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1 Carta Anual de Políticas Públicas e de Governança Corporativa 2016

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Carta Anual de Políticas

Públicas e de Governança

Corporativa

2016

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Sumário

Mensagem do Presidente do Conselho de Administração .............. 03

Identificação geral...............05

1. Nossas atividades.............. 06

2. Nosso compromisso público.............. 17

3. Nossa estrutura de controles internos.............. 19

4. Nossa gestão de riscos.............. 21

5. Nossos fatores de risco.............. 23

6. Nossos principais resultados...............27

7. Nosso modelo de governança corporativa............... 32

8. Nossas principais melhorias em governança corporativa....... 35

9. Nossa composição e remuneração da administração.............39

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O ano de 2016 foi de grandes desafios para

toda a indústria de energia e mais ainda para

a Petrobras. Com o segundo ano consecutivo

de um quadro adverso, iniciado em 2014, com

a queda dos preços do petróleo a patamares

inferiores a US$ 35, oscilações cambiais e uma

dívida de US$ 126 bilhões (R$ 493 bilhões), ao

final de 2015, a Companhia viu-se em meio a

uma das maiores crises de sua história.

Para fazer frente a este cenário,

implementamos, ao longo de 2016, um

conjunto de medidas, como o Programa de

Parcerias e Desinvestimentos e lançamos, em

setembro, o nosso novo Plano Estratégico e o

Plano de Negócios e Gestão para 2017 a 2021,

com duas métricas prioritárias: (i) preservação

da vida, com redução de acidentes em nossas

instalações e atividades e (ii) a redução do

endividamento e da alavancagem financeira

da Companhia.

A fim de alcançar estes objetivos, mantivemos

como prioridade os projetos de exploração e

produção de petróleo no Brasil, com ênfase

no pré-sal; revisamos nossa previsão de

desinvestimentos; adotamos medidas de

otimização e ganhos de escala para reduzir os

gastos operacionais gerenciáveis; e criamos

uma nova política de preços para a gasolina e

o diesel, com base na paridade internacional.

Em 2016, também promovemos ações de

fortalecimento da nossa governança, com a

aprovação do novo modelo de governança e

gestão, que tem como objetivos adequar a

filosofia de gestão à visão do Plano

Estratégico e Plano de Negócios, redefinir

nossa estrutura, aperfeiçoar os mecanismos

de responsabilização, reforçar o compromisso

com a conformidade e intensificar a geração

de valor para os nossos acionistas.

Dentre as realizações, destacamos a criação

de um Comitê de Minoritários, que possui em

sua composição os Conselheiros de

Administração eleitos por acionistas

minoritários, com autonomia e independência

para opinar sobre propostas de transações

com o Controlador – Partes Relacionadas –

submetidas ao Conselho. Aceleramos a

atuação dos cinco Comitês pré-existentes de

assessoramento ao Conselho de

Administração, estabelecemos novos limites

de alçadas colegiadas e competências

individuais para o Presidente da Companhia e

Diretores Executivos e definimos um novo

processo de indicação dos membros da Alta

Administração, a partir da análise de critérios

de integridade e de capacitação técnica e de

gestão.

Para refletir essas alterações, realizamos

ajustes em nossos principais instrumentos de

governança, como o Estatuto Social, os

regimentos internos do Conselho, da Diretoria

Executiva e de seus Comitês; e o Código de

Boas Práticas, que reúne, entre outras, as

políticas de Divulgação de Ato ou Fato

Relevante e de Negociação de Valores

Mobiliários; e de Indicação dos Membros do

Conselho Fiscal, Conselho de Administração e

Diretoria Executiva da Petrobras. Também

aperfeiçoamos nosso Canal de Denúncia, a fim

de conferir maior transparência e atender às

disposições da Lei 13.303/2016 (Lei das

Estatais), da Comissão de Valores Mobiliários

(CVM) e da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão).

Em 05 de junho de 2017, informamos que

protocolamos nosso compromisso de adesão

ao Programa Destaque em Governança de

Estatais da B3 (ex-BM&FBOVESPA) e

anunciamos o início dos estudos para nos

candidatarmos à listagem no Nível 2 da B3.

Carta Anual de Políticas Públicas e de Governança

Corporativa da Petrobras

Mensagem do Presidente do Conselho de Administração

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Ao encararmos os desafios do nosso negócio,

não podemos perder de vista a persecução

dos objetivos atrelados ao interesse público

que justificou a nossa criação, desde que

compatível com nossa atuação empresarial, o

qual não poderá colocar em risco nossa

rentabilidade e sustentabilidade financeira.

Assim, cientes dos requisitos legais e

regulatórios que determinam a explicitação

dos compromissos para a consecução de

políticas públicas iniciamos, em 2016, um

trabalho de identificação e relato dessas

ações, visando à divulgação de informações

completas e consistentes ao mercado.

Reforçamos que, em 2017, estamos e

continuaremos trabalhando ainda com mais

firmeza e dedicação para retomar a

credibilidade, fortalecer nossa reputação e

preparar a empresa para uma fase de

crescimento sustentável, porém realista;

norteada por operações seguras, pela

previsibilidade e pela rentabilidade financeira,

de acordo com os mais elevados padrões

internacionais da indústria e com nossa

missão de entidade com fins lucrativos, com

milhares de acionistas no mundo todo.

Até 2021, estaremos concentrados no alcance

de nossos objetivos estratégicos e na

recuperação de nossa solidez financeira, como

uma empresa integrada de energia, com foco

em óleo e gás, que evolui com a sociedade,

gera alto valor e tem capacidade técnica

única. Nesse horizonte, nossa meta é

construir padrões de governança

inquestionáveis e nos posicionar em um

mercado em constante transição.

Para seguirmos nessa direção, buscaremos

continuamente aprimorar nossas estruturas

de controle, promover mais eficiência e

agilidade na tomada de decisões, garantir a

segurança e a conformidade dos processos,

mitigar riscos e salvaguardar os interesses

dos nossos acionistas e demais públicos de

interesse, a fim de fortalecer a imagem e a

reputação da Companhia.

Esta é mais uma etapa de um relato de

prestação de contas de nossa administração.

Temos buscado para a Petrobras, acima de

tudo, um modelo de governança e de negócio

eficaz e transparente. O entendimento de

nossa missão, para além da segurança, da

eficiência operacional e do retorno aos

investimentos, é elevar a confiança de nossos

investidores e de todos os brasileiros. Esse é o

nosso compromisso.

Nelson Carvalho

Presidente do Conselho de Administração da Petrobras

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Identificação geral

Em conformidade com o artigo 8º, incisos I e VIII, da Lei 13.303, de 30 de junho de 2016;

com o artigo 13, incisos I e VIII, do Decreto 8.945, de 27 de dezembro de 2016; e com os

artigos 16 e 18 do Regimento do Programa Destaque em Governança de Estatais da B3

(Brasil, Bolsa, Balcão), o Conselho de Administração subscreve a presente Carta Anual de

Políticas Públicas e de Governança Corporativa da Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras

referente ao exercício social de 2016.

CNPJ/MF nº 33.000.167/0001-01. NIRE 33.300032061

Sede: Avenida República do Chile, 65, Rio de Janeiro, RJ

Tipo de estatal: sociedade de economia mista. Holding

Acionista controlador: União Federal

Tipo societário: sociedade por ações

Tipo de capital: capital aberto

Abrangência de atuação: internacional

Setor de atuação: petróleo, gás natural e energia

Diretor Executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores: Ivan de Souza Monteiro. Tel.: (021)

3224-2401. E-mail: [email protected]

Auditores independentes: PricewaterhouseCoopers. Responsável técnico: Marcos Donizete Panassol.

Tel.: (21) 3232-6112. E-mail: [email protected]. De 01/01/2015 a 31/12/2016. KPMG

Auditores Independentes. Responsável técnico: Marcelo Gavioli. Tel.: (21) 3515-9400. E-mail:

[email protected]. Prestação de serviços de auditoria independente de 2017 a 2019

Conselheiros de Administração subscritores:

Luiz Nelson Guedes de Carvalho – Presidente do Conselho. CPF 027.891.838-72

Pedro Pullen Parente. CPF 059.326.371-53

Jerônimo Antunes. CPF 901.269.398-53

Segen Farid Estefen. CPF 135.786.856-15

Francisco Petros Oliveira Lima Papathanasiadis. CPF 050.199.968-07

Durval José Soledade Santos. CPF 263.032.307-25

Marcelo Mesquita de Siqueira Filho. CPF 951.406.977-34

Betania Rodrigues Coutinho. CPF 069.323.887-90

Guilherme Affonso Ferreira. CPF 762.604.298-00

Administradores subscritores:

Pedro Pullen Parente – Presidente da Petrobras. CPF 059.326.371-53

Ivan de Souza Monteiro – Diretor Executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores. CPF

667.444.077-91

João Adalberto Elek Junior - Diretor Executivo de Governança e Conformidade. CPF 550.003.047-72

Roberto Moro – Diretor Executivo de Desenvolvimento da Produção e Tecnologia – CPF 462.359.579-04

Jorge Celestino Ramos – Diretor Executivo de Refino e Gás Natural – CPF 671.741.917-20

Solange da Silva Guedes – Diretora Executiva de Exploração e Produção – CPF 436.644.076-87

Nelson Luiz Costa Silva – Diretor Executivo de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão – CPF

766.293.688-00

Hugo Repsold Júnior – Diretor Executivo de Assuntos Corporativos – CPF 543.626.877-34

Rio de Janeiro, 17 de julho de 2017*

* Versão aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobras em 27/06/2017 e publicada originalmente em 29/06/2017.

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1. Nossas atividades

Somos uma sociedade de economia mista,

constituída pela Lei 2004, de 3 de outubro

de 1953, posteriormente revogada pela Lei

no 9.478, de 1997, cuja maioria do capital

votante pertence à União, sendo regida

pelas normas da Lei das Sociedades por

Ações (Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de

1976) e por nosso Estatuto Social.

Temos como objeto a pesquisa, a lavra, a

refinação, o processamento, o comércio e o

transporte de petróleo proveniente de

poço, de xisto ou de outras rochas, de seus

derivados, de gás natural e de outros

hidrocarbonetos fluidos, além das

atividades vinculadas à energia, podendo

promover a pesquisa, o desenvolvimento, a

produção, o transporte, a distribuição e a

comercialização de todas as formas de

energia, bem como quaisquer outras

atividades correlatas ou afins.

Nossa história é marcada por uma

trajetória de superação de desafios, que

nos conduziram à liderança em exploração

e produção de petróleo em águas

profundas e ultraprofundas e às

descobertas de óleo e gás no pré-sal.

Somos referência no cenário mundial de

energia, com ações negociadas nas

principais bolsas de valores do mundo.

Além do Brasil, estamos presentes na

América Latina, nos Estados Unidos e na

África, por meio de subsidiárias, coligadas

e controladas, que compõem o chamado

Sistema Petrobras, tendo a Petrobras

como controladora.

Nosso Plano Estratégico e o Plano de

Negócios e Gestão 2017-2021 (PE e PNG

2017-2021), aprovado pelo Conselho de

Administração em setembro de 2016, traz

duas métricas principais. A primeira é

relacionada à segurança e prevê

reduzirmos em 36% a nossa Taxa de

Acidentados Registráveis (TAR), passando

do número de 2,2 acidentados registráveis

por milhão de homens-hora em 2015, para

1,4 em 2018. A segunda é financeira e

prevê reduzirmos nosso Endividamento

Líquido / EBITDA de 5,11 em 2015, para 2,5

até 2018.

O PE descreve a visão da Companhia,

destacando cinco elementos que definem

o que queremos ser: “Uma empresa

integrada de energia com foco em óleo e

gás que evolui com a sociedade, gera alto

valor e tem capacidade técnica única”.

Para seguirmos nessa direção, cinco

valores fundamentais vão guiar nossos

negócios: (i) Respeito à vida, às pessoas e

ao meio ambiente; (ii) Ética e

transparência; (iii) Orientação ao mercado;

(iv) Superação e confiança; e (v)

Resultados.

Os elementos da visão desdobram-se em

21 estratégias. Com base em nosso novo

sistema de gestão, cada uma dessas

estratégias possui iniciativas específicas

associadas. Cada iniciativa, por sua vez,

possui marcos com acompanhamento

sistemático, de forma a garantir disciplina

na sua execução.

Integrado ao PE, o PNG detalha o

planejamento operacional, e tem como

foco a segurança, bem como o

planejamento financeiro da Companhia

para os próximos cinco anos.

O Programa Compromisso com a Vida, um

dos destaques do PNG, terá como objetivo

principal a redução da Taxa de Acidentados

Registráveis (TAR), com base na disciplina

operacional e segurança de processos. O

programa pretende aprimorar a

consciência de segurança na empresa, com

comprometimento da liderança,

treinamento contínuo, avaliação da gestão

e sistema de consequências.

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Inicialmente aprovado com investimentos

de US$ 74,1 bilhões para o período 2017-

2021, o programa de investimentos do

PNG 2017-2021 foi atualizado para US$

74,5 bilhões, em função da realocação de

recursos programados e não realizados no

ano de 2016. Para o ano de 2017, o

orçamento aprovado é de US$ 19,8 bilhões.

A carteira de investimentos do plano

prioriza projetos de exploração e produção

de petróleo no Brasil, alocados

principalmente para desenvolvimento da

produção, com ênfase em águas

profundas. Nas demais áreas de negócio,

os investimentos destinam-se,

basicamente, à manutenção das operações

e a projetos relacionados ao escoamento

da produção de petróleo e gás natural.

Além da maior eficiência na aplicação dos

recursos investidos, que possibilitará a

redução do volume de investimento sem

grande impacto nas metas operacionais, o

plano também prevê a adoção de novas

medidas para redução de custos (gastos

operacionais gerenciáveis). Dentre essas

ações destaca-se a implantação de novas

ferramentas de gestão, como o Orçamento

Base Zero (OBZ), a gestão diferenciada de

contratos e de pessoal. A meta é reduzir

em 18% os gastos operacionais

gerenciáveis, de US$ 153 bilhões para US$

126 bilhões no horizonte 2017-2021.

Outra importante estratégia é a ampliação

dos nossos projetos de parcerias e

desinvestimentos, disseminando a

experiência bem-sucedida na Área de

Exploração e Produção para as demais

áreas da Companhia. Nosso Programa de

Parcerias e Desinvestimentos totalizou o

valor de US$ 13,6 bilhões no biênio 2015-

2016 e prevê US$ 21 bilhões no biênio

2017-2018.

Essas iniciativas, associadas a uma geração

operacional de caixa estimada em US$ 158

bilhões, após dividendos, permitirão à

Petrobras realizar seus investimentos e

reduzir seu endividamento, sem

necessidade de novas captações líquidas

no horizonte do plano.

Em 2021, esperamos alcançar uma

produção total de óleo e gás, no Brasil e no

exterior, de 3,41 milhões de barris de óleo

equivalente por dia (boed), sendo 2,77

milhões de barris por dia (bpd) de óleo e

líquido de gás natural (LGN) no Brasil, já

considerando o novo nível de

investimento, as parcerias e os

desinvestimentos.

Reiteramos que a execução do plano está

sujeita a fatores de risco (não exaustivos)

que podem impactá-lo, a saber: (i)

mudanças relevantes nas condições do

mercado; (ii) parcerias e desinvestimentos

abaixo do previsto; (iii) disputas judiciais;

(iv) renegociação da cessão onerosa; (v)

impacto de conteúdo local nos custos e

prazos dos projetos; (vi) atraso na

construção de plataformas; e (vii) custos

dos investimentos acima do previsto.

Uma empresa integrada de energia

com foco em óleo e gás que evolui

com a sociedade, gera alto valor e

tem capacidade técnica única.

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Nossas principais atividades e de nossas

controladas

Somos líderes mundiais na exploração e

produção de petróleo em águas profundas

e ultraprofundas, com aproximadamente

36% da produção mundial em águas

profundas e ultraprofundas em 2016,

segundo dados da consultoria

WoodMackenzie.

Nossas atividades estão organizadas em

cinco segmentos de negócio:

Exploração e Produção (E&P). Nosso

principal segmento de negócio, o qual

compreende a exploração,

desenvolvimento e produção de

petróleo. Em 2016, nossa produção

média no Brasil e no exterior foi de 2,79

milhões de barris de óleo equivalente

por dia.

Em 2016, atingimos a produção

recorde de 2,144 milhões barris de

petróleo por dia (bpd) no Brasil, 0,75%

acima do resultado do ano anterior e

em linha com a meta de 2,145 milhões

bpd prevista para o período. Pelo

segundo ano consecutivo, cumprimos o

planejamento previsto, reforçando o

compromisso com a previsibilidade de

nossas projeções.

No pré-sal, superamos no mês de maio,

em conjunto com nossos parceiros, a

marca de 1 milhão de barris produzidos

por dia. E em novembro, atingimos a

produção acumulada de 1 bilhão de

barris de petróleo na camada pré-sal,

apenas seis anos após a entrada do

primeiro sistema de produção.

Como resultado do programa de

revisão de nosso portfólio de projetos,

decidimos priorizar os investimentos

em desenvolvimento da produção, com

foco em projetos de maior

rentabilidade e geração de caixa, e

realizar desinvestimentos em alguns

ativos no Brasil e no exterior. Além

disso, continuamos nossos esforços de

redução de custos, principalmente por

meio da diminuição das atividades de

intervenção em poços na Bacia de

Campos. Soma-se a isto o aumento da

participação do pré-sal na nossa

produção total, que apresenta custos

operacionais mais baixos.

Em 2016, nosso custo de extração

médio, excluindo taxas

governamentais, foi de 10,33 dólares

por barril de óleo equivalente (boe),

uma redução de 11% em relação ao

custo médio de 11,67 dólares por boe

obtido em 2015.

Nossos investimentos em exploração

somaram R$ 2,85 bilhões, sendo R$

2,64 bilhões no Brasil, abrangendo os

custos de perfuração, levantamentos

sísmicos e aquisição de blocos.

Segundo os critérios ANP/SPE (Agência

Nacional do Petróleo/Society of

Petroleum Engineers), em 31 de

dezembro de 2016, nossas reservas

provadas de óleo, condensado e gás

natural atingiram 12,514 bilhões de

barris de óleo equivalente (boe). Em

2015, estes volumes eram de 13,279

bilhões de boe. Tivemos um Índice de

Reposição de Reservas (IRR) de 34%,

desconsiderando os efeitos dos

desinvestimentos realizados em 2016.

Refino, Transporte e Comercialização

(Abastecimento). Inclui o refino,

logística, transporte, exportação e

aquisição de petróleo bruto, assim

como a compra e venda de produtos

derivados do petróleo e etanol.

Adicionalmente, este segmento inclui a

área de petroquímica, a exploração e

processamento de xisto; bem como

atividades de refino e distribuição no

exterior. Em 2016, continuamos

operando grande parcela da

capacidade de refino total do Brasil.

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No mercado externo, atuamos no

segmento de distribuição no Paraguai,

onde temos 186 postos de serviços; no

Uruguai, com 88 postos e na Colômbia,

com 114 postos. No Chile, possuíamos

281 postos até janeiro, quando ocorreu

a conclusão da operação de venda de

nossa participação de distribuição para

a Southern Cross Group, comunicada

ao mercado em 04 de janeiro de 2017.

Assinamos, em 13 de maio de 2016,

com a Pampa Energía, o contrato de

compra e venda da nossa participação

na Petrobras Argentina (Pesa), detida

através da Petrobras Participaciones

S.L. (PPSL). Na Argentina, possuíamos

266 postos de serviço até julho,

quando concluímos a venda de toda a

nossa participação em distribuição.

Em 2016, nossas 13 refinarias no Brasil,

com capacidade total de destilação de

petróleo bruto de 2,176 milhões de

bpd, em 31 de dezembro, processaram

1,819 milhão de barris por dia de

petróleo e líquido de gás natural (LGN)

e produziram 1,887 milhão de barris

por dia de derivados. Do volume total

do petróleo processado, 92% foram

provenientes de campos brasileiros.

As duas refinarias da Petrobras fora do

Brasil, Pasadena Refining System Inc.

(PRSI), no Texas (EUA) e Ricardo

Eliçabe Refinery (RBB), em Bahía

Blanca (Argentina) processaram 126

mil barris por dia de óleo e LGN, o

equivalente a 65% da capacidade

instalada, e produziram 128 mil bpd de

derivados. No Japão, em abril de 2015,

encerramos as operações da Nansei

Sekiyu Kabushiki Kaisha (NSS),

refinaria em Okinawa com capacidade

de processar 100 mil bpd. Com a

interrupção, a parcela de mercado sob

a responsabilidade da NSS passou a ser

suprida por meio de importação ou

aquisição de produtos no mercado

doméstico japonês, utilizando seu

terminal marítimo. Em março de 2016,

sua operação foi definitivamente

descontinuada com a devolução das

licenças de refino e de importação de

derivados ao Ministério da Economia,

Comércio e Indústria do Japão. Em

dezembro de 2016, o Sistema

Petrobras vendeu a totalidade de suas

ações na NSS à Taiyo Oil Company.

Em outubro de 2016, nossa Diretoria

Executiva aprovou uma nova política

de preços de gasolina e diesel

comercializados em nossas refinarias.

A política possui os seguintes

princípios: preço de paridade

internacional (PPI), que já inclui custos

como frete de navios, custos internos

de transporte e taxas portuárias; uma

margem para remuneração dos riscos

inerentes à operação, tais como,

volatilidade da taxa de câmbio e dos

preços, sobreestadias em portos e

lucro, além de tributos; nível de

participação no mercado; e preços

nunca abaixo da paridade

internacional.

A política prevê avaliações para revisão

de preços pelo menos uma vez por

mês. É importante ressaltar que, como

o valor desses combustíveis

acompanhará a tendência do mercado

internacional, poderá haver

manutenção, redução ou aumento nos

preços praticados nas refinarias.

A avaliação sobre as necessidades de

ajustes nos valores dos combustíveis

nas refinarias é realizada por um

comitê, denominado Grupo Executivo

de Mercado e Preços, composto pelo

Presidente da Companhia, pelo Diretor

Executivo de Refino e Gás Natural e

pelo Diretor Executivo Financeiro e de

Relacionamento com Investidores.

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Como a lei brasileira garante liberdade

de preços no mercado de petróleo e

derivados, as revisões feitas pela

Petrobras nas refinarias podem ou não

se refletir no preço final ao

consumidor. Desde a adoção da nova

política, foram realizadas oito revisões

até maio de 2017.

Também em 07 de junho de 2017,

nossa Diretoria Executiva aprovou uma

nova política de preços para a

comercialização às distribuidoras do

Gás Liquefeito de Petróleo

comercializado em botijões de até 13

kg e de uso residencial (GLP-P13).

O novo modelo foi definido com base

na Resolução 4/2005 do Conselho

Nacional de Política Energética (CNPE),

que “reconhece como de interesse para

a política energética nacional a

comercialização, por produtor ou

importador, de gás liquefeito de

petróleo (GLP), destinado

exclusivamente a uso doméstico em

recipientes transportáveis de

capacidade de até 13 kg, a preços

diferenciados e inferiores aos

praticados para os demais usos ou

acondicionados em recipientes de

outras capacidades”.

Assim, a política de preços do GLP-P13

não terá como referência a paridade de

preços internacionais e está em linha

com os parâmetros do Planejamento

Estratégico 2017/2021.

O preço final às distribuidoras será

formado pela média mensal das

cotações do butano e do propano no

mercado europeu (“Butane NWE CIF

ARA” e “Propane NWE CIF ARA”)

convertida em Reais pela média diária

das cotações de venda do dólar,

conforme divulgada pelo Banco

Central, acrescida de uma margem de

5%.

As correções de preços terão vigência a

partir do dia 05 de cada mês.

O preço final ao consumidor pode ou

não refletir o ajuste feito nas refinarias.

Isso dependerá de repasses feitos por

outros integrantes da cadeia de

combustíveis, especialmente

distribuidoras e revendedores, uma vez

que a lei brasileira garante liberdade de

preços no mercado de combustíveis e

derivados.

Distribuição. Inclui a distribuição de

derivados de petróleo, etanol e gás

natural veicular no Brasil para

atacadistas e por meio da rede de

postos de serviços de nossa subsidiária

Petrobras Distribuidora S.A., a maior

distribuidora de derivados de petróleo

do Brasil, com participação de mercado

de 31,1% em 31 de dezembro de 2016,

contando com 8.176 postos de serviços

e, aproximadamente, 14.100 clientes

consumidores em todo o território

brasileiro. Este segmento também

inclui os serviços de distribuição de gás

liquefeito de petróleo por meio da

subsidiária Liquigás Distribuidora S.A.,

que, em novembro de 2016, teve 100%

das ações adquiridas pela Companhia

Ultragaz S.A., subsidiária da Ultrapar

Participações S.A.

Gás Natural, Energia Elétrica e

Fertilizantes. Inclui o processamento, a

logística e a comercialização de gás

natural produzido no Brasil ou

importado, o transporte e

comercialização de Gás Natural

Liquefeito (GNL) a geração e

comercialização de energia elétrica,

bem como a participação em

sociedades transportadoras e

distribuidoras de gás natural e em

termoelétricas no Brasil. Também inclui

os resultados de nossas operações de

fertilizantes.

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11

A oferta de gás natural ao mercado

brasileiro foi, em média, de 76 milhões

de m³/dia. Desse total, 44,03 milhões

de m³/dia foram provenientes da

produção nacional, 3,84 milhões de

m3/dia de gás natural liquefeito (GNL)

foram regaseificados em nossos

terminais de GNL e 28,38 milhões de

m3/dia foram importados da Bolívia.

Desse total, 1,63 milhão de m³/dia foi

utilizado no sistema de transporte de

gás natural.

A área de Energia é responsável pela

geração e pela venda de energia

elétrica. Nosso parque gerador de

energia elétrica tem capacidade

instalada de 6,1 mil MW e é composto

por 20 usinas termelétricas próprias e

alugadas, movidas a gás natural, óleo

diesel ou óleo combustível. Incluindo as

usinas com geração a partir de fontes

renováveis e os projetos em que temos

participação minoritária, nossa

capacidade de geração de energia

elétrica totalizou 6,5 mil MW em 2016.

Em 2016, geramos 2,3 mil megawatts

médios (MWmed) de energia elétrica

para o Sistema Interligado Nacional

(SIN), resultado aproximadamente 50%

menor do que o de 2015, devido ao

aumento das chuvas, à recuperação

dos níveis dos reservatórios das

hidrelétricas e à retração da demanda.

Vendemos aproximadamente 835

MWmed de energia elétrica no

ambiente de contratação livre e 3,2 mil

MWmed no ambiente de contratação

regulado.

Também atuamos na produção e

comercialização de fertilizantes.

Possuímos, atualmente, três fábricas

localizadas nos estados da Bahia, do

Sergipe e do Paraná. No total, em 2016,

produzimos 1,1 milhão de toneladas de

amônia (das quais 743 mil toneladas

foram utilizadas na produção de ureia e

21 mil toneladas, na produção de

sulfato de amônio) e 1,3 milhão de

toneladas de ureia.

Biocombustível. Inclui a produção de

biodiesel e seus coprodutos, em

especial glicerina, e a produção de

etanol e seus coprodutos, em especial

açúcar e energia elétrica, através de

ativos próprios e participações

societárias.

Nossa atual diretriz estratégica é sair

da atividade de produção de

biocombustíveis, preservando

competências tecnológicas em áreas

com potencial de desenvolvimento,

tendo sido desenvolvidas várias

iniciativas estratégicas para esse fim.

Além disso, contamos com um

segmento Corporativo, o qual

concentra as atividades que não são

atribuídas aos demais segmentos, em

especial as atividades vinculadas à

gestão financeira corporativa da

Companhia, o overhead relativo à

administração central e outras

despesas, inclusive as atuariais,

referentes aos planos de pensão e de

saúde destinados aos aposentados e

beneficiários.

Nossas Subsidiárias

Nossas principais subsidiárias são: (i) a

Petrobras Distribuidora, (ii) a Transpetro e

a Petrobras Biocombustível.

A Petrobras Distribuidora S.A. (BR) atua na

comercialização e distribuição de derivados

de petróleo e de biocombustíveis no Brasil,

com presença em todo o território

nacional. Em 31 de dezembro de 2016, a BR

contava com uma rede de 8.176 postos de

serviços e, aproximadamente, 14.100

clientes consumidores, atuando nos

seguintes segmentos: Rede de Postos,

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Grandes Consumidores, Aviação, Químicos,

Energia e Asfalto. A partir de 01/06/2017, a

BR não operará mais neste último

segmento, ficando a atividade concentrada

em nossa subsidiária Stratura Asfaltos S.A.

Para atender aos mercados de atuação, a

Petrobras Distribuidora está presente em

74 localidades do país, com bases próprias,

bases compartilhadas e armazenagens em

terceiros, com capacidade total de

armazenagem de 1,9 milhão de m³.

Em 31 de dezembro de 2016, a Petrobras

Distribuidora utilizava, aproximadamente,

215 companhias de transporte em sua

cadeia de distribuição. Essas companhias

disponibilizam para a BR aproximadamente

8.000 caminhões, que passam por

procedimentos de inspeção e manutenção,

e um cadastro de 15.500 motoristas

registrados e qualificados.

A Transpetro S.A. é uma empresa de

transporte e logística de combustível que

atua em operações de importação e

exportação de petróleo e derivados, gás e

biocombustíveis. Possui cerca de 15 mil

quilômetros de oleodutos e gasodutos e

opera no abastecimento das indústrias,

termelétricas e refinarias brasileiras.

A operação de terminais e oleodutos é um

importante elo em nossa cadeia logística

de abastecimento. Dos campos de

produção, o petróleo é transportado por

oleodutos ou navios para os terminais da

Transpetro e de lá até as refinarias. Após o

refino, os derivados são novamente

escoados por dutos aos terminais para

serem entregues às companhias

distribuidoras, que abastecem os

mercados nacional e internacional.

Em 2016, a Transpetro movimentou 603,3

milhões de metros cúbicos de petróleo e

derivados, operando uma malha de 7.719

km de oleodutos. No mesmo exercício, a

empresa movimentou, em média, 62,33

milhões de metros cúbicos de gás por dia,

em uma malha de 7.155 km. A capacidade

de transporte da empresa é de 4,56

milhões de toneladas de porte bruto (TPB)

por meio de 56 embarcações, utilizadas no

escoamento da produção marítima e no

transporte de petróleo e derivados, gás

liquefeito de petróleo e etanol para os

mercados nacional e internacional.

Criada em 2008, a Petrobras

Biocombustível S.A. tem como objeto: (i) a

produção, logística, comercialização e

pesquisa de biocombustíveis, bem como de

quaisquer outros produtos, subprodutos e

atividades correlatas ou afins, (ii) a

logística e comercialização de matéria-

prima; e (iii) a geração de energia elétrica

associada às operações de produção de

biocombustíveis.

Nos quadros a seguir, apresentamos um

resumo sobre nossos segmentos

operacionais. Mais informações estão

disponíveis nos itens 3.1, 3.2, 7.1, 7.2, 10.2,

10.8 e 11.1 do Formulário de Referência:

http://www.investidorpetrobras.com.br.

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13

Informações sobre segmentos operacionais

Quadro 01 - Receita proveniente do segmento e sua participação na receita líquida da

Companhia

Quadro 02 - Lucro ou prejuízo resultante do segmento e sua participação no lucro

líquido da Companhia

(*) Para informações adicionais, ver seções 3 e 10 do Formulário de Referência e nossas

demonstrações contábeis no website da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Petrobras.

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14

Outras informações relevantes

Publicamos, anualmente, nosso Relatório

de Sustentabilidade, que traz os destaques

da nossa atuação com foco nas dimensões

econômica, social, ambiental e de

governança corporativa. O relatório

apresenta o aprimoramento da nossa

gestão, controles internos e governança,

além de identificar como as estratégias da

Companhia resultam em geração de valor

para os diversos públicos de interesse. Em

março de 2017, o Conselho de

Administração aprovou a nova Política de

Responsabilidade Social, com princípios e

diretrizes que orientam nossas atividades.

Em 2016, investimos cerca de R$ 120

milhões em 470 iniciativas ligadas aos

projetos socioambientais que apoiamos.

Os projetos possuem linhas de atuação

dinâmicas e complementares, as quais são:

Água, Biodiversidade, Floresta e Clima,

Educação, Esporte Educacional, Direitos da

Criança e do Adolescente.

Em 2016, aplicamos R$ 5,88 bilhões em

iniciativas para aperfeiçoar nosso

desempenho em segurança, meio

ambiente e saúde (SMS), atender à

legislação específica e contribuir para que

as práticas operacionais de nossas

unidades sejam seguras, rentáveis e

ambientalmente responsáveis.

Com o objetivo de aprimorar a segurança

de nossas operações e prevenir lesões e

doenças, atuamos por meio da

disseminação de fundamentos, conceitos e

práticas de segurança de processo e

segurança ocupacional e da

implementação de programas e ações

nessas disciplinas.

Avaliamos sistematicamente nos projetos

de investimento os principais riscos nas

dimensões segurança, meio ambiente e

saúde. Os resultados dessas avaliações são

acompanhados pelo Comitê de SMS do

Conselho de Administração.

Nossa política de patrocínios está

estruturada a partir de programas

corporativos contínuos que definem as

estratégias e as prioridades de nossa

atuação nas áreas cultural, social,

ambiental e esportiva. As estratégias e

prioridades de atuação em patrocínio

cultural e esportivo, que são definidas pela

Gerência Executiva de Comunicação e

Marcas e aprovadas pela Diretoria

Executiva, são públicas e estão disponíveis

em nosso website.

Desenvolvemos os seguintes programas

de patrocínio nas esferas cultural e

esportiva: (i) Programa Petrobras Cultural,

programa de patrocínios às artes e à

cultura. Os patrocínios culturais são

realizados a projetos brasileiros com valor

cultural destacado, inovadores, com alto

potencial de retorno e alinhamento à

estratégia de marcas da Petrobras; e (ii)

Programa Petrobras Esportivo, programa

de patrocínios ao esporte, composto por

projetos esportivos de abrangência

nacional, segundo necessidades

institucionais e mercadológicas da

Petrobras. O patrocínio ao esporte é

voltado às oportunidades de promoção da

marca e de ações de relacionamento, além

de associação tecnológica.

As propostas de patrocínio são avaliadas

tecnicamente e autorizadas pela Gerência

Executiva de Comunicação e Marcas e os

trâmites de contratação internos incluem

pareceres das áreas do Jurídico, Financeira

e de Conformidade. Os valores e

contrapartidas são definidos através de

negociação conduzida por uma Comissão

de Negociação e os contratos são

encaminhados à Secretaria de

Comunicação Social da Presidência da

República (Secom) para aprovação. Se

aprovados, retornam à Petrobras, onde

seguem nossos procedimentos de

contratação, com base no Decreto 2.745,

de 1988 e no Manual da Petrobras para

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Contratação (MPC), sendo aprovados de

acordo com os limites de competência

estabelecidos na Tabela de Limites de

Competência da Petrobras.

Mensuramos o retorno obtido pelos

projetos de patrocínio a partir da avaliação

de exposição de marca e espaços de mídia

obtidos e da associação das ações com a

imagem e reputação da Companhia. Além

disso, realizamos análise comparativa ao

investimento necessário para publicidade e

impacto positivo equivalentes.

O valor realizado em 2016 nas contas de

patrocínios foi R$ 136 milhões (Cultural: R$

71 milhões; Esportivo: R$ 50 milhões e

Eventos: R$ 15 milhões).

Conforme rege o Decreto nº 4.799/2003

em seu Art. 9º e a Lei 12.232 em seu Art. 4º,

os serviços de publicidade devem ser

contratados por meio de agências de

propaganda. O planejamento e a execução

das nossas ações publicitárias são

realizados por agências de propaganda

que seguem critérios técnicos e níveis de

qualidade estabelecidos pela Companhia,

cobrados por meio de fiscalização

periódica, e alinhados à Instrução

Normativa nº 7 da Secom, de 19 de

dezembro de 2014, que disciplina a

publicidade dos órgãos e entidades do

Poder Executivo Federal.

A contratação de agências de publicidade

acontece por meio de concorrência pública

e segue os procedimentos de contratação

da Petrobras e, de forma complementar, as

Leis nº 4.680/1965, nº 8.666/1993 e nº

12.232/2010. As contratações são

aprovadas pela Diretoria Executiva e pelo

Conselho de Administração da Petrobras,

com pareceres prévios e posteriores das

áreas da Conformidade e do Jurídico, que

acompanham todo o processo. As

licitações dos contratos de publicidade

também passam por apreciação prévia e

posterior da Secom, conforme determina a

Instrução Normativa nº 4, de 21 de

dezembro de 2010. Tais contratos têm por

objeto a execução de serviços de

publicidade, como criação e produção de

conteúdo publicitário e compra de espaços

de mídia em veículos de comunicação.

Dentre os critérios técnicos e níveis de

qualidade do trabalho desenvolvido pelas

agências de propaganda que atendem à

conta da Petrobras estão:

- a utilização de pesquisas e dados

técnicos do mercado publicitário para

identificar e selecionar a programação

mais adequada, conforme as

características de cada ação publicitária.

- a utilização do ranking de audiência dos

diferentes segmentos/categorias para a

definição dos veículos de comunicação e

divulgação utilizados;

- os investimentos destinados a cada

veículo devem considerar as respectivas

audiências, embasados, sempre que

possível, em dados técnicos de mercado,

pesquisas e/ou estudos de mídia;

- a programação abrangente sempre que

pertinente para atender aos objetivos

delineados;

- no caso de projetos de mídia e compras

por volume, a busca por negociações mais

rentáveis quando comparadas às compras

avulsas;

- a valorização dos veículos com circulação

auditada por empresa reconhecida pelo

mercado;

- a utilização, na elaboração das

mensagens e peças, de uma linguagem

clara e de fácil entendimento;

- a divulgação de ações e resultados

concretos, em detrimento a promessas ou

realizações ainda não implementadas;

- a utilização de recursos que facilitem a

compreensão das mensagens por pessoas

com deficiência visual e auditiva;

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- a parametrização dos gastos publicitários

com referências praticadas no mercado

pelas outras empresas do Sistema de

Comunicação do Governo Federal (Sicom),

prezando pela economicidade e otimização

de recursos e buscando-se a melhor

negociação possível para a Petrobras.

As ações de publicidade são aprovadas e

autorizadas pela Gerência de Marcas,

Publicidade e Mídia e pela Gerência

Executiva de Comunicação e Marcas. A

autorização dos gastos ocorre de acordo

com a Tabela de Limites de Competência. A

produção das peças publicitárias e a

reserva dos espaços de mídia devem ser

levadas ao conhecimento prévio da Secom,

conforme Seção V da Instrução Normativa

Nº 7.

As despesas com contratos da Petrobras

estão listadas em nosso Portal da

Transparência, bem como os

investimentos em publicidade dos últimos

anos. Nossos gastos com publicidade não

estão descritos nas demonstrações

financeiras. Em 2016, o gasto com

publicidade veiculada pela Petrobras foi de

cerca de R$ 147,4 milhões.

Com relação a parcerias e convênios,

possuímos contratos nas seguintes áreas:

(i) As atividades em Pesquisa e

Desenvolvimento (P&D) são coordenadas

pelo Centro de Pesquisas e

Desenvolvimento Leopoldo Américo

Miguez de Mello (Cenpes), que contam com

1.458 empregados no Cenpes, dos quais

1.345 dedicados exclusivamente à área de

P&D, sendo 21% mestres e 14% doutores.

Em 2016, atuamos em parceria com mais

de 100 universidades e instituições de

pesquisa nacionais e estrangeiras,

fornecedores e outras operadoras, com

investimento aproximado de R$ 548,5

milhões.

As atividades de fomento à formação de

recursos humanos para o setor de óleo,

gás, energia e biocombustíveis se dão por

meio do Programa Ciência sem Fronteiras e

do Programa de Formação de Recursos

Humanos (PFRH). O programa, gerido pela

Universidade Petrobras, investiu em 2016

aproximadamente R$ 17 milhões (R$ 12,5

milhões para os convênios de nível

superior e R$ 4,5 milhões para os de nível

médio técnico). O PFRH está presente em

44 instituições de ensino, distribuídas em

18, dos 26 estados brasileiros. As

informações acerca de quais são as

instituições enquadradas no programa,

bem como o valor das bolsas vigentes,

podem ser encontradas no Portal da

Petrobras, em “Quem somos”, acessar

“Carreiras” e “Oportunidades de

Qualificação”. Já o Programa Ciência sem

Fronteiras, gerido pelo Cenpes, teve, em

2016, um investimento total de R$ 98,2

milhões, proporcionando o

desenvolvimento de 2.500 bolsistas em

universidades dos Estados Unidos.

Cabe mencionar que existem 57 convênios

vigentes referentes à reivindicação dos

sindicatos no Acordo Coletivo de Trabalho

2015, capítulo III, cláusula 44ª, os quais não

estabelecem relação financeira com as

instituições de ensino. Trata-se de acordo

com instituições de ensino para concessão

de descontos para empregados e seus

dependentes. O pagamento das

mensalidades e de outras despesas

decorrentes da participação dos

beneficiários e de seus dependentes será

realizado única e exclusivamente pelo

aluno ou responsável legal, diretamente à

conveniada, ou seja, não há alocação de

recursos para esta modalidade de convênio

por parte da Petrobras.

Outras informações relevantes sobre

nossas atividades relacionadas a

publicidade, patrocínios, parcerias e

convênios podem ser encontradas nos

itens 7.8 e 10.9 do Formulário de

Referência da Petrobras, disponível em:

http://www.investidorpetrobras.com.br.

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2. Nosso compromisso público

Somos uma sociedade de economia mista,

constituída pela Lei 2004, de 3 de outubro

de 1953, posteriormente revogada pela Lei

no 9.478, de 1997, cuja maioria do seu

capital votante pertence ao governo

federal brasileiro.

A constituição de sociedade de economia

mista é forma de intervenção direta do

estado na atividade econômica, somente

admitida quando necessária aos

imperativos da segurança nacional ou a

relevante interesse coletivo, na forma do

artigo 173 da Constituição da República.

Para tanto, poderemos orientar as nossas

atividades com a finalidade de atender ao

interesse público que justificou a nossa

criação, nos termos do artigo 238 da Lei

6.404/76.

Contudo, a manifestação do referido

interesse público deverá estar compatível

com o objeto social da Companhia, ou seja,

a pesquisa, a lavra, a refinação, o

processamento, o comércio e o transporte

de petróleo proveniente de poço, de xisto

ou de outras rochas, de seus derivados, de

gás natural e de outros hidrocarbonetos

fluidos, além das atividades vinculadas à

energia, podendo promover a pesquisa, o

desenvolvimento, a produção, o

transporte, a distribuição e a

comercialização de todas as formas de

energia, bem como quaisquer outras

atividades correlatas ou afins.

A persecução do interesse público, por

meio do atendimento de políticas públicas,

deve ser compatível com nossa atuação

empresarial, não podendo colocar em risco

nossa rentabilidade e sustentabilidade

financeira, bem como deverá ser

formalizada por meio de norma,

regulamento ou instrumento específico,

conforme previsto na Lei 13.303/16.

Desta forma, na persecução de seu

interesse público, a Companhia somente

atenderá políticas públicas que: (i) estejam

alinhadas com as Leis 9.478/97 e

13.303/16; (ii) sejam compatíveis com o seu

objeto social; (iii) não coloquem em risco a

rentabilidade e a sustentabilidade

financeira da Companhia; e (iv) sejam

formalizadas por meio de norma,

regulamento ou instrumento específico.

Considerando o atual cenário da indústria

de energia, a preocupação com a

segurança e o bem-estar da força de

trabalho da Petrobras, bem como a

preservação da sua sustentabilidade

financeira, a atual administração definiu

como objetivos fundamentais do Plano de

Negócios e Gestão de 2017-2021 melhorar

os indicadores de segurança da Companhia

e, simultaneamente, reduzir o seu

endividamento até 2018, de maneira a

buscar um índice de alavancagem mais

saudável para o desenvolvimento de

nossas atividades. Por se tratar de uma

projeção, o seu alcance está sujeito a

diversos fatores e variáveis.

Para alcançar a meta financeira

estabelecida no PNG (Endividamento

Líquido/EBITDA de 5,11 em 2015, para 2,5

até 2018), concentramos nossos esforços

na redução de custos das operações e

priorizamos o estabelecimento de

parcerias e desinvestimentos, além do

aporte de investimentos em projetos que

tragam maior rentabilidade e retorno mais

rápido para o caixa da Companhia.

Tais iniciativas representam o esforço da

atual administração na preservação da

sustentabilidade financeira da Petrobras,

especialmente por meio da redução de

seus níveis de endividamento. Nesse

contexto, cientes dos requisitos legais (Lei

13.303/16 e Decreto 8.945/16) e

regulatórios (Ofício

Circular/CVM/SEP/Nº1/2017) que

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determinam a explicitação dos

compromissos realizados para consecução

de objetivos de políticas públicas, bem

como dos recursos e dos impactos

financeiros, estamos realizando um amplo

trabalho para identificar essas ações,

visando à divulgação de informações

completas e consistentes.

O trabalho já identificou ações que

desenvolvemos em atendimento ao nosso

interesse público, considerando os novos

parâmetros objetivos previstos na Lei nº

13.303/2016 e no Decreto nº 8.945/2016,

que determinaram a definição de tais

obrigações e responsabilidade em norma,

regulamento ou instrumento específico. Os

primeiros resultados encontram-se

descritos abaixo:

A) CONPET – Programa Nacional de

Racionalização do Uso dos Derivados do

Petróleo e do Gás Natural

O programa, instituído por meio do

Decreto de 18 de julho de 1991, visa

promover o desenvolvimento de uma

cultura antidesperdício no uso dos

recursos naturais não renováveis. Desde a

sua criação, o CONPET desenvolve

parcerias para a realização de avaliações

das emissões de materiais particulados em

ônibus e caminhões, bem como para a

orientação da sociedade quanto ao uso

eficiente dos veículos.

Participamos também do Programa

Brasileiro de Etiquetagem, em parceria

com o Instituto Nacional de Metrologia,

Qualidade e Tecnologia (INMETRO), que

visa estimular a produção e a utilização de

aparelhos a gás e veículos mais eficientes.

O programa busca incentivar o consumo

consciente informando ao consumidor, por

meio da Etiqueta Nacional de Conservação

de Energia, sobre o consumo de

combustíveis dos diversos modelos de

automóveis e de aparelhos que utilizam

gás. O Selo CONPET de Eficiência

Energética destaca os veículos e aparelhos

que apresentam melhor rendimento e,

consequentemente, menor emissão de

CO2.

Dentro do Projeto Transportar, nossas

refinarias Duque de Caxias (Reduc) e

Gabriel Passos (Regap), em parceria com o

CONPET, verificam o estado de

manutenção e a opacidade da fumaça

emitida pelo escapamento dos caminhões.

A ação contribui para a preservação do

meio ambiente e para a educação

ambiental dos condutores.

A Petrobras possui um representante no

grupo que coordena o CONPET, bem como

provê apoio técnico e administrativo, por

intermédio de órgão de sua estrutura

administrativa. Em 2016, não realizamos

análise dos impactos dessa política

pública, contudo estimativas apontam que

os custos associados são imateriais, uma

vez que os profissionais envolvidos nas

atividades não possuem dedicação

exclusiva ao programa. O orçamento

previsto para o CONPET no ano de 2017 é

de R$1,5 milhão, sendo este valor custeado

pelo orçamento da Companhia.

B) PROMINP - Programa de Mobilização

da Indústria Nacional de Petróleo e Gás

Natural

O programa, instituído por meio do

Decreto 4.945, de 19 de dezembro de 2003,

visa fomentar a participação da indústria

nacional de bens e serviços, de forma

competitiva e sustentável, na implantação

de projetos de petróleo e gás no Brasil e no

exterior. O PROMINP abrange um conjunto

de projetos e iniciativas com foco no

fortalecimento da capacidade industrial e

desempenho empresarial (competitividade

e produtividade), na inovação e no

desenvolvimento tecnológico, no aumento

da capacitação profissional e na geração

de emprego, bem como na revisão e na

criação de novos instrumentos de política

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industrial. A Petrobras é responsável por

coordenar o Comitê Executivo do

Programa. Em 2016, não realizamos

análise dos impactos dessa política

pública, contudo estimativas apontam que

os custos associados são imateriais, uma

vez que os profissionais envolvidos nas

atividades não possuem dedicação

exclusiva ao programa. Em 2017, não há

recursos previstos para o PROMINP, uma

vez que o mesmo foi descontinuado.

C) PPT – Programa Prioritário de

Termeletricidade

O Programa, instituído pelo Decreto 3.371,

de 24 de fevereiro de 2000, visou à

implantação de usinas termelétricas. Estas

usinas, integrantes do Programa Prioritário

de Termeletricidade, fazem jus a

suprimento de gás natural por um prazo de

até 20 anos, com preço pré-estabelecido e

reajustado pela inflação americana. O

suprimento de gás para o programa, em

2016, gerou receitas de aproximadamente

R$ 1,3 bilhão e custos de R$ 2,4 bilhões,

resultado este custeado pelo orçamento

da Companhia. Para 2017, estão previstos

receitas de R$ 1,2 bilhão e custos de R$ 2,4

bilhões.

Por fim, em linha com o previsto no artigo

5º do Decreto 8.945/16, iremos propor

ajustes em nosso Estatuto Social para

indicar, de forma clara, o relevante

interesse coletivo ou o imperativo de

segurança nacional que justificou nossa

criação, o qual, conforme já mencionado,

deverá: (i) estar alinhado com as Leis

9.478/97 e 13.303/16; (ii) ser compatível

com o objeto social da Petrobras; (iii) não

colocar em risco a rentabilidade e

sustentabilidade financeira da Companhia;

e (iv) ser formalizado por meio de norma,

regulamento ou instrumento específico.

As informações sobre interesse público

estão descritas no item 7.1 do Formulário

de Referência da Petrobras, disponível em:

http://www.investidorpetrobras.com.br.

3. Nossa estrutura de controles

internos

Nossa estrutura de controle é composta

pela área de Governança e Conformidade,

responsável pelos processos de

compliance e controles internos,

reportando periodicamente suas

atividades ao Comitê de Auditoria

Estatutário, vinculado ao Conselho de

Administração. A área de Conformidade é

responsável por conduzir, anualmente, o

processo de certificação de controles

internos na Petrobras e subsidiárias. Cabe

à nossa Auditoria Interna, órgão vinculado

ao Conselho de Administração, a avaliação

da eficácia dos controles internos,

reportando os resultados ao Comitê de

Auditoria Estatutário, incluindo a

conformidade com as políticas, normas e

procedimentos para prevenir ou detectar a

possibilidade de ocorrência de erros,

fraudes e/ou perdas no negócio.

Nossa administração é responsável pelo

estabelecimento e manutenção de

controles internos eficazes referentes à

preparação e divulgação das

demonstrações contábeis consolidadas,

bem como pela avaliação da eficácia dos

controles internos em nível de entidade,

operacionais, financeiros e de tecnologia

da informação referentes ao processo de

preparação e divulgação das referidas

demonstrações, com o objetivo de fornecer

segurança razoável relativamente à

confiabilidade do processo, de acordo com

as normas internacionais de relatório

financeiro (IFRS), emitidas pelo

International Accounting Standards Board

(IASB).

A partir de critérios estabelecidos no

Internal Control – Integrated Framework

(2013) emitido pelo Committee of

Sponsoring Organizations of the Treadway

Commission (COSO), realizamos revisão de

riscos específicos e mapeamento de

processos, sistemas e controles-chave. Os

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20

controles internos são autoavaliados

anualmente pelos gestores da Companhia

(control self-assessment), revisados

quanto à adequação do desenho e

testados quanto à sua eficácia operacional

por nossos auditores internos.

Trabalhamos para implementar atividades

de controle e conformidade, objetivando a

redução de riscos de fraude e de

corrupção, dentre outros, reportando à

Alta Administração as ações e resultados

em todo o Sistema Petrobras, dentre as

quais destacamos: (i) criação do comitê de

correição; (ii) atendimento a critérios de

integridade para os fornecedores; (iii)

contratação de canal de denúncia

especializado e independente; e (iv) ações

de comunicação e treinamento para a Alta

Administração e toda a força de trabalho.

A Alta Administração realizou também o

acompanhamento da remediação das

deficiências de controles internos

relacionados à confiabilidade dos

relatórios financeiros. As deficiências

identificadas encontram-se no item 5.3 -

Descrição dos controles internos, do

Formulário de Referência da Petrobras

2016, disponível em nosso website.

Temos continuamente adotado medidas

corretivas em relação aos valores éticos, de

gestão e de controles internos e

empreendido medidas para fortalecer a

comunicação das ações tomadas pela Alta

Administração. Tais ações são

acompanhadas pela Área de Governança e

Conformidade e pelo Comitê de Auditoria

Estatutário, órgão estatutário de caráter

permanente, vinculado diretamente ao

Conselho de Administração da Petrobras.

Código de Ética e Guia de Conduta

Em 2016, realizamos treinamentos

presenciais para novos empregados no

momento da admissão; treinamentos a

distância sobre temas do Código de Ética e

Guia de Conduta do Sistema Petrobras

para empregados em geral, incluindo a Alta

Administração, que abrangeram

aproximadamente 96% dos empregados;

além de outros treinamentos sob demanda

com temas específicos.

Em 2017, prosseguimos com o treinamento

para novos empregados no Código de Ética

e Guia de Conduta do Sistema Petrobras e

implementamos o Programa de

Treinamento dos Administradores. Com a

implementação do programa, em março,

foi realizado treinamento sobre gestão da

ética para os membros do Conselho de

Administração, com a participação de

integrantes da Diretoria Executiva.

Outra ação do programa será o

treinamento sobre conflito de interesses.

Além disso, está prevista para o primeiro

semestre de 2017 uma nova edição de

curso a distância sobre o Código de Ética e

o Guia de Conduta para todos os

empregados da Companhia.

Canal de Denúncia Petrobras

Desde 2015, também contamos com um

canal externo para o recebimento de

denúncias, o Canal de Denúncia, disponível

em português, inglês e espanhol, 24 horas.

O canal pode ser acessado pela internet ou

pelo telefone, com garantia de anonimato.

Além da contratação de uma empresa

independente e especializada em receber

denúncias, criamos uma estrutura interna

específica para atuar na apuração e no

tratamento das denúncias.

Recebemos diariamente denúncias que

apontam violações a normas externas e

internas da Companhia, a exemplo do

nosso Código de Ética e Guia de Conduta.

Em 2016, recebemos 2.520 denúncias, das

quais 511 eram identificadas (20%) e 2.009

anônimas (80%). Entre as denúncias

identificadas, 291 vieram do público

interno (57% do total) e 220 do público

externo (43%).

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21

O aperfeiçoamento do processo iniciou-se

pela Ouvidoria-Geral da Petrobras, que

fortaleceu sua equipe de análise,

tratamento e monitoramento de

denúncias. Para as denúncias relacionadas

a violência no trabalho, que incluem

assédio moral, assédio sexual e

discriminação, a Ouvidoria-Geral passou a

realizar, conforme a gravidade da

denúncia, mediações entre as partes ou

levantamentos preliminares de

informações, com entrevistas com as

partes envolvidas e posterior elaboração

de relatórios para subsidiar a tomada de

decisão gerencial.

Para as denúncias de fraude e corrupção, a

Ouvidoria-Geral passou a submetê-las a

uma matriz de risco, classificando-as como

de baixo, médio, alto e muito alto risco. O

monitoramento dessas denúncias também

foi intensificado, a partir de melhorias no

sistema que permitem conhecer a fase em

que se encontra o trabalho da

Conformidade, responsável por este

tratamento, permitindo reportes mais

precisos à Alta Administração.

Ainda no que se refere ao reporte das

denúncias, a Ouvidoria-Geral apresenta

relatório trimestral à Diretoria Executiva,

ao Comitê de Auditoria Estatutário, ao

Conselho Fiscal e ao Conselho de

Administração, contemplando questões

quantitativas e qualitativas.

A descrição completa de nossa estrutura

de controles internos, política de

gerenciamento de riscos e outras

informações sobre treinamentos relativos

ao Código de Ética e Guia de Conduta do

Sistema Petrobras estão, respectivamente,

nos itens 5.1, 5.3 e 12.13 do Formulário de

Referência da Petrobras, disponível em:

http://www.investidorpetrobras.com.br.

4. Nossa gestão de riscos

Em 26 de junho de 2015, o Conselho de

Administração aprovou a Política de

Gestão de Riscos Empresariais da

Petrobras, que explicita os princípios,

diretrizes, papéis e responsabilidades que

devem nortear as iniciativas associadas à

gestão de riscos no Sistema Petrobras.

Acreditamos que a gestão integrada e

proativa de riscos é fundamental para a

entrega de resultados de maneira segura e

sustentável.

Adotamos uma abordagem abrangente da

gestão de riscos que não se resume apenas

à visão econômico-financeira tradicional

dos riscos, mas incorpora também

elementos de preservação da vida, da

saúde, dos nossos direitos, processos,

patrimônio, informações proprietárias e da

nossa imagem e reputação.

Nossa Política de Gestão de Riscos

Empresariais tem como princípios

fundamentais o respeito à vida em toda a

sua diversidade, a atuação ética e em

conformidade com requisitos legais e

regulatórios, bem como o pleno

alinhamento e coerência com o nosso

Plano Estratégico, com a gestão integrada

de riscos e com a orientação de ações de

resposta a risco voltadas à agregação ou

preservação de valor aos acionistas.

Além de definir as autoridades, as

responsabilidades e os princípios que

norteiam as ações de gestão de riscos na

Petrobras, a política serve como referência

na identificação de riscos nas diversas

atividades da empresa, já que explicita as

categorias de riscos a que a empresa está

exposta, e as reúne em cinco principais

agrupamentos, de acordo com as

estratégias de tratamento: operacional,

estratégico, de negócios, conformidade e

financeiro. As categorias de riscos e as

principais ações de mitigação associadas a

cada uma delas são detalhadas a seguir:

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- Riscos Operacionais: entendemos que é

possível trabalhar sem acidentes e é dever

de todos cuidar da segurança, razão pela

qual inserimos a meta compartilhada de

segurança no sistema de avaliação de

desempenho de todos os gestores da

empresa, incluindo o Presidente e os

Diretores Executivos.

Acreditamos também que a vida deve ser

respeitada em toda sua diversidade e

resguardada contra ameaças decorrentes

de ações intencionais ou não. Isto

naturalmente nos leva a priorizar a

segurança e a confiabilidade de nossos

processos e das nossas instalações como

forma de proteger as pessoas e o meio

ambiente. A gestão deste risco dá-se a

partir de rígidos programas de inspeções e

de manutenções nas nossas instalações,

além de um contínuo esforço de

treinamento da nossa força de trabalho

para o correto cumprimento de requisitos

de segurança, de acordo com as melhores

práticas internacionais.

- Riscos Estratégicos e Riscos de

Negócios: nosso sistema de gestão de

riscos está alinhado e coerente com o

Plano Estratégico da Petrobras, os riscos

são considerados em todas as nossas

decisões estratégicas e a gestão é sempre

realizada de maneira integrada,

aproveitando os benefícios inerentes à

diversificação.

Pela própria peculiaridade do mercado em

que atua, a Petrobras está naturalmente

exposta a uma série de riscos estratégicos

e de negócios, gerenciáveis e não

gerenciáveis, tais como os riscos

associados à oscilação de preços de nossos

produtos no mercado internacional, riscos

geológicos, alterações nos padrões de

consumo da sociedade, atuação de

concorrentes, desempenho de

fornecedores, mudanças regulatórias ou

tributárias, evolução macroeconômica e da

indústria, entre outros.

A gestão destes riscos, por sua vez, ocorre

a partir de um robusto processo de

planejamento e de gestão de carteira, que

preza pela economicidade na seleção dos

projetos, pela diversificação das linhas de

negócios e pelo estrito cumprimento de

metas, as quais são periodicamente

acompanhadas nos mais diversos níveis

hierárquicos. Além disto, monitoramos

continuamente a evolução do cenário

externo e a atuação nos nossos diversos

públicos de interesse.

- Riscos de Conformidade: a gestão de

riscos insere-se no compromisso da

Petrobras de atuar de forma ética e em

conformidade com os requisitos legais e

regulatórios estabelecidos nos países onde

exercemos a nossa atividade.

Os riscos de conformidade, em especial os

de fraude, corrupção, lavagem de dinheiro

e de confiabilidade dos relatórios

financeiros, são mitigados através de

controles internos e da constante

divulgação dos nossos Código de Ética,

Código de Conduta, Programa Petrobras

de Prevenção da Corrupção e outros

instrumentos de prevenção deste tipo de

risco. Treinamentos periódicos, tanto

presenciais, quanto a distância, são

ministrados sistematicamente a toda força

de trabalho em todos os níveis, inclusive

para todos os Diretores Executivos,

Presidente e Conselheiros.

A nomeação de gestores, diretores

executivos, presidentes e demais membros

da Alta Administração atende a critérios de

integridade e inexistência de conflito de

interesses (Background Check de

Integridade), enquanto que a contratação

de bens e serviços depende do adequado

grau de risco dos fornecedores obtido a

partir de auditorias realizadas por nossa

equipe de Conformidade - Due Dilligence

de Integridade (para obter informações

sobre Background Check de Integridade e

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23

Due Dilligence de Integridade, ver capítulo

de Conformidade, no item 7.9 do

Formulário de Referência).

- Riscos Financeiros: A gestão dos riscos

financeiros é realizada de maneira

integrada, privilegiando os benefícios

inerentes à diversificação. A Petrobras

gerencia ativamente seus riscos

financeiros considerando seus diversos

fluxos operacionais, as aplicações das

disponibilidades financeiras, condições de

endividamento e demais posições em

ativos, passivos, desembolsos e

recebimentos para mitigar a exposição aos

riscos de preços de commodities, moedas e

juros. A contratação de derivativos

também pode ser aplicada no tratamento

destes riscos. Informações mais

detalhadas a respeito do gerenciamento

de riscos financeiros são apresentadas no

item 5.2 - Riscos de Mercado, do

Formulário de Referência.

Com a reestruturação organizacional

realizada em 2016, diversos

aprimoramentos de nossa governança

corporativa contribuíram para o

fortalecimento da gestão corporativa de

riscos. A centralização das equipes de

gestão de risco em uma única unidade

organizacional reforça a necessária

segregação de funções entre tomadores

de riscos e os responsáveis pelo seu

monitoramento. Atualmente, a estrutura

de riscos está vinculada ao Diretor

Executivo de Estratégia, Organização e

Sistema de Gestão (DEORG).

Adicionalmente, estruturamos um Comitê

Executivo de Riscos, com a finalidade de

assessorar a Diretoria Executiva (DE) na

análise das matérias específicas de gestão

de riscos ou, eventualmente, de deliberar

sobre assuntos específicos com delegação

prévia da DE.

A gestão de riscos é de responsabilidade

de todos os gestores da nossa estrutura

organizacional. A proposição das diretrizes

e estratégias de gestão de riscos é feita

através da área de Riscos Empresariais em

articulação com seus gestores ou

responsáveis pelos riscos, cuja estrutura

está expressa no item 5.1. b (iii) do

Formulário de Referência.

A verificação da efetividade da Política de

Gestão de Riscos Empresariais da

Petrobras cabe à Diretoria Executiva de

Governança e Conformidade e à Auditoria

Interna no âmbito de suas atribuições,

atuando de forma independente das áreas

de gestão de negócios.

Outras informações sobre gerenciamento

de riscos e controles internos encontram-

se nos itens 5.1, 5.2, 5.3 e 7.9 do Formulário

de Referência da Petrobras, disponível em:

http://www.investidorpetrobras.com.br.

5. Nossos fatores de risco

Nossos fatores de riscos são agrupados de

acordo com os cinco agrupamentos da

Política de Gestão de Riscos Empresariais

aos quais a Companhia está exposta. Além

disso e pelos fatos recentes ocorridos no

país, criamos a seção específica dos riscos

relativos ao Brasil e à nossa relação com o

governo federal brasileiro. Desse modo, os

fatores de riscos apresentados de forma

resumida nesta seção estão seccionados

pela sua natureza.

a) Fatores de riscos relacionados às

nossas operações:

a.1) Estamos expostos a riscos de saúde,

meio ambiente e segurança em nossas

operações que podem levar a acidentes,

perdas significativas, processos

administrativos e passivos judiciais.

a.2) Contamos com fornecedores e

prestadores de serviços para nos suprir

com peças, componentes, serviços e

recursos críticos que precisamos para

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24

operar nossos negócios e concluir nossos

grandes projetos, os quais podem ser

afetados adversamente por qualquer falha

ou atraso por parte de terceiros no

cumprimento de suas obrigações ou

qualquer deterioração da condição

financeira de tais empresas.

a.3) A Petrobras não possui seguro contra

interrupção de negócios nas operações no

Brasil e a maioria dos ativos não está

segurada contra guerra ou sabotagem.

a.4) Greves e paralisações dos empregados

da Companhia ou de empregados de seus

fornecedores e empresas contratadas,

bem como falta de pessoal especializado,

podem afetar adversamente os resultados

operacionais e o negócio da Companhia.

a.5) A mobilização e desmobilização dos

nossos empregados em função do

programa de desinvestimento podem

afetar adversamente o resultado de

nossos negócios e operações.

a.6) Falhas em nossos sistemas de

tecnologia da informação, segurança da

informação (cybersecurity) e sistemas e

serviços de telecomunicações podem

impactar adversamente nossas operações

e reputação.

b) Fatores de riscos relacionados às

nossas finanças:

b.1) Temos passivos substanciais e que

podem ser expostos a restrições de

liquidez significativas no curto e médio

prazos, o que poderia afetar

materialmente e adversamente nossa

condição financeira e resultados

operacionais, e que têm exigido

modificação em nosso plano de negócios e

estratégia.

b.2) Aumento no valor da dívida em função

da desvalorização do real em relação ao

dólar e do aumento da taxa de juros.

b.3) As obrigações do plano de pensão

(Petros) e assistência médica (AMS) podem

ser maiores do que foi inicialmente

previsto.

b.4) Estamos expostos a riscos de crédito

de alguns de nossos clientes e riscos

associados à inadimplência. Qualquer falta

de pagamento relevante ou

descumprimento por alguns de nossos

clientes poderiam afetar adversamente

nosso fluxo de caixa, resultados

operacionais e condição financeira.

b.5) Podemos ter dificuldades em atender

cash calls de nossos parceiros em projetos

onde não somos os operadores.

c) Fatores de riscos relacionados à

conformidade e a aspectos legais e

regulatórios nos nossos negócios:

c.1) Estamos expostos a comportamentos

incompatíveis com nossa ética e padrões

de conformidade. A falha em detectar, em

tempo hábil, ou corrigir tal comportamento

pode ter um efeito material adverso sobre

nossos resultados operacionais e situação

financeira.

c.2) Identificamos deficiências

significativas em nossos controles internos

sobre relatórios financeiros e concluímos,

em 31 de dezembro de 2016, que nossos

controles internos sobre os relatórios

financeiros não foram eficazes, o que pode

resultar em um efeito material adverso

sobre os resultados operacionais e

condição financeira.

c.3) As investigações em curso da SEC e do

Departamento de Justiça dos EUA sobre a

possibilidade de não conformidade com a

Lei Sobre a Prática de Corrupção no

Exterior (Foreign Corrupt Practices Act)

dos EUA poderiam nos afetar

adversamente. As violações dessa lei ou de

outras leis podem nos obrigar a pagar

multas e expor a nossa companhia e

nossos empregados a sanções penais e

ações cíveis.

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25

c.4) Nossa metodologia para estimar os

gastos adicionais capitalizados

indevidamente, descobertos no âmbito da

operação Lava-Jato, envolve algum grau

de incerteza. Se, no futuro, alguma

informação relevante adicional vier à tona

indicando que a nossa estimativa de

gastos adicionais capitalizados parecem,

em retrospecto, materialmente

subestimadas ou superestimadas, isso

poderia exigir uma reapresentação de

nossas demonstrações contábeis, podendo

ter um efeito material adverso em nossos

resultados operacionais e condições

financeiras e podendo afetar o valor de

mercado de nossos valores mobiliários.

c.5) Podemos sofrer perdas e dedicar

tempo e recursos financeiros na defesa de

litígios e arbitragens pendentes.

c.6) Podemos enfrentar processos civis

adicionais relacionados com a Operação

Lava-Jato.

c.7) Informações adicionais descobertas na

Operação Lava-Jato ou outras

investigações podem revelar novas

situações causadoras de danos à

Companhia e podem produzir instabilidade

no ambiente político e na defesa de litígios.

c.8) Poderemos ser obrigados a republicar

nossas demonstrações financeiras como

resultado do julgamento da CVM sobre as

nossas práticas de contabilidade de hedge.

c.9) Diferenças de interpretações e novas

exigências das agências reguladoras em

nosso setor, incluindo a aplicação de

regras de conteúdo local e cálculo para

pagamento de participação especial e

royalties, podem resultar na necessidade

de aumento de investimentos, despesas e

custos operacionais ou ainda provocar

atrasos na produção.

c.10) Interpretações divergentes e/ou

mudanças na interpretação da legislação

tributária, bem como mudanças na própria

lei tributária por meio da criação ou

majoração de tributos, podem representar

um efeito adverso sobre a condição

financeira da Companhia e sobre os

resultados de suas operações.

c.11) O Contrato de Cessão Onerosa

assinado entre a Petrobras e a União

Federal (“Contrato de Cessão Onerosa”) é

uma transação com parte relacionada

sujeita a reajuste futuro de preço.

c.12) Operações com partes relacionadas

podem não ser devidamente identificadas

e tratadas.

c.13) Interpretações divergentes e/ou o

surgimento de regulamentos e exigências

ambientais, de saúde e de segurança cada

vez mais rigorosos podem impactar

negativamente nosso resultado

operacional e condição financeira no

futuro.

c.14) Estamos sujeitos à concessão de

novas licenças e permissões ambientais ou

sanções, que podem resultar em atrasos na

entrega de alguns de nossos projetos e

dificuldades para alcançar nossos

objetivos de produção de petróleo e gás

natural.

c.15) A Petrobras pode ser obrigada pela

justiça a garantir o fornecimento de

produtos ou serviços para contrapartes

inadimplentes.

d) Fatores de riscos relacionados à

nossa estratégia:

d.1) Os desinvestimentos e parcerias

planejados no Plano de Negócios e Gestão

(PNG 2017-21) possuem riscos que podem

inviabilizar sua execução conforme

planejado.

d.2) As parcerias existentes podem não

desempenhar como esperado, impactando

negativamente os nossos resultados.

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d.3) A escolha e o desenvolvimento dos

projetos de investimento da Petrobras

possuem riscos que podem afetar o

retorno econômico-financeiro

originalmente previsto.

d.4) A mobilização e a desmobilização dos

empreendimentos da Petrobras podem

afetar as expectativas e a dinâmica das

comunidades onde ela atua, impactando os

negócios e a reputação da Companhia.

d.5) A atuação de empresas que

licenciaram as marcas pertencentes à

Petrobras pode impactar negativamente a

imagem da Companhia.

d.6) A Petrobras possui ativos e

investimentos em outros países onde a

situação política, econômica e social pode

impactar negativamente os nossos

negócios.

d.7) A capacidade de desenvolver, se

adaptar e ter acesso a novas tecnologias é

fundamental para nossa competitividade.

d.8) Mudanças climáticas podem impactar

o resultado operacional e a estratégia da

Companhia.

e) Fatores de riscos relacionados aos

nossos negócios:

e.1) Estamos expostos a flutuações nos

preços do petróleo, gás natural e

derivados.

e.2) Flutuações de mercado, relacionadas à

instabilidade política, atos de terrorismo,

conflitos armados e guerras em várias

regiões do mundo, podem ter um efeito

material adverso em nossos negócios.

e.3) Desenvolvimentos da indústria de

petróleo e gás e outros fatores resultaram,

e poderão resultar, em substanciais

reduções do valor contábil de alguns de

nossos ativos, o que pode afetar

adversamente nossos resultados

operacionais e condição financeira.

e.4) Manter os objetivos da produção de

petróleo no longo prazo depende da

capacidade da Companhia de desenvolver

com êxito as suas reservas.

e.5) As estimativas de reservas de petróleo

e gás natural da Companhia envolvem

algum grau de incerteza, o que poderia

afetar adversamente a sua capacidade de

gerar receita.

e.6) A Petrobras não é proprietária das

acumulações de petróleo e gás natural no

subsolo do Brasil.

f) Fatores de riscos relacionados ao

Brasil e à nossa relação com o governo

federal brasileiro:

f.1) A União Federal, como nosso acionista

controlador, pode buscar objetivos

distintos dos nossos acionistas

minoritários, o que pode impactar nossos

objetivos econômicos e empresariais.

f.2) O nosso orçamento de investimento

está sujeito à aprovação pelo governo

federal brasileiro. A não aprovação de

nossos investimentos previstos pode

afetar adversamente nossos resultados

operacionais e condição financeira.

f.3) Fragilidade no desempenho da

economia brasileira, instabilidade no

ambiente político e mudanças regulatórias

podem afetar negativamente o resultado

de nossas operações e o nosso

desempenho financeiro.

f.4) Investigações relativas à corrupção

política de membros do governo federal e

do poder legislativo brasileiros podem

gerar instabilidade econômica e política.

A descrição completa dos nossos fatores

de risco encontra-se no item 4.1 do

Formulário de Referência, disponível em:

http://www.investidorpetrobras.com.br.

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6. Nossos principais resultados

Principais resultados dos exercícios 2016

X 2015, comentados por nossos Diretores:

O lucro bruto reduziu 9% em relação a

2015, atingindo R$ 89.978 milhões, em

função da queda de 8% nas vendas de

derivados no mercado doméstico,

principalmente diesel e óleo

combustível, e da menor geração de

energia elétrica. Também contribuíram

para esse resultado o menor volume

de gás natural comercializado no

mercado interno, a queda nos preços

das exportações de petróleo e

derivados e o aumento da depreciação

devido à redução das estimativas de

reservas. Por outro lado, houve

maiores margens de diesel e gasolina e

menores gastos com importações e

participações governamentais no

Brasil.

O lucro operacional atingiu R$ 17.111

milhões, revertendo o prejuízo

registrado em 2015. Esse resultado

reflete o reconhecimento de

impairment 57% inferior em

comparação com 2015. Contribuíram

também para este resultado a revisão

de abandono de áreas de petróleo e

gás, ocorrida no 3T-2016, os ganhos

apurados com vendas de ativos e

menores gastos com devolução de

campos. No entanto, o resultado foi

afetado pelas maiores despesas com o

novo Programa de Incentivo ao

Desligamento Voluntário (PIDV), pela

reclassificação de perdas com

depreciação cambial e pelos maiores

gastos com ociosidade de sondas.

A despesa financeira líquida de R$

27.185 milhões foi inferior em R$ 856

milhões, devido ao menor impacto

negativo das variações monetárias e

cambiais. Já as despesas com juros

aumentaram, em função da

depreciação da cotação média do real

frente ao dólar.

A Companhia apresentou prejuízo de

R$ 14.824 milhões em seu resultado

líquido, em 2016, em função,

principalmente, do impairment de

ativos e investimentos em coligadas,

no valor de R$ 20.891 milhões.

O EBITDA ajustado1 aumentou 16%

em relação a 2015, somando R$ 88.693

milhões, devido às maiores margens

de diesel e gasolina e aos menores

gastos com importações e

participações governamentais. A

margem EBITDA ajustado foi de 31%

em 2016.

A maior geração operacional e a

redução dos investimentos resultaram

no fluxo de caixa livre2 de R$ 41.572

milhões, 2,6 vezes superior ao

registrado em 2015, refletindo a

redução de investimentos em 32% e

maior disciplina de capital. O maior

fluxo de caixa livre e os

desinvestimentos, com entrada de

caixa no valor de R$ 7.231 milhões,

contribuíram para a desalavancagem

da Companhia.

Diminuição do endividamento bruto,

em 22%, passando de R$ 493.023

milhões, em 2015, para R$ 385.784

milhões, uma redução de R$ 107.239

milhões, devido a: pré-pagamento e

amortização de dívidas, utilizando

recursos de desinvestimentos e de

geração operacional; e apreciação do

real em 16,5%.

Somatório do EBITDA, participações em investimentos,

impairment e ajustes acumulados de conversão – CTA e o

resultado com alienação e baixa de ativos.Recursos gerados pelas atividades operacionais

subtraídos dos investimentos em áreas de negócio.

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O endividamento líquido3 reduziu em

20%, passando de R$ 392.136 milhões

para R$ 314.120 milhões.

Em dólares, o decréscimo foi de 4% no

endividamento líquido (US$ 4.044

milhões), que passou de US$ 100.425

milhões em 31.12.2015, para US$

96.381 milhões em 31.12.2016.

Aumento do prazo médio do

endividamento de 7,14 anos, em 2015,

para 7,46 anos, em 31.12.2016.

Redução significativa do índice dívida

líquida sobre EBITDA ajustado* de

5,11, em 31.12.2015, para 3,54, em

31.12.2016. Nesse mesmo período, a

alavancagem reduziu de 60% para 55%.

O efetivo de pessoal do Sistema

Petrobras em 31.12.2016 foi de 68.829

empregados, uma redução de 12% em

comparação a 2015, em função do

PIDV. Em relação à força de trabalho, a

redução foi de 20%.

Principais destaques operacionais:

Em 2016, produzimos no Brasil, em

média, 2,144 milhões de barris por dia

(bpd) de petróleo, o que representa

um aumento de 0,75% em relação ao

ano anterior e em linha com a meta de

2,145 milhões bpd prevista para o

período. Se considerada a produção

própria de gás natural, que atingiu, em

2016, 77 milhões m³ diários, a

produção total no país chega a 2,63

milhões de barris de óleo equivalente

por dia (boed) – 1% a mais que o

alcançado em 2015, e também um

novo recorde para a Petrobras.

A média anual em 2016 da produção

operada na camada pré-sal, que inclui

Endividamento bruto subtraído das disponibilidades

ajustadas.

a Petrobras e parceiros, foi recorde,

atingindo uma média de 1,02 milhão

bpd de petróleo, superando a

produção de 2015 em 33%. Os

principais destaques foram o

expressivo crescimento da produção

no campo de Lula e Sapinhoá, no pré-

sal da Bacia de Santos, além da área do

Parque das Baleias (P-58), na porção

capixaba da Bacia de Campos.

No exterior, a produção média de

petróleo em 2016 foi de 80 mil bpd,

19% abaixo dos volumes produzidos

no ano anterior. A produção média de

gás natural ficou em 13,7 milhões

m³/dia, 11% abaixo da produção de

2015. A redução ocorreu,

principalmente, em função de

desinvestimentos realizados, como a

venda da Petrobras Argentina (Pesa).

A produção média de óleo, no Brasil e

no exterior em 2016 foi de 2,22

milhões bpd e a produção média anual

de óleo e gás, no período, foi de 2,79

milhões boed, mesmo patamar da

produção de 2015.

Em 2016, a Companhia assumiu a

posição de exportadora líquida, em

função do aumento das exportações

em 6% e da redução das importações

em 30%.

Receita de vendas de R$ 282.589

milhões, 12% inferior a 2015 (R$

321.638 milhões), devido à redução da

receita no mercado interno (R$ 25.057

milhões), refletindo o menor nível de

atividade econômica no Brasil;

menores receitas no exterior (R$

10.552 milhões), em função da venda

da Pesa, bem como pela redução dos

preços de venda de petróleo e

derivados; e redução da receita com

exportações (R$ 3.269 milhões), pelos

menores preços de petróleo e

derivados, acompanhando a queda das

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29

cotações internacionais, compensada,

em parte, pelo maior volume

exportado, principalmente de

petróleo, em razão da menor demanda

do mercado nacional, aliada à maior

produção doméstica.

O custo dos produtos vendidos em

2016 foi de R$ 192.611 milhões, 14%

inferior a 2015 (R$ 223.062 milhões),

refletindo menores gastos com

importações de gás natural, petróleo e

derivados, devido à menor demanda no

mercado interno e ao efeito da redução

de 17% na cotação do Brent,

compensados parcialmente pela

depreciação de 4% na taxa média do

real frente ao dólar sobre os custos de

aquisição; menores gastos com

participações governamentais no

Brasil, influenciados pela redução das

cotações internacionais de petróleo;

redução dos custos associados às

atividades no exterior em função da

venda da Pesa e da retração das

cotações internacionais de petróleo; e

redução dos gastos com energia, pela

menor demanda térmica.

Esses fatores foram compensados, em

parte, pelos maiores custos com

produção, influenciados pelo aumento

da depreciação, em decorrência da

redução das estimativas de reservas,

atenuados pelo menor saldo de ativos

em função das perdas por impairment

reconhecidas em 2015 e em setembro

de 2016.

As despesas de vendas em 2016 foram

de R$ 13.825 milhões, 13% inferiores a

2015 (R$ 15.893 milhões), devido à

menor provisão para perdas com

créditos de liquidação duvidosa,

principalmente relacionados aos

recebíveis do setor elétrico, e redução

das despesas com fretes, em

decorrência do menor volume de

vendas no mercado interno.

Despesas tributárias de R$ 2.456

milhões, 73% inferiores a 2015 (R$

9.238 milhões), em função,

principalmente da adesão, em 2015,

aos Programas de Recuperação Fiscal –

Refis (R$ 5.090 milhões) e de anistias

estaduais (R$ 1.046 milhões).

Impairment de ativos de R$ 20.297

milhões, 57% inferior ao exercício de

2015 (R$ 47.676 milhões).

Outras despesas operacionais de R$

16.925 milhões, 9% inferior a 2015 (R$

18.638 milhões), com destaque para:

efeito positivo relacionado à revisão da

provisão do passivo de abandono,

refletindo o aumento da taxa de

desconto e da apreciação do real frente

ao dólar (R$ 5.414 milhões); ganhos

brutos apurados nas vendas da

participação no bloco exploratório BM-

S-8 – Carcará (R$ 2.947 milhões) e da

Pesa (R$ 673 milhões); reversão da

contingência movida pela Triunfo Agro

Industrial S.A. e outras cooperativas,

no montante de R$ 1.378 milhões, em

função da decisão favorável na ação

rescisória ajuizada pela Companhia;

menores gastos com devolução de

campo à ANP e projetos cancelados (R$

1.021 milhões); realização de ajustes

acumulados de conversão da Pesa (R$

3.627 milhões) e da Petrobras Nansei

(R$ 66 milhões), provenientes de

depreciação cambial; maiores despesas

com o novo PIDV (R$ 3.665 milhões); e

aumento das despesas com paradas

não programadas (R$ 2.404 milhões),

destaque para ociosidade de sondas.

Despesas financeiras líquidas de R$

27.185 milhões, 3% inferior em relação

ao exercício de 2015 (R$ 28.041

milhões), em razão de:

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30

variação cambial e monetária

negativa, menor em R$ 4.716

milhões, ocasionada por: (i) variação

cambial do real sobre a exposição

passiva líquida em dólar, positiva

em R$ 3.711 milhões, decorrente da

apreciação de 16,5% do real e

líquida da reclassificação da

variação cambial acumulada no

patrimônio líquido para o resultado

pela realização das exportações

protegidas no âmbito da

contabilidade de hedge; (ii) menor

variação cambial negativa do real

em relação ao euro, devido à

redução da exposição passiva

líquida nessa moeda (R$ 1.930

milhões); (iii) maior variação

cambial positiva do dólar sobre a

exposição passiva em libra,

decorrente da apreciação do dólar

de 16,5%, em 2016, comparada à

apreciação de 4,9% em 2015 (R$ 985

milhões); e (iv) menor variação

cambial positiva do dólar sobre a

exposição passiva em euro, devido à

apreciação do dólar de 3,1%, em

2016, comparada à apreciação de

10,4% em 2015 (R$ 1.580 milhões).

Acréscimo de R$ 2.631 milhões nas

despesas financeiras, refletindo: (i)

maior endividamento médio,

decorrente da depreciação da

cotação média do real frente ao

dólar, líquido de encargos

financeiros capitalizados, (R$ 3.739

milhões); e (ii) aumento da

atualização de juros sobre passivo

de abandono (R$ 1.539 milhões).

Esses fatores foram compensados,

parcialmente, pelos encargos

financeiros sobre a adesão ao

Programa de Recuperação Fiscal

(Refis) de R$ 2.527 milhões em

2015.

Menor receita financeira (R$ 1.229

milhões) em decorrência,

principalmente, do menor saldo

médio aplicado, bem como pelo

menor ganho com derivativos em

operações comerciais.

Despesa de imposto de renda e

contribuição social de R$ 2.342 milhões

(receita de R$ 6.058 milhões em 2015),

em razão, principalmente, do efeito das

alíquotas diferenciadas no exterior e da

tributação no Brasil de lucro de

empresas no exterior, aliado aos

resultados apurados nos exercícios.

Resultado negativo com acionistas não

controladores de R$ 1.779 milhões

(resultado positivo de R$ 335 milhões

no exercício de 2015), refletindo,

principalmente, o efeito cambial sobre

o endividamento em dólar das

entidades estruturadas nos

respectivos períodos.

A seguir, apresentamos nossos principais

itens e indicadores econômicos de 2016

consolidados. Informações detalhadas

sobre os nossos resultados podem ser

encontradas nos itens 3, 7 e 10 do

Formulário de Referência da Petrobras e

nas notas explicativas de nossas

demonstrações contábeis, disponíveis em:

http://www.investidorpetrobras.com.br.

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31

Tabela 01 - Principais itens e indicadores econômicos consolidados – 2016

R$ milhões

Exercício

2016 2015 2016 x 2015 (%)

Receita de vendas 282.589 321.638 (12)

Lucro bruto 89.978 98.576 (9)

Lucro (Prejuízo) operacional 17.111 (12.391) 238

Resultado financeiro líquido (27.185) (28.041) 3

Lucro líquido (Prejuízo) - Acionistas Petrobras (14.824) (34.836) 57

Lucro líquido (Prejuízo) por ação (1,14) (2,67) 58

Valor de mercado (Controladora) 209.777 101.316 107

EBITDA ajustado* 88.693 76.752 16

Margem bruta (%) 32 31 1

Margem operacional (%) 6 (4) 10

Margem líquida (%) (5) (11) 6

Investimento total 55.348 76.315 (27)

E&P 47.250 63.321 (25)

Abastecimento 4.032 8.390 (52)

Gás e Energia 2.426 2.581 (6)

Distribuição 477 853 (44)

Biocombustível 364 152 139

Corporativo 799 1.018 (22)

Dólar médio de venda (R$) 3,48 3,34 4

Dólar final de venda (R$) 3,26 3,90 (16)

Variação - Dólar final de venda (%) (16,5) 47,0 (64)

Preço derivados básicos - Mercado interno (R$/bbl) 227,47 228,18 −

Brent (R$/bbl) 150,89 172,66 (13)

Brent (US$/bbl) 43,69 52,46 (17)

Preço de venda - Brasil

Petróleo (US$/bbl) 39,36 42,16 (7)

Gás natural (US$/bbl) 31,29 36,24 (14)

Preço de venda - Internacional

Petróleo (US$/bbl) 43,52 55,99 (22)

Gás natural (US$/bbl) 21,40 22,62 (5)

Volume total de vendas (mil barris/dia)

Diesel 780 923 (15)

Gasolina 545 553 (1)

Óleo combustível 67 104 (36)

Nafta 151 133 14

GLP 234 232 1

QAV 101 110 (8)

Outros 186 179 4

Total de derivados 2.064 2.234 (8)

Alcoóis, nitrogenados renováveis e outros 112 123 (9)

Gás natural 333 432 (23)

Total mercado interno 2.509 2.789 (10)

Exportação de petróleo, derivados e outros 554 510 9

Vendas internacionais 418 546 (23)

Total mercado externo 972 1.056 (8)

Total geral 3.481 3.845 (9)

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32

7. Nosso modelo de governança

corporativa

Nossa estrutura de governança

corporativa é composta pela Assembleia

Geral de Acionistas, Conselho Fiscal,

Conselho de Administração e seus comitês,

Auditorias (Interna e Externa), Ouvidoria-

Geral, Diretoria Executiva e seus comitês,

conforme figura abaixo.

O Conselho de Administração é composto

por, no mínimo, sete membros e, no

máximo, dez membros, todos com prazo de

gestão que não poderá ser superior a dois

anos, admitidas, no máximo, três

reeleições consecutivas.

O Conselho de Administração conta com

seis comitês estatutários de

assessoramento: Comitê Estratégico;

Comitê Financeiro; Comitê de Auditoria;

Comitê de Segurança, Meio Ambiente e

Saúde; Comitê de Indicação, Remuneração

e Sucessão; e Comitê de Minoritários.

O Comitê dos Minoritários é um órgão de

caráter independente e permanente, com o

objetivo de acompanhar o processo de

Revisão do Contrato de Cessão Onerosa e

demais transações com partes

relacionadas envolvendo a Petrobras e a

União, suas autarquias e fundações, que

estejam na alçada de aprovação do próprio

Conselho, bem como transações com

empresas estatais federais, desde que fora

do curso normal dos negócios da

Companhia. O Comitê é formado por dois

membros do Conselho indicados pelos

acionistas minoritários, além de um

terceiro membro independente, podendo

ser ou não membro do

Conselho de

Administração. As

operações com a

União, suas autarquias

e suas fundações

serão aprovadas pelo

voto de dois terços

dos Conselheiros

presentes às reuniões

do Conselho.

A Diretoria Executiva é

composta por um

Presidente e sete

Diretores Executivos,

eleitos pelo Conselho,

para um mandato de

até dois anos, sendo permitidas, no

máximo, três reeleições consecutivas.

O Conselho de Administração aprovou, em

12 de junho de 2017, a criação da função

não estatutária de Diretor Adjunto de

Governança e Conformidade. A medida é

mais um avanço no sistema de governança

da Companhia e busca agilizar os

processos internos em razão da elevada

carga de atribuições relacionadas a órgãos

externos. A nova função é temporária, com

duração de dois anos, podendo ser

renovada sucessivamente por iguais

períodos.

Os membros da Diretoria Executiva contam

com sete comitês técnicos estatutários de

assessoramento: Comitê Técnico

Estatutário de Desenvolvimento da

Modelo de Governança da Petrobras

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33

Produção e Tecnologia; Comitê Técnico

Estatutário de Exploração e Produção;

Comitê Técnico Estatutário de Refino e Gás

Natural; Comitê Técnico Estatutário

Financeiro e de Relacionamento com

Investidores; Comitê Técnico Estatutário

de Assuntos Corporativos; Comitê Técnico

Estatutário de Governança e

Conformidade; e Comitê Técnico

Estatutário de Estratégia, Organização e

Sistema de Gestão. A Diretoria Executiva

conta ainda com o assessoramento do

Comitê Técnico Estatutário de

Investimento e Desinvestimento.

Extraordinariamente, a Companhia conta

com um Comitê Especial, de caráter

independente e com linha de reporte direta

ao Conselho de Administração. O Comitê

atua como interlocutor das investigações

internas independentes relativas às

implicações da Operação Lava-Jato

conduzidas pelos escritórios Trench, Rossi

e Watanabe e Gibson, Dunn & Crutcher. O

Comitê é composto por três membros,

sendo duas pessoas externas à Companhia,

independentes, com notório conhecimento

técnico, e o Diretor Executivo de

Governança e Conformidade.

Nosso Conselho Fiscal é de caráter

permanente e foi instalado em 17 de

fevereiro de 1956. Os Comitês de Auditoria;

de Segurança, Meio Ambiente e Saúde; e de

Indicação, Remuneração e Sucessão foram

criados em 28 de junho de 2002, tornando-

se estatutários em 1º de julho de 2015. O

Comitê Estratégico e o Comitê Financeiro

foram criados em 1º de julho de 2015

mediante alterações em nosso Estatuto

Social.

Em 26 de fevereiro de 2015, o Conselho de

Administração aprovou a revisão do

regimento interno do Comitê de Auditoria,

tornando-o estatutário, nos termos da

Instrução CVM nº 308/99, alterada pela

Instrução CVM nº 509/11. A aprovação do

novo regimento interno pelo CA

possibilitou sua efetiva instalação como

Comitê de Auditoria Estatutário, na forma

da regulamentação vigente.

Em 21 de outubro de 2016, o Conselho de

Administração aprovou a criação do

Comitê de Minoritários, que teve seu

regimento aprovado em 24 de janeiro de

2017. Em 28 de abril de 2016, foi aprovada

a reforma do Estatuto Social da Petrobras

pela Assembleia Geral Extraordinária, com

a criação dos Comitês Técnicos

Estatutários. Em 23 de maio de 2016, o

Conselho de Administração aprovou os

regimentos internos e o início das

atividades destes comitês. O Comitê

Especial foi criado em 23 de dezembro de

2014. A Unidade de Auditoria Interna foi

criada em 1996.

No exercício de 2016 foram realizadas 47

reuniões do Conselho de Administração,

sendo 12 reuniões ordinárias e 35

extraordinárias.

São realizadas também reuniões periódicas

conjuntas entre o Conselho Fiscal e o

Comitê de Auditoria Estatutário, cuja pauta

reflete os principais acontecimentos da

Companhia, principalmente com relação à

administração de riscos e governança. No

exercício de 2016, foram realizadas 27

reuniões do Conselho Fiscal e 29 reuniões

do Comitê de Auditoria Estatutário, sendo

duas reuniões conjuntas entre estes

colegiados. O Conselho Fiscal também

participou como convidado de uma reunião

em conjunto com o Conselho de

Administração para deliberação das

matérias levadas às Assembleias Gerais

Extraordinária e Ordinária de 28 de abril de

2016 e emissão do parecer do Conselho

Fiscal sobre as demonstrações contábeis

do exercício. Para o exercício de 2017,

estão previstas 26 reuniões do Conselho

Fiscal, sendo três em conjunto com o CAE e

uma em conjunto com o CA.

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34

Por sermos uma Companhia de capital

aberto, seguimos procedimentos e

padrões internacionais de governança

corporativa compatíveis com as normas

dos mercados em que atuamos. No Brasil,

seguimos as regras da Comissão de

Valores Mobiliários (CVM) e da B3. No

exterior, cumprimos as normas da

Securities and Exchange Commission (SEC)

e da New York Stock Exchange (Nyse), nos

Estados Unidos; do Latibex, da Bolsa y

Mercados Españoles, na Espanha; e da

Comisión Nacional de Valores (CNV) e da

Bolsa de Comércio de Buenos Aires, na

Argentina.

Buscamos continuamente o alinhamento

às melhores práticas de governança

corporativa e temos como estratégia

prioritária ingressar, em 2017, no

Programa Destaque em Governança de

Estatais, da B3. A iniciativa, lançada pela

Bolsa de Valores de São Paulo em 2015,

tem o objetivo de aprimorar as práticas e

estruturas de governança corporativa das

empresas estatais listadas no mercado.

Para tanto, realizamos, ao longo de 2016,

várias adequações e melhorias nos nossos

processos e instrumentos de governança

corporativa, de acordo com as regras do

regimento do programa.

Nosso Estatuto Social prevê que deverão

ser resolvidas por meio de arbitragem,

obedecidas as regras previstas pela

Câmara de Arbitragem do Mercado, as

disputas ou controvérsias que envolvam a

Companhia, seus acionistas, os

administradores e conselheiros fiscais,

tendo por objeto a aplicação das

disposições contidas na Lei das Sociedades

por Ações, no Estatuto Social, nas normas

editadas pelo Conselho Monetário

Nacional, pelo Banco Central do Brasil e

pela Comissão de Valores Mobiliários, bem

como nas demais normas aplicáveis ao

funcionamento do mercado de capitais em

geral, além daquelas constantes dos

contratos eventualmente celebrados pela

Companhia com bolsa de valores ou

entidade mantenedora de mercado de

balcão organizado, credenciada na

Comissão de Valores Mobiliários, tendo por

objetivo a adoção de padrões de

governança societária fixados por estas

entidades, e dos respectivos regulamentos

de práticas diferenciadas de governança

corporativa, se for o caso.

Adicionalmente, adotamos o Código de

Boas Práticas da Petrobras, aprovado pelo

Conselho de Administração e revisado em

2016, composto pelas seguintes políticas

corporativas: (i) Política de Divulgação de

Ato ou Fato Relevante e de Negociação de

Valores Mobiliários; (ii) Política de

Indicação dos Membros do Conselho Fiscal,

Conselho de Administração e Diretoria

Executiva da Petrobras, (iii) Política de

Conformidade da Petrobras; (iv) Política de

Gestão de Riscos Empresariais da

Petrobras; (v) Política e Diretrizes da

Função Ouvidoria do Sistema Petrobras;

(vi) Política de Distribuição de Dividendos,

(vii) Política de Comunicação e (viii) Política

de Transações com Partes Relacionadas da

Petrobras.

As Diretrizes de Governança Corporativa

da Petrobras, cuja última versão foi

aprovada pelo Conselho de Administração

em 2016, também estabelecem

orientações para o nosso modelo de

governança corporativa, visando à atuação

ativa do Conselho de Administração no

direcionamento estratégico da Companhia,

na supervisão da gestão dos Diretores e na

defesa dos interesses dos nossos

acionistas.

Para garantir que nossa atuação seja

sempre orientada pela ética, pela

transparência e por princípios que

incentivem o desenvolvimento

sustentável, a atuação integrada e a

responsabilidade por resultados,

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35

adotamos instrumentos de

monitoramento, fiscalização e controle,

como o Código de Ética e o Guia de

Conduta do Sistema Petrobras e o

Programa Petrobras de Prevenção da

Corrupção (PPPC).

A íntegra dos nossos instrumentos de

governança corporativa está disponível em

nosso website. A descrição completa de

nossa estrutura, principais regras, políticas

e práticas de governança encontra-se nos

itens 12.1, 12.2, 12.3, 12.4, 12.12 e 12.13 do

Formulário de Referência, disponível em:

http://www.investidorpetrobras.com.br.

8. Nossas principais melhorias em governança corporativa

Em 2016, realizamos ajustes e melhorias

em nosso modelo de governança, com o

intuito de estabelecer melhores práticas

alinhadas ao nosso Plano Estratégico e

Plano de Negócios, em atendimento ao

Programa Destaque em Governança de

Estatais da B3 e em conformidade com as

exigências da Lei 13.303/2016 e do Decreto

8.945/2016. Os principais destaques são

apresentados a seguir.

a) Revisão do Modelo de Governança e

Gestão da Petrobras: o Conselho de

Administração aprovou, em 2016, nosso

novo modelo governança e gestão. Além

de prever melhor distribuição das decisões,

o novo modelo estabelece a criação de sete

Comitês Técnicos Estatutários, cujas

recomendações são necessárias para o

exame e deliberação das matérias de

competência dos membros da Diretoria

Executiva. Esses comitês são compostos

por Gerentes Executivos, com deveres e

responsabilidades equiparados aos dos

administradores, conforme artigo 160 da

Lei 6.404/76. A Diretoria Executiva contará

também com o assessoramento do Comitê

Técnico Estatutário de Investimento e

Desinvestimento.

b) Implantação dos Comitês Técnicos

Estatutários: comitês de assessoramento

compostos por Gerentes Executivos com

atribuições específicas de análise e

recomendação em matérias de

competência dos membros da Diretoria

Executiva. Os integrantes estão sujeitos

aos mesmos deveres e responsabilidades

dos administradores, conforme o disposto

no artigo 160 da Lei 6.404, de 15 de

dezembro de 1976 (Lei das SAs).

c) Implantação dos Comitês Executivos:

criamos comitês multidisciplinares de

natureza deliberativa e/ou consultiva que

se destinam a propor e analisar matérias

de competência da Diretoria Executiva e a

emitir recomendações.

d) Instalação do Comitê de Auditoria

Estatutário: atualmente contamos com

seis comitês estatutários de

assessoramento ao Conselho de

Administração: Comitê Estratégico; Comitê

Financeiro; Comitê de Auditoria; Comitê de

Segurança, Meio Ambiente e Saúde; Comitê

de Indicação, Remuneração e Sucessão; e

Comitê de Minoritários. Em 2016, foi

aprovado pelo Conselho de Administração

o novo Regimento Interno do Comitê de

Auditoria, tornando-o estatutário, nos

termos da Instrução CVM nº 308/99,

alterada pela Instrução CVM nº 509/11.

e) Divulgação dos instrumentos de

governança: disponibilizamos os

regimentos internos do Conselho Fiscal, do

Conselho de Administração e dos

respectivos Comitês, bem como da

Diretoria Executiva, além do Código de

Boas Práticas e outros instrumentos de

governança em nosso website.

f) Revisão do Estatuto Social da

Petrobras: foram aprovadas pela

Assembleia Geral três revisões do nosso

Estatuto Social que promoveram, dentre

outras: (i) alteração do prazo de mandato

dos Conselheiros e Diretores para dois

anos, com limite de três reconduções

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36

consecutivas; (ii) exclusão da figura do

membro suplente no Conselho de

Administração; (iii) vedação à ocupação da

função de Presidente do Conselho de

Administração e de Presidente da

Companhia pela mesma pessoa; (iv)

reporte do Diretor de Governança e

Conformidade ao Conselho de

Administração em atendimento ao artigo

9º da Lei 13.303/16.

g) Avaliação do Conselho de

Administração, dos Comitês do Conselho

e da Diretoria Executiva:

As avaliações de desempenho do Conselho

de Administração e da Diretoria Executiva

estão previstas nas Diretrizes de

Governança Corporativa da Companhia e

foram incluídas nos regimentos internos

desses colegiados. Em 2016, foi contratada

empresa externa especializada para

implantar e formalizar o procedimento de

avaliação de desempenho do Conselho de

Administração e de seus comitês de

assessoramento, bem como da Diretoria

Executiva. A sistemática que detalha os

procedimentos de avaliação está em curso

e será objeto de aprovação do Conselho de

Administração, nos termos das Diretrizes

de Governança Corporativa.

A sistemática de avaliação tem como

objetivo analisar periodicamente o

desempenho e a contribuição dos órgãos

de administração da Petrobras, de seus

administradores e dos membros dos

comitês de assessoramento ao Conselho

de Administração para o alcance dos

objetivos e metas estabelecidos nos

planos estratégicos e de gestão, visando

atingir resultados mais eficientes e

eficazes para a Companhia e contribuir

para o fortalecimento de nossa imagem e

reputação junto aos públicos de interesse.

Cabe ao Comitê de Indicação, Remuneração

e Sucessão, com o suporte da Unidade de

Recursos Humanos, apoiar o Presidente do

Conselho de Administração na organização

de um processo formal e periódico de

avaliação dos Conselheiros, da Presidência

do Conselho e do Conselho como órgão

colegiado. As avaliações deverão ocorrer

em ciclos anuais. Os especialistas

relataram as conclusões ao Conselho de

Administração na reunião ordinária de

maio de 2017.

A avaliação do Conselho Fiscal será

realizada internamente e está em fase de

aprovação por parte deste colegiado.

h) Indicação de Diretores Executivos e

Gerentes Executivos: foi incluída no

Estatuto Social, como competência do

Conselho de Administração, a aprovação

da indicação dos nossos Diretores e

Gerentes Executivos. A escolha dos atuais

membros da Alta Administração foi

submetida à avaliação do Comitê de

Indicação, Remuneração e Sucessão, antes

da aprovação pelo Conselho de

Administração. Nessa avaliação, foram

adotados critérios de integridade e de

capacitação técnica e de gestão.

i) Processo de sucessão da Diretoria

Executiva, de membros da Administração

Superior e de Assistentes e Assessores

Técnicos do CA: estabelece critérios e

procedimentos para (i) a identificação e o

desenvolvimento de potenciais sucessores

para as funções de Diretor Executivo e

membro da Administração Superior; (ii) a

indicação e a seleção para a ocupação das

posições de Diretores Executivos e

membros da Administração Superior,

Assistentes e Assessores Técnicos do

Conselho e respectivos Comitês.

j) Atualização do Código de Boas Práticas:

É composto por: Política de Divulgação de

Ato ou Fato Relevante e de Negociação de

Valores Mobiliários; Política de

Conformidade Corporativa da Petrobras;

Política de Gestão de Riscos Empresariais

da Petrobras; Política e Diretrizes da

Função Ouvidoria do Sistema Petrobras;

Política de Distribuição de Dividendos;

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37

Política de Indicação dos Membros do

Conselho Fiscal, Conselho de

Administração e Diretoria Executiva da

Petrobras; Política de Comunicação; e

Política de Transações com Partes

Relacionadas da Petrobras.

k) Programa de Treinamento e

Capacitação em Governança Corporativa:

promove a disseminação de informações

sobre temas relevantes de governança

corporativa, visando alcançar todos os

empregados e administradores do Sistema

Petrobras. As Diretrizes de Governança

preveem a realização de reuniões

presenciais com os membros da Alta

Administração da Companhia e de um

programa de introdução para novos

Conselheiros que aborde temas relevantes

de governança.

A fim de promover a integração de novos

Conselheiros de Administração, Diretores

Executivos e Conselheiros Fiscais e, ao

mesmo tempo, apresentar e atualizar o

conhecimento sobre temas relevantes

definidos na Lei 13.303/16, no Decreto

8.945/16 e no Programa Destaque em

Governança de Estatais da B3, foi

aprovado pelo Conselho de Administração,

em outubro de 2016, o novo modelo de

treinamento de Conselheiros de

Administração e Diretores Executivos da

Petrobras, composto pelo Programa de

Introdução de Novos Administradores e

pelo Programa Periódico de Treinamento

de Administradores. A partir de 2017, os

programas passarão a ser também

disponibilizados ao Conselho Fiscal.

O Programa de Introdução de Novos

Administradores é realizado sob demanda

para os membros do Conselho de

Administração, Diretoria Executiva e

Conselho Fiscal. Já o Programa Periódico

de Treinamento de Administradores, para

o mesmo público-alvo, possui um

calendário anual programado. Para 2017,

estão previstos nove encontros, sendo

cinco com o Conselho de Administração e a

Diretoria Executiva e quatro com o

Conselho Fiscal. Todos os treinamentos

são registrados em atas.

Entre os temas abordados pelos

programas de treinamento para a Alta

Administração estão: Estratégia, Estrutura

Organizacional e Governança da Petrobras;

Conselho de Administração, Diretoria

Executiva e Comitês Técnicos Estatutários;

Conselho Fiscal da Petrobras; Deveres e

Responsabilidades dos Administradores;

Política de Divulgação de Ato e Fato

Relevante e de Negociação de Valores

Mobiliários; Código de Ética e Guia de

Conduta da Petrobras; Conformidade,

Legislação Anticorrupção, Lei 12.846/13 e

Programa Petrobras de Prevenção da

Corrupção (PPPC); Controles Internos; e

Política de Comunicação.

Temos ainda o Programa de Capacitação

em Governança Corporativa e Societária,

em parceria com a Universidade Petrobras,

destinado a profissionais, administradores

e gestores da Petrobras e de suas

sociedades. Entre 2011 e 2017, foram

realizadas 50 turmas, com mais de dois mil

profissionais treinados. Em 2016, foram

ministradas nove turmas, com o total de

442 pessoas treinadas. Para 2017, estão

previstas novas turmas, além do Ciclo de

Palestras e do Seminário Anual de

Governança Corporativa e Societária.

l) Política de Indicação dos Membros do

Conselho Fiscal, Conselho de

Administração e Diretoria Executiva da

Petrobras: estabelece requisitos mínimos

e impedimentos para a indicação de

membros do Conselho Fiscal, do Conselho

de Administração, da Diretoria Executiva,

bem como dos participantes externos dos

comitês de assessoramento do CA da

Petrobras, cabendo ao Comitê de

Indicação, Remuneração e Sucessão

verificar a conformidade do processo à luz

dos requisitos estabelecidos. Visando

atender ao disposto na legislação, foi

criada, em fevereiro de 2017, a Comissão

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de Elegibilidade, de caráter temporário,

com atribuição para opinar, de modo a

auxiliar os acionistas na indicação de

administradores e Conselheiros Fiscais

sobre o preenchimento dos requisitos e a

ausência de vedações para as respectivas

eleições, previstos na Lei nº 13.303/16, no

Decreto 8.945/16 e no Estatuto Social.

m) Política de Transações com Partes

Relacionadas da Petrobras: reforça os

princípios de conduta ética,

comutatividade, equidade e transparência

nas operações com partes relacionadas.

Para efeito desta política, considera-se

transação com parte relacionada a

transferência de recursos, serviços ou

obrigações entre a Petrobras, ou suas

controladas, e uma parte relacionada,

como por exemplo: (i)

Petrobras/Controladas e a União, suas

autarquias, fundações e empresas; (ii)

Petrobras/Controladas e as coligadas do

Sistema Petrobras; ou (iii) Petrobras e

sociedades controladas por pessoal chave

da administração ou por seus familiares,

dentre outras.

n) Política de Distribuição de Dividendos:

é fundamentada nas disposições que

constam do Estatuto Social e da Lei

6.404/76. Em setembro, o Conselho de

Administração aprovou a Política de

Distribuição de Dividendos, que busca

garantir a perenidade e a sustentabilidade

financeira de curto, médio e longo prazos

da Companhia, tendo como premissas a

flexibilidade e solidez financeira para a

manutenção de seus negócios. A política

está aderente à Lei 13.303/16.

o) Política de Divulgação de Ato ou Fato

Relevante e de Negociação de Valores

Mobiliários da Petrobras: estabelece as

regras e os procedimentos que deverão ser

observados na divulgação de informações

ao mercado que representem ato ou fato

relevante e na negociação de valores

mobiliários de emissão da Companhia,

visando a evitar o uso indevido de

informações privilegiadas e a assegurar o

tratamento equitativo aos investidores e a

regularidade e a transparência das

negociações de valores mobiliários de

emissão da Petrobras. A política prevê a

instauração do Comitê Executivo de

Divulgação, que tem a finalidade de

acompanhar e aprimorar o processo de

divulgação de informações da Companhia

ao mercado e foi implantado em julho de

2016 com previsão de reuniões mensais.

p) Política de Comunicação: dispõe sobre a

comunicação na Companhia e corrobora o

compromisso de um diálogo aberto e

contínuo com todos os públicos de

interesse, além de incluir orientações sobre

porta-vozes. Segundo esta política, cabe

ao Presidente e aos Diretores – ou cargos

equivalentes nas empresas do Sistema

Petrobras: (i) exercer a função de porta-

vozes oficiais da Companhia ou

designar/autorizar empregado para

cumprir tal função, conforme a

necessidade, sem a possibilidade de

delegação do ato de

designação/autorização de porta-voz; (ii)

especificar se o porta-voz

designado/autorizado tem ou não

delegação para definir o conteúdo do que

será comunicado e/ou quais os limites para

essa definição de conteúdo; e (iii) manter

uma postura ativa, com destaque para a

franqueza e o diálogo, na comunicação

com os públicos.

q) Comitê de Minoritários: destinado à

análise e à emissão de recomendações

sobre transações com partes relacionadas

envolvendo a Petrobras e a União, suas

autarquias e fundações que estejam na

alçada de aprovação do Conselho de

Administração, especialmente no tocante

ao processo de revisão do Contrato de

Cessão Onerosa, a fim de conferir maior

alinhamento às melhores práticas de

governança corporativa, garantindo a

transparência e a imparcialidade da

operação para os acionistas minoritários.

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As medidas implementadas ao longo de

2015 e 2016 demonstram esforço no

aprimoramento de nossa governança. Cabe

destacar que, em 2015: (i) criamos a

Diretoria de Governança, Risco e

Conformidade (atual Governança e

Conformidade); (ii) reestruturamos a

Ouvidoria-Geral, a Auditoria Interna e o

Canal de Denúncia; (iii) aprovamos a

Política de Gestão de Riscos Empresariais;

(iv) aprimoramos o filtro de integridade de

fornecedores; e (v) reforçamos o

treinamento de nossa força de trabalho e

membros da Alta Administração em

aspectos legais e regulatórios, governança,

riscos e compliance.

Outras informações sobre melhores

práticas de governança estão nos itens

12.12 e 12.13 do Formulário de Referência

da Petrobras, disponível em:

http://www.investidorpetrobras.com.br.

9. Nossa composição e remuneração

da administração

Nosso Conselho de Administração é um

órgão de natureza colegiada e autônomo

dentro de suas prerrogativas e

responsabilidades, na forma da lei e do

Estatuto Social. É composto por, no

mínimo, sete membros e, no máximo, dez

membros, cabendo à Assembleia Geral dos

Acionistas designar dentre eles o

Presidente do Conselho, todos com prazo

de gestão que não poderá ser superior a

dois anos, admitidas, no máximo, três

reeleições consecutivas.

A Companhia possui seis comitês de

assessoramento ao Conselho de

Administração: (i) Comitê de Auditoria; (ii)

Comitê de Segurança, Meio Ambiente e

Saúde; (iii) Comitê de Indicação,

Remuneração e Sucessão; (iv) Comitê

Estratégico; (v) Comitê Financeiro; e (vi)

Comitê de Minoritários. Estes comitês são

compostos por membros do Conselho de

Administração e/ou por pessoas de

mercado de notória experiência e

capacidade técnica, nomeados anualmente

pelo Conselho de Administração e têm por

objetivo assessorar o órgão no

cumprimento das suas responsabilidades.

Nossa Diretoria Executiva é composta por

um Presidente, escolhido dentre os

membros do Conselho de Administração, e

sete Diretores Executivos, eleitos pelo

Conselho, dentre brasileiros residentes no

país, para um mandato de até dois anos,

permitidas, no máximo, três reeleições

consecutivas, podendo ser destituídos a

qualquer tempo. Entre os membros da

Diretoria Executiva, apenas o Presidente é

membro do Conselho de Administração

sem, no entanto, presidir o órgão.

Nosso Conselho Fiscal é constituído de

forma permanente, sendo independente

da administração e dos auditores externos,

conforme exigido pela Lei das Sociedades

por Ações. É composto por até cinco

membros e respectivos suplentes, todos

eleitos pela Assembleia Geral, com

mandato de um ano, permitidas duas

reeleições consecutivas; sendo um dos

membros indicado pelos acionistas

minoritários, um indicado pelos acionistas

titulares de ações preferenciais e três

indicados pela União, sendo um indicado

pelo Ministro de Estado da Fazenda, como

representante do Tesouro Nacional.

A remuneração fixa do Conselho de

Administração, do Conselho Fiscal e da

Diretoria Executiva é composta por

honorários mensais propostos pelo Comitê

de Indicação, Remuneração e Sucessão ao

Conselho de Administração e definidos

anualmente pela Assembleia Geral, de

acordo com o artigo 152 da Lei 6.404/76.

Os objetivos e práticas de remuneração

visam reconhecer e remunerar nossos

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administradores, considerando a

responsabilidade, o tempo dedicado à

função, a competência e reputação

profissional, bem como as práticas

aplicadas pelo mercado para empresas de

porte semelhante ao nosso.

A composição da remuneração dos nossos

administradores é definida considerando

nossos resultados econômico-financeiros,

bem como busca promover o

reconhecimento dos esforços dos nossos

administradores. É estruturada de forma

que a remuneração variável esteja

condicionada ao atendimento de

indicadores de desempenho negociados

com a Secretaria de Coordenação e

Governança das Empresas Estatais (Sest).

O número de remunerações a serem pagas

no âmbito do Programa de Remuneração

Variável dos membros da Diretoria

Executiva varia conforme o percentual de

atingimento das metas e é calculado com

base nos resultados da Companhia.

Cumpre ressaltar que a soma dos valores a

serem percebidos por cada membro do

Conselho de Administração a título de

remuneração, incluindo pró-labore,

benefícios diretos e indiretos,

remuneração por participações comitês e

outros, estão limitados ao disposto na Lei

9.292, de 12 de julho de 1996. A Lei

estabelece que a remuneração dos

membros do Conselho de Administração

de sociedades de economia mista, como a

Petrobras, “não excederá, em nenhuma

hipótese, a dez por cento da remuneração

mensal média dos diretores das

respectivas empresas”. O Presidente da

Companhia é membro do Conselho de

Administração, no entanto esta

participação não é remunerada. A

remuneração recebida por membros do

Conselho de Administração é fixa, sem

indicador vinculado.

Atualmente sete membros integrantes dos

comitês de assessoramento do Conselho

de Administração não são remunerados,

tendo em vista que a soma dos valores a

serem percebidos por cada membro do

Conselho de Administração a título de

remuneração, incluindo pró-labore,

benefícios diretos e indiretos,

remuneração por participações comitês e

outros, estão limitados ao disposto na Lei

nº 9.292, de 12 de julho de 1996. No

entanto essa situação pode sofrer

alterações no decorrer do exercício.

Em 2016, a remuneração anual média de

nossa Diretoria Executiva foi de R$

2.212.752,14, enquanto a do Conselho de

Administração foi de R$ 168.338,59 e a do

Conselho Fiscal, de R$ 163.341,28. Esses

valores são apurados conforme

orientações da CVM.

A Assembleia Geral Ordinária da Petrobras,

realizada em 27/04/2017, aprovou a

remuneração global dos administradores

(Diretoria Executiva e Conselho de

Administração) para o período de abril de

2017 a março de 2018, foi de

R$28.573.425,59.

Não houve, nos três últimos exercícios

sociais, pagamento de remuneração para

membros do Conselho de Administração,

da Diretoria Executiva ou do Conselho

Fiscal por qualquer razão que não a função

que ocupam.

A remuneração individual máxima, mínima

e média do Conselho de Administração, da

Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal,

em 2016, encontra-se na tabela a seguir.

Mais informações podem ser obtidas nos

itens 12.1, 13.1 e 13.11 do Formulário de

Referência da Petrobras, disponível em:

http://www.investidorpetrobras.com.br.

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*Tabela 02 – Remuneração individual máxima, mínima e média do Conselho de

Administração, da Diretoria Estatutária e do Conselho Fiscal - Valores Anuais

Diretoria Estatutária Conselho de Administração Conselho Fiscal

31/12/2016 31/12/2015 31/12/2014 31/12/2016 31/12/2015 31/12/2014 31/12/2016 31/12/2015 31/12/2014

Nº de membros 7,67 8,00 7,00 11,0 13,67 10,00 5,00 5,00 5,00

Nº de membros remunerados

7,67 8,00 7,00 9,33 11,33 9,00 5,00 5,00 5,00

Valor da maior remuneração

(Reais)

2.240.007,40 2.168.850,76 2.649.793,98 171.361,46 156.602,47 186.019,09 170.868,54 156.602,47 145.014,77

Valor da menor remuneração

(Reais)

1.994.839,17 305.461,68 2.030.751,74 149.039,98 156.602,47 145.014,77 170.868,54 156.602,47 145.014,77

Valor médio da remuneração

(Reais)

2.212.752,14 2.124.912,84 2.204.041,27 168.338,59 153.277,24 156.237,40 163.341,28 156.602,47 145.014,77

(*) A descrição da experiência profissional de nossa administração e do nosso Conselho

Fiscal, bem como informações sobre as respectivas as declarações de independência e de

pessoa politicamente exposta, encontram-se nos itens 12.5/6 do Formulário de Referência

da Petrobras 2016, disponível em nosso website: http://www.investidorpetrobras.com.br ou

ainda no site da CVM, em: http://www.cvm.gov.br/.

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