINEIRAS. Índice Pluviométrico de Campinas. Sáb, 11 de Dezembro de 2010. Disponível em:<http://www.paineirasresidencial.com.br/meio-ambiente/quanto-choveu>. Acesso em: 4 de nov. de 2013. 26

LORENZETE,Helber Henrique de Oliveira. Estudo de vantagens da captação de água de chuva para uso doméstico.Disponível em:<http://rmai.com.br/v4/Read/657/estudo-de-vantagens-da-captacao-de-agua-de-chuva-para-uso-domestico.aspx>. Acesso em 20 mar de 2013. 27

COMO instalar um sistema para captar água da chuva (2012). Disponível em: <http://ecohospedagem.com/como-instalar-um-sistema-para-captar-agua-da-chuva/>. Acesso em 18 mar. 2013>.

29

tara uma rede de encanamentos separada para fins não potáveis que podem abastecer va-

sos sanitários, torneiras de jardim e quintal.

Conforme (LORENZETE, 2011)28 e (COMO..., 2012)29 as partes constituintes de um

sistema de captação de água da chuva são:

Separador de fluxo: Dispensa os primeiros minutos da chuva, evitando as impurezas

como poeira e fezes de animais.

Calhas: tem por objetivo a captação das águas que caem sobre o telhado e conduzi-

las ate condutores verticais. Seus formatos e materiais podem ser variados de acordo com o

projeto arquitetônico como chapadas de aço galvânico folhas-de-flandres, chapas de cobre,

PVC rígido, fibra de vidro, concreto ou alvenaria.

Condutores verticais: tem por objetivo o transporte das águas captadas pela calha

até as redes coletoras.

Caixas coletoras de águas pluviais: é uma caixa detentora de areia que faz a ligação

entre coletores, limpa e desobstrui as canalizações.

Tanque externo de armazenamento ou cisterna de enterrar: tem como objetivo o ar-

mazenamento de toda água coletada.

Segundo (LORENZETE, 2011)30, deve se levar em conta no projeto do sistema de

captação de água de chuvas os seguintes conceitos:

Níveis do terreno – Deve ser levado em conta os níveis do terreno para o escoamen-

to da água.

Posicionamento de calha em telhados - As calhas de beiral e platibanda devem ser

fixadas centralmente conforme NBR 10844. A inclinação das calhas devem ser de no míni-

mo 0,5% no sentido dos condutores verticais.

Condutores embutidos e aparentes – Podem ser internos ou internos conforme NBR

10844.

Sobreposição de telhados – Por telhados serem estruturas delicadas, não se deve

jogar grandes vazões de um telhado de nível mais elevado para outro mais baixo para ser

evitado danos a edificação e ao telhado.

28

LORENZETE,Helber Henrique de Oliveira. Estudo de vantagens da captação de água de chuva para uso domestico.<http://rmai.com.br/v4/Read/657/estudo-de-vantagens-da-captacao-de-agua-de-chuva-para-uso-domestico.aspx>. Acesso em 20 mar de 2013 29

COMO instalar um sistema para captar água da chuva (2012). Disponível em: <http://ecohospedagem.com/como-instalar-um-sistema-para-captar-agua-da-chuva/>. Acesso em 18 mar. 2013>. 30

LORENZETE,Helber Henrique de Oliveira. Estudo de vantagens da captação de água de chuva para uso domestico.<http://rmai.com.br/v4/Read/657/estudo-de-vantagens-da-captacao-de-agua-de-chuva-para-uso-domestico.aspx>. Acesso em 20 mar de 2013.

30

Coberturas horizontais de lajes- As superfícies horizontais da laje devem ter declivi-

dade mínima de 0,5%, para garantir o escoamento das águas ate os pontos de drenagem.

Conforme (COMO, 2012)31, o ideal é calcular o volume da captação de acordo com o

consumo da residência ou empreendimento. Por exemplo, em uma casa com 5 pessoas o

consumo deve ser pelo menos de 5000 L de água por mês, apenas para uso não potável.

O tamanho do sistema pode ser calculado pela formula:

V= mm x M² x 0,8

V= volume coletado

mm = média pluviométrica da região

M² = área disponível para captação

2.5 Cisternas

Como se vê no documento (CISTERNAS..., 2013)32 são uma tecnologia desenvolvida

onde reservatórios armazenam águas pluviais ou outros líquidos, água potável ou não. A

água da chuva geralmente escorre do telhado através de uma calha e cai diretamente na

cisterna, onde é armazenada. Embora também é possível usar uma área no chão, que seja

cimentada ou coberta com pedras, como área de captação.Em cerca de 90% dos casos a

área do telhado é grande o suficiente para garantir uma quantidade de água potável sufici-

ente para todos que moram debaixo desse telhado, ou seja, a água captada é suficiente

para suprir as necessidades de uma família, como regar as plantas, lavar o quintal, gara-

gem, utilizar na descarga, entre outros.Esse reservatório deve ser protegida de luz e calor

para garantir a qualidade da água armazenada, além disso seu dimensionamento considera

quatro fatores principais:

Estudo da média de precipitação local mensal;

O local onde a água será captada não deve ter o acesso de pessoal, animais

e/ou veículos, não ficar próximo a currais, fossas, lixões ou quaisquer pontos que

possam colocar em risco a qualidade da água;

31

COMO instalar um sistema para captar água da chuva (2012). Disponível em: <http://ecohospedagem.com/como-instalar-um-sistema-para-captar-agua-da-chuva/>. Acesso em 18 mar. 2013>. 32

CISTERNAS. Disponível em: <http://www.mds.gov.br/segurancaalimentar/acessoaagua/cisternas> Acesso em: 18 mar. 2013.

31

O telhado e o filtro para captação devem ser eficientes, e as telhas não de-

vem ser de amianto;

Demanda de água não potável.

A captação da água pluvial através de cisternas traz muitas vantagens, entre-elas:

Não proliferam algas e bactérias;

Estanques e impermeáveis, sem risco de contaminação da água ou vazamen-

tos;

Duráveis e resistentes, porém aconselha-se que não sejam construídas em

locais próximos de árvores, arbustos com raízes fortes, pois podem quebrar as pare-

des das cisternas e ocasionar vazamentos;

Fáceis de limpar;

Não deixam cheiro e sabor na água;

Não recebem impurezas imprevistas, ótimos encaixes;

Não requerem manutenção (limpeza uma vez ao ano segundo ABNT NBR

15.527/07).

Como se vê no documento (CISTERNAS..., 2013)33 um ponto deve ser analisado

quando for construir uma cisterna: a altura entre o telhado e a cisterna. É mais ambiental-

mente correto e economicamente viável o telhado ser mais alto para que a água caia de

todos os lados na cisterna por gravidade ao invés de se utilizar o bombeamento. Outro pon-

to interessante: quando feita em casa, é importante que a construção do reservatório seja

feita próxima a cozinha para facilitar o abastecimento da casa.

Podem-se citar alguns tipos de cisternas:

Placas;

Tela e arame;

Tijolos;

Ferro-cimento;

Cal.

33

CISTERNAS a captação da água de chuva pelo telhado. Disponível em: <http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/cisternas-captacao-agua-chuva/>. Acesso em: 18 mar. 2013.

32

2.6 Bombeamento

Segundo (UNIJORGE, 2010)34, a utilização de bombas hidráulicas é imprescindível

em um projeto de irrigação ou de abastecimento de uma região ou residência onde verifica-

se a escassez de água proveniente das distâncias consideráveis de eixos urbanos para dis-

tribuidoras. Tem então um objetivo de proporcionar um fornecimento com maior rapidez e

eficiência.

As bombas possuem função de fornecer energia para a água, isso se dá através da

conversão de energia mecânica de seu rotor proveniente de um motor a combustão ou de

um motor elétrico, com isso há um aumento de pressão e de vazão do líquido. Desse modo,

bombas hidráulicas são referidas como bombas hidráulicas geradoras.

2.6.1 Características das bombas

Conforme (CEFET, 2013)35, toda a transferência de energia, uma parte da energia

transferida é perdida. Existe uma relação entre a energia adicionada ao líquido e a consumi-

da pelo acionador, essa relação que chama-se eficiência(sempre expressa em percenta-

gem) e tem uma importância na avaliação da eficiência do conjunto bomba – acionador.

Sendo assim, as quatro condições que fornecem os meios de estudo das caracte-

rísticas específicas dos diversos tipos de bombas são:

Q - Capacidade da Bomba: vazão de líquido que passa pela bomba em m3/s.

H - Altura de Elevação: a altura a que o líquido pode ser bombeado e está intima-

mente ligada ao aumento da pressão recebido pelo líquido em metro.

Pb - Potência: energia necessitada pela bomba na unidade de tempo.

- Eficiência: relação entre a potência fornecida ao líquido e a potência consumida

pelo acionador para produzir o escoamento.

Adotando o peso específico do líquido como , e a potência em cavalos-vapor - cv (unidade

alemã) temos:

Pb = .Q.H

75.

34

UNIJORGE – CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO, p.1, 2010. Centro Politécnico. Enge-nharia de produção. Disponível em: < http://www.ebah.com.br/content/ABAAABSscAI/sistema-bombeamento>. Acesso em: 25 mar. 2013. 35

CEFET – CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DA BAHIA p.4.Bombas centrífu-gas. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA7-MAJ/bombas-centrifugas>. Acesso em: 25 mar. 2013.

33

3 CONDOMÍNIO PLAZA DAS FLORES

3.1 Breve Histórico Plaza das Flores

Observado no manual do proprietário, segundo (Direcional Engenharia Ltda, 2001)36, a

empresa construtora do condomínio a ser estudado foi Direcional Engenharia LTDA, que

segundo (Pessoa e Simões, 2013, informação verbal)37, o inicio das construções do condo-

mínio vertical Plaza das Flores localizado no Loteamento Parque São Martinho na região

Sudeste de Campinas deu-se em 1998, onde era uma chácara de extenso terreno e sem

saneamento básico, sua obra de terraplanagem foi iniciada em 1995.

Após a terraplanagem as obras foram interrompidas por aproximadamente seis meses,

para liberação de processos jurídicos de documentação necessária ao inicio das constru-

ções pela prefeitura.

A habitação oficial foi dada no condomínio a partir do ano 2000 onde já estavam constru-

ídos quatro edifícios nomeados como blocos H, E, F e G, junto à churrasqueira provisória,

piscina, garagem, campo de futebol, playground, duas quadras e uma ETE. Tudo isso aju-

dou ao incentivo das vendas dos apartamentos das seguintes torres a serem construídas,

que foram na seguinte ordem: D e C, B, A, I, J, K e por ultimo os três blocos L, M e N, após

o termino foram definidas as vagas de estacionamento dos visitantes.

Há cerca de dois anos atrás o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (A. V. C. B.) que

licencia a habitação exigiu a formação de 28 brigadistas que deve ser renovada a cada ano.

E cerca de 5 anos atrás houve a implantação de um gerador pelo condomínio.

Após o termino dos blocos L, M e N em 2010 as torres do condomínio foram completas,

totalizando 14 prédios residênciais cada um com 7 com 4 quatro apartamento por andar,

mais o térreo com 3 apartamento mais um salão por torre, o que da o total de 434 aparta-

mentos e 14 salões onde 1 dos salões é usado como escritório de administração do condo-

mínio e os outros 13 para locação para festas pelos condôminos.

3.2 Condomínio

36

Direcional Engenharia Ltda. Manual do proprietário Condomínio Residencial Plaza das Flores. Belo Horizonte - MG. 2001. 37

PESSOA, Leivino Fernando; SIMÕES, Renir Nogueira. Técnico de manutenção do condomínio Plaza das Flores; Zelador do condomínio Plaza das Flores. Entrevista realizada em 20/05/2013.

34

Segundo o (Direcional Engenharia Ltda, 2001)38 o condomínio é constituído segundo o

manual do proprietário por 14 torres, uma piscina de adulto junta à outra infantil, uma porta-

ria para entrada de morador e outra para visitantes/ motos, um refeitório, uma churrasqueira,

um playground, um campo de futebol, duas quadras poli esportivas, uma lanchonete, 2 ba-

nheiros, 2 lixeiras com separação de óleos pilhas e reciclados e 3 andares de garagem.

Os prédios têm 26 metros de altura cada até a cobertura, mais 9 metros da casa de ma-

quinas, barrilete, (onde se encontra os registros da torre) e caixa de água, totalizando 35

metros do nível do chão até o topo. A caixa de água tem 11,20 m³ de água para consumo

mais 1,40 m³ de água para consumo disponível para o corpo de bombeiro segundo aos pa-

râmetros legais.

No projeto consta que o condomínio ocupa uma área de total de 26000 m² e área cons-

truída de 41353,94 m². A fundação de cada torre é composta por média de 58 tubulões de

60 centímetros de diâmetro cada e 18 metros de profundidade, é calculado para sua estabi-

lização um período de 10 anos levando em conta o seu tempo de acomodação da estrutura.

A piscina tem 12,5 metros de largura, 26 metros de comprimento e 1,30 metros de profundi-

dade, mais uma piscina infantil em conjunto de 47,5 m³.

Os funcionários são compostos por 3 funcionários privados, 2 administrativos e 1 de ma-

nutenção, mais os funcionários do condomínio, 3 de jardinagem, 1 de manutenção da pisci-

na, 8 porteiros, 4 rondas e mais 4 auxiliares de limpeza.

O condomínio tem preocupação com a economia financeira, aparência visual e questão

ambiental: tendo uma grande área verde com jardins bem planejados, separação e destina-

ção adequada do lixo orgânico (coleta seletiva municipal), reciclável (microempresa), óleos

(microempresa), e pilhas/baterias (levadas pelo condomínio até o ecoponto próximo ao con-

domínio desde 2005).

38

Direcional Engenharia Ltda. Manual do proprietário Condomínio Residencial Plaza das Flores. Belo Horizonte - MG. 2001.

35

Fonte: https://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl

ILUSTRAÇÃO 6 - Foto do condomínio tirada por satélite

3.3 Antiga ETE

Conforme Pessoa e Simões (2013, informação verbal)39 a ETE foi instalada quando o

condomínio foi construído devido à época que não havia saneamento básico na região. A

ETE tratava o efluente dos blocos H, E, F e G e era constituída por 3 cisternas, onde 2 delas

tinham capacidade para 180000 litros e uma de 75000 litros, que suportava o tratamento do

efluente do condomínio enquanto ele ainda não havia terminado as obras.

Sua desativação foi dada em Maio de 2007, por reclamações de maus odores gerados

pela ETE, por moradores de novas torres construídas próximas a ETE e por não haver mais

necessidade de continuar o seu funcionamento, pois o bairro já havia adquirido coleta e tra-

tamento de esgoto público. As cisternas permanecem sem utilização no mesmo local até a

data atual.

39

PESSOA, Leivino Fernando; SIMÕES, Renir Nogueira. Técnico de manutenção do condomínio Plaza das Flores; Zelador do condomínio Plaza das Flores. Entrevista realizada em 20/07/2013.

36

Fonte: Foto tirada pessoalmente por Felipe Augusto Fedozzi no Condomínio Plaza das Flores ILUSTRAÇÃO 7 - Área da antiga ETE

37

4 PROJETO DE IMPLANTAÇÂO DE CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVI-AIS 4.1 Análise das tendências do condomínio

A ideia central deste projeto é obter a minimização de gastos, já que foi recusado an-

teriormente em pauta, outra a proposta de captação de água pluvial por causa de altos cus-

tos. Então a fim de encurtar as distâncias para a instalação de emendas no projeto, para

reduzir gastos, o mesmo será aplicado na torre mais próxima às cisternas enterradas, que

eram utilizadas na ETE e que serão reaproveitadas. Observando as condições dos telhados,

calhas, tubos de queda, caixas de passagens, condutores horizontais, terreno, cisternas e

área de irrigação.

4.2 Área da Superfície de Captação

A área do telhado foi calculada comparando a planta da cobertura do prédio com o

pavimento tipo, pois a superfície de captação das águas pluviais no telhado é a mesma área

da do pavimento tipo, exceto pela área da sacada onde o escoamento é conduzido diferen-

ciadamente e pela área da caixa de gordura coletiva que termina na altura do pavimento do

1° andar e deságua direto no jardim.

38

Fonte: Direcional Engenharia, manual do proprietário do Condomínio Plaza das Flores

ILUSTRAÇÃO 8 - Planta do Pavimento tipo, escala 1:100

4.3 Cálculo Para Volume de Água Coletado

A fórmula utilizada pelo volume de água captada:

V=mm x m² x 0,8

V= Volume coletado

mm = média pluviométrica da região

m² = área disponível para captação

39

4.4 Análise dos Materiais e Componentes Existentes

4.4.1 Cobertura

A cobertura de cada torre é dividida em três alturas, onde a primeira é a cobertu-

ra/casa máquinas, logo em cima o pavimento barrilete e por último o ático da caixa de água

da torre. A água pluvial deságua, tanto da cobertura do barrilete, quanto da caixa de água,

por ladrões no telhado da cobertura mais baixa. Sendo que há em cada prédio dois lados da

cobertura, divididos pelos níveis mais altos e que cada lado da cobertura é composto por um

telhado duas águas convergentes.

Fonte: Foto tirada pessoalmente por Felipe Augusto Fedozzi no Condomínio Plaza das Flores ILUSTRAÇÃO 9 - Perspectiva de uma parte da cobertura da torre

4.4.2 Telhado

Cada torre possui dois telhados 2 águas em sua cobertura, divididos pelo pavimento

barrilete e caixa d’ água. O telhado duas águas da torre coleta as águas pluviais e direciona

para uma calha com uma inclinação próxima a 45°, onde é escoada por dois tubos conduto-

res em seus extremos.

40

Fonte: Foto tirada pessoalmente por Felipe Augusto Fedozzi no Condomínio Plaza das Flores ILUSTRAÇÃO 10 - Ilustração do telhado da torre

41

Fonte: Direcional Engenharia, manual do proprietário do Condomínio Plaza das Flores

ILUSTRAÇÃO 11 - Planta da cobertura da torre

42

Fonte: Direcional Engenharia, manual do proprietário do Condomínio Plaza das Flores

ILUSTRAÇÃO 12 - Legenda da cobertura e Pavimento Barrilete

4.4.3 Calhas

São feitas de chapa galvanizada, ficam entre o telhado duas águas e direcionam as

águas para os condutores tubo de queda.

43

Fonte: Foto tirada pessoalmente por Felipe Augusto Fedozzi no Condomínio Plaza das Flores

ILUSTRAÇÃO 13 - Ilustração da calha entre o telhado da torre

4.4.4 Condutores

Os condutores são divididos em horizontais e verticais (tubos de queda). Os tubos de

queda conduzem água pluvial da calha da cobertura até o pavimento térreo, onde é unido

com o condutor do outro telhado da cobertura e é direcionado para a caixa de passagem ou

inspeção. Na caixa de passagem outro condutor que leva água pluvial do jardim envolta da

torre se mistura juntamente com a água do telhado, que são desaguadas nas ruas do con-

domínio, que são captadas novamente em outro ponto que são desprezados nas ruas ex-

ternas ao condomínio.

4.4.5 Caixa de passagem

44

As águas pluviais vinda dos tubos de queda dos dois telhados se unem e deságuam

na caixa de passagem e logo depois são conduzidas onde de encontram com a drenagem

do resto do condomínio e são levadas até as ruas externas ao condomínio.

Fonte: Foto tirada pessoalmente por Felipe Augusto Fedozzi no Condomínio Plaza das Flores

ILUSTRAÇÃO 14 - Ilustração da caixa de inspeção existente

4.4.6 Cisterna

As cisternas existentes foram habilitadas para atender uma estação de tratamento de

esgoto, mas no momento encontram-se desativadas. Após a sua desativação, elas foram

limpas e desinfectadas por funcionários do condomínio. Já contém espaços adequados para

ligações e suporte para motor-bomba.

45

Fonte: Foto tirada pessoalmente por Felipe Augusto Fedozzi no Condomínio Plaza das Flores

ILUSTRAÇÃO 15 - Área da antiga ETE

46

5 RESULTADOS

5.1 Tendências do Condomínio e Elaboração do Projeto

Analisando as tendências nas reuniões do condomínio e aprovações de projetos, foi

observado a aceitação de investimentos de baixo custo, de acordo com (Paiva, 2013, infor-

mação verbal)40

A utilização da água captada para bem do condomínio, será empregada na rega dos

jardins situado ao redor dos blocos de mais fáceis acessos pela distância da cisterna, ou

seja, os blocos L, M e N. O projeto prevê a utilização de uma mangueira ligada a uma bom-

ba utilizando a água da cisterna de 75 m³ que armazenara a água pluvial a partir dos telha-

dos do bloco L e do bloco M, usando novos condutores, uma bomba para recalque e mais

alguns acessórios.

5.2 Cálculo da Área da Superfície de Captação

Para o cálculo da área da superfície de coleta de água pluvial de cada torre (para os

dois telhados), usou-se a área de cada apartamento, menos a área da sacada, multiplicado

pela quantidade de apartamentos por pavimento, mais a soma da área comum da torre me-

nos a área da caixa de gordura, respectivamente:

A = (64,15 - 2,75) x 4 + 7,3 x (4,75 + 4,75) - (2,6 x 1,8) =

A = 61,4 x 4 + 7,3 x 9,5 - 4,68 =

A = 245,6 + 69,35 - 4,68 =

A = 310,27m² = 310m² aproximadamente

5.3 Volume de Água Coletado

Multiplicado a área útil do telhado (310m²) pelo índice pluviométrico anual do municí-

pio de Campinas de 1400 mm e a quantidade de água sem perda, chega-se ao resultado de

347,2 m³ ou 347200 L de água pluvial captadas pelo telhado por ano, para ser utilizado na

rega dos jardins. Como cada torre tem dois condutores de cada lado da cobertura e que se

40

PAIVA, Maite; SIMÕES, Renir Nogueira. Síndica atual do condomínio Plaza das Flores; Zelador do condomínio Plaza das Flores. Entrevista realizada em 20/07/2013.

47

unem a caixa de passagem, se forem coletadas as águas pluviais a partir dessa caixa de

passagem obteremos apenas a metade da água pluvial que cai sobre a cobertura. Então o

projeto propõe a captação de duas caixas de passagem de água pluvial, no caso, as duas

mais próximas da cisterna, a caixa de passagem de trás (lado oposto a entrada do prédio)

do bloco L e a de trás do bloco M, totalizado a quantidade de toda a superfície de captação

de uma torre, já que a estruturas de todos os prédios são iguais, inclusive a mesma.

Captação de cada telhado:

V= 1,400x 155 x 0.8

V= 173,6m³ = 173 600 L

Captação dos dois telhados:

V= 1,400x 310 x 0.8

V= 347,2 m³ = 347 200 L

5.4 Adaptações e percursos

Com a análise dos materiais existentes foram elaboradas as adaptações do projeto

necessárias. A cobertura, telhado e a calha, são mantidas no projeto sem alterações, pois já

exercem as funções adequadamente.

O projeto prevê novos materiais necessários para instalação: separadores de folhas,

novos condutores para a condução das águas pluviais da caixa de passagem do bloco M

até a caixa de passagem do bloco L e após outro condutor que da mesma até a cisterna. E

a instalação de uma bomba para recalque da água no sentido do reservatório até o jardim

através de uma mangueira para a irrigação do mesmo.

O percurso a ser feito é ilustrado conforme, a seguir:

48

Fonte: Feita em AutoCad por Felipe Augusto Fedozzi

ILUSTRAÇÃO 16 - Planta do percurso das adaptações dos condutores de águas pluviais

5.5 Lista de Materiais

O projeto inclui uma lista de materiais necessários, conforme apresentados a seguir:

5.5.1 Separador de folhas

Quatro separadores de folhas, um para cada entrada dos tubos de queda, que será

usado para conduzir a água pluvial a ser aproveitada no projeto. Com objetivo de reter mate-

riais grosseiros, tais como folhas, galhos e outros materiais que possam afetar a qualidade

da água dentro do reservatório. A peneira é fabricada em material galvanizado com malha

de 5 mm. É um dispositivo que não retém micróbios e contaminantes químicos e deve ter

limpeza frequente.

5.5.2 Condutores

49

Pare se definir o diâmetro necessário da tubulação para atender a demanda de água

pluvial, calculou-se pela área da circunferência dos condutores de entrada na cisterna utili-

zando a formula a seguir:

π x r²

Considerando as 2 tubulações de 100 mm, que chegam na caixa de passagem do

bloco M temos:

2 x (π x [100/2]²) = 15 700 mm²

O condutor com diâmetro mais próximo e que consiga uma área igual ou superior à

dos 2 condutores anteriores é de 150 mm, conforme o cálculo:

(π x [150/2]²) = 17 662,5 mm²

Considerando as 4 tubulações de 100 mm, que indiretamente deságuam na

caixa de passagem do bloco M temos:

4 x (π x [100/2]²) = 31 400 mm²

O condutor com diâmetro mais próximo e que consiga uma área igual ou su-

perior à dos 4 condutores anteriores é de 200 mm, conforme o cálculo:

(π x [200/2]²) = 31 400 mm²

Estabelece então a instalação de 40 metros de tubulação de água pluvial de diâme-

tro 150 mm da caixa de passagem do bloco M com saída de 70 centímetros de profundidade

até a caixa de passagem do bloco L, onde as águas das duas torres se encontram com 90

centímetros de profundidade para sua inclinação.

Instalação de 20 metros de tubulação de água pluvial de diâmetro 200 mm da saída

da caixa de passagem do bloco L, direcionando a água pluvial até a cisterna, a qual é inse-

rida no antigo tanque de lodo, disponível da ETE desativada, considerando suas respectivas

conexões.

É indicado a limpeza e manutenção preventiva para prevenir entupimentos, vaza-

mentos e infiltrações. Segundo (DIRECIONAL ENGENHARIA LTDA, 2001)41 os condutores

de águas pluviais são constituídos de PVC rígido série r devem estar identificados pela cor

verde claro, quanto estiverem aparentes.

5.5.3 Ventosa

41

DIRECIONAL ENGENHARIA LTDA. Manual do proprietário Condomínio Residencial Plaza das Flores. Belo Horizonte - MG. 2001.

50

Uma ventosa, instalada no cotovelo da tubulação próxima a cisterna, onde o terreno

tem maior oscilação da declividade, para que não ocorra formação de bolsas de ar.

5.5.4 Separador de fluxo

Instalado na saída do condutor na cisterna, desprezando os primeiros minutos da

água da chuva, pois essa água não deve ser aproveitada por conter resíduos inapropriados

trazidos pela lavagem do telhado no momento da chuva, podendo contaminar o reservatório.

5.5.5 Sensor de nível-d’água

Instalado dentro da cisterna, para ter a ciência da quantidade de água disponível pa-

ra utilização.

5.5.6 Motor-Bomba

Pb = .Q.H

75.

Pb = 1000.0,025.5 = 125 = 2,78 cv, comercialmente 3 cv.

75.0,6 45

De acordo com (Schneider, 2013)42, a tubulação de sucção adotada é a imediata su-

perior ao da tubulação de recalque (1’’), ou seja, 1 ¼’’, e de retorno, imediato inferior ao de

sucção 1’’. A sucção da motobomba com diâmetro de 1 ¼’’ com válvula de pé de 4 metros

de comprimento deve ser inserida dentro da cisterna existente, onde o recalque da bomba,

seguido de um registro (para controle do fluxo do fluido) liga à mangueira de diâmetro 1”,

que conduz a água até a área a ser irrigada.

42

Schneider Motobombas. Instruções gerais de instalação de bombas centrifugas. Manual Técni-co. Disponível em <http://wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/images/a/af/Scheneider.pdf>. Acesso em: 05 de Nov. 2013.

51

5.5.7 Mangueira

Para uma menor perda de carga a mangueira de recalque utilizada para conduzir a

água da cisterna ao jardim será de 1”, com vazão de 1,5 m³/h ou 0.025 m³/s, com bico de

diâmetro reduzido para aumentar a pressão do esguicho. Terá comprimento de 80 metros

de comprimento para poder fazer a irrigação de todo o jardim em volta dos blocos L, M, e N.

5.6 Área de irrigação

Como não haviam registros da área do jardim eu e Renir Nogueira Simões (Zelador

do Condomínio), medimos manualmente toda a área a partir de trechos dos jardim ao redor

dos blocos L, M e N, utilizando uma trena de 50 metros.

Área obtida do jardim = 2 457,94m²

A quantidade de água utilizada para a irrigação, segundo (HELLER e PÁDUA,

2006)43, é de 1,5 litros por m². Neste caso:

Água usada para irrigação de todo o jardim = 2 457,94 x 1,5 = 3 686,91L

43

HELLER,Léo e PÁDUA,Valter Lúcio De. Abastecimento de água para consumo humano. Belo Horizonte MG: UFMG, 2006. 859 p.

52

Fonte: https://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl e editada em AutoCAD por Felipe Augusto Fedozzi ILUSTRAÇÃO 17 - Área usada para irrigação demarcada em vermelho

5.6.1 Cálculo anual

A irrigação do jardim acontece em media de duas a três vezes por semana no

período de estiagem e nos demais apenas uma vez. Tomando por base uma media

de duas irrigações por semana, tem se:

2 regagens por semana x 8 por mês = 96 irrigações/ano

3 686,91 L/ano = 353 943,36L/ano

5.7 Custo Financeiro

Foi feito um levantamento financeiro prévio dos materiais necessários à implantação

do projeto, para a obtenção de um valor médio de custos.

Condutores:

40 metros PVC 150 mm - R$ 749,00

53

20 m de Condutor de PVC 200 mm - R$ 987,00

Total de condutores - R$ 1 700,0044 com desconto.

Mangueira de 1’’ 100 metros - R$ 171,3045.

Bico da mangueira - R$ 100,0046

Válvula de alívio de pressão - R$ 120,0047

Tubos de queda - já existentes.

Separador de folhas - a partir de R$ 130,0048 - Total 4x 130 = R$ 520,00

Separador de fluxo - a partir de R$ 170,0049

Conjunto Flutuante de sucção - R$ 275,0050

Cisterna - já contida pelo condomínio

Sensor de nível de água - de R$ 24,00 a R$ 84,70, valor considerado R$ 54,5051

Motobomba 3cv trifásica - R$ 879,9052

Ventosa simples - R$ 315,0053

Registro de 1’’ - R$ 25,9054

Chave magnética trifásica com proteção térmica – R$ 114,3055

44

Maria de Lourdes Daniel Cezar ME. Valor de condutores de PVC. Informação verbal. 15 de Nov. 2013. 45

DUTRA máquinas. Mangueira para irrigação 1’’ 100 metros. Disponível em <http://www.dutramaquinas.com.br/produtos/mangueira-para-irrigacao-1-100-metros-8851?gclid=CMfel9mA0boCFc6j4AodIVUAvg> Acesso em: 05 de Nov. 2013 46

MERCADO livre. Bico de mangueira para caminhão de água irrigação novo. Disponível em <http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-516660226-bico-de-mangueira-para-caminhao-de-agua-irrigacao-novo-_JM>. Acesso em: 05 de Nov. 2013. 47

Vanguarda Comercial Hidroelétrica Ltda. Valor de válvula de alívio de pressão. Informação ver-bal. 15 de Nov. 2013 48

ECO hospedagem. Separador de folhas. Disponível em <http://ecohospedagem.com/como-instalar-um-sistema-para-captar-agua-da-chuva/>. Acesso em: 09 de Nov. 2013. 49

ECO hospedagem. Separador de fluxo. Disponível em <http://ecohospedagem.com/como-instalar-um-sistema-para-captar-agua-da-chuva/>. Acesso em: 05 de Nov. 2013. 50

ECORACIONAL. Conjunto flutuante de sucção 1". Disponível em <http://loja.ecoracional.com.br/equipamentos-avulsos/conjunto-flutuante-de-succ-o-1.html/>. Acesso em: 05 de Nov. 2013. 51

ICOS. Sensor de nível de água. Disponível em <http://www.icos.com.br/SensorDeNivel/>. Acesso em: 05 de Nov. 2013. 52

Royal. Motobomba 3cv trifásica Schneider. Disponível em <http://www.royalmaquinas.com.br/loja/website/428/649/maquinas/motobomba-bc-92s-ha-3cv-trifasica-schneider.html>. Acesso em: 05 de Nov. 2013. 53

Fucoli - somepal. Tabela de preços de 2011. Disponível em <http://www.canalcentro.pt/galeria/pdfs/c7ab0c1b15a3b10be0c030ce7ff13a02.pdf>. Acesso em: 05 de Nov. 2013. 54

Tend Tudo. Registro. Disponível em <http://www.tendtudo.com.br/registro-esfera-vs-roscavel-1-br-57---ti-gre/p?utm_source=GoogleShopping&utm_campaign=Google_Shopping&utm_medium=xml&gclid=CM_71sS1hrsCFUMV7AodtQ0ATA>. Acesso em: 05 de Nov. 2013. 55

A. Camargo. Chave magnética trifásica. Disponível em <http://acamargo.com/1874664-produto-chave-partida-magnetica-trifasica-380-volts>. Acesso em: 05 de Nov. 2013.

54

Total = R$ 4 445,90

Materiais complementares: Cola, fios, fusíveis, emendas, conexões, veda-roscas e

outros. – 5% do valor dos materiais.

5% = R$ 222,30

Total de materiais = R$ 4 668,20

Mão de obra total = R$ 3 460,00, orçamento realizado pelo engenheiro civil (informa-

ção verbal)56.

Materiais e mão de obra = R$ 8 128,20

Propõe-se a adoção de uma taxa de Benefícios e Despesas Indiretas (BDI) de 1%,

que incidem sobre o custo do empreendimento definindo o custo total, conforme sugerido

pelo Engenheiro Sampaio (2013)57.

1% = R$ 81,30

Valor prévio do total dos gastos para a implantação do projeto - R$ 8 209,50

5.8 Balanço

TABELA 1 - Valores da conta de água do Condomínio Plaza das Flores dos meses:

maio, junho, julho e agosto de 2013.

56

CRUZ JUNIOR, Jose Maia da. Consulta de orçamento de mão de obra. Campinas - SP. 4 de Nov. de 2013. (informação verbal). 57

Fernando Morethson Sampaio. Em seu livro “Orçamento e Custo na Construção”. Disponível em <http://portal2.tcu.gov.br/portal/pls/portal/docs/2055358.PDF>. Acesso em: 05 de Nov. 2013.

55

TABELA 2 - Valores de água captada no Bloco L e N referentes a 2013.

TABELA 3 - Valores da irrigação do jardim do Condomínio Plaza das Flores referentes a

2013.

5.9 Tempo de Retorno do Investimento

Com a captação da água de chuva irá ser economizada em média de 347 200 L de água

potável por ano, o referente a R$ 1 730,82 gastos pelo condomínio para a irrigação do jar-

dim em torno das torres L, M, e N, anualmente.

O custo médio total do projeto é de R$ 8 209,50, então com a economia anual de

R$ 1 730,82, o custo de implantação do projeto se pagará em cerca 4 anos 8 meses e 28

dias.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho visa à preservação de um dos recursos ambientais mais essenciais ao

homem: a água. Unindo um retorno financeiro ao condomínio, estimou-se valores para a

execução de um projeto que se pague em pouco tempo, a partir da redução nos gastos do

consumo de água potável e taxas cobradas ao condomínio pela mesma, além de proporcio-

nar um “marketing” que agrega valor ao condomínio.

Os benefícios trazidos ao meio ambiente são a preservação da água na natureza,

minimização de enchentes, alagamentos e ainda evita um possível racionamento de água.

Depois do projeto concluído é importante que os moradores se sensibilizem com a

questão ambiental, pois é necessário criarmos um hábito, em nosso dia a dia, na maneira de

pensarmos e reduzir os danos que causamos ao meio que vivemos como: redução no con-

sumo de água, energia e recursos naturais em geral. Isso pode ser feito através de murais,

cartazes, exposições, que informem aos moradores das melhorias feitas, dando consciência

também de como ela foi realizada, para que e quais os benefícios trazidos pelo projeto.

Outra meta também a ser alcançada com esse projeto é o incentivo de outras ideias

que visem a sustentabilidade, servindo como exemplo para uma conscientização ambiental

interna e externa ao condomínio. A tendência é que com a obtenção de bons resultados,

famílias e empresas que possuam um sistema de captação de água de chuva divulguem a

utilização do mesmo, consequentemente difundirão esse tipo de sistema, propiciando maior

conhecimento e aumentando a utilização do reuso de água de chuva.

Com os resultados obtidos, podemos concluir que a proposta inicial de fazer um pro-

jeto para o bem coletivo do condomínio e que traga os benefícios ambientais com baixos

custos é possível e viável, pelo custo de implantação de R$ 8 209,50. Além de que, se hou-

ver a satisfação dos condôminos pelos resultados do projeto, aliado ao grande potencial do

condomínio, pode proporcionar a expansão do projeto e implantação de outros voltados ao

meio ambiente, com amplitudes ainda maiores.

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