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Caros Colegas, Foi realizada no dia 12 de fevereiro de 2011, em São Paulo, a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) das Associações, com a presença dos 26 presidentes das federadas, membros da Diretoria e do Conselho fiscal. A mesma foi convocada de forma abrupta e sem seguir as normativas do estatuto social e regimento interno da FEBRASGO. O tema único e exclusivo da pauta foi o Relatório Financeiro de 2009 e Parecer do Conselho Fiscal . O atual presidente da FEBRASGO, Nilson Roberto de Melo, inicialmente falou da constatação de inconsistências no relatório contábil do ano de 2009 e o ex-presidente do Conselho Fiscal e atual candidato à Presidência da entidade, Dr. Etevilno Souza Trindade, foi convidado pela diretoria a esclarecer os fatos. As incongruências constatadas estão relacionadas a pagamentos efetuados sem comprovação dos mesmos por documentação idônea, no valor superior a R$ 1.700.000,00 reais (um milhão e setecentos mil reais). É importante lembrar aqui que, oficialmente, foi relatado pela atual diretoria da FEBRASGO que a diferença no caixa seria de pouco mais de R$1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais) de despesas realizadas sem comprovação através de documentos contábeis. Os membros presentes à assembléia não tiveram acesso, em momento algum, a qualquer documento que comprovasse os resultados e valores demonstrados em PowerPoint pela empresa internacional de auditoria ICTS, contratada pela FEBRASGO para auditar o balancete contábil. Após a apresentação dos dados, o Conselho Fiscal sugeriu que as contas deviam ser aprovadas como estavam, pois a não aprovação levaria a importantes repercussões negativas para a FEBRASGO. Foi relatado ainda que 5 pessoas foram beneficiadas com o esquema fraudulento instalado dentro da FEBRASGO e que tais nomes não podiam ser revelados para não prejudicar as investigações. Questionei a Diretoria com relação à funcionária que tinha superpoderes para desviar o equivalente a R$ 140.000,00 (cento e quarenta mil reais) por mês, sem qualquer conhecimento da Diretoria, pois o Estatuto da FEBRASGO reza em seus artigos 14 (inciso VI), 17 (inciso XIII), 21 (inciso IV) e 22 (inciso IV) que somente a Diretoria pode autorizar despesas, cabendo ao Presidente firmar os documentos financeiros e cheques em conjunto com o Diretor Administrativo ou o Diretor Financeiro.

Carta dr. washington 23 02 2011

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Page 1: Carta dr. washington 23 02 2011

Caros Colegas,

Foi realizada no dia 12 de fevereiro de 2011, em São Paulo, a AssembleiaGeral Extraordinária (AGE) das Associações, com a presença dos 26 presidentes das federadas, membros da Diretoria e do Conselho fiscal.

A mesma foi convocada de forma abrupta e sem seguir as normativas do estatuto social e regimento interno da FEBRASGO. O tema único e exclusivo da pauta foi o Relatório Financeiro de 2009 e Parecer do Conselho Fiscal .

O atual presidente da FEBRASGO, Nilson Roberto de Melo, inicialmente falou da constatação de inconsistências no relatório contábil do ano de 2009 e o ex-presidente do Conselho Fiscal e atual candidato à Presidência da entidade, Dr. Etevilno Souza Trindade, foi convidado pela diretoria a esclarecer os fatos.

As incongruências constatadas estão relacionadas a pagamentos efetuados sem comprovação dos mesmos por documentação idônea, no valor superior a R$ 1.700.000,00 reais (um milhão e setecentos mil reais). É importante lembrar aqui que, oficialmente, foi relatado pela atual diretoria da FEBRASGO que a diferença no caixa seria de pouco mais de R$1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais) de despesas realizadas sem comprovação através de documentos contábeis.

Os membros presentes à assembléia não tiveram acesso, em momento algum, a qualquer documento que comprovasse os resultados e valores demonstrados em PowerPoint pela empresa internacional de auditoria ICTS, contratada pela FEBRASGO para auditar o balancete contábil.

Após a apresentação dos dados, o Conselho Fiscal sugeriu que as contas deviam ser aprovadas como estavam, pois a não aprovação levaria a importantes repercussões negativas para a FEBRASGO.

Foi relatado ainda que 5 pessoas foram beneficiadas com o esquema fraudulento instalado dentro da FEBRASGO e que tais nomes não podiam ser revelados para não prejudicar as investigações.

Questionei a Diretoria com relação à funcionária que tinha superpoderes para desviar o equivalente a R$ 140.000,00 (cento e quarenta mil reais) por mês, sem qualquer conhecimento da Diretoria, pois o Estatuto da FEBRASGO reza em seus artigos 14 (inciso VI), 17 (inciso XIII), 21 (inciso IV) e 22 (inciso IV) que somente a Diretoria pode autorizar despesas, cabendo ao Presidente firmar os documentos financeiros e cheques em conjunto com o Diretor Administrativo ou o Diretor Financeiro.

Page 2: Carta dr. washington 23 02 2011

Em resposta, o Diretor Financeiro, Dr. Ricardo, respondeu que não podia revelar como a superfuncionária desviou o dinheiro, pois foi orientado pelo advogado que tal fato atrapalharia as investigações.

Portanto, caro associado, votamos pela não aprovação das contas, juntamente com as outras federadas, pois entendemos que os maiores responsáveis pela existência de diferenças apontadas no caixa da FEBRASGO em relação ao exercício financeiro de 2009 são da atual Diretoria e do Conselho Fiscal, porque não zelaram pelo patrimônio da FEBRASGO e permitiram que alguém desviasse mais de R$ 1.700.000,00 (um milhão e setecentos mil reais) do nosso dinheiro. O pior é que, segundo estudos preliminares da ICTS, esta diferença irá aumentar.

A atual Diretoria da FEBRASGO foi, no mínimo, omissa em permitir que quase 50% dos gastos anuais saíssem de seus cofres sem o conhecimento dos diretores e sem qualquer documento comprobatório que justificasse tal saída.

A FEBRASGO tem gastos anuais próximos a 4 milhões de reais, segundo a atual Diretoria da entidade. Como deixar que 1,7 milhões de reais saiam sem comprovação?

Tudo isto é muito grave! Pior ainda é colocar como responsável uma única pessoa que, junto com mais quatro, todas não diretores da entidade, possivelmente foram beneficiadas em esquema ilícito.

Além disso, vale ressaltar que não fomos informados sequer quais foram as formas de desvio do dinheiro. Se foi com cheque, quem assinou? Se foi transferência, quem autorizou? Se foi em dinheiro, quem recebeu ou autorizou o saque? Ou seja, quem desviou cerca de 140 mil mensais da FEBRASGO?

Os questionamentos permanecem. Necessitamos e aguardamos que a diretoria nos esclareça sobre tais fatos.

Goiânia, 23 de fevereiro de 2011.

Washington Luiz Ferreira RiosPresidente da SGGO