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CARACTERIZAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO PLUVIAL E DA FLUVIOMENTRIA DO MÉDIO PARANAPANEMA INTRODUÇÃO O princípio fundamental de adoção da bacia hidrográfica como unidade físico- territorial básica serve para o planejamento e o gerenciamento dos recursos hídricos. O estudo de bacias adotado por vários autores, possibilitam um melhor planejamento dos recursos naturais que a integram, abarcando as características econômicas, sociais, políticos e culturais de uma região. Uma bacia hidrográfica constitui-se conforme Rosely F. dos Santos: “... um sistema natural bem delimitado no espaço, composto por um conjunto de terras topograficamente drenadas por um curso d´água e seus afluentes, onde as interações, pelo menos físicas, são integradas e, assim, mais facilmente interpretadas. Esta unidade territorial é entendida como uma caixa preta, onde os fenômenos e interações podem ser interpretados, a priori, pelo input e output”. (SANTOS, 2004 p. 40). O elemento principal da uma bacia é a chuva. A partir dessa variável meteorológica se tem a entrada e saída das águas, sendo o principal mecanismo de reposição de água no solo, com o objetivo de abastecimento dos recursos hídricos nas bacias hidrográficas. O estudo da precipitação pluvial colabora para a ocupação, seja ela do homem ou dos animais que o acompanha, bem como para as diversas atividades sócio-econômicas sobre o espaço, abrangendo assim, toda a instância da sociedade. As interações dentro de um determinado espaço geográfico definem o sistema, assim como a relação homem natureza. A bacia hidrográfica do Médio Paranapanema está entre uma das 22 Unidades de Gerenciamento dos Recursos Hídricos do Estado de São Paulo. É denominada Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Médio Paranapanema (UGRHI-17), definida pela Lei n.º 9034/94. Tem a competência de gerenciar os recursos hídricos. Possui uma área total de 16.763Km, agrega os tributários da margem direita do curso médio do rio Paranapanema, localizada na região Centro-Oeste do Estado de São Paulo, conforme Figura 1. O total de municípios pertencente a esta Unidade de Gerenciamento é 59.

CARACTERIZAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO ... - Câmpus de Ourinhos€¦ · Capivara (inclusive). A caracterização climática da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Médio

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CARACTERIZAÇÃO DA PRECIPITAÇÃO PLUVIAL E DA FLUVIOMENTRIA DO

MÉDIO PARANAPANEMA

INTRODUÇÃO

O princípio fundamental de adoção da bacia hidrográfica como unidade físico-

territorial básica serve para o planejamento e o gerenciamento dos recursos hídricos. O estudo de

bacias adotado por vários autores, possibilitam um melhor planejamento dos recursos naturais

que a integram, abarcando as características econômicas, sociais, políticos e culturais de uma

região.

Uma bacia hidrográfica constitui-se conforme Rosely F. dos Santos:

“... um sistema natural bem delimitado no espaço, composto por um conjunto de terras topograficamente drenadas por um curso d´água e seus afluentes, onde as interações, pelo menos físicas, são integradas e, assim, mais facilmente interpretadas. Esta unidade territorial é entendida como uma caixa preta, onde os fenômenos e interações podem ser interpretados, a priori, pelo input e output”. (SANTOS, 2004 p. 40).

O elemento principal da uma bacia é a chuva. A partir dessa variável meteorológica se

tem a entrada e saída das águas, sendo o principal mecanismo de reposição de água no solo, com

o objetivo de abastecimento dos recursos hídricos nas bacias hidrográficas.

O estudo da precipitação pluvial colabora para a ocupação, seja ela do homem ou dos

animais que o acompanha, bem como para as diversas atividades sócio-econômicas sobre o

espaço, abrangendo assim, toda a instância da sociedade. As interações dentro de um

determinado espaço geográfico definem o sistema, assim como a relação homem natureza.

A bacia hidrográfica do Médio Paranapanema está entre uma das 22 Unidades de

Gerenciamento dos Recursos Hídricos do Estado de São Paulo. É denominada Unidade de

Gerenciamento de Recursos Hídricos do Médio Paranapanema (UGRHI-17), definida pela Lei n.º

9034/94. Tem a competência de gerenciar os recursos hídricos. Possui uma área total de

16.763Km, agrega os tributários da margem direita do curso médio do rio Paranapanema,

localizada na região Centro-Oeste do Estado de São Paulo, conforme Figura 1. O total de

municípios pertencente a esta Unidade de Gerenciamento é 59.

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-53 -52 -51 -50 -49 -48 -47 -46 -45-25

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-23

-22

-21

-20

-50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 1 – Mapa do Estado de São Paulo com a localização da UGRHI-17.

Seus limites fisiográficos são: Estado do Paraná e UGRHI-14 (Alto do

Paranapanema), ao Sul; UGRHI-22 (Pontal do Paranapanema) a Oeste; UGRHI-21 (Aguapeí),

UGRHI-20 Peixe, UGRHI-16 (Tietê-Batalha) e UGRHI-13 (Tietê-Sorocaba), a Norte e a Leste

UGRHI-10 (Tietê-Sorocaba).

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A UGRHI-17 pertence à bacia do Rio Paraná, sua região hidrográfica é a Vertente

Paulista do Rio Paranapanema, está classificada no setor de Agropecuária. Sua abrangência vai

da Vertente Paulista da bacia do Paranapanema da barragem de Xavantes até a bacia do rio

Capivara (inclusive).

A caracterização climática da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos do

Médio Paranapanema, segundo a classificação de Strahler, se enquadra no grupo dos climas

controlados pelas massas de ar tropical e polar em permanente interação. Está inserida no II

Grupo e no sub-grupo do clima Subtropical Úmido das costas ocidentais e subtropicais,

dominadas largamente pela massa tropical marítima.

Na UGRHI-17 possui unidades litoestratigráficas aflorantes, são constituídas por

rochas sedimentares e ígneas da bacia do Paraná, a predominância do período mesozóica e

depósitos sedimentares recentes da idade cenozóica.

A UGRHI-17 possui importantes atividades econômicas, conforme o Relatório Zero

por Comitê de Bacias Hidrográficas (CBH), sendo a principal atividade a agropecuária, seus

principais produtos agrícolas e uso da terra são: cana-de-açúcar, soja e milho. Suas principais

atividades industriais são as agroindústrias como: usinas de cana e derivados e da produção

animal como curtumes e frigoríficos.

12

34

5

6789

10 1112

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34

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37 3839404142

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA – 2 Mapa da UGRHI-17 com as estações localizadas.

A UGRHI-17, trecho Médio Paranapanema, onde a bacia do Rio Turvo está inserida

entre as seis unidades hidrográficas, possui uma área de 4236,18Km2.

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O uso intensivo do solo trouxe para a presente unidade, vários problemas, tais como a

diminuição da área de florestas, perda de fertilidade do solo, erosão, contaminação do solo

causado pelos agrotóxicos entre outros.

METODOLOGIA

Os dados utilizados neste trabalho foram obtidos através da Agência Nacional de

Águas (ANA). Foram analisadas, aproximadamente, 87 estações com séries temporais e espaciais

de precipitação pluvial. O critério utilizado para selecionar as séries pluviais foi baseado na

temporalidade das mesmas, ou seja, as séries necessariamente deveriam ter mais 30 anos, com o

mínimo de dados faltantes. Nas séries escolhidas uma média de 15% das estações estava com

dados faltantes.

Foi feito o preenchimento, quando necessário, das falhas de séries que se considerasse

importante, pela sua localização, considerando que não havia outras séries pluviométricas nessa

área ou quando houvesse outras séries disponíveis, mas com problemas de falhas ao longo do

período selecionado para análise estatística. Utilizou-se o preenchimento com base nas estações

mais próximas e como mesma altitude.

Para o estudo espacial e temporal da precipitação pluvial, o período de análise foi de

1974 a 2003.

A Figura 2 mostra a área de estudo e a localização de cada estação selecionada.

Com base na seleção dos 87 postos pluviométricos iniciais, selecionou-se a base

definitiva para o desenvolvimento deste trabalho (Figura 2), totalizando 42 postos

pluviométricos, identificados na Tabela 1. O critério utilizado para a escolha desses postos foi à

representação espacial. A análise espacial é importante, considerando que a área de estudo,

encontra-se em uma região de transição do clima subtropical para o clima tropical.

Para representar as isoietas foi utilizado o software Surfer versão 8.0. Este programa

possibilita traçar as isolinhas e ajustá-la, através de diferentes métodos de interpolação. O método

escolhida para interpolar as isolinhas deste trabalho, foi o método de Krigem.

O Surfer utiliza o método reticulado para realizar a interpolação de dados, essa

interpolação considera todos os pontos da área, permite interpolar o valor da função em qualquer

ponto dentro do domínio dos dados originais, com os quais irá gerar valores para a construção das

isolinhas. O método de Krigem, portanto possibilita a melhor representação da continuidade dos

fenômenos geográficos e mais especificamente da chuva, permitindo desta forma uma melhor

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espacialização dos regimes pluviométricos predominantes na área de estudo em diferentes escalas

de análise.

TABELA 1 – Estações para estudo, com: código, estações, cidades, latitudes, longitudes, altitudes e períodos. Nº Código Estações Municípios Lat. Long. Alt. Períodos 1 2248026 São Manuel São Manuel 22° 44' 48° 34' 710 01/1940 a 09/2004 2 2248029 Faz. S. J. Morro Vermelho Botucatú 22° 49' 48° 26' 780 01/1954 a 09/2004 3 2248030 Faz. Monte Alegre Botucatú 22° 52' 48° 39' 800 09/1937 a 09/2004 4 2248048 Bairro Anhumas Botucatú 22° 56' 48° 16' 540 01/1970 a 09/2004 5 2248051 Gleba Rio Claro Lençois Paulista 22° 46' 48° 50' 630 08/1972 a 09/2004 6 2249006 Garça Garça 22° 12' 49° 39' 680 01/1938 a 09/2004 7 2249008 Marília Marília 22° 13' 49° 56' 640 01/1939 a 09/2004 8 2249011 Gália Gália 22° 19' 49° 32' 560 12/1938 a 09/2004 9 2249014 Mundo Novo Garça 22° 19' 49° 46' 660 12/1970 a 09/2004

10 2249022 Ocauçu Ocauçu 22° 26' 49° 55' 540 06/0971 a 09/2004 11 2249023 Cabrália Paulista Cabrália Paulista 22° 27' 49° 19' 500 13/1938 a 09/2004 12 2249024 Ubirajara Ubirajara 22° 32' 49° 39' 550 08/1965 a 09/2004 13 2249025 Paulistânia Agudos 22° 35' 49° 24' 540 10/1970 a 08/2004 14 2249028 Ribeirão do Sul Ribeirão do Sul 22° 47' 49° 56' 480 05/1973 a 09/2004 15 2249034 Ourinhos Ourinhos 22° 59' 49° 50' 460 01/1937 a 09/2004 16 2249060 Areia Branca São Pedro do Turvo 22° 35' 49° 49' 580 08/1972 a 09/2004 17 2249062 Dirceu Marília 22° 08' 49° 55' 440 01/1972 a 09/2004 18 2249065 São Pedro do Turvo São Pedro do Turvo 22° 45' 49° 44' 460 07/1971 a 09/2004 19 2249071 Fazenda São Francisco Sta. Cruz do Rio Pardo 22° 35' 49° 33' 570 05/1974 a 09/2004 20 2249086 Fazenda Nova Niagara Óleo 22° 57' 49° 23' 660 01/1943 a 09/2004 21 2250009 Rancharia Rancharia 22° 13' 50° 53' 550 01/1941 a 09/2004 22 2250011 Agropecuária Sto. Antonio Lutecia 22° 22' 50° 23' 500 01/1961 a 09/2004 23 2250013 Echaporã Echaporã 22° 26' 50° 12' 680 01/1946 a 09/2004 24 2250014 Troncao Rancharia Rancharia 22° 26' 50° 59' 470 01/1971 a 09/2004 25 2250016 Assis Assis 22°38' 50° 24' 560 01/1966 a 09/2004 26 2250017 Platina Platina 22° 38' 50° 12' 420 01/1971 a 09/2004 27 2250023 Usina Pari Cândido Mota 22° 53' 50° 20' 360 01/1938 a 09/2004 28 2250024 Porto Jaú Salto Grande 22° 53' 50° 01' 380 01/1952 a 12/2005 29 2250025 Florinea Florinea 22° 54' 50° 44' 370 06/1970 a 12/2000 30 2250037 Sucui Palmital 22° 49' 50° 18' 370 01/1974 a 09/2004 31 2250047 Tabajara Lutecia 22° 28' 50° 22' 490 01/1972 a 09/2004 32 2250048 Água da Fortuna Assis 22° 41' 50° 29' 500 01/1954 a 09/2004 33 2250062 Quatã Quatã 22° 14' 50° 01' 520 01/1936 a 09/2004 34 2250063 Paraguaçu Paulista Paraguaçu Paulista 22° 25' 50° 34' 480 01/1953 a 09/2004 35 2250064 Fazenda Barra Mansa Rancharia 22° 07' 50° 50' 460 06/1974 a 09/2004 36 2251018 Iepe Iepe 22° 40' 51° 05' 380 01/1944 a 09/2004 37 2348008 Avaré Avaré 23° 06' 48° 55' 780 07/1939 a 09/2004 38 2348073 Pardinho Pardinho 23° 05' 48° 23' 880 05/1970 a 09/2004 39 2348078 Itatinga Itatinga 23° 06' 48° 37'' 820 08/1973 a 09/2004 40 2349002 Cerqueira Cesar Cerqueira Cesar 23° 02' 49° 10' 760 01/1951 a 09/2004 41 2349003 Fazenda Palmeiras Ipauçu 23° 02' 49° 34' 620 01/1941 a 09/2004 42 2349004 Fazenda Marcondinha Chavantes 23° 03' 49° 46' 480 01/1955 a 09/2004

Sabe-se que a análise estatística é fundamental para estudar a precipitação pluvial,

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tendo em vista que essa grandeza meteorológica varia de ano para ano. Foi aplicada Estatística

Descritiva para todos os postos, utilizando-se os seguintes parâmetros estatísticos: média, desvio

padrão, coeficiente de variação, máximo, mínimo, amplitude, quartil inferior, quartil superior,

amplitude interquartil. Estes cálculos foram feitos para dados mensais e anuais.

Xs

CV =

minmax VVA −=

n

xX �=

Também se calculou anomalias e índice de irregularidade meteorológica:

XXAnom i −=

minmax

PP

IIM =

O IIM mede a irregularidade da chuva em uma determinada área, assim como a Anom ,

possibilita determinar a variação de um elemento meteorológico em relação ao seu valor

climatológico.

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Na Tabela 2 apresenta-se a síntese da Estatística Descritiva para as estações

pluviométricas selecionadas. Observou-se que ocorreu marcada variabilidade em toda a bacia,

pois o índice de irregularidade metereológico, por exemplo, oscilou entre 26 e 56%, em toda a

bacia. Pode-se observar também que a amplitude oscilou entre 725 e 1524mm, ao longo da

unidade de estudo. Isto mostra que há marcada variabilidade nas séries pluviométricas analisadas.

TABELA 2 – Número das estações com os parâmetros estatísticos: média, coeficiente de variação, desvio padrão, máximo, mínimo, amplitude, índice de irregularidade metereológico (IIM), quartil inferior (Qi), quartil superior (Qs), amplitude interquartil (AIQ).

Estações Média DP CV Máximo Mínimo Amplitude IIM Qi Qs A IQ 1 1575 286 0,18 2278 998 1280 0,44 1387 1727 340 2 1564 304 0,19 2467 943 1524 0,38 1420 1661 242 3 1423 351 0,25 2079 670 1409 0,32 1194 1699 505 4 1444 217 0,15 2078 991 1087 0,48 1354 1541 187 5 1444 241 0,17 2024 973 1051 0,48 1299 1601 302 6 1540 269 0,17 2272 1127 1145 0,50 1304 1710 406 7 1528 315 0,21 2223 953 1270 0,43 1372 1633 260 8 1521 346 0,23 2350 941 1409 0,40 1259 1731 471 9 1517 267 0,18 2275 1104 1171 0,49 1282 1633 351

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10 1379 260 0,19 2173 1059 1114 0,49 1218 1439 221 11 1345 316 0,24 2020 526 1495 0,26 1196 1530 334 12 1352 248 0,18 2049 932 1116 0,46 1205 1453 248 13 1263 265 0,21 1855 841 1014 0,45 1103 1378 274 14 1386 212 0,15 1872 970 902 0,52 1253 1467 214 15 1463 272 0,19 2000 899 1101 0,45 1337 1598 261 16 1381 232 0,17 1995 851 1144 0,43 1251 1502 251 17 1450 259 0,18 2039 1001 1039 0,49 1276 1570 294 18 1359 262 0,19 2012 988 1023 0,49 1156 1442 286 19 1339 224 0,17 2008 1045 963 0,52 1155 1463 308 20 1439 253 0,18 1866 957 909 0,51 1203 1650 447 21 1358 241 0,18 1905 905 999 0,48 1181 1468 287 22 1385 230 0,17 1939 1045 895 0,54 1198 1535 337 23 1463 244 0,17 2136 1149 987 0,54 1301 1548 247 24 1437 238 0,17 1879 1011 868 0,54 1294 1593 299 25 1422 278 0,20 2048 1052 997 0,51 1226 1512 285 26 1408 274 0,19 2059 997 1062 0,48 1213 1540 326 27 1474 211 0,14 1950 1149 800 0,59 1329 1603 274 28 1342 258 0,19 1934 845 1089 0,44 1172 1443 271 29 1409 232 0,16 1950 973 976 0,50 1240 1550 310 30 1420 223 0,16 1992 1114 878 0,56 1267 1520 253 31 1459 226 0,15 1989 994 995 0,50 1294 1653 360 32 1421 217 0,15 1933 997 936 0,52 1277 1513 235 33 1456 225 0,15 2081 1105 976 0,53 1346 1521 175 34 1374 239 0,17 1894 970 924 0,51 1186 1488 302 35 1285 209 0,16 1689 964 725 0,57 1096 1375 279 36 1433 251 0,17 2218 1100 1118 0,50 1305 1521 216 37 1525 266 0,17 2181 1061 1120 0,49 1328 1678 350 38 1421 271 0,19 2171 1032 1138 0,48 1196 1586 390 39 1482 281 0,19 2200 1181 1019 0,54 1282 1627 345 40 1466 272 0,19 2057 1028 1029 0,50 1310 1653 343 41 1590 257 0,16 2029 1128 900 0,56 1423 1794 371 42 1482 261 0,18 2035 1012 1023 0,50 1332 1661 329

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 3 – Isolinhas de precipitação pluvial dos valores médios para o período de análise.

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-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

-23

-22.5

FIGURA 4 – Isolinhas de precipitação pluvial do coeficiente de variação para o período de análise.

Na Figura 3, observa-se os valores médios, das precipitações pluviais, através das

isolinhas, no período analisado. A precipitação pluvial na área de estudo oscilou entre 1400 e

1500mm, aproximadamente. Os maiores valores encontram-se à Leste da bacia.

Climatologicamente, portanto, não há uma significativa amplitude da precipitação na área de

estudo.

Como o coeficiente de variação é uma medida relativa de dispersão, útil para a

comparação em termos relativos do grau de concentração em torno da média, conforme se

verifica na Figura 4, as regiões Oeste, Sudoeste possui uma dispersão em torno de 17%, já na

região Sudoeste e Leste a variação é de 19% e a Nordeste 22% e 21%. Desta forma pode-se notar

que a variabilidade, em relação a média, variou entre 17 e 22%, em toda a unidade, para os

valores climatológicos.

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-23

-22.5

FIGURA 5 – Isolinhas de precipitação pluvial do desvio padrão para o período de análise.

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Na UGRHI-17 quanto ao desvio padrão (Figura 5), constatou-se que os maiores

desvios concentraram-se na região Nordeste. Percebe-se que na região Sudoeste a dispersão

oscilou entre 220, 240 e 260mm, já as regiões Norte, Sul e Sudeste entre 260 a 320mm.

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FIGURA 6 – Isolinhas de precipitação pluvial do valor máximo o período de análise.

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-22.5

FIGURA 7 – Isolinhas de precipitação pluvial do valor mínimo para o período de análise.

A Figura 6 apresenta os valores máximos de precipitação pluvial para o período

analisado na UGRHI-17, com valor 2100mm, de precipitação pluvial nas regiões Norte,

Nordeste, Leste e Sudoeste.

Os valores de máxima precipitação oscilaram entre 1900 e 2100mm, não houve uma

variação significativa dos valores máximo em toda a unidade.

As isolinhas de precipitação pluvial dos valores mínimos do período de estudo (Figura

7), têm sua mínima na região Nordeste atingindo 650mm, as regiões Sul, Sudoeste a mínima está

em 1000mm. Na região Sudeste a precipitação pluvial oscila em 900mm e na região Noroeste

1100mm.

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-22.5

FIGURA 8 – Isolinhas de precipitação pluvial da amplitude para o período de análise.

A dispersão das isolinhas de precipitação pluvial (conforme Figura 8) mostra marcada

diferença entre a maior e a menor ocorrência de precipitação pluvial, como pode ser observar na

região Nordeste e Sudoeste a precipitação pluvial, diferenciando-se em 400mm. Já nas regiões

Sul, Sudoeste e Noroeste a precipitação pluvial entre a maior e a menor é de 500mm.

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-23

-22.5

FIGURA 9 – Isolinhas de precipitação pluvial da IIM para o período de análise.

Na Figura 9, tem-se o cálculo do índice que mede a irregularidade da chuva. Esse

índice pode ser temporal ou espacial. No caso analisou-se o índice espacialmente, podendo-se

observar que, climatologicamente, a Unidade de Gerenciamento apresenta irregularidade na

precipitação pluvial, com valores oscilando entre 32 e 52%, aproximadamente.

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FIGURA 10 – Isolinhas de precipitação pluvial da quartil inferior para o período de análise.

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-22.5

FIGURA 11 – Isolinhas de precipitação pluvial da quartil superior para o período de análise.

Os quartis inferior (Qi) e superior (Qs), são definidos como os valores abaixo dos

quais estão um quarto e três quartos, respectivamente, dos dados. A Figura 10 representa o quartil

inferior e a Figura 11 tem-se o quartil superior. Essas duas medidas de separatrizes possibilitam

o estudo das isolinhas de precipitação pluvial retirando o extremo inferior e superior equivalente

a 25% em cada extremo. Pode-se verificar que o padrão das isolinhas mostra que 50% da

precipitação pluvial estão concentradas entre 1200mm e 1600mm, (Figuras 10 e 11).

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-22.5

FIGURA 12 – Isolinhas de precipitação pluvial da amplitude interquartil para o período analisado.

Pode-se observar a diferença entre o quartil superior e o inferior da medida da

amplitude inter quartis, conforme Figura 12. A amplitude interquartil nas regiões Norte, Nordeste

e Sudoeste é de 400mm e nas regiões Noroeste, Oeste, Sul e Sudoeste é de 300mm. Desta forma,

observou-se que retirando os extremos, não ocorre significativa variabilidade na Unidade.

Também foram calculadas anomalias pluviométricas para cada ano, do período

analisado. Essa medida é importante para detectar a variabilidade de ano para ano dentro do

período analisado e dentro da Unidade de estudo.

A sugestão feita no relatório final, quanto a tracejar as isolinhas de anomalias

negativas, foi muito importante, pois a análise dos resultados tornou-se mais didática.

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FIGURA 13: Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1974.

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Pode-se observar na Figura 13, as isolinhas das anomalias para o ano 1974. Neste ano

observou-se valores das anomalias positivos em, praticamente toda a bacia. Desta forma pode-se

inferir que climatologicamente a precipitação pluvial foi superior a média climatológica na área

de estudo para este ano. Por exemplo: os valores de 300mm de anomalia significam que, neste

ano choveu 300mm acima da média climatológica (aproximadamente 1000mm valor médio

climatológico). Já na região Norte/Nordeste, apresentou anomalias negativas de 100mm, ou seja,

choveu abaixo da média climatológica, nesta área da bacia. Denota-se a partir da figura, que o

ano 1974 apresentou marcada variabilidade, com valores de anomalias oscilando entre -50mm e

300mm, aproximadamente.

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FIGURA 14 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1975.

O ano de 1975 (Figura 14), as isolinhas de anomalias de precipitação pluvial possuem

valores negativos em praticamente todas as regiões da bacia. As regiões Norte, Nordeste, Leste e

Sudoeste apresentam valores superiores de isolinhas negativas de 240mm. Nas regiões Noroeste,

Oeste e Sudoeste em média são 120mm de anomalias negativas. Somente na região Sudoeste

acorrem valores positivos de anomalias de precipitação atingindo 40mm, sendo sua média

climatológica nesta região de 1300mm.

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FIGURA 15 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1976.

O ano de 1976 (Figura 15) apresentou marcada anomalia positiva em toda a extensão

da Unidade. Pode-se observar que nas regiões Leste, Sudeste e Sudoeste, as isolinhas anomalias

de precipitação pluvial foram superiores a 500mm, nestas duas regiões a média climatológica é

de 1500mm. Nas demais regiões, a média de isolinhas oscilou em torno de 300mm.

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-23

-22.5

FIGURA 16 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1977.

As isolinhas de precipitação pluvial estão bem demarcadas quando a anomalias

positivas e negativas conforme Figura 16 para o ano de 1977. As anomalias de precipitação

pluvial positivas ocorrem nas regiões Norte (acima de 160mm), Noroeste (acima de 40mm),

Nordeste (entre 40 a 160mm) e parte da região Sudoeste (acima de 40mm). As isolinhas

anomalias precipitação pluvial negativas estão bem marcadas nas regiões Sul, Sudoeste, Sudeste,

Noroeste e Oeste atingindo respectivamente 120mm, acima de 40mm, 40 a 140mm, 80 a 140mm.

Nestas regiões a média climatológica é 1400mm.

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FIGURA 17 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1978.

A UGRHI-17 apresentou para o ano de 1978 (Figura 17) valores negativos de

precipitação pluvial em praticamente toda a sua extensão, atingindo valores acima de 300mm nas

regiões Sudoeste e Norte. Na região Sudoeste ocorreu o valor de isolinhas positivas de

precipitação pluvial acima de 200mm.

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FIGURA 18 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1979.

Em toda a extensão da UGRHI-17 para o ano de 1979 conforme Figura 18, as

isolinhas de precipitação pluvial foram marcadamente negativas, atingindo na região Sudoeste os

valores negativos acima de 300mm. No extremo Sul a anomalia foi de 200mm, na região

Sudoeste, Oeste e Noroeste as isolinhas negativas de precipitação pluvial acima de 150mm.

Conforme a média climatológica para a área de estudo, pode-se verificar que neste ano as

anomalias negativas foram bem marcadas.

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FIGURA 19 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1980.

Para o ano de 1980 teve suas máximas de isolinhas negativas de precipitação pluvial

acima de 200mm e de isolinhas positivas de precipitação pluvial acima de 60mm. Nas regiões

Sudeste e Sudoeste o valor de anomalia positiva foi acima de 60mm, já na região Noroeste 0mm.

Na região Nordeste as isolinhas negativas de precipitação pluvial ficaram acima de 100mm.

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FIGURA 20 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1981.

As isolinhas negativas de precipitação pluvial conforme Figura 20, estão bem

demarcados em praticamente toda a extensão da Unidade de Gerenciamento atingindo valores

superiores a 300mm nas regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste. Já as regiões Sudoeste e Oeste as

isolinhas negativas de precipitação pluvial estão acima de 200mm.

A região Noroeste pode-se verificar uma pequena faixa de anomalias positivas

precipitação pluvial (Figura 20), o mesmo ocorreu na Figura 19.

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FIGURA 21 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1982.

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FIGURA 22 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1983.

Os anos de 1982 e 1983 obtiveram anomalias positivas de precipitação pluvial em

toda a extensão da UGRHI-17. Para o ano de 1982 (Figura 21) as regiões Norte, Nordeste e

Noroeste ficaram acima de 500mm, sendo que para a média climatológica do período analisado

foi 1400mm para essas regiões. Pode-se perceber que a ocorrência de chuvas foi superior aos

anos anteriores. O ano de 1983 (Figura 22) as isolinhas positivas de precipitação pluvial estão

marcadamente acima da média climatológica atingindo na região Norte valores superiores a

700mm.

Verifica-se ainda que nas regiões Noroeste e Oeste tanto para o ano de 1982 e 1983

onde as médias estão abaixo de 1400mm os valores de anomalias positivas de precipitação

pluvial também estão bem acima da média climatológica.

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FIGURA 23 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1984.

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FIGURA 24 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1985.

Para o ano de 1984 (Figura 23) as isolinhas das anomalias de precipitação pluvial

foram em toda a UGRHI-17 negativas. Na região Sudeste foi superior a 500mm, na região

Sudoeste superior a 400mm. Na região Nordeste acima de 300mm, já nas regiões Noroeste e

Oeste as isolinhas negativas de precipitação pluvial ficaram acima de 200mm. Ou seja, as chuvas

estiveram abaixo da média climatológica, na área de estudo.

Conforme Figura 24, somente na região Nordeste ocorreu uma pequena área de isolinhas

positivas de precipitação pluvial chegando a 50mm o restante da extensão da UGRHI-17 as

anomalias para o ano de 1985 obteve-se valores negativos superiores a 250mm na região

Sudoeste, 200mm, Leste e Sudeste, 100mm na região Nordeste e Norte e 280 para a região

Noroeste.

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FIGURA 25 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1986.

.

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FIGURA 26 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1987.

Para o ano de 1986 (Figura 25) observou-se pequenas áreas com anomalias negativas

de precipitação pluvial. Na região Oeste e Sudoeste apresentaram anomalias positivas acima de

200mm.

Analisando-se a Figura 26, à Oeste, tem-se anomalia negativa de precipitação pluvial

e, à Leste, esses valores são positivos, com valores acima de 200mm na região Norte, Nordeste e

Sudoeste.

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FIGURA 27 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1988.

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FIGURA 28 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1989.

O ano de 1988, apresentou marcada anomalia negativa de precipitação pluvial,

atingindo valores superiores a 200mm na região Sul, Sudeste e Sudoeste da UGRHI-17. A região

Norte e Noroeste os valores de anomalias positivas estão acima de 100mm, Figura 27.

Em toda a UGRHI-17 para o ano de 1989 (Figura 28), observa-se marcada anomalias

positivas de precipitação pluvial, destacando-se a região Norte e Nordeste, valores superiores a

400mm de chuva. Nas regiões Sul e Sudoeste valores inferiores a 100mm de anomalias positivas.

Desta forma constatou-se a ocorrência de marcada variabilidade da chuva na unidade, com base

nos valores climatológicos calculados.

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FIGURA 29 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1990.

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FIGURA 30 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1991.

A distribuição espacial das anomalias negativas e positivas foi muito similar nos anos

de 1990 e 1991. Na Figura 29, a área de anomalias negativa obteve-se valores superiores a da

Figura 30 (regiões Noroeste, Oeste e Sudoeste). Pode-se observar ainda que (Figura 29)

apresentou anomalias negativas no extremo das regiões Sul e Sudoeste.

Já nas regiões Norte, Nordeste, Leste, Sudeste e Sul as anomalias foram positivas,

obtendo-se valores acima de 200mm (Figura 29), na referida unidade. Na Figura 29, tem-se

anomalias equivalentes a 250mm na região Nordeste e Sudoeste do ano de 1991 (Figura 30).

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FIGURA 31 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1992.

Os valores de anomalias de precipitação pluvial (na UGRHI-17) em sua maior área os

valores negativos foram de 140mm, na região central, Sul, Sudoeste, Oeste. Verificou-se que na

região Nordeste, as anomalias de precipitação pluvial apresentaram valores positivos acima de

100mm.

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FIGURA 32 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1993.

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FIGURA 33 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1994.

Na distribuição espacial das isolinhas de precipitação pluvial para os anos de 1993

(Figura 32) e 1994 (Figura 33) observou-se valores distintos em toda a extensão da UGRHI-17.

No ano de 1993, anomalias de precipitação pluvial positivas em toda a sua extensão, com valores

acima de 100mm. Nas regiões do extremo Sul e Leste, da referida unidade, observou-se valores

acima de 200mm.

O ano de 1994 obteve-se anomalias negativas de precipitação pluvial em toda a sua

extensão. Nas regiões Norte, Noroeste ocorreram os maiores valores negativos apresentados,

valores superiores à 270mm.

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FIGURA 34 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1995.

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FIGURA 35 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1996.

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FIGURA 36 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1997.

Quanto à distribuição das anomalias de precipitação pluvial para os anos de 1995

(Figura 35) e 1996 (Figura 36) obteve-se anomalias tanto positivas, quanto negativa. Notou-se

que na região Nordeste da UGRHI-17 os valores de anomalias negativas de precipitação pluvial

acima de 350mm para os respectivos anos.

A região Sul (1997), as isolinhas de precipitação pluvial apresentaram valores

positivos superiores a 250mm. Nos extremos das regiões Noroeste, Oeste e Sudoeste as

anomalias positivas acalcou-se valores acima de 100mm.

Verificou-se nas Figuras 35 e 36 ocorreu heterogeneidade na Unidade quanto a

distribuição de anomalias, variando entre 200mm anomalias precipitação pluvial positivas e

200mm anomalias negativas.

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FIGURA 37 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1998.

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FIGURA 38 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 1999.

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FIGURA 39 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 2000.

Analisando-se as isolinhas de anomalias para os anos de 1999 (Figura 38) e 2000

(Figura 39), observou-se que nas regiões Sudoeste apresentaram anomalias de precipitação

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pluvial positiva. Na Figura 39 nota-se na área central da UGRHI-17 anomalias positiva a cima de

100mm.

A anomalia negativa que perfaz a maior área da Unidade verificou-se que para o ano

de 1999. Na região Leste e Sudeste apresentou-se anomalias negativas significativas, obtendo-se

valores acima de 300mm.

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FIGURA 40 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 2001.

O ano de 2001 (Figura 40), apresentou anomalias positivas de precipitação pluvial. Na

área central obteve-se o maior valor de 100mm. Na região do extremo Sudeste atingiu valores

superiores a 100mm.

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FIGURA 41 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 2002.

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FIGURA 42 – Isolinhas das anomalias das estações pluviométricas para o ano de 2003.

O ano de 2002 (Figura 41) e 2003 (Figura 42) apresentou significativas anomalias

negativas de precipitação pluvial. Pode-se verificar que na região Norte da unidade para os 2002

e 2003, chegou à cima de 200mm de anomalias negativas, em praticamente toda a sua extensão

apresentou anomalias negativas.

As regiões Noroeste e Oeste (2002 e 2003) obtiveram valores de anomalias positivas

de precipitação pluvial acima de 50mm.

Períodos secos e úmidos.

Como a Unidade apresenta dois períodos bem definidos, ao longo do ano, onde as

dinâmicas climáticas, influenciam em dois regimes de chuvas bem marcados, foram estudados

esses dois períodos, aqui denominados de período úmido e período seco. Como base nos gráficos

de totais mensais, para algumas estações, distribuídas espacialmente na Unidade, pode observar

esses dois períodos.

Para a caracterização das isolinhas de anomalias de precipitação pluvial nesta etapa de

estudo, foram selecionados os meses chuvosos e secos. Os meses chuvosos (dezembro, janeiro e

fevereiro) e os meses secos (junho, julho e agosto). Esses meses foram selecionados desta forma

com base em estudos anteriores que mostram claramente que, durante o verão, a região sofre

influência das dinâmicas de verão, ocorrendo carreamento de umidade, por convecção da região

Amazônica para o Estado de S. Paulo, atingindo a área de estudo. Já os meses secos estão sobre a

influência de sistemas de massa polar, que provocam chuvas contínuas e estratiformes na região,

com baixa intensidade.

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FIGURA 43 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de dezembro para o ano de 1975.

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FIGURA 44 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de dezembro para o ano de 1983.

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FIGURA 45 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de dezembro para o ano de 1985.

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FIGURA 46 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de dezembro para o ano de 1996.

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FIGURA 47 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de dezembro para o ano de 1998.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

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-22.5

FIGURA 48 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de dezembro para o ano de 2003.

O cálculo das isolinhas de anomalias de precipitação mensais possibilita uma melhor

visualização dos meses propostos para análise da área de estudo.

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Os anos escolhidos para os cálculos mensais foram: 1975, 1983, 1985, 1996, 1998 e

2003. Na segunda etapa da pesquisa os mesmos serão relacionados com os fenômenos

atmosféricos: ENOS e ZCAS.

A distribuição das isolinhas de precipitação pluvial para o mês de dezembro dos anos,

já mencionados acima, da UGRHI-17, foi observado que, para todos os anos, ocorreu uma

pequena faixa de anomalias positivas na região Sudoeste. Os maiores valores nesta região foi de

140mm, no ano de 1996 (Figura 46).

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FIGURA 49 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de janeiro para o ano de 1975.

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FIGURA 50 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de janeiro para o ano de 1983.

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FIGURA 51 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de janeiro para o ano de 1985.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

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FIGURA 52 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de janeiro para o ano de 1996.

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FIGURA 53 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de janeiro para o ano de 1998.

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FIGURA 54 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de janeiro para o ano de 2003.

Somente os anos de 1983 (Figura 50) e 2003 (Figura 54) em toda a extensão da

UGRHI-17 apresentaram anomalias positivas de precipitação pluvial, chegando a 120mm na

região Sudoeste para o ano de 1983 e 100mm em praticamente toda a bacia, somente na região

Sudoeste obteve-se 20mm.

Para o ano 1975 (Figura 50) o mês de janeiro apresentou anomalias negativas em toda a

sua extensão, atingindo os valores de 150mm na região Nordeste.

Com relação ao ano 1985, (Figura 51) ocorreu uma marcada distribuição de anomalias

negativas, à montante da UGRHI-17 chegando a 100mm e, na região Nordeste, a 10mm.

Analisando-se as anomalias negativas de precipitação para o ano de 1996 atingiu acima

de 250mm na região Nordeste, conforme Figura 52.

Foram identificadas as anomalias de precipitação pluvial para o ano de 1998 conforme

Figura 53 observou-se que as anomalias positivas nas regiões Sudeste e Oeste no restante da

UGRHI-17 as anomalias estiveram negativas atingindo 120mm na região Norte, Nordeste e

pequena faixa da região noroeste e 80mm na região Sudeste.

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FIGURA 55 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de fevereiro para o ano de 1975.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

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FIGURA 56 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de fevereiro para o ano de 1983.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

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FIGURA 57 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de fevereiro para o ano de 1985.

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FIGURA 58 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de fevereiro para o ano de 1996.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

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FIGURA 59 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de fevereiro para o ano de 1998.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

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FIGURA 60 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de fevereiro para o ano de 2003.

Analisando-se os meses de fevereiro, notou-se que para todos os anos (1975, 1983,

1985, 1996, 1998 e 2003) ocorreu na mesma área da UGRHI-17, na região Sudoeste anomalias

positivas de precipitação pluvial.

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Os valores tanto das isolinhas de precipitação pluviais positivas e negativas estiveram

bem distribuídas quanto aos valores de anomalias. Somente no ano de 1998 (Figura 59), na região

Leste e Sudoeste apresentaram anomalias positivas entre 140 a 220mm, para os demais anos,

esses valores não ultrapassaram 80mm. Constatou-se significativa variabilidade nas anomalias

mensais, para os meses considerados úmidos, na área de estudo e para os anos analisados.

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FIGURA 61 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de junho para o ano de 1975.

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FIGURA 62 – Isolinhas de anomalias mensal dos meses de junho para o ano de 1983.

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FIGURA 63 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de junho para o ano de 1985.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

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FIGURA 64 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de junho para o ano de 1996.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

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FIGURA 65 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de junho para o ano de 1998.

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-22.5

FIGURA 66 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de junho para o ano de 2003.

O mês de junho, para os anos analisados, apresentou anomalias negativas em

praticamente todos os mapas de isoietas. Somente o ano de 1983 (Figura 62) apresentou

anomalias positivas em toda a extensão da UGRHI-17, atingindo 180mm na região Sudeste e

Sudoeste da Unidade, mostrando que mesmo no período seco, pode ocorrer chuvas acima da

média climatológica da área estudada.

Foi registrado no ano de 1996 (Figura 64) anomalias negativas de chegou acima de

65mm.

Os anos de 1975 (Figura 61), 1985 (Figura 63), 1996 (Figura 64) e 1998 (Figura 65)

Obteve-se valores de anomalia negativa de precipitação pluvial na região Sudoeste com,

aproximadamente, 40mm.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

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FIGURA 67 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de julho para o ano de 1975.

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FIGURA 68 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de julho para o ano de 1983.

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FIGURA 69 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de julho para o ano de 1985.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

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FIGURA 70 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de julho para o ano de 1996.

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FIGURA 71 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de julho para o ano de 1998.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

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FIGURA 72 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de julho para o ano de 2003.

Ao longo de todos os meses de julho analisados, apresentaram anomalias negativas,

variando entre 10 a 42mm, na UGRHI-17. O ano de 1975 apresentou anomalias positivas exceto

no extremo da região Sudeste.

Analisando-se os meses de julho observou-se que o ano de 1975 foi o que obteve

significativa isolinhas positivas de precipitação pluvial, somente na região do extremo Sudeste as

anomalias atingiu acima de 5mm.

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FIGURA 73 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de agosto para o ano de 1975.

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FIGURA 74 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de agosto para o ano de 1983.

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FIGURA 75 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de agosto para o ano de 1985.

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FIGURA 76 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de agosto para o ano de 1996.

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FIGURA 77 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de agosto para o ano de 1998.

-51 -50.5 -50 -49.5 -49 -48.5

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FIGURA 78 – Isolinhas de anomalias mensais dos meses de agosto para o ano de 2003.

Para os meses de agosto notou-se que predominou anomalias negativas de

precipitação pluvial em toda a extensão da UGRHI-17. Sendo os meses dos anos de 1975 (Figura

73), 1983 (Figura 74), 1985 (Figura 75), com maior valor de anomalias negativas. A análise para

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o ano de 1996 (Figura 76) os menores valores em praticamente toda a extensão da UGRHI-17

atingiu o máximo de 24mm de anomalias negativas de precipitação. A Oeste e Nordeste da

Unidade de Gerenciamento os são valores superiores a 4mm.

As isolinhas apresentadas para o ano de 1998 (Figura 77) em praticamente toda a

extensão da área de estudo, alcançou valores até 92mm de anomalias positivas de precipitação

pluvial.

Já para o ano de 2003 (Figura 78) a área comportou-se mais heterogênea quanto a

distribuição das isolinhas, sendo que a Oeste obteve valores à cima de 30mm de anomalias

positivas, na área central da região de estudo 15mm e bi extremo Sudeste 10mm.

CONCLUSÕES PRELIMINARES

Observou-se significativa variabilidade da precipitação pluvial, em toda a Unidade.

Alguns anos foram marcadamente positivos, tais como 1974, 1982, 1983, 1985, 1997, 1998,

2000, 2001 e outros marcadamente negativos para os anos de 1975, 1979, 1984, 1985, 2003

tendo a anomalia como base de análise.

Os períodos secos analisados foram junho, julho e agosto, em todo o período

observou-se precipitação marcadamente baixa, sendo o mês de agosto mais seco nessa unidade;

os meses úmidos foram dezembro, janeiro e fevereiro. Esses períodos podem ser explicados pela

dinâmica climatológica presente na área, visto que nos meses úmidos tem-se a presença dos

padrões de verão, em nosso hemisfério, com penetração de ar quente e úmido, proveniente da

Amazônia e organizado pelos sistemas frontais do extremo sul da América do Sul. Por outro lado

os períodos secos estão associados às chuvas estratiformes e sem a presença da umidade

Amazônica.

Verificou-se que os valores máximos de precipitação pluvial ocorreram na região

Nordeste e Sudeste, já os valores mínimos na região Nordeste. Observa-se que na região

Nordeste da unidade a ocorrência das maiores amplitudes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS CAVALCANTI, I.F.A., FERREIRA, N.J., KOUSKY, V.E., 1982. Análise de um caso de atividade convectiva associado a linhas de instabilidade na Região Sul e Sudeste do Brasil. INPE-2574-PRE/222. NERY, J. T. Apontamentos Nº 33 Climatologia da Precipitação da Região Sul do Brasil. Paraná: EDUEM, 1995.

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QUADRO, M.F.L.; Abreu, M.L., 1994. Estudos de episódios de Zonas de Convergência do Atlântico Sul sobre a América do Sul. Congresso Brasileiro de Meteorologia, 8:620-623. Belo Horizonte-MG. Anais II. SANTOS, Rosely Ferreira. Planejamento Ambiental. São Paulo: Oficina de Textos, 2004. TUCCI, B. B. (organizado). Clima e Recursos Hídricos no Brasil / Organizado por Carlos E.M., Tucci, Benedito Braga. - Porto Alegre: ABRH, 2003. OBRAS CONSULTADAS NERY, J. T. Apontamentos Nº 54 Climatologia estatística: Séries Climáticas. Paraná: EDUEM, 1997. http://www.sigrh.sp.gov.br/sigrh/ARQS/RELATORIO/CRH/CBH-MP/223/v1relmpseg.pdf. http://www.sigrh.sp.gov.br/sigrh/ARQS/RELATORIO/CRH/1063/cap_01a03_05a12.pdf.